Manual Abeme - Empresas

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VERSAO PDF DO ORIGINAL IMPRESSO – 2012

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AOS AUTORES


MANUAL DO COMPRADOR

Autoria

Paula Aguiar
Presidente
ABEME – Ass. Bras. das Empr. do Mercado Erótico e Sensual

Co-autoria

Aline Silva
Marketing/ Importation
Hot Flowers

Elaine Pessini
Gestora empresarial
Pessini Cosméticos

José Henrique Farias Lourenço


Químico
Pessini Cosméticos

Juliana Oliveira
Gerente de vendas/Assuntos regulatórios
Emile Cosméticos Biológicos – Santo Cosméticos

Kellers Christian
Assessora Jurídica
Pessini Cosméticos

Luís Eduardo Sanches Vicente


Químico
Hot Flowers

Marcos Alexandre da Cruz

3
Químico
Kalya Cosméticos

Onésio Barbosa da Silva Junior


Farmacêutico
Pessini Cosméticos

Paulo G. P. Tessarioli
Psicólogo
Vivendo Melhor

Raquel Cruz
Química
Feitiços Aromáticos

Tatiana Venturini
Design e Desenvolvimento
Sexy Fantasy

Vanieli Silveira
Coaching de Produtos
Hot Flowers

Viviane Vago
Bióloga/Assuntos regulatórios
Pessini Cosméticos
MANUAL DO COMPRADOR

Conteúdo

Por que um manual do comprador? ............................................ 7


O que é a ANVISA? ................................................................... 9
O que é a Vigilância Sanitária?................................................... 9
O que são cosméticos? .............................................................. 12
Afinal o que é cosmética sensual? ............................................ 15
Produtos sensuais? .................................................................... 18
Porque o cosmético deve ser regularizado ................................ 20
Como identificar um cosmético regularizado rapidamente? .... 24
Análise do produto cosmético para venda ................................ 27
Estado geral da embalagem .............................................. 28
Rotulagem obrigatória ...................................................... 29
Nome do produto .............................................................. 30
Marca do produto .............................................................. 31
Lote e data de validade ..................................................... 32
Descrição do produto ........................................................ 33
Composição (ingredientes) do produto ............................. 33
Quantidade do produto...................................................... 34
Qualidade do produto........................................................ 35
Excelência em qualidade .................................................. 35
Código EAN nas embalagens ........................................... 37
AFE - Autorização de Funcionamento da Empresa.......... 39
Registro na ANVISA ........................................................ 40
Responsável técnico .......................................................... 49
Contato com o fabricante .................................................. 49
Tipo de embalagem utilizada ............................................ 51
Produtos terceirizados ....................................................... 51
Resumo da análise de produtos ................................................. 53
Check list do Produto ................................................................ 53
Teste e experimentação de produto........................................... 55

5
Cuidados de uso durante o teste ........................................ 56
Armazenamento de produtos .................................................... 57
Para aumentar a durabilidade dos produtos ...................... 58
Dicas do Negócio ...................................................................... 59
Direitos básicos do consumidor ................................................ 61
Órgãos públicos e entidades de interesse .................................. 63
Empresas Apoiadoras ............................................................... 63

DISTRIBUICAO GRATUITA
É permitida a reprodução integral ou parcial do texto, desde
que citada a fonte e seus autores.
MANUAL DO COMPRADOR

Por que um manual do comprador?


7
Em 2011 pesquisas sobre o Mercado Erótico Sensual Brasileiro
apontaram o consumo mensal de aproximadamente 5 milhões de
unidades de géis, cremes, líquidos e similares no país, o que
seria algo realmente bom para o setor, se não fosse o fato de
uma parcela considerável comercializada não estar regularizada
(produtos registrados ou notificados) nos órgãos competentes.

Por que isto acontece? Acontece porque o comprador na maioria


das vezes não tem conhecimento sobre como identificar os
produtos que são irregulares para a comercialização, além disto,
também desconhece a gravidade de comercializar produtos
irregulares, o risco para os consumidores e para si próprio.

Este Manual do Comprador – Cosmética Sensual propõe


orientar o comprador para uma escolha consciente do produto a
ser vendido. Sem a pretensão de esgotar o tema, este material foi
concebido como instrumento de referência para todos os agentes
envolvidos. Como resultado espera-se que, estas informações
possam contribuir para uma melhor qualidade dos produtos e
conseqüentemente, a valorização do mercado erótico sensual
diante da sociedade brasileira.

A importância deste material para o setor é imensa, e é tão séria


esta questão que a própria ANVISA – Agência Nacional de
Vigilância Sanitária criou um material chamado “Cuidados e
Orientações na compra e uso de cosméticos” visando orientar a
população sobre os produtos que estão sendo comercializados.
Portanto, não é possível ignorar que os produtos devem estar de
acordo com normas e regras regulatórias que visam acima de
tudo preservar a saúde e o bem estar do ser humano, das
empresas e da sociedade como um todo.
MANUAL DO COMPRADOR

O que é a ANVISA?
A ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária é uma
instituição que tem por finalidade promover a proteção da
saúde da população, através de medidas de controle sanitário
dos processos produtivos, da comercialização e serviços, o que
inclui processos, insumos, tecnologias e ambientes. Neste
contexto, a ANVISA é a Agência reguladora responsável por
autorizar a comercialização de artigos de higiene pessoal,
cosméticos e perfumes, mediante a concessão de registro ou
notificação. A agência também fiscaliza e estabelece normas
para as empresas fabricantes, verificando o processo de
produção, as técnicas e os métodos empregados até o consumo
final.

O que é a Vigilância Sanitária?


A Vigilância Sanitária existe para garantir que os produtos que
consumimos todos os dias não sejam falsificados, não façam
mal a saúde e tenham boa qualidade.

Você pode até se perguntar: “Mas por que devo ter tanto
cuidado com os cosméticos?”

O uso de determinados produtos sobre a pele sã ou doente


(nunca use cosméticos em pele doente ou lesionada), de alguma
maneira, gera uma reação. “Pode levar às reações mais diversas,
dependendo de como é aceita essa aplicação por algumas
pessoas, indo desde efeitos benéficos desejados até efeitos

9
nocivos, tanto para a pele como para o restante do organismo”.

Uma das mais frequentes reações observadas nos usuários de


produtos cosméticos são as alergias. Essas reações estão ligadas
diretamente à imunidade do consumidor. Quando o cosmético
entra em contato com a pele de uma pessoa, o corpo pode reagir,
causando vermelhidão, coceira, prurido, que é a alergia.

Porém estas reações na maioria das vezes não são graves.


Estudos mostram que até 10% da população pode apresentar
leves reações ao uso de cosméticos, tais como coceiras, ardor e
ressecamento. Esta alergia deve-se principalmente a certos
ingredientes empregados nos cosméticos, tais como fragrâncias
e os conservantes. Já as reações alérgicas graves relacionadas ao
uso de cosméticos são raras.

A solução desse problema passa pela conscientização do


comerciante, que deve fazer um teste simples para verificar o
risco de alergia. Esse teste consiste em aplicar o creme na parte
macia do antebraço, aguardar 5 minutos e verificar. Se aparecer
alguma vermelhidão onde foi aplicado o produto, deve-se
informar o usuário que ele não deve usar aquele produto. É
importante acompanhar a ocorrência de reclamações sobre
determinados produtos e imediatamente informar o fabricante. E
se algum cliente tiver reação alérgica grave, ele deve procurar o
médico.

O que é o registro da ANVISA?

A ANVISA libera a notificação ou registro de produtos


baseados em informações enviadas pelos fabricantes. As
informações são recolhidas e juntamente com os layouts
MANUAL DO COMPRADOR

(desenhos que nas caixas e nas bisnagas ou frascos dos


produtos) são enviadas pela internet para o site da ANVISA que
a seguir fornece um número de protocolo, que permite a
verificação de como está caminhando o processo de notificação
ou registro do novo produto pelo site. Todas as informações do
cosmético são de responsabilidade do fabricante. No caso de
registro (para cosméticos grau risco 2), além das informações do
produto e layouts, o fabricante deve fazer ensaios clínicos de
uso e irritabilidade cutânea ou ginecológica, que demora de 30 a
60 dias. A forma de registrar é a mesma, porém o produto
recebe um número de registro. No rótulo deve constar também o
número de autorização de funcionamento (Aut.Func.), que é o
número do fabricante na ANVISA.

