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Engenharia Eletromecânica | 3º Ano | Noite | 2023-2024

Trabalho académico de Eletrônica I

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS


AMPLIFICADORES OPERACIONAIS EM UM
SISTEMA DE CONTROLE DA ALIMENTAÇÃO DE
UMA CANCELA AUTOMÁTICA

Docente

Eng.º Emílio Queba

_________________________

Benguela 2024
DISCENTES
PMS NOME

2
ÍNDICE

1 Introdução ............................................................................................................................. 5
1.1 Justificação .................................................................................................................... 5
1.2 Problema De Investigação ............................................................................................. 5
1.3 Objectivos...................................................................................................................... 5
2 Apresentação ........................................................................................................................ 6
3 Teorias ................................................................................................................................... 7
3.1 Amplificadores Operacionais ........................................................................................ 8
3.1.1 Comparador Com Alimentação Simples................................................................ 8
3.1.2 Comparadores Com Histerese Inversor ................................................................ 9
3.1.3 Paralelismo Entre Amplificadores Operacionais ................................................. 10
3.2 Relé .............................................................................................................................. 10
3.3 Díodo ........................................................................................................................... 11
3.4 Painel Fotovoltaico ...................................................................................................... 11
4 Apresentação Tecnológica .................................................................................................. 12
4.1 Controlador de bateria ................................................................................................ 13
4.2 Controlador solar ........................................................................................................ 14
4.3 Controlador do motor ................................................................................................. 14
5 Datasheet ............................................................................................................................ 15
6 Dimensionamento ............................................................................................................... 18
6.1 Resistor ........................................................................................................................ 18
6.2 Potência....................................................................................................................... 19
7 Processo De Construção Do Protótipo ................................................................................ 21
8 Conclusão ............................................................................................................................ 22

3
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1. Diagrama em bloco do sistema de alimentação da cancela automática. (Pelos


autores) 6
Figura 2. Comparador com alimentação simples; resposta entrada/saída. (Pelos autores) ... 8
Figura 3. Comparador com histerese inversor. (Pelos autores)............................................... 9
Figura 4. Paralelismo entre amp-ops. (Pelos autores) ........................................................... 10
Figura 5. Circuito de controle da alimentação da cancela automática. ................................. 12
Figura 6. Resistências de 0,25W............................................................................................. 15
Figura 7. Relé eletromecânico 5VDC, características. ............................................................ 15
Figura 8. Características típicas de amp-ops. ......................................................................... 15
Figura 9. Caraterísticas máximas à 25oC do amp-op LM741. ................................................. 16
Figura 10. Seção 0.5 𝑚𝑚², corrente máxima 7A para circuito de comando....................... 16
Figura 11. Seção 2.5 mm², corrente máxima 21A para circuito de potência....................... 16
Figura 12. Diodo, marca: 1n914, fabricante: diodos incorporados, tensão reversa: 1000 V,
temperatura ambiente: corrente reversa: 5𝜇A, tensão de condução: 0,7𝑉. ............................. 16
Figura 13. Painel fotovoltaico 24VDC 90W. ......................................................................... 16
Figura 14. Sensores de presença indutivos 5V à 24V de alimentação. ................................ 17
Figura 15. Motor 12VDC 10W. ............................................................................................. 17
Figura 16. Estrutura da cancela. ........................................................................................... 17
Figura 17. Protótipo do circuito. .......................................................................................... 21
1 INTRODUÇÃO
Introduzir consiste em dar ao leitor uma ideia ou um preconceito de toda literatura. Este texto
é do tipo argumentativo e explicativo afim de aplicar um sistema de controle da alimentação
por energia renovável de uma cancela automática. Deste modo, este trabalho académico faz
uma abordagem plena e sucinta sobre um sistema de controle do suprimento da cancela
independente da concessionária de energia elétrica. Contudo é importante realçar a aplicação
dos amplificadores operacionais, como o próprio controlador, dentro do sistema de controle
automático.

