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Avaliação Da Prática Da Automedicação Numa População Urbana Do Nordeste Do Brasil

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VOL. 12, NUM.

12 2016
www.scientiaplena.org.br doi: 10.14808/sci.plena.2016.127501

Avaliação da prática da automedicação numa população


urbana do Nordeste do Brasil
Evaluation of self-medication practice in an urban Northeastern population of Brazil

L. L. de Oliveira1; N. P. R. Moura1; P. R. S. Martins-Filho1,3; G. S. Lima2; D. S.


Tavares3; D. M. Tanajura1,3*
1Laboratório de Patologia Investigativa, Hospital Universitário, Universidade Federal de Sergipe, 49060-108,
Aracaju-Sergipe, Brasil.
2Secretaria Municipal de Saúde, 49514-000, Frei Paulo-Sergipe, Brasil.
3Departamento de Educação em Saúde, Universidade Federal de Sergipe, 49400-000, Lagarto-Sergipe, Brasil.

*diegomouratanajura@gmail.com
(Recebido em 28 de abril de 2016; aceito em 01 de novembro de 2016)

A automedicação pode trazer sérios danos ao bem estar do indivíduo, uma vez que esta prática pode
mascarar a apresentação clínica da doença de base e retardar o seu diagnóstico, já que o tratamento visa
somente o alívio dos sintomas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência da automedicação, seus
fatores condicionantes, identificar os principais fármacos não prescritos utilizados e os sintomas que
motivaram sua utilização pela população urbana da cidade de Frei Paulo-SE. Neste estudo observacional,
descritivo e transversal foram entrevistadas 186 pessoas com idade entre 18-80 anos. Na população
entrevistada foi observado que 97,30% dos indivíduos praticam a automedicação, e aproximadamente
71% afirmaram não possuir obstáculos para a compra de medicamentos. Os grupos de fármacos mais
utilizados foram os analgésicos e antitérmicos (86,74%), seguidos por xaropes antitussígenos (71,27%).
Cerca de 10% dos entrevistados relataram uso de antibióticos sem prescrição. Os principais sintomas que
levaram ao consumo de tais medicamentos foram cefaleia (83,43%), seguida por sintomas de gripe ou
resfriado (76,24%). Por fim, foi observado que 49% das pessoas não possuíam justificativa para esta
prática. Desta forma, constatou-se que a prática da automedicação é comum na população deste
município, e que muitos dos praticantes não encontraram obstáculos para a compra de fármacos. Assim
sendo, é necessário o desenvolvimento de atividades educativas que busquem a conscientização da
população envolvida, pois esta é uma prática potencialmente danosa à saúde.
Palavras-chaves: Automedicação, Medicamentos Sem Prescrição, Saúde Pública

Self-medication is a common behavior that may has serious effects on health. This practice may obscure
the clinical presentation of the underlying disease and delay the diagnosis, since treatment is directed only
to relieving symptoms. The aim of this study was to assess the prevalence of self-medication, the
conditioning factors, the most commonly used drugs and the symptoms that led to self-medication of Frei
Paulo city inhabitants. An observational, descriptive, cross-sectional study was conducted and a total of
186 individuals aged 18-80 years answered the questionnaire. Self-medication was reported among
97.30% of participants and approximately 71% related that no obstacle was faced when purchasing drugs.
Analgesics/antipyretics (86.74%) and antitussive (71.27%) were the most frequent categories of drugs.
Around 10% of the population reported the use of antibiotics without prescription. Headache (83.43%)
and symptoms of cold or flu (76.24%) were the most common symptoms that prompted self-medication
of such drugs. Finally, 49% reported that had no justification for this practice. These findings
demonstrated that self-medication practices were common in the population of Frei Paulo-SE (Brazil).
Therefore, the implementations of educational activities are mandatory.
Keywords: Self-medication, Nonprescription Drugs, Public Health