E é sobre estes assuntos que iremos nos aprofundar neste


manual.

11
O que são cosméticos?
MANUAL DO COMPRADOR

A palavra portuguesa cosmético deriva da palavra grega


kosmetikós, que significa “hábil em adornar”.

De acordo com a RDC -ANVISA n°79 de 28 de Agosto de


2000, a definição de cosméticos é:

“Cosméticos, Produtos de Higiene e Perfumes são preparações


constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso
externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema
capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e
membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo
ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e
ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em
bom estado.”

Há ainda a divisão dos produtos do setor em quatro categorias e


dois grupos de risco, de acordo as Resoluções 79/2000 e
335/1999.

Categorias:

1- Produtos para higiene;


2- Cosméticos;
3- Perfumes;
4- Produtos de Uso Infantil

Classificação de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e


Perfumes

Os critérios para esta classificação foram definidos em função


da probabilidade de ocorrência de efeitos não desejados devido
ao uso inadequado do produto, sua formulação, finalidade de

13
uso, áreas do corpo a que se destinam e cuidados a serem
observados quando de sua utilização. (RDC 211/05)

• Grau 1 – Neste grupo estão inclusos os produtos que além de


conterem em sua composição, insumos que não representem
risco considerável a saúde, não seja de uso infantil, para
aplicação próxima aos olhos ou ainda, que possuam informações
em rotulagem que dependam de comprovação de eficácia e
segurança.

Exemplos: Xampu, condicionador, maquiagem, perfumes,


sabonetes, xampus, cremes de barbear, cremes dentais sem
flúor, hidratantes, etc..

• Grau 2 – Os produtos incluídos nesta classificação possuem


indicações específicas, cujas características exigem
comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como
informações e cuidados, modo e restrições de uso.

Exemplos: xampu anticaspa, produtos para uso infantil,


desodorantes íntimos femininos, sabonete líquido íntimo,
antitranspirantes, protetores labiais, filtros UV, depiladores,
repelentes de insetos, bloqueador solar, protetor solar,
bronzeador, tinturas capilares, produtos para celulite, etc..

Fonte: ANVISA
MANUAL DO COMPRADOR

Afinal o que é cosmética sensual?


15
A história da cosmética é tão antiga quanto a história da
humanidade. Há indícios que nossos antepassados das cavernas
utilizavam pinturas na pele. De fato, tais produtos, por estarem
vinculados ao uso das pessoas, estão constantemente se
moldando às variações culturais, financeiras e legais e por isso,
também sempre caminharam lado a lado com a sedução,
principalmente por conta das mulheres famosas que se
utilizaram dos cosméticos para se adornar, perfumar e tornarem-
se mais belas e sedutoras, isto é um fato, Cleópatra (69 a.C./30
a.C), representa o símbolo da sedução com seus rituais de beleza
e perfumaria.

A última rainha do Egito untava-se de essências aromáticas dos


pés à cabeça e maquiava seus olhos com o pó de Khol, (carvão
misturado com óleo vegetal e gordura animal) característica
marcante em todos os retratos de sua imagem.

Mas afinal cosmética afrodisíaca, erótica ou sensual existe?

Segundo a ANVISA, não existe esse tipo de cosmética, já que


esses termos desvirtuam a função clara dos cosméticos, gerando
assim, produtos ilegais, que podem ter suas notificações e
registros cancelados sumariamente sem aviso prévio.

O mercado erótico agregou conceitos de sedução aos


cosméticos, principalmente em seu uso. Recentemente a
ANVISA permitiu o termo afrodisíaco em algumas situações.

No entanto, o mercado tem criado cosméticos com conceitos e


composições novas, com essências que despertam sensações de
bem estar, alegria ou paixão, ou em embalagens românticas e
MANUAL DO COMPRADOR

uma comunicação mais ousada das sugestões de uso dos


produtos.

Este tipo de cosmética carrega em si um conjunto de valores que


tem por finalidade despertar o amor, o carinho, a libido através
de aromas, sensações e sentimentos, baseados principalmente na
aromaterapia. A aromaterapia só foi reconhecida como
tratamento em 1960, mas, desde os anos 20, já merecia estudos.
Gotas de óleos essenciais, obtidos de vegetais, em sua maioria
podem energizar ou acalmar as pessoas ou mesmo todo o
ambiente. É que os aromas dos óleos essenciais influenciam o
centro de suas emoções, no cérebro. Captados pelo olfato,
acionam ondas geradoras de calma ou energia. Além dos efeitos
sobre a pele, eles agem também pelo olfato. Os óleos essenciais
presentes nos cosméticos, permitem reencontrar o bem-estar e a
harmonia do corpo e espírito.

Atualmente também com a tecnologia aplicada aos produtos


cosméticos, estamos vivendo uma verdadeira revolução que
influenciará definitivamente nossas vidas e o modo em que tudo
é planejado e fabricado.

É importante salientar que estes produtos cosméticos estão sob


as mesmas condições de qualquer outro cosmético, as regras,
normas e exigências se aplicam igualmente para todos os
produtos.

17
Produtos sensuais?
MANUAL DO COMPRADOR

Uma boa analogia é comparar cosmética com lingerie, as


mulheres usam normalmente calcinhas que são confortáveis, de
tecidos leves, sem muitos detalhes, às vezes grandes e de cores
básicas como branco ou bege no seu dia a dia, certo?

Em momentos diferenciados como um encontro amoroso se dá


atenção especial a lingerie, pois a ocasião pede peças mais
bonitas, sedutoras, talvez não tão confortáveis, mas cheias de
estilo, detalhes e cortes menores, e o que elas tem em comum
com as calcinhas do dia a dia? Ambas devem seguir as mesmas
regras de etiquetagem de produto, dentro das normas
estabelecidas pelo órgão que rege o setor têxtil. Assim os
consumidores se sentirão seguros em relação ao produto e sua
procedência. A esta lingerie especial para uma determinada
ocasião com a função de seduzir, adornar e conquistar se pode
chamar de lingerie sexy, sensual ou mesmo erótica, mas em
nenhum momento deixar de ser lingerie, apenas diferenciamos
por ser uma peça para uma ocasião especial de nossa vida.

O cosmético sensual é a mesma coisa, pois o mercado erótico


neste aspecto não diverge de nenhum outro mercado. É um
cosmético para um momento especial, que promove a conquista,
a sensualidade, mas sem deixar de ser um cosmético. Outros
produtos comuns como velas, pétalas de rosas ou mesmo roupas
e artigos de decoração foram modificados e sofreram algumas
adaptações para “sensualizar” seu uso.

Fonte: ABEME

19
Porque o cosmético deve ser regularizado
Produtos regularizados, ou seja, com notificação ou registro são
mais seguros e isto é inquestionável.

Independente do tamanho da empresa; sendo micro, pequena ou


grande empresa, independente do processo de fabricação; ela
precisa de licença da Vigilância Sanitária (Estadual), Prefeitura
Municipal, CETESB (Meio Ambiente), Bombeiro, Registro no
Conselho Regional de Química ou de Farmácia, químico ou
farmacêutico responsável, Autorização da ANVISA (Federal) e
ainda a notificação ou registro do produto na ANVISA. Solicite
cópia desta documentação para seu fornecedor, assim você
poderá qualificar o fornecimento separando as boas empresas,
que possui bons produtos.
Quando o produto não está registrado ou notificado na
ANVISA, sua composição não foi avaliada e o produto pode
conter substâncias proibidas ou de uso restrito, em condições e
concentrações inadequadas ou não permitidas acarretando riscos
à saúde da população.
Além disto, produtos feitos de forma artesanal, sem registro na
ANVISA, ou mesmo fraudado, pirateado ou falsificado podem
ocasionar problemas nas áreas íntimas por conta de matérias
primas inadequadas para o uso, ou ainda provocar sérias
contaminações por fungos ou bactérias, sem contar que a falta
de cuidados com a higiene, manipulação e com os utensílios
para o fabrico aumenta o risco de gravíssimas infecções
podendo levar um indivíduo a morte.
MANUAL DO COMPRADOR

A gravidade da questão é tamanha que a prática de


fabricação e comércio de Cosméticos sem registro é
considerada crime hediondo pelo artigo 273 do Código
Penal, cuja pena pode chegar a 15 anos de reclusão.