1.1 JUSTIFICAÇÃO
O programa curricular do curso engenharia tem como essência interligar os conhecimentos e
promover o autodidactismo através de trabalhos académicos de investigação científica. Nesta
senda, o desafio dos estudantes consiste em elaborar o tema em questão.

Além desta, é vantajoso ter um sistema de controle automático do suprimento por


energia renovável independente da concessionária de energia elétrica, pois, de modo geral, a
sensibilização sobre o uso da energia eléctrica visando eficiência e sustentabilidade energética
reflete diretamente no custo e na qualidade de vida da comunidade.

1.2 PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO


Como aplicar amplificadores operacionais em um sistema de controle da alimentação de uma
cancela automática?

1.3 OBJECTIVOS
A revisão da literatura é o objectivo geral, eis que, pesquisa-se as bibliografias e faz-se
questionários aos títulares mais experientes.

Por outro lado, o enquadramento e a explicitação do tema compõem os objectivos


específicos do presente trabalho académico a fim de:

a) Dimensionar comparadores com histerese para controlar os sistemas automáticos


da cancela e da bateria;
b) Estabelecer esquemas de comutação com relés afim de alimentar os respectivos
sistemas.
2 APRESENTAÇÃO
Neste capítulo apresenta-se a estrutura de funcionamento da proposta de aplicação.

Figura 1. Diagrama em bloco do sistema de alimentação da cancela automática. (Pelos autores)

De modo geral, no período diurno alimenta-se a cancela automática e carrega-se a


bateria com o painel fotovoltaico, e durante período noturno a bateria alimenta a cancela.

É importante esclarecer que, há um controle automático do nível de carga da bateria,


caso não tiver deve-se carregá-la.

E é interessante acrescentar que, a cancela automática é um sistema de barramento que


não depende necessariamente do esforço humano, pois usa-se sensores de presença para
acionar o motor nos momentos precisos de abrir ou fechar a barreira.

O controlador assumirá a configuração comparador com histerese inversor com


amplificadores operacionais e para execução da lógica de seleção da fonte de alimentação da
cancela automática e bem como os movimentos de abrir e fechar a barreira usar-se-á os relés.

Estes principais componentes estão explicados abaixo.


3 TEORIAS
Nesta secção é definido alguns conceitos básicos dos componentes essenciais e leis básicas que
sustentam o princípio de funcionamento e os respectivos dimensionamentos.

Eis alguns conceitos básicos de circuitos eléctricos:

Circuito eléctrico é uma interconexão de elementos eléctricos.

Carga é uma propriedade eléctrica das partículas atómicas que compõem a matéria,
medida em coulombs (C).

Corrente eléctrica é o fluxo de carga por unidade de tempo, medido em amperes (A).

𝑖 = 𝑑𝑞/𝑑𝑡

1 ampere = 1 coulomb / segundo

Corrente contínua (CC) é uma corrente que permanece constante ao longo do tempo.

Corrente alternada (CA) é uma corrente que varia com o tempo segundo uma forma de
onda sinodal.

Tensão (ou diferença de potencial) é a energia necessária para deslocar uma carga
unitária através de um elemento, medida em volts (V).

𝑣_𝑎𝑏 = 𝑑𝑤/𝑑𝑞

1 volt = 1 joule / coulomb = 1 newton-metro / coulomb

Potência é a velocidade com que se consome ou se absorve energia, também é o


produto da tensão pela corrente, medida em watts (W).

𝑃 = 𝑑𝑤/𝑑𝑡 = 𝑣. 𝑖

1 watt = 1 volt ampere

Existem dois tipos de elementos encontrados nos circuitos eléctricos: elementos


passivos e elementos ativos. Um elemento ativo é capaz de gerar energia enquanto um
elemento passivo não é. Exemplos de elementos passivos são resistores, capacitores e
indutores; os elementos ativos típicos são geradores, baterias e amplificadores operacionais.

Uma fonte independente ideal é um elemento ativo que fornece uma tensão
especificada ou corrente que é completamente independente de outros elementos do circuito.