127501 – 1
L.L. de Oliveira et al., Scientia Plena 12, 127501 (2016) 2

1. INTRODUÇÃO
A automedicação é definida como uso inadequado de substâncias de ação medicamentosa
sem a apresentação de receita e/ou aconselhamento prévio de um profissional da saúde
habilitado [1]. Entretanto, a completude desses pré-requisitos nem sempre excluem o uso
inadequado dos medicamentos e consequente automedicação. Esta prática envolve o uso de
medicamentos sem prescrição, a utilização de prescrições antigas, o compartilhamento de
medicamentos entre pessoas do circulo social ou utilização de sobras de medicamentos
armazenados em casa [2].
Automedicar-se também se configura como uma das formas de autocuidado em saúde mais
difundidas em todo o mundo, muitas vezes participando de forma complementar aos sistemas de
saúde, principalmente em países onde estes serviços se encontram pouco estruturados [3].
Contudo, por se voltar tão somente para o alívio de sintomas imediatos, essa prática assume
inúmeros riscos à saúde, tais quais: o mascaramento da apresentação clínica da doença de base,
o aumento do erro nos diagnósticos das doenças, a utilização de dosagem insuficiente ou
excessiva do medicamento e o aparecimento de efeitos adversos graves ou reações alérgicas
[4,5]. Além disso, o aumento de cepas microbianas resistentes tem sido associado ao uso
inadequado de antibióticos [6], refletindo assim, um grave problema de saúde pública devido à
redução da eficácia dos antimicrobianos [7].
Dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX)
demonstraram que o uso inadequado de medicamentos foi responsável por 27,93% dos casos de
intoxicações registrados no ano de 2012 e uma letalidade de 0,34% [8]. Ademais, por volta de
15% das internações hospitalares são causadas pelos efeitos colaterais dos medicamentos [9].
Desta forma, a automedicação acaba por onerar o Sistema de Saúde com atendimentos e
internações que poderiam ser evitadas ou minimizadas.
Diante do exposto, os objetivos deste trabalho foram (1º) avaliar a prevalência da
automedicação e seus fatores condicionantes, e (2º) identificar os principais não prescritos
utilizados e os sintomas que levaram à sua utilização pela população urbana da cidade de Frei
Paulo, Sergipe, Brasil.

2. MATERIAL E MÉTODOS
Trata-se de um estudo observacional, descritivo e transversal, que faz parte do projeto de
pesquisa sobre uso e atitudes frente ao uso de medicamentos em Frei Paulo [10], Sergipe, Brasil,
cidade situada a 64 km da capital Aracaju, que conta com uma população de 13.874 habitantes.
Para determinação do tamanho amostral, foi considerada a população urbana de 8.213
habitantes, um erro amostral de 5%, intervalo de confiança de 95% e prevalência estimada de
automedicação de 90%, totalizando uma amostra mínima de 137 sujeitos. A população elegível
foi de moradores da zona urbana, com idade entre 18 e 80 anos, que consentiram em participar
do estudo e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Para coleta de dados foram
utilizados dois entrevistadores treinados e sempre acompanhados por Agentes Comunitários de
Saúde. O questionário foi pré-aplicado em 10 residências, para identificação da necessidade de
ajustes, após os quais foi iniciada a aplicação, que se deu no período compreendido entre
setembro de 2013 e janeiro de 2014.
A cidade é dividida em 32 microáreas, 17 delas situadas na zona urbana, as quais abrangem
94 regiões (ruas, praças, travessas ou conjuntos habitacionais). No estudo, foram sorteadas 34
das 94 regiões urbanas de abrangência do Programa Saúde da Família. Sete regiões foram
excluídas devido à dificuldade de acesso ou número reduzido de residências. Desta forma, o
estudo abrangeu um total de 27 regiões de 13 microáreas, o que corresponde à 76,47% das
microáreas urbanas. Em cada região selecionada foi aplicado o questionário na primeira
residência e nas sete subsequentes, sempre obedecendo à constante de três, totalizando 216
residências. Devido à exclusão de 30 residências cujos moradores não aceitaram participar da
entrevista, a amostra final foi composta de 186 residências.
Os questionários aplicados foram estruturados com questões referentes às variáveis
socioeconômicas incluindo sexo, faixa etária, estado civil, escolaridade, renda familiar mensal, e
trabalho (exercício de algum tipo de atividade remunerada na época da entrevista – aposentados,
donas de casa e pensionistas foram classificadas como pessoas que não trabalham). As variáveis
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utilizadas para avaliar a prática da automedicação, definida pelo uso de pelo menos um
medicamento que não tenha sido prescrito por um profissional habilitado, assim como seus
fatores associados foram: obstáculos para a compra de medicamentos, fonte de indicação, tipos
mais utilizados e sintomas que ocasionaram a automedicação.
Os dados coletados foram duplamente digitados e tabulados no programa Excel para
identificação e correção dos erros de digitação, e estes foram representados em valores
absolutos e relativos. O estudo foi aprovado pelo comitê de Ética em Pesquisa do Hospital
Universitário de Aracaju/Universidade Federal de Sergipe (CAEE n° 13832613.4.0000.5546).

3. RESULTADOS
A média de idade dos 186 indivíduos entrevistados foi de 45,2 anos, sendo a maioria
pertencente ao sexo feminino (77,96%). Quanto ao estado civil, a maior proporção obtida foi de
casados/união estável (66,13%). Com relação aos níveis de escolaridade, mais da metade dos
indivíduos eram analfabetos ou possuíam o primeiro grau (55,9%). Verificou-se também que
53,23% dos entrevistados não faziam parte da população economicamente ativa. Além disso, a
maioria dos entrevistados (82,26%) recebia até dois salários mínimos (Tabela 1).

