Demonstracoes Contabeis 2010
Demonstracoes Contabeis 2010
Demonstracoes Contabeis 2010
31 de dezembro de 2010
1. Ambiente macroeconômico
A recente situação fiscal dos países da Zona do Euro vem se consolidando como um ponto vulnerável da recu-
peração da economia mundial. O expressivo crescimento dos déficits fiscais a partir de 2007-2008, cuja intenção
seria combater os efeitos recessivos da crise internacional, gerou forte elevação do endividamento público como
proporção do PIB na Europa, sobretudo em Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha. Essa combinação vem desen-
cadeando aguda desconfiança nos mercados internacionais, o que eleva os custos não apenas de novas emissões de
dívida soberana por esses países, mas também de rolagem/refinanciamento dos compromissos vigentes. Mesmo com
a adoção de um pacote de financiamento à região no valor de € 750 bilhões, arquitetado pelas principais economias
da Zona do Euro, continuam em níveis elevados os spreads de credit default swap (CDS) – uma medida de risco – dos
países em situação fiscal mais frágil.
Ao longo do segundo semestre de 2010, a principal novidade na economia internacional foi o novo ciclo de
quantitative easing (QE2) levado a cabo pelo Federal Reserve (Fed), banco central americano. Essa política, de
expansão monetária com compra de títulos, visava estimular a retomada da economia americana. Os principais
efeitos, porém, fizeram-se sentir nos mercados cambiais, de commodities e financeiros. As moedas de diversos
países valorizaram-se em relação ao dólar nesse período. Em reunião do G-20, chegou-se a cunhar a expressão
“guerra cambial” para caracterizar o momento. Outro mercado profundamente afetado pelo QE2 foi o de commodities,
cujos preços já recuperaram ou até mesmo ultrapassaram os recordes observados em 2007. Esse movimento levou a um
aumento na inflação em diversos países, Brasil inclusive. A China, que mantém sua moeda relativamente atrelada ao
dólar e que tem um peso relevante de alimentos na composição de sua inflação, já iniciou um ciclo de aperto monetário.
No Brasil, o cenário econômico, no fim de 2010, mostrou-se benigno no que diz respeito ao crescimento econômico.
O PIB a preços de mercado registrou, no terceiro trimestre de 2010, crescimento de 6,7% em relação ao mesmo
trimestre do ano anterior. Esse resultado deveu-se, basicamente, à formação bruta de capital fixo, que cresceu 21,2%
no terceiro trimestre de 2010 em relação ao mesmo período do ano passado. O consumo das famílias – crescimento
de 5,9% no mesmo período – já apresenta sinais de desaceleração na margem, enquanto o investimento mantém o
crescimento marginal robusto.
Com relação ao balanço de pagamentos, as transações correntes apresentaram um déficit de US$ 11,4 bilhões (2,3%
do PIB em 12 meses), saldo ligeiramente superior ao observado no mesmo período de 2009 (1,17% do PIB em
12 meses). As exportações do terceiro semestre de 2010 foram 11,3% superiores àquelas do período equivalente
em 2009, ao passo que as importações sofreram aumento de 40,9%. O déficit em transações correntes pode ser
explicado pela desvalorização do dólar frente ao real, resultado deficitário de serviços e rendas (US$ 50,5 bilhões
acumulados de janeiro até setembro de 2010 contra US$ 35,8 bilhões no mesmo período de 2009), assim como o
crescente déficit de viagens internacionais (US$ 3 bilhões no terceiro trimestre de 2010 contra US$ 1,7 bilhão no
mesmo trimestre de 2009). O resultado líquido da conta de capitais avançou 52%, passando de US$ 205 milhões para
US$ 312 milhões entre 2009 e 2010.
No que diz respeito à inflação, o IPCA apresentou variação de 5,9% em 12 meses. Alimentos e bebidas foram os prin-
cipais responsáveis por esse resultado, por apresentarem alta nos preços de itens específicos, como carnes, açúcar e
trigo. Para 2011, as expectativas apontam para uma inflação acima do centro da meta. No entanto, espera-se que o
ciclo de expansão dos preços das commodities arrefeça, reduzindo, assim, as pressões inflacionárias no médio prazo.
Para 2011, espera-se que a economia brasileira siga crescendo, porém a uma taxa mais próxima de 4,5%, novamente
impulsionada pela expansão da demanda doméstica. O destaque é a forte retomada dos investimentos. O cresci-
mento do Brasil em 2011, acima da média mundial, deverá acompanhar maior déficit em transações correntes.
Entre as atividades compreendidas no objeto social do BNDES, conforme o art. 9°, inciso VI, do seu estatuto social,
está a realização, como entidade integrante do sistema financeiro nacional, de quaisquer operações nos mercados
financeiro e de capitais.
O BNDES executa suas atividades diretamente ou por meio de duas de suas subsidiárias integrais. A BNDESPAR provê
apoio financeiro para capitalização de empreendimentos controlados por grupos privados, enquanto a FINAME
auxilia a expansão e a modernização da indústria brasileira, ao fornecer financiamento, usualmente por meio de
agentes financeiros credenciados, para a aquisição de máquinas e equipamentos fabricados no Brasil. O BNDES
oferece também, diretamente ou por intermédio da FINAME, financiamento às exportações de produtos e serviços,
com foco especial em bens de capital e, eventualmente, bens de consumo com maior ciclo de comercialização.
Adicionalmente, como parte da estratégia de ampliar o apoio à internacionalização das empresas brasileiras, o
Banco inaugurou, em novembro de 2009, a sua subsidiária em Londres, a BNDES Limited, que se encontra em fase
pré-operacional.
Os produtos e serviços do BNDES atendem às necessidades de investimentos de amplo espectro de empresas estabe-
lecidas no Brasil, seja no que concerne ao porte – apoiando desde micro, pequenas e médias até grandes empresas –,
seja no que concerne ao setor de atividade. Os produtos e serviços do BNDES:
i. são acessíveis a empresas de diversos setores, tais como infraestrutura, agronegócio, produção de bens finais
diversos, produção de insumos básicos e produção de bens de capital; e
A parceria com outras instituições financeiras, com agências estabelecidas em todo o Brasil, permite a disseminação
do crédito e possibilita maior acesso aos recursos do BNDES.
A experiência do BNDES em alocar esses recursos, garantindo os maiores benefícios possíveis para o desenvolvi-
mento nacional, tem contribuído para o crescimento da produção nacional de bens e serviços e a expansão da oferta
de postos de trabalho, além de promover o desenvolvimento do mercado de capitais e incentivar a modernização
econômica, os avanços tecnológicos e as melhores práticas de proteção ambiental e inclusão social.
Lançamento do programa BNDES ProCopa Turismo. O programa tem dotação orçamentária de R$ 1 bilhão e é desti-
nado à construção, à reforma e à ampliação da rede hoteleira no Brasil, tendo em vista a demanda projetada pela
realização, no país, da Copa do Mundo de 2014.
Reformulação das políticas operacionais. A proposta objetivou reorganizar os normativos, tanto nos aspectos de
conteúdo, revisando conceitos e condições, quanto nos de forma, buscando facilidade e clareza no acesso à informação.
Alterações no programa de microcrédito para ampliar alcance e duplicar desembolsos. Entre as mudanças, o Programa
BNDES Microcrédito reduziu o valor mínimo de financiamento para agentes repassadores, o que permite credenciar
maior número de instituições financeiras, e simplificou os procedimentos internos, a fim de reduzir o tempo entre o
pedido de financiamento e a liberação de recursos.
Prorrogação do prazo de vigência do Programa BNDES de Sustentação do Investimento (BNDES PSI) para 31 de
março de 2011.
Premiação do Fundo da Amazônia na categoria ALIDE Verde do Prêmio ALIDE 2010 – Buenas Prácticas en las Insti-
tuciones Financieras de Desarrollo.
Lançamento do Programa Cinema Perto de Você, parceria entre o BNDES, a Agência Nacional de Cinema (Ancine)
e os Ministérios da Cultura e da Fazenda. A iniciativa apoiará projetos de expansão do parque exibidor cinemato-
gráfico brasileiro.
Assinatura de acordo de cooperação com o Export-Import Bank dos Estados Unidos (Ex-Im Bank). O objetivo do
acordo é permitir que as duas instituições busquem oportunidades para promover, em conjunto, investimentos e
projetos de interesse de empresas brasileiras e norte-americanas.
Criação do Programa BNDES Emergencial de Reconstrução dos Estados de Alagoas e Pernambuco (BNDES PER
Alagoas e Pernambuco). O programa destinará até R$ 1 bilhão para empresas localizadas em cidades afetadas pelas
enchentes em junho de 2010.
Assinatura de memorando de entendimento com o Japan Institute for Overseas Investment (JOI), enti-
dade que busca orientar os investimentos do país asiático no exterior. O documento visa ampliar a coope-
ração entre as duas instituições.
Aprovação da criação do Programa ABC (Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricul-
tura). O objetivo do programa é contribuir para a redução do desmatamento. Seus beneficiários serão produtores
rurais e suas cooperativas, inclusive para repasse a cooperados.
Recebimento do Selo Pró-Equidade de Gênero – 3ª edição, concedido pela Secretaria de Políticas Públicas para as
Mulheres, da Presidência da República. O programa Pró-Equidade de Gênero é uma iniciativa do governo federal,
cujo objetivo é estimular a igualdade de condições no ambiente de trabalho, por meio da adoção de novas concep-
ções na gestão de pessoas e na cultura organizacional.
Assinatura de Acordo de Cooperação Técnica e Financeira com o Instituto Votorantim para ações de inclusão socio-
produtiva. O objetivo do acordo é apoiar projetos de qualificação profissional e estruturação de atividades produ-
tivas em municípios com indicadores sociais críticos nas cinco regiões do país.
Aprovação da Política Corporativa de Arquivos do BNDES (PCA). Com a implementação das atividades previstas, será
desenvolvido um conjunto de instrumentos de gestão que representem o universo documental do BNDES, para subsi-
diar a recuperação da informação, melhorar o acesso e preservar o acervo representativo da memória institucional.
Recebimento do Prêmio TI & Governo 2010, promovido pelo anuário TI & Governo. Na avaliação, foram julgados 20
projetos, divididos em três categorias: e-Administração Pública, e-Serviços Públicos e e-Democracia.
Recebimento do Selo Amigo dos Catadores, concedido pelo Movimento Nacional de Catadores de Materiais Reciclá-
veis. A entrega foi um reconhecimento ao apoio do BNDES a projetos de coleta seletiva de lixo com inclusão social
de catadores de materiais recicláveis.
A taxa de juros final aos beneficiários dos empréstimos concedidos pelo BNDES varia conforme a forma de apoio, o
tipo de operação, natureza e região, sendo composta de:
Na operações indiretas:
O custo financeiro reflete o custo de captação de recursos pelo BNDES e varia de acordo com as fontes desses
recursos (FAT, Tesouro Nacional e organismos multilaterais, entre outros).
Os principais custos de captação do BNDES estão associados à taxa de juros de longo prazo (TJLP), ao dólar e à cesta
de moedas. Em menor escala, ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e à Selic.
As linhas de apoio à exportação utilizam também a Libor acrescida da variação do dólar norte-americano ou a taxa
de juros fixa pré-embarque (TJFPE) acrescida da variação do dólar norte-americano.
A remuneração do BNDES varia conforme cada produto, linha de financiamento, programa ou fundo, podendo
chegar a 2,5% a.a. Tem por objetivo cobrir as despesas operacionais e garantir retorno sobre o patrimônio líquido
consolidado do BNDES.
A taxa de risco de crédito pode chegar a 3,57% a.a.,1 de acordo com a classificação de risco de crédito do tomador
do financiamento, e visa cobrir os riscos de perdas por inadimplência na carteira.
Nas operações indiretas, a taxa de risco de crédito é substituída pela taxa de intermediação financeira, que reflete o
risco sistêmico das instituições financeiras credenciadas, limitada a 0,5% a.a. De acordo com o tamanho da compa-
nhia financiada e/ou com o programa de investimento ao qual o projeto está vinculado, a taxa de intermediação
financeira é isentada.
A remuneração da instituição financeira credenciada é a taxa que reflete o risco de crédito assumido pelas instituições
financeiras credenciadas e será negociada diretamente entre o beneficiário e a instituição repassadora dos recursos.
Fontes de recursos
Para dar suporte às suas atividades, o BNDES demanda recursos adequados. As particularidades da oferta doméstica
de crédito no país, concentrada no curto prazo, conduziram o governo à busca de soluções alternativas de captação
de recursos para apoiar projetos de investimento de longo prazo. A Constituição Federal de 1988 assegurou fonte
estável de recursos para o BNDES: o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Essa fonte resulta basicamente da
unificação dos fundos constituídos com recursos do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação
do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). De acordo com a Constituição Federal, 60% da arrecadação do FAT
destinam-se a custear o seguro-desemprego e o abono salarial e 40% são aplicados pelo BNDES em programas de
desenvolvimento econômico.
Adicionalmente, o BNDES conta com recursos provenientes de: retorno das suas operações, monetização de ativos
de sua carteira, participações societárias, recursos captados no mercado internacional de capitais, seja por inter-
médio de organismos multilaterais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial
(BIRD), seja com a emissão de bonds, recursos captados no mercado interno, por meio da emissão de debêntures
pela BNDESPAR, e recursos captados por meio de fundos institucionais, como o Fundo da Marinha Mercante (FMM)
e o Fundo Garantidor de Investimentos (FGI).
Subsidiárias
Em 31 de dezembro de 2010, o BNDES possuía três subsidiárias integrais: BNDES Participações S.A. (BNDESPAR),
Agência Especial de Financiamento Industrial (FINAME) e BNDES Limited. Por meio da BNDESPAR, o BNDES contribui
para o fortalecimento da estrutura de capital de empresas privadas brasileiras e para o desenvolvimento do mercado
de capitais, mediante participações acionárias e aquisição de debêntures conversíveis. Já a FINAME concede apoio,
por intermédio de agentes financeiros credenciados, à expansão e à modernização da indústria brasileira, por meio
de financiamento para a aquisição de máquinas e equipamentos fabricados no Brasil e de financiamentos a expor-
tações e importações.
A FINAME tem como missão a promoção do desenvolvimento, a consolidação e a modernização do parque brasi-
leiro produtor de bens de capital, mediante financiamento à comercialização, no Brasil e no exterior, de máquinas
e equipamentos fabricados no país. Para cumprir sua missão, a FINAME atua por meio de repasse de recursos a uma
extensa rede de instituições financeiras credenciadas, o que contribui para aumentar a sua capilaridade, a sua simpli-
cidade e a sua agilidade, atendendo clientes de praticamente todos os segmentos produtivos.
A BNDES Limited foi constituída no primeiro trimestre de 2009, sob as leis do Reino Unido, como uma sociedade
limitada, com capital autorizado de £ 100.000.000,00 (cem milhões de libras esterlinas), tendo sido integralizados
£ 3.536.301,00 até 31 de dezembro de 2010. Em 4 de novembro de 2009, a BNDES Limited foi inaugurada em
Londres e se encontra em fase pré-operacional.
Desempenho operacional
Os desembolsos do Sistema BNDES, sem incluir os desembolsos ao mercado secundário, somaram R$ 168,4 bilhões
em 2010, valor 22,6% superior aos R$ 137,4 bilhões registrados em 2009. A seguir, apresenta-se o perfil dos desem-
bolsos realizados em 2010.
44% Operação
direta 5%
17% Outros
BNDES-Exim
50%
BNDES Finame
6%
BNDES Finame
Agrícola
14%
BNDES Automático
8%
BNDES Finem
56% Operação
indireta
Em relação ao desembolso por porte de empresa, destaca-se o crescimento de 103,9% do desembolso a micro
e pequenas empresas, substancialmente superior ao crescimento de 9,2% do desembolso a grandes empresas. O
desembolso a pessoas físicas e a médias empresas apresentou crescimento de 67,0% e 86,8%, respectivamente.
Em relação ao desembolso por região, as regiões Sudeste e Sul representaram 58,2% e 17,9% do total, respectiva-
mente, enquanto Nordeste, Norte e Centro-Oeste representaram 10,2%, 7,0% e 6,7%, respectivamente.
Desempenho econômico-financeiro
Em 2009, como parte do processo de convergência às IFRS, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitiu diversos
pronunciamentos técnicos e interpretações para aplicação mandatória nas demonstrações contábeis do exercício
de 2010 pelas companhias por ela reguladas. A BNDESPAR, subsidiária integral do BNDES, está sujeita às normas
emitidas pela CVM e, como tal, aplicou esses pronunciamentos técnicos e interpretações nas demonstrações contá-
beis do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010.
A aplicação desses pronunciamentos técnicos e interpretações pela BNDESPAR trouxe dois efeitos relevantes para o
BNDES, os quais decorrem de práticas contábeis aceitas pelo Bacen desde 2001-2002 que não eram adotadas pelo
BNDES em virtude de a CVM não permitir sua aplicação pela BNDESPAR. São eles:
(i) Classificação das participações societárias em não coligadas na categoria “TVM – disponível para venda”, seguindo as orientações contidas na
Circular 3.068/01 do CMN. Como resultado dessa classificação, tais participações passaram a ser registradas pelo seu valor justo, em contrapartida
a uma conta de patrimônio líquido denominada “Ajuste de Avaliação Patrimonial”. A diferença entre o valor justo e o valor contábil dessas parti-
cipações totalizou R$ 44.567 milhões em 31 de dezembro de 2010 (R$ 29.414 milhões líquidos dos efeitos tributários); e
(ii) mensuração e registro dos instrumentos financeiros derivativos, embutidos ou isolados, contidos em operações de participações societárias ou
debêntures com cláusula de opção/conversão, suportado pela Circular 3.082/02 do CMN. Por se tratar de derivativos, seu registro é feito em
contrapartida ao resultado do exercício, sendo a parcela referente ao saldo de abertura lançada em contrapartida a lucros acumulados (ajuste de
exercícios anteriores). O impacto acumulado em 31 de dezembro de 2010, já líquido dos efeitos tributários, foi de R$ 497 milhões, dos quais
R$ 265 milhões em contrapartida a lucros acumulados e R$ 232 milhões em contrapartida ao resultado do exercício de 2010.
1
Inclui operações de crédito e repasses interfinanceiros.
2
Atmédio = (AT inicial + AT final)/2.
3
PL médio = (PL inicial + PL final)/2.
O Sistema BNDES encerrou o exercício de 2010 com lucro líquido de R$ 9.913 milhões, resultado 47,2% superior ao
registrado no exercício anterior. Esse crescimento é explicado por:
(iii) r eceita com provisão para risco de crédito no valor de R$ 2.852 milhões, em contraposição à despesa de
R$ 6 milhões registrada em 2009.
O acréscimo no resultado com participações societárias foi determinado pelo aumento no resultado com alienações
de títulos e valores mobiliários (TVM), que passou de R$ 1.159 milhões, em 2009, para R$ 3.239 milhões, em 2010. As
principais operações realizadas em 2010 envolveram ações de Telemar Participações, Banco do Brasil, Petrobras, Rio
Polímeros e Light, que, juntas, responderam por 64,9% desse resultado (R$ 2.099 milhões).
O crescimento no produto bruto de intermediação financeira foi sustentado por: (a) receita extraordinária de
R$ 522 milhões referente a prêmio recebido pela BNDESPAR em operação específica para postergação de prazo para
conversão mandatória de debêntures, conforme previsto na escritura; e (b) crescimento da carteira de crédito e TVM
suportado pelas recentes captações do Tesouro Nacional.
A receita com reversão da provisão para risco de crédito foi formada basicamente por recuperações de crédito, num
total de R$ 2.286 milhões.
Balanço patrimonial
O crescimento do ativo total do Sistema BNDES nos últimos anos deve-se, principalmente, ao aumento do volume
de operações de crédito e TVM, suportado por captação de recursos de longo prazo, notadamente do Tesouro
Nacional. Em 2010, destaca-se ainda o ajuste a valor justo da carteira de investimentos em não coligadas, que gerou
um efeito de R$ 44.567 milhões em relação a 31 de dezembro de 2009, conforme já comentado. Em 31 de dezembro
de 2010, o ativo total atingiu R$ 549.020 milhões, refletindo crescimento de 42,0% em relação a 31 de dezembro de
2009, suportado substancialmente pela entrada de recursos do Tesouro Nacional no total de R$ 107 bilhões.
Em 31 de dezembro de 2010, a carteira de títulos e valores mobiliários somava R$ 145.930 milhões, dos quais
R$ 95.908 milhões referentes a investimentos em sociedades não coligadas, R$ 17.839 milhões à carteira de debên-
tures, líquida de provisão, R$ 16.745 milhões a Notas do Tesouro Nacional e R$ 5.955 milhões a Letras Financeiras do
Tesouro. Os R$ 9.484 milhões restantes compreendem fundos exclusivos de aplicação financeira (R$ 3.966 milhões),
Letras do Tesouro Nacional (R$ 2.939 milhões), cotas de fundos de renda variável (R$ 2.023 milhões) e instrumentos
financeiros derivativos (R$ 556 milhões).
Em relação à intenção de alienação dos títulos e valores mobiliários por parte da Administração, do total da carteira
líquida de R$ 145.930 milhões, 82,5% (R$ 120.422 milhões) encontravam-se classificados na categoria “disponíveis
para venda”. Foram classificados R$ 15.829 milhões (10,8%) como “mantidos até o vencimento”, uma vez que o
BNDES tem a intenção e a capacidade financeira de mantê-los, e R$ 9.063 milhões (6,2%) em “títulos para nego-
ciação”. A parcela de 0,5% restante é representada por instrumentos financeiros derivativos (R$ 556 milhões) e
títulos vinculados à prestação de garantias (R$ 63 milhões).
A carteira de operações de crédito e repasses interfinanceiros, líquida da provisão para risco de crédito, é respon-
sável por 65,9% do ativo total em 31 de dezembro de 2010, tendo apresentado aumento de 27,5%, em relação a 31
de dezembro de 2009. Do total da carteira líquida, 50,2% estão representados por operações de crédito e 49,8%,
por repasses interfinanceiros.
Os empréstimos e repasses do Tesouro Nacional e do FAT são as principais fontes de recursos do BNDES, represen-
tando, respectivamente, 46,1% e 24,1% do passivo total. A partir do terceiro trimestre de 2009, o Tesouro Nacional
passou a ser a principal fonte de recursos do BNDES, posição historicamente ocupada pelo FAT, por causa do volume
de recursos captados em 2009, que totalizou R$ 105 bilhões, e em 2010 (R$ 107 bilhões).
Em relação ao FAT, verifica-se crescimento de 8,0% entre 2009 e 2010, em função do ingresso de R$ 11.380 milhões
sob a rubrica FAT Constitucional, valor este superior ao ingresso de R$ 9.626 milhões registrado em 2009. Na rubrica
FAT Depósitos Especiais, verifica-se crescimento de R$ 349 milhões no ingresso de recursos entre 2009 e 2010.
Adicionalmente ao FAT e ao Tesouro Nacional, o BNDES tem outras importantes fontes de recursos na composição
de seu funding, como:
(i) Fundo da Marinha Mercante (FMM), Fundo PIS-Pasep, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e seu fundo
de investimento, o FI-FGTS;
Em 31 de dezembro de 2010, essas fontes totalizaram R$ 75.928 milhões, o equivalente a 13,8% das fontes de
recursos do BNDES.
As captações no mercado externo apresentaram crescimento de 20,1% entre 2009 e 2010, reflexo basicamente
de emissões de bonds, que totalizaram R$ 3.417 milhões em 2010, e da captação de recursos do BID, realizada
em dezembro, no valor de R$ 1.697 milhões. Entre as principais instituições internacionais com as quais o BNDES
mantém operações, estão o Banco Japonês de Cooperação Internacional (JBIC), o China Development Bank (CDB),
o Banco de Crédito Alemão para Reconstrução Econômica (KfW), o Banco Nórdico de Investimento (NIB), o Banco
Mundial e o BID.
O saldo de outras obrigações apresentou crescimento de 41,5% entre 2009 e 2010 devido ao reconhecimento de
IR e CSLL diferidos sobre as diferenças temporárias oriundas da aplicação dos CPCs pela BNDESPAR, notadamente o
registro e a marcação a valor justo dos instrumentos financeiros derivativos e a marcação a valor justo dos investi-
mentos em não coligadas, que gerou impacto em torno de R$ 15 bilhões.
O patrimônio líquido apresentou crescimento de 138,5% entre 2009 e 2010, em função de capitalizações realizadas
em 2010, no montante de R$ 7.200 milhões, e reconhecimento de R$ 29.173 milhões, líquidos de tributos, a título de
ajuste de avaliação patrimonial, contrapartida das variações no valor justo dos ativos classificados como disponíveis
para venda. As capitalizações ocorreram em duas tranches: a primeira, em novembro, no valor de R$ 2.700 milhões,
por meio da transferência de parte dos direitos da União decorrentes de adiantamentos para futuro aumento
de capital da Eletrobras; e a segunda, em dezembro, no valor de R$ 4.500 milhões, por meio da transferência de
139.754.560 ações ON da Petrobras.
Em relação aos limites operacionais, o índice de Basileia ficou em 18,6% (17,5% em 31 de dezembro de 2009),
superior ao nível mínimo exigido pelo Banco Central, de 11%. O BNDES encerrou 2010 enquadrado em todos
os limites prudenciais.
3. Gestão de riscos
Em conformidade com os normativos internos e externos e de acordo com os objetivos estabelecidos pela Alta Admi-
nistração, a Área de Gestão de Risco do BNDES é responsável por:
(i) Definir e propor ao Conselho de Administração as diretrizes gerais de gestão de riscos e controles internos para
o BNDES e suas subsidiárias;
(iv) analisar a evolução das provisões para devedores duvidosos e os seus impactos no resultado do BNDES e de suas
subsidiárias;
(v) avaliar a qualidade dos controles internos existentes no Sistema BNDES, a definição de responsabilidades, a
segregação de funções, os riscos envolvidos e a conformidade dos processos aos normativos internos e externos,
propondo medidas para o seu aprimoramento; e
(vi) disseminar cultura de controles internos e de gestão de riscos no âmbito do Sistema BNDES.
Ao longo de 2010, foram realizados diversos trabalhos de verificação de conformidade e avaliação dos controles
internos nos processos do Banco. Está em andamento processo licitatório que objetiva a contratação de consul-
toria especializada para implantação do Sistema de Gestão da Continuidade de Negócios. Deu-se continuidade
à implantação de um sistema integrado de gestão de risco de mercado e liquidez, que entrou em fase de
operação assistida em janeiro de 2011. Para gestão do risco de crédito, destacam-se a aquisição de software
específico, cuja implementação deverá ser concluída até o fim do exercício de 2011, e a aprovação da Política
Corporativa de Gestão de Risco de Crédito.
O BNDES busca promover o contínuo aprimoramento dos controles internos, com base nos fundamentos estabe-
lecidos pela Resolução CMN 2554/98 e pela Política Corporativa de Controles Internos. Nesse intuito, são reali-
zadas atividades de avaliação dos riscos e dos controles internos existentes nos processos de trabalho, bem como
da conformidade aos normativos internos e externos. Os relatórios contendo as conclusões dessas avaliações são
submetidos ao Comitê de Gestão de Riscos e à Alta Administração.