Uma fonte dependente (ou controlada) ideal é um elemento ativo no qual a quantidade
de energia é controlada por outra tensão ou corrente.

Determinar de forma efetiva os valores das variáveis em dado circuito requer a


interpretação de algumas leis fundamentais que regem os circuitos eléctricos, como a lei de
Ohm e as leis de Kirchhoff:
A lei de Ohm afirma que a tensão em um resistor é diretamente proporcional à corrente
através dele.

𝑣 = 𝑖. 𝑅

1 volt = 1 ampere ohm

A resistência R de um elemento representa sua capacidade de resistir ao fluxo de


corrente eléctrica, ela é medida em ohms (Ω).

𝑅 = 𝑣/𝑖

1ohm= 1 volt / 1 ampere

Em um resistor, a corrente flui de um potencial mais elevado para um potencial mais


baixo.

Um curto-circuito eléctrico é um resistor (um fio perfeitamente condutor) com


resistência zero (𝑅 = 0). Um circuito aberto é um resistor com resistência infinita (𝑅 = ∞).

Dois elementos estão em série quando estiverem conectados, sequencialmente, com a


extremidade de um na extremidade do outro e, consequentemente, lhes são percorridos pela
mesma corrente (𝑖1 = 𝑖2).

Dois ou mais elementos estão em paralelo se eles estiverem conectados aos mesmos dois nós
e, consequentemente tiverem a mesma tensão entre eles (𝑣1 = 𝑣2).

3.1 AMPLIFICADORES OPERACIONAIS


O amplificador operacional (amp-op) é uma unidade electrónica ou um circuito integrado (CI)
que se comporta como uma fonte de tensão controlada por tensão. Ele é um elemento de
circuito activo projectado para executar operações matemáticas de adição, subtracção,
multiplicação, divisão, comparação, diferenciação e integração.

3.1.1 COMPARADOR C OM ALIMENTAÇÃO SIMPLES

Figura 2. Comparador com alimentação simples; resposta entrada/saída. (Pelos autores)

Um amp-op típico como o 741C pode operar com uma fonte de alimentação positiva
simples aterrando o pino de –VEE, como mostra a Figura 2.1a. A tensão de saída tem apenas
uma polaridade, podendo ser uma tensão positiva de nível baixo ou alto. Por exemplo, com VCC

8
igual a +15 V, a saída pode variar de aproximadamente +1,5 V (estado baixo) a cerca de +13,5 V
(estado alto).

Quando Vin é maior que Vref, a saída é nível alto. Quando Vin é menor que Vref, a saída
é nível baixo. Nos dois casos, a saída tem polaridade positiva. Para muitas aplicações digitais, a
opção é para esse tipo de saída positiva.

3.1.2 COMPARADORES C OM HISTERESE INVERSOR

Figura 3. Comparador com histerese inversor. (Pelos autores)

A tensão de entrada é aplicada na entrada inversora. Uma vez que a tensão de


realimentação na entrada não inversora se soma à tensão de entrada, a realimentação é
positiva. A realimentação positiva produz dois pontos de comutação distintos. A diferença entre
estes é a histerese. Um comparador usando realimentação positiva como esse é geralmente
denominado Schmitt trigger.

Quando o comparador satura positivamente, uma tensão positiva é realimentada na


entrada não inversora. Essa tensão de realimentação positiva mantém a saída no estado alto.
De forma similar, quando a saída satura negativamente, uma tensão negativa é realimentada na
entrada não inversora, mantendo a saída no estado baixo. Nos dois casos, a realimentação
positiva reforça o estado existente de saída.

A tensão de saída permanece em um dado estado até que a tensão de entrada exceda
a tensão de referência para aquele estado. Por exemplo, se a saída satura positivamente, a
tensão de referência é o ponto de comutação superior. A tensão de entrada tem que ser maior
que o ponto de comutação superior para comutar a tensão de saída de alta para baixa. Uma vez
que a saída esteja no estado baixo, ela permanece nesse estado indefinidamente até que a
tensão de entrada torne-se menor que o ponto de comutação inferior. Então, a saída comuta
de baixa para alta.