Algumas das praticas consideradas fraude de produto, são:

- a utilização de anestésicos em cosméticos, pois são proibidos e


controlados rigorosamente pelo exército, em razão da sua
aplicação no refino de drogas alucinógenas. Nesse caso, o lojista
que compra produtos com anestésico químico pode ser
enquadrado juntamente com o fabricante ilegal.

- utilização de nomes que tenham conotação erótica.

- utilização de propagandas que induzam ao uso de cosméticos


em praticas sexuais.

- utilização dos termos eróticos: retardante, excitante, anal,


nomes chulos, desenhos na embalagem de seios, pênis, vaginas
etc.

- produto sem notificação ou registro.

- empresa sem autorização de funcionamento.

Em todos esses casos, no mínimo os produtos são cancelados e a


fábrica fechada.

21
Veja a lei na integra:

CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940

Art. 273 - Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto


destinado a fins terapêuticos ou medicinais: (Redação dada pela
Lei nº 9.677 , de 2.7.1998)

Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa.


(Redação dada pela Lei nº 9.677 , de 2.7.1998)

§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à


venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma,
distribui ou entrega a consumo o produto falsificado,
corrompido, adulterado ou alterado. (Redação dada pela Lei nº
9.677 , de 2.7.1998)

§ 1º-A - Incluem-se entre os produtos a que se refere este artigo


os medicamentos, as matérias-primas, os insumos
farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes e os de uso em
diagnóstico. (Incluído pela Lei nº 9.677 , de 2.7.1998)

§ 1º-B - Está sujeito às penas deste artigo quem pratica as ações


previstas no § 1º em relação a produtos em qualquer das
seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 9.677 , de 2.7.1998)

I - sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância


sanitária competente; (Incluído pela Lei nº 9.677 , de 2.7.1998)

II - em desacordo com a fórmula constante do registro previsto


no inciso anterior; (Incluído pela Lei nº 9.677 , de 2.7.1998)
MANUAL DO COMPRADOR

III - sem as características de identidade e qualidade admitidas


para a sua comercialização; (Incluído pela Lei nº 9.677 , de
2.7.1998)

IV - com redução de seu valor terapêutico ou de sua atividade;


((Incluído pela Lei nº 9.677 , de 2.7.1998)

V - de procedência ignorada; (Incluído pela Lei nº 9.677 , de


2.7.1998)

VI - adquiridos de estabelecimento sem licença da autoridade


sanitária competente. (Incluído pela Lei nº 9.677 , de 2.7.1998)

Modalidade culposa

§ 2º - Se o crime é culposo:

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Redação


dada pela Lei nº 9.677 , de 2.7.1998)

Emprego de processo proibido ou de substância não permitida

A ANVISA é quem controla a fabricação e a importação de


todos os produtos cosméticos, no Brasil. A intenção do controle
sobre os cosméticos é garantir a segurança e a qualidade do
produto para proteger a saúde das pessoas. A Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (ANVISA) foi criada através da Lei N.º
9.782 de 26 de janeiro de 1999 e é uma agência do Ministério da
Saúde.

23
Para quem ainda tem dúvidas quanto ao risco à saúde, já houve
caso em São Paulo de uma mulher morrer após ser intoxicada
por um batom que não tinha nenhuma licença ou registro da
ANVISA. O proprietário e os responsáveis pela fabricação do
produto e pelas lojas que estavam comercializando o batom
foram multados e presos. Quando da impossibilidade de
encontrar o fabricante, por se tratar de produto pirateado
(falsificado), quem comercializa este tipo de produto responde
pelo ato criminoso, tanto o proprietário quanto o gerente do
estabelecimento.

Por isso precisamos pesquisar bem antes de comercializar um


produto e valorizar as empresas que passaram por todo esse
processo com o intuito de preservar a saúde dos consumidores e
entregar ao mercado produtos de qualidade.

Como identificar um cosmético


regularizado rapidamente?
Para identificar produtos cosméticos rapidamente em relação ao
cumprimento das normas e regras da ANVISA fizemos uma
síntese para ser usada em momentos onde não é possível fazer
uma verificação aprofundada a respeito do produto, mas
aconselhamos que assim que possível uma análise mais
detalhada seja realizada sobre cada produto adquirido antes da
comercialização e posterior uso.

Registro ou notificação do Produto e da empresa:


MANUAL DO COMPRADOR

Ao adquirir produtos cosméticos, verifique se eles possuem


registro na ANVISA/ Ministério da Saúde em seu rótulo no
frasco do produto. O número de registro de produtos
cosméticos inicia-se com o número dois (2) e pode ter nove ou
13 dígitos.O número de registro é seguido pelo MS: e vale para
produtos de grau risco 2. (ex: sabonete líquido íntimo). Os
produtos de grau risco 1 não possuem número de registro, mas
devem ser notificados na ANVISA e devem constar na
rotulagem a seguinte informação: Res. ANVISA 343/05,
seguida do número de Autorização de Funcionamento da
Empresa, que também começa com o número 2, portanto não
basta apenas o código 343/05, é necessária a autorização de
funcionamento da ANVISA para que a empresa possa fabricar
produtos cosméticos e esta informação deve constar no rótulo
para ser consultada. O responsável químico ou farmacêutico
também deve constar, com o seu respectivo CRQ ou CRF.

CNPJ e dados de contato da empresa fabricante /


importador ou distribuidor do produto:

Verifique se possui o CNPJ da empresa fabricante e


distribuidora (se for o caso) e um meio de contato com o serviço
de atendimento ao cliente, (conforme determina o código de
defesa do consumidor – CDC) na dúvida confirme os dados
acionando a empresa.

Aparência da embalagem e data de validade do produto:

Só adquira produtos cuja embalagem esteja limpa e em bom


estado, preferencialmente cujos frascos tenham lacres, mas
atenção produtos como xampu, óleos corporais para massagem,
por exemplo, comercialmente não são lacrados pelo apelo

25
olfativo, o que não quer dizer que não são regulados. Não utilize
cosméticos com prazo de validade vencido. Eles podem não
produzir o efeito desejado e prejudicar a saúde.

Impressão para controle de lote e a comunicação usada na


embalagem:

Leia atentamente todas as informações da rotulagem. Verifique


a impressão mecânica de lote, é a segurança de que este produto
possui controle de qualidade. Normalmente esta informação é
gravada próxima da data de validade. Sempre observe as
advertências e restrições de uso. Produto com termos sexuais
explícitos NÃO está em concordância com as normas da
ANVISA, portanto, é irregular A impressão de lote e validade
deve ser mecânica, garantindo que não seja possível a
alteração/adulteração destes dados (não pode ser facilmente
removida com álcool ou outro solvente). Faça o teste na
embalagem, tente remover a data e o lote com álcool ou mesmo
removedor de esmalte.

Fonte: ANVISA
MANUAL DO COMPRADOR

Análise do produto cosmético para venda


27
Um produto cosmético pode ser comercializado de duas formas:
com ou sem caixa. A caixa ou uma embalagem similar chama-se
embalagem secundária (imagem 2), destinada a conter a
embalagem primária ou as embalagens primárias (imagem 1). A
caixa de embarque, utilizada apenas para transporte do produto e
que não é entregue ao consumidor final, não constitui uma
embalagem secundária.

