15 - Cap 15 HIGIENE E PRIMEIROS SOCORROS
15 - Cap 15 HIGIENE E PRIMEIROS SOCORROS
15 - Cap 15 HIGIENE E PRIMEIROS SOCORROS
a. Asseio Corporal
Mesmo antes de saber como as doenças infecciosas se disseminam, o
homem dava atenção ao asseio corporal, não só para satisfazer seus próprios
desejos, como também para tornar mais agradável o convívio com seus
semelhantes. Agora, sabe-se que há razões sólidas, de ordem médica, para a
manutenção do asseio corporal. A sujeira, a imundície e os germes, são
inseparáveis. Manter o asseio corporal e as roupas limpas é um meio simples e
eficaz de reduzir o número de germes nocivos capazes de afetar o organismo.
1). Pele
O corpo deve ser lavado diariamente, da cabeça aos pés com água e
sabão (sabonete).
Quando não houver chuveiro ou banheira o asseio corporal poderá ser
feito usando meios de fortuna:
Usando uma toalha, água e sabão, dando especial atenção às dobras
do corpo (axilas e virilha), face, ouvidos, mãos e pés.
Quando houver algum ferimento ou infecção, este deverá ser tratado
de imediato.
2). Cabelo
Deve ser conservado limpo, penteado e aparado.
Pelo menos três vezes por semana lavar com água e sabão.
A barba deve ser raspada diariamente.
O pente e o aparelho de barba são de uso exclusivamente individual.
Não devem ser emprestados a outras pessoas.
3). Mãos
As unhas devem estar bem aparadas.
As mãos devem ser lavadas com sabão e água:
a) após qualquer trabalho manual e necessidades
fisiológicas
b) antes de tocar os alimentos e talheres.
Os hábitos de limpar o nariz com o dedo e roer unhas contaminam as
mãos os objetos tocados por estas.
Tosse e espirro deve ter o anteparo de um lenço ou serem dirigidos
para fora do alcance de outras pessoas.
Dedos contaminados não devem ser levados à boca.
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4) Vestuário
Torna-se facilmente contaminado com germes que podem estar nos
excrementos, na urina ou nas secreções do nariz e da garganta;
As roupas internas devem ser trocadas, se possível, diariamente.
As externas devem ser lavadas quando sujas.
A sacudidura do fardamento, seguida de duas horas de exposição ao
sol, reduzirá consideravelmente o número de vermes que tenham se fixado nele.
Pelo menos uma vez por semana, os lençóis devem ser mudados e as
mantas, travesseiros e colchões , expostos ao sol e ao ar.
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3) Restaurações Dentárias
Obturações a amálgama de prata, incrustações a ouro ou coroas de porcelana e
outros tipos de restaurações, são também substitutos da estrutura dentária e
apresentam graus variáveis de limitações funcionais.
A atenção cuidadosa a essas limitações será fator determinante da eficiência
funcional dos dentes e da saúde da boca.
Boa higiene oral depende também, de exames periódicos dos dentes
e da boca por um Oficial Dentista.
c. Doenças Venéreas
1) Modo de Transmissão
As doenças venéreas são quase sempre transmitidas pelo ato
sexual.
As lesões afetam os órgãos genitais, podendo, no caso da AIDS,
levar a uma deficiência imunológica, com conseqüentes implicações sistêmicas.
O contato direto com a lesão ou com o material dela proveniente é o
modo mais habitual de disseminação da doença.
Em raríssimos casos, quando o indivíduo é portador de lesão em
torno da boca, a sífilis pode ser transmitida através do beijo.
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f) Higiene e educação sexual: Instruções sobre o assunto
g) Profilaxia: Incentivar o uso de preservativos e redução de
parceiras.
3) Tratamento
A maioria das doenças venéreas pode ser curada, desde que o
tratamento seja eficaz e instituído precocemente.
Até o presente momento, apesar dos esforços desenvolvidos na área
da pesquisa médica, não foi encontrada cura para a AIDS.
Qualquer lesão dos órgãos genitais, qualquer corrimento do pênis
pode ser de origem venérea, qualquer desses sintomas deve ser levado ao
conhecimento do Oficial Médico, imediatamente.
O único diagnóstico confirmatório no caso da AIDS, é através do
exame de sangue.
Não se deve ater a outros expedientes, como consultas
charlatanescas, tentar drogas populares ou mesmo remédios de farmácia.
Contrair doença venérea não constitui motivo para aplicação de
normas disciplinares. Todavia o homem que suspeita ou se apercebe de que está
acometido de doenças venéreas e deixa de comparecer à visita médica para
tratamento adequado, fica passível de sanções disciplinares.
a. Purificação da água
1) Generalidades
Quando não houver disponibilidade de água potável, cada soldado
tem o dever de estar capacitado para proceder à desinfecção da água para
consumo próprio. Para esse fim, ele deve dissolver em seu cantil comprimido de
iodo ou hipoclorito de cálcio.