Os pontos de comutação são definidos como as duas tensões de entrada em que a


tensão de saída muda de estado, o ponto de comutação superior (Va - Alto) e o ponto de
comutação inferior (Vb - Baixo). A diferença entre esses pontos de comutação é definida como
histerese (também denominada banda morta).

A realimentação positiva gera a histerese. Se não houvesse realimentação positiva a


histerese desapareceria, porque os dois pontos de comutação seriam iguais a zero.

9
𝑉𝑎 − 𝑉𝑏
𝑛=
𝑉𝑏

𝑅1 = 𝑛. 𝑅3

𝑅1. 𝑅3
𝑅2 = 𝑅1 + 𝑅3
𝑉𝑐𝑐
𝑉𝑎 − 1

𝑅3 > 𝑅𝑙𝑜𝑎𝑑

3.1.3 PARALELISMO ENTRE AMPLIFICADORES OPERACIONAIS

Figura 4. Paralelismo entre amp-ops. (Pelos autores)

Quando há necessidade de amplificar a corrente máxima de fornecimento de um amp-


opo paralelismo entre amp-ops é uma óptima solução.

A configuração dos amp-ops em paralelo baseia-se em conectar os pinos dois com dois,
três com três, quatro com quatro e assim por diante, tal como mostra a figura.

O paralelismo entre amp-ops serve para ampliar a corrente máxima de fornecimento,


isto é, executa uma operação de soma das correntes de cada amp-op em paralelo. Portanto o
número de amp-ops em paralelo é proporcional ao aumento da corrente máxima em disposição.

Por exemplo, o amp-op LM741 possui uma corrente máxima de fornecimento de 25mA
combinando em paralelo com mais um amp-op, isto resulta em 50mA de corrente.

3.2 RELÉ
Relé é um dispositivo eléctrico ou electrónico no qual uma variação na intensidade da
corrente num circuito controla a intensidade da corrente num segundo circuito. O mais simples
é um relé electromecânico, no qual o primeiro circuito fornece energia a um electroíman, que
opera como um comutador num segundo circuito.

No relé electromecânico tem uma bobina, um núcleo de aço que fornece um caminho
de baixa relutância para o fluxo magnético, uma armadura de aço móvel e um conjunto (s) de
contactos presos a molas. Enquanto a bobina não se mantém energizada, a força das molas
mantém os contactos em estado de repouso de modo a existir uma lacuna de ar no circuito
magnético. O estado de repouso pode ser normalmente fechado (NF) ou normalmente aberto
(NA), a depender da função do relé no circuito. Quando a bobina recebe a corrente eléctrica, a
armadura movimenta-se em direcção ao núcleo, atraída pelo campo magnético gerado,

10
movimentando mecanicamente o contacto ou contactos ligados a esta armadura. No instante
em que a força magnética gerada pela circulação de corrente na bobina se torna maior que a
força das molas, o contacto é atraído fisicamente, sai do estado de repouso e muda a condição
do circuito para aberto (se for normalmente fechado) ou fechado (se for normalmente aberto).
Quando a circulação de corrente através da bobina cessa, a bobina não é energizada e o
contacto volta ao estado de repouso por força da mola.

3.3 DÍODO
Díodo é um dispositivo electrónico com dois eléctrodos. O dispositivo permite um fluxo
de corrente num único sentido, apenas quando é aplicado um potencial negativo ao ânodo e
este repele os electrões. Num díodo semicondutor uma junção p-n proporciona uma função
idêntica: a corrente transmitida aumenta com a diferença de potencial, enquanto a corrente
contrária é, na verdade, muito pequena.

3.4 PAINEL FOTOVOLTAICO


Os fotodiodos são dispositivos de dois condutores que convertem a energia da luz
(energia do fóton) directamente em corrente eléctrica. Se os terminais do ânodo e do cátodo de
um fotodiodo forem unidos por um fio e o fotodiodo for colocado no escuro, nenhuma corrente
fluirá pelo fio. No entanto, quando o fotodiodo é iluminado, de repente ele se torna uma
pequena fonte de corrente que bombeia corrente do cátodo através do fio e para dentro do
ânodo.