Tabela 1. Características sociodemográficas da população estudada. Frei Paulo, SE, Brasil, 2013-14.

Características sociodemográficas N %
Sexo
Feminino 145 77,96
Masculino 41 22,04
Faixa etária
18 a 29 30 16,13
30 a 39 46 24,73
40 a 49 44 23,66
50 a 59 25 13,44
60 a 80 41 22,04
Estado civil
Casado/União estável 123 66,13
Solteiro 31 16,67
Viúvo 16 8,60
Divorciado 16 8,60
Escolaridade
Analfabeto 33 17,74
Primeiro grau incompleto 44 23,66
Primeiro grau completo 27 14,52
Segundo grau incompleto 36 19,35
Segundo grau completo 30 16,13
Superior incompleto 9 4,84
Superior completo 6 3,23
Pós-graduação 1 0,53
Trabalho
Sim 87 46,77
Não 99 53,23
Renda
Até 2 S.M. 153 82,26
Acima de 2 S.M. 33 17,74
S.M – salário mínimo
Sobre a análise da efetiva prática da automedicação, observou-se que 97,30% da
população entrevistada fizeram uso de medicamentos sem prescrição (Figura 1) e
aproximadamente 71% afirmaram não possuir obstáculos para adquirir medicamentos
(Figura 2).
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Figura 1. Percentagem de praticantes da automedicação na população estudada.

Figura 2. Percentagem de entrevistados que possuíram algum obstáculo para compra de medicamentos.

Com relação à fonte de indicação para automedicação (Tabela 2), 38,12% afirmaram utilizar-
se de receitas antigas, seguidos de aconselhamento direto com o balconista (34,25%) e auxílio
de parentes/amigos (27,07%). Os grupos de fármacos mais utilizados (Tabela 2) foram os
analgésicos e antitérmicos com 86,74% dos casos, seguidos por xaropes antitussígenos
(71,27%), antigripais (50,83%) e anti-inflamatórios (47,51%). É importante destacar que um
número considerável dos entrevistados (9,94%) fez uso de antibióticos sem prescrição. Ao
serem questionados acerca dos sintomas que os levaram ao consumo de tais medicamentos
(Tabela 2), a cefaleia foi a queixa mais prevalente (83,43%), seguida por sintomas da gripe ou
resfriados (76,24%), febre (37,57%) e sintomas de amigdalite (33,70).
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Tabela 2. Perfil da prática da automedicação em entrevistados. Frei Paulo, SE, Brasil, 2013-14.

Variáveis %
Fonte de indicação
Receitas antigas 38,12
Indicação de balconistas 34,25
Indicação de amigos/parentes 27,07
Recorte da caixa 19,89
Escolha própria 9,39
Outros 5,9
Medicamentos
Analgésicos e antitérmicos 86,74
Xaropes antitussígenos 71,27
Antigripais 50,83
Anti-inflamatórios 47,51
Polivitamínicos 19,88
Antibióticos 9,94
Descongestionantes nasais 8,29
Anti-histamínicos 7,73
Outros 15,46
Sintomas
Cefaleia 83,43
Resfriado/gripe 76,24
Febre 37,57
Sintomas de amigdalite 32,70
Alergias 8,84
Dor osteomuscular 8,29
Rinite 2,76
Sinusite 2,21
Outros 8,84

Por fim, avaliaram-se os motivos que levaram a população entrevistada a praticar a


automedicação e foi observado que 49% das pessoas não possuíam uma justificativa para a
realização desta prática (dados não mostrados).

4. DISCUSSÃO
A alta prevalência da automedicação neste estudo entra em consonância com
resultados de inquéritos apresentados pelo ICTQ (Instituto de Ciência Tecnologia e
Qualidade) em 2014, nos quais os dados gerais do território brasileiro apontam que
76,4% da população pratica automedicação, com destaque para as cidades de Salvador-
BA e Recife-PE, que apresentaram os maiores índices, 96,2 e 96%, respectivamente
[11]. Os dados também foram similares aos relatados por Andrade et al. [12], que
avaliaram a prevalência desta prática em pacientes atendidos em uma farmácia
comunitária da cidade de Aracaju-SE.
Verificou-se ainda que na maioria das situações de automedicação houve reutilização
de receitas antigas, sem que estas tenham sido emitidas para uso contínuo. Prática
similar foi descrita por Vilarino et al. [13]. Outra fonte de indicação bastante utilizada
pela população pesquisada foi o aconselhamento direto com o balconista da farmácia.
Tal situação pode acarretar a dispensação inadequada de medicamentos, pois estes
profissionais não estão habilitados para exercer esta função, e, geralmente o fazem por
empirismo da prática cotidiana [14–16].
O quadro se agrava ainda mais quando se observa que a maioria da população afirma
não possuir obstáculos para a compra de medicamentos. Este fato, aliado à frequente
ausência de farmacêuticos no momento da aquisição do medicamento - profissionais
estes responsáveis pela conferência da receita, orientação e prescrição de medicamentos
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de venda livre -, pode colaborar com o uso inadequado de fármacos. No estado de