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(3) Colocar a tampa do cantil, frouxamente, aguardar 5 minutos e
depois agitá-lo bem, permitindo vazamento a fim de enxaguar as roscas do
gargalo e da tampa do cantil:
(4) Apertar a tampa e aguardar por mais 20 minutos, antes de fazer
uso da água para qualquer fim.
b. Eliminação de Detritos
1) Generalidades
a) A palavra “detritos” inclui todos os tipos de resíduos resultantes das
atividades humanas ou animais. Neste assunto são abordados os seguintes tipos
de detritos:
(1) Detritos humanos (fezes e urina).
(2) Restos sólidos de cozinha.
b) O destino a ser dado aos dejetos humanos, água de serventia,
restos de comida e lixo depende da situação militar e da localização da Unidade.
O enterramento e incineração são os métodos mais comumente usados em
campanha.
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Usam-se latrinas de campanha, enquanto se constroem latrinas de
fossa profunda. Quando não for praticável sua construção, usam-se os outros
tipos. Qualquer que seja o tipo de latrina usado, a Unidade é responsável por sua
construção, manutenção e fechamento.
3) Latrinas
a) Latrinas de Vala
A latrina de vala tem uma largura de 30 cm por 75 cm de
profundidade e 1,20 m de comprimento. Deverá acomodar dois homens ao
mesmo tempo. Deve ser calculado um número de latrinas para servir 6% do
efetivo, ao mesmo tempo. Assim, para uma Unidade com efetivo de 100 homens,
são necessárias quatro latrinas de 1,20 m. Não há assentos nesse tipo de latrina,
m as colocam-se as tábuas em ambos os lados da mesma, a fim de proporcionar
melhor apoio para os pés. A terra removida é amontoada nas extremidades de
cada latrina e coloca-se a mesma numa pá, de modo que cada soldado que tenha
usado a latrina possa prontamente cobrir seus excrementos e o papel higiênico
utilizado.
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c) Destino dos restos (sólidos) de cozinha
Os restos de cozinha, sólidos ou semi-sólidos, resultam da
preparação e distribuição dos alimentos. Os restos de cozinha podem ser
enterrados ou incinerados.
a. Generalidades
Em campanha, deve-se improvisar meios indispensáveis à manutenção
da higiene individual. Alguns dos recursos experimentados com sucesso são
expostos abaixo:
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c. Dispositivo para barbear e lavar
Um dispositivo composto de um estrado de madeira, com tábuas
regularmente dispostas, de maneira a permitir, entre os espaços, a colocação de
um capacete de aço invertido, que irá servir de bacia; o estrado é apoiado sobre
os cavaletes. Na parte superior, uma peça de madeira com pregos em vários
pontos permitindo pendurar espelhos, a uma altura apropriada 2. Numa das
extremidades do dispositivo, coloca-se um camburão de 20 litros de água; na
outra, uma caixa coletora que descarrega no poço de absorção (esse arranjo
permite dar destino conveniente à água usada).
d. Chuveiro de campanha
Em campanha, sempre que possível, devem ser instalados dispositivos
para chuveiro. Tal providência, além de satisfazer os homens, individualmente,
nas suas exigências higiênicas, reflete-se positivamente no moral da tropa. Nos
climas quentes, o banho de chuveiro alivia o calor. Os reservatórios podem ser
pintados com tinta fosca, de preferência escura, para aumentar a absorção do
calor do sol. Quando o clima exige instalação de dispositivos para aquecimento da
água, deve-se improvisá-lo. Cada dispositivo deve ter um poço de absorção, e
sobre este, um estrado de madeira.
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7,5 cm do seu fundo. À medida que a água do tambor aquecedor for
esquentando, irá subindo através do cano mais alto até o tambor suspenso. Esta
água será, imediatamente, substituída no aquecedor por igual quantidade de água
que irá saindo do tambor suspenso, pelo cano mais baixo.
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f. Cuidado especial dos pés durante as marchas: A marcha é o mais sério
teste de aptidão dos pés. A não ser que se dispense atenção especial aos pés,
perturbações graves poderão ocorrer em conseqüência da marcha.
