FELINOS
FELINOS
FELINOS
PARTICULARIDADES NA TERAPEUTICA
O gato possui o esôfago mais estreito, comumente após a administração de fármacos, estes podem permanecer no
esôfago e causar esofagite, causando vômitos. Importante a lubrificação do comprimido/cápsula (ball free, manteiga
etc.) antes da administração e fornecer água após.
O gato ainda possui o sistema digestório mais curto com transito mais lento e maior permeabilidade, por isso em
geral recebem os fármacos em doses menores e frequências maiores.
Estomago menor, não suporta grandes quantidades de alimento de uma só vez, assim como medicações.
Possuem menor volume sanguíneo e as drogas se concentram mais na circulação, aumentando o risco de
intoxicação.
A hemoglobina do gato é mais sensível e facilmente sofre lesão oxidativa, podendo formar a metahemoglobina ou
precipitação da hemoglobina.
A metahemoglobina não carreia oxigênio como a hemoglobina, causando no animal, cianose, dispneia, edema de
face, depressão, hipotermia e vomito.
Precipitação de hemoglobina leva a formação do corpúsculo de heinz, esse por sua vez diminui a vida do eritrócito
causando hemólise, o animal desenvolve anemia hemolítica imunomediada.
Paracetamol
Doses de 50 a 60 mg/kg = intoxicação com emese, anorexia, mucosas hipocoradas, ptialismo, letargia e
depressão.
Metemoglobinemia, CH, hemólise intravascular: cianose, edema de face e membros, icterícia, taquipeneia,
hipóxia e óbito.
Achados laboratoriais: metemoglobinemia, hiperbilirrubinemia, aumento de ALT, AST, presença de CH,
reticulocitose, bilirrubinuria, hemoglobinúria e proteinuria.
Tratamento
Indução de vomito (< 2hr de ingestão)
Diminuição do estrese
Lavagem gástrica (< 2hr de ingestão)
Carvão ativado 2g/kg
Ácido ascórbico (reduz metemoglobina) 150mg/kg VO ou 30 mg/kg SC QID
Cimetidina (inibe a oxidação) 10 mg/kg QID
N acetilcisteina (antidoto do paracetamol) – 140 mg/kg IV e depois 70mg/kg a cada 4h
Same (hepatoprotetor e antioxidante)
Benzocaina: a intoxicação causa vomito, dispneia, cianose, taquicardia, taquipneia, prostração e o tratamento é com
transfusão de sangue.
Pyridium: causa formação de CH e hemólise intravascular. Na intoxicação o animal apresenta dispneia, depressão,
fezes e urinas azuladas ou alaranjadas, mucosas pálidas ou ictéricas e o tratamento é suspender medicação,
transfusão e suporte.
OUTRAS DROGAS COM RISCO DE INTOXICAÇÃO
Cloranfenicol
Meia vida prolongada
Intoxicação dose dependente: hipoplasia de medula óssea, ausência de maturação dos eritrócitos.
Intoxicação: Anorexia, emese, diarreia e desidratação.
Ibuprofeno e fenilbutazona
Lenta metabolização, causando toxicidade gástrica e IRA.
Benzoato de benzila: formula de shampoo anti pulgas. Na intoxicação causa dor abdominal, vomito, diarreia,
excitabilidade e convulsão. O tratamento é suporte e dar o banho no animal para remover resíduos.
Fluorquinolonas: o enrofloxacino usado em dose alta pode causar degeneração de retina e cegueira súbita, a dose
recomendada é 5mg/kg SID. Norfloxacino, marbofloxacino e orbifloxacino são consideradas seguras.
Organosfosforados: presente em coleiras anti pulgas a base de diclorvós. A intoxicação causa miose, salivação e
fasciculação muscular. O tratamento é com atropina (0,1 a 0,2 mg/kg IV) e banho.
Iodo (1% ou 10%): intoxicação por lambedura, causando irritação, necrose, ulcera em língua, apatia, anorexia,
vomito e diarreia. O tratamento é suporte.
Azatioprina: causa supressão medular e neutropenia.
Ciclosporina: pode causar anorexia e emese.
Medicamentos transdérmicos: absorção imprevisível, incompleta e inconsciência. Risco de intoxicação para o gato e
para o tutor.
