Trabalho Idalina TIC-2024

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Escola Secundaria Samora Machel- Moatize

Nome do aluno: Idalina Saide Omar nº37, Turma B1

Trabalho de Pesquisa- 11ª Classe

Tema: HISTORIA DAS TIC

Moatize

2024
c

Nome do aluno: Idalina Saide Omar nº37, Turma B1

Tema: HISTORIA DAS TIC

Trabalho de Pesquisa da 11ª Classe, Orientadado

por Professor: Emanuel Abílio.

Moatize

2024
Introducao

1 Considerações iniciais Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) podem ser definidas


como o conjunto total de tecnologias que permitem a produção, o acesso e a propagação de
informações, assim como tecnologias que permitem a comunicação entre pessoas. Com a
evolução tecnológica, surgiram novas tecnologias, que se propagaram pelo mundo como
formas de difusão de conhecimento e facilitaram a comunicação entre as pessoas,
independentemente de distâncias geográficas (RODRIGUES et al., 2014).

As TICs são utilizadas nas mais diversas áreas, como, por exemplo, na indústria, no comércio,
no setor de investimentos e na educação. Em todas as possíveis aplicações de TICs, o principal
objetivo é proporcionar o acesso à automação da informação e comunicação. No que tange ao
conjunto de tecnologias emergentes em TICs, são incluídos softwares e hardwares, para
garantir a operacionalização da comunicação. A grande popularização das TICs ocorreu com o
surgimento e a difusão da internet (PACIEVITCH, 2014).

INTRODUÇAO
18 DE JUNHO DE 2016

Ao longo da história o homem tem criado os mais diversos meios e


ferramentas para comunicar, e deste modo melhorar os seus padrões atuais
de vida. Diante das suas criações, hoje as conclusões a tirar são complexas
e pouco exatas. Assistimos a um desenvolvimento tecnológico, independente
e autônomo, sem necessitar de ser controlado pelo homem (o seu criador).
Ou como mais recentemente a ciência nos afirma: “o desenvolvimento
tecnológico avança tão rápido que o homem não o consegue alcançar”. As
tecnologias de Informação e Comunicação são ferramentas chave da
sociedade em que vivemos, de modo que a sua utilização nos mais diversos
sectores da sociedade é já uma realidade.
No decorrer do nosso trabalho iremos dar a conhecer sobre as tecnologias
de informação e comunicação na sociedade.

SURGIMENTO DA TIC
As novas Tecnologias de Informação e Comunicação TICS, surgiram na
metade da década de 1970 no contexto da Terceira Revolução Industrial e
Revolução Informacional. O grande avanço das novas TICS ocorreu a partir
da década de 1990, com o objetivo de captar, transmitir e distribuir de forma
precisa e rápida as informações, transmitir através da televisão, das
telecomunicações e pela internet. Na sociedade industrial, o valor está na
quantidade de bens produzidos, por esse motivo muitas empresas, instituições
e indústrias, investiram consideravelmente nas novas tecnologias. Podemos
perceber que ela tem muita importância em nosso convívio, seja ele para uso
profissional ou para uso pessoal. As TICs literalmente invadiram as nossas
vidas, fazem parte dos eletrodomésticos em nossas casas, são responsáveis por
transformar nossas atividades de trabalho em funções práticas, é responsável
por toda a comunicação gerada, através das mídias, sejam elas televisivas ou
virtuais. Você consegue imaginar sem acesso à internet, para realizar
pesquisas, estudar e fazer e receber a comunicação do que está acontecendo
pelo mundo? Com certeza não podemos mais viver sem as tecnologias!

Desenvolvimento das TIC


Desenvolvimento das TIC
As TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) são um dos fatores
potenciadores das profundas mudanças operadas no mundo. Com a aceleração
na inovação e na dinamização da mudança, as TIC são hoje essenciais diante
da globalização da economia mundial e dos fenómenos físicos e humanos em
geral. O conhecimento das suas ferramentas de suporte são essenciais.
Consequentemente, as escolas usufruem de apoio financeiro para o
apetrechamento informático com ligações à Internet, incentivos à produção e
aquisição de conteúdos educativos multimédia de qualidade, cobrindo todas as
áreas disciplinares.
A tecnologia constitui um fator de desenvolvimento. Na área das
comunicações e da informação, as modernas tecnologias começaram a surgir
em alguns países menos avançados já nos anos 70, essencialmente no domínio
dos satélites e do audiovisual de massas. As tecnologias de informação são
consideradas a base da “Terceira Revolução Industrial” que teve início nos
anos 60, com as inovações na área da microeletrónica, como os circuitos
integrados, o microprocessador, o microcomputador e as novas redes de
comunicação assentes nos satélites e nas fibras óticas. O acesso ao sistema de
comunicação é universal e processa-se em “tempo real”. Passamos a viver na
chamada “aldeia global”. O fenómeno aplica-se também na área da economia
e tem contribuído para o aumento da produtividade, pela rapidez e melhoria
com que se processam as relações inter-empresariais, que beneficiam com a
introdução de novos produtos e serviços de telecomunicações (como é o caso
do correio eletrónico, da telecópia, entre outros) e pela redução dos custos das
transações. As TIC apresentam também uma influência crescente na vida
social. O cidadão na sua vida social estabelece diariamente contacto, direto ou
indireto, com estas tecnologias quando, por exemplo, se desloca ao banco ou
ao hospital, quando assiste a um programa de televisão transmitido por satélite
ou quando, no seu trabalho, as novas tecnologias são aplicadas. Hoje, o foco
da Tecnologia da Informação mudou, tanto que o termo TI passou a ser
utilizado como TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação. E, dentro
desse universo, novas ideias como colaboração e gestão do conhecimento
poderão ser edificadas, porém, mais uma vez é importante enfatizar que
nenhuma infraestrutura por si só promoverá a colaboração entre as pessoas,
essa atitude faz parte de uma cultura que deverá ser disseminada por toda a
organização; é necessário uma grande mudança.

Vantagens e Desvantagens da TIC


Desvantagens das TIC na sociedade :
A grande maioria das pessoas que usam a Internet tem uma percepção positiva
da mesma. Enquanto ferramenta, o computador e a internet têm um papel
facilitador na aquisição dos conhecimentos, contudo, existem riscos. Tudo o
que recolhemos e pesquisamos tanto pode ser bom como ser mau, depende do
uso que lhe damos. Bem sabemos que existe quem faça mau uso da mesma.
Um dos aspectos negativos, é o facto de a Internet nos roubar muito tempo,
pelo seu efeito “viciante”, sobretudo nas camadas mais jovem. Com esta,
perde-se a privacidade, dá lugar à ausência de contacto directo, entre outros. O
mundo da Internet é o reflexo da sociedade actual. A Internet pode criar
desigualdade social, pode acentuar a discriminação social, uma vez que o
acesso às mesmas é desigual.
A evolução das tecnologias de informação e da comunicação impõe uma
redefinição do espaço de trabalho.
1. As TIC vieram substituir a mão-de-obra humana por tecnologias aplicadas
ao respectivo campo de trabalho.
2. As TIC trouxeram uma maior dependência das pessoas em relação às
máquinas, o que veio reduzir as relações sociais entre pessoas, deixando-as
em casa em frente ao “écrã” em geral.
3. AS TIC “trouxeram” doenças, visto que certos aparelhos tecnológicos
emitem radiações prejudiciais à saúde humana causando males como cancro e
outros.

Vantagens
1. As TIC ajudaram ao nível da Medicina, na medida em que contribuíram
para o encurtamento de distância paciente/médico. Ou seja, um paciente no
Japão através da actual Telemedicina consegue estabelecer contacto com o seu
médico (que esteja por exemplo na Grécia) tornando mais rápida e eficiente a
consulta.
2. As TIC promovem o emprego em casa, uma vez que através da Internet
consegue-se tomar decisões profissionais sem ser preciso deslocar-se ao local
de trabalho.
3. As TIC contribuem para um fácil acesso à comunicação mundial,
nomeadamente a nível da comunicação social que melhor desempenha este
papel.
– Recolha e tratamento de dados experimentais;
– Despertar um maior interesse dos alunos pelas temáticas a abordos;
– Possibilitam, por exemplo através de simulações, a recriação de situações
experimentais;
– Possibilitam a interatividade dos recursos com os alunos (manipular
variáveis);

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1.1.1 Fundamentos históricos A comunicação é uma das principais necessidades do ser