A finalidade da embalagem secundária é proteger e acondicionar


a embalagem primária que carrega o produto cosmético. A
primeira verificação deve ser realizada na embalagem
secundária. Quando não houver embalagem externa ou
secundária toda a informação requerida deve figurar na
embalagem primária.

Embalagem primária: envoltório, vasilhame ou recipiente que se


encontra em contato direto com os produtos cosméticos, seja ele
liquido cremoso ou rígido.

Estado geral da embalagem

É importante verificar o bom estado da embalagem secundária,


que deve estar limpa, sem rasuras, adesivos, marcas ou escritas
de tinta que de alguma forma impeçam a verificação dos dados
de registro e contato com o fabricante do produto, portanto a
rotulagem deve ser legível e completa.

A embalagem primária que acondiciona o produto exige atenção


redobrada, pois uma armazenagem ruim pode danificar a
embalagem, e consequentemente contaminar o produto com
microorganismos. Dê preferência a embalagens com lacre
mecânico, aquelas que são mais difíceis de abrir, assim, é
MANUAL DO COMPRADOR

certeza de que o produto não foi violado e está protegido como


quando saiu da fabrica. Os consumidores também privilegiam
este tipo de produto acondicionado com maior segurança, pois o
lacre de segurança faz com que o consumidor pague exatamente
pela quantidade exposta na embalagem. Benefícios adicionais de
um produto com lacre seria a confiabilidade do consumidor em
relação aos produtos e redução dos custos por demandas de
consumidores contra a indústria e comércio atacadista e
varejista, pela redução de eventos afetando o produto final
(fraudes, deterioração precoce, furto de conteúdo, redução do
nível de qualidade etc.), portanto, possuir lacre é algo que deve
ser levado em consideração na análise do produto para venda.
Lembre-se apenas que não possuir lacre, não significa que o
produto é irregular.

Rotulagem obrigatória

Segundo Resolução nº 211/2005 – Anexo IV, os rótulos de


produto cosmético não podem ter indicação ou menções
terapêuticas, não pode induzir o consumidor a erro, iludir ou
ludibriar e o Fabricante / Importador (detentor do registro) é
responsável pela idoneidade / veracidade das informações.

Embalagem secundária deve conter obrigatoriamente:

• Nome do produto
• Marca
• Número de Registro ou Resolução (Res. 343/05)
• AFE – N.º de autorização de funcionamento da Empresa
• Nome do responsável técnico e respectivo número de
registro junto ao Conselho Regional de Farmácia (CRF)
ou de Química (CRQ).

29
• Prazo de Validade (Mês/ano ou equivalente)
• Conteúdo
• País de Origem
• Identificação do Fabricante/Importador/Titular:
• Nome, endereço, CNPJ (CGC)
• Modo de Uso (se for o caso)
• Advertências/Restrições de uso
• Composição/Ingredientes (em Nomenclatura INCI
Oficial) e
• Finalidade do produto, quando não implícita no nome.

Embalagem primária deve conter obrigatoriamente:

• Nome do produto
• Marca
• Lote ou partida
• Modo de Uso (se for o caso)
• Advertências/Restrições de uso
• Conteúdo – Obrigatório somente se o produto não
apresentar embalagem secundária.

Nome do produto

A Lei N.º 6.480, DE 1 de Dezembro de 1977, altera a Lei nº


6.360, de 23 de setembro de 1976, que dispõe sobre a vigilância
sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os
insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e
outros produtos, e dá outras providências, nas partes que
menciona. Estabelece no "Art. 5º - Os produtos de que trata
esta Lei não poderão ter nomes ou designações que induzam a
erro."
MANUAL DO COMPRADOR

A lei deixa claro, que o produto deve ter o nome relacionado ao


uso do produto e não deve induzir ao erro.

O nome do produto fica a cargo do fabricante, tanto na


notificação quanto no registro, pois hoje todo o processo é
eletrônico. As empresas que fazem o serviço de notificar e
registrar cosméticos e medicamentos, sempre sugerem nomes
adequados e informam os fabricantes sobre os riscos de nomes
inadequados.

O ideal é analisar a coerência com relação ao nome do produto,


pois a ANVISA tem um programa de monitoramento que
possibilita o cancelamento automático de produtos notificados
fora das normas e estes devem sair imediatamente das
prateleiras acarretando prejuízos imensos aos comerciantes.

Marca do produto

A importância da marca num produto é tão grande que segundo


pesquisas mais de 60% dos usuários de cosméticos, por
exemplo, vai à internet depois da compra para continuar
pesquisando, o que seria inimaginável há alguns anos atrás. O
processo, portanto de comunicação do rótulo existe antes,
durante e após a venda e enquanto durar a relação do
consumidor com o produto. Comercializar boas marcas
atualmente é de extrema importância para garantir a fidelização
do cliente, a marca é presença certa nos produtos, escolher boas
marcas é obrigação para a manutenção do negócio em si. Além
disto, algumas marcas são tão presentes na mente do
consumidor que ele associa automaticamente novos produtos
da marca com qualidade e benefícios.

31
Lote e data de validade

Para compreender a importância da numeração do lote, imagine


que a cada fabricação de uma quantidade grande de produto se
separa uma amostra que fica guardada em local próprio para
armazenamento, esta amostra recebe o mesmo número do lote
colocado a venda, é pelo número do lote que a empresa realiza
o recolhimento do produto caso seja detectado qualquer
problema de qualidade com ele. Sem o número do lote, todos
os produtos da empresa deveriam ser recolhidos o que causaria
um prejuízo incalculável à mesma.

O prazo de validade também é de interesse das empresas, uma


vez que a estabilidade da formulação é garantida somente até o
prazo anunciado. Este prazo exime uma empresa produtora de
qualquer responsabilidade por efeitos adversos decorrentes do
consumo de produtos com prazo vencido.

Existem inúmeras maneiras de realizar a marcação da validade


e do número do lote, mas impressões eletrônicas ou a laser
atestam a veracidade do processo, e a excelência da empresa
com a qualidade do produto comercializado. Ainda segundo
normas da ANVISA: “Os campos referentes a lote, validade e
número de registro devem ser indicados na rotulagem ou
impressos em inkjet.”

Quanto a esta questão fica claro que produto sem numeração de


lote tem comprometida a sua qualidade e estão irregulares, e
ainda que a forma como se apresenta a data de validade do
produto deve ser alvo de uma análise profunda, pois pode
significar que o mesmo pode ser adulterado quanto ao seu
MANUAL DO COMPRADOR

prazo de validade, colocando em risco a saúde do consumidor.

Além disso, a falta de número de lote dificulta a execução de


uma norma da ANVISA, que exige que os produtos possam ser
rastreados, ou seja, que se possa saber quem comprou e
quando. E também com a criação da Nota fiscal eletrônica, que
exige o número do lote no documento, fica muito mais claro
que o lojista deve exigir do fabricante o número do lote na
embalagem.

Descrição do produto

Além de descrever o produto, virtudes, propriedades benéficas


e etc., alguns itens no rótulo do produto, como o modo de usar
e advertências / restrições de uso são importantes para orientar
o consumo e prevenir contra possíveis acidentes. Termos como
mantenha longe do alcance das crianças, mantenha o produto
em local fresco e protegido de raios solares, entre outras
instruções, podem aumentar a durabilidade do produto e
preservam a integralidade das crianças e minimizam riscos
desnecessários decorrentes do mau uso dos produtos.

É item da descrição a composição do produto que segue normas


técnicas internacionais.

Composição (ingredientes) do produto

A informação é uma das coisas mais importantes no cuidado


com a escolha do produto cosmético. Para comprar bem é
preciso primeiro saber o que se está comprando, ou seja, ler os
rótulos a as bulas dos produtos.

33
A lista de ingredientes (composição do produto INCI) está ali
para saber exatamente do que é feito o produto. Hoje em dia,
com a internet digitando o nome do composto no Google, você
encontrará uma série de sites que explicam o que cada
ingrediente significa e como funciona. É importante, porém, ter
cuidado já que junto com informações de boa qualidade na
internet tem muita informação incorreta.