Sergipe foi observado que 97% das farmácias não contam com farmacêuticos em tempo
integral [17].
A predominância do uso de fármacos pertencentes à classe dos analgésicos e
antitérmicos, seguidos de antitussígenos, antigripais e anti-inflamatórios, também foi
encontrada em outros estudos, e os sintomas que levaram ao uso desses medicamentos
também são semelhantes ao observado na literatura (cefaleia, febre, problemas
respiratórios e infecções do trato respiratório) [12,18,19]. A dor de cabeça é o principal
sintoma relacionado com a automedicação. Entretanto, ela pode ser um sinal ou sintoma
de outro problema mais grave e que pode requerer tratamento específico, como a
hipertensão arterial [20].
O uso indiscriminado de medicamentos isentos de prescrição foi elevado na
população avaliada. Estes fármacos podem conferir alto risco à saúde, principalmente
no que se refere ao uso de paracetamol, dipirona e salicilatos. Estes medicamentos,
líderes no ranking de fármacos adquiridos por automedicação, podem estar associados a
inúmeras complicações graves como: síndrome de Reye e risco de hemorragias
gastrointestinais ocasionadas por uso inadequado de salicilatos; lesões hepáticas
provocadas pelo paracetamol; anemia hemolítica e aplasia medular pelo uso
indiscriminado de dipirona [21,22]
Neste estudo, a automedicação com antibióticos foi bastante elevada, em comparação
com outros trabalhos da literatura. Em Belém-PA, a automedicação com antibióticos foi
observada em 1,7% da população entrevistada [23]. Resultados do projeto Bambuí,
desenvolvido na cidade de mesmo nome em Minas Gerais, relatou um uso de 6,2% [24].
Em Santa Maria-RS, 4,7% fizeram automedicação com antibióticos [13]. No trabalho
desenvolvido em Jataí-GO, os autores observaram resultados próximos do presente
estudo: 9,1% da população fizeram uso de antibióticos sem prescrição [25]. A
automedicação com antibióticos reflete uma das maiores preocupações de saúde pública
mundial. O uso inadequado dessa classe de medicamentos é responsável pelo
aparecimento de cepas bacterianas mais resistentes, diminuindo a eficácia dos
antibióticos comuns (1ª escolha) o que, por sua vez, leva à readaptação do esquema
terapêutico para antibióticos de maior espectro, os quais requerem hospitalização,
tornando o tratamento mais oneroso [26].
Em outros estudos, a dificuldade de acesso aos serviços públicos de saúde e a
insatisfação com os mesmos foram as principais justificativas apresentadas para a
prática da automedicação [23,27]. Entretanto, o presente estudo observou que a
população entrevistada não possuía uma justificativa para a automedicação, sugerindo
que esta prática já se enraizou na população.

5. CONCLUSÃO
Observou-se que a automedicação é uma prática comum na população urbana da
cidade de Frei Paulo-SE e que geralmente não há obstáculos para a compra de fármacos.
Embora os medicamentos mais utilizados pela população sejam de venda livre, o
consumo irracional dessas drogas pode levar a reações adversas. Quanto à escolha do
medicamento, esta foi, em sua maioria, por meio de prescrições antigas e
aconselhamento com o balconista. A ausência do farmacêutico e o não cumprimento da
obrigatoriedade da receita acabam facilitando esta prática e até mesmo o acesso aos
antibióticos. A utilização indiscriminada de medicamentos tais como os antibióticos,
cuja venda, por lei, deveria estar condicionada à receita médica, é especialmente
preocupante. Os riscos vão além do bem estar do indivíduo que pratica automedicação,
podendo tornar-se uma questão de saúde pública.
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Por fim, este estudo possibilitará estratégias educativas junto aos agentes
comunitários de saúde para informar à população sobre as consequências do uso
irracional de medicamentos, principalmente quando se trata de antibióticos, assim como
servirá de alerta para os órgãos públicos sobre a relevância deste problema de saúde no
município de Frei Paulo-SE.

6. AGRADECIMENTOS
A Camila Lima de Oliveira, secretária de saúde da cidade de Frei Paulo-SE, e aos
Agentes Comunitários de Saúde da cidade que colaboraram com o desenvolvimento da
pesquisa. A L. L. de Oliveira é bolsista no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação
à Extensão da Universidade Federal de Sergipe.
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