6916 Revisado
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DOI: https://doi.org/10.21728/p2p.2024v10n2e-6916
Data de submissão: 30/01/2024 Data de aprovação: 05/06/2024 Data de publicação: 05/06/2024
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Resumo
O desafio da mobilidade urbana é uma preocupação que afeta inúmeras cidades globalmente, onde, em 2022, das
15 cidades com maior tempo médio de deslocamento em uma viagem, quatro são brasileiras. A partir desta
problemática, o objetivo deste trabalho é realizar uma revisão sistemática sobre a aplicação de Sistemas de
Transporte Inteligentes (STIs) no transporte público, especialmente em relação aos ônibus, impulsionados pela
tecnologia 5G. A condução desta revisão é feita a partir de artigos que respondem em que essas aplicações
beneficiam os usuários em relação a confiabilidade de horários dos ônibus, redução de acidentes e segurança dos
dados dos usuários. Os resultados identificam um foco substancial na proteção e segurança dos dados que
permeiam esses sistemas e esforços direcionados à otimização do fluxo de tráfego urbano com a integração do 5G,
aliados a técnicas de inteligência artificial. Assim, essas aplicações não só beneficiam os usuários mas abrem um
leque para que prossiga a análise, seja levantado novos questionamentos com o uso das ferramentas de inteligência
artificial e seja estudado aplicações que fornecem serviços sob demanda.
Palavras-chave: mobilidade urbana; 5G; ônibus; transportes inteligentes; inteligência artificial; segurança.
Keywords: urban mobility; 5G; bus; intelligent transportation systems; artificial intelligence; security.
Palabras claves: movilidad urbana; 5G; autobús; transporte inteligente; inteligencia artificial; seguridad.
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ARTIGO
1 INTRODUÇÃO
Segundo Lyons (2018), resolver a crise da mobilidade urbana é um desafio antigo para
as autoridades governamentais, especialmente aquelas com recursos limitados e baixos
investimentos, o que acarreta grandes prejuízos quando se observa a totalidade do problema.
Em 2022, por exemplo, Londres liderou com 156 horas de congestionamento ao longo do ano
(INRIX, 2023). No Brasil, conforme a CNDL (2022), os brasileiros perdem, em média, 21 dias
por ano presos no trânsito. Ademais, o ônibus permanece como o principal meio de transporte,
utilizado por 50% dos usuários em seus deslocamentos diários. Isso evidencia que há um
número considerável de pessoas enfrentando essa adversidade.
O constante desenvolvimento das TICs tornou possível selecionar a rota adequada de
um transporte público, tempo requerido, e os valores da tarifa em tempo real. Esse avanço
promove novas possibilidades com cada vez mais sensores e baixa latência no tempo de
resposta. Para alcançar esse objetivo, a implementação da quinta geração de redes móveis (5G)
é fundamental, dado seu potencial de aprimorar a experiência do usuário em redes móveis, com 3
capacidade para atender aproximadamente 1 milhão de dispositivos por quilômetro quadrado,
não se limitando apenas a smartphones. Lidar com uma quantidade cada vez maior de
dispositivos (Hassan, 2022) é crucial para um ambiente urbano cada vez mais conectado
(Kemp, 2023), particularmente para a mobilidade urbana e a grande quantidade de dados que,
conforme Kim, Moon e Suh (2015), precisam ser processados e computados em tempo real
para os sistemas de transportes inteligentes.
Diante das problemáticas apresentadas, para auxiliar na resolução dos problemas de
mobilidade urbana e oferecer ainda mais evidência às pesquisas nesta área, faz-se necessário
analisar a literatura de um dos componentes das cidades inteligentes; os sistemas de transportes
inteligentes, sobretudo nos transportes públicos, com a contribuição de uma tecnologia de
comunicação recém lançada, o 5G, e como eles podem ser benéficos para a sociedade.
Este trabalho faz uma revisão sistemática sobre a atuação dos sistemas de transportes
inteligentes no transporte público via ônibus impulsionado pelo 5G. Este trabalho utilizou bases
bibliográficas acadêmicas, relacionadas a área de ciências exatas e tecnologia, por meio do
Portal de Periódicos CAPES. O objetivo deste trabalho é, a partir de uma revisão sobre STIs
por ônibus com o uso do 5G, identificar soluções elaboradas para satisfazer as principais
necessidades de seus usuários, como a pontualidade de chegada/saída, com a segurança de seus
dados preservados e a segurança dos usuários e demais atores do transporte público. Para
alcançar o objetivo geral, foram definidos os seguintes objetivos específicos: Verificar como os
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Esta seção apresenta uma introdução acerca dos assuntos que norteiam este trabalho.