Para evitar informações desencontradas, mantenha uma postura


crítica com tudo o que você lê e busque sempre fontes
confiáveis. Órgãos governamentais, institutos de pesquisa,
revistas científicas, sites de academias médicas, etc. costumam
ter informações confiáveis.

Sobre a nomenclatura dos cosméticos no Brasil a ANVISA usa


a nomenclatura da INCI. Isso ajuda bastante já que existe mais
de 12 mil ingredientes que podem ser usados, cada um com
mais de um nome comercial. O número de compostos mais
usados, porém é bem mais restrito e com pouco tempo de
leitura de rótulos você já consegue identificar os ingredientes
mais usados nos produtos.

Quantidade do produto

Quando adquirir produtos para comercializar deve-se estar


atento a dois fatores importantes: a quantidade e a qualidade
daquilo que compramos.

O peso ou volume de um produto deve ser igual ao que estiver


escrito na embalagem. Se houver quantidade menor que a
descrita na rotulagem, o consumidor pode denunciar o fato ao
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
MANUAL DO COMPRADOR

(INMETRO), Instituto de Pesos e Medidas (IPEM) ou aos


órgãos de defesa ao consumidor.

Qualidade do produto

Sobre a qualidade, todo fabricante de cosméticos deve executar


controle de qualidade dos produtos durante a fabricação (teste
de qualidade primário) e após a finalização do produto. Os
testes físico-químicos definem as características básicas do
produto. É necessário também executar na própria fábrica ou
terceirizar os testes microbiológicos, que definem se existe ou
não contaminação no produto. É obrigatório que o produto seja
aprovado na fábrica dentro do maior rigor em relação a
qualidade, caso não aconteça isso o fabricante deve descartar
esse lote.

O lote reprovado deverá ter a sua destinação ambientalmente


correta através de uma empresa qualificada para destruir o
produto reprovado. O produto será incinerado em um forno de
alta temperatura.

Os fabricantes que seguem as normas da ANVISA para manter


a qualidade de seu produto e entregar ao consumidor final
segurança e garantia de saúde no uso do produto, arca com
diversos custos. É necessária a valorização das fábricas que
respeitam as normas e vão, além disto, se preocupando com o
meio ambiente.

Excelência em qualidade

Além dos processos necessários para assegurar a qualidade dos


produtos, existem outros que evidenciam a excelência em

35
qualidade, ampliando a preocupação com a saúde do
consumidor e, portanto devem figurar entre os produtos
melhores para a comercialização. Entre os processos de
excelência em qualidade se destacam:

Tratamento da água para cosmético

A água é a principal matéria-prima utilizada na fabricação de


cosméticos, produtos de higiene e de perfumaria, é um insumo
importante na limpeza de equipamentos e instalações. Portanto
na fabrica deve-se ter um cuidado todo especial para obtenção
de uma água classificada na categoria de “água purificada”, que
garantem a qualidade dos produtos cosméticos.

Controle de resíduos

Outra preocupação que atesta a qualidade da indústria


cosmética é aplicação do Plano de Geração de Resíduos de
Serviços de Saúde (PGRSS), obedecendo á legislação
Ambiental e critérios técnicos contidos na RDC 306/2004-
ANVISA/MS, Resolução CONAMA nº 237/97 e nº 316/2002,
IBAMA e CETESB, com o objetivo de minimizar a produção
de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados um
encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a proteção
dos colaboradores, a preservação da saúde pública, dos recursos
naturais e do Meio Ambiente. Este trabalho é realizado em
parceria com uma empresa terceirizada e especializada,
certificada e licenciada à destinação correta dos resíduos.

Certificados/ Autorizações

Possuir certificados e autorizações na Vigilância Sanitária


MANUAL DO COMPRADOR

Estadual e Municipal, ANVISA, CETESB, IBAMA, Polícia


Civil, Polícia Federal, Exército, Bombeiro, Conselho Regional
de Química, FIESP; e outros de entidades associativas, como a
ABEME, embasam ainda mais a qualidade dos produtos.

Código EAN nas embalagens

O código EAN é também conhecido como código de barras e


possui duas estruturas de codificação, as versões EAN-8 e o
EAN-13, que são utilizadas para identificar produtos e bens de
consumo. O licenciamento deste código é controlado
integralmente pela EAN BRASIL e feita somente após avaliação
e aprovação da Assessoria Técnica da entidade.

A versão EAN-8 é utilizada somente em embalagens que não


têm espaço útil suficiente para a aplicação do EAN-13. Esse
código indica o país, o produto e tem um dígito de controle,
dispensando o número da empresa, mas como não é muito
utilizada não falaremos sobre isto.

O código EAN-13 identifica o país de origem do produto, a


empresa e o produto por ela produzido. O último dígito serve
para o controle da composição total do código e é obtido através
de cálculo algoritmo.

Veja em detalhes na imagem a seguir:

37
1 2 3 4

País Empresa Produto Verificador


789 12345 6789 5
Dígitos do Dígitos Dígitos Dígito de
país fabricante concedidos criados pela controle (cálculo
do produto. pela EAN empresa para algoritmo)
(789 =Brasil) BRASIL identificar gerado por um
para a cada produto sistema
Empresa de sua linha tecnológico.
MANUAL DO COMPRADOR

O código de barras permite, portanto identificar a origem do


produto, os dígitos iniciais 789 indicam que o produto foi feito
no Brasil, já os números 690, 691 e 692 indicam, por exemplo,
que o produto é chinês.

Esse número funciona como uma espécie de RG do produto, ou


seja, não existem dois produtos diferentes com o mesmo
número, o que é mais uma segurança que pode ser aplicada nas
compras dos produtos.

Além de poder consultar na ANVISA se o produto é registrado


no órgão através do código de barras EAN-13, somente
empresas afiliadas a GS1 Brasil podem ter este código, para isto
devem enviar documentação e cumprir as exigências da
entidade, que é a única no país que pode fornecer código de
barras para os produtos brasileiros.

AFE - Autorização de Funcionamento da Empresa

Os produtos notificados na resolução ANVISA 343/05, que são


cosméticos de risco Grau 1, devem informar juntamente no
rótulo o número AFE, autorização de funcionamento da
empresa. O que muitos não sabem é que antes de solicitar um
registro ou notificação de produto, a empresa deverá entrar com
um processo de solicitação de Autorização de Funcionamento.

A AFE é um Ato privativo do órgão competente do Ministério


da Saúde, incumbido da Vigilância Sanitária dos produtos de
que trata o Decreto nº 79.094/77, contendo permissão para que
as empresas exerçam as atividades sob regime de Vigilância

39
Sanitária, instituído pela Lei nº 6.360/76, mediante
comprovação de requisitos técnicos e administrativos
específicos.

Longe de ser algo simples, esta autorização de funcionamento é


dada pela ANVISA após o cumprimento de rigorosos critérios
na empresa, no prédio, nos equipamentos e inclusive no
processo de fabricação de produtos. É importante que esta
numeração seja verificada no site da ANVISA quanto a sua
legitimidade. Atente-se que somente os produtos fabricados pela
empresa em questão utilizam o mesmo número, portanto, cada
empresa fabricante, importadora ou distribuidora deve ter no seu
produto notificado o seu número que é exclusivo e
intransferível.

A AFE pode ser consultada no site da ANVISA, no próximo


tópico detalhes sobre como fazer consultas de registros e
números da AFE.

Registro na ANVISA

Quando vamos a um restaurante, olhamos o cardápio antes de


decidir o que iremos comer e, se não entendemos sobre um
prato, pedimos ajuda ao garçom. Devemos agir da mesma forma
quando o assunto for comprar um cosmético: não importa qual,
como ainda não estamos familiarizados com os componentes
das fórmulas, por segurança, a primeira coisa a verificar na
embalagem é se o produto tem autorização ou registro na
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), do
Ministério da Saúde.

Assim como na verificação rápida, o registro deve estar na


MANUAL DO COMPRADOR

embalagem para garantir ao consumidor a aquisição de produtos


seguros e de qualidade. Além da verificação visual proceda com
a consulta do registro no site da ANVISA.