As células solares são fotodiodos com áreas de superfície muito grandes. A grande área
de superfície de uma célula solar torna o dispositivo mais sensível à luz recebida, bem como
mais potente (correntes e tensões maiores) do que os fotodiodos. Por exemplo, uma única
célula solar de silício pode ser capaz de produzir um potencial de 0,5 V que pode fornecer até
0,1 A quando exposta à luz brilhante.

O painel fotovoltaico é construido por associação de células solares em série, logo é o


dispositivo mais sensível e o mais potente. Podem ser usados para alimentar pequenos
dispositivos, como calculadoras movidas a energia solar e para recarregar baterias de níquel-
cádmio. Muitas vezes, são usadas como elementos sensíveis à luz em detectores de luz visível e
infravermelho próximo (por exemplo, medidores de luz, mecanismo de disparo sensível à luz
para relés). Como o painel fotovoltaico têm um fio positivo e um negativo que devem ser
conectados às regiões de tensão mais positiva e mais negativa dentro de um circuito.

11
4 APRESENTAÇÃO TECNOLÓGICA

Figura 5. Circuito de controle da alimentação da cancela automática.


O circuito compreende dois sistemas fundamentais, de potência e de comando.

No sistema de potência estão as fontes de alimentação, a saber:

 A bateria 12VDC 36Ah conectada com regulador de tensão 7809 para suprir ao
sistema de comando e/ou à cancela automática.
 O painel fotovoltaico que alimenta a cancela e/ou carrega a bateria.

E o sistema de comando consiste em um controlo predefinido e se divide pelos


seguintes:

 Controlador de bateria, para carregar a bateria com o painel solar se precisar.


 Controlador solar afim de selecionar o suprimento da cancela automática entre o
painel fotovoltaico e a bateria.
 Controlador do motor, para abri-lo e fechá-lo.

4.1 CONTROLADOR DE BATERIA


Neste circuito há os seguintes componentes:

 LM741 Amplificador operacional como comparador com histerese inversor;


 Resistências de 0,25W;
 Relé 5VDC; e
 Díodo para impedir que a energia da bateria alimente a painel fotovoltaico.

Na figura 5, o sinal medido na bateria é representado por um potenciômetro que liga ao


pino inversor do amp-op, entre eles há um divisor de tensão para não exceder o limite de tensão
de entrada do amp-op que depende de sua alimentação de 9V. No pino não inversor estão
ligados resistor de pullup, pulldowm e feedback para permitirem a variação uniforme da tensão
de referência (alta e baixa) em comparação à tensão de entrada no pino inversor.

O pino de tensão de saída tem um resistor de pulldowm para assegurar a precisão do


sinal de tensões de saída que é conectado ao relé para acioná-lo. Onde o pino comum do relé
está ligado a bateria, o pino NF liga ao painel fotovoltaico e o pino NA conecta-se ao pino NF do
relé do controlador solar.

Quando a saída satura positivamente, a tensão de referência aplicada no pino não


inversor é o ponto de comutação alto Va = 7V que é maior que a tensão apresentada na bateria,
excitando a bobine do relé e assim a bateria carrega. A tensão de saída do amp-op permanece
saturada positivamente até que a tensão da bateria exceda a tensão de referência Va.

E em caso contrário, se a tensão de referência é o ponto de comutação baixo Vb = 6V


for menor que a tensão apresentada na bateria, que por sinal está carregada, ou seja, pronta
para suprir energia à cancela automática.

O relé de 5VDC é um dispositivo que necessita 72mA para acionar. Para dispor uma
corrente equivalente é necessário associar três amp-ops em paralelo, por seguinte, estes
fornecem no seu máximo 75mA.

13
4.2 CONTROLADOR SOLAR
O circuito contém os componentes, a saber:

 LM741 Amplificador operacional como comparador com histerese inversor;


 Resistências de 0,25W;
 Painel fotovoltaico como detector de luz; e
 Relé 5VDC.

