O Ensino Da Língua Portuguesa Nos Anos Iniciais
O Ensino Da Língua Portuguesa Nos Anos Iniciais
O Ensino Da Língua Portuguesa Nos Anos Iniciais
Dezembro/2014
Itapeva – SP
Dedico esta monografia a todos que
contribuíram de alguma maneira para a
realização deste trabalho e desta conquista:
meus pais, meu esposo, amigos e aos
excelentes professores dessa instituição.
“Conhecer a língua portuguesa não é privilégio de
gramáticos, senão de todo brasileiro que preza sua
nacionalidade. É erro de consequências
imprevisíveis acreditarem que só os escritores
profissionais têm a obrigação de saber escrever.
Saber escrever a própria língua faz parte dos
deveres cívicos”.
Napoleão Mendes de Almeida
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, por ter me dado saúde e força para superar
as dificuldades e permitiu que tudo isso acontecesse, não somente nestes anos
como universitária, mas em todos os momentos da minha vida. Ele é o maior mestre
que alguém pode conhecer.
Ao meu esposo Mateus, por ter acreditado que eu era capaz, pelo apoio e
incentivo nas horas mais difíceis, de desânimo e cansaço.
Aos meus pais, Admilson e Luciane, pelo amor incondicional. Pois, apesar de
todas as dificuldades, eles fortaleceram-me para que eu não desistisse, assim, eles
foram muito importantes para mim. Minha eterna gratidão vai muito além dessas
palavras, porque para eles foi cumprido o dom divino, o dom de ser Pai e o dom de
ser Mãe.
Agradeço a todos os professores que me proporcionaram o conhecimento e
que se dedicaram a mim, não apenas por me ensinar, mas também por me fazer
aprender.
Agradeço as amigas Ana Paula, Rejane, Polyane, Elizandra, Elisandre,
Adriana, entre outras, que foram companheiras de trabalho e amizade, fazendo
parte da minha formação e que continuarão presentes em minha vida, com toda
certeza.
Agradeço a minha orientadora Delcy Lacerda de Oliveira, sem ela eu não teria
concluído esse trabalho.
Agradeço aos membros dessa banca examinadora, que dedicaram seu tempo
e me concederam sua preciosa atenção.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9
2. HISTÓRICO DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL ................... 10
2.1. Formação Docente para o Ensino de Língua Portuguesa .................................. 15
2.2. A Oralidade e o Ensino da Língua Portuguesa .................................................. 19
2.3 As Práticas de Leitura e Escrita como Auxiliares no Ensino da Língua
Portuguesa ................................................................................................................ 23
2.4. Os Objetivos a Serem Atingidos Durante o Ensino de Língua Portuguesa ........ 25
3. MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................................... 29
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 33
6. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 34
O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA NOS ANOS INICIAIS
1. INTRODUÇÃO
Kleiman (2008) aponta que existe uma instabilidade presente nas reflexões
dos professores que desenvolvem seu trabalho com a língua materna, porque a
relação entre o ensino acontecido nas faculdades se encontra distanciado da prática
de sala de aula. Com isso, a fragilidade que emerge dessa relação repercute na
forma de ensinar do professor da disciplina de Língua Portuguesa.
Os estudos realizados por pesquisadores relatam que o ensino da língua em
sala de aula acontece de forma desestruturada, porém, cabe mencionar que tais
estudos não refazem o trajeto de devolução dessa apreciação realizada para os
professores atuantes em sala de aula, ou mesmo se quer, são alvos de estudos nos
cursos de licenciatura de Língua Portuguesa (KLEIMAN, 2008).
A multiplicidade da utilização da língua em diversas organizações sociais e
comunidades não permitem que o processo de formação docente esteja direcionado
para padrões cultos da língua, porque esta não existe de maneira estanque, parada,
como se o tempo não circulasse ao seu redor. Mas, destaca-se que a padronização
linguística embasada nos vocabulários dos grupos dominantes ainda gerencia o
programa curricular da formação docente para o ensino de Língua Portuguesa
(KLEIMAN, 2008).
como principal elemento para o ensino da língua, torna-se relevante a análise das
diferentes formas comunicativas que o aluno mantem contato constantemente.
Seria importante considerar-se a possibilidade da introdução de atividades que
permitissem a ampliação da proficiência oral do aluno no currículo previsto para o
ensino de Língua Portuguesa (CYRANKA e MAGALHÃES, 2012).