humano desde o surgimento da humanidade. No decorrer da história, existem relatos
da evolução da comunicação, na troca de informação, no registro de fatos, na
apresentação de ideias e emoções. A partir desses fatores, as tecnologias de
comunicação e de meios de transmissão de informação evoluíram, passando das
escrituras nas cavernas até os meios digitais, hoje utilizados em larga escala pela
humanidade.
1.1.2 Em se tratando de informação e comunicação, podemos conceituar tecnologia como
tudo aquilo que leva alguém a evoluir, melhorando e simplificando a forma de o ser
humano realizar suas tarefas. As TICs evoluíram de forma surpreendente com o passar
dos séculos. Desde o princípio da comunicação, através de sinais, podemos notar a sua
evolução tecnológica. Não devemos confundir as tecnologias com as novidades da
última geração de tecnologias, pois a tecnologia se constituiu juntamente com toda a
evolução da humanidade.
1.1.3 A evolução das TICs trouxe grandes benefícios ao homem, principalmente no que diz
respeito à educação. Nessa área, foram inseridas novas tecnologias que
proporcionaram o surgimento de meios e fins na criação, no compartilhamento e na
busca por conhecimento. O fato marcante dos benefícios que essa evolução trouxe
foram os computadores, hoje presentes na maioria das escolas brasileiras.
1.1.4 A partir da criação dos computadores, a educação evoluiu a passos largos. Nos dias
atuais, com o advento da internet e vários dispositivos computacionais, a informação e
a comunicação tornaram-se acessíveis a toda a sociedade, independentemente da
localização geográfica ou da classe social.
1.1.5 A tendência é de que a adoção de TICs ocorra largamente em todas as áreas de
automatização da ação humana, indo além das fronteiras da educação. A utilização de
TICs cresce a cada dia em diversas vertentes, seja na indústria, segurança, educação e
comunicação social.
1.1.6 A comunicação também é responsável por grandes avanços, devido à troca de
informações e à experiência por meio da tecnologia. Podemos destacar, nesse avanço,
as novas formas e metodologias que surgiram no ensino, como, por exemplo, a
educação a distância, em expansão no Brasil.
1.1.7 Em um ambiente empresarial, os objetivos são comuns para um grupo de indivíduos
de uma determinada organização. Com isso, a necessidade de comunicação aumenta
consideravelmente. Nas empresas, existem barreiras culturais, sociais, tecnológicas,
geográficas, temporais, entre outras, que tornam a comunicação uma tarefa complexa.
É nesse ambiente corporativo que a evolução tecnológica surge, a fim de amenizar, a
cada dia, tais barreiras.
1.1.8 Segundo Lévy (1993), novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas
no mundo das telecomunicações e da informática. Tais maneiras tornam, as relações
entre os homens, simples e acessíveis a todos, promovendo
1.1.9 Tecnologias da Informação e da Comunicaçãoe-Tec Brasil 16
1.1.10 a integração cultural e a troca de conhecimento com pessoas do mundo todo. A
velocidade com que as informações percorrem o mundo era inimaginável há algumas
décadas.
1.1.11 Muitos estudiosos relatam que a evolução da tecnologia em informação e
comunicação se deve à libertação social das minorias na sociedade. Na atualidade,
qualquer pessoa pode publicar ou divulgar a sua opinião sobre determinado assunto e,
em questão de segundos, ganhar milhares de seguidores. Apesar dessa e de outras
inúmeras vantagens, muitos conservadores discutem as tendências negativas advindas
dessa evolução tecnológica, como a migração da vida social para as redes sociais.
1.1.12 1.1.2 TICs e educação O mundo em que vivemos está sendo inundado de novidades
tecnológicas a cada dia, seja na cadeia produtiva, seja na indústria ou educação. O fato
é que, a cada dia, dependemos mais da tecnologia. Em muitos casos, esta dependência
fica invisível aos nossos olhos e só percebemos quando falta energia elétrica, o sistema
bancário fica fora do ar, o telefone celular não executa funções básicas, os dispositivos
eletrônicos em geral entram em colapso. É o nosso cotidiano sendo norteado pela
tecnologia. O mesmo não acontece na educação, que ainda caminha a passos lentos
na utilização dos recursos tecnológicos disponíveis para o ensino e didática em sala de
aula, cenário este descrito de forma concisa por Neves (2009).
1.1.13 Em um mundo permeado por tecnologia, ainda convivemos com uma educação que
usa as TICs como algo exótico, excepcional (Neves, 2009). O grande marco para a
educação foi a introdução dos microcomputadores em ambientes educacionais,
possibilitando aos alunos mais uma alternativa na busca por conhecimento. Outro
ponto importante foi a troca de informações culturais em ambientes educacionais. A
introdução de computadores e internet nas escolas permitiu a comunicação e troca de
informação entre estudantes do mundo inteiro. Essa propagação de conhecimento e
cultura pode ser encontrada até nos lugares mais remotos do nosso país, onde,
mesmo que a internet ainda seja de má qualidade, é possível observá-la.
1.1.14 As metodologias de ensino sofreram um grande impacto e evolução com o
desenvolvimento tecnológico. Hoje, temos cursos na modalidade EaD e cursos
presenciais fazendo uso constante de recursos e serviços on-line, para o
compartilhamento de informações, assim como para a integração entre aluno e
professor.
1.1.15 e-Tec BrasilAula 1 - Identificando tecnologias emergentes em TICs 17
1.1.16 Apesar das inúmeras vantagens proporcionadas pelas TICs na educação, começaram a
surgir algumas práticas indesejadas em ambientes educacionais, como, por exemplo, o
uso exagerado de redes sociais, distanciando os alunos do mundo real, o que pode
ocasionar o fim da convivência social dos novos usuários da internet.
1.1.17 Existe uma tendência, defendida por pesquisadores em TICs, de que, em um futuro
não muito distante, todos os alunos do ensino básico aprenderão a programar
computadores ainda na escola e que esse cenário já deveria ter sido implantando em
todas as escolas brasileiras. De acordo com Meira (2013b), em um futuro próximo,
todas as pessoas devem ter o mínimo de conhecimento em linguagens de
programação, para se manter no mercado de trabalho ou em qualquer meio digital.
Tal perspectiva surge com o desenvolvimento tecnológico, que se encontra em
constante e acelerado crescimento.
1.1.18 Resumo Aprendemos, nessa aula, alguns conceitos e um pouco da evolução das TICs,
qual o impacto da evolução tecnológica no dia a dia das pessoas e como se deu a
evolução tecnológica vivenciada nos últimos anos.
1.1.19 Nas próximas aulas, estudaremos algumas das principais tecnologias que emergiram
em TICs, com o objetivo de nos familiarizarmos com tais tecnologias e conhecermos
suas principais funcionalidades e impactos promovidos na sociedade, educação e
indústria.

Percebemos que durante a história da humanidade os seres humanos passaram por processos
que possibilitaram a criação de inventos que trariam mudanças para as gerações futuras. É
sobre esses fatos históricos que aconteceram nos séculos XVIII e XIX que iremos refletir,
questionar, aprender, pesquisar, e problematizar.
Consultas

As TIC nas Unidades de


Informação
Espaço voltado para discussão de aspectos teóricos e praticos da estrutura e funcionamento
dos recursos de informação baseadas nas novas mídias; e das implicações inerentes à
adopção tecnológica em unidades de informação.
QUARTA-FEIRA, 10 DE AGOSTO DE 2011

A evolução historica das TIC


A Evolução das Tecnologias de Informação e Comunicação-TICs (1900 até a
actualidade)
O presente exercício vem falar dos principais focos que tocam a área da TICs, sua
evolução ao decorrer dos anos bem como o seu histórico.
As tecnologias de informação e comunicação (TIC) surgem como um conjunto de
conhecimento, reflectido quer em equipamento e programa.
Uma das características fundamentais das TICs consiste no facto de um único meio
electrónico de comunicação suportar todo o tipo de informação possível de
digitalização o que inclui desde os tradicionais documentos de texto a análise
matemática e financeira, passando por imagens, áudio e vídeo.
Deste modo as TICs surgem como elemento de concepção e suporte da comunicação
empresarial, em actividade que vão desde o simples arquivo dados e a utilização de
programas de Office Automation, até ao correio electrónico e as possibilidades de
trabalho á distância.
Das várias ferramentas métodos e técnicas que coexistem no domínio das tecnologias
é o computador.
O computador teria sido inventado no começo do século XIX por Charles Babbage
(professor de matemática) algo que não aconteceu devido o cancelamento da sua
bolsa de pesquisa.
Mas é ao norte-americano John Vincent Atanasoff que é creditado o mérito de ser o
inventor do primeiro computador electrónico em 1939.Ele produziu modelo funcionais
de memoria de computador e unidade de processamento de dados.
O surgimento da Rede de Computadores
Tanto a International Business Machine (IBM) quanto a Apple falharam em capitalizar
por completo sobre a próxima tendência no mundo dos computadores, que era de ligar
os computadores pessoais entre si via rede de comunicação de alta velocidade,
chamadas redes de área locais (LANs)
Gerações de processadores de computador
Primeira geração (1944-1959)
Computadores binários da primeira gerações usavam válvulas electrónicas que lhes
permitiam realizar as operações básicas da lógica binária (tubos de vácuo), o mesmo
tipo de válvulas encontradas em rádio antigo, em suas unidades de processamento.
Os computadores de primeira gerações eram exclusivamente individuais, com nomes
como EDVAC, EDSAC, BINAC, ORACLE, JOHNNIAC (em homenagem ao pioneiro do
computador John Von Neumann).O UNIVAC foi o primeiro computador comercial de
sucesso dessa geração, embora o modelo 650 da IBM o tenha ultrapassado mais
tarde.
Segunda geração (1959-1964)
Substituíram as válvulas por transistores, de três camadas, feitos de matérias
específicos cuja capacidade de conduzir corrente eléctrica variava conforme a
natureza da corrente eléctrica a eles aplicada. O transistores foi inventado em 1947
por três pesquisadores dos laboratórios Bell:Bardeen,Brattain e Shockley,os
transístores tinham as mesmas qualidades essências das válvulas de De Forest: a
saída do aparelho podia ser modificada por variações muito pequenas de uma
corrente controladora, os modelos IBM 1400 foram os mais bem sucedidos dessa
geração.
Terceira geração (1964-1972)
Nestes computadores, os circuitos integrados, que tinham milhares de componentes
eléctricos em um chip de computador, serviam como componentes de processamento
e memória.
Quarta geração (1972-1979)
Usam integração em larga escala (very large scale integration,VLSI),assim milhões de
componentes podem ser espremidos em um diminuto chip.O chip Intel 400 foi a base
incluído a Altair.Os computadores pessoais são maquinas da quarta geração.
Quinta geração (1979 até o presente)
Usam unidades múltiplas de processamento capazes de trabalhar simultaneamente
em modo paralelo em único problema de computação. O supercomputadores, como o
Cray, tem softwares que podem de forma eficiente, desdobrar problemas em
componentes que podem ser parceladas para processadores paralelos.
Cientista de computadores já estão a olhar para uma próxima geração, há um grande
interesse em máquinas que exigem inteligência artificial.
Internet
1966 Começaram os experimentos com uma rede de área ampla (WAN), dedicada a
pesquisas de projectos, a ARPANET como tornou conhecida foi a primeira WAN
operacional, em 1973,e foi precursora da internet de hoje.
SOUSA, Sérgio.TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO: o que são os computadores.,
pag: 1,2,FCA-Editora.
JOSEPH, S. LAROSE, R. COMUNICAÇÃO, MÍDIA e TECNOLOGIA: INDÚSTRIA de
computação, pag: 184-188,191-195.

História
A expressão foi usada pela primeira vez em 1997, por Dennis Stevenson, do governo
britânico[2], e promovida pela documentação do Novo Currículo Britânico em 2000.
São utilizadas em diversas maneiras e em vários ramos de atividades, podendo se
destacar nas indústrias (processo de automação), no comércio (gerenciamento e
publicidade), no setor de investimentos (informações simultâneas e comunicação
imediata), na biblioteconomia (OPAC) e na educação (processo de ensino aprendizagem e
Educação a distância).
Pode-se dizer que a principal responsável pelo crescimento e potencialização da utilização
das TIC, em diversos campos, foi a popularização da Internet.
Como a comunicação é uma necessidade e algo que está presente na vida do ser humano
desde os tempos mais remotos, trocar informações, registrar fatos, expressar ideias e
emoções são fatores que contribuíram para a evolução das formas de se comunicar.
Assim, com o passar do tempo, o homem aperfeiçoou sua capacidade de se relacionar.
Nesse sentido, conforme as necessidades surgiram, o homem lançou mão de sua
capacidade racional para desenvolver novas tecnologias e mecanismos para a
comunicação. Conceitua-se tecnologia como tudo aquilo que leva alguém a evoluir, a
melhorar ou a simplificar. Em suma, todo processo de aperfeiçoamento. A humanidade já
passou por diversas fases de evoluções tecnológicas, porém um equívoco comum quando
se pensa em tecnologia é se remeter às novidades de última geração

Conclusão
Com este trabalho, podemos aprender e constatar que as TIC estão muito
presentes nas nossas vidas e que mesmo o mais insignificante objecto, pode
revolucionar o Mundo. Este trabalho não foi difícil e achamos que, de uma
maneira geral, o objectivo foi alcançado, contribuindo assim para que as
pessoas comecem a reflectir sobre como a tecnologia nos afecta, mesmo que
por vezes não a consigamos ver. Ela está sempre presente da mais simples à
mais complexa, levando-nos a pensar o que o futuro nos guarda a nível de
Tecnologias de Informação e Comunicação.
Referencia bibliografica