Na figura 5, o sinal medido no painel fotovoltaico é simulado por um potenciômetro que


liga ao pino inversor do amp-op, entre eles há um divisor de tensão para não exceder o limite
de tensão de entrada do amp-op que depende de sua alimentação de 9V. No pino não inversor
estão ligados resistor de pullup, pulldowm e feedback para permitirem a variação uniforme da
tensão de referência (alta e baixa) em comparação à tensão de entrada no pino inversor.

O pino de tensão de saída tem um resistor de pulldowm para assegurar a precisão do


sinal de tensões de saída que é conectado ao relé para acioná-lo. Onde o pino comum do relé
permite a alimentação da cancela automática, o pino NA liga ao painel fotovoltaico e o pino NF
conecta-se ao pino NA do relé do controlador da bateria.

Quando a saída satura positivamente, a tensão de referência aplicada no pino não


inversor é o ponto de comutação alto Va = 5V que é maior que a tensão apresentada no painel
fotovoltaico representando o período noturno, assim excita-se o relé e por seguinte a bateria
alimenta a cancela automática. A tensão de saída do amp-op permanece saturada
positivamente até que a tensão do painel fotovoltaico exceda a tensão de referência Va.

Em sequência, se a tensão de referência é o ponto de comutação baixo Vb = 4V for


menor que a tensão detectada no painel fotovoltaico apresentando o período diurno, a saída
satura negativamente e o relé não aciona conectando o painel fotovoltaico como fone de
alimentação da cancela automática.

Análogo ao controlador de bateria o relé neste circuito também requer o uso de três
amp-ops em paralelo para fornecer 72mA de corrente para excitá-lo.

4.3 CONTROLADOR DO MOTOR


O circuito é constituído por:

 Sensores de presença indutivos de 3 condutores NPN com alimentação entre 5V à 24VC;


 Relé 5VDC; e
 Motor 12VDC e 10W.

O controlo do motor depende dos comandos de dois sensores para acionar


respectivamente dois relés. Os pinos NA e NF os relés estão curto-circuitados de modo que, os
pinos NA recebem alimentação ligando-os ao pino comum do relé do controlador solar; e os
pinos NF estão aterrados. E os pinos do motor estão entre os pinos dos relés, como mostra a
figura 5.

Quando uns dos relés é acionado por um dos sensores a corrente pode circular no motor no
sentido horário fazendo abrir a barreira. E caso contrário, fecha-a.

14
5 DATASHEET
Datasheet é uma palavra do inglês que significa: folha de dados; folheto de explicação; folha
contendo especificação de um determinado componente. Então, se pode dizer que nesta secção
vamos especificar as principais características ou parâmetros de alguns componentes para
depois utilizarmos no dimensionamento.

Figura 6. Resistências de 0,25W.

Figura 7. Relé eletromecânico 5VDC, características.

Figura 8. Características típicas de amp-ops.

15
Figura 9. Caraterísticas máximas à 25oC do amp-op LM741.

Figura 10. Seção 0.5 𝑚𝑚², corrente máxima 7A para circuito de comando.

Figura 11. Seção 2.5 mm², corrente máxima 21A para circuito de potência.

Figura 12. Diodo, marca: 1n914, fabricante: diodos incorporados, tensão reversa: 1000 V, temperatura
ambiente: corrente reversa: 5𝜇A, tensão de condução: 0,7𝑉.

Figura 13. Painel fotovoltaico 24VDC 90W.

16
Figura 14. Sensores de presença indutivos 5V à 24V de alimentação.

Figura 15. Motor 12VDC 10W.

Figura 16. Estrutura da cancela.

17
6 DIMENSIONAMENTO
Dimensionamento é o ato ou efeito de dimensionar (achar uma dimensão). Nesta secção será
determinado alguns parâmetros ou dimensões dos componentes.