Link para consulta:

http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/banco.htm

Quando você clica no link acima, tem as seguintes informações:

Consulta ao Banco de Dados

Neste banco de dados poderão ser consultadas informações sobre Produtos


de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes.

Consulte os Cosméticos Registrados - Grau 2

Consulte os Cosméticos Notificados - Grau 1

Consulta à Situação de Documentos

Consulta de Exigências Eletrônicas - Grau 2


Consulta de Publicações On-Line - Grau 2

Para consultar o registro do produto, primeiro precisamos


descobrir se o produto é registrado, Grau 2, ou se o produto é
notificado, portanto Grau 1. Veja como:

41
Cosméticos notificados – Grau 1

Produtos considerados de menor risco recebem autorização


automática após preenchimento e envio de dados padronizados à
ANVISA, através da internet, podendo a partir de então, ser
comercializado. Dentre os dados requeridos pela ANVISA,
estão os resultados dos testes padronizados a que o produto foi
submetido, testes estes que se referem aos controles físico-
químicos, microbiológicos, organolépticos, de estabilidade e
segurança de uso do produto. Você deve procurar no rótulo:
Res. ANVISA 343/05, seguida do número de autorização de
funcionamento da empresa.

Cosméticos registrados – Grau 2

O controle dos cosméticos de maior risco, como os sabonetes


íntimos, é maior. Eles só podem ir para as prateleiras após a
checagem de toda a documentação e a realização de testes de
segurança e eficácia. Se for aprovado, o cosmético recebe um
registro com nove dígitos, identificados pelas iniciais do
ministério da saúde. O número geralmente aparece depois do
nome do técnico responsável pela formulação.
Exemplo: M.S. 2.0004.1668

Quando clicar em consulte os cosméticos registrados – Grau 2,


aparecerá a seguinte tela (dados meramente ilustrativos) :
MANUAL DO COMPRADOR

Para consultar um registro de cosmético grau 2, é muito mais


fácil localizar o CNPJ na embalagem ou mesmo o nome da
empresa para realizar a consulta. Lembre-se que O número de
registro de produtos cosméticos inicia-se com o número dois (2)
e pode ter nove ou 13 dígitos.

É possível ainda realizar a consulta por data, número de registro,


nome do produto, mas se na embalagem não houver CNPJ ou o
CNPJ estiver errado, este produto está irregular e não pode ser
comercializado. Informe as autoridades competentes.

43
Após digitar o CNPJ, clique em confirmar para iniciar a
consulta do registro.
MANUAL DO COMPRADOR

A pesquisa pelo nome do produto também é alternativa de busca


para o comprador localizar o produto desejado. OBS: O nome
do produto informado deve está correto.

Resultado da busca:

É importante verificar se o registro ainda é valido, às vezes


existiu o registro, mas, no entanto ele caducou, foi cancelado, ou
mesmo indeferido, ou seja, não aprovado ou então não
revalidado. Os produtos cosméticos de risco Grau 2 que podem
ser comercializados constam a informação como Deferido.

45
Quando clicar em consulte os cosméticos notificados – Grau 1,
aparecerá a seguinte tela (os dados são meramente ilustrativos) :

Para consultar uma notificação de cosmético grau 1, também é


muito mais fácil localizar o CNPJ na embalagem ou mesmo o
nome da empresa para realizar a consulta. Lembre-se que alguns
produtos de menor risco (grau 1) não possuem número de
registro, mas sim notificações na ANVISA e trazem na
rotulagem a seguinte informação: Res. ANVISA 343/05,
seguida do número de Autorização de Funcionamento da
Empresa, AFE.
MANUAL DO COMPRADOR

O resultado da busca: Aparecerá a listagem de todos os produtos


notificados da empresa CNPJ.

Após a consulta por CNPJ, faça a verificação da autorização da


Empresa, no campo Nº Autorização. A busca deve ser feita
digitando o número que consta no produto como Autorização de
Funcionamento e os resultados obtidos devem ser o mesmo da
consulta anterior.

A consulta pelo No. Processo, Nome Produto, Expediente do


Processo, Transação Gerada, Expediente da Petição ou pelo
Código EAN são pesquisas pontuais, isto é, não estão associadas
à data de vencimento como critério de consulta.

O consumidor poderá localizar se o produto está registrado na


ANVISA pesquisando pelo Código EAN (código de barras)
constante na embalagem do produto.

47
O Resultado da busca por Código EAN do produto

A pesquisa pelo Nome do Produto também é uma alternativa de


busca para o comprador localizar o registro do produto desejado.
Para detalhes específicos de como usar as buscas no site da
ANVISA para verificar um produto você encontra nos links ao
lado de cada consulta de cosméticos registrados e notificados.
MANUAL DO COMPRADOR

É importante realizar as pesquisas dentro do site da ANVISA


para se certificar de que o produto que irá comercializar possui
toda a documentação exigida pelo Ministério da Saúde.

Responsável técnico

Segundo a ANVISA a empresa fabricante é responsável


integralmente por seu produto e deve possuir um técnico
capacitado e responsável pela segurança e qualidade dos
produtos e/ou serviços que a empresa presta à sociedade. Mas o
que é um responsável técnico?

RT é a pessoa física considerada legalmente habilitada pelo


Conselho Regional do Estado, para a adequada gestão dos
diversos tipos de processos de produção e na prestação de
serviços nas empresas, ou seja, é aquele profissional que,
conjuntamente com os proprietários, “responde” pela empresa e
seus produtos, junto aos órgãos do ESTADO, e inclusive,
judicialmente, em caso de qualquer problema sanitário com a
empresa ou com os produtos.

O RT deve conhecer todos os processos produtivos da empresa e


adequar a mesma, às legislações vigentes. No caso de
estabelecimentos de cosméticos, esse profissional pode ser um
Farmacêutico, um Químico (Engenheiro químico, químico
industrial), técnico em química, desde que o Conselho Regional
do Estado o considere apto ao cargo.

Fonte: Conselhos de Química e Farmácia

Contato com o fabricante

49
A maior prova de que uma empresa tem bons produtos e segue
os critérios legais para a fabricação dos mesmos é imprimir no
rótulo seus dados de contato, como nome, CNPJ, endereço
completo e país de origem. Um telefone de atendimento ao
cliente, site ou email também são muito bem vindos e reforçam
a boa intenção da empresa. Aqui a máxima, quem não deve não
teme, porque grandes empresas fazem até questão de
disponibilizar seus dados nos seus produtos.

Além do que, nome, endereço e CNPJ do fabricante não são


opções no rótulo dos produtos, são realmente obrigatórios, e se
estes dados não estiverem impressos, é porque o produto é
irregular.

Procure saber também do fabricante, como ele conduz possíveis


reclamações de clientes, pois, em caso de reclamação,
normalmente o consumidor vai procurar quem vendeu o
produto, lembre-se de que você é co-responsável pelo produto
que comercializa.

Outros detalhes para análise da rotulagem:

• Lembre-se: Quando não existir embalagem secundária


toda a informação requerida deve figurar na embalagem
primária.

• O Modo de Uso pode figurar no Folheto de Instruções.


Neste caso deverá indicar na embalagem primária: −
“Ver folheto anexo“.

• Quando a embalagem for pequena e não permitir a


inclusão de advertências e restrições de uso, as mesmas
MANUAL DO COMPRADOR

poderão figurar no Folheto de Instruções. Neste caso


deverá indicar na embalagem primária: - “Ver folheto
anexo“.

• Quando consideradas necessárias e pertinentes, poderão


estar acrescidas outras advertências ou restrições do
produto.

• Verifique se o nome do produto, a marca, CNPJ e


demais dados do produto no site da ANVISA estão de
acordo com os dados informados na embalagem.