l) Antes da marcha: Nos preparativos da Unidade para a marcha, os Oficiais
devem estar seguros de que todos os homens estão devidamente equipados,
corretamente calçados, com um número necessário de meias adequadas, limpas
e inteiras (sem buracos e sem cerzidos) e supridos convenientemente de pó anti-
séptico para os pés. O homem nunca deve tentar amaciar seu par novo de
sapatos ou coturno numa marcha. Bolhas, equimoses por calçado apertado e
infecções, devem ser devidamente tratadas e protegidas antes da realização da
marcha;
2) Durante a marcha: Os pés devem ser mantidos secos. Se as meias se
umedecerem pela transpiração, deverão ser trocadas por outras, na primeira
oportunidade. Se necessário, podem ser submetidas à secagem, sob a camisa, ao
redor da cintura. O calçado apertado pode determinar dificuldade de circulação
sangüínea. No caso dessas ocorrências, a medida é ajustar o calçado ou aplicar
esparadrapo. Uma ou duas vezes por dia, durante a marcha, os pés dever ser
protegidos com talco anti-séptico;
3) Nos períodos de repouso - Os pés devem ser inspecionados de vez em
quando e medidas preventivas aplicadas, antes que sérias alterações se
desenvolvam. Casos de queixas persistentes devem ser 1evadas ao médico. Se
possível, os pés deverão ser lavados durante a noite. É conveniente elevar os pés,
durante o descanso, a fim de reduzir a congestão e o edema. O Comandante da
Unidade deve realizar inspeções periódicas, certificando-se de que as medidas
corretivas estão sendo aplicadas para os queixosos dos pés;
4) No bivaque - As meias usadas devem ser completamente lavadas com
água e sabão, espremidas para facilitar a secagem e penduradas ao sol ou à
corrente de ar. As meias de lã devem ser lavadas em água fria a fim de diminuir a
possibilidade de encolhimento.
Medidas salva-vidas:
a. Classificação
As três medidas salva-vidas são: estancar a hemorragia, proteger o
ferimento e evitar ou tratar o choque.
1) Estancar a hemorragia
A hemorragia ininterrupta causa o choque hipovolêmico, podendo
levar o paciente à morte. Os mecanismos de controle da hemorragia são os
seguintes:
a) Pressão direta – para estancar a hemorragia, aplica-se o curativo
retirado do estojo de primeiros socorros em cima do ferimento, exercendo, com a
palma e os dedos da mão abertos, uma pressão firme, contínua e uniformemente
distribuída. Esta compressão deve durar de 5 a 10 min e produz dois efeitos
concorrentes para o estancamento do sangue:
(1) Reduz o esguicho de sangue pela lesão;
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(2) Ajuda a manter a ferida cheia de sangue, propiciando a
formação do coágulo.
b)Torniquete – No caso de perna ou braço ferido, não diminuindo a
hemorragia após o processo de elevação do membro, aplique o torniquete. Porém
cuidado, pois o abuso do torniquete é bastante perigoso. Trata-se de um recurso
extremo cujo emprego exige extremas precauções, se mal executado, pode
causar graves conseqüências, por exemplo, gangrena. O torniquete deve ser
colocado acima do ferimento, em caso de hemorragia abaixo do joelho ou do
cotovelo, ele deve ser colocado acima dessas articulações. Para aplicação do
torniquete, siga estes passos:
(1)Envolva o local da aplicação com uma bandagem de proteção; o
torniquete deve ser feito com uma bandagem de, pelo menos três centímetros de
largura.
(2)Se você não tiver use uma gravata, um cinto largo, um lenço
dobrado ou mesmo tiras de pano rasgado de sua gandola. Nunca use barbantes,
cordas, arames ou qualquer material que possa ofender os vasos sangüíneos, os
músculos ou os nervos.
(3)Coloque o pano que servir de torniquete sobre a bandagem de
proteção. Dê um nó único nas duas pontas, coloque um pedaço de madeira sobre
esse nó e amarre-o.
(4)Gire o pedaço de madeira com rapidez de forma a ir apertando,
progressivamente, o pano, em conseqüência, o próprio membro.
(5)Quando a hemorragia cessar pare de girar o torniquete e deixe-
o fixo, para fixá-lo, basta pegar as duas pontas de pano que ficarem sobrando
acima do nó. Passar cada uma delas por um dos lados do pedaço de madeira e
amarrá-las do outro lado do membro, impedindo assim que o pedaço de madeira
gire em sentido contrário e afrouxe o aperto.
(6)Nunca deixe o torniquete por mais de quinze minutos se passar
desse tempo, e o socorro médico ainda não ter chegado, afrouxe-o por cinco
minutos, se a hemorragia arterial voltar violentamente quando você soltar o
torniquete deixe-o só por alguns segundos, em seguida aperte-o de novo por mais
quinze minutos, repita esta operação quantas vezes forem necessárias.
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e) Combinação de métodos – uma combinação de medidas é
geralmente mais eficiente. Exemplo: aplicar pontos de pressão até que curativos
de pressão possam ser aplicados.
2) Proteger o ferimento
O curativo de primeiro socorro, quando conveniente aplicado, protege
o ferimento do meio exterior, mantendo do lado de fora a sujeira e os germes e
protegendo contra lesões subseqüentes. Mesmo existindo sujeira ou corpos
estranhos na ferida, o curativo deve ser aplicado, tomando-se o cuidado para não
tocá-la com as mãos ou outro qualquer objeto, a não ser com o próprio curativo.
As ataduras do curativo deverão exercer uma pressão uniforme sobre toda a
superfície do ferimento, vedando suas extremidades a fim de protegê-las da
sujeira.
b. Curativo individual:
Cada soldado leva um pacote de curativo individual em campanha; cada
curativo consta de uma atadura à qual é pregado um pedaço de gaze; o militar
deve evitar tocar com os dedos na gaze, colocando-se a parte da gaze sobre o
ferimento prendendo o curativo por meio de atadura.
