Interface Humano Computador - 4
Interface Humano Computador - 4
Interface Humano Computador - 4
INTERFACE HUMANO
COMPUTADOR
CAPÍTULO 4 - QUAIS SÃO OS PASSOS
FINAIS PARA DESENVOLVER UM
SOFTWARE COM BOA QUALIDADE EM
IHC?
Fernando Skackauskas Dias
INICIAR
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 1 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
Introdução
A usabilidade dos Sistemas de Informação é parte fundamental da Ciência da
Computação, pois a facilidade de acesso às informações impacta diretamente na
eficiência do sistema. A Interface Humano-Computador engloba diversas abordagens que
orientam o desenvolvedor a construir interfaces amigáveis e com alto grau de qualidade.
Apesar de haver interfaces que sejam fáceis de usar e com nível satisfatório de
comunicabilidade e qualidade, alguns usuários podem encontrar barreiras, por exemplo,
na utilização do mouse, do teclado, na visualização do monitor ou na recepção de sons de
dispositivos de áudio, caso tenham algum tipo de necessidade especial. Por isso, é
importante que os sentidos como audição, visão, tato e percepção sejam considerados no
desenvolvimento da interface de um sistema.
Então, como desenvolver sistemas, minimizando limitações para os usuários? Como lidar
com situações atípicas no sistema? Como as interfaces podem se adaptar às necessidades
especiais? Por outro lado, a experiência do usuário vem ganhando mais importância no
desenvolvimento de Sistemas de Informação e nos quesitos de usabilidade. Esta
abordagem é chamada de “User Experience (UX)”, e tem o propósito de trazer o usuário
para o centro do projeto, conciliando suas necessidades com os objetivos do produto.
Assim, no UX, os usuários são incluídos no processo de design por intermédio de
pesquisas do usuário e testes de usabilidade, que são cada vez mais necessários.
Então, vamos entender melhor este conteúdo. Acompanhe com atenção!
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 2 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
4.1 Acessibilidade
Sabemos que uma interface eficaz se relaciona com o usuário de um Sistema de
Informação de forma fluída e contínua, sem dificuldades diante do trabalho que esteja
sendo realizado. Pelos critérios de usabilidade de um sistema, a acessibilidade é o que faz
a avaliação do quanto o sistema está preparado para interagir com usuários em situações
especiais. Por exemplo, uma pessoa que tem as digitais apagadas e não consegue acesso
a sua conta bancária pelo sistema biométrico, ou alguém que possui baixa visão ou
cegueira total, que precisa de interação específica para seu acesso.
Vamos entender agora, como o critério de acessibilidade tem sido utilizado no
desenvolvimento das interfaces dos sistemas computacionais.
4.1.1 Acessibilidade
Vamos começar com os conceitos, para delimitar nossos estudos corretamente.
Acessibilidade se define como a garantia de que pessoas com tipos de necessidades
diferentes tenham acesso à interface (JOÃO, 2017). Os pesquisadores Barbosa e Silva
(2010, p. 32) também vão nessa direção ao definir que “o critério de acessibilidade está
relacionado com a capacidade de o usuário acessar o sistema para interagir com ele, sem
que a interface imponha obstáculos”.
Observe que essas definições dão a entender que os sistemas são desenvolvidos para
considerar as limitações de alguns usuários, fazendo com que eles tenham acesso a todas
as facilidades que os outros usuários possuem. Durante a interação do usuário com um
sistema, percebemos que há o uso de diferentes habilidades e capacidades, motoras, para
acessar os dispositivos de entrada, de visão, audição, tato, também a capacidade de
percepção, para captar as respostas do sistema, e cognitiva, para compreender
corretamente essas respostas (BARBOSA; SILVA, 2010, p. 32).
Portanto, se a interface falha, barreiras são levantadas para impedir o usuário de interagir
com o sistema, logo, ele não será capaz de utilizar todas as funcionalidades oferecidas. É
fundamental para o desenvolvedor que a interface seja inclusiva e chegue ao máximo
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 3 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
Figura 1 - Quando envelhecemos, os sentidos e a capacidade cognitiva se alteram e os sistemas devem estar
preparados para estas mudanças.
Fonte: wavebreakmedia, Shutterstock, 2018.
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 4 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 5 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
Figura 2 - Há problemas de acessibilidade que devem ser estudados, para que o sistema não falhe com uma
parcela dos usuários.
Fonte: BARBOSA; SILVA, 2010, p. 33.
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 6 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
Figura 3 - Para ajudar os motoristas, os aplicativos de rotas devem ter a acessibilidade de comando de voz.
Fonte: Andrey_Popov, Shutterstock, 2018.