Risco operacional
O risco operacional refere-se à possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inade-
quação de processos internos, pessoas e sistemas ou de eventos externos. O conceito inclui o risco legal, asso-
ciado à inadequação ou à deficiência em contratos firmados pela instituição, bem como a sanções em razão
de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades
desenvolvidas pela instituição. Diferentemente dos riscos de mercado e de crédito, sua gestão e sua mitigação
envolvem todas as áreas da instituição.
Cabe à unidade responsável pelo gerenciamento do risco operacional auxiliar as demais unidades na identificação
e na avaliação desses riscos. Para tanto, são seguidos os preceitos constantes da Política Corporativa de Gestão de
Risco Operacional do BNDES, bem como aqueles constantes da Política Corporativa de Gestão da Continuidade de
Negócios do BNDES. Ambas estabelecem o conjunto de princípios, ações, papéis e responsabilidades relativos aos
temas na instituição. A estrutura de gerenciamento do risco operacional encontra-se divulgada em: http://www.
bndes.gov.br/BNDES_Transparente.
Para disseminar a cultura de riscos operacionais na instituição, consta do programa de capacitação de novos funcio-
nários módulo específico sobre o tema, que vem sendo regularmente ministrado aos novos empregados. Também
estão disponíveis informações sobre riscos operacionais para o público interno na intranet.
Risco de mercado
O risco de mercado é o risco de ocorrência de perdas financeiras resultantes da alteração nos valores de
mercado de posições ativas e passivas detidas pela instituição, entre as quais se incluem os riscos das opera-
ções sujeitas à variação da cotação de moeda estrangeira, das taxas de juros, dos preços das ações e dos
preços de mercadorias (commodities).
Por sua natureza de banco de desenvolvimento, o BNDES tem baixa exposição em risco de mercado. Em particular, o
BNDES segue uma estratégia de baixa exposição em moedas estrangeiras, sendo os limites monitorados diariamente.
O risco de crédito é o risco associado à possibilidade de ocorrência de perdas decorrentes do não cumprimento,
pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de
contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remu-
nerações, às vantagens concedidas nas renegociações e aos custos de recuperação. Desse modo, a gestão do risco
de crédito no BNDES permeia todo o processo de concessão, monitoramento, cobrança e recuperação de créditos,
englobando a atuação de diversas áreas.
A política corporativa de gestão de risco de crédito, aprovada durante o exercício de 2010, formalizou o processo de
gestão do risco de crédito do BNDES e de suas subsidiárias, estabelecendo responsabilidades, princípios, diretrizes,
processos e procedimentos necessários à identificação, à mensuração, ao monitoramento, ao controle e à mitigação
dos riscos aos quais o BNDES está exposto. A formalização da política, bem como a estrutura de gerenciamento do
risco de crédito no BNDES, cumpre as diretrizes estabelecidas pela Resolução CMN 3.721/2009.
O BNDES apura mensalmente o cálculo da parcela referente ao capital regulatório para risco de crédito (PEPR) pelo
método padronizado, conforme definido pela Circular 3.360/07 do Bacen. Com a finalidade de comparar o valor
atualmente apurado de acordo com a metodologia padronizada com aquele proveniente da aplicação de estima-
tivas internas de probabilidade de inadimplência e taxas de recuperação, o BNDES realiza estimativas do valor em
risco para a carteira de créditos, inclusive com a utilização de cenários de stress.
Na Nota Explicativa 34 às demonstrações financeiras do BNDES, estão descritas as principais atividades relacionadas
a cada qualidade de risco acima apresentada desempenhadas no exercício de 2010.
4. Governança corporativa
No Sistema BNDES, a adoção das melhores práticas de governança corporativa tem por objetivo otimizar o
desempenho da instituição, protegendo seu acionista único, o governo federal, bem como as partes interessadas
(stakeholders), tais como empregados, credores, trabalhadores (por meio do FAT, como principal fonte de recursos
do Sistema BNDES) e a sociedade em geral, além de facilitar o acesso aos investimentos e financiamentos de
capital. A análise das práticas de governança corporativa aplicadas ao Sistema BNDES deve oferecer, principal-
mente, transparência, equidade de tratamento dos interessados e prestação de contas.
Conselho de Administração
O Conselho de Administração do BNDES é composto de 11 membros, entre eles o presidente do Conselho, sendo
quatro indicados, respectivamente, pelos ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, do Trabalho e
Emprego, da Fazenda e das Relações Exteriores e os demais, pelo ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior. O presidente do BNDES exerce a Vice-Presidência do Conselho.
Os membros do Conselho de Administração serão nomeados pelo presidente da República dentre brasileiros de
notórios conhecimentos e experiência, idoneidade moral e reputação ilibada, com mandato de três anos, contados
a partir da data de publicação do ato de nomeação, podendo ser reconduzidos por igual período.
(i) Opinar, quando solicitado pelo ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, sobre ques-
tões relevantes pertinentes ao desenvolvimento econômico e social do país e que mais diretamente se relacionem
com a ação do BNDES;
(ii) aconselhar o presidente do BNDES sobre as linhas gerais orientadoras da ação do Banco e promover, perante as princi-
pais instituições do setor econômico e social, a divulgação dos objetivos, programas e resultados da atuação do Banco; e
(iii) examinar e aprovar, por proposta do presidente do BNDES, políticas gerais e programas de atuação a longo
prazo, em harmonia com a política econômico-financeira do governo federal.
Conforme previsão estatutária e em linha com o preconizado pelo Código das Melhores Práticas de Governança
Corporativa do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), o Sistema BNDES conta com um Comitê de
Auditoria que funciona como órgão auxiliar do Conselho de Administração, a quem deve se reportar. Pode ser
composto de até seis membros (atualmente são três), designados pelo Conselho de Administração. O mandato é por
prazo indeterminado, cessando-se, a qualquer tempo, por deliberação do Conselho de Administração.
(iv) recomendar à Diretoria do BNDES correção ou aprimoramento de políticas, práticas e procedimentos identifi-
cados no âmbito de suas atribuições; e
(v) elaborar relatório contendo informações sobre as suas atividades e a avaliação da efetividade dos sistemas de
controles internos.
Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal do BNDES é composto de três membros e três suplentes, todos com mandato de dois anos, admi-
tida a recondução por igual período. Dois membros efetivos e seus respectivos suplentes são indicados pelo ministro
de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e um membro efetivo e seu respectivo suplente são
indicados pelo ministro de Estado da Fazenda, como representantes do Tesouro Nacional, nomeados pelo presi-
dente da República, em qualquer dos casos.
O Conselho Fiscal tem como atribuições examinar e emitir parecer sobre os balanços patrimoniais e demais demons-
trações financeiras, bem como sobre as prestações de contas semestrais da Diretoria do BNDES, e exercer outras
atribuições previstas na Lei das Sociedades por Ações.
Os órgãos de administração são obrigados a disponibilizar, por meio de comunicação formal, aos membros em exer-
cício do Conselho Fiscal, dentro de 10 dias, cópia das atas de suas reuniões e, dentro de 15 dias de sua elaboração,
cópias dos balancetes e demais demonstrações financeiras elaboradas periodicamente, bem como dos relatórios de
execução do orçamento.
Ouvidoria
Criada em 2003, a Ouvidoria do BNDES atua no pós-atendimento e na mediação de conflitos entre o cidadão e a
instituição, prestando esclarecimentos e procurando estreitar os laços entre o BNDES, seus clientes e o público em
geral. Para tanto, estimula iniciativas descentralizadas, voluntárias e efetivas de aprimoramento dos serviços pres-
tados, tornando-se instrumento de inclusão social.
De forma autônoma, imparcial e sigilosa, a Ouvidoria interpreta os anseios do cidadão perante a empresa, contri-
buindo para o aperfeiçoamento do processo democrático.
Nesse esforço, a Ouvidoria do BNDES tem a atribuição de atuar como canal de comunicação entre a instituição e os
públicos externo e interno (funcionários e colaboradores), recebendo sugestões, denúncias, reclamações e demais
manifestações não solucionadas por meio dos canais de atendimento Fale Conosco ou Atendimento da Área de
Operações Indiretas.
O ouvidor é designado pelo presidente do BNDES e tem mandato por prazo indeterminado, cessando-se a qualquer
tempo por decisão do presidente.
O BNDES tem convicção de ter conquistado reconhecimento e respeito na sociedade brasileira por valorizar o
comportamento ético no exercício das atividades de seus empregados.
O compromisso com a gestão da ética no BNDES foi formalizado com a Resolução 1.007 da Diretoria, de 26 de junho
de 2002, que criou o Código de Ética Profissional dos Empregados do Sistema BNDES – 2002. Esse regulamento
orientou o trabalho desenvolvido na gestão da ética no BNDES por meio da promoção de ações de natureza educa-
tiva, da atualização e do aperfeiçoamento de suas normas e da apuração e da aplicação das penas cabíveis nos casos
de infrações éticas. Em 28 de abril de 2009, foi aprovado pela Diretoria o atual Código de Ética do Sistema BNDES.
A gestão da ética no Sistema BNDES, nos termos do Código de Ética do Sistema BNDES, é conduzida pela Comissão
de Ética do Sistema BNDES (CET/BNDES) e pela Secretaria Executiva da Comissão de Ética (SECET/GP), vinculadas à
Presidência do BNDES. O Regimento Interno da Comissão de Ética foi aprovado em 23 de setembro de 2008 pela
Resolução 1.642 da Diretoria.
Anualmente, conforme dispõe o Decreto 6.029, de 1º de fevereiro de 2007, a Comissão de Ética do Sistema BNDES
tem um terço de sua composição renovado, em função do término de mandato de dois de seus membros. Os
membros são designados para exercer um mandato de três anos, renovável por igual período.
O BNDES é membro do Fórum Nacional de Gestão da Ética nas Empresas Estatais desde a sua criação, em 21 de maio
de 2007, participando das reuniões ordinárias, que ocorrem mensalmente, e da organização do Seminário Anual de
Gestão da Ética nas Empresas Estatais. Atualmente, 20 empresas compõem o referido fórum, que se dedica a estudar
e debater assuntos relacionados à ética, em seus aspectos conceituais, filosóficos, doutrinários, legais e administra-
tivos, compartilhando experiências e fortalecendo a gestão da ética na esfera pública.
A Comissão de Ética do Sistema BNDES participa, ainda, do Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal,
coordenado pela Comissão de Ética Pública, vinculada à Presidência da República, por meio da qual os membros da
Comissão de Ética e da Secretaria Executiva estão em permanente capacitação e atualização.
Além do cumprimento das suas atribuições básicas, a CET/BNDES colaborou com os Grupos de Trabalho sobre Assédio
Moral e Pró-Equidade de Gênero, além do Projeto Valores, do Projeto Responsabilidade Social e Ambiental (RSA) e
da Pesquisa de Clima Organizacional.
Por fim, cumpre observar que a ética é um dos valores do BNDES que, ao lado da excelência, do compromisso com
o desenvolvimento e do espírito público, foram consagrados em 2010, considerado o Ano dos Valores do BNDES.
O reconhecimento e o respeito que o BNDES conquistou na sociedade brasileira devem-se, entre outros fatores, à
longa tradição de comportamento ético predominante nas atividades exercidas.
5. Recursos humanos
Em cumprimento à Constituição Federal, o BNDES contrata seus empregados por meio de seleção pública. A alte-
ração do quantitativo de seu quadro funcional se dá por meio de portarias do DEST. A Portaria nº 9, expedida em
abril de 2010, fixou o limite de quantitativo do Sistema BNDES em 2.840 empregados.
O BNDES encerrou 2010 com 2.635 empregados, representando um aumento de 9,88% em relação ao quantitativo
do ano anterior, composto de 2.398 empregados.
24% até 30 4% 15 a 20
36% Mulheres 3% a partir de 60 5% 10 a 15
20% mais de 20
20% 50 a 60
20% 5 a 10
18% 40 a 50
Em consonância com o momento de renovação do quadro funcional, o BNDES continua oferecendo aos empregados
que irão se desligar até 2012 o Programa Novos Tempos. A iniciativa tem o objetivo de assegurar a transmissão de
conhecimento entre novos e antigos empregados, além de proporcionar novas opções de vida além do trabalho.
Cabe destacar que 37% das funções executivas são ocupadas por mulheres. Esse dado corrobora o esforço do Banco
para reconhecer e indicar empregados para ocuparem funções de confiança, independentemente de seu gênero.
O indicador sugere que está produzindo bons resultados o Programa Pró-Equidade de Gênero, coordenado pelo
Gabinete da Presidência, cujo objetivo é a promoção de igualdade entre homens e mulheres.
Em 2010, o BNDES prosseguiu com sua estratégia de treinamento e capacitação dos empregados, considerada vital
para a excelência do corpo funcional. Foram investidos aproximadamente R$ 10 milhões em capacitação, incluindo,
entre outras ações, cursos de pós-graduação, cursos de idiomas e treinamentos no exterior.
Como benefícios a seus empregados, o BNDES concede assistência educacional, vale-transporte e vale-refeição e
cesta alimentação. Também assegura complementação de aposentadoria, auxílio-doença, assistência médica,
entre outros, por meio da Fundação de Assistência e Previdência Social do BNDES (Fapes), entidade fechada
de previdência privada.
O Programa Gestão por Competências iniciou-se, em 2009, com o mapeamento e a redação das competências orga-
nizacionais e das competências executivas, reunidas no documento Dicionário de competências organizacionais e
executivas. Após a primeira rodada de avaliação das competências executivas, foi iniciada a etapa de construção dos
Planos de Desenvolvimento Individuais (PDIs) dos executivos, acordados entre eles e seus gestores. Além de cursos,
leituras e, principalmente, atividades no ambiente de trabalho estão sendo estimuladas como importantes ferra-
mentas de desenvolvimento dos executivos.
Em continuidade à implantação da Gestão por Competências, foi estruturado, em 2010, o projeto Gestão Estraté-
gica de Pessoas (GEP). O projeto determinará as diretrizes dos principais processos relacionados à gestão de pessoas
no BNDES e tem como pilares quatro subprojetos: mapeamento e avaliação das competências técnicas e compor-
tamentais, gestão de carreira, educação corporativa e gestão de desempenho. Os dois primeiros subprojetos estão
avançados na etapa de estruturação e modelagem, enquanto os dois últimos serão iniciados em meados de 2011.
No âmbito do subprojeto mapeamento e avaliação de competências, foram aprovadas pela Diretoria, no mês de
outubro, as competências comportamentais, aplicáveis aos empregados que não ocupam funções executivas.
No mês de novembro, foram realizadas nove turmas de treinamento para executivos, com vistas a estimular a
reflexão sobre as mudanças necessárias à gestão de pessoas no BNDES, apresentar as competências comportamen-
tais, bem como ajustes realizados nas competências executivas.
Para monitorar o clima no ambiente de trabalho e a satisfação dos empregados com relação a diversos aspectos da
organização, foi implementada a Gestão de Clima Organizacional. Na etapa de investigação, foi realizada pesquisa
de clima com adesão de 70% dos empregados, seguida da realização de grupos focais. Está sendo desenvolvida a
etapa de estruturação de planos de ação para melhoria do clima, que abrangerão ações focadas para cada área e
também ações gerais para todo o Banco.
A fim de preservar a excelência de seu corpo funcional e a transmissão de conhecimento e de valores para os novos
empregados, a ARH implementou o projeto Valores, com o objetivo de declarar e disseminar os valores do BNDES:
ética, compromisso com o desenvolvimento, espírito público e excelência.
Dada a relevância do tema para a instituição, 2010 foi escolhido pela Alta Administração como o Ano dos Valores.
O grupo de trabalho responsável pelo projeto promoveu diversas ações, tais como a Semana de Valores, o Concurso
Literário e o Cine Valores. Em continuidade ao projeto, a ARH realizou encontros específicos para aprofundar a
reflexão sobre a prática dos valores em cada uma das áreas.
6. Rating
Segundo a Standard & Poor’s (S&P), o rating em escala global é BBB+ (moeda local) e BBB- (moeda estrangeira),
ambos com perspectiva “estável”.
Segundo a Moody´s, o rating em escala global é A3 (moeda local) com perspectiva “estável” e Baa2 (moeda estran-
geira) com perspectiva “positiva”.
9. Agradecimentos
Agradecemos aos nossos colaboradores a dedicação e o talento, que nos permitem obter resultados consistentes e
diferenciados, e ao mercado pelo indispensável apoio e confiança.
A Administração do Banco é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações finan-
ceiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil (Bacen) e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a
elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa
auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o
cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de
obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos
valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do
julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, seja
causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a
elaboração e a adequada apresentação das demonstrações financeiras do Banco para planejar os procedimentos de
auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles
internos do Banco. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razo-
abilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demons-
trações financeiras tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião com ressalva.
Conforme mencionado na Nota Explicativa nº 15, as demonstrações financeiras de certas sociedades coligadas, nas
quais a controlada BNDES Participações S.A. (BNDESPAR) possuía investimentos em 31 de dezembro de 2010, no valor
de R$ 3.921.961 mil e cujo ganho líquido apurado pelo método de equivalência patrimonial totaliza R$ 640.147 mil para
o exercício findo em 31 de dezembro de 2010, utilizadas para fins de avaliação dos investimentos pelo método de
equivalência patrimonial, foram elaboradas com base nas normas contábeis adotadas no Brasil até 31 de dezembro
de 2009. Não foi possível quantificar os efeitos, caso essas demonstrações financeiras tivessem sido preparadas com
base nas normas contábeis com vigência para 2010.
Em nossa opinião, com exceção dos possíveis efeitos do assunto descrito no parágrafo Base para opinião com
ressalva, as demonstrações financeiras referidas acima apresentam adequadamente, em todos os aspectos rele-
vantes, a posição patrimonial e financeira, individual e consolidada, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-
mico e Social (BNDES) em 31 de dezembro de 2010, o desempenho, individual e consolidado, de suas operações e os
seus fluxos de caixa, individuais e consolidados, para o exercício e semestre findos naquela data, de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
Examinamos também a demonstração do valor adicionado (DVA) para o exercício e semestre findos em 31 de dezembro
de 2010, individual e consolidada, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias
abertas. Essa demonstração não é obrigatória para o Banco, sendo uma informação suplementar, a qual foi submetida
aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, está adequadamente apresen-
tada, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Os valores correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2009, apresentados para fins de comparação,
foram anteriormente por nós auditados de acordo com as normas de auditoria vigentes por ocasião da emissão do
relatório em 27 de janeiro de 2010, que não conteve nenhuma modificação. As normas de auditoria anteriormente
vigentes permitiam divisão de responsabilidade, portanto, as demonstrações financeiras de empresas coligadas em
que a controlada BNDES Participações S.A. (BNDESPAR) possuía investimentos em 31 de dezembro de 2009 no valor
de R$ 8.306.612 mil, que representava 2,15% do total dos ativos consolidados e 30,07% do patrimônio líquido e cujo
ganho líquido apurado pelo método de equivalência patrimonial totalizava R$ 528.321 mil para o exercício findo em
31 de dezembro de 2009, foram examinadas por outros auditores independentes, cujos pareceres não continham
ressalva. Nossa opinião no que se refere aos valores desse investimento e do correspondente resultado de equiva-
lência patrimonial foi baseada nos pareceres daqueles outros auditores.
(continua)
QUADRO 1
BNDES E SUAS CONTROLADAS: BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO (EM MILHARES DE REAIS)
Nota
Explicativa BNDES CONSOLIDADO
(continua)
QUADRO 1
BNDES E SUAS CONTROLADAS: BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO (EM MILHARES DE REAIS)
Nota
Explicativa BNDES CONSOLIDADO
(continua)
QUADRO 1
BNDES E SUAS CONTROLADAS: BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO (EM MILHARES DE REAIS)
Nota
Explicativa BNDES CONSOLIDADO
(continua)
Exercício Exercício
2º semestre 2º semestre
de 2010 2010 2009 de 2010 2010 2009
RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO
FINANCEIRA 11.776.469 28.028.442 9.135.164 13.991.805 31.238.858 11.164.152
Operações de crédito e repasses
interfinanceiros - - - - -
. Moeda nacional 9.954.192 17.958.566 14.089.134 9.876.732 18.366.606 14.911.819
. Moeda estrangeira (2.587.058) 1.155.291 (9.990.416) (2.524.118) 1.232.662 (9.932.442)
Resultado com aplicações em títulos e
valores mobiliários 3.291.280 7.049.941 4.128.075 4.399.962 8.373.959 5.187.147
Rendas de operações vinculadas ao
Tesouro Nacional 861.745 1.364.791 405.094 1.978.651 2.761.538 495.439
Rendas com administração de fundos e
programas 256.310 499.853 503.277 256.298 499.813 502.189
Resultado com alienações de títulos de
renda fixa - - - 4.280 4.280 -
DESPESAS DA
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (7.473.502) (18.541.303) (3.118.507) (8.722.561) (21.348.134) (5.348.941)
Captação no mercado – financiamentos
e repasses
. Moeda nacional (10.708.079) (19.989.806) (13.481.186) (12.041.832) (22.616.022) (15.727.006)
. Moeda estrangeira 3.303.981 (416.348) 11.097.715 3.303.981 (416.679) 11.097.216
Resultado com instrumentos financeiros
derivativos – câmbio e taxa de juros (873.411) (1.148.053) (580.872) (873.411) (1.148.053) (580.872)
Despesas com operações vinculadas ao
Tesouro Nacional (2.104) (4.157) (3.932) (2.104) (4.157) (3.932)
Reversão (constituição) de provisão
para risco de crédito 27 831.334 3.032.062 (21.588) 916.028 2.851.778 (5.703)
Resultado da carteira de câmbio (25.223) (15.001) (128.644) (25.223) (15.001) (128.644)
RESULTADO BRUTO DA
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 4.302.967 9.487.139 6.016.657 5.269.244 9.890.724 5.815.211
Resultado com equivalência patrimonial 15 3.153.165 4.054.643 4.155.579 301.147 439.393 778.115
Atualização monetária líquida de ativos
e passivos – Selic 35.773 (38.465) (1.307.681) 126.488 107.386 715.500
Amortização de ágios - - - (29.793) (29.793) -
Reversão (constituição) de provisão
para ajuste de investimentos - - - (39.975) (144.395) (373.549)
Receita de dividendos - - 137 116.006 635.639 1.307.168
Receita de juros sobre o capital próprio 74.479 74.882 - 1.033.362 1.667.902 1.119.280
Resultado com alienações de títulos de
renda variável - - - 2.349.786 3.238.442 1.158.801
Resultado com instrumentos financeiros
derivativos – renda variável - - - 351.346 351.346 -
Outras rendas sobre participações
societárias - - - - (2) 47
Reversão (constituição) de provisões
trabalhistas e cíveis 16.925 22.536 642.356 5.126 26.436 584.812
Despesas tributárias (193.120) (381.331) (391.296) (336.016) (592.512) (546.819)
Despesas com pessoal (358.912) (656.436) (695.558) (534.579) (976.985) (919.464)
Despesas administrativas (136.293) (211.412) (209.405) (198.652) (306.673) (274.133)
Outras receitas operacionais 323.360 489.985 3.749 324.194 531.317 89.330
Outras despesas operacionais (201.215) (423.719) (350.324) (232.780) (479.291) (396.280)
(continua)
Relatório Anual 2010 | Demonstrações Contábeis BNDES • 27
(continuação)
QUADRO 2
BNDES E SUAS CONTROLADAS: DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DO SEMESTRE FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010
E DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (EM MILHARES DE REAIS)
Nota
Explicativa BNDES CONSOLIDADO
Exercício Exercício
2º semestre 2º semestre
de 2010 2010 2009 de 2010 2010 2009
Participação dos empregados no lucro (106.736) (106.736) (65.588) (159.307) (159.307) (86.300)
Reserva de Ajustes de
capital Reservas de lucros avaliação patrimonial
Reserva Reserva De
Reserva de Reserva de para futuro para ativos de
Capital incentivos Reserva incentivos aumento de margem De ativos coligadas e Lucros
social fiscais legal fiscais capital operacional próprios controladas acumulados Total
Em 1º de janeiro de
2010 20.260.881 106.631 1.519.676 99.708 1.701.914 3.814.428 109.463 15.343 - 27.628.044
Ajuste de exercícios
anteriores - - - - - - - - 231.449 231.449
Aumento de capital
(Nota 25) 9.296.534 (106.631) (1.182.918) (58.678) (748.307) - - - - 7.200.000
Dividendos
complementares
(Nota 25) - - - - - - - - (4.768.035) (4.768.035)
Ajustes de avaliação
patrimonial (Nota 25) - - - - - - (16.274) 29.188.020 - 29.171.746
Lucro líquido do
exercício - - - - - - - - 9.913.322 9.913.322
Destinação do
resultado (Nota 25):
. Remuneração ao
acionista
Juros sobre o
capital próprio
antecipados - - - - - - - - (738.365) (738.365)
Juros sobre o
capital próprio
complementares - - - - - - - - (771.600) (771.600)
Dividendos pagos
antecipadamente - - - - - - - - (1.967.296) (1.967.296)
. Reserva legal - - 507.239 - - - - - (507.239) -
. Reserva de
incentivos fiscais - - - 20.185 - - - - (20.185) -
. Reserva para futuro
aumento de capital - - - - 1.442.602 - - - (1.442.602) -
. Reserva para
margem operacional - - - - - 4.697.484 - - (4.697.484) -
Em 31 de dezembro
de 2010 29.557.415 - 843.997 61.215 1.442.602 4.697.484 93.189 29.203.363 - 65.899.265
Mutações no
exercício 9.296.534 (106.631) (675.679) (38.493) (259.312) 883.056 (16.274) 29.188.020 - 38.271.221
(continua)
QUADRO 3
BNDES E SUAS CONTROLADAS: DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
DO SEMESTRE FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS)
Ajustes de
Reservas de lucros avaliação patrimonial
Reserva para
Aumento de Reserva de futuro Reserva para De ativos de
Capital capital em Reserva incentivos aumento de margem De ativos coligadas e Lucros
social curso legal fiscais capital operacional próprios controladas acumulados Total
Em 1º julho de 2010 22.357.415 2.700.000 336.758 41.030 953.607 215.293 68.719 336.656 3.570.626 30.580.104
Ajuste de exercícios
anteriores - - - - - - - - 231.449 231.449
Aumento de capital
(Nota 25) 7.200.000 (2.700.000) - - - - - - - 4.500.000
Dividendos
complementares
(Nota 25) - - - - - - - - (1.168.900) (1.168.900)
Ajustes de avaliação
patrimonial (Nota 25) - - - - - - 24.470 28.866.707 - 28.891.177
Lucro líquido do
exercício - - - - - - - - 6.342.696 6.342.696
Destinação do
resultado (Nota 25):
. Remuneração ao
acionista
Juros sobre o
capital próprio
antecipados - - - - - - - - (738.365) (738.365)
Juros sobre o
capital próprio
complementares - - - - - - - - (771.600) (771.600)
Dividendos pagos
antecipadamente - - - - - - - - (1.967.296) (1.967.296)
.R
eserva de
incentivos fiscais - - - 20.185 - - - - (20.185) -
.R
eserva para futuro
aumento de capital - - - - 1.442.602 - - - (1.442.602) -
.R
eserva para
margem operacional - - - - - 4.697.484 - - 4.697.484 -
Em 31 de dezembro
de 2010 29.557.415 - 843.997 61.215 1.442.602 4.697.484 93.189 29.203.363 - 65.899.265
Mutações no semestre 7.200.000 (2.700.000) 507.239 20.185 488.995 4.482.191 24.470 28.866.707 (3.570.626) 35.319.161
Reserva para
Reserva de Reserva de futuro Reserva para De ativos de
Capital incentivos Reserva incentivos aumento de margem De ativos coligadas e Lucros
social fiscais legal fiscais capital operacional próprios controladas acumulados Total
Em 1º de janeiro
de 2009 13.879.407 106.631 1.182.918 58.678 748.307 2.920.942 156.963 4.684 6.208.091 25.266.621
Aumento de capital
(Nota 25) 6.381.474 - - - - - - - (2.000.000) 4.381.474
Dividendos
complementares - - - - - - - - (7.129.034) (7.129.034)
Reversão de
reserva de margem
operacional - - - - - (2.920.942) - - 2.920.942 -
Ajustes de avaliação
patrimonial - - - - - - (47.500) 10.659 - (36.841)
Lucro líquido do
exercício - - - - - - - - 6.735.169 6.735.169
Destinação do
resultado (Nota 25):
. Dividendos
propostos - - - - - - - - (381.547) (381.547)
Em 31 de dezembro
de 2009 20.260.881 106.631 1.519.676 99.708 1.701.914 3.814.428 109.463 15.343 - 27.628.044
Mutações no exercício 6.381.474 - 336.758 41.030 953.607 893.486 (47.500) 10.659 (6.208.091) 2.361.423
Atividades operacionais
Lucro líquido do semestre/exercício 6.342.696 9.913.322 6.735.169 6.342.696 9.913.322 6.735.169
Ajustes que não afetam as
disponibilidades (4.007.131) (7.137.194) (4.621.528) (972.318) (2.840.468) (1.173.858)
Atividades de investimentos
. Aumento (diminuição) líquido do
ativo permanente (11.978.046) (13.094.368) (17.641.716) 54.323.222 55.172.645 (4.415.782)
. Recebimento de dividendos de
coligadas - 965.961 (840.176) 467.893 495.108 495.727
Caixa líquido gerado pelas
(consumido nas) atividades de
investimentos (11.978.046) (12.128.407) (18.481.892) 54.791.115 55.667.753 (3.920.055)
(continua)
QUADRO 4
BNDES E SUAS CONTROLADAS: DEMONSTRAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA DO SEMESTRE FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010
E DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (EM MILHARES DE REAIS)
BNDES CONSOLIDADO
Exercício Exercício
2º semestre 2º semestre
de 2010 2010 2009 de 2010 2010 2009
Atividades de financiamentos
. Aumento em obrigações por dívidas
subordinadas 5.340.130 11.163.252 8.210.938 5.340.130 11.163.252 8.210.938
. Pagamento de dividendos (922.862) (2.511.324) (8.448.494) (1.028.212) (2.616.674) (8.448.494)
Caixa líquido gerado nas atividades
de financiamentos 4.417.268 8.651.928 (237.556) 4.311.918 8.546.578 (237.556)
Aumento/redução
das disponibilidades 9.469.494 8.174.681 (4.416.654) 9.068.469 7.686.324 (3.332.571)
Aumento/redução das
disponibilidades 9.469.494 8.174.681 (4.416.654) 9.068.469 7.686.324 (3.332.571)
(0) (0) 0 0 (0) 0
* Inclui disponibilidades, aplicações interfinanceiras de liquidez e cotas de fundos de investimento exclusivo do Banco do Brasil.