Internet das Coisas, do inglês Internet of Things (IoT) está presente nas mais diversas
áreas, como Transportes e Logística; Assistência Médica; e Ambiente Inteligente. Em relação
às cidades, inclusive, foi popularizado o termo smart city ou smart cities. Uma definição sucinta
de smart city: é um local onde serviços e organizações tradicionais são mais eficientes com 4
utilização de soluções digitais que beneficiam os negócios e seus habitantes. Isto é
particularmente relevante pois, em 2023, de 8.01 bilhões de pessoas no mundo, 57.2% vivem
no meio urbano, 64.4% são usuários de Internet, e a porcentagem de pessoas que vivem no meio
urbano e estão on-line chega a 78.3% (Kemp, 2023). Além disso, em 2022 o número de
dispositivos IoT conectados chegou a 14.4 bilhões, um aumento de 18% (Hassan, 2022), e o
mercado global de IoT terá crescimento de 19% em 2023, mesmo com as dificuldades globais
econômicas (Wegner, 2023).
Entre os setores que aplicam a IoT está a área de transportes, chamada de transporte
inteligente, com o objetivo de tornar os transportes mais acessíveis e as viagens mais rápidas.
Mapas com realidade aumentada, carros autônomos, ticket móvel e contagem de passageiros
são algumas tecnologias que já são realidade, e a tendência é que aconteça melhorias contínuas
nessa área com o setor de mobilidade e transporte, sobretudo o uso de transporte público
conectado, sendo o caso de uso priorizado entre as cidades inteligentes (Wegner, 2020).
A possibilidade de obter diversos dados sobre carros com o uso de sensores IoT e
correlacioná-los com outros integrantes do trânsito como outros automóveis, em particular os
ônibus, semáforos, radares, pedestres e usuários, em especial os de transporte público, faz da
IoT um meio para diagnosticar o sistema de transporte, monitorar informações em tempo real
e prover soluções. De acordo com Handte et al. (2016), há evidências de que a disponibilização
de informações precisas contribui para melhor satisfação dos usuários de transportes públicos,
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tendo em vista oferecer uma melhor experiência do usuário de modo que, de seu ponto de
partida até a chegada, o descolamento seja eficaz e eficiente.
2.2 5G E IOT
Comparado ao 4G (quarta geração de redes móveis), é esperado que o 5G seja até 100
vezes mais rápido, o que abre um leque de possibilidades para o desenvolvimento de melhores
aplicações e qualidade de serviços. A conexão 5G oferece serviços como a banda larga móvel
aprimorada, comunicação crítica e comunicação de baixa latência e ultra confiável, e Internet
das Coisas Massiva (mIoT) (Sultan, 2022). Tais serviços tornam possíveis as comunicações
entre os mais diversos segmentos da IoT: Máquinas para Máquinas (M2M), Dispositivo para
Dispositivo (D2D), Dispositivo para Tudo e Internet dos Veículos (IoV). IoV consiste em um
sistema de comunicação móvel dinâmico que coleta, processa, e compartilha informação com
segurança, permitindo a evolução dos STIs.
• Veículo-para-Veículo: Conhecido também como V2V, são aplicações que
fazem comunicação e trocam informações de um veículo com outro veículo;
• Veículo-para-Infraestrutura: Conhecido como V2I, são aplicações que fazem
5
comunicação e trocam informações de um veículo por meio de dispositivos na
beira das estradas, chamados de Roadside Units (RSU). Estes RSUs são
capazes de trocar informações com todos outros tipos de dispositivos e com os
pedestres;
• Veículo-para-Pedestre: Conhecido como V2P, são aplicações que fazem
comunicação e trocam informações entre veículos e pedestres;
• Veículo-para-Rede: Conhecido como V2N, são aplicações que fazem
comunicação e trocam informações entre veículos e servidores de aplicações.
Os quatro tipos de comunicação são representados pelo termo V2X, que significa
comunicação de veículo para tudo, ou seja, o veículo conectado com todo o meio urbano em
volta. A computação desses dados de IoV é melhor realizada com computação de borda ou edge
computing (Xu et al., 2021). Deste modo, os dados são processados ainda no dispositivo fonte
de dados, em vez de serem enviados para a nuvem para que sejam processados, o que diminui
o nível de latência e melhora o desempenho para tarefas em tempo real, algo crítico ao referir-
se a veículos e dispositivos IoT relacionados, inclusive para auxílio da implementação do 5G.