Neste caso, é uma limitação pontual, devido a uma situação específica. A acessibilidade
ocorre no momento em que é possível interagir pelo comando de voz. Assim, observamos
que a acessibilidade não está relacionada com deficiências ou com características de um
determinado grupo de usuários, mas também com situações específicas.
VOCÊ SABIA?
Existem ferramentas online que são capazes de avaliar o nível de acessibilidade de sites. A
análise gera um relatório, no qual são descritos os problemas encontrados. Entre essas
ferramentas, está uma brasileira que executa a avaliação de acessibilidade: DaSilva (2014).
Conheça mais sobre ela no endereço: <http://www.dasilva.org.br/
(http://www.dasilva.org.br/)>.
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 7 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
acesso ao computador sem mouse: deve ser pensado para pessoas que têm algum
tipo de problema no uso do mouse, como as que possuem baixa visão, cegueira,
dificuldade temporária ou permanente de controle dos movimentos, paralisia ou
amputação de um membro superior;
acesso ao computador sem teclado: há pessoas que não conseguem usar o
teclado tradicional, seja porque têm membros amputados, grandes limitações de
movimento, ou falta de força e coordenação nos membros superiores;
acesso ao computador sem monitor: pessoas com cegueira total ou baixa visão
têm dificuldade para obterem informação projetada na tela;
acesso ao computador sem áudio: pessoas com baixa audição ou surdos têm
dificuldades em acessar informações em dispositivos de áudio.
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 8 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
Por outro lado, o design inclusivo é uma abordagem mais pragmática, pois considera que
uma universalidade é impossível de ser atingida. Para Benyon (2011, p. 50), o design
inclusivo leva em consideração quatro premissas:
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 9 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
Para poder escolher uma melhor solução de acessibilidade, Benyon (2011), define a
chamada “árvore de decisão”, que contêm critérios de estabilidade e incidência de uma
característica humana e custo de implementação, conforme mostrado na figura a seguir.
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 10 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
incidência.
Fonte: BENYON, 2011, p. 51.
Para garantir que o sistema seja acessível, Benyon (2011, p. 52), indica algumas sugestões
para designers:
VOCÊ SABIA?
O W3C publica gratuitamente padrões que são bastante úteis a designers e desenvolvedores.
Não só no que diz respeito à acessibilidade, mas também à compatibilidade e
interoperabilidade da web. Essas publicações estão disponíveis em português no site da W3C
Brasil <www.w3c.br (http://www.w3c.br)>.
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 11 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
Figura 5 - Os sistemas devem ser desenvolvidos para que a informação seja intuitiva e de fácil acesso, pois
sistemas confusos deixam o usuário desinteressado.
Fonte: Sergey Nivens, Shutterstock, 2018.
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 12 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
4.2 Atualidade
Na medida em que os sistemas se desenvolvem nas mais diversas plataformas, os
designers enfrentam vários desafios para desenvolver interfaces melhores e mais
amigáveis. Como é possível fazer com que o usuário possa extrair o máximo dos sistemas
por meio de uma interface mais intuitiva? Algumas pesquisas destacam a necessidade de
se adotar uma abordagem holística de experiências dos usuários. Segundo Boney (2017,
p. 63) “o argumento é que as experiências devem ser entendidas como um todo e não
podem ser divididas em suas partes constituintes porque a experiência está nas relações
entre as partes”.
O que diversos pesquisadores têm argumentado é que as pessoas têm o direito de terem
as experiências que desejam e das quais necessitam, mas não querem experiências que
são lançadas sobre elas por um design malfeito.
Neste sentido, a evolução tecnológica dispõe de soluções altamente flexíveis, de fácil
acesso, com valores de investimento mais baixos, para que empresas adotem soluções,
das mais diversas formas, para dar suporte aos seus processos de negócio. E entre essas
soluções, está a metodologia UX.
O User Experience (UX) é um método da Engenharia de Usabilidade que cria sistemas onde
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 13 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
Figura 6 - Os sistemas de informação devem ser desenvolvidos com uma interface amigável, de fácil
usabilidade e com informações confiáveis.
Fonte: Rawpixel, Shutterstock, 2018.
os usuários devem ser incluídos no processo de design por meio de pesquisas com os
usuários e testes de usabilidade.
VOCÊ O CONHECE?
Considerado o pai da informática, Alan Turin, publicou um artigo em 1936, que trazia, em teoria, a possibilidade
de uma máquina muito simples, que poderia solucionar qualquer problema matemático que estivesse
representado sob a forma de algoritmo. Leia mais em Cassol, Lopes e Riva (2010), disponível em
<https://doaj.org/article/db280aa7b87f4711aea4301d48274874
(https://doaj.org/article/db280aa7b87f4711aea4301d48274874)>.