Dividendos e juros sobre capital próprio 74.479 74.882 137 1.149.368 2.303.541 2.426.448
Participação dos empregados nos lucros 106.736 106.736 65.588 159.307 159.307 86.300
Juros sobre capital próprio e dividendos 3.477.261 3.477.261 1.589.345 3.477.261 3.477.261 1.589.345
1.1 Histórico
O BNDES foi criado em 20 de junho de 1952, pela Lei 1.628, como autarquia federal. Posteriormente, com a Lei 5.662
e o Decreto 68.786, ambos de 21 de junho de 1971, foi transformado em empresa pública, dotada de personalidade
jurídica de direito privado e patrimônio próprio e sujeita às normas gerais orçamentárias e contábeis e à disciplina
normativa do Conselho Monetário Nacional (CMN).
O Sistema BNDES é o principal instrumento do governo federal para os financiamentos de longo prazo, com ênfase
no estímulo à iniciativa privada nacional.
O BNDES apresenta uma estrutura voltada para promover o desenvolvimento nacional e a geração de empregos,
priorizando:
• Investimentos em infraestrutura;
• exportações;
• tecnologia nacional;
Além da atuação como banco de desenvolvimento, o BNDES tem um papel importante na formulação de políticas de
desenvolvimento nacional e na identificação de soluções para problemas estruturais da economia brasileira.
O BNDES atua também por intermédio das subsidiárias integrais BNDES Participações S.A. (BNDESPAR), que investe
em empresas nacionais por meio da subscrição de ações e debêntures conversíveis, Agência Especial de Financia-
mento Industrial (FINAME), que apoia a expansão e a modernização da indústria brasileira através do financiamento
à compra de máquinas e equipamentos e à exportação de bens de capital e serviço, e BNDES Limited, empresa
sediada em Londres, cujo objetivo é atuar como holding para investir em títulos e valores mobiliários em qualquer
país, contribuindo para a internacionalização de empresas brasileiras. A BNDES Limited está em fase pré-operacional.
Em 28 de dezembro de 2007, foi promulgada a Lei 11.638/07 e, em 27 de maio de 2009, a Lei 11.941/09, que alteram,
revogam e introduzem novos dispositivos à Lei das Sociedades por Ações (Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976),
notadamente em relação ao capítulo XV, que trata de matéria contábil.
Além disso, a Administração optou pela não adoção antecipada dos pronunciamentos técnicos emitidos no exer-
cício de 2009, que entrarão em vigor em 2010. Dessa forma, no exercício de 2009, foram adotados apenas os
pronunciamentos técnicos emitidos pelo CPC até o fim do exercício de 2008 (CPC 1 a 14), não conflitantes com as
regulamentações do Banco Central do Brasil. Com isso, os Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40 e interpretações
diversas serão adotados, quando for o caso, e quando não forem conflitantes com as regulamentações do Banco
Central. Os efeitos advindos da possível adoção antecipada não foram mensurados.
3. Critérios de consolidação
As demonstrações financeiras consolidadas incluem o BNDES e suas controladas integrais FINAME, BNDESPAR e
BNDES Limited. O processo de consolidação das contas patrimoniais e de resultados corresponde à soma horizontal
dos saldos das contas do ativo, passivo, receitas e despesas, segundo a natureza de cada saldo, complementada com
as seguintes eliminações:
ii. saldos das operações entre o BNDES e suas subsidiárias e outros saldos, integrantes do ativo e/ou do passivo,
mantidos entre as instituições;
iii. s aldos de receitas e despesas, bem como de lucros não realizados, que não ocorreram no período, decorrentes
de negócios entre as instituições; e
iv. t ributos sobre a parcela de lucro não realizado e apresentado como tributos diferidos nos balanços patrimoniais
consolidados.
As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate e as receitas e despesas correspondentes ao
período futuro são registradas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos, sendo apropriadas ao resultado
do exercício à medida que incorram. As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são
atualizadas até a data do balanço.
As demais receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência, observando-se o critério
pro rata dia para as de natureza financeira.
As aplicações interfinanceiras de liquidez são registradas ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos
até a data do balanço, deduzidos de provisão para desvalorização, quando aplicável.
De acordo com o estabelecido pela Circular 3.068, de 8 de novembro de 2001, do Banco Central do Brasil, e pela
Lei 11.638/07, os títulos e valores mobiliários integrantes da carteira são classificados em três categorias distintas,
conforme a intenção da Administração, quais sejam:
Os títulos classificados como para negociação e disponíveis para venda são avaliados, na data do balanço, pelo seu
valor de mercado e os classificados como títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo seu custo de aqui-
sição, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço.
Os ajustes a valor de mercado dos títulos classificados como para negociação são contabilizados em contrapartida à
adequada conta de receita ou despesa, no resultado do período.
Os ajustes a valor de mercado dos títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados em contrapar-
tida à conta destacada do patrimônio líquido, líquido dos efeitos tributários, sendo transferidos para o resultado do
período, quando da efetiva realização, por meio da venda definitiva dos respectivos títulos e valores mobiliários.
As aplicações em fundos de investimentos são valorizadas diariamente e, portanto, já estão ajustadas a valor de
mercado, sendo as contrapartidas registradas no resultado.
Os instrumentos financeiros derivativos compostos pelas operações de swap e operações com mercado de futuros
são contabilizados de acordo com os seguintes critérios:
• Operações de swap – os valores referenciais são registrados em contas de compensação e o diferencial a receber
ou a pagar, contabilizados em conta de ativo ou passivo, respectivamente, apropriados como receita ou despesa
pro rata até a data do balanço;
• perações com mercado de futuros – os valores referenciais são registrados em contas de compensação e os
O
valores a receber e/ou a pagar referentes aos ajustes diários são registrados em contas patrimoniais, tendo como
contrapartida as contas de resultado. Essas operações têm liquidação diária.
O Banco Central do Brasil, por meio da Circular 3.082/2002, estabeleceu critérios de avaliação e classificação para os
instrumentos financeiros derivativos.
As operações com instrumentos financeiros derivativos são avaliadas, na data do balanço, a valor de mercado, conta-
bilizando a valorização ou a desvalorização com instrumentos financeiros derivativos não considerados como hedge
ou como hedge de risco de mercado, em conta de receita ou despesa, no resultado do exercício.
As operações de crédito, repasses interfinanceiros, debêntures, venda a prazo de títulos e valores mobiliários e
direitos recebíveis são classificadas de acordo com o julgamento da Administração quanto ao nível de risco, levando
em consideração a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos em relação à operação, aos
devedores e garantidores, observando os parâmetros estabelecidos pela Resolução 2.682 do Banco Central do Brasil,
que requer a análise periódica da carteira e sua classificação em nove níveis, sendo “AA” risco mínimo e “H” risco
máximo.
As rendas das operações (de crédito e repasses interfinanceiros) vencidas há mais de 60 dias, independentemente
de seu nível de risco, somente são reconhecidas como receita quando efetivamente recebidas. As operações clas-
sificadas como nível “H”, se inadimplentes, permanecem nessa classificação por até seis meses, quando então são
baixadas contra a provisão existente e controladas, por no mínimo cinco anos, em contas de compensação, não mais
figurando no balanço patrimonial.
As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegocia-
ções de operações de créditos que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compen-
sação são classificadas como nível “H” e os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente são reconhe-
cidos como receita quando efetivamente recebidos.
A provisão para risco de crédito, considerada suficiente pela Administração, atende aos critérios estabelecidos pelo
Banco Central do Brasil – por meio da Resolução 2.682.
4.5 Investimentos
Os investimentos em empresas coligadas, consideradas aquelas em que o Banco tem influência significativa nos
termos da Lei 11.941/09, são avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os demais investimentos estão
demonstrados ao custo e, quando aplicável, ajustados para o seu valor de provável realização.
Os dividendos e os juros sobre o capital próprio, declarados de investimentos avaliados pelo método de equivalência
patrimonial, são registrados reduzindo o valor das respectivas participações societárias. Os dividendos e os juros sobre o
capital próprio dos investimentos avaliados ao custo de aquisição são creditados diretamente ao resultado do período.
Os ágios apurados na aquisição de investimentos, cujos fundamentos econômicos não são identificados, são amorti-
zados integralmente. Os decorrentes de expectativa de resultados futuros são submetidos ao teste de recuperabili-
dade a que se refere a Deliberação 527 da CVM, de 1º de novembro de 2007.
Os deságios decorrentes de aquisição de investimentos cujo fundamento econômico não é identificado (outras
razões econômicas) serão baixados quando ocorrer a alienação dos investimentos.
4.6 Imobilizado
O ativo imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calcu-
ladas pelo método linear de acordo com a vida útil estimada dos bens.
4.7 Intangível
O ativo intangível está registrado ao custo de aquisição ou formação, líquido das respectivas amortizações acumu-
ladas, calculadas pelo método linear.
Os direitos e as obrigações, legal ou contratualmente sujeitos à variação cambial ou de índices, são atualizados até
a data do balanço. As contrapartidas dessas atualizações são refletidas no resultado do período.
O BNDES e suas subsidiárias oferecem aos seus empregados um plano de aposentadoria complementar. O plano
é financiado por pagamentos a um fundo fiduciário, determinados por cálculos atuariais periódicos. O plano é de
benefício definido.
Os ativos atuariais, determinados pelos atuários consultores, não são reconhecidos como ativo do patrocinador em
função da impossibilidade de compensação de tais valores com contribuições futuras, conforme determinado no
regulamento do fundo de pensão.
O passivo reconhecido no balanço patrimonial é o valor presente da obrigação de benefício definido na data do
balanço, menos o valor justo dos ativos do plano, com os ajustes de ganhos ou perdas atuariais e de custos de
serviços passados não reconhecidos. A obrigação de benefício definido é calculada anualmente por atuários inde-
pendentes, usando o método de crédito unitário projetado. O valor presente da obrigação de benefício definido
é determinado mediante o desconto das saídas futuras estimadas de caixa, usando taxas de juros condizentes com
os rendimentos de mercado, as quais são denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e que tenham
prazos de vencimento próximos daqueles da respectiva obrigação do plano de pensão.
As dívidas contratadas entre o BNDES e o plano de pensão são consideradas na determinação de um passivo adicional
referente a contribuições futuras que não serão recuperáveis.
Os ganhos e as perdas atuariais decorrentes de ajustes com base na experiência e nas mudanças das premissas atua-
riais que excederem 10% do valor dos ativos do plano ou 10% dos passivos do plano são debitados ou creditados ao
resultado no período esperado de serviço remanescente dos funcionários.
O BNDES e suas subsidiárias oferecem um benefício de assistência médica pós-aposentadoria a seus empregados. O
direito a esses benefícios é, geralmente, condicionado à permanência do empregado no emprego até a idade de
aposentadoria e à conclusão de um tempo mínimo de serviço. Os custos esperados desses benefícios são acumulados
durante o período do emprego, dispondo da mesma metodologia contábil usada para os planos de pensão de bene-
fício definido.
Os ganhos e as perdas atuariais decorrentes de ajustes com base na experiência e na mudança das premissas atua-
riais que excederem 10% do valor dos ativos do plano ou 10% dos passivos do plano são debitados ou creditados
ao resultado no período esperado de serviço remanescente dos funcionários. Essas obrigações são avaliadas, anual-
mente, por atuários independentes qualificados.
c. Benefícios de rescisão
O BNDES e suas subsidiárias reconhecem os benefícios de rescisão quando estão, de forma demonstrável, compro-
metidos com a rescisão dos atuais empregados de acordo com um plano formal detalhado, o qual não pode ser
suspenso ou cancelado, ou o fornecimento de benefícios de rescisão como resultado de uma oferta feita para incen-
tivar a demissão voluntária. Os benefícios que vencem em mais de 12 meses após a data do balanço são descontados
a seu valor presente.
O BNDES e suas subsidiárias reconhecem um passivo e uma despesa de participação nos resultados (apresentado no
item “participação dos empregados no lucro” na demonstração do resultado). O BNDES reconhece uma provisão
quando está contratualmente obrigado ou quando há uma prática passada que criou uma obrigação não formalizada.
A provisão para Imposto de Renda foi constituída com base no lucro contábil, ajustado pelas adições e exclusões
previstas na legislação fiscal pela alíquota de 15%, acrescida de adicional de 10%, sobre bases tributáveis que
excedam R$ 20 mil no mês (R$ 240 mil no exercício) de acordo com a legislação em vigor. A Contribuição Social, para
o BNDES e a FINAME, foi constituída à alíquota de 15% e 9% para a BNDESPAR.
O Imposto de Renda e a Contribuição Social diferidos, calculados sobre adições temporárias, são registrados na
rubrica “créditos tributários”.
A elaboração das demonstrações financeiras, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas
regulamentares do Banco Central do Brasil e da Comissão de Valores Mobiliários, requer que a Administração use
julgamento na determinação e no registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos sujeitos a essas estimativas e
premissas incluem notadamente provisão para risco de crédito, provisão para contingências, provisão para impostos
e contribuições e realização de créditos tributários. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá
ser efetuada por valores diferentes dos estimados devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação.
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009 2010 2009
BNDES Consolidado
Disponibilidades 8.009 2.972 15.897 4.750
Aplicações interfinanceiras de liquidez (Nota 6) 10.113.958 2.006.817 10.113.958 2.006.817
Títulos e valores mobiliários
Cotas de fundos exclusivos (Nota 7.4) 1.825.135 1.762.632 3.965.698 4.397.662
11.947.102 3.772.421 14.095.553 6.409.229
O saldo dessas operações de curto prazo, em 31 de dezembro de 2010, monta em R$ 1.689.615 mil (R$ 991 mil
em 31 de dezembro de 2009).
O BNDES realizou operações de compra de títulos com compromisso de revenda (mercado de balcão), de curto
prazo, lastreadas em títulos públicos federais, com saldo de R$ 24.343 mil em 31 de dezembro de 2010 (R$ 5.826 mil
em 31 de dezembro de 2009).
Em 2008, o BNDES começou a realizar aplicações de curto prazo registradas na Cetip. Em 31 de dezembro
de 2010, o saldo de aplicações em depósitos interfinanceiros era de R$ 8.400.000 mil (R$ 2.000.000 mil em
31 de dezembro de 2009).
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009 2010 2009
BNDES Consolidado
Provisão para risco de crédito – debêntures – setor privado (767) (79.820) (1.086) (262.439)
Provisão para risco de crédito – debêntures – setor público (1903) (1.631) (2.245) (3.487)
Total provisão para risco de crédito – debêntures (2.670) (81.451) (3.331) (265.926)
R$ mil
Em 31 de dezembro
BNDES Consolidado
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2010
BNDES Consolidado
Livres:
Público:
Privado:
Para cálculo do valor de mercado das Notas do Tesouro Nacional, foram utilizados os preços divulgados pela Asso-
ciação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima).
R$ mil
31 de dezembro de 2010
BNDES
Sem Até 3 a 12 1a3 3a5 5 a 15 Acima de
vencimento 3 meses meses anos anos anos 15 anos Total
Livres:
Público:
Privado:
(2.670)
Total 39.157.787
Em 31 de dezembro de 2009
BNDES
Sem Até 3 a 12 1a3 3a5 5 a 15 Acima de
vencimento 3 meses meses anos anos anos 15 anos Total
Livres:
Público:
Cotas de fundo de investimento exclusivo
do Banco do Brasil 1.762.632 - - - - - - 1.762.632
Público:
Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B) - 12.408 19.163 609.326 - 271.752 2.145.600 3.058.249
Privado:
Público:
Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B) - 10.754 463.732 179.944 - - 2.092.187 2.746.617
Privado:
Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B) - 39.808 24.412 2.224.153 - 2.273.420 504.099 5.065.892
Letras Financeiras do Tesouro – Série A (LFT-A) - 4.381 13.143 35.047 21.905 - - 74.476
(continua)
Em 31 de dezembro de 2009
BNDES
Sem Até 3 a 12 1a3 3a5 5 a 15 Acima de
vencimento 3 meses meses anos anos anos 15 anos Total
(81.451)
Total 41.917.658
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2010
Consolidado
Sem Até 3 a 12 1a3 3a5 5 a 15 Acima de
vencimento 3 meses meses anos anos anos 15 anos Total
Livres:
Público:
Público:
Ações de companhias abertas e bônus de
subscrição 54.902.741 - - - - - - 54.902.741
Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B) - 10 22.884 467 1.269.173 - 1.092.367 2.384.901
Privado:
Público:
Privado:
Em 31 de dezembro de 2010
Consolidado
Sem Até 3 a 12 1a3 3a5 5 a 15 Acima de
vencimento 3 meses meses anos anos anos 15 anos Total
- - - - - - - -
Letras Financeiras do Tesouro – Série A (LFT-A) - 4.823 14.469 38.585 4.823 - - 62.700
(3.331)
Total 145.929.555
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2009
Consolidado
Sem Até 3 a 12 1a3 3a5 5 a 15 Acima de
vencimento 3 meses meses anos anos anos 15 anos Total
Livres:
Público:
Cotas de fundo de investimento exclusivo do
Banco do Brasil 4.397.662 - - - - - - 4.397.662
Público:
Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B) - 12.408 19.163 609.326 - 271.752 2.145.600 3.058.249
Privado:
(continua)
Relatório Anual 2010 | Demonstrações Contábeis BNDES • 47
(continuação)
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2009
Consolidado
Sem Até 3 a 12 1a3 3a5 5 a 15 Acima de
vencimento 3 meses meses anos anos anos 15 anos Total
(continua)
Títulos mantidos até o vencimento:
Público:
Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B) - 10.754 463.732 179.944 - - 2.092.187 2.746.617
Privado:
Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B) - 39.808 24.412 2.224.153 - 2.273.420 504.099 5.065.892
Letras Financeiras do Tesouro – Série A (LFT-A) - 4.381 13.143 35.047 21.905 - - 74.476
(265.926)
Total 54.280.877
O BNDES, em 31 de dezembro de 2010, possuía investimentos em fundos exclusivos administrados pelo Banco do
Brasil e pela Caixa Econômica Federal, classificados, de acordo com a Circular 3.068, de 8 de novembro de 2001, do
Banco Central do Brasil, como títulos para negociação.
A carteira dos fundos é composta basicamente de títulos públicos de emissão do Tesouro Nacional e custodiados no
Sistema de Liquidação e Custódia (Selic).
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Fundo BB Extramercado*
ATIVO
Disponibilidades 2.012 6.017 5.067 15.045
Operações compromissadas
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 806.858 1.709.040 1.639.986 2.533.283
Títulos e valores mobiliários
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 413.098 1.647.610 81.951 1.813.866
Outros 1 2 2 5
1.221.969 3.362.669 1.727.006 4.362.199
PASSIVO
Valores a pagar (84) (221) (363) (526)
(84) (221) (363) (526)
ATIVO
Disponibilidades 4 4 5 5
Operações compromissadas
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 13.879 13.879 - -
Letras do Tesouro Nacional (LTN) - - 35.538 35.538
Títulos e valores mobiliários
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 64.071 64.071 451 451
77.954 77.954 35.994 35.994
PASSIVO
Valores a pagar (5) (5) (5) (5)
(5) (5) (5) (5)
ATIVO
Disponibilidades 2 2 - -
Operações compromissadas
Notas do Tesouro Nacional (NTN) 525.307 525.307 - -
525.309 525.309 - -
PASSIVO
Valores a pagar (8) (8) - -
(8) (8)
* Inclui os fundos BB Urano 2 (FINAME), BB Extramercado Exclusivo 23 FI RF (BNDESPAR) e BB Milênio 28 FI Renda Fixa (BNDES), com políticas de investimento semelhantes.
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2010
BNDES
Sem Até 3 a 12 1a3 3a5 5 a 15 Acima de
Quantidade vencimento 3 meses meses anos anos anos 15 anos Total
Fundo BB Extramercado
Operações compromissadas
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 179.710 - 806.858 - - - - - 806.858
Títulos e valores mobiliários
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 91.844 - - - 15.743 370.368 26.987 - 413.098
- 806.858 - 15.743 370.368 26.987 - 1.219.956
Fundo BB GAIA FI RF
Operações compromissadas
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 3.091 - 13.879 - - - - - 13.879
Títulos e valores mobiliários
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 14.245 - - 607 4.093 48.128 11.243 - 64.071
- 13.879 607 4.093 48.128 11.243 - 77.950
Operações compromissadas
Notas do Tesouro Nacional (NTN) 262.402 - - - 525.307 - - - 525.307
- - - 525.307 - - - 525.307
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2009
BNDES
Sem Até 3 a 12 1a3 3a5 5 a 15 Acima de
Quantidade vencimento 3 meses meses anos anos anos 15 anos Total
Fundo BB Extramercado
Operações compromissadas
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 400.788 - 1.639.986 - - - - - 1.639.986
Títulos e valores mobiliários
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 20.000 - 81.951 - - - - - 81.951
- 1.721.937 - - - - - 1.721.937
Fundo BB GAIA FI RF
Operações compromissadas
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 8.685 - 35.538 - - - - - 35.538
Títulos e valores mobiliários
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 110 - - - 451 - - 451
- 35.538 - - 451 - - 35.989
Fundo BB Extramercado
Operações compromissadas
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 380.706 - 1.709.040 - - - - - 1.709.040
Títulos e valores mobiliários
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 366.312 - 1.565 62.677 319.203 1.186.713 77.452 - 1.647.610
1.710.605 62.677 319.203 1.186.713 77.452 3.356.650
Fundo BB GAIA FI RF
Operações compromissadas
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 3.091 - 13.879 - - - - - 13.879
Títulos e valores mobiliários
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 14.245 - - 607 4.093 48.128 11.243 - 64.071
- 13.879 607 4.093 48.128 11.243 77.950
Operações compromissadas
Notas do Tesouro Nacional (NTN) 262.402 - - - 525.307 - - - 525.307
- - - 525.307 - - - 525.307
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2009
Consolidado
Sem Até 3 a 12 1a3 3a5 5 a 15 Acima de
Quantidade vencimento 3 meses meses anos anos anos 15 anos Total
Fundo BB Extramercado
Operações compromissadas
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 1.259.076 - 2.533.283 - - - - - 2.533.283
Títulos e valores mobiliários
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 442.669 - 375.075 - 267.688 1.011.299 159.804 - 1.813.866
- 2.908.358 - 267.688 1.011.299 159.804 - 4.347.149
Fundo BB GAIA FI RF
Operações compromissadas
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 8.685 - 35.538 - - - - - 35.538
Títulos e valores mobiliários
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 110 - - - 451 - - 451
- 35.538 - - 451 - - 35.989
De acordo com a Circular do Bacen 3.068, os títulos para negociação são classificados no ativo circulante indepen-
dentemente dos seus vencimentos.
Essas aplicações são administradas por instituições financeiras privadas. As cotas desses fundos são avaliadas pelos
valores das cotas divulgadas pelo respectivo administrador na data-base do balanço.
R$ mil
Fundo Administrador 31.12.2010 31.12.2009
Os fundos mútuos de investimento em empresas emergentes Fire – Fundo Mútuo de Investimento em Empresas
Emergentes e Brasil 21 – Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes foram constituídos sob a forma
de condomínios fechados, tendo somente aportes da BNDESPAR, com prazo de duração de oito anos. Esses fundos
estão em fase de desinvestimentos.
As aplicações em fundos mútuos de investimento e de participações estão valorizadas pela cota de cada fundo,
informada pelos respectivos administradores, designadas ao resultado como atualização do investimento. Não há
diferença entre o valor atualizado e o valor de mercado.
Tradicionalmente, o BNDES, por meio de sua subsidiária BNDESPAR, exerce a função de fomentar o desenvolvimento
do mercado de ações. Faltava ao BNDES uma ação direcionada a apoiar o desenvolvimento do mercado brasileiro de
dívida corporativa. Para tanto, em agosto de 2006 foram estabelecidas as normas aplicáveis à subscrição de debên-
tures simples, pelo BNDES, em ofertas públicas, e à negociação desses valores mobiliários no mercado secundário,
com o objetivo de apoiar novas emissões e girar os ativos adquiridos de forma a ajudar o aumento da liquidez do
mercado local.