Fármacos com metabolismo mais lento: lidocaína, clorafenicol, digoxina, carprofeno, azatioprina e opiodes.
Maio risco de toxicidade: cisplatina (quimioterápico).
MANEJO HOSPITALAR
Estresse influencia: Pressão arterial, FC, FR, Temperatura, Glicemia (hiperglicemia), Hemograma (leucograma de
estresse).
PANCREATITE EM FELINOS
Pâncreas
Função endócrina: liberação de insulina (aumenta glicose na célula) e glucagon (aumenta glicose no sangue).
Função exócrina: produz enzimas digestivas e produz fator intrínseco (glicoproteína – faz absorção de vitamina B12).
A medida que as enzimas proteolíticas se propagam, ocorre a ativação de cascatas inflamatórias e sistema de
coagulação (resposta sistêmica). Leva a choque vasoativo e hipotensivo refratário grave, CID, disfunção de vários
órgãos e óbito.
SINAIS CLÍNICOS: desidratação, febre/hipotermia, icterícia, dor abdominal, taquicardia, taquipneia, ortopneia,
massas abdominais, perda de peso, comportamento alterado, PD e PU em gato com diabetes, constipação, ascite,
dispneia.
DIAGNOSTICO
Ultrassom: identifica obstrução de vias biliares, pseudocisto pancreático e descarta outras patologias.
Sinais: pâncreas hipoecoico com estruturas císticas, mesentério hiperecoico, enrugamento excessivo do duodeno,
ducto dilatado, massa pancreática, espessamento da parede gástrica ou duodenal, dilatação do ducto biliar comum e
efusão peritoneal.
TRATAMENTO
Evitar jejum
Considerar colocação de sonda esofágica, a alimentação enteral diminui a translocação bacteriana, melhora
a saúde do enterócito e a imunidade e evita catabolismo de lipídeos.
Estimulante de apetite – mirtz
Controle da dor – opioides – tramadol 2mg/kg SID
Fluido com ringer se necessário. Dosagem de potássio e descartar hipocalemia.
Controle de vomito: onda 0,5mg BID ou TID
Protetor gástrico: sucralfato 50mg/kg BID ou TID OU omeprazol 1,5mg/kg BID
Antibióticos: considerar hemograma. Cefalexina, amoxicilina e metronidazol.
Corticoides: NÃO indicado. Só usa em caso de tríade felina.
Terapia antioxidade: vitamina C e E, silimarina e same.
Suplementação com vitamina B essencial.
Diabetes – insulina?? Pode ser diabetes transitória!!!
Complicações
Hipocalcemia – repor com 50 a 150mg/IV/BID ou SID
CID – fazer heparina 100 UI/kg/SC/SID
Tromboembolismo
Arritmias cardíacas
Sepse
Necrose tubular aguda
Edema pulmonar
Efusão pleural
Cetoacidose diabética
Se caracteriza por uma série de manifestações clinicas secundarias ao processo inflamatório da bexiga e/ou uretra
causando hematúria, disúria, polaciúria (urinam pouco várias vezes), periuria (urinam em locais atípicos), estranguria
e obstrução uretral. Mais comum em machos castrados, obesos e sedentários entre 1 a 10 anos.
UROLITIASE
Urolito: mais minerais e pouca matéria orgânica
Tampão: mais matéria orgânica e pouco mineral
Cristal: precipitação de sais
Urolito de estruvita (mais comum)
Induzido por infecção de bactéria uréase positivas.
Associado a dieta seca e baixa ingestão hídrica.
Ph alcalino
Pode ser dissolvido com alimentação restrita em Mg, P, proteína e que induza a acidez (urinary)
Prevenção: Manter o Ph < 6,8, aumentar a ingestão hídrica e menor excreção de Mg, P e amônio.
Diagnostico
Urinálise
Preferência pela cistocentese.
Confirma hematúria e piuria (leucócitos na urina).
Infecção – cultura e antibiograma.
Identificação de cristais.
Avaliação radiográfica: se for um urolitos radiopaco, aparece no raiox simples. Pode ser feita com contraste direto
na bexiga (cistografia) ou através de sonda no pênis (uretrocistografia retrograda)
Tratamento
LIPIDOSE HEPATICA
Causas
Má nutrição, anorexia.