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É usado como medida de emergência que se adota até a chegada do
médico. Quem for atender uma vítima, prestando-lhe os primeiros socorros, deve
usar o curativo individual da vítima e não o próprio.
a. Ferimento na cabeça
Exceto os de menor gravidade, os ferimentos na cabeça requerem
sempre pronta atuação médica.
Faça o seguinte:
1) Em caso de inconsciência ou inquietação, deite a vítima de costas,
afrouxe suas roupas, principalmente em volta do pescoço, agasalhando-a em
seguida;
2) Havendo hemorragia ou ferimento no couro cabeludo, coloque uma
compressa ou um pano limpo sobre o ferimento. Não pressione;
3) Se o sangramento for no nariz, na boca, ou no ouvido, volte à cabeça
da vítima para o lado de onde provém a hemorragia; e
4) Não dê bebidas alcoólicas.
c. Ferimento no Abdômen
São perigosos; aja da seguinte maneira:
1) Não recoloque para dentro qualquer órgão do abdômen que tenha
saído pelo ferimento. Pode causar infecção e choque grave;
2) Mantenha no lugar, com o maior cuidado possível, os órgãos
expostos (estômago, intestinos, etc ). Evite ao máximo mexer neles.
3) Cubra com uma compressa úmida;
4) Prenda a compressa firmemente no lugar com uma atadura;
5) O objetivo é proteger os órgãos expostos por meio de um curativo de
pressão.
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Obs: A atadura deve ser firme, mas não apertada. Sob hipótese nenhuma dê
alimentos líquidos ao ferido, sendo que qualquer alimento líquido ingerido pela
poderá sair pelo intestino causando septicemia. Você poderá atenuar a sede do
ferido apenas umedecendo seus lábios; ele estará sujeito a vomitar, portanto vire-
o de lado para evitar asfixia.
d. Hemorragia
Para estancar uma hemorragia temos que ter muito cuidado, tudo
depende de onde se encontra esse sangramento, porque em determinados casos
pode dar derramamento interno.
a. Fraturas
É a interrupção na continuidade do osso; é a ruptura total ou parcial de
um osso. Existem três tipos de fraturas:
1) Fechadas ou simples
2) Expostas
3) Cominutivas
2) Fraturas expostas
Fixe firmemente o curativo no lugar, utilizando-se de uma bandagem forte:
tira de roupa , cinto de guarnição, etc.
Mantenha a vítima deitada; aplique as talas, conforme o descrito para
fraturas fechadas, sem tentar puxar o membro ou fazê-lo voltar à sua posição
natural.
Não desloque ou arraste a vítima até que a região suspeita tenha sido
imobilizada, a menos que ela se encontre em iminente perigo.
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3) Fraturas cominutivas
Aplique os mesmos procedimentos citados para fratura exposta.
c. Sinais de fraturas
São seguintes os sinais aparentes de uma região fraturada: dor,
incapacidade funcional, deformação, descolocação, inchaço crepitação.
Não mover o acidentado, não permitir que se levante, não dar
estimulantes, imobilizá-lo e comprimir da hemorragia.
d. Talas
Todas as fraturas requerem a colocação de talas, os pacientes com
fraturas dos ossos longos, da bacia, coluna ou pescoço devem receber as talas no
próprio local do acidente, antes de qualquer transporte. O bom entalamento
impede que o osso perfure a pele. Meios de fortuna podem ser usados para
confecção das talas, tais como: galhos de árvores, varas, paus de barracas, fuzis,
revistas, etc.
1) Preparação das talas
- Fraturas dos membros inferiores e superiores;
- Fraturas da mandíbula;
- Fratura da coluna;
- Tipóia para braço ou ombros fraturados
2) Atente para essas informações
Ao colocar uma imobilização o socorrista não deve em hipótese
nenhuma tentar melhoras à posição do membro ou segmento afetado.
Puxando ou tentando colocar os ossos no lugar. poderá lesar um vaso ou nervo,
colocando em risco a integridade física do paciente e, em alguns casos, a própria
vida;
Outra importante função da imobilização é evitar a exacerbação da
dor, que pode conduzir a vítima ao choque.
Amarrar o braço no tórax com um cinto NA dá um apoio maior. Vire a
fralda da gandola para cima, envolvendo o membro lesado, e abotoe em posição
adequada. Sustente o antebraço em uma tipóia feita de cinto ou tiras de pano, e
amarre o braço ao tronco; você poderá fazer sua própria tipóia.
a. Efeitos do Calor
1) Prostração Térmica
Esta condição é determinada pela perda excessiva de água e sal.