A subscrição de debêntures de colocação pública está limitada a operações de baixo risco de crédito e deve ter as
seguintes características:
- investimentos fixos;
- capital de giro;
- fusões e aquisições (nos casos em que os ganhos de escala são importantes para impulsionar a expansão das
atividades da empresa);
- reestruturação financeira, se for considerada passo necessário para viabilizar investimentos ou parcerias subsequentes.
• doção de práticas de distribuição e negociação que privilegiem a dispersão dos títulos no mercado, a liquidez,
A
inclusive com participação do formador de mercado, a padronização das cláusulas e as boas práticas de gover-
nança corporativa.
As debêntures que possuem derivativos embutidos, registradas na BNDESPAR, foram reconhecidas no Sistema BNDES
com base na Circular 3082/2002, que requer a separação dos derivativos do instrumento principal.
O instrumento principal foi designado como disponível para venda e o derivativo é avaliado a valor justo com o efeito
reconhecido no resultado.
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
Saldos do BNDES 2.304.844 1.401.878
Saldos da BNDESPAR 11.759.916 2.265.280
14.064.760 3.667.158
Essas debêntures representam uma modalidade de apoio financeiro e não de aplicação financeira, sendo contratadas
diretamente com os emissores e realizadas no vencimento ou convertidas/transformadas em participações societárias
de acordo com cláusulas contratuais. Em função das suas características, esses títulos são avaliados de acordo com as
normas definidas pela Resolução 2.682 do Banco Central do Brasil (Bacen), conforme demonstrado na Nota 8.2.4.
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Setor privado
Indústria 91.610 91.610 287.081 2.497.246
Outros serviços 674.696 1.215.609 631.922 3.861.542
766.306 1.307.219 919.003 6.358.788
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2010
BNDES Consolidado
Vencido - -
A vencer:
2011 1.964 1.964
2012 93.659 93.659
2013 91.610 91.610
2014 182.551 771.018
2015 716.466 1.186.442
Após 2015 1.632.619 1.632.619
Total 2.718.869 3.777.312
Vencido - 1.138
A vencer:
2010 64.718 181.305
2011 - -
2012 140.244 371.633
2013 276.927 1.798.004
2014 229.644 239.937
Após 2014 2.064.742 6.182.599
Total 2.776.275 8.774.616
8.2.4 Composição da carteira bruta e da provisão para risco de crédito por nível de risco
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2010
Debêntures Provisão
%
Nível de risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2009
Debêntures Provisão
%
Nível de risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Saldo no início do exercício 81.451 265.926 6.954 145.659
Constituição (reversão) líquida (78.781) (262.595) 74.497 120.267
Saldo no final do exercício 2.670 3.331 81.451 265.926
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
9.2 D
istribuição da carteira bruta de operações de crédito e repasses
interfinanceiros por moedas
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2010
BNDES Consolidado
Moeda Moeda Moeda Moeda
nacional estrangeira Total nacional estrangeira Total
Controladas 94.047.006 7.247.643 101.294.649 - - -
Outras 215.959.386 53.189.512 269.148.898 302.001.174 63.788.756 365.789.930
Total 310.006.392 60.437.155 370.443.547 302.001.174 63.788.756 365.789.930
9.3 D
istribuição da carteira bruta de operações de crédito e repasses
interfinanceiros por setor de atividade
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Setor privado
Rural 3.162.771 3.162.771 2.801.287 2.801.287
Indústria 74.928.726 74.928.726 64.397.785 64.397.785
Comércio 2.692.289 125.481.622 1.663.285 1.663.285
Intermediação financeira 52.282.381 2.692.289 36.447.325 87.016.514
Outros serviços 54.908.748 62.420.456 50.785.617 59.095.437
187.974.915 268.685.864 156.095.299 214.974.308
9.4 D
istribuição da carteira bruta de operações de crédito e repasses
interfinanceiros por vencimento
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2010
BNDES Consolidado
A vencer:
2011 39.754.543 59.955.436
2012 32.748.070 51.066.854
2013 25.601.241 37.794.066
2014 31.722.021 27.885.319
2015 29.879.293 19.662.891
Após 2015 210.569.335 168.874.540
Total 370.443.547 365.789.930
A vencer:
2010 32.968.979 51.388.688
2011 27.531.459 41.728.874
2012 21.910.708 32.664.263
2013 17.375.581 23.115.107
2014 24.148.428 15.526.550
Após 2014 162.873.676 123.073.099
Total 287.634.067 288.321.817
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2010
BNDES Consolidado
10 maiores clientes 187.417.474 141.617.216
50 seguintes maiores clientes 86.996.019 112.978.830
100 seguintes maiores clientes 49.371.521 55.848.110
Demais clientes 46.658.533 55.345.774
Total 370.443.547 365.789.930
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2009
BNDES Consolidado
10 maiores clientes 134.364.934 100.251.098
50 seguintes maiores clientes 75.288.019 96.222.766
100 seguintes maiores clientes 40.627.896 47.300.635
Demais clientes 37.353.218 44.547.318
Total 287.634.067 288.321.817
9.6 Composição da carteira e da provisão para risco de crédito por nível de risco
O Conselho Monetário Nacional, por meio da Resolução 2.682, de 21 de dezembro de 1999, publicada pelo Banco
Central do Brasil, estabeleceu a sistemática para a constituição da provisão para risco de crédito. A regra, estipu-
lando classes de risco para créditos em situação de adimplência e de inadimplência e respectivos percentuais, entrou
em vigor em março de 2000.
Assim, as provisões para créditos adimplentes e inadimplentes relativas a operações de crédito e repasses interfinan-
ceiros foram as seguintes:
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2010
Operações de crédito % Provisão
Nível de
risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2010
Repasses interfinanceiros % Provisão
Nível de
risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2009
Nível de Repasses interfinanceiros % Provisão
risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Saldo no início do exercício 3.240.648 3.414.975 2.012.171 2.241.678
Constituição (reversão) líquida (471.269) (143.846) 1.464.020 1.408.867
Baixas contra provisão (139.990) (140.028) (235.543) (235.570)
Saldo no final do exercício 2.629.389 3.131.101 3.240.648 3.414.975
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Saldo no início do exercício 967.460 1.236.047 2.089.834 2.318.261
Constituição (reversão) líquida (264.619) (152.211) (1.122.212) (1.082.052)
Baixas contra provisão - - (162) (162)
Saldo no final do exercício 702.841 1.083.836 967.460 1.236.047
10.1 Composição
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Setor privado
Indústria - 1.264.566 5.177 1.087.676
Intermediação financeira - - - -
Outros serviços 101.804 1.778.570 160.123 195.921
101.804 3.043.136 165.300 1.283.597
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2010
BNDES Consolidado
A vencer:
2011 141.210 434.397
2012 72.814 357.539
2013 61.191 365.072
2014 65.276 489.980
2015 69.641 228.615
Após 2015 650.183 2.126.044
Total 1.060.315 4.001.647
Em 31 de dezembro de 2009
BNDES Consolidado
A vencer:
2010 130.621 363.342
2011 132.604 328.853
2012 78.114 268.784
2013 69.781 259.969
2014 74.453 385.463
Após 2014 569.983 571.060
Total 1.055.556 2.177.471
10.4 Composição da carteira bruta por nível de risco e provisão para risco de crédito
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2010
Venda a prazo de TVM % Provisão
Nível de
risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2009
Nível de Venda a prazo de TVM % Provisão
risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado
Em 31 de dezembro de 2010
Nível de Direitos recebíveis % Provisão
risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2009
Nível de Direitos recebíveis % Provisão
risco Situação BNDES Consolidado Provisão BNDES Consolidado
10.5 M
ovimentação da provisão sobre operações de venda a prazo de títulos e
valores mobiliários
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Saldo no início do exercício 155 30.830 181 37.230
Constituição (reversão) líquida (155) (19.363) (26) (6.350)
Baixas contra provisão - (1.210) - (50)
Saldo no final do exercício - 10.257 155 30.830
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Saldo no início do exercício 20.011 26.517 7.498 22.992
Constituição (reversão) líquida (17.717) 12.268 12.513 3.525
Saldo no final do exercício 2.294 38.785 20.011 26.517
R$ mil
Em 31 de dezembro
2 º semestre de 2010 2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Créditos transferidos para prejuízo 108.123 109.337 139.990 141.238 235.705 235.732
Créditos recuperados * 56.088 121.189 2.199.521 2.286.031 407.204 438.552
Créditos renegociados 7.926.928 7.926.928 10.448.322 10.448.322 603.668 614.733
* O efeito no resultado está apresentado na Nota 27.
Créditos renegociados
O acordo de renegociação de dívida da empresa Southern Eletric Brasil (SEB), pertencente à americana AES Corpo-
ration (AES), junto ao BNDES, aprovado pela Diretoria do Banco em dezembro de 2009, foi homologado pela Justiça
Federal do Rio de Janeiro (com execução contra a SEB desde 2004) em junho de 2010 e tornou-se eficaz.
A Andrade Gutierrez (AG) assumiu o pagamento de R$ 2.115 milhões devidos pela empresa americana AES ao
BNDES, proveniente de um empréstimo feito há 12 anos à SEB. Essa operação trouxe um impacto no resultado do
Banco no exercício de 2010 de cerca de R$ 1.269 milhões, líquidos de efeitos tributários.
A AG já efetuou o pagamento à vista de R$ 500 milhões, mais juros de R$ 30 milhões, conforme contratado com o
BNDES. O saldo atualizado, para 31 de dezembro de 2010, de R$ 1.626 milhões será liquidado em 10 anos com paga-
mentos semestrais, conforme as condições estabelecidas entre as partes. O BNDES, em dezembro de 2010, cedeu
esses créditos à BNDESPAR, registrados na rubrica “direitos recebíveis”.
a) R$ 4.330.460 mil de dividendos a receber referentes a parte dos dividendos registrados anteriormente em Reserva
Especial (R$ 1.443.486 mil no curto prazo e R$ 2.886.974 mil no longo prazo); e
Os valores são corrigidos pela taxa Selic e os pagamentos serão efetuados em três parcelas anuais a partir de junho de 2011.
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Até o exercício de 2009, essa carteira era apresentada no Balanço Patrimonial no subgrupo de “investimentos do
ativo não circulante”, com exceção daqueles investimentos com manifestada intenção de realização no curto prazo,
apresentados no “ativo circulante”. Com a aplicação dos Pronunciamentos Técnicos CPC pela BNDESPAR, os inves-
timentos naquela companhia se restringiram à carteira de coligadas avaliadas pelo método de equivalência patri-
monial. As outras participações societárias, que passaram a ser avaliadas pelo método do valor justo, passaram a
ser apresentadas no Balanço Patrimonial no subgrupo de “títulos e valores mobiliários do ativo não circulante”, na
categoria definida pelo CPC 38 como “disponível para venda”. Para fins de reconhecimento no BNDES, esse proce-
dimento também encontra amparo na Circular 3.068/2001 do Banco Central do Brasil.
A fim de demonstrar esses ativos pela mesma ótica com que são administrados, apresentamos a seguir a composição
desses investimentos como uma carteira de participações societárias, segregadas em “instrumentos financeiros:
ações disponíveis para venda” e “investimentos permanentes”. Nessa última categoria, estão incluídas as participa-
ções societárias detidas pelo BNDES e depositadas no Programa Nacional de Desestatização, em conformidade com
o Decreto 1.068/94.
Quando inicialmente reconhecidas, as empresas do Sistema BNDES mensuram as ações classificadas como “disponíveis
para venda” pelo valor justo na data da negociação, acrescido dos custos de transação que sejam diretamente atri-
buíveis à aquisição ou emissão do instrumento. Após o reconhecimento inicial, esses investimentos são mensurados
pelos seus valores justos sem nenhuma dedução dos custos de transação em que possa incorrer na venda ou em outra
alienação. As mudanças no valor justo das ações são reconhecidas diretamente no patrimônio líquido das empresas do
Sistema BNDES, na conta de “ajustes de avaliação patrimonial”. Essas mudanças no valor justo correspondem a ganhos
ou perdas econômicos ainda não realizados, registrados sob a concepção de resultado abrangente.
• ível 1: aplicado para empresas cujas ações são listadas em bolsa, para as quais o valor justo é baseado no preço
N
médio de fechamento do último pregão em que houve negociação do título, no mês de referência, ajustado por
baixa liquidez, se for o caso;
• ível 2: aplicado para empresas de participações (holding) cujas ações não são listadas em bolsa, mas nas quais
N
o principal ativo é representado por ações de empresas listadas em bolsa, para as quais o valor justo é baseado
no preço médio de fechamento do último pregão em que houve negociação das ações integrantes do ativo da
empresa, ajustado pelos demais ativos, passivos e por baixa liquidez, se for o caso;
• ível 3: aplicado para empresas cujas ações não são listadas em bolsa, para as quais o valor justo é determinado,
N
na data de referência, por modelos de precificação baseados em múltiplos ou em fluxo de caixa descontado; e
• ível 4: aplicado para empresas cujas ações não são listadas em bolsa e que apresentam um intervalo amplo de
N
valores justos possíveis de serem aceitos para a data de referência no âmbito do esforço de avaliação estabele-
cido no Nível 3, sem que se possa determinar a probabilidade associada às estimativas que compõem tal inter-
valo, para as quais é atribuído o custo de aquisição.
R$ mil
Valor contábil
Em 31 de dezembro
% de par-
Quantidade (mil) de ações possuídas BNDES Consolidado
ticipação
Empresas investidas Ordinárias Preferenciais no capital 2010 2009 2010 2009 *
* Valores apresentados para fins de comparação. Na publicação de 31 de dezembro de 2009, essas participações foram avaliadas ao custo (R$ 21.816.419 mil) e apresentadas no
subgrupo de investimento (vide item 15.2.4).
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Em controladas
Avaliadas pelo método da equivalência patrimonial 91.496.546 - 43.376.227 -
Em coligadas
Avaliadas pelo método da equivalência patrimonial - 11.340.657 - 11.999.177
Outras participações societárias 184.136 184.136 84.008 21.900.427
Outros investimentos 43.328 43.328 43.328 43.328
Total 91.724.010 11.568.121 43.503.563 33.942.932
R$ mil
Resultado de Reflexos dos
equivalência ajustes no Valor contábil
Lucro/ patrimonial patrimônio do investimento
prejuízo líquido das
Em 31 de dezembro Em 31 de dezembro
Patrimônio líquido do controladas
Controladas Data-base líquido período 2010 2009 (a) 2010 2009
BNDES Limited (b) 31.12.2010 7.881 (1.535) (1.568) (169) - 7.881 1.710
As coligadas avaliadas pelo método de equivalência patrimonial integram a carteira de participações societárias da
BNDESPAR. Essa carteira é composta de empresas dos diversos setores da indústria, todas sujeitas à aplicação dos
Pronunciamentos Técnicos CPC, aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários, pelo Conselho Federal de Conta-
bilidade e por outros órgãos reguladores. Não existem instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil na carteira de coligadas.
Em razão disso, as demonstrações contábeis utilizadas para avaliação desses investimentos pelo método da equi-
valência patrimonial foram preparadas numa base contábil fundada nos Pronunciamentos Técnicos CPC, que pode
diferir das práticas contábeis referendadas pelo Banco Central do Brasil. As demonstrações contábeis das coligadas
foram ajustadas às práticas contábeis do Bacen até o ponto em que as diferenças puderam ser identificadas. Em 2009
e 2010, essas diferenças se resumiram à manutenção do deságio como componente do investimento e sua realização
por alienação (para fins de CPC, o deságio é tratado como “ganho por compra vantajosa” e reconhecido no resul-
tado quando da aquisição do investimento).
R$ mil
Resultado de Valor contábil
Quantidade (mil) de equivalência
ações possuídas patrimonial Ágio a
% Prov. perdas b 31.12.2010 31.12.2009
Empresas Capital participação Valor patrimonial
investidas Data-base social Ordinárias Preferenciais no capital 31.12.2010 31.12.2009 investimento Deságio c
Brasiliana 31.10.2010 2.960.709 300.000 50.000 53,85 320.733 343.708 1.646.789 (231.948) c 1.414.841 1.508.906
Copel 31.10.2010 6.910.000 38.299 27.282 23,96 207.331 253.092 2.275.172 (313.525) c 1.961.647 1.793.936
Fibria 31.10.2010 8.379.397 142.360 - 30,45 109.389 93.866 4.703.324 (1.755.244) c 2.948.080 2.608.117
JBS 31.10.2010 18.046.067 437.102 - 17,54 22.628 - 3.235.358 848.219 a 4.083.577 3.925.573
Rio Polímeros (231.412) (3.936) - - - 264.016
Telemar
Participações (68.782) (50.332) - - - 1.441.089
195.966 a
(88.915) b
Total 439.349 778.115 12.686.104 (1.345.447) 11.340.657 11.999.177
• data-base indica a data do patrimônio líquido da investida que serviu de base para o cálculo da última
A
equivalência efetuada. Foram reconhecidos os efeitos decorrentes de eventos relevantes subsequentes à data-base,
bem como os efeitos da aplicação da Lei 11.638/07 e dos Pronunciamentos Técnicos CPC nas demonstrações
financeiras das coligadas. Os efeitos de mudança relativa de participação nas coligadas foram reconhecidos no
resultado; as informações sobre as coligadas descritas no item seguinte já contemplam esses efeitos.
R$ mil
Valor contábil1
Em 31 de dezembro
Quantidade (mil) de ações
% de par-
possuídas BNDES Consolidado
ticipação
Empresas investidas Ordinárias Preferenciais no capital 2010 2009 2010 2009
Cadam – Caulim da Amazônia S.A. 3.712 16,87 8.008 8.008 8.008 8.008
Indústrias Verolme Ishibras S.A. 1.224.784 1.224.784 12,98 2 2 2 2
Rede Ferroviária Federal S.A. – RFFSA 3.956.987 1,55 73.579 73.579 73.579 73.579
Deten Química S.A. 300.563 0,30 901 901 901 901
Empresa Brasileira de Telecomunicações S.A. 8.633 0,82 425 425 425 425
Vicunha Têxtil 19 0,03 242 114 242 114
FGI2 84.383 12,68 100.000 - 100.000 -
Participações reclassificadas para o realizável - - - 21.816.419
Subtotal 183.157 83.029 183.157 21.899.448
Outras participações 979 979 979 979
Total 184.136 84.008 184.136 21.900.427
1
Valor contábil está líquido de provisão no valor de R$ 389.570 mil em 2010 e 2009.
2
Investimento em cotas classe A, subscritas em 1º de fevereiro de 2010.
R$ mil
Valor contábil *
Em 31 de dezembro
BNDES Consolidado
2010 2009 2010 2009
O risco das operações contratadas até 31 de dezembro de 1982 é do Fundo PIS-Pasep. Sobre essa parcela da carteira,
da ordem de 1,6% do total, em 31 de dezembro de 2010, o BNDES recebe comissão de administração de 0,5% ao
ano, paga pelo fundo. Nas operações contratadas após aquela data (98,4% da carteira), o risco é do Banco, que
está autorizado a cobrar do mutuário, embutidas na taxa de juros, comissão de administração de até 0,5% ao ano e
comissão de risco de até 1,5% ao ano.
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
O saldo das operações de crédito do Fundo PIS-Pasep contratadas até 31 de dezembro de 1982, que constituem risco
do fundo, foram reclassificados ao final do 1º semestre de 2002 para o passivo do BNDES, retificando o valor da
respectiva obrigação com o fundo, conforme orientação do Banco Central do Brasil.
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2010
Risco Risco
BNDES PIS-Pasep Total
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2009
Risco Risco
BNDES PIS-Pasep Total
R$ mil
BNDES e Consolidado
Em 31 de dezembro
2010 2009
Depósitos interfinanceiros
Com vencimentos em 2009 - -
Com vencimentos em 2010 - 2.950.000
Juros provisionados - 308.834
Total - 3.258.834
R$ mil
Títulos Vencimentos Em 31 de dezembro
2010 2009
Encargos 40.767
Total - 13.740.763
Assim, o FAT sucedeu ao Fundo de Participação PIS-Pasep, alterando significativamente o propósito da referida
contribuição social. Enquanto o Fundo de Participação PIS-Pasep tinha como objetivo formar o patrimônio indivi-
dual dos trabalhadores, que eram seus quotistas, o FAT atua como instrumento de combate ao desemprego em duas
frentes: a primeira, de caráter emergencial, amparando o desempregado com uma remuneração provisória e com
programa de treinamento e recolocação; e a segunda, de característica preventiva, fomentando a criação de novos
empregos por meio de programas de desenvolvimento econômico.
Semestralmente, nos meses de janeiro e julho, o BNDES transfere ao FAT o valor correspondente à remuneração dos
recursos indexados à TJLP e à remuneração integral do FAT Cambial, sendo a variação da TJLP limitada a 6% ao ano.
A diferença entre a TJLP e o limite de 6% ao ano é capitalizada junto ao saldo devedor.
Para os recursos do FAT Constitucional, somente haverá amortizações se ocorrer insuficiência de recursos para
custear o seguro-desemprego e o abono salarial, em montantes e situações previstas em lei.
O saldo devedor do FAT Constitucional encontra-se registrado na rubrica “dívidas subordinadas” e tem a
seguinte composição:
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
FAT – Constitucional
FAT – TJLP – Principal 98.548.534 89.522.567
FAT Cambial – US$* 9.155.303 7.280.866
107.703.837 96.803.433
Juros provisionados 2.985.471 2.722.623
Total 110.689.308 99.526.056
* Até 50% das transferências ordinárias; destinado ao financiamento da produção/comercialização de produtos de reconhecida demanda internacional.
A Resolução Bacen 3.444, de 28 de fevereiro de 2007, que revogou a Resolução Bacen 2.837, de 30 de maio de
2001, mantém o enquadramento dos recursos repassados pelo FAT como “dívida subordinada”. Esse enquadra-
mento é possível porque a dívida do BNDES relativa a esses recursos não possui prazos de amortização definidos
contratualmente, uma vez que sua exigibilidade só virá a ocorrer caso o Ministério do Trabalho não possua
recursos suficientes para o pagamento do seguro-desemprego. Nesse caso, seriam amortizados em torno de 20%
do saldo devedor nos primeiros dois anos, 10% nos três anos seguintes e 5% a partir do sexto ano, quando neces-
sário, para cobrir o seguro desemprego.
Adicionalmente, com base no item III do artigo 14 da Resolução Bacen 3.444, fica considerado que o valor relativo
à “dívida subordinada – elegível a capital” será limitado a 50% do valor do Capital Nível I do Patrimônio de Refe-
rência equivalente a R$ 18.908.661 mil e R$ 18.938.956 mil em 31 de dezembro de 2010 (R$ 16.155.902 mil e
R$ 16.131.655 mil em 31 de dezembro de 2009) no BNDES individual e no Consolidado, respectivamente.
O FAT Depósitos Especiais representa transferências adicionais ao FAT Constitucional. Os depósitos especiais são
aplicados em programas específicos e sob condições especiais, apresentando regras diferenciadas de remuneração,
amortização e pagamento de juros ao FAT.
Os Depósitos Especiais do FAT são remunerados pela TJLP a partir da liberação dos empréstimos aos beneficiários
finais. Os recursos ainda não utilizados e, portanto, disponíveis são remunerados pelos mesmos critérios aplicados
às disponibilidades de caixa do Tesouro Nacional, atualmente a taxa Selic. O Sistema Especial de Liquidação e de
Custódia, do Banco Central do Brasil, é um sistema informatizado que se destina à custódia de títulos escriturais de
emissão do Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil, bem como ao registro e à liquidação de operações com
os referidos títulos.
O saldo devedor do FAT Depósitos Especiais encontra-se registrado na rubrica “Depósitos especiais – FAT”, como segue:
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
FAT Depósitos Especiais
Pró-Emprego 208.262 261.824
FAT Exportar/Fomentar 5.833.922 6.152.206
Pronaf 726.258 760.980
Infraestrutura 14.474.254 15.413.910
Giro Rural 330.941 381.960
21.573.637 22.970.880
Juros provisionados - -
Total 21.573.637 22.970.880
Curto prazo - -
Longo prazo 21.573.637 22.970.880
Total 21.573.637 22.970.880
A movimentação do saldo do FAT Constitucional e do FAT Depósitos Especiais durante o período findo em 31 de
dezembro de 2010 foi a seguinte:
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2010
Constitucional
Depósitos
TJLP Cambial Especiais Total
20.1 Composição
O BNDES, para pagamento durante o ano de 2008 de dividendos e juros sobre o capital próprio referentes aos
exercícios de 2006 e 2007, adquiriu títulos públicos federais no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
mediante financiamento. Esse empréstimo, no valor atualizado para 31 de dezembro de 2010 de R$ 5.474.293 mil –
R$ 362.147 mil no curto prazo e R$ 5.112.146 mil no longo prazo – (R$ 5.776.856 mil – R$ 361.030 mil no curto prazo
e R$ 5.415.826 mil no longo prazo em 31 de dezembro de 2009) foi realizado nas seguintes condições: atualização
monetária com base na taxa referencial de juros (TR) e taxa de juros de 4,8628% ao ano, com prazo de amortização
de 18 anos, realizadas mensalmente de 1º de janeiro de 2009 a 1º de dezembro de 2026.
R$ mil
Em 31 de dezembro
Agente
Valor da emissão Vencimento Taxas de captação pagador 2010 2009
US$ 1 bilhão 16.6.2018* 6,369% Bank of New York 1.666.200 1.741.200
US$ 1 bilhão 10.6.2019 6,500% Bank of New York 1.666.200 1.741.200
US$ 1 bilhão 12.7.2020 5,500% Bank of New York 1.666.200 -
US$ 300 milhões 12.12.2011 9,625% Bank of New York 499.860 522.360
ITL 300 bilhões 28.4.2010 8,000% Citibank - 388.500
€ 750 milhões 15.9.2017 4,125% Bank of New York 1.671.000 -
* Em junho de 2008, foi concluído o processo de repactuação dos títulos externos emitidos em 1998, cujo vencimento se daria naquele mês. A repactuação foi realizada pelo valor
original da emissão (US$ 1 bilhão), a valor de face, com taxa de juros de 6,369% a.a. e novo vencimento em 16 de junho de 2018.
Em 2009, foi celebrado, ao amparo da Lei 11.948/2009, contrato de financiamento entre o BNDES e a União, no valor
de R$ 100 bilhões. Em 2010, para dar continuidade ao expressivo crescimento dos desembolsos, foram celebrados,
ao amparo da Lei 12.249/2010 e da Medida Provisória 505/2010, novos contratos de financiamento entre o BNDES e
a União, no valor de R$ 80 bilhões e de R$ 24,7 bilhões, respectivamente. Os créditos foram concedidos por meio de
emissões pela União de títulos públicos em favor do BNDES.
R$ mil
BNDES
Em 31 de dezembro
Vencimento
Moeda médio 2010 2009
R$ mil
Consolidado
Em 31 de dezembro
Vencimento
Moeda médio 2010 2009
1
ediante autorização da Lei 11.948/2009, foi concedido crédito ao BNDES, no montante de até R$ 100 bilhões, por meio da emissão pela União, sob a forma de colocação direta,
M
de títulos públicos em favor do BNDES. Em março de 2009, foi celebrado o primeiro contrato de financiamento, no valor de R$ 39.000.000 mil. Em julho de 2009, foram celebrados
o segundo e o terceiro contratos de financiamento, nos valores de R$ 8.702.419 mil e R$ 16.297.581 mil, respectivamente. Em agosto de 2009, foi celebrado o quarto contrato de
financiamento, no valor de R$ 36.000.000 mil.