Cyranka e Magalhães (2012) afirmam que conceber a oralidade como língua
falada significa a utilização de gêneros textuais orais, em que se contempla a prática
discursiva de maneira ampla e significante. “Em se tratando de propostas
pedagógicas, o ensino sistematizado da oralidade envolve a interação com textos
por meio de escuta, produção oral e análise linguística” (op. cit. p. 61).
Tais proposições a cerca da utilização da oralidade em interação textual
promovem a construção de conhecimentos e conceitos sobre a linguagem e sobre a
própria língua falada, através dos processos de interação em que são usadas as
relações de fala. Outro elemento essencial para o ensino da língua através da
oralidade seria a produção de texto. Essa produção textual estaria fundamentada
nas concepções faladas da língua e deveria acontecer através da análise prévia
sobre a situação de comunicação, sobre a recepção do texto e quais as
possibilidades de interlocução, além de estar direcionada para o uso da oralidade
em situações textuais reais (CYRANKA e MAGALHÃES, 2012).
Para Ferreira et. al. (2004), o desafio do professor contemporâneo é
desenvolver a competência linguística de seus alunos, que se compreende em dois:
a fala e a escrita. Um equívoco costumeiro, no princípio da alfabetização, prioriza-se
a forma escrita da língua, deixando em caráter secundário a oralidade. Salienta-se
que antes da escrita, acontece a fala.
Sendo a linguagem herança cultural pela qual, sociedades que não fazem uso
da escrita, transmitem suas informações socioculturais para as demais gerações, a
oralidade deve perceber atenção especial na elaboração das atividades que serão
desenvolvidas no âmbito da sala de aula (FERREIRA et. al., 2004).
A forma coloquial e a forma padrão da língua merecem destaque devido as
seus aspectos diferenciais, no entanto, o primeiro contato do aluno egresso na
educação regular com a língua promove certa estranheza, porque a oralidade até
então utilizada pela criança estava focalizada em padrões próprios da língua da
instituição familiar (FERREIRA et. al., 2004).
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para o ambiente escolar. Para que o conhecimento aconteça nas escolas, a leitura e
a escrita devem consistir na busca da formação leitora e na prática da produção de
textos com função social (CARVALHO e MENDONÇA 2006).
A condenação que se apresenta à população brasileira devido à falta de
habilidade para o uso da Língua Portuguesa tem resquícios na própria história da
formação da sociedade brasileira. Afirma-se que há pouco mais de meio século a
população teve acesso à escola e assim, ao ensino da Língua Portuguesa. Esse
contexto histórico precisa ser analisado sempre que se pensa no processo de ensino
da língua no ambiente escolar (CARVALHO e MENDONÇA, 2006).
3. MATERIAIS E MÉTODOS
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O ensino de Língua Portuguesa está orientado por diversas metas que devem
ser atingidas durante toda a Educação Básica. Sendo de responsabilidade de toda a
escola, (SÃO PAULO, 2006), as competências linguísticas que precisam ser
atingidas nos anos iniciais são norteadas por inúmeros objetivos.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa apresentam
nove objetivos que fundamentam o ensino da língua materna. Através desses
objetivos, intenta-se que o desenvolvimento das competências linguísticas pelos
alunos permita que este seja capaz de usar a linguagem em ambientes públicos e
privados, mediante a expansão do uso de palavras na produção escrita e oral de
textos.
Requer-se do aluno o registro de informações mediante o uso da linguagem
cotidiana bem como da linguagem específica de acordo com o público a quem será
destinada a mensagem, respeitando a variedade das formas linguísticas faladas e
escritas. Faz-se necessário também que o aluno compreenda textos orais e escritos
para a efetivação de variadas formas de participação social.
A compreensão das informações implícitas nos textos deve acontecer a partir
do incentivo a leitura, variando as fontes que contem as informações, bem como
analisando as obras literárias e realizando pesquisas que permitam encontrar a
necessária informação.
Como instrumento de aprendizagem a linguagem é relevante, sendo possível
através dela o acesso às informações presentes nos diferentes tipos textuais, dessa
maneira, o aluno deve ser capaz de identificar aspectos importantes dos textos lidos
ou ouvidos; organizando notas, roteiros, compondo textos coerentes a partir das
informações recebidas.
A melhoria das relações sociais mediante aprimoração da linguagem oral
permite que o aluno consiga demonstrar seus sentimentos, opiniões, ideias,
acolhendo e interpretando as opiniões alheias, mediante a reflexão e criticidade da
prática linguística, porque através da linguagem valores e conceitos são
perpetuados ou modificados.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS