Relatório Estagio 1 INTERNO

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CURSO DE FARMÁCIA SEMIPRESENCIAL

Estágio curricular supervisionado

Relatório de estágio supervisionado

ENTREVISTAS SOBRE AUTOMEDICAÇÃO NA COMUNIDADE


Contexto do Estágio:
Como parte integrante do estágio curricular em Farmácia, os alunos serão responsáveis por
conduzir um projeto de pesquisa aplicada que visa compreender as práticas de
automedicação na comunidade local. Este projeto proporcionará aos estagiários a
oportunidade de aplicar conhecimentos teóricos em um contexto prático, desenvolver
habilidades de comunicação e contribuir para a educação em saúde da população.
Objetivo:
Avaliar a prevalência e os padrões de automedicação entre os moradores do bairro,
identificando as principais substâncias utilizadas, as razões para a automedicação e o nível
de consciência sobre seus riscos e benefícios.
Metodologia:
1. Preparação: Familiarizem-se com o questionário de automedicação fornecido no
final do relatório de estágio. Certifiquem-se de entender todas as perguntas para poder
explicá-las adequadamente aos participantes da pesquisa.
2. Seleção de Participantes: Cada estagiário deverá entrevistar no mínimo 30 pessoas
na comunidade. Esforce-se para incluir uma amostra diversificada, considerando
idade, gênero, e ocupação, para obter insights abrangentes sobre as práticas de
automedicação na comunidade.
3. Ética na Pesquisa: Assegurem o consentimento informado de todos os participantes,
explicando claramente os objetivos da pesquisa e garantindo a confidencialidade e o
anonimato das informações coletadas.
4. Coleta de Dados: Realizem as entrevistas seguindo o questionário previamente
estabelecido. Sejam atentos e empáticos durante as entrevistas, criando um ambiente
de confiança que incentive os participantes a compartilhar suas experiências de forma
honesta e aberta.
5. Análise e Relatório: Após a coleta de dados, analisem as informações, identifiquem
padrões e preparem um relatório detalhado com os resultados da pesquisa. Incluam
uma discussão sobre as implicações dos achados para a prática farmacêutica e a
educação em saúde na comunidade.
Entrega:
O relatório final da pesquisa deve ser entregue até o final do período de estágio. Os resultados
serão apresentados em uma sessão de discussão com supervisores e outros estagiários,
promovendo um debate enriquecedor sobre as práticas de automedicação e o papel do
farmacêutico na promoção da saúde.
CURSO DE FARMÁCIA SEMIPRESENCIAL
Estágio curricular supervisionado
Relatório de estágio supervisionado
Dados do aluno
Nome xxxxxxxxxxx
RGM 0000000
Semestre 1/2024
IES de matrícula UNICID – Universidade Cidade de São Paulo.
Estágio curricular I _X_ II___ III___ IV ___ V___
Assinatura do aluno
(pode ser assinatura digital)

ENTREVISTAS SOBRE AUTOMEDICAÇÃO NA COMUNIDADE


Introdução
A automedicação é a prática de tomar medicamentos sem o aconselhamento ou
acompanhamento de um profissional de saúde qualificado como uma solução para alguns
sintomas que podem causar problemas graves, como reações alérgicas, dependência e até
morte. O uso incorreto ou irracional de medicamentos pode agravar a doença e o uso
inadequado pode esconder certos sintomas.
O paciente recebe instruções sobre como usar o medicamento, via de administração, dose e
duração do tratamento durante a dispensação do medicamento, o que torna a atenção
farmacêutica essencial para evitar o uso de medicamentos de forma descontrolada.
Resultados e discussões
A pesquisa realizada na Comunidade através do Formulário Digital Google, constatou que a
Automedicação é um hábito comum a 96,9% dos entrevistados que fazem o uso de
medicamentos nos últimos seis meses, restando 3,1% que não se automedicam, totalizando 32
pessoas entrevistadas, com divisões por idades conforme abaixo:
6,3% (2 pessoas) com idade até 18 anos;
3,1% (1 pessoa) com idade entre 19 e 21 anos;
28,1% (9 pessoas) com idade entre 22 e 30 anos
34,4 % (11 pessoas) com idade entre 31 e 40 anos;
18,8% (6 pessoas) com idade entre 41 e 50 anos;
9,4 % (3 pessoas) com idade entre 51 e 60 anos;
3,1% (1 pessoa) com idade acima dos 60 anos.
O foco da pesquisa foi o comportamento dos indivíduos em relação à compra e uso de
medicamentos com ou sem prescrição médica. Encontramos que 75% dos entrevistados
receberam orientações farmacêuticas antes de comprar o medicamento, enquanto 21,9% não
receberam nenhuma e 3,1% informaram que não receberam nenhuma orientação por não saber
quem estava atendendo o medicamento, seja com prescrição médica ou sem. 56,3% dos
entrevistados disseram que se automedicavam "Às vezes", 28,1% disseram que se
automedicavam "Sempre", 9,4% disseram que se automedicavam "1 vez por semana" A
maioria dos entrevistados relatou esse comportamento de automedicação, 81,3 por cento das
mulheres e 18,8 por cento dos homens. Quando perguntados sobre a posologia, 93,8 por cento
disseram que seguiram a bula sem alterar a dose, 3,1% tomam sempre doses menores, dizendo
que o medicamento fez mal ou que a doença já estava controlada, enquanto 3,1% tomam
ocasionalmente doses maiores, dizendo que mudar a dosagem melhorará o efeito. Além disso,
foi observado que 71,9 por cento dos entrevistados tiveram perguntas em relação a
medicamentos prescritos, principalmente sobre a dose (tempo e volume) e quaisquer
contraindicações listadas na bula. O uso de medicamentos sem prescrição é mais comum entre
as mulheres. Independentemente de serem medicamentos do lado de dentro do balcão ou com
tarja vermelha, mais da metade das pessoas que responderam (59,4%) disseram que usavam
medicamentos por conta própria pelo menos uma vez por mês. Os mais conscientes da
importância de consultar um profissional da saúde antes de usar qualquer medicamento
informaram que procuram o farmacêutico em caso de dúvidas (65,6%) e finalmente procuram
ajuda médica.
Amigos, familiares e vizinhos foram citados como os principais fatores que influenciaram a
decisão de usar medicamentos sem prescrição nos últimos seis meses (34,4%). No entanto,
50% dos entrevistados disseram que compravam medicamentos por conta própria, em
farmácias (34,4%). Por meio da pesquisa, também foram identificados os medicamentos que
os entrevistados usaram mais nos últimos seis meses. É surpreendente que haja um alto índice
de uso de antigripais (56,3%); os únicos medicamentos declarados são analgésicos e
antitérmicos (71,9%). Em terceiro lugar, os relaxantes musculares ficaram em terceiro lugar
(43,8%). A utilização de antibióticos diminuiu (3,1%). Os médicos indicaram a maioria dos
medicamentos prescritos nos últimos seis meses (69 %). No entanto, apenas 5% dos
entrevistados citaram a prescrição farmacêutica que foi regulamentada pela Resolução CFF n°
586/2013 do Conselho Federal da Farmácia (CFF) em 2013.
Proposta de melhoria
O objetivo do Projeto de Extensão "Automedicação na Comunidade" é promover o uso racional
de medicamentos para reduzir os riscos associados à automedicação na população entrevistada.
Este estudo é um relato de experiências de dois meses em que o projeto entrevistou 32 pessoas
de diferentes faixas etárias e públicos por meio de formulários de pesquisa e palestras sobre
temas centrais e/ou periféricos considerados necessários. A intervenção objetiva é reduzir as
principais razões pelos quais a comunidade usa medicamentos sem prescrição médica de forma
indiscriminada, fornecendo aos usuários uma educação sanitária básica e fácil de entender. A
campanha usa uma linguagem fácil de entender para alertar a população para que não se
arrisque no jogo da automedicação. A recomendação é que a pessoa consulte sempre um
farmacêutico antes de tomar qualquer tipo de medicamento. As peças serão distribuídas
principalmente por meio da internet e de mídias digitais; panfletos, banners, palestras e vídeos
serão feitos. O objetivo principal da campanha é pedir às autoridades públicas que proíbam a
venda de medicamentos sem prescrição médica e a automedicação, sempre alertando sobre os
riscos à saúde associados ao uso de medicamentos por conta própria. Os dados mostram a
gravidade dos problemas com o uso incorreto de medicamentos. Isso abrange todos os
problemas que podem ser causados pela ingestão inconsequente de medicamentos, muitos dos
quais são facilmente encontrados nas próprias residências e quase livremente vendidos. O
objetivo do projeto atual é promover a educação em saúde junto à população, criando uma
prática de educação em saúde diferente da automedicação e difundindo essa informação entre
as famílias. O objetivo principal do projeto é melhorar os meios de acesso da comunidade. Para
evitar a venda de analgésicos sem prescrição médica, é necessária uma supervisão maior.