2
ediante autorização da Lei 12.249/2010, que alterou a Lei 11.948/2009, o crédito concedido foi ampliado em R$ 80.000.000 mil. Em abril de 2010, foi celebrado contrato de
M
financiamento, no valor de R$ 80.000.000 mil, por meio da emissão pela União, sob a forma de colocação direta, de títulos públicos em favor do BNDES.
3
ediante autorização da Medida Provisória 505/2010, foi celebrado contrato de financiamento, no valor de R$ 24.753.535 mil, por meio da emissão pela União em setembro, sob a
M
forma de colocação direta, de títulos públicos em favor do BNDES.
R$ mil
Em 31 de dezembro
BNDES e Consolidado
Instituição Moeda Vencimento médio 2010 2009
Sobre os contratos de repasses no exterior, incidem taxas que variam entre 0,91% e 10,35% a.a. em 31 de dezembro
de 2010 (1,11% e 10,35% a.a. em 31 de dezembro de 2009). A concentração por faixa de taxa de captação está
demonstrada a seguir:
R$ mil
Em 31 de dezembro
BNDES e Consolidado
2010 2009
Taxas de captação:
Até 3% 10.004.594 8.982.832
De 3,1% a 5% 225.903 138.026
De 5,1% a 7% 2.240.528 2.592.984
De 7,1% a 9% - -
De 9,1% a 11% - 261.180
12.471.025 11.975.022
As fontes externas de recursos do BNDES são constituídas tanto por captações efetuadas por meio dos tradicionais
instrumentos de mercado – empréstimos bancários e emissão de eurobônus – como por aquelas realizadas com as
instituições multilaterais de crédito e agências governamentais. Enquanto os instrumentos de mercado não deman-
daram garantia do governo federal, os empréstimos tomados com organismos multilaterais – Banco Mundial, Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Nordic Investment Bank (NIB) – contaram com a prestação de garantia
formal da União, seja por força de seus atos constitutivos, seja em razão de outros atos normativos internos da
instituição multilateral. Empréstimos tomados com instituições governamentais, como Japan Bank for International
Cooperation (JBIC), braço internacional do Japan Finance Corporation (JFC), Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW)
e China Development Bank (CDB), usualmente não demandam garantia formal da União.
A partir de janeiro de 1984, o BNDES passou a exercer a função de agente financeiro do Fundo da Marinha Mercante
(FMM), com o objetivo de apoiar financeiramente as atividades de fomento à renovação, à ampliação e à recupe-
ração da frota de Marinha Mercante Nacional. Em 31 de dezembro de 2010, as aplicações do FMM alcan-
çaram R$ 7.676.892 mil (R$ 5.780.729 mil em 31 de dezembro de 2009), sendo R$ 7.076.244 mil (R$ 5.213.762 mil
em 31 de dezembro de 2009) com risco BNDES. Desde junho de 2002, por orientação do Banco Central do Brasil,
as operações com risco BNDES, que retificavam as respectivas origens dos recursos, foram reclassificadas para o
ativo do Banco.
Em 3 de outubro de 1988, com o Decreto 96.905, o BNDES assumiu as atribuições da Secretaria Executiva do Fundo
Nacional de Desenvolvimento (FND), prestando apoio técnico, administrativo e de pessoal. O ativo do FND totalizou,
em 31 de dezembro de 2010, R$ 8.845.553 mil; seu patrimônio líquido montava em R$ 1.154.811 mil, dividido em
1.913 milhões de cotas, no valor unitário de R$ 0,6037919. Conforme o artigo 19 da Medida Provisória 517, de 31 de
dezembro de 2010, o FND ficou extinto naquela data.
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2010
BNDES Consolidado
No país No exterior Total No país No exterior Total
A vencer:
2011 3.704.270 1.421.859 5.126.129 5.271.666 1.421.859 6.693.525
2012 2.536.300 930.118 3.466.418 2.529.089 930.118 3.459.207
2013 2.668.199 949.877 3.618.076 2.626.822 949.877 3.576.699
2014 3.773.892 970.163 4.744.055 4.238.355 970.163 5.208.518
2015 7.860.560 1.010.216 8.870.776 8.364.540 1.010.216 9.374.756
Após 2015 227.822.631 14.495.889 242.318.520 229.378.071 14.495.889 243.873.960
Total 248.365.852 19.778.122 268.143.974 252.408.543 19.778.122 272.186.665
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2009
BNDES Consolidado
No país No exterior Total No país No exterior Total
A vencer:
2010 5.392.908 1.456.689 6.849.597 3.210.359 1.456.689 4.667.048
2011 2.894.013 1.330.903 4.224.916 2.334.088 1.330.903 3.664.991
2012 2.195.061 950.499 3.145.560 2.193.163 950.499 3.143.662
2013 2.344.695 964.141 3.308.836 2.268.896 964.141 3.233.037
2014 3.601.514 978.372 4.579.886 4.072.418 978.372 5.050.790
Após 2014 124.767.568 10.782.862 135.550.430 128.774.991 10.782.862 139.557.853
Total 141.195.759 16.463.466 157.659.225 142.853.915 16.463.466 159.317.381
R$ mil
Em 31 de dezembro
Emissões de debêntures: 2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
O BNDES emitiu 700.000 mil debêntures simples, não conversíveis em ações, todas nominativas, em cinco séries, sem
garantia real ou flutuante e sem preferência, com garantia fidejussória.
O valor nominal unitário das debêntures é de R$ 10 mil, na data da emissão, 23 de dezembro de 2008. A colocação
foi privada, mediante subscrição exclusiva pelo Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FI-FGTS), representado por sua administradora, a Caixa Econômica Federal (CEF).
As debêntures serão atualizadas mensalmente no dia 15 de cada mês pela taxa referencial (TR) e pagarão remu-
neração de 6% a.a. mensalmente. A data de vencimento é 15 de outubro de 2029, com parcelas de amortização
mensais de 15 de janeiro de 2009 até 15 de outubro de 2029.
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
1ª série
Principal corrigido (TR) 1.437.700 1.487.467
Juros provisionados (6% a.a.) 3.834 3.967
2ª série
Principal corrigido (TR) 1.437.700 1.487.467
Juros provisionados (6% a.a.) 3.834 3.967
3ª série
Principal corrigido (TR) 1.437.700 1.487.467
Juros provisionados (6% a.a.) 3.834 3.967
4ª série
Principal corrigido (TR) 1.437.700 1.487.467
Juros provisionados (6% a.a.) 3.834 3.967
5ª série
Principal corrigido (TR) 958.464 991.643
Juros provisionados (6% a.a.) 2.556 2.643
Total 6.727.156 6.960.022
Em dezembro de 2006, a BNDESPAR emitiu 600.000 debêntures simples, da forma nominativa, escritural, não
conversíveis em ações, em série única, da espécie sem garantia e sem preferência (quirografária), com valor nominal
unitário de R$ 1.000,00, na data da emissão, perfazendo o montante de R$ 600.000 mil.
Essa distribuição pública foi realizada no âmbito do Primeiro Programa de Distribuição Pública de Debêntures da Emis-
sora, arquivado na Comissão de Valores Mobiliários, em 19 de dezembro de 2006, sob o número CVM/SRE/PRO/2006/0011.
As debêntures foram subscritas e integralizadas ao preço de R$ 898,33, cada uma, correspondente ao valor nominal
unitário de R$ 1.000,00 ajustado por deságio de 10,167%, apurado em processo de coleta de intenções de investimento.
As debêntures terão o seu valor nominal unitário atualizado a partir da data de subscrição e integralização, pelo
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-
tística (IBGE), sendo o produto da atualização incorporado a este automaticamente, de acordo com as fórmulas
previstas na escritura de emissão, e pagam juros de 6% a.a., incidentes sobre o valor nominal unitário atualizado da
debênture, devidos ao final de cada período de capitalização. O primeiro e o segundo pagamentos de juros foram
realizados em 15 de janeiro de 2009 e 2010, respectivamente, e os demais ocorrerão em 15 de janeiro de 2011 e 15
de janeiro de 2012, conforme detalhado na escritura de emissão. A amortização será em uma única parcela, na data
do vencimento, 15 de janeiro de 2012.
Na segunda distribuição do Primeiro Programa, ocorrida em julho de 2007, a BNDESPAR realizou a emissão de
1.350.000 debêntures simples, da forma nominativa, escritural, não conversíveis em ações, em duas séries, sendo
550.000 debêntures da primeira série e 800.000 debêntures da segunda série, da espécie sem garantia e sem prefe-
rência (quirografária), com valor nominal unitário de R$ 1.000,00, na data de emissão, perfazendo o montante de
R$ 1.350.000 mil. As debêntures foram subscritas e integralizadas pelo valor nominal unitário.
O valor nominal unitário das debêntures da primeira série das duas últimas distribuições não será atualizado e sobre
ele incidirão apenas juros prefixados, conforme indicado na tabela a seguir. A remuneração, assim como a amorti-
zação, será paga integralmente nas respectivas datas de vencimento, de acordo com a tabela a seguir.
O valor nominal unitário das debêntures da segunda série das emissões de 2007 e 2009 será atualizado pela variação
do IPCA, divulgado pelo IBGE, sendo o produto da atualização incorporado a esta automaticamente, de acordo com
a fórmula prevista no Suplemento Definitivo.
Sobre o valor nominal unitário das debêntures da segunda série das emissões de 2007 e 2009, atualizado monetaria-
mente, incidem juros prefixados, desde a data de subscrição e integralização ou a data do pagamento anterior dos
juros da segunda série, conforme o caso, até a data de seu efetivo pagamento. Os juros da segunda série de ambas
as emissões serão calculados de acordo com a fórmula prevista na Escritura de Emissão.
O primeiro e o segundo pagamentos de juros da segunda série da emissão de 2007 ocorreram em 17 de agosto de
2009 e 16 de agosto de 2010, respectivamente, e os demais serão realizados em 15 de agosto de 2011, 15 de agosto
de 2012 e na data de vencimento, 15 de agosto de 2013, quando a série será amortizada em parcela única. Os paga-
mentos de juros da segunda série da emissão de 2009 ocorrerão anualmente a partir de 15 de janeiro de 2012 até
15 de janeiro de 2015, quando a série será amortizada em parcela única.
Em dezembro de 2010, foi realizada a quinta oferta pública de debêntures da BNDESPAR, sendo a primeira no
âmbito do Terceiro Programa de Distribuição. Foram emitidas três séries, uma prefixada (primeira série), uma com
taxa flutuante trimestral (segunda série) e outra indexada ao IPCA (terceira série). A primeira, a segunda e a terceira
séries foram aprovadas e registradas na CVM em 10 de dezembro de 2010 sob os números CVM/SRE/DEB/2010/033,
CVM/SRE/DEB/2010/034 e CVM/SRE/DEB/2010/035, respectivamente.
O valor nominal unitário das debêntures da primeira e da segunda séries não será atualizado e sobre ele incidirão
apenas juros prefixados (primeira série) e flutuantes trimestralmente (segunda série). A remuneração de ambas as
séries, assim como a amortização, será paga integralmente nas respectivas datas de vencimento. As taxas de juros e
as datas de vencimento estão indicadas na tabela a seguir.
A segunda série terá remuneração flutuante, com uma taxa fixa de três meses redefinida trimestralmente com
base na sobretaxa de 0,30% ao ano a ser adicionada à taxa de juros dos contratos futuros de DI (negociados na
BM&FBovespa) aplicáveis a cada período de capitalização trimestral. Os períodos de capitalização e a fórmula de
cálculo dos juros da terceira série estão previstos na Escritura de Emissão.
O valor nominal unitário das debêntures da terceira série dessa última emissão será atualizado pela variação do
IPCA, sendo o produto da atualização incorporado a esta automaticamente, de acordo com a fórmula prevista na
Escritura de Emissão. Sobre esse valor nominal unitário atualizado monetariamente, incidem juros prefixados, desde
a data de subscrição e integralização ou a data do pagamento anterior dos juros da terceira série, conforme o caso,
até a data de seu efetivo pagamento. Os juros da terceira série serão calculados de acordo com a fórmula prevista
na Escritura de Emissão.
Os pagamentos de juros da terceira série da emissão de 2010 ocorrerão anualmente a partir de 15 de janeiro de 2013
até 15 de janeiro de 2017, quando a série será amortizada em parcela única.
O montante atualizado da obrigação pela emissão de debêntures, as datas de vencimento e os juros correspon-
dentes a cada série estão demonstrados a seguir:
R$ mil
Em 31 de dezembro
Vencimento 2010 2009
(continua)
Relatório Anual 2010 | Demonstrações Contábeis BNDES • 83
(continuação)
R$ mil
Em 31 de dezembro
Vencimento 2010 2009
2ª série 1.1.2014
Principal 1.000.000 -
Juros provisionados (DI Futuro 3 meses + 0,30% a.a) 5.571 -
3ª série 15.1.2017
Principal corrigido (IPCA) 527.269 -
Juros provisionados (6,2991% a.a) 1.536 -
2.037.760 -
*
A amortização do deságio é calculada linearmente pelo prazo compreendido entre dezembro de 2007 e janeiro de 2012.
b) transferir à União debêntures da BNDESPAR, de sua propriedade, com o mesmo perfil (datas de pagamento e
condições financeiras) das dívidas da União com o FCVS.
Em 29 de dezembro de 2000, foi formalizada a assunção da dívida, no montante de R$ 2.593.470 mil (valor origi-
nalmente recebido, atualizado pela variação da TR acrescida de 6,17% ao ano), correspondente a 1.608.084 títulos
CVSA970101, a serem pagos nas seguintes condições:
Carência para pagamento de juros: 4 anos e 1 mês a contar de 1.12.2000, com primeiro
pagamento em 1.1.2005
Carência para pagamento de principal: 8 anos e 1 mês a contar de 1.12.2000, com primeiro
pagamento em 1.1.2009
Prazo remanescente: 27 anos a contar de 1.12.2000, com último pagamento
de principal e encargos em 1.1.2027
Taxa de juros: Taxa referencial (TR) + 6,17% a.a.
Em março de 2002, por meio de oferta pública, o BNDES alienou no mercado interno e externo 39.389.193 ações
ordinárias de emissão da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), pelo valor de R$ 2.218.339 mil, sendo a liquidação
financeira concluída em abril de 2002. O referido montante também foi objeto de assunção de dívida com a União,
relativas ao Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS), atualizadas pela variação da TR e juros de 6,17%
ao ano. Em dezembro de 2005, foi alienado, em leilão conjunto com participações minoritárias, o restante das ações
transferidas pela União, pelo valor de R$ 1.516 mil, cuja liquidação financeira foi concluída em janeiro de 2006.
• Instrumento Híbrido de Capital e Dívida: R$ 6.647.883 mil (R$ 12.388.916 mil em 31 de dezembro de 2009);
• Contrato de Assunção de Dívidas: R$ 1.416.215 mil (R$ 1.495.192 mil em 31 de dezembro de 2009), registrados na
rubrica de Repasses no País – Tesouro Nacional.
23.1 Corrente
O BNDES adota o regime de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social na modalidade de lucro real
anual, estando sujeito a pagamentos mensais sobre uma base estimada, caso não se aplique a suspensão/redução
dos recolhimentos, como facultam os artigos 27 a 35 da Lei 8.981/95 e demais legislações pertinentes.
Em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, o Banco constituiu provisões para pagamento de Contribuição Social à
alíquota de 15% e de Imposto de Renda à alíquota de 15%, acrescida do adicional de 10%.
A demonstração do cálculo do encargo com Imposto de Renda e Contribuição Social está evidenciada a seguir:
R$ mil
BNDES
Em 31 de dezembro
2º semestre de 2010 2010 2009
Imposto de Contribuição Imposto de Contribuição Imposto de Contribuição
Renda Social Renda Social Renda Social
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Impostos e contribuições sobre o lucro:
Provisão:
Imposto de Renda 1.516.709 2.618.697 574.927 1.684.206
Contribuição Social 925.493 1.382.839 350.057 764.986
2.442.202 4.001.536 924.984 2.449.192
Antecipações:
Imposto de Renda (1.516.709) (2.238.787) (310.422) (759.836)
Contribuição Social (925.493) (1.210.789) (152.465) (317.645)
(2.442.202) (3.449.576) (462.887) (1.077.481)
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
IR pago a maior em anos anteriores - - - 33.554
IRRF sobre renda fixa - 120.935 - 313.112
IRRF sobre renda variável - 112 - 12.602
IRRF – juros sobre o capital próprio 4.049 137.017 - 81.800
Antecipações – audiovisual 6.060 12.732 4.823 10.682
Imposto de Renda e Contribuição Social 149.956 149.956 - -
Outros - 1.273 - 1.272
Total 160.065 422.025 4.823 453.022
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
. Composição do crédito diferido (posição ativa):
Créditos baixados como prejuízo 371.598 414.207 369.381 414.872
Provisões trabalhistas e cíveis 47.900 231.612 55.141 239.970
Provisão para desvalorização de investimentos 29.454 231.278 29.455 256.203
Ajuste de swap a valor de mercado 35.022 35.022 - -
Participação dos empregados no lucro 42.694 60.951 26.235 33.484
Programa de desligamento planejado de funcionários 26.455 36.872 37.932 52.998
Amortização de ágios, líquida de realização - 58.044 - 76.545
Permuta de títulos e valores mobiliários - - - 302.903
Provisão para desvalorização de bens 2.417 2.417 152 152
Provisão para despesas médicas – FAMS 22.952 33.491 - -
Prejuízo fiscal - 2.345 - 66.022
Base negativa de CSLL - 1.958 - 40.108
Derivativos – opções - 164.413 - -
Subtotal 578.492 1.272.610 518.296 1.483.257
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
. Composição das obrigações diferidas (posição passiva):
Amortização de deságio - (8.054) - (8.054)
Ajuste de swap a valor de mercado - - (892) (892)
Ajuste de TVM a valor de mercado (41.771) (41.771) (25.121) (25.121)
Ganho de capital sobre venda do ativo permanente - (52.164) - -
Ajuste a valor de mercado – instrumentos financeiros - (155.426) - -
Opções - (92.224) - -
Sub-total (41.771) (349.639) (26.013) (34.067)
Obrigações tributárias sobre títulos disponíveis para venda
IRPJ e CSLL (147.645) (15.300.460) (96.915) (109.270)
PIS e Cofins (17.164) (17.164) (11.266) (11.266)
Subtotal (164.809) (15.317.624) (108.181) (120.536)
R$ mil
Em 31 de dezembro
2º semestre
de 2010 2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Basicamente, os créditos tributários diferidos, decorrentes de diferenças temporárias, têm as seguintes origens:
a) Créditos baixados como prejuízo: relacionados com perdas em operações de crédito ou repasses interfinanceiros que
estão inadimplentes há mais de 360 dias ou que tiveram seus contratos declarados vencidos antecipa-
damente por falta de atendimento às cláusulas contratuais. Tais créditos podem estar em cobrança amigável
pela área de recuperação de créditos ou, em caso de insucesso, em cobrança judicial.
b) Provisões trabalhistas e cíveis: referem-se às ações trabalhistas (Nota 24.a) e cíveis (Nota 24.b).
c) Provisão para a desvalorização de investimentos: sobre participações acionárias avaliadas pelo custo de aquisição
ou pelo método de equivalência patrimonial e outros investimentos.
d) A
juste a valor de mercado de TVM e de swap: são os ganhos e perdas líquidos apurados com a marcação a
mercado dos TVM e nas operações de swap, que constituem instrumento de proteção de posições passivas.
e) P
ermuta de títulos e valores mobiliários: refere-se ao crédito tributário constituído para compensar o efeito do
Imposto de Renda e da Contribuição Social corrente pago sobre o diferencial entre o valor de mercado e o valor
contábil proveniente da operação de permuta de títulos e valores mobiliários. A realização desses créditos está
vinculada à alienação dos respectivos títulos.
f) P
rograma de desligamento planejado de funcionários: estimativa de custos com plano para incentivar a
aposentadoria de funcionários ativos que atendam às condições para aposentadoria por tempo de serviço (Nota 31).
g) Derivativos – opções: refere-se ao valor justo de opções atreladas à ações pertencentes à carteira de investimentos.
h) P
rovisão para despesas médicas – FAMS: refere-se à provisão para despesas com assistência médica, contabilizada
conforme Deliberação CVM 600/09.
As obrigações tributárias diferidas, decorrentes de diferenças temporárias, que ocorrem principalmente na contro-
lada BNDESPAR, têm origem, basicamente, de:
b) Ganho por compra vantajosa: receita reconhecida na aquisição de coligadas em função do fato de os
valores justos proporcionais dos ativos líquidos dessas coligadas serem superiores às contraprestações
transferidas em troca das ações dessas sociedades investidas;
c) Baixa do deságio – CPC: deságios apurados antes de 2009 e baixados em decorrência da adoção inicial dos CPCs.
Os créditos e obrigações tributárias sobre adições e exclusões temporárias são realizados quando do pagamento, da
utilização ou da reversão das provisões relacionadas. Os créditos decorrentes da apuração de prejuízo fiscal e base
negativa de Contribuição Social são compensáveis com o lucro tributável futuro, limitado a 30% em cada período.
A demonstração dos valores constituídos e baixados no exercício está evidenciada a seguir.
. Obrigações tributárias:
Ajuste de swap a valor de mercado (892) - 892 -
Ajuste de TVM a valor de mercado (25.121) (16.650) - (41.771)
Subtotal (26.013) (16.650) 892 (41.771)
Obrigações diferidas sobre marcação a mercado de títulos disponíveis
para venda:
IRPJ e CSLL (96.915) (50.730) - (147.645)
PIS e Cofins (11.266) (5.898) - (17.164)
Subtotal (108.181) (56.628) - (164.809)
Total de obrigações tributárias diferidas (134.194) (73.278) 892 (206.580)
R$ mil
Consolidado
Ajustes de
exercícios
anteriores por
31.12.2009 Constituição Realização adoção dos CPCs 31.12.2010
. Créditos tributários:
Créditos baixados como prejuízo 414.872 208.673 (209.338) - 414.207
Provisões trabalhistas e cíveis 239.970 5.960 (14.318) - 231.612
Provisão para desvalorização de investimentos 256.203 49.094 (55.779) (18.240) 231.278
Ajuste de swap a valor de mercado - 42.323 (7.301) - 35.022
Participação dos empregados no lucro 33.484 60.951 (33.484) - 60.951
Programa de desligamento planejado de funcionários 52.998 - (16.126) - 36.872
Provisão para despesas médicas – FAMS - 33.491 - - 33.491
Amortização de ágio, líquida de realização 76.545 10.130 (31.340) 2.709 58.044
Permuta de títulos e valores mobiliários 302.903 - (302.903) - -
Provisão para desvalorização de bens 152 2.265 - - 2.417
Opções - 164.413 - - 164.413
Prejuízo fiscal 66.022 - (63.677) - 2.345
Base negativa da CSLL 40.108 - (38.150) - 1.958
Subtotal 1.483.257 577.300 (772.416) (15.531) 1.272.610
(continua)
. Obrigações tributárias:
Amortização de deságio (8.054) - - - (8.054)
Ajuste de swap a valor de mercado (892) - 892 - -
Ajuste de TVM a valor de mercado (25.121) (16.650) - - (41.771)
Ganho de capital sobre venda do ativo permanente - (52.164) - - (52.164)
Ajuste a valor de mercado – instrumentos financeiros - (537.336) 596.748 (214.838) (155.426)
Opções (92.224) - - (92.224)
Subtotal (34.067) (698.374) 597.640 (214.838) (349.639)
R$ mil
BNDES
31.12.2008 Constituição Realização 31.12.2009
. Créditos tributários:
. Obrigações tributárias :
Ajuste de swap a valor de mercado (2.548) - 1.656 (892)
Ajuste de TVM a valor de mercado (30.876) - 5.755 (25.121)
Subtotal (33.424) - 7.411 (26.013)
(continua)
R$ mil
Consolidado
31.12.2008 Constituição Realização 31.12.2009
. Créditos tributários:
Créditos baixados como prejuízo 314.346 194.555 (94.029) 414.872
Provisões trabalhistas e cíveis 477.490 4.418 (241.938) 239.970
Provisão para desvalorização de investimentos 190.254 127.007 (61.058) 256.203
Ajuste de swap a valor de mercado 4.304 53.901 (58.205) -
Participação dos empregados no lucro 20.904 33.484 (20.904) 33.484
Programa de desligamento planejado de funcionários 57.693 403 (5.098) 52.998
Amortização de ágio, líquida de realização 69.366 7.179 - 76.545
Permuta de títulos e valores mobiliários 218 302.685 - 302.903
Provisão para desvalorização de bens 152 - - 152
Prejuízo fiscal 90.159 49.632 (73.769) 66.022
Base negativa da CSLL 54.485 17.832 (32.209) 40.108
Subtotal 1.279.371 791.096 (587.210) 1.483.257
. Obrigações tributárias:
Amortização de deságio (8.054) - - (8.054)
Ajuste de swap a valor de mercado (2.548) - 1.656 (892)
Ajuste de TVM a valor de mercado (30.876) - 5.755 (25.121)
Subtotal (41.478) - 7.411 (34.067)
O montante de créditos tributários não registrados, em 31 de dezembro de 2010, no BNDES totalizou R$ 1.777.086 mil
(R$ 2.134.581 mil em 31 de dezembro de 2009) e no Consolidado R$ 3.193.503 mil (R$ 3.112.505 mil em 31 de
dezembro de 2009). Esses valores referem-se, basicamente, a provisão para risco de crédito (Resolução Bacen
2.682/99), parte das provisões cíveis e trabalhistas, provisão sobre a desvalorização de investimentos, oriundos de
incentivos fiscais – Finor – (somente no caso de CSLL) e outros e a provisão para despesas médicas – FAMS. Após a
Resolução Bacen 3.059/02, somente podem ser constituídos créditos tributários sobre a parcela realizável em até
cinco anos, intervalo que foi alterado para 10 anos pela Resolução Bacen 3.355/06. Entretanto, até essa data, a socie-
dade tem orçamentos e expectativas de geração de lucros tributáveis apenas para o futuro previsível, não existindo
previsibilidade de compensação de ativos/passivos após cinco anos.