Em temperatura acima de 35ºC, o melhor meio de evitar a exaustão consta das
medidas destinadas a facilitar a transpiração, usando roupas leves e de cor clara,
o que favorece a evaporação. Transpiração e evaporação do suor são essenciais
para prevenir a exaustão pelo calor. Nas florestas, por exemplo, onde a umidade é
alta, a exu dação não se evapora completamente, mas escorre, em conseqüência,
pela pele; o resfriamento é menos eficiente e as perdas de água, maiores. Os
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sintomas de exaustão pelo calor são: dor de cabeça sudorese, excessiva,
fraqueza, tontura e cãibras musculares. A pele fica pálida, fria, úmida e pegajosa.
A exaustão pelo calor pode vir gradualmente ou ocorrer de repente. Poucos óbitos
decorrem da exaustão pelo calor; contudo, um caso grave sem tratamento pode
determinar a morte. A vítima deve ser imediatamente colocada em lugar fresco,
ao abrigo do sol e receber os primeiros socorros. Depois ser removida para a
instalação de saúde mais próxima.
2) Insolação
A exposição prolongada a temperaturas altas pode causar
internação, que é uma emergência médica e exige tratamento de imediato.
Acomete de preferência as pessoas não aclimatadas ao calor. Além disso, um
indivíduo por ela acometido fica mais suscetível a ataques posteriores, com menor
capacidade de resposta ao tratamento. O primeiro sinal da doença é a parada da
transpiração, tornando-se a pele quente e seca. Colapso e inconsciência podem
sobrevir repentinamente ou ser precedidos de dor de cabeça, tontura, pulso
rápido, náuseas, vômitos e confusão mental. É preciso agir depressa para salvar a
vida neste caso porque o mecanismo regulador do calor corporal está lesado,
podendo a temperatura subir até 44ºC. A vítima deve ser colocada em lugar
fresco, ao abrigo do sol e receber de imediato os primeiros socorros. Logo que
possível, deve ser removida para uma instalação de saúde, continuando-se o
tratamento durante o transporte.
4) Brotoeja
É uma condição inflamatória irritativa da pele, ligada à sudorese
excessiva. Inicia-se em geral ao redor da cintura e axilas, com numerosas e
pequeninas bolhas ou vesículas que causam intenso prurido. Pode haver
conseqüente infecção da pele resultando em lesões incômodas. O bronzeamento
gradual parece aumentar a resistência à brotoeja, e as roupas claras e folgadas
ajudam a impedir o seu aparecimento. Após o banho, o indivíduo deve enxugar a
pele cuidadosamente. Banhos demasiados freqüentes parecem agravar as
brotoejas, porque o sabão remove a camada oleosa da pele. Casos graves devem
ser encaminhados ao Oficial médico.
b. Queimaduras
1) Generalidades
Qualquer lesão decorrente da ação do calor sobre o organismo
denomina-se queimadura.
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Exemplos: contato com o fogo, vapores quentes, líquidos ferventes,
substâncias químicas (ácidos, soda cáustica, etc. ),radiações infravermelhas e
ultravioletas (em aparelhos, laboratórios ou excesso de raios solares) e lesões
com eletricidade.
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c. Choque elétrico
Acontece com muita freqüência, resulta do contato da vítima com fio
energizado.
Aja do seguinte modo:
1) Não toque a vítima até que ela esteja separada da corrente, ou esta
interrompida.
2) Se essa pessoa tocar num fio condutor de eletricidade e se a
corrente não puder ser interrompida, procure retirar a vítima de cima do fio
elétrico.
3) Para essa operação, use um pedaço de pau seco, roupa seca, ou
qualquer outro material que não conduza eletricidade. Tome cuidado para não
tocar na vítima com as mãos nuas. Você levará um choque.
4) Inicie a respiração artificial logo que a vítima esteja livre do contato
com a corrente.
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b. Cobras venenosas e não venenosas
As definições de venenoso e não venenoso dependem doa seguintes
conceitos:
1) as cobras têm várias glândulas na cabeça e na boca, que produzem
substâncias que podem ser tóxicas, variando em quantidade e qualidade entre as
espécies;
2) as cobras chamadas venenosas para o ser humano, aquelas em que
as glândulas da cabeça se modificaram e se tornaram produtoras de substâncias
tóxicas. Essas glândulas se comunicam com dentes ocos, parecidos com agulhas
de injeção, por onde o veneno passa e é injetado nas pessoas e nos animais no
momento da picada. As cobras com essa capacidade são chamadas, também, de
peçonhentas. Portanto, peçonhentos são os animais que injetam veneno com
facilidade e de maneira ativa. Assim, também, entre outros são as aranhas, os
escorpiões, as vespas, os marimbondos, as arraias e o famoso “Monstro de Gila”
único lagarto peçonhento no mundo, existente só no México e nos Estados
Unidos.
3) Porém, existem animais que produzem veneno, mas não tem um
aparelho que injete essas substâncias de maneira ativa, provocando
envenenamento passivo por contato simples (sapo, taturana), por compressão
(sapo) ou por ingestão (peixes baiacus).