Manual de Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação

2016 Recife – PE Ricardo Batista Rodrigues, acesado as 18h do dia 24.04.2024


Postado por Tânia Sofia Bacai às 14:46 acesado as 20h25 do dia 24.04.204

https://tanycristina.wordpress.com/https://tanycristina.wordpress.com/2016/06/18/
introducao-2/ Acessado as 21h dia 24.04.024

1. AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICS) NO CONTEXTO ESCOLAR


As Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs) no Contexto
Escolar
ÍNDICE
1. 1. RESUMO
2. 2. INTRODUÇÃO
3. 3. I CAPÍTULO
1. 3.1 ELEMENTOS HISTÓRICOS SOBRE A COMUNICAÇÃO HUMANA
1. 3.1.1 AS TECNOLOGIAS DE INFORMÇÃO E
COMUNICAÇÃO (TICs)
4. 4. II CAPÍTULO
1. 4.1 A ESCOLA E AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO (TICS)
2. 4.2 O USO DA INTERNET: UMA METODOLOGIA DINÂMICA DE
ENSINO
5. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1. RESUMO

O objetivo desta pesquisa foi investigar como as tecnologias de informação e


comunicação (TICs) podem ser e devem ser inseridas no cotidiano do ambiente
escolar. Nosso objetivo foi analisar se no contexto escolar o uso das tecnologias
da informação e comunicação apoia o processo de ensino-aprendizagem
colaborativo, essa perspectiva da educação encontra-se ancorada na antropologia
freiriana, visto que os educandos são concebidos como sujeitos ativos e
responsáveis pela sua própria aprendizagem. Nosso trabalho trata-se de uma
pesquisa bibliográfica que nos proporcionou entender que quando as Tecnologias
de Informação e Comunicação são utilizadas de modo a considerar o interesse e
as necessidades dos educandos, ou melhor, para beneficiar e favorecer a
integração dos estudantes de forma livre e responsável no processo de construção
do conhecimento podem legitimar ao mesmo tempo os ideais da democracia nos
contextos escolares. Faz-se referência como o professor pode agir no sentido de
aliar as novas tecnologias às metodologias utilizadas em sala de aula, como
forma de melhorar os processos de ensino e de aprendizagem. Enfoca o fato dos
alunos do hoje já crescerem informatizados, o que torna imprescindível para
educação que os professores e demais profissionais se qualifiquem quanto ao
processo de inserir a TICS ao processo de ensino.

Palavras-Chave: Aprendizagem, Ensino, Tecnologias


ABSTRACT
The objective of this research was to investigate how information and
communication technologies (ICTs) can be and should be inserted in the daily
school environment. Our objective was to examine whether the school context
the use of information technologies and communication supports the process of
collaborative teaching and learning, this view of education is rooted in
anthropology Freirian, since learners are conceived as active and responsible for
their own learning. Our work this is a literature that gave us to understand that
when the Information and Communication Technologies are used to considering
the interests and needs of learners, or rather, to benefit and promote the
integration of students with free and responsible in the process of knowledge
construction, can legitimize both the ideals of democracy in school contexts.
Reference is made to the teacher can act to combine new technologies to the
methodologies used in the classroom as a way to improve the processes of
teaching and learning. Focuses on the fact that the students of today have grown
computerized, which makes it imperative for education that teachers and other
professionals qualify as the process of inserting the ICT to the teaching process.
Keywords: Learning, Teaching, Technology
2. INTRODUÇÃO

Este trabalho foi desenvolvido no sentido de que as novas tecnologias sejam


vistas como mais uma ferramenta de auxilio ao processo de educação, como
dinamizadora do processo de ensino e como instigadoras para a melhoria da
aprendizagem. Para tanto, adota-se como objetivo geral: Refletir sobre o uso das
novas tecnologias para a melhoria dos processos de ensino e de aprendizagem.
Visto que a simples utilização de um ou outro equipamento tecnológico não
pressupõe um trabalho educativo pedagógico.

Hoje na chamada sociedade da informação, novas de formas de pensar, de agir e


de comunicar-se são introduzidas como hábitos corriqueiros, são inúmeras as
formas de adquirir conhecimento, bem como também são diversas as ferramentas
que propiciam essa aquisição, as escolas são em geral apontadas como uma das
principais alternativas para formação e desenvolvimento de cidadãos garnidos de
um perfil que conduza com as exigências da sociedade moderna.

Atualmente são outras as maneiras de compreender, de perceber, de sentir e de


aprender, em que a afetividade, as relações, a imaginação e os valores não podem
deixar de ser considerados. Na sociedade da informação aprende-se a reaprender,
a conhecer, a comunicar-nos, a ensinar, a interagir, a integrar o humano e o
tecnológico, a integrar o individual, o grupal e o social.

Enfim, as tecnologias de informação e/ou comunicação possibilitam ao individuo


ter acesso a milhares de informações e complexidades de contextos tanto
próximos como distantes de sua realidade que, num processo educativo, pode
servir como elemento de aprendizagem, como espaço de socialização, gerando
saberes e conhecimentos científicos. Portanto, a internet deve ser utilizada como
uma ferramenta de auxilio na aquisição da leitura e da escrita, ferramenta esta
que a escola e o professor devem introduzir na vida escolar do aluno, visto que
faz parte do cotidiano dos mesmos, cabe então a escola e ao professor
democratizar e orientar os alunos no uso da internet de modo a conduzi-los ao
processo de construção do conhecimento, possibilitando ao professor ser
mediador, isto é, acompanhar e sugerir atividades, ajudar a solucionar dúvidas e
estimular a busca de um novo saber.

3. I CAPÍTULO

3.1. ELEMENTOS HISTÓRICOS SOBRE A


COMUNICAÇÃO HUMANA
Desde o primeiro momento em que o homem passou a viver em sociedade surgiu
à necessidade de se comunicar uns com os outros, para expressarem seus
sentimentos e até mesmo sua cultura, por muitas vezes também se comunicavam
no intuito de alertarem para algum perigo próximo.

Acredita-se que a escrita originou a partir dos desenhos de ideogramas, em que o


desenho de uma laranja a representaria, ou o desenhos de duas pernas, poderiam
representar tanto o ato de andar como o de ficar de pé, com o processo de
evolução os símbolos acabaram por se tornarem abstratos e evoluiram de forma a
não terem nenhuma relação com os caracteres originais.
A escrita é um processo simbólico que possibilitou ao homem expandir suas
mensagens para muito além do seu próprio tempo e espaço, criando mensagens
que se manteriam inalteradas por séculos e que poderiam ser proferidas a
quilômetros de distância. O surgimento da escrita é de grande importância para a
história, pois a partir desse momento que se encontram os primeiros registros de
comunicação, no qual datam acontecimentos considerados importantes para a
época vivida, e que seriam passados não só de um individuo para outro, mas de
geração em geração.
3.1.1. AS TECNOLOGIAS DE INFORMÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICs)
Com o passar do tempo o homem evoluiu, e procurou desenvolver técnicas que
facilitasse sua vida em sociedade, e um dos pontos principais para a melhoria da
vida em grupo é a comunicação, pois é através desta que nos tornamos sujeitos
ativos e capazes, nesse processo de evolução muito se inventou e desenvolveu o
que nos levou a chegar à era da comunicação tecnológica, mas todo esse processo
passou por várias fases e invenções que acabaram se tornando de grande
importância para toda sociedade.

Ao longo do século XX, mais precisamente entre os anos de 1940 e 1970, é que
se dá o inicio de uma era de desenvolvimento da última geração de avanços
tecnológicos. Em que através da técnica de imprimir ilustrações, como desenhos
e símbolos se tornam possível transmitir informações a um determinado grupo de
indivíduos, que por sua enorme expansão se torna cada vez mais acessível a um
maior número de pessoas. Esse novo método de comunicação, a escrita em papel,
passa a alterar o modo de vida das pessoas, pois tem maior influência sobre o
modo de viver e de pensar de uma sociedade.

A partir da descoberta da técnica de imprimir, passamos por grandes invenções,


como os jornais que desde seu surgimento tem o intuito de levar ao
conhecimento do público acontecimentos importantes tanto sociais como
políticos. O primeiro jornal publicado no Brasil foi “Gazeta do Rio de Janeiro” e
data se de 10 de Setembro de 1808.

Por volta de 1860 surge um aparelho de comunicação de grande importância


também para os dias atuais, o telefone, que foi inventado pelo italiano Antonio
Meucci, este o inventou com o objetivo de comunicar se com sua esposa doente
que ficava no andar superior da casa em uma cama, no mesmo ano o italiano
tornou pública sua invenção. No Brasil o telefone foi instalado no ano de 1883 no
Rio de Janeiro.
Após o surgimento do jornal e do telefone o homem conseguiu evoluir ainda
mais com a invenção do rádio, a primeira transmissão é datada de 1900, a partir
deste momento marca se o inicio de uma forma de transmitir informações numa
velocidade maior, pois as ondas do rádio tinham um alcance às pessoas muito
superior ao do jornal, essa evolução marca o momento em que as informações
passam a cruzar grandes distâncias geográficas, culturais e até mesmo
cronológicas.

Outro passo importante na evolução dos meios de informação ocorreu em 1924,


com o surgimento da televisão, o que tornou possível unir as técnicas do jornal,
como imagens e figuras com a técnica do rádio, a fala, essa nova invenção
possibilitou ver imagens em movimento juntamente com o áudio, tornando ainda
mais atrativo as informações e notícias antes transmitidas por jornais e rádio,
conquistando não só o público adulto, mas também as crianças, que agora
associavam o som a imagem. A esse respeito o autor Sacristan afirma:

Desta maneira, os meios de comunicação de massa, e em


especial a televisão, que penetra nos mais recônditos cantos da
geografia, oferecem de modo atrativo e ao alcance da maioria
dos cidadãos uma abundante bagagem de informações nos mais
variados âmbitos da realidade. Os fragmentos aparentemente
sem conexão e assépticos de informação variada, que a criança
recebe por meio dos poderosos e atrativos meios de
comunicação, vão criando, de modo sutil e imperceptível para
ela, incipientes, mas arraigadas concepções ideológicas, que
utiliza para explicar e interpretar a realidade cotidiana e para
tomar decisões quanto a seu modo de intervir e reagir. (1996, p.
25)

Após passarmos por toda essa evolução, chegamos então ao que chamamos de
Era da Tecnologia e da Informação, pois é no ano de 1943 que inicia se a era do
computador, a princípio era uma máquina gigantesca em que o seu principal
papel era o de realizar cálculos.