R$ mil
BNDES
2011 2012 2013 2014 2015 Após 2015 Total
. Créditos tributários:
Créditos baixados como prejuízo 163.487 44.714 31.232 78.688 53.477 - 371.598
Provisões trabalhistas e cíveis 491 6.125 38.830 1.051 1.403 - 47.900
Provisão para desvalorização de investimentos - - - - - 29.455 29.455
Ajuste de swap a valor de mercado 26.919 - - - 8.103 - 35.022
Programa de desligamento planejado de funcionários 12.214 14.241 - - - - 26.455
Provisão para despesas médicas – FAMS 4.336 4.482 4.618 4.692 4.824 - 22.952
Provisão para desvalorização de bens 2.265 - - - - 152 2.417
Participação dos empregados no lucro 42.694 - - - - - 42.694
Subtotal 252.406 69.562 74.680 84.431 67.807 29.607 578.493
. Obrigações tributárias:
R$ mil
Consolidado
2011 2012 2013 2014 2015 Após 2015 Total
. Créditos tributários:
Créditos baixados como prejuízo 186.987 48.870 38.685 82.908 56.757 - 414.207
Provisões trabalhistas e cíveis 2.474 6.982 39.662 1.256 181.238 - 231.612
Provisão para desvalorização de investimentos 173.551 822 6.755 7.586 7.585 34.979 231.278
Programa de desligamento planejado de funcionários 16.624 20.248 - - - - 36.872
Provisão para despesas médicas – FAMS 6.272 6.506 6.746 6.890 7.077 - 33.491
Ajuste de swap a valor de mercado 26.919 - - - 8.103 - 35.022
Provisão para desvalorização de bens 2.265 - - - - 152 2.417
Amortização de ágio 11.471 814 538 1.052 9.214 34.955 58.044
Prejuízo fiscal 2.345 - - - - - 2.345
Base negativa de CSLL 1.958 - - - - - 1.958
Participação dos empregados no lucro 60.951 - - - - - 60.951
Derivativos – opções - - - 164.413 - - 164.413
Subtotal 491.817 84.242 92.386 264.105 269.974 70.086 1.272.610
(continua)
Total dos créditos tributários 491.817 173.876 92.386 264.105 269.974 70.086 1.362.244
. Obrigações tributárias:
Amortização de deságios - - - - - (8.054) (8.054)
Ajuste de TVM a valor de mercado (41.771) - - - - - (41.771)
Ganho de capital sobre venda do ativo permanente - - - - - (52.164) (52.164)
AVM (valor justo na perda de influência) - - - - - (21.062) (21.062)
AVM debêntures convertidas/permutadas (CPC) - - - - - (31.936) (31.936)
AVM debêntures (CPC) - - - - - (102.428) (102.428)
Opções - - - - - (92.224) (92.224)
Subtotal (41.771) - - - - (307.868) (349.639)
O valor presente dos créditos tributários contabilizados, calculados considerando a taxa média de captação, totaliza
R$ 501.300 mil (R$ 943.276 mil no Consolidado).
O art. 5º da Resolução 3.059/02 obriga a baixa do ativo correspondente à parcela dos créditos tributários quando
os valores efetivamente realizados em dois períodos consecutivos forem inferiores a 50% dos valores previstos
para igual período no estudo técnico preparado pela instituição. O disposto nesse artigo não se aplica aos créditos
tributários constituídos anteriormente à data da entrada em vigor dessa resolução. Em 31 de dezembro de 2010,
não foram realizadas baixas dessa natureza. O montante de créditos tributários constituídos após a vigência dessa
resolução totalizou R$ 489.155 mil (R$ 1.108.612 mil no Consolidado).
O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas são efetuados de acordo com os
critérios definidos na Resolução CMN 3.823/09 e na Deliberação CVM 594/09, as quais aprovaram o Pronunciamento
Contábil 25, emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
Basicamente, o pronunciamento requer o seguinte com relação aos ativos e passivos contingentes, bem como à
provisão para processos trabalhistas e cíveis:
• tivos contingentes: não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a realização do ganho é praticamente
A
certa, deixando o ativo de ser contingente, requerendo-se assim o seu reconhecimento.
• assivos contingentes: não são reconhecidos contabilmente, devendo ser divulgada, para cada classe de passivo
P
contingente, uma breve descrição de sua natureza e quando praticável: (i) a estimativa do seu efeito financeiro;
(ii) a indicação das incertezas relacionadas ao valor ou momento de ocorrência de saída de recursos; e (iii) a possi-
bilidade de qualquer desembolso. Os passivos contingentes para os quais seja remota a possibilidade de uma
saída de recursos para liquidá-los não são divulgados.
Considerando a natureza das ações, sua similaridade com processos anteriores, sua complexidade, jurisprudência
aplicável e fase processual, os processos são classificados em três categorias de risco: máximo, médio e mínimo,
levando-se em conta a possibilidade de ocorrência de perda, tendo como base a opinião de assessores jurídicos
internos e externos.
Conforme a expectativa de perda, a política adotada para a classificação das ações é a seguinte:
Risco mínimo – são classificadas nessa categoria todas as ações em primeira instância e também, de acordo com a
matéria impugnada no recurso, todas as que têm decisão favorável em primeira ou em segunda instância.
Risco médio – são classificadas nessa categoria as ações que têm decisão desfavorável em primeira ou em segunda
instância, mas, de acordo com a matéria impugnada no recurso, existe a possibilidade de reversão do resultado.
Risco máximo – são classificadas nessa categoria as ações que têm decisão desfavorável, em primeira ou em segunda
instância, e outras que, de acordo com a matéria impugnada no recurso, dificilmente poderão ter sua decisão revertida.
Com a finalidade de alinhamento da política adotada pelo Banco com as normas descritas anteriormente, tem-se o seguinte:
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis do Banco, sendo divulgados apenas
quando a Administração tem garantias de sua realização ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem
mais recursos ou a probabilidade da entrada de benefícios econômicos é alta.
A provisão constituída foi avaliada pela Administração como suficiente para fazer face às eventuais perdas.
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Processos trabalhistas 32.240 43.471 57.954 70.760
Processos cíveis 87.917 618.097 87.431 622.140
Total 120.157 661.568 145.385 692.900
As provisões trabalhistas refletem a classificação de risco de perda provável sobre 114 processos judiciais
em andamento (141 no Consolidado), que se referem, principalmente, a horas extras pré-contratadas. No Consoli-
dado, há, também, processos referentes à Lei de Anistia (relacionado à reforma administrativa do governo Collor).
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Saldo no início do exercício 57.954 70.760 44.425 57.284
Constituição (reversão) líquida (23.021) (22.392) 31.310 35.122
Pagamentos (2.693) (4.897) (17.781) (21.646)
Saldo no final do exercício 32.240 43.471 57.954 70.760
Em 31 de dezembro de 2010, existiam 190 (196 no Consolidado) processos judiciais em andamento, classificados na
categoria de risco possível com montante estimado de R$ 132.219 mil (R$ 241.420 mil no Consolidado).
b) Processos cíveis
As provisões cíveis refletem a classificação de risco de perda provável sobre 12 (15 no Consolidado) processos, sendo
que os principais pleitos versam sobre indenizações referentes a privatizações efetuadas pelo governo federal e
implementadas pelo BNDES como gestor do Programa Nacional de Desestatização (PND), além daqueles acerca de
questões contratuais. No Consolidado, os pleitos são similares, sendo o principal uma ação ajuizada em 1995, refe-
rente a um leilão de privatização ocorrido em 1989, em que a sentença de primeiro grau em favor da BNDESPAR foi
reformada, estando pendente o julgamento dos recursos interpostos.
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Saldo no início do exercício 87.431 622.140 761.097 1.242.074
Constituição (reversão) líquida 486 (4.043) (673.666) (619.934)
Saldo no final do exercício 87.917 618.097 87.431 622.140
Capital social
O capital social subscrito do BNDES está representado por 6.273.711.452 ações ordinárias, nominativas, sem valor
nominal, de propriedade da União Federal.
• $ 2.096.534 mil referentes à capitalização da reserva de capital no valor de R$ 106.631 mil e de reserva de lucros
R
no valor de R$ 1.989.903 mil, nos termos do Decreto 7.152, de 9 de abril de 2010;
• $ 2.700.000 mil, mediante a transferência pela União de parte dos direitos decorrentes de adiantamentos para
R
futuro aumento de capital efetuados na Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras), conforme Decreto 7.361,
de 22 de novembro de 2010; e
• $ 2.000.000 mil pela capitalização do saldo de lucros acumulados de 2007, nos termos do Decreto 6.940, de
R
18 de agosto de 2009; e
• R$ 4.381.474 mil pela transferência de ações da União, nos termos do Decreto 6.951, de 27 de agosto de 2009.
Destinação do resultado
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
Destinações
Reserva legal – 5%2 507.239 336.758
Reserva de incentivos fiscais 20.185 41.030
1
Ajuste decorrente da aplicação de pronunciamentos do CPC.
2
Limitado a 20% do capital social ou, a critério do BNDES, quando o saldo dessa reserva somado às reservas de capital atingir 30% do capital social.
3
25% do lucro líquido ajustado após a constituição da reserva legal e da reserva de incentivos fiscais.
Reservas de lucros
A partir de 2008, o estatuto social do BNDES passou a contemplar a constituição de reserva de lucros para futuro
aumento de capital, reserva de lucros para margem operacional e reserva de incentivos fiscais.
A reserva para futuro aumento de capital tem a finalidade de assegurar a formação de patrimônio líquido compa-
tível com a expectativa de crescimento dos ativos do Banco e é constituída no percentual de 15% do lucro líquido
ajustado, com saldo limitado a 30% do capital social. Em 2010, para essa reserva foi constituído o montante de
R$ 1.442.602 mil (R$ 953.607 mil em 2009).
A reserva para margem operacional tem a finalidade de garantir margem operacional compatível com o desenvolvi-
mento das operações do Banco e é constituída no percentual de 100% do saldo remanescente do lucro líquido, até
o limite de 50% do capital social. Em 2010, para essa reserva foi constituído o montante de R$ 4.697.484 mil
(R$ 3.814.428 mil em 2009).
Os incentivos fiscais, com a edição da Lei 11.638/07, passaram a transitar pelo resultado e a serem destinados como
reserva de lucros. Em 2010, para essa reserva o BNDES constituiu R$ 20.185 mil (R$ 41.030 mil em 2009).
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
* Ajuste ao valor de mercado da carteira de participações acionárias classificadas como disponível para venda conforme Pronunciamento Contábil 38, emitido pelo CPC e
recepcionado pelos normativos do Banco Central do Brasil por meio das Circulares 3.068/2001 e 3.082/2002.
São registros resultantes da adoção de pronunciamentos do CPC que afetariam o resultado de períodos anteriores
compostos como a seguir:
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
Ajuste de exercícios anteriores
- Próprios:
Plano assistencial – FAMS (36.139) -
- Controladas:
Plano assistencial – FAMS 26.195 -
Debêntures designadas da BNDESPAR 854.849 -
Efeitos de mudanças de avaliação de investimento em coligadas (610.619) -
Efeitos de realização de investimento a valor justo 600.507 -
Derivativos isolados (590.227) -
Outros (13.117) -
231.449 -
Pagamento de dividendos
Em 2010 e 2009, o BNDES efetuou o pagamento de juros sobre o capital próprio e dividendos, conforme descrito a seguir:
2010
Evento Valor declarado (R$ mil) Valor pago1 Data do pagamento Meio de pagamento
Juros sobre o capital próprio – 2009 41.994 42.523 fev-10 Espécie
Dividendo mínimo obrigatório – 2009 381.547 386.350 fev-10 Espécie
Dividendo complementar – 2009 875.000 886.015 fev-10 Espécie
Dividendo complementar – 2009 2.434.216 2.500.000 abr-10 Títulos públicos federais
Dividendo complementar – 2009 289.920 300.000 mai-10 Espécie
Dividendo complementar – 2009 215.293 226.467 jul-10 Espécie
(continua)
Relatório Anual 2010 | Demonstrações Contábeis BNDES • 98
(continuação)
2010
Evento Valor declarado (R$ mil) Valor pago1 Data do pagamento Meio de pagamento
Antecipação de Juros sobre o capital próprio/dividendos
– 20102 707.566 707.566 jul-10 Espécie
Dividendo complementar – 2009 953.607 1.012.010 ago-10 Títulos públicos federais
Dividendos intermediários – 20102 1.987.990 1.987.990 ago-10 Títulos públicos federais
Dividendos intermediários – 20102 676.355 676.355 nov-10 Títulos públicos federais
Total 8.563.488 8.725.276
1
Inclui atualização pela taxa Selic da data a que se referem os lucros até a data do efetivo pagamento.
2
A remuneração proposta ao acionista inclui atualização pela taxa Selic, no valor de R$105.350 mil. Vide o quadro acima de destinação do resultado.
2009
Evento Valor declarado - R$ mil Valor pago* Data do pagamento Meio de pagamento
Dividendos complementares – Exercício 2006 1.596.375 2.100.000 mai-09 Espécie
Dividendos complementares – Exercício 2006 449.389 600.638 jul-09 Espécie
Dividendos complementares – Exercício 2007 45.487 54.339 jul-09 Espécie
Dividendos complementares – Exercício 2007 1.170.419 1.408.738 ago-09 Títulos públicos federais
Dividendos complementares – Exercício 2008 497.284 528.183 jul-09 Espécie
Dividendos complementares – Exercício 2008 16.840 16.840 jul-09 Espécie
Dividendos complementares – Exercício 2008 2.423.658 2.591.262 ago-09 Títulos públicos federais
Juros sobre o capital próprio – Exercício 2008 1.319.462 1.344.736 fev-09 Espécie
Dividendos Complementares – Exercício 2007 929.580 1.146.890 dez-09 Títulos públicos federais
Total de pagamentos 8.448.494 9.791.626
* Inclui atualização pela taxa Selic da data a que se referem os lucros até a data do efetivo pagamento.
As operações entre as empresas incluídas na consolidação foram eliminadas nas demonstrações consolidadas e
foram as seguintes:
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
FINAME BNDESPAR Total FINAME BNDESPAR Total
Ativo
Operações de repasses
Moeda nacional 82.405.006 11.642.000 94.047.006 51.970.968 6.814.107 58.785.075
Moeda estrangeira 7.198.212 49.431 7.247.643 8.794.287 63.576 8.857.863
89.603.218 11.691.431 101.294.649 60.765.255 6.877.683 67.642.938
Passivo
Obrigações por repasses
Moeda nacional (890.144) (91.770) (981.914) (644.399) (2.244.520) (2.888.919)
(continua)
Relatório Anual 2010 | Demonstrações Contábeis BNDES • 99
(continuação)
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
FINAME BNDESPAR Total FINAME BNDESPAR Total
2º semestre de 2010
Receitas: FINAME BNDESPAR Total
Operações de repasses
Moeda nacional 1.563.723 709.195 2.272.918 2.675.407 990.696 3.666.103 1.869.828 1.340.253 3.210.081
Moeda estrangeira (408.835) (2.667) (411.501) 98.535 1.846 100.382 (2.582.141) (18.942) (2.601.083)
1.154.888 706.528 1.861.417 2.773.942 992.542 3.766.485 (712.313) 1.321.311 608.998
Despesas:
Operações de repasses
Moeda nacional (176.168) (4.667) (180.835) (347.998) (38.931) (386.929) (52.448) (152.129) (204.577)
Estão resumidas a seguir as operações envolvendo o Tesouro Nacional e as condições conforme referência às notas
explicativas em cada grupo de contas:
R$ mil
BNDES
Em 31 de dezembro
2010 2009
Ativo
Títulos públicos federais (Nota 6) 25.638.179 35.916.554
Outros créditos com o Tesouro Nacional (Nota 32) 1.784.273 409.482
Passivo
Operações de repasses (234.798.923) (127.277.372)
Instrumento híbrido de capital e dívida (13.234.016) (12.388.916)
Outras obrigações com STN (6.523) (2.366)
R$ mil
Consolidado
Em 31 de dezembro
2010 2009
Ativo
Títulos públicos federais (Nota 7) 25.638.179 35.916.554
Outros créditos com o Tesouro Nacional (Nota 31) 3.547.589 785.813
Passivo
Operações de repasses (239.823.527) (131.824.447)
Instrumento híbrido de capital e dívida (13.234.016) (12.388.916)
Outras obrigações com STN (128.862) (62.241)
(continua)
Relatório Anual 2010 | Demonstrações Contábeis BNDES • 100
(continuação)
R$ mil
Consolidado
Em 31 de dezembro
2010 2009
Além das operações com o seu acionista único, o BNDES mantém transações com outras entidades governamentais,
portanto sob controle comum, no curso de suas operações, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco
do Nordeste, Petrobras, Eletrobras, Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), Fundo de Participação PIS-Pasep, Fundo
da Marinha Mercante (FMM) e o Fundo de Garantia para Promoção da Competitividade (FGPC).
Os saldos das transações significativas com essas entidades estão resumidos a seguir:
R$ mil
Em 31 de dezembro
BNDES Consolidado
2010 2009 2010 2009
Ativos
Fundos, debêntures, operações de crédito e repasses,
dividendos e JSCP e outros créditos a receber 75.456.778 59.420.265 80.440.933 74.278.753
Provisão para risco de crédito (121.888) (204.603) (122.936) (204.803)
Passivos
Depósitos e repasses (182.402.038) (168.521.746) (182.402.038) (168.521.746)
As transações com o Plano de Aposentadoria e Pensões e com o Fundo de Assistência Médica e Social, administrado
pela Fapes, resumidas a seguir, encontram-se detalhadas na Nota 29:
R$ mil
BNDES
Em 31 de dezembro
2010 2009
Passivo
Contas a pagar – Fapes – Previdência (540.635) (520.924)
Passivo atuarial – FAMS – Assistência (615.103) (506.012)
R$ mil
Consolidado
Em 31 de dezembro
2010 2009
Passivo
Contas a pagar – Fapes – Previdência (702.450) (677.511)
Passivo atuarial – FAMS – Assistência (777.818) (680.398)
R$ mil
Consolidado
Em 31 de dezembro
2º semestre de 2010 2010 2009
Despesas
Plano de Previdência (75.050) (102.958) (88.944)
Plano de Assistência (50.109) (87.475) (85.250)
O BNDES, por meio de sua subsidiária BNDESPAR, possui investimentos em empresas coligadas, conforme detalhado
na Nota 15.2.3. Além dos aportes de capital nas investidas e o recebimento de dividendos e juros sobre o capital
próprio, o BNDES e suas subsidiárias têm outras operações de concessão de crédito com essas empresas, no montante
de R$ 1.267.687 mil e provisão para risco de crédito de R$ 14.004 mil, em 31 de dezembro de 2010 (R$ 7.620.685 mil e
provisão de R$ 54.173 mil em 31 de dezembro de 2009). As operações com essas investidas têm as mesmas condições
daquelas operações realizadas com outras entidades, não produzindo efeitos diferentes, em relação às demais, nos
resultados e na posição financeira da sociedade.
O BNDES e suas subsidiárias não concedem empréstimos ao pessoal-chave da gestão – diretores, membros dos
Conselhos de Administração, do Comitê de Auditoria e dos Conselhos Fiscais. Essa prática é proibida a todas as insti-
tuições financeiras sob regulamentação do Banco Central do Brasil.
O Sistema BNDES também não tem remuneração baseada em ações e outros benefícios de longo prazo e não
oferece benefícios para o pessoal-chave da Administração. Os benefícios pós-emprego estão restritos aos funcioná-
rios do quadro das empresas do Sistema BNDES.
Os custos com remunerações e outros benefícios atribuídos ao pessoal-chave da gestão do Sistema BNDES são apre-
sentados como segue:
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Benefícios de curto prazo:
Salários* e encargos 6.869,31 7.839,97 6.393,11 7.338,08
* Remuneração.
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Administração Empregados Administração Empregados Administração Empregados Administração Empregados
Maior salário* 49,45 48,46 49,45 48,46 46,00 44,53 46,00 44,53
Menor salário* 5,12 1,53 4,60 1,53 4,81 2,34 4,32 2,34
Salário* médio 22,37 13,10 14,59 13,65 19,62 15,02 13,16 15,46
* Remuneração contratual.
R$ mil
Em 31 de dezembro
2º semestre de 2010 2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Reversão (constituição) líquida sobre:
Operações de crédito (480.798) 401.523 (471.269) 143.846 (1.464.020) (1.408.867)
Operações de repasses interfinanceiros (232.626) 242.289 (264.619) 152.211 1.122.212 1.082.052
Debêntures (157.586) 167.140 (78.781) 262.595 (74.497) (120.267)
Venda a prazo de títulos e valores mobiliários (286) (65) (155) 19.363 26 6.350
Direitos recebíveis (18.540) (16.048) (17.717) (12.268) (12.513) (3.524)
Recuperação de créditos baixados do ativo (4.342.954) 121.189 (2.199.521) 2.286.031 407.204 438.553
Receita (despesa) líquida apropriada (5.232.790) 916.028 (3.032.062) 2.851.778 (21.588) (5.703)
Os derivativos cambiais e de taxas de juros são utilizados para adequar a composição de ativos e passivos financeiros
do BNDES. Em particular, os ajustes no passivo externo têm por objetivo tornar mais atrativo aos tomadores de
recursos o produto de crédito “cesta de moedas”, que é representativo da composição da exposição cambial externa
do Banco. Simultaneamente, tais derivativos contribuem para o gerenciamento dos ativos e passivos em moedas
fortes, visando reduzir eventual descasamento entre essas moedas.
Por orientação de sua política financeira, o BNDES busca transferir a seus tomadores de recursos os riscos de natu-
reza cambial e de taxa de juros, inclusive aqueles decorrentes de operações de derivativos. O Banco assume, em
última instância, o risco de crédito eventualmente derivado do efeito das volatilidades cambial e de taxa de juros
sobre os seus clientes.
Por meio das operações de derivativos cambiais e de taxa de juros, busca-se aumentar o peso do dólar na cesta de
moedas e minimizar o impacto desfavorável que a volatilidade das outras moedas fortes possa causar aos tomadores
de recursos na unidade monetária vinculada à “cesta de moedas” do BNDES, bem como reduzir o risco associado a
um eventual descasamento de moedas no balanço do BNDES.
Nas operações de balcão de taxas de juros e câmbio, o BNDES recebe integralmente o montante a ser pago no
ativo-objeto protegido. Assim, o grau de proteção é próximo de 100%.
Em virtude do perfil das operações passivas do BNDES, as operações de proteção financeira têm sido realizadas no
Os resultados das operações de derivativos vinculados a captações externas são integralmente repassados aos toma-
dores de recursos da modalidade “cesta de moedas”.
O valor justo de cada operação de swap é definido como a diferença entre os valores presentes estimados de suas
pontas ativa e passiva. A estimativa de cada ponta consiste no cálculo de seus respectivos fluxos de caixa futuros – com
base na taxa contratada da operação, no caso de ponta em taxa fixa, ou em projeções extraídas das curvas de mercado,
no caso de ponta em taxa flutuante – trazidos a valor presente pelas curvas de mercado aplicáveis a cada operação.
As operações de swap contratadas pelo BNDES têm por objetivo: (i) administrar sua exposição aos riscos de mercado
decorrentes de oscilações em taxas de câmbio e taxa juros; e/ou (ii) gerenciar a composição do produto “cesta de
moedas”, objeto de repasse aos clientes. Portanto, perdas potenciais nesses instrumentos causadas por variação nesses
fatores de risco tendem a ser compensadas por ganhos em ativos ou reduções de passivos associados a cada operação.
Os quadros seguintes descrevem as operações ativas de proteção cambial em 31 de dezembro de 2010. Todas as
operações abaixo foram contabilizadas de acordo com a Circular Bacen 3.082, de 30 de janeiro de 2002, e foram
contratadas no mercado local com registro na Cetip.
Valor
nocional Moedas de referência Vencimento Contrapartes
Adicionalmente, de forma a gerenciar descasamentos cambiais e de taxas de juros de curto prazo, o BNDES realiza,
por meio da Carteira Administrada, operações envolvendo derivativos na BM&F. As aplicações e resgates são orien-
tados pelo BNDES, com execução pela BB DTVM, e os valores resultantes dos resgates de aplicações em títulos são
depositados na conta do BNDES no Banco do Brasil, para serem reaplicados.
Em razão da execução do objetivo social da BNDESPAR, são estruturadas operações de investimentos em participações
societárias que resultam na geração de derivativos embutidos nos contratos de debêntures. Esses derivativos não têm
finalidade de proteção patrimonial (hedge), nem são instrumentos financeiros derivativos especulativos. Esses deri-
vativos são opções de conversão ou permuta dessas debêntures em ações. Portanto, esses derivativos não oferecem
qualquer risco de perda à BNDESPAR. A mensuração e o registro desses derivativos são feitos pelo valor justo.
R$ mil
BNDES
Em 31 de dezembro de 2010
Conta de compensação Conta patrimonial
Valor referencial Valor referencial Valor a receber
Vencimentos Custodiante Ativo Passivo (a pagar) Valor de mercado
Contratos swap
Cambiais:
US$ x R$ Fev/2011 Cetip 1.674.238 1.705.365 (31.127) (31.127)
Jan/2011 a
US$ x R$ mar/2011 Cetip 501.014 518.959 (17.945) (17.945)
R$ mil
Consolidado
Em 31 de dezembro de 2010
Conta de compensação Conta patrimonial
Valor referencial Valor referencial Valor a receber
Vencimentos Custodiante Ativo Passivo (a pagar) Valor de mercado
Contratos swap
Cambiais:
€ x US$ Fev/2011 Cetip 1.674.238 1.705.365 (31.127) (31.127)
Jan/2011 a
US$ x R$ mar/2011 Cetip 501.014 518.959 (17.945) (17.945)
Black-Scholes/
Venda (ativo) Europeia Merton 229.902 229.902
Black-Scholes/
Venda (ativo) Europeia Merton 41.346 41.346
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Curto prazo
Contas a pagar – Fapes 21.634 28.875 18.070 24.150
Passivo atuarial – FAMS 10.839 16.308 13.285 19.258
Total 32.473 45.183 31.355 43.408
Longo prazo
Contas a pagar – Fapes 519.001 673.575 502.854 653.361
Passivo atuarial – FAMS 604.264 761.510 492.727 661.140
Total 1.123.265 1.435.085 995.581 1.314.501
A Fundação de Assistência e Previdência Social do BNDES (Fapes) é uma entidade fechada de previdência privada.
Seu principal objetivo é complementar os benefícios previdenciários, concedidos pelo Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), para os funcionários de seus patrocinadores: BNDES, FINAME, BNDESPAR e a própria Fapes.
A Fapes tem plano de benefícios definidos e no dimensionamento de suas provisões foi admitido o regime finan-
ceiro de capitalização.
Os patrocinadores devem assegurar à Fapes, quando necessário, recursos destinados à cobertura de eventuais insu-
ficiências técnicas reveladas pela reavaliação atuarial, conforme estabelecido no estatuto da fundação, consoante
legislação vigente.
O compromisso atuarial foi avaliado por atuário independente, pelo método de Crédito Unitário Projetado (PUC).
Para a atualização dos valores para as datas específicas, foram usados juros atuariais equivalentes a Notas do Tesouro
Nacional – Série B (NTN-B).
R$ mil
Em 31 de dezembro de 2010
BNDES Consolidado
* A Interpretação A (Limite de Ativo de Benefício Definido, Requisitos de Fundamento Mínimo e sua Interação), que corresponde ao IFRIC 14 do IASB, é parte integrante do
Pronunciamento CPC 33 (Deliberação 600/2009).
O passivo adicional refere-se a contratos de confissão de dívida celebrados com os patrocinadores, com prazo fixo de
amortização, por meio de pagamentos mensais, totalizando 13 parcelas a cada ano, calculadas pelo Sistema Price e
com incidência de juros anuais correspondentes à taxa atuarial de 6% mais a taxa de custeio administrativo e atuali-
zação monetária, que ocorre nas mesmas épocas e proporções em que é concedido o reajuste ou modificação geral
dos salários dos empregados dos patrocinadores. Portanto, a dívida contratada é reconhecida como um passivo
adicional na apuração do passivo líquido.
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Contratos de 2002 (a) 425.758 544.125 403.523 515.708
Contratos de 2004 (b) 114.877 158.325 117.401 161.803
Total 540.635 702.450 520.924 677.511
(a) Refere-se ao acordo entre as empresas do Sistema BNDES e seus empregados, envolvendo o reconhecimento
da alteração da jornada de trabalho, em face da Lei 10.556, de 13 de novembro de 2002, que resultou em um
acréscimo de 16,67% nos salários de participação dos participantes e impactou diretamente nas provisões mate-
máticas do plano de benefícios. Para cobertura parcial do acréscimo provocado naquelas provisões, no exercício
de 2002, foram firmados contratos que preveem a amortização da dívida em 390 parcelas. O pagamento teve
início em janeiro de 2003.