Considerações finais
Após a conclusão da pesquisa com a comunidade, os principais problemas foram identificados.
Uma intervenção de educação em saúde é necessária em uma população onde há um alto índice
de automedicação. Minha principal falha foi a noção de que os analgésicos podem ser usados
sem restrições. O uso indiscriminado de analgésicos por pacientes de todas as faixas etárias foi
revelado pelo questionário da comunidade. As pessoas que geralmente os oferecem são seus
próprios familiares, amigos ou vizinhos. Identificamos os fatores que promovem esta prática
na comunidade para poder enfrentá-los com um objetivo comum: deter o uso de medicamentos
na comunidade e as consequências desse uso, que são um problema para a automedicação.
É imperativo implementar programas de educação em saúde e prevenir o uso indiscriminado
de medicamentos pela comunidade. Temos que não apenas interditarmos as farmácias que
violam as regras de comercialização, mas também nos educarmos. Esta proposta de intervenção
pode mudar a realidade da comunidade porque atingiria as principais causas do uso inadequado
de medicamentos sem prescrição médica pela população e aumentaria o nível de informação
da população sobre os riscos da automedicação, uma ação crucial. Além disso, o problema do
uso inadequado de analgésicos seria resolvido. Por último, mas não menos importante, haverá
mais controle sobre a venda de medicamentos sem prescrição médica nas farmácias.
A formação alinhada à realidade acadêmica foi possível graças a este projeto de extensão, que
também trouxe benefícios para a comunidade da universidade. O projeto não apenas leva os
conceitos e aprendizados criados no ambiente acadêmico para a comunidade não universitária,
mas também ajuda os alunos a aprender sobre as necessidades, desejos e saberes da
comunidade. Isso socializa e democratiza o conhecimento. O objetivo principal do projeto
Automedicação na Comunidade é incentivar a população a usar medicamentos de maneira
consciente.
Referências bibliográficas
ARRAIS, P. S. D. et al. Perfil da automedicação no Brasil. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v.
31, n. 1, p. 71-77, fev. 1997. Disponível em: <URL>
https://www.scielo.br/j/rsp/a/yMXnDgvKwzmqB7VcyYLJJcT/?lang=pt . Acesso em: 30 mar.
2024.

BVS - Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde. Automedicação, nov. 2012.


Disponível em:
<URL>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/255_automedicacao.html#:~:text=O%20uso%20
de%20rem%C3%A9dios%20de,intoxica%C3%A7%C3%A3o%20e%20resist%C3%AAncia
%20aos%20rem%C3%A9dios. Acesso em: 27 abr. 2024.

CRF SP, Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, Resolução 586/2013, São
Paulo, 25 de setembro de 2013. Disponível em: <URL>
https://www.crfsp.org.br/noticias/4654-resolucao-5862013.html. Acesso em 27 abr.2024.

VITOR, R. S. et al. Padrão de consumo de medicamentos sem prescrição médica na cidade de


Porto Alegre, RS. Ciênc. saúde coletiva. Rio de Janeiro, v. 13, abr. 2008. Disponível
em:<URL>
https://www.scielo.br/j/csc/a/VcBmGRRMD7CCDNSPq89Q46J/abstract/?lang=pt#. Acesso
em: 04 mai. 2024.

CURSO DE FARMÁCIA SEMIPRESENCIAL


Estágio curricular supervisionado
ENTREVISTA SOBRE AUTOMEDICAÇÃO NA COMUNIDADE

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