Ainda na década de 1940 temos outra importante evolução tecnológica foi à


invenção do telefone celular que ocorreu em 1947, embora no Brasil só tenha
sido difundida no ano de 1990, a princípio no Rio de janeiro, seguido depois pela
cidade de Salvador. Sua principal função desde a invenção foi tornar fácil à
comunicação entre pessoas que se encontravam em lugares diferentes e distantes,
tornando assim possível a comunicação com familiares à longa distancia e
também solucionar alguns problemas sem que houvesse a necessidade de ir até o
local naquele momento.

Em se tratando de desenvolvimento, ainda em 1971 o computador passa por uma


importante transformação, na qual surge o primeiro micro computador, desde
então, o homem não teve mais limites em sua evolução, e a cada dia busca
inovar, atualmente além de computadores portáteis há também computadores de
mão, ambos não tem mais somente a função de calcular, e sim inúmeras e
variadas funções.

Junto à evolução dos computadores temos a internet, que nem sempre foi como
conhecemos hoje, ela foi desenvolvida no ano de 1969, com o objetivo de
auxiliar os militares durante o período da Guerra Fria na comunicação entre as
bases militares dos Estados Unidos da América, com o fim da guerra o sistema
de comunicação tornou se desnecessário aos militares que decidiram tornar
acessível ao público à invenção.

Foi a partir do ano de 1971 professores universitários e acadêmicos dos Estados


Unidos passaram a fazer uso dessa tecnologia para trocar mensagens e
pensamentos. E por fim em 1990 dá se a disseminação e popularização da rede
de internet, que gradativamente vem evoluindo até os dias atuais, se tornando
cada vez mais indispensável para nossa vida, pois estar conectado à rede mundial
de computadores é uma fonte de conhecimento, interatividade e principalmente
de informação e comunicação.

As tecnologias da informação ou como conhecemos atualmente as novas


tecnologias da informação e comunicação são o resultado da fusão de três
vertentes técnicas: a informática, as telecomunicações e as mídias eletrônicas.
Elas criaram no meio educacional um encantamento em relação aos conceitos de
espaço e distância, como as redes eletrônicas e o telefone celular, que nos
proporcionam ter em nossas mãos o que antes estava a quilômetros de distância.

O computador interligado a internet extrapolou todos os limites da evolução


tecnológica ocorrida até então, pois rompeu com as características tradicionais
dos meios de comunicação em massa inventados até o presente momento,
enquanto o rádio, o cinema, a imprensa e a televisão são elementos considerados
unidirecionais, ou seja, são meios de comunicação em que a mensagem faz um
único percurso, do emissor ao receptor, os sistemas de comunicação que estão
interligados à internet propiciam aos usuários que ambos, emissor e receptor
interfiram na mensagem.

Além disso, a rapidez com que a internet foi disseminada pelo mundo é enorme
diante das outras tecnologias, pois, o rádio levou 38 (trinta e oito) anos para
atingir um público de 50 (cinquenta) milhões nos Estados Unidos, o computador
levou 16 (dezesseis) anos, a televisão levou 13 (treze) anos e a internet levou
apenas 04 (quatro) anos para alcançar 50 (cinquenta) milhões de internautas.
Essas novas tecnologias transformaram a vida e o cotidiano das pessoas, tanto em
seu meio de comunicação, como em todos os campos da sociedade.

A partir de 1980 o computador passou a funcionar como extensão das atividades


cognitivas humanas que ativam o pensar, o criar e o memorizar. Segundo Pretto e
Costa Pinto (2006), essas a máquinas não estão mais apenas a serviço do homem,
mas interagindo com ele, formando um conjunto pleno de significado.

É importante frisar uma interessante observação feita por Lévy (1999), “a maior
parte dos programas computacionais desempenham um papel de tecnologia
intelectual, ou seja, eles reorganizam, de uma forma ou de outra, a visão de
mundo de seus usuários e modificam seus reflexos mentais”.

Desde que nos deparamos com a internet uma série de funções inauguradas por
este advento veio facilitar a vida das pessoas, não só a comunicação se tornou
mais ágil e fácil, como se tornou um meio facilitador das atividades realizadas no
nosso dia a dia, pois por intermédio desta tecnologia e possível fazer
praticamente tudo sem que tenhamos a necessidade de sair de casa, como por
exemplo, a efetuação de compras, tanto de alimentos, como medicamentos,
roupas, calçados, etc. Também podemos realizar transações bancárias sem ter
que ir até o banco, o que é um ato muito importante visto que perante os perigos
de assalto conseguimos realizar funções dentro de casa sem que coloquemos
nossa própria vida em risco, e mais interessante ainda é podermos realizar cursos
à distância, atualmente podemos nos qualificar para o mercado de trabalho, sem
que aja a necessidade de termos que nos deslocar até um determinado local. Tudo
isso que citamos até agora são apenas algumas das facilidades que a internet
proporcionou a vida humana, se formos pensarmos na realidade e impossível
numerar todos os dispositivos que temos ao nosso alcance graças a este advento
tecnológico.

Atualmente a tecnologia está tão evoluída que o telefone celular que antes era
usado somente para a comunicação oral, já é usado para enviar mensagens
eletrônicas, tirar fotos, filmar, gravar lembretes, jogar, ouvir músicas e até
mesmo como despertador, mas não para por aí, nos últimos anos, tem ganhado
recursos surpreendentes até então não disponíveis para aparelhos portáteis, como
GPS, videoconferências e instalação de programas variados, que vão desde ler e-
book (livro eletrônico) a usar remotamente um computador qualquer, quando
devidamente configurado.
As ferramentas digitais apresentam uma extensa lista de oportunidades, a
sociedade em geral vislumbra um período onde todos tem acesso por meio da
internet à cursos não presenciais, materiais pedagógicos virtuais, acesso a
boblioteca online, banco de dados compartilhados, interação por teleconferência,
blos e grupos de discussão, fatores esse que tornam possível a universalização do
ensino superior, que impressíndivelmente um fator de grande importância para o
desenvolvimento de qualquer nação.
As tecnologias de informação e comunicação tem desempenhado um papel
importante na comunicação coletiva, pois através dessa ferramenta a
comunicação flui sem que aja barreira. Segundo Levy (1999), novas maneiras de
pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo da informática.
Como podemos observar o avanço tecnológico se colocou presente em todos os
campos da vida social, invadindo a vida do homem no interior de sua casa, na rua
onde mora, e como na educação não poderia ser diferente, invadiu também as
salas de aulas com os alunos, possibilitando que condicionassem o pensar, o agir,
o sentir e até mesmo o raciocínio com relação as pessoas.
Em se tratando de comunicação e informação, há uma variedade de informações
que o tratamento digital proporciona, como, imagem, som, movimento,
representações manipuláveis de dados e sistemas (simulações), que por sua vez
oferecem um quadro de conteúdos que podem ser objeto de estudos. Todo esse
aparato de informação contido na rede estão a serviço da cultura segundo
Kalinke:
Os avanços tecnológicos estão sendo utilizados praticamente
por todos os ramos do conhecimento. As descobertas são
extremamente rápidas e estão a nossa disposição com uma
velocidade nunca antes imaginada. A internet, os canais de
televisão à cabo e aberta, os recursos de multimídia estão
presentes e disponíveis na sociedade. Em contrapartida, a
realidade mundial faz com que nossos alunos estejam cada vez
mais informados, atualizados, e participantes deste mundo
globalizado. (1999, p. 15)
Com toda agilidade que a internet proporciona a comunicação, esse se tornou o
meio mais utilizado e eficaz na transmissão de mensagens. Atraindo
pincipalmente os jovens que tem uma enorme necessidade de interagir entre si, e
tudo para eles tem que ser e acontecer de forma rápida, em casa ou em outro
local, crianças, jovens e adultos tem utilizado a internet diariamente para se
comunicar com amigos e familiares, além de realizarem muitas outras ações.
Esse crescente acesso de pessoas à rede mundial de computadores e o surgimento
de vários gêneros digitais tem possibilitado a criação de uma maneira diferente
de lidar até mesmo com a escrita e suas normas gráficas. Visto que as novas
gerações tem pleno acesso á internet não só em casa ou na escola, mas também
devido às Lans houses (rede locais onde há vários computadores conectados) que
permitem a interação de dezenas de pessoas pelo baixo custo do serviço e uso dos
equipamentos. Tal fato possibilita que todas as classes possam ter acesso a este
meio de informação e comunicação.
A internet veio inaugurar uma forma de comunicação e de uso da linguagem
através do surgimento dos gêneros digitais, nome dado às novas modalidades de
gêneros discursivos surgidos com o advento da internet, os quais possibilitam a
comunicação entre duas ou mais pessoas mediadas pelo computador. As línguas
estão em constante transformação e, principalmente pelo fato de o homem estar
exposto a inúmeros meios eletrônicos, é que seu modo de viver vem sofrendo
diversas transformações, entre elas citamos o uso do internetês, que é uma nova
modalidade de expressão e linguagem que faz uso de abreviaturas,
estrangeirismos, neologismos, siglas, desenhos, ícones, gírias, símbolos, tudo
com o objetivo de transmitir as emoções de quem fala. Deparamos-nos com uma
nova forma de comunicação: a rede ou internet, que associou o desenvolvimento
e o conhecimento tecnológico ás diferentes linguagens.

O frequente contato com as diversas formas de textos em múltiplas semioses tem


possibilitado que os próprios usuários inovem no uso da linguagem, testando
novas formas de transcrever e apresentar a língua oral no meio virtual,
dissolvendo as fronteiras que há entre a linguagem escrita e a oral. Embora para
muitas pessoas a linguagem esteja sofrendo “deformações” nestes campos,
podemos dizer que a palavra escrita nunca foi tão utilizada. O fato de a internet
estar levando as pessoas a lerem e a usarem mais a escrita tem desenvolvido nos
internautas uma habilidade no manuseio e na criação de formas específicas de
lidar com a língua. Comparado com as gerações passadas, o advento da internet
tem possibilitado aos adolescentes o contato com os mais variados gêneros
discursivos e manifestações de linguagem, visto que são mais de cinco milhões
de usuários brasileiros navegando, em alta velocidade, durante vinte quatro horas
por dia. A esse respeito Lévy (1993) ressalta:

As ‘chamadas tecnologias da inteligência’, construções


internalizadas nos espaços da memória das pessoas e que
foram criadas pelos homens para avançar no conhecimento
e aprender mais, vem ressaltando a linguagem oral, a
escrita e a linguagem digital (dos computadores são
exemplos paradigmáticos desse tipo de tecnologia.
( CAMPOS, 2006, p.35)

Além disso, a internet oferece livros na rede, downloads de músicas, permite


baixar obras clássicas de literatura e a troca ‘de experiências entre as pessoas,
independente da distância em que se encontram. Essa interação proporciona o
aprendizado e o desenvolvimento cultural, social e cognitivo. É a comunicação
entre os homens que lhes permitem tornar cidadãos, pois através das várias
formas de linguagem o homem consegue se organizar na sociedade.