4) O veneno é uma secreção que funciona para capturar e digestão de
alimento e , também, como defesa do animal contra seus agressores.
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a) Os Crotalíneos se subdividem em 3 gêneros:
(1) Gênero Bothrops – As jararacas, são também denominadas
caiçara, jaracuçu, cotiara, cruzeira, urutu, jararaca-do-rabo-branco, surucucurana.
Essas cobras possuem cauda lisa. O gênero Bothrops é composto por mais de 30
variedades de cobras que apresentam cores e desenhos diferentes pelo corpo,
indo do verde ao negro. São variados, também, os hábitos dessas cobras,
podendo ser encontradas penduradas em árvores (cobra papagaio), enterradas,
entocadas, à beira dos rios ou dentro d’água. Apresentam tamanhos que variam,
na vida adulta, de 40 centímetros a 2 metros de comprimentos. Essas cobras
estão distribuídas em todo o território nacional e são responsáveis por 88% dos
acidentes ofídios.
(2) Gênero Crotalus – As cascavéis, também conhecidas como
boicininga, maracambóia e combóia, possuem guizo ou chocalho na ponta da
cauda. Essas cobras vivem em campos abertos, regiões secas e pedregosas.
Cerrados e pastos são lugares de sua preferência. Com exceção da Floresta
Amazônica, Mata Atlântica e regiões litorâneas, as cascavéis são encontradas no
restante do país. Entretanto, é preciso Ter cuidado, pois já foram encontradas
cascavéis nos campos da Amazônica. O seu tamanho pode chegar a 1,6 metros
de comprimento.
Essas cobras são responsáveis pela maior porcentagem (8%) de
acidentes ofídicos no país.
(3) Gênero Lachesis – As surucucus, também conhecidas por pico-
de-jaca, surucutinga, surucucu pico-de-jaca, surucucu-de-fogo, são as maiores
serpentes peçonhentas da América do Sul. Na vida adulta seu comprimento pode
chegar a 4,5 metros. Ao contrário da maioria dos Bothrops e Crotalus, seu bote
chega a mais de um terço do comprimento do seu corpo. As surucucus podem ser
encontradas na Floresta Amazônica e Mata Atlântica. O número de acidentes
provocados por elas chega a quase 3%, segundo dados do Ministério da Saúde.
Porém, o conhecimento a respeito dessas cobras e de sua distribuição geográfica
são limitados.
b) O segundo grupo, constituído pelos Elapineos: Ex. corais –
verdadeiras. São identificadas pelas seguintes características:
(1) não apresenta fosseta loreal
(2) cabeça arredondada recoberta com escamas grandes, placas.
(3) dentes inoculadores de veneno pequenos e fixos, situados no
maxilar superior, na frente da boca.
(4) Quando em perigo, algumas achatam a parte posterior do
corpo, levantam e enrolam a cauda, como o rabo de porco, dando impressão que
se trata da cabeça;
(5) corpo recoberto na parte superior por escamas lisas e
brilhantes com anéis pretos, vermelhos e brancos;
No entanto, existem na Amazônica algumas corais verdadeiras que não possuem
anéis e têm cor marrom escura ou preta, às vezes com manchas avermelhadas na
barriga. Esse grupo é constituído apenas pelo gênero Micrurus que é formado
pelas corais verdadeiras, também denominadas coral e boicorá.
As corais vivem, geralmente, em buracos e sombras de árvores.
Preferem caçar à noite, descansam e escondem-se durante o dia. São
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encontradas em todo o território brasileiro. Entretanto, é bom lembrar que todas as
cobras gostam de lugares quentes, úmidos e escuros.
Segundo os dados notificados o Ministério da Saúde, os acidentes com as corais
são inferiores a 1%.
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Ao final de mais ou menos 2 meses, faz-se a sangria no animal para
verificar se ele criou anticorpos, ou seja, substância que neutralizam o veneno.
Este processo é repetido novamente até que os níveis de anticorpos
sejam suficientes,. Afinal do processo, após a preparação, o soro para por testes
químicos e biológicos até ser considerado apto para o consumo humano.
Este processo dura em torno de seis meses.
laboratórios produzem, atualmente, o soro para uso humano. São eles:
- Instituto Butantã, ligado à Secretaria de Saúde do Estado de São
Paulo;
- Fundação Ezequiel Dias, ligada a Secretaria de Saúde de Minas
Gerais;
- Instituto Vital Brasil, ligado à Secretaria de Saúde do Estado do Rio de
Janeiro.
a. Respiração Artificial
1) Princípios Gerais – Executando qualquer método de respiração
artificial, você sempre deverá ter em mente certos princípios:
a) O tempo é de primordial importância. Os segundos são valiosos.