Fonte: Instituto Nacional de Metrologia, Padronização e


Qualidade Industrial (INMETRO) e Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA)

Tipo de embalagem utilizada

As grandes indústrias fabricantes de produtos compram


embalagens em quantidade, por isto podem utilizar embalagens
exclusivas ou diferenciadas para acondicionar seus produtos.
Por outro lado quem fabrica produtos sem registro normalmente
utiliza embalagens de baixa qualidade e que facilmente são
encontradas em casas de artigos artesanais. O tipo de
embalagem, frasco, pote e bisnaga utilizada na apresentação do
produto dizem muito sobre como este produto foi feito. Atenção
se deve ter também com o rótulo do produto, impressão de baixa
qualidade, imagens distorcidas e acabamento manual devem ser
alertas de possíveis fraudes, falsificações e irregularidades no
registro do produto.

Produtos terceirizados

51
Define-se, TERCEIRIZAÇÃO como sendo: pessoa ou
organização externa da qual se contrata uma ou mais operações.
Algumas marcas realizam a produção de seus cosméticos em
fábricas terceiristas, estas produzem, envasam, embalam e
entregam o produto pronto para a marca comercializar. Os
produtos terceirizados devem conter a documentação obrigatória
de produto e todos os dados na embalagem devem ser da
fabricante. A fabricante que deverá possuir todas as liberações
junto a ANVISA, tanto para o produto, quanto para a indústria,
assim como uma empresa que fabrica sua própria marca.

É simples identificar uma marca terceirizada, pois, o nome do


fabricante que consta no rótulo é diferente da empresa que
distribui, que deve também constar no rótulo com seus dados de
contato, pois a marca é co-responsável pelo produto que
distribui.

Tratando ainda de distribuição, para garantir a qualidade dos


produtos estocados em grande quantidade, a empresa que
solicita a terceirização do seu produto deve possuir alvará junto
ao órgão regulador ANVISA para distribuir, para isto devem
seguir todas as solicitações do órgão regulador quanto ao local,
estrutura e responsável técnico. Portanto, todos os distribuidores
devem possuir alvará quando terceirizam suas marcas e as
fabricas terceiristas toda a documentação necessária para a
fabricação dos produtos.

Link para documentação obrigatória na ANVISA:


http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/autoriza/autoriza_distribui
dora.htm
MANUAL DO COMPRADOR

Resumo da análise de produtos


1- A embalagem secundária e primária deve estar em
perfeitas condições e as informações impressas bem
visíveis.

2- Verifique as informações de rotulagem obrigatória, se


algum nome ou descrição de produto é impróprio ou
irregular.

3- Consulte o número de registro no site da ANVISA, a


autorização de funcionamento da empresa e o código de
barras.

4- Verifique o prazo de validade e numeração de lote e se o


produto está bem lacrado.

5- Verifique o site da empresa para informações adicionais


e pesquise na internet para saber se há algum registro de
irregularidade.

6- Experimente ou teste o produto antes de comercializar

Check list do Produto


Após aprender sobre todos os elementos básicos que compõem
os produtos cosméticos de qualidade, que tal aprimorar este
conhecimento checando produtos? Abaixo uma lista sugestão
para verificação dos elementos que compõem os produtos
regularizados. Basta checar no produto e dar o seu ok!

53
Produto (nome oficial do produto):

__________________________________________________

Embalagem secundária: ( ) sim ( ) não

Em que
Descrição Ok?
Embalagem?
Nome do produto e grupo / tipo a
Primária e
1. que pertence no caso de não
Secundária
estar implícito no nome.
Primária e
2. Marca
Secundária
3. Número de registro do produto Secundária
4. Lote ou partida Primária
5. Prazo de validade Secundária
6. Conteúdo Secundária
7. País de Origem Secundária
8. Fabricante/Importador/Titular Secundária
Domicílio do
9. Secundária
Fabricante/Importador/Titular
Primária ou
10. Modo de uso (se for o caso)
Secundária
Advertências e Restrições de uso Primária e
11.
(se for o caso) Secundária
Primária e
12. Rotulagem Específica
Secundária
13. Ingredientes/Composição Secundária

14. Código de barras Secundária

Aprovado: ( ) sim ( ) não


MANUAL DO COMPRADOR

Teste e experimentação de produto

55
Uma boa análise do produto a ser comercializado não dispensa o
teste e ou experimentação do produto pelo comprador. Além de
avaliar a qualidade, os efeitos e benefícios do produto, uma boa
análise realizada pelo comprador verifica se as informações na
rotulagem e outras dadas pela empresa fabricante sobre o
produto são verdadeiras para os consumidores. O comprador
também aprende sobre o produto, pois um vendedor perde a
credibilidade e a possibilidade da venda quando um cliente faz
perguntas que ele não sabe responder. Descrever as qualidades
técnicas de um produto lendo uma embalagem não garante a
venda e muito menos a qualidade do produto. As mulheres não
compram cosméticos pela composição química, mas pela
esperança de realizarem suas expectativas.

Cuidados de uso durante o teste

Não teste cosmético com prazo de validade vencido. Podem


prejudicar sua saúde.

Siga sempre as instruções contidas no rótulo e observe as frases


de precauções, como por exemplo: “Cuidado com a área dos
olhos”, “Mantenha fora do alcance das crianças”, etc.

Faça a prova de toque seguindo as instruções de uso para


verificar se o produto provoca alguma alergia ou irritação.

Caso haja contato de produtos com os olhos, lave imediatamente


com água corrente e, assim como no caso de ingestão, procure
socorro médico.

Quando sentir qualquer alteração durante a utilização do


produto, interrompa o seu uso e lave imediatamente com água
MANUAL DO COMPRADOR

corrente o local de aplicação. Sentindo-se mal ou com irritação


persistente, procure socorro médico.

Evite expor-se ao sol usando cosméticos, cremes e loções para


pele, pois alguns podem manchar ou causar lesões a pele.

Não teste produtos sobre a pele ferida, inflamada ou irritada.

Caso você desenvolva alguma irritação, alergia ou outra reação


indesejada entre em contato com o SAC da empresa e informe o
ocorrido. Por isso, recomenda-se guardar a embalagem do
produto em teste.

Armazenamento de produtos
O calor, a luz e a umidade são os vilões dos produtos
cosméticos, por isto devem ser armazenados de forma adequada
antes e após a comercialização. Se educar e educar o
consumidor devem ser a base para uma venda bem realizada, os
clientes ficarão satisfeitos com certeza, pois pequenas dicas
podem ampliar a durabilidade e qualidade dos produtos.

É preciso seguir todas as recomendações dos fabricantes,


seguindo as formas de armazenamento e uso. Esse é um dos
primeiros passos para prolongar a utilização do cosmético. Além
da qualidade do produto em si, a alta temperatura e demais
adversidades podem mudar a cor e textura. A compra, o
armazenamento e uso correto dos cosméticos devem ser
rigorosamente levados a sério para garantir a saúde dos usuários.
Os produtos são compostos por água, tensoativos doadores de
consistência, óleos, perfumes, antioxidantes, corante,
conservante entre outros, devendo este conjunto de materiais

57
estar estruturado na formulação do produto, de maneira a
permanecer inalterado, por um determinado período de tempo,
em condições aceitáveis de uso e conservação, daí o prazo de
validade. Contudo, o cuidado com a maneira de usar e guardar
também garantirá mais segurança.

Para aumentar a durabilidade dos produtos

1. Compre produtos somente de fabricantes idôneos.


Pesquise as empresas.

2. Muito cuidado com os cosméticos artesanais. Eles não


possuem os testes e nem conservantes e antioxidantes
necessários.

3. Após abrir um produto (mostruário), mantenha-o sempre


bem tampado, de preferência dentro da caixinha (quando
tiver) e longe da umidade.

4. Manuseie os mostruários sempre com as mãos limpas e


secas para evitar contaminação. Bactérias e fungos
adoram geizinhos e creminhos.

5. Cuidado com os produtos cosméticos que ficam dentro


do carro por meses. Evite deixá-los aí.

6. O melhor lugar para guardar seu estoque continua sendo


um armário seco e fresco, ao abrigo da luz. Nunca deixe
produtos em lugares quentes ou expostos ao sol.