6.1 RESISTOR
Controlador de bateria:

A tensão controlada na bateria varia entre 14V e 12V aproximadamente, definindo os


estados de carregada e descarregada. Ora, como a tensão de entrada no amp-op não deve ser
superior que a tensão de alimentação Vcc igual à 9V, então requer-se uma queda de tensão que
resulta na metade do valor de tensão apresentada na bateria. Assim:

Sendo 𝑅𝐴 = 𝑅 e 𝑅𝐵 = 𝛼𝑅, então:


(12 − 6)𝑉 6𝑉
=
𝛼𝑅 𝑅
Simplificando:
1
=1⟹𝛼=1
𝛼
Então:
𝑅𝐴 = 𝑅𝐵 = 1𝑘Ω
Pelo divisor de tensão da bateria obtem-se uma variação de tensão entre 6V à 7V
respectivamente quando a bateria estiver descarregada e carregada. O controlador de bateria
tem como configuração um comparador com histerese que requer três resistores de resistências
a calcular:

𝑉𝑎 − 𝑉𝑏 7 − 6 1
𝑛= = =
𝑉𝑏 6 6

𝑅1 = 𝑛. 𝑅3

1
Se 𝑅3 = 200𝑘Ω então 𝑅1 = ∗ 200𝑘Ω ≅ 33kΩ
6
𝑅3. 𝑅1 200𝑘 ∗ 33𝑘
𝑅2 = 𝑅3 + 𝑅1 = 200𝑘 + 33𝑘 ≈ 100𝑘Ω
𝑉𝑐𝑐 9
𝑉𝑎 − 1 7
−1

Controlador solar:

Através de medições de tensão no painel fotovoltaico feitas durante duas semanas


constatou-se que o painel apresenta em média 16V ao anoitecer e 20V durante o período
diurno. Análogo ao controlador de bateria há também motivos para se realizar um divisor de
tensão de modo que o resulta seja um quarto da tensão de entrada, logo teremos 4V e 5V, tal
que:

18
Sendo 𝑅𝐴 = 𝑅 e 𝑅𝐵 = 𝛽𝑅, então:
(16 − 4)𝑉 4𝑉
=
𝛽𝑅 𝑅
Simplificando:
12
=4⟹𝛽=3
𝛽
Se 𝑅𝐴 = 1𝑘Ω 2𝑊𝑎𝑡𝑡 então 𝑅𝐵 = 𝛽𝑅 = 3 ∗ 1𝑘Ω = 3𝑘Ω sendo a
resistência comercial aproximada é 33kΩ 0,25Watt.

𝑉𝑎 − 𝑉𝑏 5 − 4 1
𝑛= = =
𝑉𝑏 4 4

𝑅1 = 𝑛. 𝑅3

𝑆𝑒 𝑅3 = 100𝑘Ω ⟹ 𝑅1 = 25𝑘Ω sendo a resistência comercial aproximada é de 22kΩ

𝑅3. 𝑅1 100𝑘 ∗ 25𝑘


𝑅2 = 𝑅3 + 𝑅1 = 100𝑘 + 25𝑘 = 25𝑘Ω
𝑉𝑐𝑐 9
−1 −1
𝑉𝑎 5

6.2 POTÊNCIA
Potência é a velocidade com que se consome ou se absorve energia, também é o produto da
tensão pela corrente, medida em watts (W). 1 watt = 1 volt ampere

𝑃 = 𝑑𝑤/𝑑𝑡 = 𝑣. 𝑖

𝑃𝐵𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎 = 432𝑊

𝑃𝑃𝑎𝑖𝑛𝑒𝑙 𝑓𝑜𝑡𝑜𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑖𝑐𝑜 = 90𝑊

𝑃𝑀𝑜𝑡𝑜𝑟 = 10𝑊

A potência consumida no sistema de comando vem da bateria que dissipa-se através


das resistências e dos amp-ops, que por sua vez, estes alimentam cada relé em função do seu
consumo.

No total são 10 resistências de 0,25W fazendo 2,5W de potência dissipada.

Os amp-ops dissipam no máximo 0,5W respetivamente, sendo 6 amp-ops então a


bateria fornece 3W aos amp-ops.