Comece imediatamente. Não perca tempo em remover o paciente para um lugar
melhor; não retarde a respiração artificial para afrouxar as roupas, aquecer o
acidentado ou dar-lhe estimulantes. Estas medidas são secundárias; o mais
importante a fazer é introduzir ar nos pulmões do acidentado.
b) Introduza seus dedos rapidamente no interior da boca do
acidentado para limpá-la de espuma e obstruções diversas, e puxe a língua dele
para fora.
c) Coloque o acidentado em posição correta, a fim de manter abertas
suas vias respiratórias. Incline sua cabeça para trás o máximo possível, de forma
que a linha anterior do pescoço fique em um prolongamento natural até o queixo,
em uma posição saliente. Não permita que o queixo se incline para baixo.
d) Inicie a respiração artificial e a continue, sem interrupção, até que
o acidentado comece os movimentos espontâneos de respiração ou seja
declarado morto. Um ritmo regular é desejável mas não há necessidade de
cronometrar os movimentos respiratórios.
e) Nunca espere por um reanimador mecânico que esteja sendo
aguardado no local, nem que um operador destreinado leia as instruções para
aprender a manejar o aparelho. Em vez disso, comece sem demora a efetuar a
respiração artificial e, então, quando chegar um reanimador mecânico em
condições de uso eficiente e com um operador treinado, use-o.
f) Se o acidentado começar a respirar espontaneamente, ajuste seu
ritmo ao dele, a fim de poder atendê-lo. Não perturbe as tentativas de respirar.
Sincronize os seus esforços com os dele.
g) Tão logo o acidentado começar a respirar espontaneamente ou
logo que você dispuser de um auxiliar, providencie para que suas roupas sejam
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afrouxadas (ou se molhadas, retiradas) que ele seja mantido aquecido, e tratado
contra o choque. Contudo não interrompa a respiração artificial para tomar estas
providências.
2) Métodos
O método preferido para a respiração artificial é o método “boca a
boca”. Quando aplicado de forma correta, o método “Boca a boca” permite maior
entrada de ar nos pulmões do acidentado do que qualquer outro método
conhecido.
a) Método “boca a boca” (abertura do maxilar com o polegar).
(1) Deite o acidentado de costas (rosto para cima). Nesta posição
você pode cuidar melhor de sua respiração. Não coloque nada sob sua cabeça, a
fim de não bloquear as vias respiratórias pela flexão do pescoço;
(2) Limpe rapidamente sua boca de todos os corpos estranhos,
explorando com seus dedos os recantos da boca. Retire qualquer líquido, vômito
ou mucosidades. Esta limpeza não pode durar mais do que um ou dois segundos,
pois pouco tempo pode ser perdido em fazer chegar ar aos pulmões.
(3) Se disponíveis (não desperdice tempo procurando esses
materiais) coloque um cobertor enrolado ou outro material similar sob os ombros,
para que a cabeça fique um pouco pendente para trás, de forma a distender o
pescoço, ficando a cabeça na posição de queixo erguido. Isto coloca em linha as
passagens de ar, de forma que elas não ficam obstruídas pela torção eventual,
compressão muscular.
(4) Coloque seu dedo polegar no canto da boca e segure com
firmeza o maxilar inferior. Abra o maxilar inferior, levando-o à frente a fim de puxar
a língua para fora das vias respiratórias. Não tente apertar ou comprimir a língua.
(5) Com a outra mão aperte o nariz a fim de evitar perda de ar;
(6) Tome uma profunda inspiração e abra a boca amplamente;
coloque sua boca na do acidentado, mantendo seu polegar em posição, e sopre
vigorosamente (exceto em crianças) no interior da boca do acidentado, até que
você veja seu peito erguer-se. Se o peito do acidentado não se erguer, mantenha
o maxilar aberto com mais força e sopre, verificando se há escoamento de ar pela
boca e nariz.
(7) Quando o peito erguer-se, para de soprar e rapidamente retire
sua boca da dele. Tome outra inspiração profunda enquanto espera pela sua
expiração. Se a expiração é ruidosa, eleve mais sue maxilar;
(8) Quando findar a expiração, realize o movimento respiratório
seguinte. Os Primeiros cinco a dez movimentos respiratórios devem ser profundos
(exceto para crianças de colo ou meninos) e dados a um ritmo de 12 a 30 vezes
por minuto até que o acidentado retome a respiração normal.
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9) Após efetuar a respiração do salvamento por certo período de
tempo, você poderá notar que o estômago do acidentado está estufando. Essa
dilatação é devido à entrada de certa quantidade de ar no estômago ao invés de
nos pulmões. Embora a inflação do estômago não seja perigosa, toma mais difícil
a inflação dos pulmões. Portanto, quando você achar que o estômago está muito
saliente, aplique-lhe ligeira pressão com as duas mãos, no intervalo da inflação.