Doenças sistêmicas (diabetes, colangite, pancreatite, doença renal, neoplasia, doenças gastrointestinais).
Obesidade.
Idiopática.
Qualquer condição que causa anorexia (estresse).
Patogenia
Acumulo de lipídeos
Alta ingestão
Deficiência da oxidação de ácidos graxos
Excesso de síntese de lipídeos
Deficiência na síntese e ou excreção de lipoproteínas
Lipólise (em jejum).
Síntese de TG a partir de carboidratos.
Obesidade
Possui maior massa de tecido adiposo e por isso tem maior disponibilidade de ácidos graxos para ser mobilizado
para o fígado. Se esse paciente passa por período prolongado de jejum, a glicose é utilizada de forma mais intensa
para produção de energia, causando hiperglicemia e levando ao aumento da insulina no sangue. A função da insulina
é levar a glicose para dentro da célula e quando isso acontece ocorre inibição da lipase, cuja função é quebra dos
ácidos graxos, como ela não cumpre sua função, ocorre o acumulo de AG e lipidose.
Anorexia
Ocorre diminuição do nível de glicose, aumento da lipólise periférica para produzir energia e consequente aumento
de AG na circulação (diminui insulina e aumenta glucagon), levando a captação de AG pelo fígado e conversão em
TG, acumulando nos hepatócitos = lipidose.
A capacidade do fígado de captar AG é maior do que sua capacidade de secretar lipoproteínas. Se o animal recebe
dieta restrita em proteína e carboidrato dificulta a síntese de apoproteina B e com isso gera deficiência de
liproproteinas de baixas e medias densidade (Gordura boa).
Diagnostico
Anamnese
Obesidade seguida de anorexia e rápida perda de peso.
Episódios de estresse antes da anorexia.
Mais frequente em fêmea.
Gatos de meia idade.
Sinais clínicos: letargia, depressão, fraqueza, desidratação, icterícia, êmese, diarreia ou constipação, sialorréia,
hepatomegalia, ventroflexão do pescoço (diminuição de potássio).
Laboratoriais: anemia arregenerativa, neutrofilia/neutropenia, hiperbilirrubinemia, aumento de FA, AST, ALT, pouco
ou nenhum aumento de GGT, diminuição de albumina, ureia, K,P,Mg, aumento de colesterol e glicose, alteração de
hemostasia (TP e TTPA).
Tratamento
Fluidoterapia
Suplementação com eletrólitos (K,P, Mg).
Complexo B
Não usar glicose
Encefalopatia hepática – enema (solução salina morna 10ml/kg, pode associar com minelax) ou lactulona.
Não usar produtos a base de metionina!!!
Dieta com alta proteína (recovery)
Em caso de encefalopatia hepática restrição proteica.
Reintrodução alimentar: Mirtz, sonda nasoesofágica (pouco tempo de uso) ou sonda esofágica (maior tempo
de uso).
Quanto maior o tempo de jejum, mais lenta a reintrodução alimentar, inicia com 1/3, depois 2/3.
Marcadores de prognostico favorável: bilirrubina, potássio e magnésio.
DUIF idiopática
Pode ser obstrutivo ou não. Geralmente as obstruções são associadas a tampões uretrais e cristais.
Etiologias
Raramente são associadas a bactérias
Herpesvirus pode ter associação
Cristaluria de estruvita é o mais comum
Cistite/inflamação na parede da bexiga
Sinais clínicos: Hematúria, disúria, estranguria, polaciuria, periuria, dor, se isola, vocalizam ao tentar urinar.
Se tem obstrução:
Emergência – internação com fluido
Bioquímico com função renal e dosagem de eletrólitos.
Monitorar com eletro (hipercalemia – bradicardia, fibrilação e assistole).
Desobstrução
Sedação: cetamina + diazepan ou propofol + inalatória.
Massagear o pênis para soltar os plugs, pressionando levemente a bexiga.
Cistocentese de alivio
Sondar
Pós desobstrução
Antibiótico se necessário
Fluidoterapia: controle eletrolítico e mantem diurese pós desobstrução
Suporte nutricional
Espasmo uretral e edema
Prazosina 0,5mg/gato/sid (alta)
Diazepam 2,5 a 5mg/gato/BID (internação)
Analgésico (dipirona, tramadol): 5 a 7 dias.
AINES ou corticoide curta duração.
