Asma
Asma
Asma
1 – Emergência
Objetivos da aula
Definição
Diagnóstico Diferencial
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Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Emergência
O diagnóstico em geral é fácil, especialmente quando há Conduta imediata para paciente de alto risco:
uma história familiar ou pessoal positiva de alergia.
Situações que podem ser confundidas com asma são:
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Saturação arterial de origênio: deve ser verificada em todos CLASSIFICAÇÃO DA EXACERBAÇÃOAPÓS A AVALIAÇÃO:
os pacientes e, se hipoxemia presente, origênio suplementar
deve ser prescrito para manter a SatO2 > 93%.
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proceder com oxigenoterapia por cateter nasal (1 a inalatório, no paciente que melhorou (resposta completa) e
3L/minutos) se saturação de O2 ≤92% ou indeterminada. está indo de alta da emergência.
Obs.: Fenoterol antigo berotec. Prednisona: dose inicial de 40 a 60 mg, via oral.
É o corticoide de escolha na grande maioria dos pacientes com
O B2-agonista e o anticolinérgico devem ser feitos em exacerbação de asma na emergência. A absorção é rápida e a
nebulização com soro fisiológico. eficácia é semelhante ao uso de corticoide IV. O uso de
corticoide parenteral deve ser indicado no paciente com
náuseas, vômitos, diarreia, alteração do TGI ou no paciente com
Β2-Agonistas exacerbação ameaçadora à vida. O uso VO é mais simples, mais
O uso de β2-agonistas é a terapêutica imediata mais seguro, além de ter o custo muito menor.
importante no manejo de broncoespasmo no departamento
de emergência, e deve ser prescrito assim que o paciente chega Metilprednisolona: dose de 40 a 60 mg, IV, de 12/12 h. É a droga
à emergência. de escolha quando o uso IV é indicado.
É importante ressaltar que o benefício com o β2-agonista Hidrocortisona: dose inicial IV de 200 a 300mg; manutenção:
inalatório é potencializado com o uso sequencial. Por isso, 100 mg, IV, de 8/8 ou 6/6 h. Além da posologia com doses mais
recomendam-se inalações a cada 15 ou 20 minutos, totalizando frequentes, tem a desvantagem de ter um maior efeito
três inalações na primeira hora da chegada ao departamento de mineralocorticoide, o que leva à ávida retenção de sódio e
emergência. fluidos.
O β2-agonista mais amplamente disponível no Brasil é o O corticoide inalatório deve ser prescrito após a alta do
fenoterol, embora seja o que mais causa eventos adversos; a paciente, associado à prednisona oral (50 mg, VO, em até quatro
dose é de 10 a 20 gotas diluídas em 3 a 5 mL de soro fisiológico. vezes, por 5 a 7 dias). Em pacientes que já utilizam corticoide
A preferência, entretanto, é por salbutamol: 2,5 a 5,0 mg (10 a inalatório, a dose pode ser aumentada.
20 gotas) em nebulização com 3 a 5 mL de soro fisiológico.
Anticolinérgicos
A adição do brometo de ipratrópio ao salbutamol (ou fenoterol)
é recomendado nas exacerbações graves. Nas exacerbações
leves a moderadas, o ipratrópio pode ser considerado (em geral, ↓
acaba sendo usado também).
REAVALIAÇÃO CLÍNICA
Na reavaliação, avaliamos também a necessidade da
continuidade com a terapia B2-agonista/anticolinérgico e
início do corticosteroides.
↓
Houve melhora com o tratamento inicial?
Sim, então a conduta é alta com recomendação;
Glicocorticoides
Os benefícios do uso de glicocorticoides mostrados nos estudos
foram resolução mais rápida da obstrução ao fluxo aéreo e
diminuição da taxa de recidiva. O seu uso é recomendado na
exacerbação, sendo iniciado assim que o paciente é atendido e
classificado quanto à gravidade do episódio, preferencialmente,
por via oral.
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Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Emergência
Conduta Clínica
- Asma Muito Grave -
Sinais Clínicos
Sibilos ausentes = obstrução grave = IRpA Da mesma forma, durante a evolução no departamento de
emergência, pode ser necessária a intubação, e esta deverá
ser baseada em parâmetros clínicos e, especialmente, antes
que o paciente se encontre em situação crítica com risco de
parada cardiorrespiratória.
Sulfato de Magnésio
Efeito benéfico no subgrupo de asmáticos mais graves; a adição Internação e Alta Hospitalar
de sulfato de magnésio diminui a necessidade de internação Alguns critérios podem ser utilizados para orientar
nesse subgrupo.
necessidade de internação hospitalar.
VEF1 <30%. • VEF, do peak-flow < 40% após horas de tratamento ou <
Falência em responder à terapêutica inicial. 25% na chegada.
Falência em melhorar após a 1ª hora (VEF > 60%). • História prévia de exacerbação grave com resposta
incompleta ao tratamento.
As doses dos estudos foram de 1,2 a 2 g de magnésio IV durante
20 a 30 minutos.
Pacientes que podem receber alta hospitalar:
Não foi associado com eventos adversos significativos. Pacientes com VEF 1 ou peak-flow > 60% do predito podem
receber alta, e paciente com níveis de VEF 1 ou peak-flow
entre 40-60% podem receber alta conforme fatores de risco
Indicação para IOT e VM associados.
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Casos Clínicos
Caso Clínico 1
Letra C
• TAG = transtorno de ansiedade generalizado.
Diagnóstico: Asma
Achado auscultatório: Sibilo
Classificação: Grave
Conduta:
Caso Clínico 2
Letra B
Letra C
Letra C
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ECG do paciente:
Letra B
QRS estreito – onda p sinusal – intervalo R-R regular
Letra D
Letra D
Letra C
Letra A
Letra C
Não há evidência clínica de melhora da exacerbação da asma
com Aminofilina.
Letra B
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Letra D
Letra A
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