Pierre Lévy (1999), em sua obra Cibercultura, afirma que a rede de computadores
é um universo que permite as pessoas conectadas construir e partilhar
inteligência coletiva sem submeter-se a qualquer tipo de restrição político-
ideológico, ou seja, a internet é um agente humanizador porque democratiza a
informação e humanitário porque permite a valorização das competências
individuais e a defesa dos interesses das minorias.

Navegar na internet como ferramenta de ensino pode ser um processo de busca


de informações que dependendo da situação pode transformar-se em
conhecimento, gerando um ambiente interativo de aprendizagem ou pode ser um
inútil coletor de dados sem a menor relevância que não proporciona nenhuma
contribuição ao aluno.

Diante dessa realidade, surgem os desafios da escola, na tentativa de responder


como ela poderá contribuir para que crianças, jovens e adultos tornem se usuários
criativos e críticos dessas ferramentas, evitando que se tornem meros
consumidores compulsivos ou até mesmos depositórios de dados, que não fazem
sentido algum. Para tanto seria preciso estudar, aprender e depois ensinar a
história, a criação, a utilização e a avaliação dos equipamentos tecnológicos,
analisando de forma minuciosa como estas estão presentes na sociedade e qual o
impacto e implicações causados pelas mesmas na sociedade.

Como podemos observar a inserção das TICs na escola implica em muitos


desafios, primeiro porque temos aqueles que acreditam que basta utilizarem as
tecnologias que já temos para efetuar um bom papel na educação, segundo
desafio e muito mais árduo é o fato de que temos que aprender a lidar com as
novas tecnologias e esse processo não se detém de nenhuma receita, até mesmo
porque interfere diretamente na política de gestão escolar e em seus currículos, o
que desafia a escola a pensar e discutir o uso das TICs de forma coletiva, visto
que seu principal objetivo é o de melhorar, promover e dinamizar a qualidade de
ensino para que ocorra sempre de forma democrática.

Ao contrário do que grande parte da sociedade pensa, os recursos tecnológicos


não foram implantados nas escolas para facilitar o trabalho dos educadores, mas
para que o educando aprendesse a partir da realidade do mundo e principalmente
para que esse indivíduo consiga então agir sobre essa realidade, transformando-a
e assim transformando a si próprio. Todo e qualquer conhecimento implica uma
série de ações, e todo indivíduo deve agir sobre o objeto do conhecimento para
que se torne possível reconstruí-lo e até mesmo ressignificá-lo.

É importante frisarmos que desde a década de 1950, teóricos já chamavam


atenção para o fato de que os meios de informação e comunicação constituíam
uma escola onde seus indivíduos estariam encantados e atraídos em conhecer
conteúdos diferentes da escola convencional, inicia-se nesse momento a análise
do efeito da tecnologia sobre a sociedade e a educação, pensando nesses
impactos Friedmann e Pocher (1977) aponta que as tecnologias são mais do que
meras ferramentas a serviço do ser humano, elas modificam o próprio ser,
interferindo seu modo de perceber o mundo, de se expressar sobre ele e de
transformá-lo. O que se prima é que o uso das TICs em sala de aula faça desse
local um ambiente articulador de inovações e totalmente democrático, onde
professor e aluno promovam ações políticas participativas e inclusivas,
transformando o ensino-aprendizagem de forma a suprir a necessidades de todos
os envolvidos a partir da interatividade.

A passagem de uma sociedade fechada para uma sociedade aberta impõe aos
profissionais da educação desafios, uma tomada de atitude e de coragem, pois
trata de um tempo em que a sociedade exige dos cidadãos atitudes criticas,
tomadas de decisões, reflexões sobre o seu próprio fazer. As mudanças
acontecem a todo o momento e não nenhum tipo de preocupação se os
profissionais da educação querem ou não essas mudanças, ninguém vai
questionar qual é a vontade desses profissionais. A opção é mudar ou ficar
parado no tempo vendo o “bonde” passar. Assim Freire (1979) enfatiza:

[...] a transição se torna então um tempo de opções.


Nutrindo-se de mudanças, a transição é mais que
mudanças. Implica realmente na marcha que faz a
sociedade na procura de novos temas, de novas tarefas ou,
mais precisamente, de sua objetivação. As mudanças se
reproduzem numa mesma unidade de tempo, sem afetá-la
profundamente. É que se verificam dentro do jogo normal,
resultante da própria busca de plenitude que fazem esses
temas. (p. 65)

Afinal é extremamente importante à interação do sujeito com as pessoas e com o


meio, desde o momento de nosso nascimento passamos a interagir com o meio e
com as pessoas, sendo esta uma relação de aprendizado. A partir do
conhecimento compartilhado e interativo temos a promoção do novo, isto é,
precisamos transformar concepções teóricas e metodológicas de modo que estas
acompanhem toda a evolução tecnológica e cientifica que ocorre e que
possivelmente ocorrerá no decorrer dos próximos anos. Uma mudança
acompanhada de ações inovadoras rompe as barreiras impostas pelo
conhecimento já estabelecido e fragmentado, a esse respeito Leite ressalta:

Em muitas inovações que vemos hoje implantadas pelos


gestores do sistema de educação, as lógicas privilegiadas
envolvem o curto prazo e a massificação, a classificação, a
comparação e até mesmo a competição, o individualismo e
o disciplinamento. Essas lógicas são reguladoras e se
sustentam em um sistema regulador. Como dizem
Forrestier e Lipovetzki, são lógicas do momento do
capitalismo desordenado, de final de século, que
contribuem para construir as subjetividades consumistas e
midiáticas da “cultura do efêmero” e do “horror
econômico”. A educação acrescenta, então, sua parcela de
regulação social aos sistemas. Parcela essa reproduzida dos
paradigmas da regulação econômica, que, em última
análise, serve a exclusão social e, portanto, não serve a
educação (2000, p.56).

As verdadeiras inovações devem possuir características importantes que levem os


gestores dos sistemas educacionais a pensarem e planejarem estratégias que dure
um longo prazo, a fuga da rotina e da massificação de respostas prontas, fazer
com que alunos não sejam mais passivos de seguir modelos, que se tornem
indivíduos atuantes, participativos e interativos, sobretudo críticos, somente
assim será capaz de formar cidadãos capazes de agir em uma sociedade de forma
a mudar e transformar aquilo que está imposto ao ser humano. E para que a
escola se torne um lugar capaz de formar cidadãos com estas características
atuantes, é preciso antes de tudo que o professor se torne um educador
intelectual, curioso, entusiasmado com as possibilidades do ensinar e do
aprender, aberto a ouvir e aceitar a opinião do outro e também capaz de motivar e
dialogar. De acordo com Valente (1999, p. 41):

[...] A implantação de novas ideias depende,


fundamentalmente, das ações do professor e dos alunos.
Porém essas ações, para serem efetivas, devem ser
acompanhadas de uma maior autonomia para tomar
decisões, alterar o currículo, desenvolver propostas de
trabalho em equipe e usar novas tecnologias de informação
[...].

Mudar não é uma tarefa fácil, pois envolve decisão, ousadia e, sobretudo
coragem, não ter medo de construir novas metodologias de ensino e fazer uso
assim das TICs. Trabalhar de forma que o fio condutor da educação seja a
aprendizagem do aluno, e que este possa ser o protagonista de sua construção, em
que o professor se torne seu guia e mediador no processo do conhecimento,
ensinar não implica em repassar conhecimento, mas um ato que deve ser regido
pela curiosidade e vontade de aprender.

4. II CAPÍTULO
4.1. A ESCOLA E AS TECNOLOGIAS DE
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICS)
As reflexões em torno do assunto tecnologia e educação tomou conta da
sociedade há várias décadas, na realidade desde que se notou sua influência na
formação do sujeito contemporâneo, e da necessidade de explorar o assunto
diante do rápido desenvolvimento nos meios de informação e comunicação. O
mundo atual esta passando por inúmeras e cada vez mais aceleradas
transformações em torno de todos os campos da sociedade, desde o princípio da
civilização o homem esta sempre em busca de adaptações, mudanças, novos
conhecimentos, aliás, fato este implícito em sua constante busca do saber e
aprender.

A preocupação com o impacto que as mudanças


tecnológicas podem causar no processo de ensino-
aprendizagem impõe a área da educação a tomada de
posição entre tentar compreender as transformações do
mundo, produzir o conhecimento pedagógico sobre ele
auxiliar o homem a ser sujeito da tecnologia, ou
simplesmente dar as costas para a atual realidade da nossa
sociedade baseada na informação. (SAMPAIO e LEITE,
2000, op cit SANTOS, 2012, p. 9)

Desde a década de 1940, quando se deu inicio as grandes transformações


tecnológicas a sociedade atribuiu a escola e as instituições de ensino a
responsabilidade de formação da personalidade do individuo, tendo em vista a
transmissão cultural do conhecimento acumulado historicamente. No que se
referem à escola as tecnologias sempre estiveram presentes na educação formal,
o que faz necessário é o fato de que as instituições de ensino tem o papel de
formar cidadãos críticos e criativos em relação ao uso dessas tecnologias. Para
tanto é preciso que as mesmas abandonem a prática instrumental das tecnologias,
e faça avaliações sobre o trabalho com a inserção das novas tecnologias
educativas, visto que:

Dessa forma, temos de avaliar o papel das novas


tecnologias aplicadas à educação e pensar que educar
utilizando as TICs (e principalmente a internet) é um
grande desafio que, até o momento, ainda tem sido
encarado de forma superficial, apenas com adaptações e
mudanças não muito significativas.
Sociedade da informação, era da informação, sociedade do
conhecimento, era do conhecimento, era digital, sociedade
da comunicação e muitos outros termos são utilizados para
designar a sociedade atual. Percebe-se que todos esses
termos estão querendo traduzir as características mais
representativas e de comunicação nas relações sociais,
culturais e econômicas de nossa época (SANTOS, 2012, p.
2).
A internet atinge cada vez mais o sistema educacional, a escola, enquanto
instituição social é convocada a atender de modo satisfatório as exigências da
modernidade, seu papel é propiciar esses conhecimentos e habilidades
necessários ao educando para que ele exerça integralmente a sua cidadania,
construindo assim uma relação do homem com a natureza, é o esforço humano
em criar instrumentos que superem as dificuldades das barreiras naturais. As
redes são utilizadas para romper as barreiras impostas pelas paredes das escolas,
tornando possível ao professor e ao aluno conhecer e lidar com um mundo
diferente a partir de culturas e realidades ainda desconhecidas, a partir de trocas
de experiências e de trabalhos colaborativos.

Em uma sociedade com desigualdade social como a que vivemos, a escola


pública em alguns casos torna-se a única fonte de acesso às informações e aos
recursos tecnológicos, das crianças de famílias da classe trabalhadora baixa. A
esse respeito Pretto (1999, 104) vem afirmar que “em sociedades com
desigualdades sociais como a brasileira, a escola deve passar a ter, também, a
função de facilitar o acesso das comunidades carentes às novas tecnologias”.