Betanecol 1,25 a 2,5mg/TID/VO + compressão manual de bexiga. Aumenta contração da bexiga.
Dieta
Cirurgia em último caso
DISPNEIA
Dispneia: respiração difícil e dolorosa, movimenta a narina para respirar, respira de boca aberta, ar com dificuldade
para entrar nos pulmões.
Taquipneia: frequência respiratória aumentada.
Tosse: menos comum em gatos, pode ocorrer na asma, infecção parasitaria, dirofilariose, quilotorax, migração de
larvas de parasitas.
Sinais clínicos
Taquipneia mesmo em repouso
Aumento do esforço expiratório e inspiratório
Letargia ou depressão
Respiração rápida e superficial
Ortopneia
Respiração com boca aberta: GRAVE!
Mucosa cianótica/ictérica/hipocorada
Palpar tórax
Ausculta pulmonar: sibilos, crepitação, hipofonese.
Padrão restritivo: respiração superficial, curta e rápida. Associado a doenças que dificultam expansão pulmonar
como pneumonia, edema, neoplasia e efusão (menos comum).
Padrão obstrutivo: estreitamento das vias aéreas causando movimentos lentos e profundos geralmente associados a
doenças da laringe ou asma felina.
Padrão paradoxal: respiração dissincrônica ou inversa. Esforço respiratório aumentado e prolongado, associado a
efusão pleural.
Via aérea superior é associado a respiração ruidosa, pode ser por pólipos nasofaringeos, doenças infiltrativas da
laringe, trauma craniano e síndrome braqueocefalica.
Via aérea inferior: bronquite crônica/asma, edema pulmonar, contusão pulmonar, pneumonia, neoplasia.
Bronquite emergencial
Dexa 0,25 a 1mg/kg
Broncodilatador: terbutalina 0,1mg/kg ou salbutamol (bombinha).
Pio tórax
Sistêmica: septicemia.
Adjacente: pneumonia, ruptura de esôfago, mediastinite, infecção subfrenica.
Via direta: trauma penetrante, corpo estranho, toracocentense, cirurgia.
O tratamento é com antibiótico (penicilinas, cefalosporina e amoniglicosideos) e tubo de drenagem (manter até
diminuir o liquido e ele ficar “limpo”).
Quilo tórax: massas mediastinais caudais (linfoma), trauma, cirurgia, doença cardíaca, idiopática. O tratamento é de
acordo com a causa base.
Hemotórax: trauma, desordens de hemostasia e neoplasia intratorácicas. O tratamento é cirúrgico e/ou correção da
causa base.
ESCABIOSE FELINA
A sarna notoédrica é uma dermatose parasitária causada por ácaro, intensamente pruriginosa e formadora de
crostas. O principal causador é o notoedris cati. Possui potencial zoonotico e também causa prurido no humano.
Acomete mais gatos jovens. Os ovos são colocados em tuneis na epiderme, eles eclodem e as larvas vão até a
superfície e se alimentam até chegar a forma adulta (possui 1 forma larval e 2 ninfas e o cliclo dura 21 dias).
Sinais clínicos
Prurido (ação mecânica, ovos na epiderme e reação de hipersensibilidade)
Acomete pele fina com pelo escasso (face, orelhas e membros, pode ocorrer em pescoço e cauda)
Causa pápulas crostosas, seborreia seca, alopecia, hiperqueratose.
Diagnostico
Raspado cutâneo – pesquisa de sarna
Fita de acetato – pesquisa de sarna
Tricograma (pouca sensibilidade)
Cultura fúngica
Citologia de pele
Tratamento
Ivermectina - 0,2 a 0,4mg/kg semanal 6 a 8 semanas VO.
Risco de intoxicação: Convulsão, cegueira, fasciculação.
Advocate/revolution/fipronil - 1 aplicação a cada 15 – 30 dias, 2x
Bravecto gatos – 1 aplicação a cada 12 semanas, 2x
Suporte: banhos terapêuticos, corticoides, antibiótico quando necessário
Tratar contactantes e fazer desinfecção ambiental
LINFOMA
O linfoma é considerado uma neoplasia hematopoiética maligna, que se origina de células linfoides, representa 1/3
das neoplasias em gatos. Acomete baço, fígado, linfonodos e intestinos. Tem vários fatores envolvidos genéticos,
moleculares, inflamatórios e infecciosos. Os animais com FELV tem 62x mais chances de ter linfoma.
