Transformações Lineares - Parte 2

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Proposição 1 (Transformações Lineares agem como multiplicação de

Álgebra Linear matrizes)


Álgebra Matricial de Transformações Lineares, Isomorfismos e Sejam U e V espaços vetoriais sobre o corpo F, e considere L(U, V) o
Operadores de Mudança de bases espaço vetorial de transformações lineares de U sobre V. Sejam
B ={u1 , · · · , un } e A ={v1 , · · · , vm } bases para U e V, respectivamente.
Seja T uma transformação linear de U sobre V, a ação de T sobre u ∈ U
Prof. Kênio Alexsom de Almeida Silva 1 é dada pela multiplicação da sua matriz de coordenadas em relação as
bases B, A sobre as coordenadas de u em relação a base B:

[T (u)]A = [T ]BA [u]B .


April 7, 2021

1
Curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia - Universidade Federal do Maranhão
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Demonstração:
Proposição 2 (Álgebra matricial de Transformações Lineares) 2 Vamos mostrar que a entrada kj em [LT ]BC é igual ao produto da
1 Sejam T , L ∈ L(U, V), B ⊂ U, A ⊂ V bases, então k − ésima linha de [L]AC pela j − ésima coluna de [T ]BA . Sejam
m
[αT ]BA = α[T ]BA , ∀ α ∈ F;
X
T (uj ) = αij vi , A = {v1 , · · · , vm } ⊂ V,
i=1
[T + L]BA = [T ]BA + [L]BA . Xr
L(vi ) = βki wk , C = {w1 , · · · , wr } ⊂ W,
2 Sejam T ∈ L(U, V), L ∈ L(V, W), B ⊂ U, A ⊂ V, C ⊂ W bases, k=1
então LT ∈ L(U, W) e Xr
LT (uj ) = γkj wk . Então,
[LT ]BC = [L]AC [T ]BA . k=1
r m m
!
X X X
3 Seja T ∈ L(U, U), bijetora, então existe T −1 ∈ L(U, U), tal que γkj wk = LT (uj ) = L(T (uj )) = L αij vi = αij L(vi ) =
k=1 i=1 i=1
para cada base B ⊂ U Xm r
X r X
X m
αij βki wk = βki αij wk . Assim,
[T −1 ]B = [T ]−1
B . i=1 k=1 k=1 i=1
m
X
γkj = βki αij .
i=1
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Definição 4
Sejam U e V espaços vetoriais sobre o corpo F, e considere T uma
transformação linear de U sobre V, dizemos que T é um isomorfismo se
Exemplo 3 for uma função bijetora. Neste caso, dizemos que U e V são espaços
Considere as transformações lineares definidas sobre R2 e R3 por vetoriais isomorfos. Quando T é um operador linear isomorfismo, dizemos
que T é um automorfismo sobre U.
T (x, y , z) = (ax + by + cz, dx + ey + fz), L(u, v ) = (au + bv , du + cv ),
Exercı́cio 5
a,b,c,d,e,f ∈ R.
Determine as representações matriciais canônicas para as transformações O refletor R que mapeia cada vetor u ∈ R3 sobre a sua reflexão sobre o
lineares T , L, C onde C = LT : R3 → R2 . Para quais valores de plano Oxy . Em notação matricial:
a, b, c, d ∈ R, o operador L é inversı́vel?.     
x 1 0 0 x
R(u) =  y  =  0 1 0  y ,
−z 0 0 −1 z

é um automorfismo de R3 .

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Exercı́cio 7
 
Exercı́cio 6 a b
Seja C o conjunto de matrizes 2 × 2 da forma A = onde
A rotação Q, no plano OXY de ângulo θ no sentido anti-horário. Em −b a
notação matricial: a, b ∈ R, com as operações de adição de matrizes e multiplicação de
     matrizes por escalares reais.
x cos θ − y sin θ cos θ − sin θ 0 x 1 Verifique que C é um subespaço vetorial de R2×2 ;
 
Q(u) =  x sin θ + y cos θ  =  sin θ cos θ 0   y  , 2 A função T : R2 → C definida por T ((a, b)) = A =
a b

z 0 0 1 z −b a
um isomorfismo;
é um automorfismo de R3 .
 
3 A função T : C → C definida por T (a + bi) = A =
a b

−b a
um isomorfismo.

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Exercı́cio 8 (Exercı́cio bônus.)


H o conjunto
Seja   de matrizes complexas 2 × 2 da forma
w −z Exercı́cio 9
A= onde w , z ∈ C, com as operações de adição de Seja T um operador linear sobre U, n−dimensional. Mostre que as
z̄ w̄
matrizes e multiplicação de matrizes por escalares reais. seguintes afirmações são equivalentes:
1 Verifique que H é um subespaço vetorial de C2×2 ; 1 T −1 existe;

2 A função T : R4 → H definida por 2 T é uma função injetora;


 
a + bi −c − di 3 N (T ) ={0};
T ((a, b, c, d)) = é um isomorfismo.
c − di a − bi 4 T é uma função sobrejetora.