Dado a estes consumos a batria dispoem 5,5W mais a potência consumido pelo motor
o consumo total de energia da bateria em função do tempo é de 15,5. Então quanto tempo leva
descarregá-la?

A bateria é de 12V e tem a capacidade de 10Ah.

𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 (𝑊ℎ) = 𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎 (𝐴ℎ) ∗ 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎 (𝑉)

𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 (𝑊ℎ) = 36𝐴ℎ ∗ 12𝑉 = 432𝑊ℎ

19
Este é o total de energia que a bateria pode fornecer. Para determinar quanto tempo a
bateria vai durar, precisa-se dividir a energia total pelo consumo de energia do dispositivo por
hora:

𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙(𝑊ℎ)


𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑢𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎 (ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠) =
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑝𝑜𝑟 ℎ𝑜𝑟𝑎 (𝑊)

Assim, se o consome total é de 15,5W, então:

432𝑊ℎ
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑢𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎 (ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠) = = 27ℎ
15,5𝑊

Isso significa que, com essa bateria de 12V e 36Ah, ela pode alimentar o sistema de
comando e o motor por aproximadamente 27 horas antes de precisar ser recarregada.

E é interessante questionar, quanto tempo a bateria demora a carregar?

Sendo que o painel fotovoltaico em máxima eficiência pode dispor 4A para carregar a
bateria de 36Ah, então o tempo de carregamento aproximado é:

𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎 (𝐴ℎ)


𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠) =
𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝐴)

36𝐴ℎ
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠) = = 9ℎ
4𝐴

Isso significa que, com essas condições, a bateria levaria aproximadamente 9 horas para
carregar completamente. Lembre-se de que este é um cálculo simplificado e o tempo real de
carregamento pode variar dependendo de vários fatores, como a temperatura ambiente, o
estado da bateria e a precisão do painel fotovoltaico.

20
7 PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO PROTÓTIPO

Figura 17. Protótipo do circuito.

Nesta seção destaca-se o método de construção afirmada a higiene e segurança de trabalha e


explicitando as dificuldades na sua concepção.

Primeiramente, esclareceu-se os objetivos a concluídos, a saber, dimensionar


comparadores com histerese para controlar os sistemas automáticos da cancela e da bateria; e
estabelecer esquemas de comutação com relés afim de alimentar os respectivos sistemas.

Em seguida, projetou-se e simulou-se o circuito do sistema no software Proteus, um


laboratório virtual de eletrônica. Ora, há uma diferença entre o laboratório virtual e real, pois
no primeiro as condições de projeção e execução são as ideais. Contudo houve a necessidade
de ajustar e calibrar o protótipo.

Finalmente, por um lado, na implementação da projeção houve dificuldade de aquisição


dos materiais, porquê os fornecedores não garantem confiabilidade resultando na morte infantil
dos dispositivos. Tal que houve as seguintes alterações:

 Invés de alimentar sistema de comando com 9V, aumentou-se para 12V porque dois dos
amp-ops demostram quedas de tensão na saída condicionando deste modo o
acionamento dos relés.
 Teve que se adaptar/substituir alguns ampo-ops com uma outra referência, LM358
ampop-op de baixa potência, invés do LM741.

Por outro lado, as bancadas de simulação e o painel fotovoltaico doados ao ISP Jean
Piaget estão danificados, prejudicando diretamente os resultados experimentais do projeto.

Portanto conceber e implementar um projeto académico requeria maior auxílio da


academia com condições e recursos mínimos (que nem sequer tem) e incentivar os estudantes
e futuros engenheiros com feiras tecnológicas e bolsas de investigação.
8 CONCLUSÃO
Neste trabalho se abordou o tema proposta de aplicação dos amplificadores operacionais em
um sistema de controle da alimentação de uma cancela automática, explicitando-se o
dimensionamento comparadores com histerese para controlar os sistemas automáticos da
cancela e da bateria, e os esquemas de comutação com relés afim de alimentar os respectivos
sistemas. Para tal, foi necessário pesquisar exaustivamente de todas as fontes possíveis.

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