Classificação anatômica: alimentar, multicêntrico, mediastinal e extranodal (rins, olhos, SNC, mamas entre outros). O
linfoma mediastinal e o multicêntrico estão mais relacionados a felv.
O linfoma alimentar causa obstrução intestinal e geralmente o animal apresenta vomito e diarreia.
Diagnostico
Hemograma
Bioquímico
Coagulograma
Eletrólitos (cálcio iônico aumenta em oncológicos)
Teste fivfelv
Urinalise/ relação prot/creat
T4 total (hipertireoidismo é diferencial principalmente em sinal neurológico)
Exames morfológicos
Citologia (PAF, PAAR) geralmente já fecha diagnostico
Histopatológico
Imuno-histoquimica
Tratamento
Quimioterapia
Suporte sintomático
Ômega 3
Redução do estresse
NÃO VACINA
Prognostico reservado
Quando é felv positivo e inicia a quimioterapia, a felv piora por causa da imunossupressão.
Prevenção
Vacinação com V5 (não oferece 100% de proteção), reforço anual.
Positivos não precisam da V5.
Se não for testar, vacinar mesmo assim (vacina inativada, não causa doença).
Castração
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Diagnostico
Mensuração da PA
Hemograma e bioquímicos
Raiox de tórax e US abdominal
Eco e eletro
PAS >160 e PAD > 110 = hipertensão
Tratamento
1. Bloqueador do canal de cálcio
Besilato de amlodipina – vasodilatação e redução da DC, é a primeira escolha e pode associar a
outros fármacos.
2. Inibidores da ECA
Enalapril
Benazepril
3. Diuréticos
Furosemida/hidroclorotiazida – Sempre em associação com outros fármacos, diminuem DC
6. Dieta
Restrição de sódio
Junto com fármacos
OBESIDADE FELINA
Acumulo excessivo de gordura que pode comprometer as funções orgânicas normais gerando morbidades.
Fatores que influenciam: genéticos, ambientais e sexuais (macho castrado tem menor gasto calórico).
Obesidade hipertrófica: aumento da célula gordurosa e aumento de adipócitos
A tendência do gato idoso é perder peso.
Fatores extrínsecos: composição do alimento, palatabilidade, competição alimentar, estilo de vida, tutor.
Fatores intrínsecos: particularidades raciais, idade (adulto), sexo, castração, endocrinopatias (hiperadreno).
O tecido adiposo é um órgão endócrino que libera citocinas pró inflamatórias (adipocinas) e alguns hormônios
(leptina). Ou seja, um gato obeso é um gato inflamado.
Danos cardiovasculares – hipertensão sistêmica.
Insuficiência respiratória – acumulo de gordura no tórax.
Diabetes mellitus – resistência à insulina.
Dislipidemias – lipólise constante.
Síndrome metabólica – hiperlipidemia + hiperglicemia = neoglicogenese
Lipidose hepática – mobilização de gordura no fígado
DTUIF – dificuldade de higienização
Dermatopatias – grooming comprometido
Diagnostico
Teste de supressão com dexa
Glicemia em jejum
Hemograma
Bioquímico completo (triglicérides)
Urinalise
Raiox de tórax e US abdominal
Tratamento – dieta
Diminuir carboidrato e gordura
Aumentar proteína
Mudança gradual por 3 semanas
Não ultrapassar 5% da ingestão calórica diária total, incluído sache e petiscos.
L carnitina (200 a 500 mg/kg/dia/VO) prevenção da lipidose
Calculo de dieta - NER (kcal/dia) = peso 0,75 x 70
Enriquecimento ambiental
Acompanhamento
Perda e 0,5 a 2% do peso por semana
O emagrecimento deve acontecer entre 5 a 13 meses
Se o animal não perder 0,5% do peso, é preciso abaixar a quantidade energética para 80% (multiplicar por
0,8)
Pesar o animal semanalmente
DIABETES MELLITUS
Etiopatogenia
Uso de progestágenos e esteroides - usam os mesmos receptores da insulina.