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 14 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 15 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
Figura 7 - Segundo os princípios do User Experience, o usuário é figura central e fundamental em todas as
etapas do desenvolvimento de um sistema.
Fonte: g-stockstudio, Shutterstock, 2018.
no processo de desenvolvimento.
Um conceito muito importante do UX é sobre como os usuários formam experiências. Isto
quer dizer, quando um usuário tem um contato pela primeira vez com o sistema, forma
uma impressão momentânea, sendo que esta experiência evolui com o tempo. No
desenvolvimento desse processo, a sensação de percepção, a ação diante do sistema, a
motivação experimentada e os processos cognitivos, estão todos integrados para criar
uma história coerente com o sistema.
Em organizações que lidam com sistemas, um grande número de gestores de estratégias
de sistemas de informação adota o método UX, para dar suporte aos seus processos de
negócio. A metodologia representa uma solução de investimento em sistemas, pois traz
incentivos atraentes relacionados à tecnologia, que contribuem com a competitividade da
empresa no mercado. Mas, é importante avaliar a adoção do UX, por todos os seus
ângulos, pois muitas vezes, os gestores de TI consideram somente os benefícios do seu
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 16 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
4.3 Aplicação
Neste tópico, vamos acompanhar um projeto de avaliação de usabilidade de sistemas de
informação, com o objetivo de aplicar os conceitos de usabilidade e da experiência do
usuário, demonstrando como os critérios de avaliação são elaborados e analisados.
Assim, poderemos analisar critérios de usabilidade relacionados à combinação de cores,
nível de facilidade de entrada de dados e busca por informação, qualidade da saída de
dados pela comunicabilidade e apresentação visual. É possível concluir que sistemas de
informação de alcance público – como é o caso da web – devem receber atenção especial
relacionada à usabilidade, devido ao amplo público que se deseja alcançar.
4.3.1 Projeto
Para conhecer, na prática, como apresentar uma relação de requisitos do tipo não
funcionais, com relação aos critérios de usabilidade na web, vamos acompanhar o projeto
baseado nos estudos de Ferreira e Leite (2003), de análise do site do submarino.com.br.
Todos os sistemas de informação, inclusive os desenvolvidos na web, devem ter o usuário
centrado no processo de desenvolvimento. Ou seja, a interface deve atender às
necessidades dos seus usuários. Os requisitos não funcionais dizem respeito à qualidade
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 17 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
do sistema, descrevendo suas facilidades. A não atenção a estes critérios são um dos
principais motivos de insatisfação dos usuários.
No projeto, Ferreira e Leite (2003), analisaram os requisitos agrupados em duas
categorias, que vemos listadas a seguir.
Apresentação Visual
As telas apresentam mecanismo de busca com formatos diferentes. Observa-se na tela
inicial do site que a busca por informação se inicia com a opção palavra-chave. Após
entrar nesta opção, há uma caixa de entrada para se fazer uma busca livre e uma busca
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 18 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
avançada. Porém, em outra tela, não existe a opção de busca avançada, somente a busca
básica por palavra-chave.
Continuando a análise, em outra tela, o mecanismo de busca inicia com a opção ‘busca
livre’, seguida por palavra-chave, e o usuário também tem a opção de pesquisar por seção.
Por fim, ainda existe a opção de busca de produtos classificados por gênero, idade, preço
e busca livre. Uma inconsistência encontrada nesses mecanismos de busca é o botão de
comando ‘Ok’, que se localiza sempre no final do mecanismo, em todas as telas, tornando
a busca mais cansativa. Outra inconsistência apontada ocorre em uma das telas que teve
uma barra de sugestões inserida no lugar da barra de promoções, sendo a única tela com
esse problema.
Comportamentos inesperados
O que se pode observar, analisando o comportamento do site diante de situações
inesperadas, é que as barras laterais que se posicionam do lado esquerdo não possuem
padronização. Por exemplo, é exibida uma barra, na qual se pode pesquisar por artistas,
na busca de CD. Mas esta opção não aparece quando se busca por livros, sendo que seria
pertinente fazer uma busca por autores. Segundo os critérios de usabilidade e a lógica,
deveria haver opções iguais para situações semelhantes, ou seja, busca por artista em CD
e busca por autor em livro.
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 19 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
Outra inconsistência também relacionada a nomes e funções é o uso de ícones iguais para
funções distintas. Por exemplo, o mesmo ícone é utilizado tanto para o cadastro de uma
pessoa, quanto para encerrar o pedido de compras.