(b) Refere-se à conversão dos valores das provisões matemáticas a constituir (em atendimento à recomendação
do Bacen), que vinham sendo amortizadas mensalmente desde novembro de 1998, por meio de contribuições
extraordinárias, em dívida reconhecida pelos patrocinadores, a vencer em novembro de 2018. O pagamento da
primeira parcela foi efetuado em dezembro de 2004.
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Valor justo no início do exercício 4.737.228 6.082.799 3.655.588 4.689.874
Retorno esperado dos ativos do plano 480.044 614.880 445.717 569.935
Ganhos (perdas) atuariais não reconhecidos 91.160 92.190 403.785 648.345
Contribuições recebidas do empregador 92.470 114.186 485.234 508.849
Contribuições recebidas dos participantes 35.845 40.365 32.631 37.496
Benefícios pagos (311.847) (392.972) (294.155) (371.700)
Ajustes do exercício anterior - - 8.428 -
Valor justo no fim do exercício 5.124.900 6.551.448 4.737.228 6.082.799
O BNDES espera contribuir com o plano de pensão de aposentadoria complementar, para o próximo ano, em apro-
ximadamente R$ 111.451 mil (R$ 137.540 mil para o Consolidado).
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
Despesa líquida no exercício: BNDES Consolidado BNDES Consolidado
O rendimento esperado do ativo do plano foi determinado com base nas mesmas expectativas de atualização do
passivo, utilizando juros atuariais equivalentes a Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B). As principais catego-
rias de ativos do plano, como porcentagem do total de ativos do plano, são as seguintes:
Em (%)
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Fundos multimercados 5,7 5,7 5,6 5,6
Ações 80,6 80,6 81,7 81,7
Investimentos imobiliários 5,7 5,7 6,2 6,2
Empréstimos e financiamentos 4,3 4,3 4,4 4,4
Outros 3,7 3,7 2,1 2,1
Total 100,0 100,0 100,0 100,0
A Resolução do Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC) 28/2009, que dispõe sobre os procedi-
mentos contábeis das entidades fechadas de previdência complementar, aprovou anexos que tratam da planificação
contábil padrão, modelos e instruções de preenchimento das demonstrações contábeis. Tais modificações afetaram
a forma de apresentação dos ativos do plano e, por essa razão, as principais categorias de ativos do plano foram
apresentadas dessa forma. A Resolução CGPC 28/2009 entrou em vigor em 1º de janeiro de 2010.
O retorno real sobre os ativos do plano acumulado em 31 de dezembro de 2010 foi de R$ 571.204 mil e R$ 707.069 mil
no BNDES e no Consolidado, respectivamente (R$ 849.502 mil e R$ 1.218.281 mil em 31 de dezembro de 2009, no
BNDES e no Consolidado, respectivamente).
R$ mil
BNDES Consolidado
2011 394.846 497.981
2012 412.614 520.808
2013 431.182 543.808
O BNDES e suas subsidiárias patrocinam o Fundo de Assistência Médica e Social (FAMS), criado com a finalidade
precípua de oferecer aos seus participantes e dependentes benefícios complementares ou similares aos do INSS.
Tais benefícios, que incluem assistência médico-hospitalar e odontológica nos sistemas de escolha dirigida ou livre
escolha, são assegurados aos empregados desde 1976 e amparados pela Resolução 933/98 da Diretoria do BNDES,
extensiva às suas subsidiárias.
Os participantes beneficiários do FAMS são empregados ativos e aposentados do BNDES e de suas subsidiárias e seus
respectivos dependentes. O dependente, após o falecimento do participante, tem direito ainda ao benefício por um
período de até 24 meses.
O FAMS recebe dotação de recursos do BNDES e de suas controladas para a consecução dos seus objetivos. Estes
recursos são administrados pela Fapes, que também é responsável pela elaboração do orçamento anual e pelo deta-
lhamento dos custos operacionais necessários ao FAMS.
O FAMS não está coberto por ativos garantidores. A antecipação do pagamento dos benefícios é efetuada pelo
BNDES com base nos orçamentos apresentados pela Fapes, que presta contas dos custos incorridos mensalmente,
por meio de Demonstrativo de Prestação de Contas.
Em 31 de dezembro de 2010, com base na atualização da avaliação atuarial efetuada por atuário independente em
30 de setembro de 2010, foi contabilizado o valor da obrigação atuarial com participantes assistidos, bem como dos
participantes ativos pelo prazo médio de tempo laborativo futuro.
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Valor presente das obrigações não fundeadas 824.164 1.040.531 664.675 851.327
Perdas atuariais não reconhecidas (209.061) (262.713) (158.663) (170.929)
Passivo atuarial líquido 615.103 777.818 506.012 680.398
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Saldo no início do período 682.586 858.729 487.167 622.524
Custo do serviço corrente 24.448 26.630 17.556 19.646
Custo de juros 68.490 86.090 58.463 74.726
Perdas (ganhos) atuariais não reconhecidos 72.092 100.078 140.435 168.387
Benefícios pagos (23.452) (30.996) (21.035) (26.554)
Saldo no final do período 824.164 1.040.531 682.586 858.729
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
Despesa líquida no período: BNDES Consolidado BNDES Consolidado
O BNDES espera contribuir com o plano de assistência médica, para o próximo ano, em cerca de R$ 27.674 mil
e R$ 39.996 mil, no BNDES e no Consolidado, respectivamente.
A mudança de um ponto percentual nas taxas de custo de assistência médica teria os seguintes efeitos:
R$ mil
Aumento de um ponto Redução de um ponto
percentual percentual
Efeito sobre o agregado do custo do serviço corrente e do custo de juros 23.648 (18.154)
Efeito sobre a obrigação de benefício definido 189.943 (149.895)
Todos os cálculos atuariais envolvem projeções futuras acerca de alguns parâmetros, tais como salários, juros, inflação,
comportamento dos benefícios do INSS, mortalidade e invalidez. Nenhum resultado atuarial pode ser analisado sem
o conhecimento prévio do cenário de hipóteses utilizado na avaliação. Nas avaliações, foram adotadas as seguintes
hipóteses econômicas:
Em 31 de dezembro
2010 2009
R$ mil
2º semestre Em 31 de dezembro
de 2010 2010 2009
BNDES Consolidado BNDES Consolidado BNDES Consolidado
Vale-transporte 96 143 184 275 209 249
Vale-refeição 9.665 14.425 16.687 24.906 16.310 17.995
Assistência educacional 2.694 4.021 5.071 7.568 5.562 6.183
Total 12.455 18.589 21.942 32.749 22.081 24.427
Objetivando essa renovação do quadro de pessoal, sem prejuízo da transmissão de suas experiências para os demais,
foi aprovado, no âmbito do Acordo Coletivo de Trabalho, o Programa de Desligamento Planejado, que incentiva a
saída dos empregados que atendem às condições para a aposentadoria por tempo de serviço, integral ou antecipada.
Até dezembro de 2012, segundo estimativa da Fapes, 230 empregados estarão aptos a aderir ao programa, o que
corresponde, aproximadamente, a 7,8% do efetivo de pessoal próprio do Sistema BNDES, atual.
Operações ativas são valores a receber do Tesouro Nacional a título de equalização da remuneração de programas
incentivados pelo governo federal (Pronaf, Revitaliza e Agrícolas) com taxa fixa menor que a TJLP, para TJLP + 1%.
Em 31 de dezembro de 2010, apresentava saldos de R$ 1.784.273 mil (R$ 409.483 mil em 31 de dezembro de 2009)
e R$ 3.547.589 mil (R$ 785.813 mil em 31 de dezembro de 2009), no BNDES e no Consolidado, respectivamente.
Operações passivas são valores a pagar ao Tesouro Nacional a título de equalização da remuneração de programas
incentivados pelo governo federal (Modermaq e Moderfrota) com taxa fixa superior à TJLP, para TJLP. Isto é,
programas cuja taxa fixa seja superior à TJLP deverão ter o excesso à TJLP devolvido ao Tesouro Nacional. Em 31 de
dezembro de 2010, apresentava saldos de R$ 6.523 mil (R$ 2.366 mil em 31 de dezembro de 2009) e R$ 128.862 mil
(R$ 62.241 mil em 31 de dezembro de 2009), no BNDES e no Consolidado, respectivamente.
BNDES Consolidado
Patrimônio de Referência (PR)1 83.201.218 83.108.116
Nível I 41.816.173 41.769.622
Nível II 41.816.173 41.769.622
Deduções do PR2 (431.128) (431.128)
Patrimônio de Referência Exigido (PRE)3 45.407.035 49.048.808
Índice de Basileia (%) 20,16% 18,64%
Limite de imobilização 41.600.609 41.554.058
Imobilização4 339.432 340.112
Margem (excesso) de imobilização 41.261.176 41.213.946
Índice de Imobilização (%) 0,41% 0,41%
1
Resolução 3.444/07, do Bacen, define o Patrimônio de Referência (PR), para fins de apuração dos limites operacionais, como o somatório de níveis, cada qual composto de itens
A
integrantes do Patrimônio Líquido, além de dívidas subordinadas e instrumentos híbridos de capital e dívida.
2
Ações emitidas por instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
3
Mínimo valor exigido para o PR – 11%.
4
Resolução 3.105/03, do Bacen, que dispõe sobre a concessão de prazo ao BNDES para enquadramento no limite de aplicação de recursos no ativo permanente, alterada pela
A
Resolução 3.761/09, permite a exclusão de ações adquiridas de forma direta ou indireta em decorrência de medidas ou programas instituídos por lei federal, execução de garantias
de operações de crédito posteriores à entrada em vigor dessa resolução e os investimentos compatíveis com o objeto social da instituição.
Em conformidade com o Parecer 1.124/96 do Ministério do Planejamento e Orçamento, o BNDES, por sua
condição de empresa integralmente controlada pelo governo federal, não está sujeito à decretação de falência,
cabendo à União a responsabilidade subsidiária pelas obrigações contraídas pelo BNDES.
O BNDES concedeu em contragarantia ao Tesouro Nacional por conta de aval e empréstimos captados no exterior,
no montante equivalente a US$ 600 milhões, com caução de 7.744.038 ações preferenciais nominativas de emissão
da Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras (posteriormente desdobradas em 61.952.304 ações preferenciais),
e 28.083.251.230 ações ordinárias nominativas de emissão da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras
(posteriormente grupadas em 56.166.502 ações ordinárias) de propriedade de sua controlada integral BNDES
Participações S.A. (BNDESPAR). Do montante dessas ações, 61.952.304 ações preferenciais de emissão da Petrobras e
1.510.070 ações ordinárias de emissão da Eletrobras continuam bloqueadas nas entidades de custódia.
Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia, criado pela Resolução BNDES 1.640, de 3 de setembro de 2008, tem por finalidade captar
doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmata-
mento e de promoção da conservação e do uso sustentável das florestas no bioma amazônico, nos termos do
Decreto 6.527, de 1º de agosto de 2008.
R$ mil
Em 31 de dezembro
2010 2009
Por meio da Lei 9.818/99, foi criado o Fundo de Garantia à Exportação (FGE), de natureza contábil, vinculado ao
Ministério da Fazenda e administrado pelo BNDES, destinado a dar cobertura às garantias prestadas pela União
nas operações de seguro de crédito à exportação. Em 31 de dezembro de 2010, os valores das garantias prestadas
totalizavam R$ 13.413.609 mil.
O Fundo de Garantia para a Promoção de Competitividade (FGPC), instituído pela Lei 9.531/97, regulamentado
pelo Decreto 3.113/99, é um fundo de natureza contábil, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior e gerido pelo BNDES. Tem por finalidade prover recursos para garantir o risco das operações de
financiamento realizadas pelo BNDES e pela FINAME, diretamente ou por intermédio de instituições repassadoras,
a microempresas, empresas de pequeno porte e médias empresas exportadoras ou fabricantes de insumos que inte-
grem o processo produtivo, ou de montagem e de embalagem de mercadorias destinadas à exportação. Em 31 de
dezembro de 2010, os valores das garantias prestadas totalizavam R$ 442.662 mil.
O Fundo para o Desenvolvimento Regional com Recursos da Desestatização (FRD), criado em 17 de dezembro de
1997 por meio da Resolução BNDES 918, é um fundo de natureza contábil destinado a prestar colaboração finan-
ceira, em projetos de desenvolvimento regional e social, a municípios situados nas áreas geográficas de influência
da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). O patrimônio inicial foi de R$ 85.900 mil, oriundo de doação realizada nos
termos da Resolução CND 02/97 (Conselho Nacional de Desestatização). Em 2010, foram realizadas liberações que
totalizaram R$ 6.292 mil.
O Fundo de Terras e da Reforma Agrária – Banco da Terra, instituído pela Lei Complementar 93/98, regulamentado
pelo Decreto 3.475/2000, é um fundo de natureza contábil, cujo objetivo é financiar programas de reordenação
fundiária e de assentamento rural, tendo o BNDES como gestor financeiro.
Em conformidade com os normativos internos e externos e de acordo com os objetivos estabelecidos pela Alta Admi-
nistração, a Área de Gestão de Risco do BNDES é responsável por:
a) Definir e propor ao Conselho de Administração as diretrizes gerais de gestão de riscos e controles internos para
o BNDES e suas subsidiárias;
e) avaliar a qualidade dos controles internos existentes no Sistema BNDES, a definição de responsabilidades, a
segregação de funções, os riscos envolvidos e a conformidade dos processos aos normativos internos e externos,
propondo medidas para o seu aprimoramento; e
Ao longo de 2010, foram realizados diversos trabalhos de verificação de conformidade e avaliação dos controles
internos nos processos do Banco. Está em andamento processo licitatório que objetiva a contratação de consultoria
especializada para implantação de Sistema de Gestão da Continuidade de Negócios. Deu-se continuidade à implan-
tação de um sistema integrado de gestão de risco de mercado e liquidez, que entrou em fase de operação assistida
em janeiro de 2011. Para gestão do risco de crédito, destacam-se a aquisição de software específico, cuja implemen-
tação deverá ser concluída até o final do exercício de 2011, e a aprovação da Política Corporativa de Gestão de Risco
de Crédito.
• Controles internos
Controles internos são procedimentos presentes em todos os níveis da instituição que visam proporcionar adequada
segurança quanto ao alcance dos objetivos, contribuir para a exatidão das informações financeiras e proteger os
ativos, sempre em conformidade com as normas externas e internas.
O BNDES busca promover o contínuo aprimoramento dos controles internos com base nos fundamentos estabele-
cidos pela Resolução CMN 2554/98 e pela Política Corporativa de Controles Internos. Nesse contexto, são realizadas
atividades de verificação de conformidade aos normativos internos e externos, bem como a avaliação dos riscos e
controles internos dos processos de trabalho.
Os relatórios contendo as conclusões das avaliações realizadas são submetidos ao Comitê de Gestão de Riscos e à
Alta Administração e as recomendações feitas às unidades envolvidas têm sido diligentemente acompanhadas.
a) Os trabalhos de verificação de conformidade e avaliação dos controles internos nos processos, conforme previsto
no planejamento anual da Unidade de Controles Internos;
b) a aprovação de normativos internos para disciplinar a relação da Área de Gestão de Riscos (AGR) com as demais
Unidades Fundamentais e o estabelecimento de procedimentos para encaminhamento das recomendações do CGR;
c) as atividades do grupo de trabalho criado para estabelecer os critérios e procedimentos para a classificação e o
tratamento de informações no BNDES;
e) a elaboração e a submissão ao Conselho de Administração dos Relatórios de Controles Internos previstos na Reso-
lução CMN 2554/98.
• Risco operacional
O risco operacional refere-se à possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiências ou inadequação
de processos internos, pessoas e sistemas ou de eventos externos. O conceito inclui o risco legal, associado a inade-
quação ou deficiência em contratos firmados pela instituição, bem como a sanções em razão de descumprimento de
dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela instituição.
Cabe à unidade responsável pelo gerenciamento do risco operacional auxiliar as demais unidades na identificação
e na avaliação desses riscos. Para tanto, são seguidos os preceitos constantes da Política Corporativa de Gestão de
Risco Operacional do BNDES, bem como aqueles constantes da Política Corporativa de Gestão da Continuidade de
Negócios do BNDES. Ambas estabelecem o conjunto de princípios, ações, papéis e responsabilidades relativos aos
temas na instituição. A estrutura de gerenciamento do risco operacional encontra-se divulgada em: http://www.
bndes.gov.br/BNDES_Transparente.
No que se refere ao capital regulamentar, o BNDES utiliza atualmente a Abordagem do Indicador Básico como a
metodologia de cálculo da parcela do Patrimônio de Referência Exigido (PRE) referente ao risco operacional (POPR).
Essa parcela vem sendo apurada periodicamente e informada ao Bacen como parte integrante do Demonstrativo de
Limites Operacionais (DLO).
Visando disseminar a cultura de riscos operacionais na instituição, consta do programa de capacitação de novos
funcionários módulo específico sobre o tema, que vem sendo regularmente ministrado aos novos empregados.
Também estão disponíveis informações sobre riscos operacionais para o público interno, na intranet.
Ao longo de 2010, destacaram-se trabalhos, envolvendo distintas áreas do Banco, para avaliação contínua e ações
de mitigação do risco operacional em processos-chave de risco. Dedicou-se especial atenção ao aprimoramento da
metodologia de avaliação de riscos e do banco de dados de perdas operacionais. Adicionalmente, destacam-se as
ações para o desenvolvimento e a implementação de um Sistema de Gestão de Continuidade de Negócios para o
BNDES. O tema em questão ensejou a realização de um processo licitatório que está em andamento desde o terceiro
trimestre, com expectativa de conclusão no primeiro semestre de 2011. Paralelamente, foi elaborado um Plano de
Gerenciamento de Incidente (PGI), em fase final de construção.
• Risco de mercado
O risco de mercado é o risco de ocorrência de perdas financeiras resultantes da alteração nos valores de mercado de
posições ativas e passivas detidas pela instituição, dentre as quais se incluem os riscos das operações sujeitas à variação
da cotação de moeda estrangeira, das taxas de juros, dos preços das ações e dos preços de mercadorias (commodities).
A estrutura de gerenciamento do risco de mercado e a política corporativa de gestão de riscos de mercado e liquidez
do BNDES e de suas subsidiárias definem o conjunto de metodologias, procedimentos, limites, instrumentos e
responsabilidades aplicáveis no controle permanente dos processos internos da instituição, a fim de garantir o
adequado gerenciamento dos riscos.
A estrutura de gerenciamento do risco de mercado do BNDES está composta pela Diretoria, pelo Comitê de Gestão de
Riscos, pelo Conselho de Administração e pela Área de Gestão de Riscos. A estrutura completa para gerenciamento
do risco de mercado do BNDES está disponível para acesso público em: http://www.bndes.gov.br/BNDES_Transparente.
A gestão de risco de mercado monitora a parcela de requerimento de capital resultante da carteira de negociação
e de não negociação, de modo a garantir a adequação dos riscos inerentes a essas operações em níveis consistentes
com o padrão de risco desejável a ser assumido pela instituição.
A carteira de negociação consiste em todas as operações com instrumentos financeiros, inclusive derivativos, detidas
com a intenção de negociação ativa e frequente ou destinadas a hedge de outros elementos da carteira de nego-
ciação, e que não estejam sujeitas à limitação da sua negociabilidade. As operações detidas com intenção de nego-
ciação são aquelas destinadas: (i) à revenda; (ii) à obtenção de benefício dos movimentos de preços, efetivos ou
esperados; ou (iii) à realização de arbitragem. A carteira não designada para negociação corresponde, basicamente,
às operações de crédito realizadas pela instituição, suas captações, títulos públicos e títulos privados. Essa carteira
inclui riscos de taxa de juros, índice de preços e câmbio.
Por sua natureza de banco de desenvolvimento, o BNDES tem uma carteira de negociação relativamente pequena
quando comparada ao total dos ativos detidos pela instituição. Assim, como parte da gestão do risco de mercado,
o BNDES utiliza a metodologia regulamentar de VaR Paramétrico, para risco prefixado, e de Maturity Ladder, para
aferir os riscos de cupom cambial, de índice de preços e de taxa de juros, conforme estabelecem os normativos do
Banco Central. Para mensurar o risco de juros da carteira bancária (Rban), utiliza-se metodologia própria, obser-
vando-se o impacto das oscilações das taxas de juros (indexadores) na receita líquida de juros (net interest income)
para o período de um ano. Os testes de estresse utilizados na Rban são os regulamentares.
Dentre as atividades desenvolvidas pelo Departamento de Gestão de Risco de Mercado e Liquidez do BNDES no
exercício de 2010, podem-se destacar: a aprovação da Política Corporativa de Classificação de Operações na Carteira
de Negociação, na forma da Resolução 1.981, de 3 de agosto de 2010, e a revisão da Política Corporativa de Gestão
de Risco de Mercado e Liquidez, aprovada pela Resolução 2.012, de 9 de novembro de 2010; o relatório de desca-
samento por fator de risco, que acompanha mensalmente as posições líquidas do BNDES; as notas explicativas
mensais; os informes trimestrais de risco de mercado; e o início da implantação a ser finalizada em 2011 do software
de gestão de risco de mercado, contratado à empresa MAPS Soluções e Serviços, conforme contrato OCS 08/2010,
firmado pela Diretoria do BNDES em 26 de fevereiro de 2010.
• Risco de crédito
O risco de crédito é o risco associado à possibilidade de ocorrência de perdas decorrentes do descumprimento, pelo
tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de
contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remu-
nerações, às vantagens concedidas nas renegociações e aos custos de recuperação. Desse modo, a gestão do risco
de crédito no BNDES permeia todo o processo de concessão, monitoramento, cobrança e recuperação de créditos,
englobando a atuação de diversas áreas.
A política corporativa de gestão de risco de crédito, aprovada durante o exercício de 2010, formalizou o processo de
gestão do risco de crédito do BNDES e de suas subsidiárias, estabelecendo responsabilidades, princípios, diretrizes,
processos e procedimentos necessários à identificação, à mensuração, ao monitoramento, ao controle e à mitigação
dos riscos aos quais o BNDES está exposto. A formalização da política, bem como a estrutura de gerenciamento do
risco de crédito no BNDES, cumpre as diretrizes estabelecidas pela Resolução CMN 3.721/2009.
Com relação à apuração do capital regulamentar, as exposições ponderadas por fator de ponderação de risco (PEPR)
são mensalmente calculadas e incorporadas ao Patrimônio de Referência Exigido (PRE) conforme os procedimentos
determinados pela Circular 3.360/2007 do Banco Central do Brasil. Cabe destacar que, além da carteira de créditos
da instituição, estão inseridos na parcela PEPR outros ativos, como títulos e valores mobiliários, swaps e operações
compromissadas. A apuração do PRE é parte integrante do Documento de Limites Operacionais (DLO) enviado
mensalmente ao Banco Central do Brasil.
O BNDES também realiza a apuração de outros limites regulamentares internos e externos. Os limites de exposição
por cliente e ao setor público, estabelecidos, respectivamente, por meio das Resoluções CMN 2.844/2001 e 2.827/2001
e suas alterações posteriores, são monitorados e inseridos em informes periódicos de distribuição interna. De modo
semelhante, são monitorados os limites setoriais definidos pela Diretoria do BNDES e apurados diversos indicadores
relacionados à carteira do BNDES, como inadimplência e créditos baixados como prejuízo, qualidade da carteira e
provisionamento, concentração por grupo econômico e por setor de atividade. Os indicadores produzidos são anali-
sados e inseridos no Informe de Gestão de Risco de Crédito, enviado mensalmente ao Comitê de Gestão de Riscos.
Adicionalmente, o BNDES elabora estimativas para os diferentes componentes do risco da carteira de créditos, com
vistas a avaliar potenciais perdas financeiras. A probabilidade de inadimplência por faixa de risco é estimada com
base na frequência histórica, e as taxas de recuperação são calculadas com base nos fluxos de recebimentos identifi-
cados para os contratos inadimplentes. Matrizes de migração de estados são estimadas para horizontes diversos, e o
valor em risco para a carteira de créditos é atualmente estimado com a utilização do modelo CreditRisk+.
Dentre as atividades desenvolvidas pelo Departamento de Gestão de Risco de Crédito durante o exercício de 2010,
podem ser destacadas as seguintes: a) aquisição de software específico para a gestão do risco de crédito, cuja imple-
mentação deverá ser concluída até o final do exercício de 2011; b) aprovação da Política Corporativa de Gestão de
Risco de Crédito; c) elaboração trimestral do Relatório de Gestão de Risco de Crédito com o objetivo de prover um
conjunto de informações e indicadores de modo a subsidiar o processo decisório da Alta Administração do BNDES;
e d) elaboração da Política Corporativa de Reavaliação de Garantias Reais.
1
A PCAM atual não considera instrumento conversível em BDR. A inclusão desse instrumento, embora altere a exposição cambial, não mudaria o valor da parcela regulamentar, uma
vez que a exposição em 31 de dezembro de 2010 continuaria sendo inferior a 5% do PR. Foi realizada consulta formal ao Banco Central para averiguar a necessidade de sua inclusão
na exposição cambial.