A computação de borda e a virtualização são algumas das tecnologias habilitadas pelo
5G. Além dessas, a Rede Definida por Software - Software Defining Network (SDN) - e o
particionamento da rede merecem destaque (Wijethilaka; Liyanage, 2021). SDN tem a função
de controlar o tráfego da rede de forma inteligente por meio de software, desta forma é possível
programar a rede da maneira desejada e ter o controle das decisões dos dados da rede de forma
centralizada, simplificando assim o gerenciamento.
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3.1 PLANEJAMENTO
Foi verificado antes de iniciar esta revisão sistemática se havia outro trabalho com esta
mesma temática, com os mesmos objetivos específicos, por meio dos periódicos CAPES e por
pesquisa livre no Google. Sistema de transporte inteligente não é um conceito novo, isto posto,
foram encontradas revisões sobre o tema. No entanto, nenhuma delas abordava especificamente
a relação entre o 5G e os ônibus de transporte público como foco central da análise.
A formulação das questões de pesquisa, mostradas no Quadro 1, tomou como base os
três tópicos da fundamentação teórica, que são Internet das Coisas, 5G e mobilidade urbana,
especificamente o transporte público, e como eles se correlacionam.
3.2 CONDUÇÃO
Nesta etapa, define-se a estratégia para a busca de artigos primários nas bibliotecas
digitais, conhecida como string de busca. Ademais, foram utilizadas as bases de dados da
Compendex - Engineering Village, IEEE Xplore e Scopus durante o período de 2023.
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Qn Questão de pesquisa
Q1 Como o 5G em STIOs afeta a confiabilidade em relação aos horários de parada?
Q2 Como os STIOs, apoiado com o 5G, podem diminuir o número de acidentes?
Q3 Como os STIOs podem auxiliar na segurança dos dados dos usuários por meio do
5G?
Fonte: Autor.
A origem da string de busca para esta revisão sistemática sustenta-se nos seguintes
termos, definidos como categorias: Internet das Coisas, cidades inteligentes, 5G, transportes
inteligentes e mobilidade urbana. Após considerar as categorias, foram definidas as strings de
busca para cada uma delas, usando cada uma delas através de sinônimos com o conectivo “OR”
e palavras associadas ao tema deste trabalho através do conectivo “AND”, como mostrado no
Quadro 2. Por fim, cada uma das strings, de cada categoria, foi somada com o conectivo "AND".
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A terceira fase foi composta pelo início do processo dos critérios de exclusão, com a
retirada de artigos apenas com o resumo e duplicados. Após, foi verificado o contexto deles
através da leitura do resumo, introdução e conclusão de cada um. A Tabela 3 mostra o resultado
deste procedimento, que devido às várias etapas e uma análise mais minuciosa, constou com o
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número final de 55 artigos. A quarta fase de seleção é a leitura completa de todos os artigos
para verificar se o contexto destes correspondem com o objetivo deste trabalho e a qualidade
dos artigos é relevante, ou seja, fornece dados nos cenários que respondem às questões de
pesquisa deste documento. A Tabela 4 mostra a quantidade de artigos que foi selecionada de
acordo com cada fonte de pesquisa. Os artigos são discutidos na Seção 4 de resultados e
discussões.
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Várias ameaças podem afetar os resultados deste trabalho. Para mitigar essas ameaças,
foram seguidas as diretrizes propostas por Kitchenham e Charters (2007). Para mitigar as
ameaças validade interna, em especial na busca dos e seleção dos estudos, estas etapas foram
feitas por dois pesquisadores e analisadas por um terceiro pesquisador em caso de divergência
entre os dois primeiros. Outro ponto de ameaça é o conjunto limitado de base de dados que foi
utilizado, assim, é possível que estudos relevantes não tenham sido incluídos.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Autor Título
(Alanazi, 2023) Development of Smart Mobility Infrastructure in Saudi Ara-
bia: A Benchmarking Approach
(Antonio; Multi-Agent Deep Reinforcement Learning to Manage Con-
Maria-Dolores, 2022) nected Autonomous Vehicles at Tomorrow’s Intersections
Fonte: Autor.
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funciona baseado na técnica de aprendizagem por reforço profundo com agentes múltiplos que
executam ações que podem afetar estados e outros agentes, neste caso agir na velocidade de
todos os veículos autônomos em cenário de intersecção para reduzir o tempo gasto de parada
nas interseções e passar por ela de forma rápida mas também segura com a velocidade
controlada. Em um cenário testado próximo do ambiente real usando o adv.RAIM, o tempo da
viagem foi reduzido em 59% e o tempo de congestionamento foi reduzido em 95% quando
comparado com semáforos com controle por luzes.