Ao verificar a análise feita por Ferreira e Leite (2003), podemos perceber como é normal
que sites de uso comercial apresentem inconsistências de usabilidade, levando o usuário
a situações de erro. Isso mostra o quanto é fundamental que os colaboradores envolvidos
no desenvolvimento de um sistema, tenham bastante atenção quanto aos quesitos de
usabilidade, para que cheguem a uma interface de alta qualidade.
4.4 Aplicação
Agora vamos entender o que aprendemos com a aplicação prática em um segundo
projeto, que procura apresentar diferentes métodos de avaliação de acessibilidade na
web, a fim de identificar os aspectos positivos e negativos de cada método. Vamos
analisar um projeto que vai demonstrar como ocorre a elaboração de avaliação de
usabilidade e como é possível aplicar diferentes metodologias que se completam para ter
um resultado mais preciso de usabilidade. É fundamental, para o desenvolvedor,
compreender os requisitos de usabilidade e saber aplicá-los na estruturação de um
sistema.
As ferramentas de avaliação de usabilidade levam ao desenvolvimento de sistemas com
alto nível de qualidade e usabilidade intuitiva e eficiente para o usuário. São sistemas que
consideram os indicadores de usabilidade que tornam a interface mais amigável, trazendo
para o usuário um bom nível de satisfação, foco de todos os sistemas de informação.
4.4.1 Projeto
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 20 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
CASO
A lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991 (BRASIL, 1991), determina a contratação de
deficientes nas Empresas. Uma grande empresa de engenharia civil se viu diante de
uma situação difícil. Vários das pessoas, contratadas por cota, eram deficientes
visuais. A empresa resolveu, portanto, investir em so!wares que fossem capazes de
auxiliar os deficientes visuais nas suas tarefas ligadas ao computador. A empresa fez
uma análise de mercado e encontrou os seguintes so!wares de acessibilidade
visual:
LianeTTS - aplicativo que analisa o texto e o transforma em texto compilado no
formato de difones (.pho). Isso permite o processamento e síntese de voz pelo
sistema mbrola (sintetizador de voz baseado na concatenação de difones).
Virtual Vision - so!ware de leitura de telas, desenvolvido em 1997, no Brasil, a
partir de pesquisas da MicroPower com modelos de processamento de linguagem
natural. Uma vantagem é que funciona sobre os aplicativos mais comuns,
utilizados na maior parte dos computadores.
Ao analisar ambos, a empresa adquiriu o Virtual Vision, por ter maior capacidade de
processamento e investir em um so!ware nacional.
Após a escolha dos três sites de cursos universitários, para o estudo, e avaliação de sua
acessibilidade, foram definidas algumas tarefas, para que os usuários com deficiência,
que estavam participando do estudo, pudessem executar. Os três sites escolhidos
apresentavam diferenças na interface e disposição de informações e as tarefas que os
usuários deveriam executar foram selecionadas para incluir páginas com layouts e
funcionalidades diferentes.
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 21 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
Resultados
Na avaliação de acessibilidade dos três sites, foi possível detectar alguns obstáculos
relevantes na interface com o usuário. As dificuldades encontradas foram (BACH;
FERREIRA; SILVEIRA, 2009):
o leitor de telas não era uma opção de acesso imediato, pois os avaliadores
procuravam inicialmente os recursos visuais;
o usuário não identificou com facilidade a navegação do sistema.
Nos resultados atingidos por Bach, Ferreira e Silveira (2009), foram identificadas as
características, benefícios e dificuldades de cada método, cruzando informações
fornecidas pelos participantes, deficientes visuais, com as dos avaliadores. A experiência
possibilitou a criação de uma lista de recomendações para avaliações de acessibilidade,
para qualificar o processo.
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 22 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
Síntese
Concluímos com este capítulo a importância de garantir, a todos os usuários, acesso às
informações de maneira irrestrita e sem dificuldades. As limitações humanas não podem
ser um obstáculo na relação do usuário com o sistema e, por isso, entendemos a
importância de se incluir a experiência do usuário no desenvolvimento dos sistemas.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
compreender os princípios de acessibilidade;
entender como os sistemas tratam os diferentes tipos de limitação;
conhecer a metodologia User Experience (UX) como forma de criar sistemas mais
amigáveis, intuitivos e interativos para os usuários finais;
desenvolver protótipos de interface.
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 23 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
Bibliografia
ARAÚJO, V.; COTA, M. So!ware como um serviço: uma visão holística. Revista Ibérica de
Sistemas e Tecnologias de Informação, Sep., 2016, Issue 19, p.145-157.