Obesidade – resistência periférica
Pancreatite – diminui células B
Acromegalia – GH antagoniza insulina
Hiperadrenocorticismo – produção de esteroides
Sinais clínicos
Poliuria
Polidpsia
Polifagia
Perda de peso
Catarata (raro em gatos)
Neuropatia (postura plantígrada – andar chinelado)
Sinais dermatológicos
Letargia
Grooming prejudicado
Diagnostico
Bioquímico – hiperglicemia em jejum
Urinalise – glicosuria e cotonuria
Hemograma (geralmente normal)
Urocultura (descartar cistite)
Frutosamina (mostra como estava a glicose de 2 a 3 semana atrás, se estiver aumentada indica
hiperglicemia e não é influenciada por estresse,
Ultrassom abdominal – descartar pancreatite e hiperadreno
Pilares do tratamento – manter a glicemia próxima do normal com controle da insulina, dieta e controle da
obesidade até chegar a remissão da doença.
Controle glicêmico
Curva glicêmica domiciliar – aferir a cada 2h durante 12h
Glicosuria
Sintomas clínicos
Frutosamina
Fatores que interferem a remissão: doses altas de insulina, acromegalia, cetoacidose diabética e neuropatia
diabética.
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
Cuidados pré-natal
Consulta, hemograma, avaliação renal e hepatica
FIV/FELV, toxoplasmose e leishmaniose – não indica reprodução, indica castração.
Ração premium ou de filhotes.
Controle parasitário (transmissão transmamaria de toxocara e transplacentaria de ancylostoma). Revolution,
bravecto gatos, frontline.
Diagnostico gestacional
Palpação 15º dia
US 11º até o parto – FC e movimentação fetal.
RaioX – 35º dia até o parto – número, tamanho, posicionamento, apresentação e morte fetal.
Parto eutocico
Tempo gestacional 66 dias
Fase 1 – aninhamento, inquietação, anorexia, redução da TR (6 a 12h).
Fase 2 – contrações e expulsão dos anexos fetais (3 a 6h).
Fase 3 – expulsão fetal e da placenta (2h entre filhotes).
Nutrição
Ingestão de colostro das primeiras 24h (imunidade passiva). Caso necessário, fornecer o soro materno
(coleta o sangue e dessora) via sonda ou SC, 15ml em 2 ou 3 porções a cada 6h.
Suplementação – o filhote deve ganhar diariamente de 5 a 10% do seu peso ao nascer e dobrar de peso aos
10 dias (petmilk etc).
Formula caseira: 3 a 4 gemas de ovo, 85ml de agua, 85g de leite condensado e 113g de iogurte natural
integral.
Após desmame (30 dias), dar ração para filhotes ate 1 ano.
De 2 a 6 semanas
Parasitismo
Traumas
Viroses (desidratação): coronavirus, calicivirus, herpesvirus, erro nutricional.
Alterações oftálmicas, do GI (constipação, fecaloma, disbiose), do trato respiratório (rinotraqueite).
Histórico/anamnese: ingestão de colostro? Última vez que mamou? contactantes doentes? Medicou? Situação da
mãe? etc.
Exames físico
Descartar atresia anal
TR (semana 1 - 35 a 37,5 °C/ semana 2 e 3 – 36,1 a 37,8 °C/ semana 4 – 37,2 a 38,3°C)
Descartar fenda palatina e lábio leporino
Desidratação
Inspecionar cabeça, umbigo
Ausculta cardíaca e pulmonar
Habilidade de urinar
Palpação
Exame neurológico: reflexo de sucção, busca e endireitamento.
Manifestações clinicas
Termorregulação prejudicada
Pouca gordura corporal Reaquecimento de 1grau por hora, com a
Capacidade de tremer limitada utilização de fluidos aquecido IV, umbilical ou
Vasoconstrição periférica intraóssea.
Vermifugação
Primeira dose: 3 semanas de vida
Reforço a cada de 21 dias até o sexto mês de vida.
Reforço a cada 4 ou 6 meses ou fazer parasitológico de fezes antes.
Vacinação (V3,V4,V5)
Primeira dose: 6 a 8 semanas, intervalo de 3 a 4 semanas até 16 semanas (geralmente 2 doses).
Reforço com 12 meses de idade
Reforço anual ou fazer sorologia primeiro.
Se tiver FELV pode fazer V4
Antirrabica a partir de 4 meses
com reforço anual.