O uso da informática na educação implica em novas formas de comunicar, de


pensar, ensinar/aprender, ajuda aqueles que estão com a aprendizagem muito
aquém da esperada. A informática na escola não deve ser concebida ou se
resumir a disciplina do currículo, e sim deve ser vista e utilizada como um
recurso para auxiliar o professor na integração dos conteúdos curriculares, sua
finalidade não se encerra nas técnicas de digitações e em conceitos básico de
funcionamento do computador, a tudo um leque de oportunidades que deve ser
explorado por aluno e professores. Valente (1999) ressalta duas possibilidades
para se fazer uso do computador, a primeira é de que o professor deve fazer uso
deste para instruir os alunos e a segunda possibilidade é que o professor deve
criar condições para que os alunos descreva seus pensamentos, reconstrua-os e
materialize-os por meio de novas linguagens, nesse processo o educando é
desafiado a transformar as informações em conhecimentos práticos para a vida.
Pois como diz Valente:

[...] a implantação da informática como auxiliar do


processo de construção do conhecimento implica mudanças
na escola que vão além da formação do professor. É
necessário que todos os segmentos da escola – alunos,
professores, administradores e comunidades de pais –
estejam preparados e suportem as mudanças educacionais
necessárias para a formação de um novo profissional.
Nesse sentido, a informática é um dos elementos que
deverão fazer parte da mudança, porém essa mudança é
mais profunda do que simplesmente montar laboratórios de
computadores na escola e formar professores para
utilização dos mesmos. (1999, p. 4)

Implantar laboratórios de informática nas escolas não é suficiente para a


educação no Brasil de um salto na qualidade, é necessário que todos os membros
do ambiente escolar inclusive os pais tenham seu papel redesenhado.

Atualmente o mundo dispõe de muitas inovações tecnológicas para se utilizar em


sala de aula, o que condiz com uma sociedade pautada na informação e no
conhecimento, pois através desses meios temos a possibilidade virtual de ter
acesso a todo tipo de informação independente do lugar em que nos encontramos
e do momento, esse desenvolvimento tecnológico trouxe enormes benefícios em
termos de avanço científico, educacional, comunicação, lazer, processamento de
dados e conhecimento. Usar tecnologia implica no aumento da atividade humana
em todas as esferas, principalmente na produtiva, pois, “a tecnologia revela o
modo de proceder do homem para com a natureza, o processo imediato de
produção de sua vida social e as concepções mentais que delas decorrem” (Marx,
1988, 425).

Com toda essa disponibilidades é preciso formar cidadãos capazes de selecionar


o que há de essencial nos milhões de informações contidas na rede, de forma a
enriquecer o conhecimento e as habilidades humanas. Pois segundo Marchessou
(1997):

[...] excesso nas mídias, onde as performances tecnológicas


e o consumo de informação submergem, “anestesiam” a
capacidade de análise dessa informação e de reflexão tanto
individual quanto social. Saturação e superabundância
ameaçam o navegador da internet que, como certas
pesquisas mostram, não tira partido das riquezas de
informação pertinente, não estando formado para ir
diretamente ao essencial. (1997, p. 15)

Antes de introduzir as novas mídias interativas nas aulas expositivas é preciso


entender suas funcionalidades e as consequências de seu uso nas relações sociais,
pois somente a partir desse momento é possível utilizá-las de forma a transformar
as aulas em eventos de discussão onde ocorra de maneira efetiva à participação
de todos os indivíduos, bem como professores, alunos e pesquisadores,
propiciando assim a comunicação que só é possível a partir do momento que
todas as partes se envolvem.

Para que os recursos tecnológicos façam parte da vida escolar é preciso que
alunos e professores o utilizem de forma correta, e um componente fundamental
é a formação e atualização de professores, de forma que a tecnologia seja de fato
incorporada no currículo escolar, e não vista apenas como um acessório ou
aparato marginal. É preciso pensar como incorporá-la no dia a dia da educação de
maneira definitiva. Depois, é preciso levar em conta a construção de conteúdos
inovadores, que usem todo o potencial dessas tecnologias.

A incorporação das TICs deve ajudar gestores, professores, alunos, pais e


funcionários a transformar a escola em um lugar democrático e promotor de
ações educativas que ultrapassem os limites da sala de aula, instigando o
educando a enxergar o mundo muito além dos muros da escola, respeitando
sempre os pensamentos e ideais do outro. O professor deve ser capaz de
reconhecer os diferentes modos de pensar e as curiosidades do aluno sem que aja
a imposição do seu ponto de vista, pois com lembra Freire:

Não haveria exercício ético-democrático, nem sequer se


poderia falar em respeito do educador ao pensamento
diferente do educando se a educação fosse neutra – vale
dizer, se não houvesse ideologias, política, classes sociais.
Falaríamos apenas de equívocos, de erros, de inadequações,
de “obstáculos epistemológicos” no processo de
conhecimento, que envolve ensinar e aprender. A dimensão
ética se restringiria apenas à competência do educador ou
da educadora, à sua formação, ao cumprimento de seus
deveres docentes, que se estenderia ao respeito à pessoa
humana dos educandos. (2001, p. 38-39)

As escolas são locais onde ocorre a emancipação do estudante, desde cedo já se


molda cidadãos conscientes de suas responsabilidades socioambientais, formar-se
indivíduos empreendedores do conhecimento e lapidam-se vocações. Portanto a
necessidade de que os ambientes educativos se tornem lugares onde crianças e
jovens tenham habilidades de interferir no conhecimento estabelecido,
desenvolver novas soluções e aplicá-las de forma responsável para o bem estar da
sociedade. Como Piaget (2002) enunciou: “A principal meta da educação é criar
homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que
outras gerações já fizeram”.

Podemos considerar que a educação ao longo da vida será o único meio de evitar
a desqualificação profissional e de atender às exigências do mercado de trabalho
da sociedade tecnológica. Assim segundo BELLONI (1999) op cit CAPELLO
(2011), faz-se necessário uma flexibilização forte de recursos, tempos, espaços e
tecnologias, que abrigam à inovação constante, por meio de questionamentos e
novas experiências.

Nesse processo colaborativo de interatividade, o educador deve assumir um novo


papel no processo educacional, deixar de lado a postura de provedor de
conhecimento e atuar como mediador, até mesmo porque diante dos rápidos
avanços em sua área, somente um profissional pleno e capaz de se ajustar aos
avanços tecnológicos sobreviverá nesse mercado. É fundamental que o professor
se torne mediador e principalmente orientador na aprendizagem mediada pelas
novas tecnologias, pois é seu papel criar novas possibilidades para ensinar e
aprender. Segundo Moran (2000) o papel do professor é dividido em:

Orientador/mediador intelectual – informa, ajuda a


escolher as informações mais importantes, trabalha para
que elas sejam significativas para os alunos, permitindo que
eles a compreendam, avaliem – conceitual e eticamente -,
reelaborem-nas e adaptem-nas aos seus contextos pessoais.
Ajuda a ampliar o grau de o grau de compreensão de tudo,
a integrá-lo em novas sínteses provisórias.
Orientador/mediador emocional – motiva, incentiva,
incentiva, estimula, organiza os limites, com equilíbrio,
credibilidade, autenticidade e empatia.
Orientador/mediador gerencial e comunicacional
– organiza grupos, atividades de pesquisa, ritmos,
interações. Organiza o processo de avaliação. É a ponte
principal entre a instituição, os alunos e os demais grupos
envolvidos (comunidade). Organiza o equilíbrio entre o
planejamento e a criatividade. O professor atual como
orientador comunicacional e tecnológico; ajuda a
desenvolver todas as formas de expressão, interação, de
sinergia, de troca de linguagens, conteúdos e tecnologias.
Orientador ético – ensina a assumir e vivenciar valores
construtivos, individual e socialmente, cada um dos
professores colabora com um pequeno espaço, uma pedra
na construção dinâmica do “mosaico” sensorial-intelectual-
emocional-ético de cada aluno. Esse vai valorizando
continuamente seu quadro referencial de valores, ideias,
atitudes, tendo por base alguns eixos fundamentais comuns
como a liberdade, a cooperação, a integração pessoal. Um
bom educador faz a diferença. [grifos do autor] (p. 30-31)
A educação não pode mais viver sob o modelo antigo, sob o risco de virar virtual
e invisível para a sociedade, às novas tecnologias devem ser exploradas para
servir como meios de construção do conhecimento, e não somente para a sua
difusão. Nos últimos anos a presença dos alunos em sala de aula diminuiu
consideravelmente, sem falar nas universidades onde alunos viraram atores
virtuais, invisíveis para a estrutura acadêmica, eles tem buscado na internet as
fontes de conteúdos programáticos das disciplinas, ignoram a oportunidade de
debates e reflexões em sala de aula.

Diferente de anos atrás, hoje os alunos tem acesso muito mais rápido e fácil às
informações, esse fator tornou as aulas expositivas desinteressantes e assim sua
presença se tornou limitada, aos eventos protocolares como: exames e atividades
extraclasses. O horizonte de uma criança, de um jovem, hoje em dia, ultrapassa
claramente o limite físico da sua escola, da sua cidade ou de seu país, quer se
trate do horizonte cultural, social, pessoal ou profissional. Diante disso é
importante lembrarmos que os professores não nasceram digitalizados, enquanto
seus alunos, sim.

Segundo Xavier (2005), as novas gerações tem adquirido o letramento digital


antes mesmo de ter se apropriado completamente do letramento alfabético
ensinado na escola. Esta intensa utilização do computador para a interação entre
pessoas a distancia, tem possibilitado que crianças e jovens se aperfeiçoem em
práticas de leitura e escrita diferentes das formas tradicionais de letramentos e
alfabetizações. Essas inúmeras modificações nas formas e possibilidades de
utilização da linguagem em geral são reflexos incontestáveis das mudanças
tecnológicas que vem ocorrendo no mundo desde que os equipamentos
informáticos e as novas tecnologias de comunicação começaram a fazer parte
intensamente do cotidiano das pessoas.

A aprendizagem intermediada pelo o computador gera profundas mudanças no


processo de produção do conhecimento, se antes as únicas vias eram de sala de
aula, o professor e os livros didáticos, hoje é permitido ao aluno navegar por
diferentes espaços de informação, que também nos possibilita enviar, receber e
armazenar informações virtualmente.
O trabalho educacional a partir da informática tem papel fundamental na prática
pedagógica das escolas, pois possibilita a transição de um sistema de ensino
fragmentado para uma abordagem de conteúdos integrados. Sendo possível
também o processo de criação, busca, interesse e motivação, através de
atividades que exigem planejamento, tentativas, hipóteses, classificações e
motivações, impulsionando a aprendizagem por meio da exploração que estimula
a experiência. Segundo Oliveira (2000), os trabalhos pedagógicos podem ser
coerentes com a visão de conhecimento que integre o sujeito e objetivo, assim
como aprendizagem e ensino. Nessa perspectiva, as tecnologias tornam-se
ferramentas poderosas, capazes de ampliar as chances de aprendizagem do aluno.