10) Lembre-se: mantenha as vias nasais o mais livre possível de
líquidos e outras obstruções, mantenha a cabeça para trás, o pescoço distendido,
queixo para frente: reajuste a posição se o ar fluir livremente para dentro e para
fora do paciente; não sopre muito intensamente ou em grande volume se o
paciente for uma criança , ajuste a sua boca a boca e nariz do paciente e sopre
apenas com a pressão das bochechas e não dos pulmões; se você sentir-se
perturbado com resultado das inspirações muito seguida, interrompa e sopre o
tempo suficiente para tomar uma profunda inspiração, e então reinicie o sopro.
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- Continue com a respiração de salvamento como indicado
acima.
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Quando ele estiver consciente, dê-lhe uma bebida quente, tal
como café, chá ou mate.
1) Padiolas Improvisadas
Uma padiola pode ser improvisada de vários modos:
a) Padiola feita de paus e gandolas: dobre duas ou três gandolas,
camisas ou túnicas, de modo que o avesso fique para fora e passe um pedaço de
pau através de cada manga;
b) Padiolas feitas de manta: caso não tenha um pedaço pau, enrole
em direção ao centro os dois lados da manta, e use a parte enrolada como
punhos, ao transportar o paciente;
c) Padiola feita de paus e mantas: uma manta, um meio pano de
barraca, poncho ou qualquer outro material semelhante, podem ser usados para
leito ou padiola. Os paus podem ser feitos de galhos fortes, estacas de
barraca,etc.
(1) Abra a manta, ponha uma vara ao comprido fazendo-a passar
pelo centro, e dobre a manta sobre ela.
(2) Ponha uma segunda vara que passe pelo centro da nova
dobra.
(3)Dobre as extremidades livres de manta sobre a segunda vara.
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2)Transporte a braço
Existem diversos modos pelos quais um ferido pode ser transportado
sem padiola.
Empregue o meio de transporte que seja mais fácil para você,
levando em consideração a gravidade do ferimento, o número de socorristas
disponíveis e a situação.
3) Transporte de bombeiro
Segue-se o modo mais fácil e mais usado pelo qual um homem pode
carregar outro, mesmo que se trate de homem inconsciente:
a) Agacha-se sobre o homem e ponha a mão sob as axilas dele;
levante-o para a posição de pé;
b) sustente-o, abraçando-o pela cintura, agarre a mão direita dele,
puxe-o e coloque-o em torno de sua nuca, de modo que o corpo dele fique
atravessado sobre suas costas. Segure-lhe as pernas a altura dos joelhos com
seu braço direito;
c) levante o homem do solo, e enquanto você se apruma, segure-lhe
o punho direito com sua mão esquerda e os joelhos dele com sua mão direita.
d) Agarre-lhe a mão direita, deixando sua mão esquerda livre. O
homem está pronto para ser transportado.
5) Transporte de apoio
Segure o punho esquerdo (ou direito) com a mão esquerda (ou
direita) e ponha em volta do seu pescoço.
Método útil para o homem ferido levemente, como no caso de
ferimento no pé e tornozelo.
7) Transporte de mochila
Levante o homem, passe a frente dele, segure seus punhos e
suspenda-o de modo que as axilas dele estejam sobre seus ombros.
Método útil para carregar um homem inconsciente, porém sem
fraturas.
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8) Transporte utilizando o cinto NA
a) Dois cintos NA
Após socorrer o ferido ou imobilizar a sua fratura de maneira
perfeita, unam-se dois cintos de guarnição, de sorte que se tenha um único cinto
sob as coxas e a bacia, como uma alça estendida de cada lado.
Deite-se entre as pernas estendidas do ferido, enfiando os braços
através das alças do cinto. Agarre-se a mão direita (esquerda) do ferido com a
mão esquerda (direita) e a calça do lado direito (esquerdo) com a mão direita
(esquerda).
Então girando-se com o ferido sobre o lado que não está lesado,
o transportador em decúbito ventral, ajusta as correias antes de continuar.
Erga-se o ferido para a posição ajoelhada. O cinto único
sustentá-lo-á firmemente na posição.
O transportador coloca uma das mãos no joelho como apoio e
então se levanta. O ferido, mantido pelo cinto, achar-se-á, assim, apoiado nos
ombros do transportador e em perfeita união com este, quer esteja inconsciente,
quer não.
Fica desse modo o transportador com as mãos e os braços livres,
podendo usar aquelas, como apoio, para subir ribanceiras ou ultrapassar qualquer
tipo de obstáculo. Um homem forte pode transportar outro, desta maneira, numa
distância apreciável sem fadiga excessiva. Uma vantagem adicional deste
processo é permitir, tanto ao transportador, como ao transportado, se consciente,
atirar.
b) Quatro cintos NA
Requer dois socorristas e quatro cintos de guarnição.
Faça duas tipóias contínuas com dois cintos cada uma, e passe
uma alça em torno de cada uma das pernas do homem.
Um socorrista passa uma alça sobre o ombro direito, e o outro,
sobre o seu ombro esquerdo.
Erguem-se ao mesmo tempo e levam a vítima para o local
desejado.
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Em seguida avance, rastejando; este método só deve ser usado para
distâncias muito curtas.
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