O matemático William R. Hamilton criou o conjunto de números


hipercomplexos chamados de quatérnios em 1843, o qual é isomorfo ao
espaço H (descoberto por Arthur Cayley em 1858).

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Definição 10 (Operador de Mudança de Bases)


Proposição 11 (Mudança de Coordenadas de vetores)
Sejam U um espaço vetorial sobre o corpo F, B ={u1 , · · · , un } e
A ={v1 , · · · , vn } duas bases para U. Seja T o operador linear de U Sejam U um espaço vetorial sobre o corpo F, B ={u1 , · · · , un } e
definido por T (vi ) = ui ∀ i = 1 : n. Dizemos que T é um operador de A ={v1 , · · · , vn } duas bases para U. Seja T o operador linear de U
mudança de bases, ele mapeia a base ”nova”, A, na base ”velha”, B. A definido por T (vi ) = ui ∀ i = 1 : n, P a sua matriz de mudança de base.
sua matriz de coordenadas em relação a base B, [T ]B , a sua matriz de Então,
coordenadas em relação a base A, [T ]A , são idênticas a matriz do 1 [u]
A = P[u]B , ∀ u ∈ U;
2 P é uma matriz inversı́vel.
operador identidade:
P = [I]BA .

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Proposição 13 (Mudança de Matrizes de Coordenadas)
Exemplo 12
Sejam U um espaço vetorial sobre o corpo F, B ={u1 , · · · , un } e
Seja P2 (t) o espaço vetorial de polinômios em t de grau, no máximo, igual A ={v1 , · · · , vn } duas bases para U, P = [I]BA a matriz de mudança de
a 2. Sejam C ={1, t, t 2 } a base canônica e A ={1, 1 + t, 1 + t + t 2 } outra base B para A. Seja T um operador linear de U. Então as matrizes de
base. Determine a matriz de mudança de base e as coordenadas de coordenadas [T ]B e [T ]A estão relacionadas por
q(t) = 3 + 2t + 4t 2 em relação à base A.
[T ]B = P −1 [T ]A P.

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Exemplo 14
Considere o operador linear T (x, y ) = (y , −2x + 3y ) sobre R2 . Encontre Definição 16 (Matrizes Semelhantes)
as matrizes
  de coordenadas
  canônica, [T ]C , e [T ]B onde Sejam B, C matrizes de ordem n. Dizemos que B e C são matrizes
1 1
B= , . semelhantes sempre que existir uma matriz inversı́vel Q tal que
1 2
B = Q −1 CQ. Neste caso, escrevemos B ' C para denotar que B e C
são matrizes semelhantes.
Exemplo 15 O operador linear f : Rn×n → Rn×n definido por f (C ) = Q −1 CQ é
Seja M uma matriz de ordem n, defina o operador linear T (u) = Mu sobre chamado de transformação de semelhança.
Rn . Encontre as matrizes de coordenadas canônica, [T ]C , e [T ]B onde
B ={q1 , · · · , qn } é outra base.

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Exemplo 17
Sejam B e C matrizes semelhantes. Mostre que B e C representam o Exercı́cio 20
mesmo operador linear.
Calcule o traço dos operadores lineares seguintes:
1 T (x, y ) = (y , −2x + 3y );
Exercı́cio 18 2 P(x, y , z) = (x + 2y − z, −y , x + 7z);

O traço de uma matriz de ordem n é a transformação linear definida por 3 Q(x, y ) = (x cos θ − y sin θ, x sin θ + y cos θ).
Xn
traço(C ) = cii . Mostre que traço(CB) = traço(BC ).
i=1 Exercı́cio 21
Mostre que o posto de uma matriz é invariante por semelhança de
Exercı́cio 19 matrizes, ou seja, posto(Q −1 CQ) = posto(C ).
Mostre que o traço é uma transformação linear invariante por semelhança
de matrizes, ou seja, traço(Q −1 CQ) = traço(C ).

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Exercı́cio 24
Exercı́cio 22  
1 2 0
Mostre que a relação de semelhança de matrizes é uma relação de
Dados a matriz A =  3 1 4  e a base
equivalência, ou seja,
1 A ' A;
0 1 5
     
2 Se A ' B então B ' A;  1 1 1 
3 Se A ' B e B ' C então A ' C . B =  1  ,  2  ,  2  . Defina o operador linear
1 2 3
 
 
Exercı́cio 23 x
Dado o operador linear T (x, y , z) = (x + 2y − z, −y , x + 7z). T (x, y , z) = A  y  e determine [T ]B .
3 z
1 Ache [T ]
C onde C
éa base
 canônica
  de  R ;
 1 1 1 
2 Ache [T ]B onde B =  0  ,  1  ,  1  e a matriz inversı́vel Exercı́cio 25
0 0 1
     
4 6 −2 −3
Q tal que [T ]B = Q −1 [T ]C Q. Mostre que as matrizes A = eB= são
3 4 6 10
semelhantes.

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MEYER, C. D., Matrix Analysis and applied Linear Algebra, SIAM,


Philadelphia, PA, 2000.

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