A aplicação de Paszkiewicz et al. (2021) propõem uma nova solução V2I para os
semáforos, com uso do 5G e Radio Frequency Identification (RFID) para controle de tráfego
em tempo real nas interseções em uma linha específica da estrada. O RFID permite obter
informações sobre os tipos dos veículos e a quantidade deles em uma linha da estrada, e o 5G
provê a tecnologia de comunicação necessária para situações em tempo real no meio urbano
para que o semáforo seja ajustado de acordo com esses dados. No cenário de linhas específicas
para ônibus o algoritmo desenvolvido estende o tempo de luz verde do semáforo para os ônibus
passarem pelas interseções. Testes realizados na cidade de Rzeszów, na Polônia, mostram uma
12
melhora de 20% a 30% no fluxo de veículos.
4.2 COMO OS STIOS, APOIADO COM O 5G, PÚBLICO PODEM DIMINUIR O NÚMERO
DE ACIDENTES
Fonte: Autor.
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não sendo fornecidos para terceiros. Há também preocupação com sobrecarga, desempenho em
situação de tempo real e com muitos dados concentrados para troca de informação, como o
ônibus de transporte público, é fundamental, por isso aplicações com foco em segurança
precisam levar em consideração também o desempenho, ser seguro e rápido.
Fonte: Autor.
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O artigo de Schuhbäck, Wischhof e Ott (2023) apresenta uma arquitetura para utilização
de aplicações mobile crowdsensing de forma descentralizada, desta forma o dado de localização
de pedestre é protegido para a criação de mapas de fluxo ou de densidade e não fica tão exposto
como em um serviço centralizado. Essa descentralização é obtida por meio do 5G com o uso
da funcionalidade de link lateral, que permite comunicação direta D2D sem a participação de
uma base de estação para transmitir e receber dados. Esses sistemas de mobile crowdsensing
são utilizados em STIOs para estimar o tempo de chegada de ônibus a partir da densidade de
um conjunto de pedestres. O mapa de densidade mostra bom desempenho no cenário de mundo
real com no máximo 0.025 na métrica de taxa de erro de contagem de pedestres.
O método descrito no artigo de Li et al. (2022) realiza verificação do problema de roubo
de identidade causado por veículos anômalos ou RSUs falsas. Esses elementos maliciosos
podem mandar falsas condições sobre as estradas e dados de sensores falsificados, eles são
estimulados pelo desenvolvimento do 5G com as frequentes transferências entre diferentes infra
estruturas em movimento. O método tenta obter o comportamento correto do veículo e da
infraestrutura na IoV por meio de um controlador SDN com uso de MEC que notifica o RSU
17
com antecedência para que um veículo seja verificado e o algoritmo busca dados de múltiplos
RSUs do veículo para analisar seu comportamento de chegada com o que é esperado. A precisão
na verificação é acima de 95% para veículos, mesmo sobre relativa pouca condição de
segurança da rede, sob a proporção de RSUs falsas ser de 60% e veículos anômalos ser 10%.
Em seu artigo, Cui et al. (2022) propõe um esquema de autenticação de mensagem
baseado em CCE e comunicação V2V com compartilhamento de dados entre redes de veículos
com 5G sem a necessidade de RSUs para isto afinal, elas são consideradas arriscadas em
questão de segurança para o armazenamento de dados e com sobrecarga para computação dos
dados. O uso do 5G satisfaz a necessidade de comunicação em larga escala em um esquema
que isola os detalhes do conteúdo da mensagem para a sua autenticação. Ao selecionar a
mensagem requisitada e verificá-la para autenticação a aplicação tem sobrecarga computacional
menor comparado aos outros 4 estudos, com 0,9684 e 0,9698. Ao considerar o atraso de
comunicação também é o melhor valor comparado com os outros 4.124 bytes por mensagem.
4.4 CONSIDERAÇÕES
Esta seção mostra a necessidade de internet de alta velocidade como o 5G dado que as
situações em que essas aplicações atuam são críticos, nas quais demandam respostas rápidas
em cenários de prevenção e minimizar os danos na área de segurança dos dados, ao informar o
usuário de possíveis acidentes, controlar o trânsito e fornecer informações com precisão para
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melhorar a satisfação do usuário ao usar o ônibus em uma iniciativa para que ele use mais o
ônibus, com um serviço aprimorado pelas tecnologias dos STIOs, e com isso ajude a mobilidade
urbana na era das cidades inteligentes.
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