R$ mil
BNDES
Em 31 de dezembro
2010 2009
Balanço Resultado do Resultado Balanço Resultado
patrimonial 2º semestre acumulado patrimonial acumulado
(continua)
Relatório Anual 2010 | Demonstrações Contábeis BNDES • 118
(continuação)
R$ mil
BNDES
Em 31 de dezembro
2010 2009
Balanço Resultado do Resultado Balanço Resultado
patrimonial 2º semestre acumulado patrimonial acumulado
Impostos e contribuições a recuperar e antecipações 160.066 - - 4.823 77
Créditos tributários 668.126 - - 538.175 -
Antecipação de dividendos/juros sobre capital próprio 0 - - 1.165.804 -
Operações da carteira de câmbio – ativo 1 49.859 99.934 1 59.018
Dividendos e bonificações em dinheiro a receber 997.577 105.351 138.000 965.961 36.884
Rendas a receber 772 - - 601 -
Direitos a receber – Eletrobras 7.172.194 - - 3.500.000 -
Devedores por depósitos em garantia 139.679 - - 136.583 -
Pagamentos a ressarcir 78.192 - - 60.564 -
Incentivos fiscais 191.596 (4.700) 12.284 174.490 32.152
Diversos 64.866 342.984 480.860 77.007 18.006
OUTROS VALORES E BENS 284.376 (19.785) (11.698) 245.687 (56.449)
Outros valores e bens 10.934 - - 11.707 -
Despesas antecipadas 273.442 (19.785) (11.698) 233.980 (56.449)
INVESTIMENTOS 91.724.009 3.227.644 4.129.525 43.503.563 4.155.716
Participações – equivalência patrimonial - 3.153.165 4.054.643 - 4.155.579
Participações – dividendos - 52 437 - 126
Participações – juros sobre o capital próprio - 74.427 74.445 - 11
Participações – provisões - - - - -
IMOBILIZADO DE USO 98.488 - - 95.756 -
DIFERIDO 40.834 - - 12.620 -
Depreciações - (7.730) (14.690) - (15.094)
R$ mil
BNDES
Em 31 de dezembro
2010 2009
Balanço Resultado do Resultado Balanço Resultado
patrimonial 2º semestre acumulado patrimonial acumulado
(continua)
Relatório Anual 2010 | Demonstrações Contábeis BNDES • 119
(continuação)
R$ mil
BNDES
Em 31 de dezembro
2010 2009
Balanço Resultado do Resultado Balanço Resultado
patrimonial 2º semestre acumulado patrimonial acumulado
R$ mil
Consolidado
Em 31 de dezembro
2010 2009
Balanço Resultado do Resultado Balanço Resultado
patrimonial 2º semestre acumulado patrimonial acumulado
(continua)
Relatório Anual 2010 | Demonstrações Contábeis BNDES • 120
(continuação)
R$ mil
Consolidado
Em 31 de dezembro
2010 2009
Balanço Resultado do Resultado Balanço Resultado
patrimonial 2º semestre acumulado patrimonial acumulado
Instrumentos financeiros derivativos – renda variável – ativo 555.668 2.106.488 2.106.488 - -
Letras do Tesouro Nacional (LTN) 2.938.694 634.747 1.358.006 2.648.320 414.363
Notas promissórias - - - 50.794 -
Outras receitas/despesas com TVM - - - - (8.059)
OPERAÇÕES DE CRÉDITO E RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS 365.789.955 7.227.439 19.316.186 288.321.843 4.588.081
Créditos vinculados 25 (2) (1) 26 (3)
Operações de repasse 181.321.049 4.888.364 9.019.771 122.856.700 7.213.892
Operações de crédito 184.468.881 2.339.077 10.296.415 165.465.117 (2.625.808)
PROVISÃO PARA RISCO DE CRÉDITO (4.267.310) 916.027 2.851.777 (4.974.295) (5.702)
Reversão (constituição) de provisão para risco de crédito –
debêntures (3.331) 167.140 262.596 (265.926) (120.267)
Reversão (constituição) de provisão para risco de crédito – repasses (1.083.836) 242.289 152.211 (1.236.047) 1.082.214
Reversão (constituição) de provisão para risco de crédito –
operações de crédito (3.131.101) 509.660 283.874 (3.414.975) (1.173.297)
Reversão (constituição) de provisão para risco de crédito – direitos
recebíveis (38.785) (16.050) (12.269) (26.517) (3.524)
Reversão (constituição) de provisão para risco de crédito –
venda a prazo de TVM (10.257) 1.133 20.573 (30.830) 6.401
Baixas como prejuízo fiscal - (109.308) (141.212) - (235.783)
Recuperações de crédito - 121.163 2.286.004 - 438.554
OUTROS CRÉDITOS 19.441.674 2.685.753 3.956.855 12.379.549 3.136.131
Venda a prazo de títulos e valores mobiliários 1.279.922 55.030 136.246 1.107.525 257.786
Direitos recebíveis 2.721.725 70.152 146.846 1.069.946 133.508
Operações da carteira de câmbio – ativo 1 49.859 99.934 1 59.018
Dividendos e bonificações em dinheiro a receber 1.909.393 194.191 279.651 2.132.277 2.046.836
Créditos perante o Tesouro Nacional 3.547.589 1.978.651 2.761.538 785.813 495.439
Créditos tributários 1.362.244 - - 1.503.136 -
Antecipação de dividendos e juros sobre capital próprio 1.165.804
Devedores por depósitos em garantia 471.148 - - 151.478 -
Incentivos fiscais 462.695 (7.356) 46.619 405.394 111.955
Pagamentos a ressarcir 18.846 - - 19.343 -
Impostos e contribuições a recuperar e antecipações 422.025 1.874 4.198 453.022 13.307
Direitos a receber – Eletrobras 7.172.194 - - 3.500.000 -
Diversos 73.892 343.352 481.823 85.810 18.282
OUTROS VALORES E BENS 285.459 (19.785) (11.698) 296.497 (56.449)
Outros valores e bens 10.934 - - 11.707 -
Despesas antecipadas 274.525 (19.785) (11.698) 284.790 (56.449)
INVESTIMENTOS 11.568.121 3.730.534 5.807.187 33.942.932 3.989.865
Participações – equivalência patrimonial - 301.147 439.393 - 778.115
Participações – dividendos - 116.006 635.639 - 1.307.168
Participações – juros sobre o capital próprio - 1.003.570 1.638.110 - 1.119.280
Participações – resultado com transações - 2.349.786 3.238.442 - 1.158.801
Participações – prêmios e comissões - - (2) - 50
Participações – provisões - (39.975) (144.395) - (373.549)
IMOBILIZADO DE USO 98.488 - - 95.756 -
INTANGÍVEL 40.834 - - 12.619 -
Depreciações - (11.537) (21.924) - (19.860)
COMITÊ DE AUDITORIA
João Paulo dos Reis Velloso
Attilio Guaspari
Paulo Roberto Vales de Souza
DISPONIBILIDADES 1 39
Ativos próprios
Ajuste a valor justo de ativos financeiros classificados na categoria disponíveis para venda – líquido de efeitos
tributários (R$2.121.948 mil em 2010 e R$9.724.822 mil em 2009) (4.119.075) 18.877.595
Realização, por venda, do ajuste ao valor justo das ações classificadas na categoria disponíveis para venda –
líquida de efeitos tributários (R$ 597.534 mil em 2010 e R$ 542.761 mil em 2009) (1.159.919) (1.053.594)
Ativos de coligadas
. Ajustes de avaliação patrimonial de ativos 205.681 (335.325)
. Diferenças acumuladas de conversão (81.418) (4.776)
Dividendos
complementares - - - - - - - - (7.201.318) (7.201.318)
Outros resultados
abrangentes - - - - - 17.824.001 (335.325) (4.776) 17.483.900
Destinação do resultado
.R
eserva de incentivos
fiscais - - - - 41.030 - - - (41.030) -
.R
eserva para futuro
aumento de capital - - 953.607 - - - - - (953.607) -
.R
eserva para margem
operacional - - - 3.814.428 - - - - (3.814.428) -
Em 31 de dezembro
de 2009 20.260.881 1.519.676 1.701.914 3.814.428 206.339 34.786.471 (335.325) 137 5.179.549 67.134.070
Dividendos
complementares - - - - - - (4.768.035) (4.768.035)
Outros resultados
abrangentes - - - - (5.278.994) 205.681 (81.418) - (5.154.731)
Destinação do resultado
Juros sobre o
capital próprio
complementares - - - - - - - (771.598) (771.598)
Dividendos pagos
antecipadamente - - - - - - - (1.967.296) (1.967.296)
.R
eserva de incentivos
fiscais - - - 20.185 - - - (20.185) -
.R
eserva para futuro
aumento de capital - 1.442.602 - - - - - (1.442.602) -
.R
eserva para margem
operacional - - 4.697.484 - - - - (4.697.484) -
Em 31 de dezembro de
2010 29.557.415 843.997 1.442.602 4.697.484 61.215 29.507.477 (129.644) (81.281) 3.892.117 69.791.382
Caixa líquido gerado pelas (utilizado nas) atividades operacionais (2.832.398) 2.148.097
Atividades de investimentos
. Venda de investimentos 1.510.464 160.273
(continua)
Relatório Anual 2010 | Demonstrações Contábeis BNDES • 134
(continuação)
Atividades de financiamentos
. Aumento em obrigações por dívidas subordinadas 11.163.252 8.210.938
. Pagamento de dividendos (2.616.674) (8.448.494)
Caixa líquido gerado pelas (consumido nas) atividades de financiamentos 8.546.578 (237.556)
As demonstrações financeiras consolidadas do BNDES, para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010, são as
primeiras demonstrações financeiras anuais preparadas em conformidade com as IFRSs.
O BNDES adotou como data de transição 1o de janeiro de 2009 e está apresentando seu balanço patrimonial de
abertura segundo as IFRSs nessa data.
O BNDES aplicou a IFRS 1 na preparação dessas demonstrações financeiras, adotando as exceções obrigatórias rele-
vantes e certas isenções opcionais em relação à aplicação completa retrospectiva das IFRSs.
4.1.2 Isenções da aplicação retrospectiva completa escolhidas pelo BNDES na data da transição para as IFRSs
O BNDES decidiu utilizar as seguintes isenções opcionais de aplicação retrospectiva completa das IFRSs:
O BNDES aplicou a isenção de combinação de negócios descrita na IFRS 1 em relação à aquisição de participações em
coligadas. Assim sendo, não reprocessou as aquisições que ocorreram antes de 1o de janeiro de 2009.
O BNDES optou por desconsiderar as diferenças acumuladas de conversão existentes na data de transição de 1o de
janeiro de 2009. Essa isenção foi aplicada a todas as coligadas de acordo com a IFRS 1.
O BNDES optou por reconhecer todos os ganhos e perdas atuariais acumulados até 1o de janeiro de 2009. A aplicação
dessa isenção está detalhada na Nota 4.2.2 (h).
O BNDES optou por designar determinados instrumentos financeiros como ao valor justo por meio do resultado e
como disponível para venda, na data de transição. A aplicação dessa isenção está detalhada na Nota 4.2.2 (d) e (f).
(a) Estimativas
As estimativas, segundo as IFRSs em 1o de janeiro de 2009, são consistentes com as estimativas feitas na mesma data,
de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
As demais exceções obrigatórias na IFRS 1 não se aplicam ao BNDES, pois não houve operações no escopo de tais
exceções ou diferenças significativas com relação ao BR GAAP nessas áreas:
Em decorrência do processo de convergência entre as práticas contábeis adotadas no Brasil e as IFRSs, o BNDES
alterou, a partir de 1º de janeiro de 2010, certas práticas contábeis que passaram a fornecer informações mais úteis
e relevantes.
As demonstrações financeiras preparadas em BR GAAP referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009
e 2008 não foram reapresentadas. Nesse sentido, certas divergências entre as IFRSs e o BR GAAP, identificadas até
31 de dezembro de 2009, deixaram de existir ou passaram a ter outra fundamentação a partir de 1º de janeiro de
2010. Os efeitos da adoção das novas práticas em BR GAAP referentes aos exercícios findos em 2008 e 2009 foram
reconhecidos no patrimônio líquido.
As primeiras demonstrações financeiras consolidadas preparadas em conformidade com as IFRSs têm como ponto de
partida as demonstrações financeiras consolidadas preparadas em BR GAAP.
O resumo das reclassificações e dos ajustes relevantes e as respectivas reconciliações em função da adoção das IFRSs
são apresentados a seguir.
4.2.1 Reclassificações
A IAS 1 (Presentation of financial statements) requer que certos componentes sejam apresentados de forma desta-
cada nas demonstrações financeiras. Consequentemente, alguns saldos foram reclassificados, tais como: instru-
mentos financeiros derivativos, impostos e contribuições a recuperar, créditos tributários diferidos e provisões.
4.2.2 Ajustes
O BNDES adota como prática contábil em BR GAAP o reconhecimento imediato no resultado de receitas e despesas
de originação de operações de crédito.
De acordo com as IFRSs, as receitas geradas ou despesas incorridas na origem das operações de crédito, que sejam
incrementais e diretamente atribuíveis à sua originação, são incluídas no cálculo do custo amortizado da operação
pelo método da taxa efetiva de juros. Essas despesas ou receitas são reconhecidas no resultado durante o período
de vigência da operação.
De acordo com a Resolução 2.682/99 do Bacen, é vedado o reconhecimento no resultado do exercício de receitas
e encargos de qualquer natureza relativos a operações de crédito que apresentem atraso igual ou superior a 60
(sessenta) dias no pagamento de parcela de principal ou encargos.
Para fins das IFRSs, as receitas e encargos de qualquer natureza das operações de crédito são reconhecidos pelo
método da taxa efetiva de juros.
De acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil para as instituições financeiras, a constituição de provisões
para risco de crédito segue as regras da Resolução 2.682/99 do Bacen, que se baseia no conceito de “perda esperada”.
De acordo com as IFRSs, o modelo de mensuração de provisão para operações de crédito se baseia no conceito de “perda
incorrida”, que requer a identificação de evidência objetiva de perda por redução ao valor recuperável como resultado
de um ou mais eventos ocorridos após o momento do reconhecimento do ativo financeiro (vide Nota 2.6.6 (a)).
Nas demonstrações financeiras preparadas em BR GAAP, até o exercício de 2009 a carteira de participações socie-
tárias do BNDES era composta de empresas coligadas, sobre as quais sua controlada BNDESPAR exercia influência
significativa, e de outras empresas sobre as quais não existia influência significativa, que eram mensuradas ao custo.
A partir de 1º de janeiro de 2010, com a aplicação pela BNDESPAR dos pronunciamentos emitidos pelo Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC), as participações societárias em não coligadas, anteriormente avaliadas ao custo,
passaram a ser avaliadas pelo valor justo e apresentadas no subgrupo de “títulos e valores mobiliários”, na categoria
definida pelo CPC 38 como “disponível para venda”. Os mesmos procedimentos de mensuração e classificação desses
ativos foram adotados nas demonstrações financeiras do BNDES, preparadas de acordo com o BR GAAP, conforme
Circular 3.068/2001 do Bacen.
Para fins de aplicação das IFRSs, tais participações são classificadas como instrumentos financeiros disponíveis para
venda e mensuradas ao valor justo, não havendo diferença, portanto, a partir de 1º de janeiro de 2010, entre o BR
GAAP e as IFRSs.
Conforme comentado no item “d” acima, a partir de 1º de janeiro de 2010 a BNDESPAR adotou os Pronunciamentos
Técnicos do CPC. Tal adoção alinhou as práticas adotadas no BR GAAP com os requerimentos das IFRSs, no que tange
à definição e à mensuração de coligadas. Entretanto, o tratamento dado ao ganho na compra vantajosa, que para
fins de BR GAAP é reconhecido no ativo como deságio, em IFRS é reconhecido no resultado.
Em relação aos exercícios de 2009 e 2008, quando as práticas em BR GAAP ainda não estavam alinhadas com as IFRSs,
os seguintes ajustes em investimentos em coligadas foram realizados:
• eclassificação de ativos reconhecidos no BR GAAP como outros investimentos (e mensurados ao custo) para
R
investimento em coligadas, considerando o conceito de influência significativa da IAS 28, e sua consequente
mensuração pelo método de equivalência patrimonial;
• r eversão do resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2009 dos dividendos recebidos das empresas que
passaram a ser consideradas coligadas em IFRS. Conforme práticas contábeis em BR GAAP, essas participações
eram consideradas outros investimentos e avaliadas ao custo;
• r evisão do resultado apurado com as vendas de ações ocorridas durante os exercícios de 2009 e 2008, conside-
rando a nova classificação do investimento e sua mensuração;
• r eversão contra lucros acumulados, em 1º de janeiro de 2009, do saldo do ganho por compra vantajosa apurado
no BR GAAP antes dessa data;
• r evisão dos efeitos das aquisições de coligadas realizadas durante os exercícios de 2010 e 2009, considerando a
IAS 28 , tendo como consequência, entre outros, a mensuração do ágio ou ganho na compra vantajosa; e
Para fins de BR GAAP, até 31 de dezembro de 2009 o BNDES tinha por prática classificar as debêntures que conti-
nham derivativos embutidos na categoria “mantidos até o vencimento” e mensurá-las pelo custo de aquisição,
acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço.
A partir de 1º de janeiro de 2010, o instrumento principal passou a ser classificado, em BR GAAP, na categoria “dispo-
nível para venda” e mensurado ao valor justo, enquanto o(s) respectivo(s) derivativo(s) foi(foram) classificado(s) na
subcategoria “mantidos para negociação” e mensurado(s) ao valor justo.
Para fins de IFRS, foi feita a opção, na data de transição, pela designação ao valor justo por meio do resultado de
todas as debêntures com derivativos embutidos, não sendo, dessa forma, segregados do contrato principal.
Durante o exercício de 2010, a BNDESPAR adotou os Pronunciamentos Técnicos do CPC, reprocessando, para fins de
publicação, suas demonstrações contábeis do exercício de 2009, e efetuou ajuste referente a contrato derivativo passivo.
Entretanto, para fins de publicação das demonstrações financeiras consolidadas do BNDES em BR GAAP, esse valor
somente foi considerado no exercício de 2010, pois as regras do Bacen, diferentemente das regras da CVM às quais a
BNDESPAR está sujeita, permitem a não utilização de ajustes retrospectivos para fins de publicação. Dessa forma, as
demonstrações consolidadas do BNDES (BR GAAP) não apresentam o respectivo valor desse contrato derivativo em
2009, objeto de ajuste de reconciliação entre as demonstrações contábeis em BR GAAP e em IFRS.
O BNDES optou por aplicar a isenção de benefícios a empregados da IFRS 1, conforme mencionado na Nota 4.1.2 (c).
Dessa forma, foram reconhecidas, na data de transição, perdas atuariais acumuladas.
Adicionalmente, as obrigações de aposentadoria na data de transição foram ajustadas para refletir a contribuição
mínima obrigatória para o plano de pensão da Fapes, em atendimento aos requerimentos da IFRIC 14.
Para fins de aplicação das IFRSs, não há diferenças, a partir de 1º de janeiro de 2010, entre o BR GAAP e as IFRSs.
De acordo com o BR GAAP, os juros sobre o capital próprio e os dividendos são reconhecidos no fim do exercício pela
proposição da Administração, ainda que os dividendos não tenham sido oficialmente declarados, o que ocorrerá no
exercício seguinte.
De acordo com a IAS 10, os dividendos são somente reconhecidos quando se constitui a obrigação legal. Dessa
forma, qualquer destinação acima do dividendo mínimo obrigatório somente é reconhecida quando aprovada pelo
Conselho de Administração.
As mudanças nos impostos e contribuições sociais diferidos representam os efeitos desses tributos nos ajustes para
a transição para as IFRSs.
R$ mil
(c) Provisão (d)
para perda Instrumentos
(a) (b) Juros por redução patrimoniais (e) (h)
Receitas de de créditos ao valor disponíveis Investimentos Benefícios a (j) Tributos
BR GAAP Reclassif. originação inadimplentes recuperável para venda em coligadas empregados diferidos IFRS
Aplicações interfinanceiras
de liquidez 10.113.958 - - - - - - - - 10.113.958
Títulos e valores mobiliários 145.929.555 (272.082) (221) - 872 184.136 14.787 - - 145.857.047
Instrumentos financeiros
derivativos - 272.082 - - - - - - - 272.082
Impostos e contribuições a
recuperar - 422.025 - - - - - - - 422.025
Créditos tributários
diferidos - 1.362.244 - - - - - - 56.104 1.418.348
R$ mil
(c) Provisão (d)
para perda Instrumentos
(a) (b) Juros por redução patrimoniais (e) (h)
Receitas de de créditos ao valor disponíveis Investimentos Benefícios a (j) Tributos
BR GAAP Reclassif. originação inadimplentes recuperável para venda em coligadas empregados diferidos IFRS
Obrigações por
empréstimos e repasses 272.186.665 - - - - - - - - 272.186.665
Instrumento híbrido de
capital e dívida 13.234.016 - - - - - - - - 13.234.016
Fundos financeiros e de
desenvolvimento - 31.406.440 - - - - - - - 31.406.440
Instrumentos financeiros
derivativos - 717.874 - - - - - - - 717.874
Impostos e contribuições
sobre o lucro - 551.960 - - - - - - - 551.960
Obrigações de benefícios de
aposentadoria - - - - - - - 1.480.268 - 1.480.268
Reserva de capital - - - - - - - - - -
Outros resultados
abrangentes 29.296.552 - - - - - - - - 29.296.552
Total do patrimônio líquido 65.899.265 - (152.885) 62.726 2.417.088 - 2.315.504 - (750.317) 69.791.382
Total do passivo e
patrimônio líquido 549.019.962 - (103.232) 62.726 2.417.088 - 2.315.504 - 56.105 553.768.152
R$ mil
Total do ativo 386.633.271 - (90.813) 142.324 3.265.020 54.585.366 707.683 806.694 - - 36.542 446.086.087
R$ mil
Lucros acumulados - - (130.183) 142.324 3.265.020 - 3.115.013 806.694 (894.284) (9.945) (1.115.091) 5.179.549
Total do patrimônio
líquido 27.628.044 - (130.183) 142.324 3.265.020 54.585.366 707.683 806.694 (894.284) (9.945) (18.966.650) 67.134.070
Total do passivo e
patrimônio líquido 386.633.271 - (90.813) 142.324 3.265.020 54.585.366 707.683 806.694 - - 36.542 446.086.087
R$ mil
Total do ativo 277.294.449 - (83.718) 77.873 3.670.944 25.228.351 317.436 279.224 - - 17.124 306.801.683
R$ mil
(c) Provisão (d) (f)
para perda Instrumentos Debêntures (g)
(a) (b) Juros por redução patrimoniais (e) com Instrumentos (h)
Receitas de de créditos ao valor disponíveis Investimentos derivativos financeiros Benefícios a (j) Tributos
BR GAAP Reclassif. originação inadimplentes recuperável para venda em coligadas embutidos derivativos empregados diferidos IFRS
Total do patrimônio
líquido 25.266.621 - (83.718) 77.873 3.670.944 25.228.351 317.436 279.224 - (27.376) (8.891.603) 45.910.037
Total do passivo e
patrimônio líquido 277.294.449 - (83.718) 77.873 3.670.944 25.228.351 317.436 279.224 - - 17.124 306.801.683
R$ mil
(f)
(c) Provisão Debêntures
(b) Juros para perda por (e) com
(a) Receitas de créditos redução ao valor Investimentos derivativos (j) Tributos
BR GAAP Reclassif. de originação inadimplentes recuperável em coligadas embutidos diferidos IFRS
Resultado bruto de intermediação financeira 9.890.724 - (22.702) (79.598) (847.932) - (330.617) - 8.609.876
Resultado antes da tributação sobre o lucro 14.358.934 (159.307) (22.702) (79.598) (847.932) (223.538) - - 13.025.858
Lucro líquido antes da participação sobre o lucro 10.072.629 (159.307) (22.702) (79.598) (847.932) (223.538) - 117.784 8.857.337
Lucro líquido do exercício 9.913.322 - (22.702) (79.598) (847.932) (223.538) - 117.784 8.857.337
* Não foi apresentado resultado abrangente em BR GAAP; assim, a reconciliação apresentada começa com o lucro líquido do exercício. A reconciliação entre o lucro líquido e o
resultado abrangente em IFRS apresenta-se na demonstração de resultado abrangente.
R$ mil
Receitas de intermediação
financeira 11.164.152 - (46.465) 64.451 - 2.343.774 527.469 - - - 14.053.382
Despesas de intermediação
financeira (5.348.941) - - - (405.924) - - - - - (5.754.865)
Captação no mercado –
financiamentos e repasses (4.629.790) 108.179 - - - - - - - - (4.521.611)
Resultado de instrumentos
financeiros derivativos (580.872) - - - - - - - - - (580.872)
Reversão (constituição) de
provisão para risco de crédito (5.703) - - - (405.924) - - - - - (411.627)
Resultado bruto da
intermediação financeira 5.815.211 - (46.465) 64.451 (405.924) 2.343.774 527.469 - - - 8.298.517
Reversão (constituição) de
provisão para perda em
investimentos (373.549) - - - - 1.009 - - - - (372.540)
Resultado de instrumentos
financeiros derivativos – renda
variável - - - - - - - (894.284) - - (894.284)
Reversão (constituição) de
provisões trabalhistas e cíveis 584.812 - - - - - - - - - 584.812
Imposto de Renda e
Contribuição Social – corrente (2.447.846) - - - - - - - - - (2.447.846)
Imposto de Renda e
Contribuição Social – diferido 211.296 - - - - - - - - (801.127) (589.831)
Lucro líquido do exercício 6.735.169 - (46.465) 64.451 (405.924) 2.952.601 527.469 (894.284) 17.431 (801.127) 8.149.322
* Não foi apresentado resultado abrangente em BR GAAP; assim, a reconciliação apresentada começa com o lucro líquido do exercício. A reconciliação entre o lucro líquido e o
resultado abrangente em IFRS apresenta-se na demonstração de resultado abrangente.
R$ mil
Atividades operacionais
Lucro líquido do exercício 9.913.322 (22.702) (79.598) (847.932) - (223.538) 117.784 8.857.337
Constituição (reversão) da
provisão para risco de crédito (2.851.778) - - - 847.932 - - - (2.003.846)
Constituição (reversão) de
provisões trabalhistas e cíveis (26.436) - - - - - - - (26.436)
Constituição (reversão) de
provisão para perdas em
investimentos 144.395 - - - - - 29.793 - 174.188
Resultado de participações em
coligadas (439.393) - - - - - - - (439.393)
Lucro na venda de
investimentos - (1.056.349) - - - - - - (1.056.349)
Realização (constituição)
líquida de créditos tributários 279.231 - - - - - - (117.784) 161.447
Variação de ativos e
obrigações (63.600.861) 3.903.324 22.702 79.598 - 51.072.172 - - (8.523..066)
. Diminuição (aumento)
líquida em títulos e valores
mobiliários (96.845.992) 3.903.324 - - - 51.072.172 - - (41.870.496)
. Diminuição (aumento)
líquida nas demais contas
do ativo (6.043.421) - - - - - - - (6.043.421)
.A
umento líquido nas
obrigações por empréstimos
e repasses 113.642.206 - - - - - - - 113.642.206
.A
umento líquido de
instrumento híbrido de
capital 845.100 - - - - - - - 845.100
(continua)
Relatório Anual 2010 | Demonstrações Contábeis BNDES • 145
(continuação)
R$ mil
. Aumento (diminuição)
líquido nas obrigações por
operações compromissadas (13.740.763) - - - - - - - (13.740.763)
.A
umento nas obrigações por
emissões de debêntures 2.167.652 - - - - - - - 2.167.652
Atividades de investimentos
. Recebimento de dividendos
de coligadas 495.108 - - - - - - - 495.108
Atividades de financiamentos
Modificação na posição
financeira
Início do exercício
Final do exercício
R$ mil
Atividades operacionais
Lucro líquido do exercício 6.735.169 - (46.465) 64.451 (405.924) 2.952.601 527.469 (894.284) 17.431 (801.127) 8.149.322
Ajustes que não afetam o caixa (1.173.858) (76.797) - - 405.924 (1.627.133) - - - 801.127 (1.670.737)
Constituição (reversão) da
provisão para risco de crédito 5.703 - - - 405.924 - - - - - 411.627
Constituição (reversão) de
provisões trabalhistas e cíveis (584.812) - - - - - - - - - (584.812)
Constituição (reversão) de
provisão para perdas em
investimentos 373.549 - - - - (1.009) - - - - 372.540
Resultado de participações em
coligadas (778.115) - - - - 296.467 - - - - (481.648)
Lucro na venda de
investimentos - (76.797) - - - - - - - - (76.797)
Realização (constituição)
líquida de créditos tributários (211.296) - - - - - - - - 801.127 589.831
Variação de ativos e obrigações (4.736.271) 1.070.153 46.465 (64.451) - (995.767) (527.469) 894.284 (17.431) - (4.330.488)
. Diminuição (aumento)
líquido em títulos e valores
mobiliários (31.383.997) 1.070.153 - - - (995.767) (527.469) 894.284 - - (30.942.797)
. Aumento líquido de
instrumento híbrido de capital 6.364.982 - - - - - - - - - 6.364.982
Atividades de investimentos
. Recebimento de dividendos
de coligadas 495.727 - - - - 2.180 - - - - 497.907
Atividades de financiamentos
(continua)
Modificação na posição
financeira
Início do exercício
Final do exercício