7. Uma pequena etiqueta em cada produto do mostruário


com a data de início de uso previne qualquer engano. O
MANUAL DO COMPRADOR

prazo após aberto de durabilidade é de cerca de 10


meses.

8. Não se esqueça de fechar bem as embalagens para que os


produtos não se estraguem.

9. Deixe o perfume dentro da embalagem secundária, pois


ajuda a conservá-lo por mais tempo, além de protegê-lo
da claridade.

10. Evite comprar frascos grandes demais para demonstrar o


produto.

Dicas do Negócio
Como vimos durante todo o manual, o comerciante de
cosméticos é co-responsável pelo produto, isto significa que no
momento que ele compra o produto do fabricante, se torna um
fornecedor do produto e se compromete com os benefícios e
malefícios do que está comercializando.

Aqui a máxima o barato sai caro, se aplica verdadeiramente a


este caso e o lucro fácil pode se tornar perigoso. Enfim, algumas
dicas finais para que possa pensar em seu negócio vislumbrando
o sucesso futuro e principalmente preservando o que o
comerciante tem de mais importante no seu negócio; o cliente.

• Acompanhe com regularidade e oriente o atendimento


realizado pelos atendentes e/ou consultores de produtos,
permanecendo no negócio o maior tempo possível.

59
• Controle diariamente o estoque de produtos, mantendo-
os no nível suficiente para não deixar faltar produtos nas
prateleiras, nem a loja ficar desabastecida. Aplique
também o conceito “first in, first out”, ou seja, primeiro
que entra, primeiro que sai, assim, você evita ficar com
produtos vencidos em seu estoque.

• Uma característica do setor de cosméticos é a constante


necessidade de apresentar novidades. Para cumprir esse
objetivo, as indústrias do setor investem anualmente
grandes somas de recursos em lançamentos e promoções
de novos produtos. Procure destacar-se com promoções e
produtos de qualidade, que atendam realmente às
necessidades de seu público-alvo.

• Certifique-se da origem e conformidade dos produtos


adquiridos (produtos, fabricante, distribuidores, rótulos,
embalagens etc.) com a legislação vigente, exigindo e
verificando os registros sanitários pertinentes.

• Recrute pessoas que possam efetivamente contribuir


para a melhoria do negócio e que tenham conhecimento,
habilidades e atitudes que poderão agregar valor ao
negócio.

• Escolha um bom software de automação e gestão dos


negócios. Informação correta e em tempo hábil é
essencial em qualquer negócio.

• Evite atrasos de pagamento das obrigações para não


pagar juros.

• Jamais descapitalize a loja em detrimento de outros


negócios.
MANUAL DO COMPRADOR

• Permaneça atento às reais necessidades de pessoal.

• Motive seus funcionários, dê feedback e os incentive a


vender melhor através de treinamentos e cursos
especializados no mercado erótico sensual.

Direitos básicos do consumidor


Art. 6º, do Código de Defesa do Consumidor (CDC)

1. Proteção da vida e da saúde


Antes de comprar um produto ou utilizar um serviço você deve
ser avisado, pelo fornecedor, dos possíveis riscos que podem
oferecer à sua saúde ou segurança.

2. Educação para o consumo


Você tem o direito de receber orientação sobre o consumo
adequado e correto dos produtos e serviços.

3. Liberdade de escolha de produtos e serviços


Você tem todo o direito de escolher o produto ou serviço que
achar melhor.

4. Informação
Todo produto deve trazer informações claras sobre sua
quantidade, peso, composição, preço, riscos que apresenta e
sobre o modo de utilizá-lo. Antes de contratar um serviço você
tem direito a todas as informações de que necessitar.

5. Proteção contra publicidade enganosa e abusiva


O consumidor tem o direito de exigir que tudo o que for
anunciado seja cumprido. Se o que foi prometido no anúncio

61
não for cumprido, o consumidor tem direito de cancelar o
contrato e receber a devolução da quantia que havia pago.

A publicidade enganosa e a abusiva são proibidas pelo Código


de Defesa do Consumidor. São consideradas crime (art. 67,
CDC).

6. Proteção contratual
Quando duas ou mais pessoas assinam um acordo ou um
formulário com cláusulas pré-redigidas por uma delas, concluem
um contrato, assumindo obrigações.

O Código protege o consumidor quando as cláusulas do contrato


não forem cumpridas ou quando forem prejudiciais ao
consumidor. Neste caso, as cláusulas podem ser anuladas ou
modificadas por um juiz. O contrato não obriga o consumidor
caso este não tome conhecimento do que nele está escrito.

7. Indenização
Quando for prejudicado, o consumidor tem o direito de ser
indenizado por quem lhe vendeu o produto ou lhe prestou o
serviço, inclusive por danos morais.

8. Acesso à Justiça
O consumidor que tiver os seus direitos violados pode recorrer à
Justiça e pedir ao juiz que determine ao fornecedor que eles
sejam respeitados.

9. Facilitação da defesa dos seus direitos


O Código de Defesa do Consumidor facilitou a defesa dos
direitos do consumidor, permitindo até mesmo que, em certos
casos, seja invertido o ônus de provar os fatos.
MANUAL DO COMPRADOR

10. Qualidade dos serviços públicos


Existem normas no Código de Defesa do Consumidor que
asseguram a prestação de serviços públicos de qualidade, assim
como o bom atendimento do consumidor pelos órgãos públicos
ou empresas concessionárias desses serviços.

Órgãos públicos e entidades de interesse


INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial Ministério da Indústria, Comércio e
Turismo
Rua Alexandrina, 416 - 5º andar - Rio Comprido 20.261-232 -
Rio de Janeiro-RJ Tel.: (021) 502-1009 Fax: (021) 293-1564

IPEM - Instituto de Pesos e Medidas Rio de Janeiro


Rua Padre Manoel da Nóbrega, 539 - Piedade Tel.: (021) 289-
6580 - 269-5212 R.31 / 32 / 33 São Paulo Rua Muriaé, 154 -
Alto Ipiranga Tel.: (011) 273-0522 Fax: (011) 273-0522

ABEME – Associação Brasileira das Empresas do Mercado


Erótico e Sensual – São Paulo – SP
Www.abeme.com.br – atendimento@abeme.com.br

ANVISA - Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) - Trecho 5,


Área Especial 57, Brasília (DF) - CEP: 71205-050 ANVISA
ATENDE - 0800-642-9782

Empresas Apoiadoras

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Adão e Eva Toys
Fone: 55 11 2020-9090 Fax: 55 11 2021-5855
Web Site: www.adaoeevatoys.com.br
Facebook.com/adaoeeva
Email: vendas@adaoeevatoys.com.br

Emile Cosm. Biológicos e Prod. p/ Saúde Ltda EPP - Santo Cosméticos


Fone: 55 11 2227-0264 Fax: 55 11 2227-0265
Web Site: www.santocosmeticos.com.br
Facebook.com/santocosmeticos
Email: emile@emilecosmeticos.com.br

Feitiços Aromáticos
Fone: 55 11 2286-3008 Fax: 55 11 2079-0600
Web Site: www.feiticosaromaticos.com.br
Twitter: @feiticos
Email: falecom@feiticosaromaticos.com.br

Hot Flowers Cosméticos


Fone: 55 19 3935-5155
Web Site: www.hotflowers.com.br
http://www.facebook.com/hotflowersfanpage
Email: marketing@hotflowers.com.br

Intt Cosméticos
Fone: 55 11 3431-9801
Web Site: www.lojaintt.com.br
Facebook.com/inttcosmeticos
Email: vendas@lojaintt.com.br
MANUAL DO COMPRADOR

Pessini Cosméticos
Fone: 55 27 3205-0025
Web Site: www.pessinicosmeticos.com.br
Twitter: @pessini_cosm
Email: vendas@pessinicosmeticos.com.br

SF Ind. Plástica Ltda – Marca Sexy Fantasy


Fone: 55 54 3535-.8100 Fax: 55 54 3535-8109
Web Site: www.sexyfantasy.com.br
Facebook.com/sexyfantasybr
Email: vendas@sexyfantasy.com.br

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