O computador e os demais aparatos tecnológicos são vistos como bens


necessários dentro dos lares e saber operá-los constitui-se em condição de
empregabilidade e domínio da cultura, é impossível fechar-se a esses
acontecimentos.

Quem de nós não se lembra dos ditados de palavras e das regras gramaticais
decoradas sem que soubéssemos qual seria a situação em que um dia poderíamos
usa-las? Sem esquecermos também, das variadas datas comemorativas, fórmulas
de matemáticas, química e física, ossos e órgãos do corpo humano e acidentes
geográficos, todas as atividades decorativas que fazíamos sem entender qual seria
o significado aquilo poderia ter para nossa vida, muitas vezes ouvíamos de
nossos professores que um dia precisaríamos daquele conhecimento. Mas como
incorporá-los se naquele momento eles não faziam sentido a nós, pareciam
apenas regras a serem decoradas para resolução de exercícios e de avaliações.

Com grande frequência temos ouvido professores reclamarem que seus alunos
não sabem escrever, e da parte dos alunos ouvimos, que a escola os leva a
escrever sobre coisas que não tem significado algum para a sua realidade.

Notemos que atualmente não se trata mais apenas de fazer redações escolares
com começo, meio e fim. Com a era digital, as crianças estão se tornando
especialistas em lidar com o hipertexto, o sistema informação que inclui textos,
fotos, áudio e vídeo, com infinitas possibilidades de navegação. No que se refere
o hipertexto é preciso que o internauta desenvolva habilidades de avaliar
criticamente as informações encontradas e saiba identificar quais são as fontes
mais confiáveis entre as inúmeras apresentadas. Por essa razão é importante que
o professor tenha conhecimento sobre o hipertexto e a linguagem utilizada na
internet, para poder assim melhor orientar seus alunos.

Ferreiro (2000) afirma que o laboratório de computação na escola possibilita aos


jovens o ato de escrever e publicar. Muitas vezes a escrita na escola pode se
tornar algo maçante, visto que na maioria das vezes o único a ler e ter contato
com os textos escritos pelos alunos é o professor. O fato de se escrever apenas
por encomenda na escola, onde o professor solicita aos alunos a produção de uma
redação, este a faz e aquele corrige isto é algo que se torna para o aluno muito
sofrido, afinal escrever para quê? Ou melhor, para quem? Notemos que falta ao
aluno motivação para fazer um bom texto, fazer só porque o professor solicitou
torna a atividade desagradável e descontextualizada.

A integração da tecnologia de informação e comunicação na escola favorece em


muito a aprendizagem do aluno e a aproximação de professores e alunos, pois
através deste meio tecnológico ambos tem a possibilidade de construírem
conhecimento através da escrita, reescrita, troca de ideias e experiências, o
computador se tornou um grande aliado na busca do conhecimento, pois se trata
de uma ferramenta que auxilia na resolução de problemas e até mesmo no
desenvolvimento de projetos. As TICs têm como característica o fazer e o
refazer, transformando o erro em algo que pode ser refeito e reformulado
instantaneamente para produzir novos saberes, cada individuo que explora as
tecnologias de informação e comunicação se torna um emissor e receptor de
informações, mais especificamente leitor, escritor e comunicador, esse
emaranhado de possibilidade ocorre graças ao poder persuasivo das informações
contidas nas TICs que envolve o sujeito incitando-o à leitura e à expressão
através da escrita textual e hipertextual.

A internet proporciona ao professor compreender a importância de ser parceiro


de seus alunos, navegar junto com os alunos apontando possibilidades de
percorrer novos caminhos sem a preocupação de ter experimentado passar por
eles algum dia, provocando assim a descoberta de novos significados, permitindo
aos alunos resolverem problemas ou desenvolverem projetos que tenham sentido
para a sua aprendizagem, é nesse processo que a educação resultaria em um
exercício ético-democrático:

Não haveria exercício ético-democrático, nem sequer se


poderia falar em respeito do educador ao pensamento
diferente do educando se a educação fosse neutra – vale
dizer, se não houvesse ideologias, política, classe sociais.
Falaríamos apenas de equívocos, de erros, de inadequações,
de “obstáculos epistemológicos” no processo de
conhecimento, que envolve ensinar e aprender. A dimensão
ética se restringiria apenas à competência do educador ou
da educadora, á sua formação, ao cumprimento de seus
deveres docentes, que se estenderia ao respeito à pessoa
humana dos educandos. (FREIRE, 2001ª, p. 38-39)

O processo de incorporação das tecnologias nas ações docentes guia professores


e alunos para uma educação libertadora e humanista, na qual homens e mulheres
imergem na construção do conhecimento, se tornando sujeitos da condução de
sua própria aprendizagem, ou seja, um sujeito participativo e responsável pela
sua própria construção, deixando de lado o sujeito passivo para se tornar
autônomos e cidadãos democráticos do saber, a esse respeito Freire enfatiza que:

A educação é uma resposta da finitude da infinitude. A


educação é possível para o homem, portanto esse é
inacabado. Isso leva a sua perfeição. A educação, portanto,
implica uma busca realizada por um sujeito que é o
homem. O homem deve ser sujeito de sua própria
educação. não pode ser objeto dela. Por isso, ninguém
educa ninguém. (FREIRE, 1979, p. 27-28)

Uma educação comprometida é aquela que propicia aos seus indivíduos o


desenvolvimento e autoformação, disponibiliza e oportuniza aos seus indivíduos
o papel de construção de sua própria história, de sua autonomia de negociar e
tomar decisões em defesa de seus direitos e de sua coletividade, pois é a partir da
autonomia que o individuo conquista e exerce sua plena cidadania. É importante
frisarmos aqui que a autonomia não é algo que se transmite ao aluno, mas que se
constrói e conquista conforme sua vivencia, cada homem constrói sua autonomia
de acordo com as varias decisões tomadas ao decorrer de seu dia e de sua vida.
Freire defende que: “o respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um
imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros”
(1996, p. 66). A autonomia ajuda o homem a se tornar um cidadão crítico,
libertar-se do comodismo, da passividade, da omissão e da indecisão.

As TICs também tem papel fundamental no desenvolvimento de projetos, pois


permite o registro desse processo construtivo, funciona como um recurso que irá
diagnosticar o nível de desenvolvimento dos alunos, suas dificuldades e
capacidades, favorecendo também a identificação e a correção dos erros e a
constante reelaboração, sem perder aquilo que já foi criado.

Uma inovação é como ver algo novo nas coisas às vezes conhecidas, deve-se
pensar em ações que promovam novos papéis para a escola, ações em que a
utilização das TICs no contexto educacional estabeleça uma rede dialógica de
interação com o intuito de promover a ruptura do distanciamento entre sujeito-
sociedade.

O computador ligado à internet propicia ao professor atuar de forma diferente em


sala de aula, é possível instigar os alunos a desenvolver pesquisas, investigações,
críticas, reflexões, aprimorar e transformar ideias e experiências, não é preciso
que professores se tornem donos da verdade e do conhecimento, mas sim
parceiros de seus alunos, andando juntos em busca de um mesmo propósito o
conhecimento e a aprendizagem. Essa atuação leva os profissionais da educação
a se desprender do livro didático, que deixa de ser o guia da prática do professor
e passa a ser mais uma, entre outras, fontes de informação e de desenvolvimento
do trabalho.

No momento atual em que a sociedade vive é imprescindível que a educação


caminhe no sentido do conhecimento compartilhado, com liberdade para se
expressar e se comunicar.

O professor que caminha de forma a tentar conhecer o aluno e entendê-lo em sua


realidade, é um profissional que podemos considerar ativo, crítico empenhado no
seu papel de ensinar, pois a partir do momento que se sente desafiado pelo aluno,
este vive uma busca constante do aprendizado ao ensino.

Atualmente o professor não é um mero propagador de conhecimento, mas sim


ambos (aluno e professor) são parceiros do ensino-aprendizagem, o professor tem
o papel de planejar a aula de acordo com a necessidade de seus alunos e estes
também tem seu papel que é contribuir com aquilo que deseja aprender, como
por exemplo, o tema a ser abordado, no qual se leva em conta dúvidas,
curiosidades, indagações, conhecimentos prévios, valores, descobertas,
interesses. O professor é desafiado a conhecer seu aluno, não é mais apenas
aprendiz de conteúdo, mas de individuo, para que possa respeitar os diferentes
estilos e ritmos de aprendizagem, temos uma situação que não é mais o professor
o único a planejar as aulas para os alunos executar, e sim ambos trabalham em
busca de aprendizagem, cada atuando segundo o seu papel e nível de
desenvolvimento.

Notemos que é a partir do respeito e da confiança que aluno e professor


caminharão para uma escola nova e avançada, onde há preocupação com aquilo
que se é proposto para o aluno ler, pois é através de uma leitura prazerosa que
acontece o despertar para outras leituras e para uma escrita criativa. Assuntos
interessantes levam a questionamentos, a participações efetivas, espírito
cooperativo e solidário em ambiente escolar.

A mudança na escola começa a partir de uma mudança pessoal e profissional,


capaz de levantar uma escola que incentive a imaginação, a leitura prazerosa, a
escrita criativa, favoreça a iniciativa, a espontaneidade, o questionamento, que se
torne um ambiente onde promova e vivencie a cooperação, o dialogo, a partilha e
a solidariedade.

Enfim para que todo esse leque de oportunidades aconteça, seja vivenciado é
preciso que professor e aluno andem juntos, trabalhem num mesmo ritmo de
cooperatividade, principalmente falem a mesma língua que é a da era da
informação, pois somente trabalhando os interesses da juventude será possível
um aprendizado de forma gratificante e com resultados positivos para ambos os
envolvidos no ensino-aprendizagem.
4.2. O USO DA INTERNET: UMA METODOLOGIA
DINÂMICA DE ENSINO
Segundo o autor José Manuel Mouran (1997), a internet é entre tantos mais um
rico recurso para uma metodologia dinâmica de ensino, quando bem explorada
nos proporciona uma vasta quantidade de ferramentas que podem enriquecer o
processo de ensino aprendizagem, entre tantos artifícios, selecionamos os
seguintes recursos: o alto poder de divulgação, pesquisa, comunicação,
exploração, informação, educativos.

O ato de divulgar pode ser ou não institucional, objetivos de trabalho que a


escola possui, ou divulgação específica da biblioteca, dos educadores e
educandos ou até mesmo por grupos que podem divulgar seus trabalhos, ideias e
projetos. Cabe aqui ressaltar que os alunos tem muito mais prazer em escrever
quando sabe que outras pessoas terão acesso ao seu texto, assim é preciso em
conversar selecionar assuntos que são de interesse dos educandos para que esses
possam produzir texto de opinião que por fim serão publicados na rede social.

