Atividade Avaliativa 1

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DIREITO DO TRABALHO I

ATIVIDADE AVALIATIVA 1
Aluna: DILAINE SIMÕES MAIA

Turma: 29 de Direito, Faculdade Gamaliel

7º Período

1) O que é a pejotização?
O termo se refere a uma conduta aderida pela empresa que tem o intuito de
gozar do trabalho de uma pessoa por meio de fraude na relação de trabalho
quando se trata do vínculo que faz ligação entre eles. Nesse sentido, o nome
que se dá para essa estratégia fraudulenta de acordo com a jurisprudência na
relação do trabalho é a Pejotização, nela o trabalhador é constrangido a abrir
uma empresa para poder prestar o serviço o qual deveria ser por meio de
contrato trabalhista com todos os direitos e garantias descritas.

Portanto, essa estratégia viciosa de obrigar o trabalhador a inaugurar um CNPJ


apenas para livrar-se das obrigações que cabem a ele, de cuidados não só
com o pagamento dos impostos, mas também com o labor diário que vai desde
a segurança e seus equipamentos até a alimentação e custo com traslado, é
reprovável e merece especial atenção uma vez que fere os direitos
fundamentais da pessoa do trabalhador e não deve ser menosprezado pois os
costumes são uma forma de expressão jurídica, apesar de não gerar o direito
em si, mas sabe-se que ele é um modo pelo qual o direito se expressa e assim
deve se manifestar conforme a ideia da justiça.
2) Esse tipo de contratação é proibido no Brasil? Quais as regras que
precisam ser seguidas nessa contratação?

Não é proibido no Brasil, desde que siga as regras legais, ter um contrato de
natureza cível que realmente sirva para fomentar a economia e o prestador do
serviço esteja em posição de oferecimento legítimo de suas habilidades e que
não sirva o contrato apenas como uma forma de macular direitos do
trabalhador.

3) Quando o empregador pode ser punido com a pejotização? O que


ele fez ou deixou de fazer?

Pode ser punido quando contrata um trabalhar e o induz a constituir um CNPJ.


Nesse ínterim, toma atitude de coagir o trabalhador a fazer o MEI, o
trabalhador por sua vez se vê vulnerável e obrigado a abrir o CNPJ e acaba
cedendo. Portanto, com isso o empregador feriu as normas constitucionais e
deixou de cumprir com suas obrigações de garantias legais trabalhistas ao
trabalhador.

4) Podemos afirmar que relação de trabalho e relação de emprego são


sinônimos? Fundamente a sua resposta.

Não se pode fazer tal afirmativa, pois a relação de trabalho não é relação de
emprego, segundo a autora Maria Teresa Martins “A relação de trabalho é
gênero, sendo a relação de emprego uma de suas espécies.

Assim, essa relação vai depender da prestação de serviço, pode ter um dos
requisitos que compõe o vinculo de emprego, como por exemplo o trabalho
oferecido com subordinação, pessoalidade, não eventualidade e onerosidade
segundo o art. 2º e 3º da CLT.

Já a relação de trabalho se daria mesmo na falta de uma dessas


características ou algumas delas citadas, por isso se tem uma relação de
trabalho e não de emprego, como por exemplo o trabalho autônomo, onde o
trabalhador é contratado mediante contrato de prestação de serviço baseado
nos arts. 593 a 609 do Código Civil, sendo certo que “toda a espécie de serviço
ou trabalho lícito, material ou imaterial, pode ser contratada mediante
retribuição” (art. 594, CC). Também são contratos de trabalho autônomo o
contrato de empreitada (arts. 610 a 626, CC) e o contrato de representação
comercial ou de agência e distribuição (arts. 710 a 721, CC).

5) Quais são os requisitos para o reconhecimento do vínculo de


emprego na pejotização?

Art. 3º da CLT - Considera-se empregada toda pessoa física que prestar


serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e
mediante salário.

Aquele que prestar serviço de maneira não eventual, com subordinação e de


forma onerosa.

6) O empregador, ao burlar a lei se apoiando na pejotização fere


algum ou alguns princípios trabalhistas e constitucionais? Fundamente.

Fere o princípio da dignidade humana em seu art. 1º III CF, os direitos ao


enterro, ao salário, ao trabalho pautado na lei, fere o princípio da ampla defesa
quando é coagido art. 5º LV CF, da liberdade de expressão, o direito de
receber o salário, de ter o valor social do trabalho, fere a honra do trabalhador
por vezes, fere a intimidade com ameaças, direito a saúde quando pela
situação desenvolve crises de ansiedade art. 7º IV CF.

A Constituição Federal em seu Título II, capítulo II, dos artigos 7 ao 11 que fala
dos Direitos e garantias fundamentais do trabalhador, além da Declaração
Universal dos direitos Humanos em seu art. 23 que prescreve sobre o direito de
trabalhar e ser remunerado equitativamente e com proteção contra o seguro
desemprego, garantem esses direitos e o respeito as trabalhadores de maneira
estrita e sumária.

7) Caso a pejotização não esteja respaldada na lei, o trabalhador/MEI


pode requerer alguma medida judicial? Fundamente.

Tem direito a pedir a nulidade do contrato, também a pedir reconhecimento de


vínculo empregatício, (art. 2º e 3º da CLT), assim como pedir danos morais
(art.186 do Código Civil).

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