BACH, C. F.; FERREIRA, S. B. L.; SILVEIRA, D. Avaliação de Acessibilidade na Web: Estudo
Comparativo entre Métodos de Avaliação com a Participação de Deficientes Visuais.
Encontro Nacional de Pesquisa em Administração. Setembro de 2009. São Paulo.
Disponível em <http://www.anpad.org.br/admin/pdf/ADI441.pdf
(http://www.anpad.org.br/admin/pdf/ADI441.pdf)>. Acesso em: 20/04/2018.
BARBOSA, S. D. J.; SILVA, B. S. Interação humano-computador. 1ª edição. Editora
Elsevier. Rio de Janeiro, 2010.
BENYON, D. Interação humano-computador. 2ª edição. Editora Pearson Prentice. São
Paulo, 2011.
BRASIL. Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991. Brasília, 2001. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm)>. Acesso em: 20/04/2018.
BRASIL. Decreto n. 5.296 de 2 de dezembro de 2004. Brasília, 2004. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm)>. Acesso
em: 20/04/2018.
BRASIL. Recomendações de Acessibilidade para a Construção e Adaptação de
Conteúdos do Governo Brasileiro na Internet. Cartilha Técnica. Documento de
Referência. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Departamento de Governo
Eletrônico. Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação. 14 de dezembro de 2005.
Disponível em: <https://www.governodigital.gov.br/documentos-e-
arquivos/Cartilha%20tecnica%20Recomendacoes%20Acessibilidade.pdf
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 24 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
(https://www.governodigital.gov.br/documentos-e-
arquivos/Cartilha%20tecnica%20Recomendacoes%20Acessibilidade.pdf)>. Acesso em:
20/04/2018.
BLOMKAMP, N.; TATCHELL, T. Chappie. Direção: Neill Blomkamp. Produção: Neill
Blomkamp; Simon Kinberg. Estados Unidos: Sony Pictures, 2015.
CASSOL, J.; LOPES, L.; RIVA, A. D. Utilização de Máquina de Turing aplicada a um problema
de comparação de Listas de Palavras. Revista Brasileira de Computação Aplicada, 1 de
outubro de 2010, Vol. 2(2), p.32-46.
DASILVA. Site Avaliador de Acessibilidade. Acessibilidade Brasil; W2B Soluções Internet.
2014. Disponível em: <http://www.dasilva.org.br/ (http://www.dasilva.org.br/)>. Acesso
em: 20/04/2018.
EMAG. Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico. Versão 3.1 – Abril 2014.
Disponível em: <http://emag.governoeletronico.gov.br/
(http://emag.governoeletronico.gov.br/)>. Acesso em: 20/04/2018.
FERREIRA, S. B. L.; LEITE, J. C. S. P. Avaliação da Usabilidade em Sistemas de Informação: o
Caso do Sistema Submarino. RAC, v. 7, n. 2, Abr./Jun. 2003: 115-136. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rac/v7n2/v7n2a07
(http://www.scielo.br/pdf/rac/v7n2/v7n2a07)>. Acesso em: 20/04/2018.
FLOR, C. S.; VANZIN, T.; ULBRICHT, V. Recomendações da WCAG 2.0 (2008) e a
acessibilidade de surdos em conteúdos da Web. Rev. bras. educ. espec. [online]. 2013,
vol.19, n.2, pp.161-168. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-
65382013000200002&script=sci_abstract&tlng=pt (http://www.scielo.br/scielo.php?
pid=S1413-65382013000200002&script=sci_abstract&tlng=pt)>. Acesso em: 18/04/2018.
IGNÁCIO, E. A.; CARVALHO, J. O. F. Avaliação da acessibilidade de sites oficiais de pesquisa
no Brasil por pessoas com deficiência. Enc. Bibli: R. Eletr. Bibliotecon. Ci. Inf.,
Florianópolis, n. 26, 2º sem. 2008. Disponível em: <
http://www.brapci.inf.br/_repositorio/2010/11/pdf_239f1c528d_0012740.pdf
(http://www.brapci.inf.br/_repositorio/2010/11/pdf_239f1c528d_0012740.pdf)>. Acesso
em: 24/04/2018.
JOÃO, B. Usabilidade interface homem-máquina. 1ª edição. Editora Pearson Education.
São Paulo, 2017.
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 25 de 26
Interface Humano Computador 19/10/2020 21'32
ROGERS, Y.; SHARP, J. P.; GASPARINI, I. Design de interação. Além da interação humano-
computador. 3ª edição. Editora Bookman. Porto Alegre, 2013.
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/CTI_INHUCO_19/unidade_4/ebook/index.html#section_1 Página 26 de 26