As pesquisas podem ser realizadas durante as aulas ou na biblioteca, salas de


laboratórios, como sendo atividade livre ou opcional, individual ou em grupo.
Vale lembrar que o professor nesse momento deve estar atento para orientar os
alunos nas escolhas das informações, ambos trabalhando em conjunto para a
escolha de conteúdos significativos, que ampliem o grau de compreensão e
conhecimento do educando, e que estes se tornem capazes de avaliar e reelaborar
suas próprias escolhas.

A comunicação, bem como o correio eletrônico, Web, lista de grupos de


discussão são outras formas metodológicas que podem ser utilizadas pelos
educadores. Estas novas práticas beneficiam a facilidade para trocas de
informação por grupos a fins, o professor deve ser capaz de ajudar seus alunos a
criarem seu próprio endereço eletrônico e fazer uso deste para armazenar
informações e troca-las com outros grupos, o que torna possível também as
trocas de experiências, culturas, informações e ideias, este é um meio bastante
eficaz na integração do individuo a sociedade, pois proporciona que este interage
em grupo, tornando-o um individuo cooperativo, criativo, critico e responsável,
pois ele de forma consciente faz suas próprias escolhas e toma suas decisões.
A internet é uma excelente fonte Informativa como instrumento para a vida
escolar e acadêmica é a maior potencialidade das tecnologias. Porém não se pode
limitar apenas como receptor de informações, mas sim, como um distribuidor
através da lista de discussão, WWW.
Mouran (1997) contribui em muito com nosso trabalho ao relatar algumas
metodologias que desenvolveu em instituições públicas de ensino. O primeiro
passo foi introduzir a internet para que os educandos conhecessem e aprendessem
a lidar com esta, logo após cadastrou os alunos para que tivessem um email
pessoal, assim poderiam pesquisar e guardar suas pesquisas, endereços e artigos.
Essa atividade de integração do individuo com o meio tecnológico para que esse
fizesse uso dessa ferramenta em benefício a sua aprendizagem, motivou os
alunos nas aulas, contribuiu no desenvolvimento da instituição, na flexibilidade
mental, adaptação a ritmos diferentes, desenvolvimento de novas formas de
comunicação, aumento do interesse pelo estudo de línguas, ampliação das
conexões linguísticas, geográficas e interpessoais. Podemos observar que o
simples ato de introduzir a internet a sua prática cotidiana, permitiu ao educando
lidar com novos desafios e estimular a prática de trabalho cooperativo.

Um processo de ensino também muito interessante se quando realizado de forma


satisfatória e compromissado é o ato de ensinar, aprender e desenvolver a prática
pedagógica por meio da integração das TICs e em especial quando realizada a
integração de conteúdos escolares por meio de projetos interdisciplinares, torna o
aluno muito mais ativo, aprendendo a fazer, testar e levantar ideias e hipóteses, o
que o torna investigativo e selecionador daquilo que lhe é proposto como estudo.
Cabe ao professor gerar situações instigantes que levem os alunos interagir,
trabalhar em grupo, e consequentemente produzir novos saberes.

O ato de associar a utilização das tecnologias à Metodologia de Projetos no


ambiente escolar favorece o aprendizado, pois a aprendizagem é facilitada
quando o aluno participa responsavelmente do seu processo, quando o aluno
envolve sua inteligência e seus sentimentos, o aprender se torna impregnante e
durável.

A aprendizagem por meio de projetos propõe uma formação de indivíduos com


uma visão global da realidade, o que o prepara para a aprendizagem ao longo da
vida, visto que, quanto maior o envolvimento do aprendiz com o seu processo de
aprendizagem, com os objetivos de seu conhecimento, maiores serão as
possibilidades de uma aprendizagem significativa, é preciso que o aluno entre em
contato com o meio, isto é, com seu objeto de estudo para que faça sentido para
sua realidade vivida, não basta apenas realizar pesquisas bibliográficas, é preciso
envolvimento. Os projetos constituem uma forma de incentivar e desenvolver os
recursos da inteligência e da sensibilidade, envolvendo o aluno e criando
condições para a busca de novos conhecimentos, soluções para problemas e fatos
que tem algum significado para ele, o que faz desta metodologia uma aliada
importante no esforço de incorporar as TICs. Assim Valente lembra:

No trabalho com projetos há de se ir além da superação de


desafios, buscando desvelar e formalizar os conceitos
implícitos no desenvolvimento do trabalho para que se
estabeleça o ciclo da produção do conhecimento científico
que vai tecendo o currículo na ação. (VALENTE, s/d, p.30)

Podemos nesse momento fazer uma breve exposição sobre os elementos que
compõe as tecnologias e que podem ajudar no ensino aprendizagem quando bem
exploradas pelos protagonistas do sistema educacional. Esses elementos são:
rapidez, recepção individualizada, interatividade e participação, hipertextualidade
e realidade virtual.

Rapidez – a rapidez com que a informação chega até nós é uma das grandes
características das TICs, temos acesso a todos os tipos de informação em tempo
quase que real. Hoje com o uso da internet os jovens são capturados pelas
múltiplas linguagens e sentido, adquirem habilidades sem o menor auxilio da
escola, pois na maioria das vezes a escola ainda esta naquela de preparar seus
alunos para ler símbolos (palavras e frases) em textos escritos, sem considerar
imagens e as linguagens dos diferentes suportes tecnológicos presentes na
atualidade. O que temos presenciado no ensino são as tecnologias e seus aparatos
chegando aos alunos de forma direta sem haja a intervenção de um mediador
para prepará-lo a lidar com aquele meio e suas abundantes informações.
Recepção individualizada - a grande maioria dos docentes trabalha de forma
única, sem consideração aos anseios e necessidades individuais dos estudantes,
muitas vezes devido a sala de aula estar cheia o professor tem dificuldade de
aproximar de seus alunos e assim realizar um trabalho de acordo com os anseios,
possibilidades e realidades destes. Assim jovens acabam se envolvendo com a
tecnologia segundo seu modo de viver e ver a realidade, utilizando-se das
representações pessoais e sociais para compor e (re)criar seu próprio valores e
conceitos.
Interatividade e participação – através das múltiplas funcionalidades da internet,
sendo os jogos um de seus componentes, os jovens desenvolvem capacidades
como, construir e intervir na história, escolher os caminhos, crir e experimentar
possibilidades, discutir e compartilhar as descobertas com os amigos, essa
estimulação acaba por acontecer com uma máquina que estimula seu usuário a
querer participar, a discutir e compartilhar as descobertas com os amigos.
Enquanto a escola por muitas vezes esta distante do universo de seus alunos, na
busca de atender às exigências curriculares, acaba por não incentivar a autonomia
e participação entre os jovens, possibilitando ensinamentos e experiências
descontextualizadas do universo adolescente.
Hipertextualidade – através de textos virtuais, alunos tem que descobrir
alternativas que o tornem mais competente em suas escolhas e decisões, mesmo
que estas aconteçam por ensaios e erros. O texto virtual permite associações,
mixagens, e faz com que o usuário tenha diferentes opções de escolha, seja
sujeito em busca da complexidade de informações/caminhos que, na maioria dos
processo escolares, não é usual, pois os currículos escolares não dão conta, por
exemplo, de situações vividas pelos jovens em contato com outros jovens em
situações do dia a dia de incertezas, acertos, erros, medos, entre outros aspectos.
A educação por hipertextos possibilita ao estudante ações de decisão, visto que
este é responsável pela seleção e produção de caminhos e informações.
Realidade virtual – o individuo interage com a realidade das imagens, criando
elementos próprios para entender a situação virtual. A realidade virtual prazerosa
tem um pequeno lugar pedagógico, principalmente nos primeiros anos escolares,
com a fantasia das histórias contadas, no entanto, na continuidade da vida escolar
trabalha-se mais textos formais, distantes das emoções, dos desejos e do
conhecimento informal do cotidiano dos alunos. Entendemos que o prazer da
aprendizagem pode ser obtido através de componentes que respondam aos
anseios imaginários dos estudantes e propiciem a eles vivências significativas e
criativas.
Como podemos ver o frequente uso das tecnologias desperta a imaginação,
investe na afetividade e nas relações como mediação primordial no mundo, sua
incorporação no ambiente escolar pode ensinar seus indivíduos a respeitar o
diferente, a vencer obstáculos, a trabalhar coletivamente, entre outros aspectos, o
que pretendemos com esse trabalho não é propor uma nova didática, mas uma
postura que se apoia na inter-relação entre professor e aluno como sujeitos que se
organizam, decidem e buscam superar obstáculos, tendo em vista conteúdos
curriculares que podem ser intermediados com as tecnologias, é interessante
elencar a utilização destas como molas propulsoras na sala de aula, elemento de
percepção sobre as complexidades do mundo atual e como mediadoras de
processos comunicacionais.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A inserção das TICs no cotidiano escolar estimula o desenvolvimento do


pensamento critico, criativo e a aprendizagem cooperativa, uma vez que torna
possível a realização de atividades interativas. Sem esquecer que também pode
ajudar o estudante a desafiar regras, descobrir novos padrões de relações,
improvisar e até adicionar novos detalhes a outros trabalhos tornando-os assim
inovados e diferenciados.

As tecnologias proporcionam que cidadãos construam seus saberes a partir de


comunicação e interações com um mundo de pluralidades, no qual não há limites
geográficos, culturais e a troca de conhecimentos e experiências é constante.

Dessa forma as tecnologias de informação e comunicação funcionam como


molas propulsoras e recursos dinâmicos de educação, a medida que quando bem
utilizadas pelos educadores e educandos permitem intensificar a melhoria das
práticas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula e fora dela.

Na sociedade atual em que estamos vivendo, na qual por muitas vezes a máquina
substitui o trabalho humano, cabe ao homem à tarefa de ser criativo, ter boas
ideias. E na era da informação e comunicação é indispensável que as pessoas
saibam e consigam identificar o que há de essencial.
É preciso compreender que a ferramenta tecnológica não é ponto fundamental no
processo de ensino e aprendizagem, mas um dispositivo que proporciona a
mediação entre educador, educando e saberes escolares, assim é necessário que
se supere o velho modelo pedagógico é preciso ir além de incorporar o novo
(tecnologia) ao velho. Diante disso, temos que entender que, a inserção das TICS
no ambiente educacional, depende primeiramente da formação do professor em
uma perspectiva que procure desenvolver uma proposta que permita transformar
o processo de ensino em algo dinâmico e desafiador com o suporte das
tecnologias.

As TICs quando articuladas a uma prática formativa que leva em conta os


saberes trazidos pelo aluno, associando aos conhecimentos escolares se tornam
essenciais para a construção dos saberes. Além disso, favorece aprendizagens e
desenvolvimentos, além de proporcionar melhor domínio na área da
comunicação, pois como Lévy (1999) ressalta as redes de computadores
permitem as pessoas construírem e partilharem conhecimentos, tornando-os seres
democráticos que aprendem a valorizar a competências individuais.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Publicado por: PATRÍCIA EDÍ RAMOS

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