Unidade 8 - Infiltração

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Campus Alegrete

Centro Tecnológico - Curso de Engenharia Civil

INFILTRAÇÃ0
Unidade 8

Prof. Dra. Adriana Gindri Salbego


2020/02 (2021)
8.1 - Introdução
8.2 - Conceitos gerais
8.3 - Determinação da quantidade de água infiltrada
8.4 - Tipos de solo e condições de ocupação
8.5 - Condições de umidade antecedente do solo
INFILTRAÇÃO

É definida como sendo o fenômeno da passagem da


água do meio atmosférico para o interior do solo
através da interface ar-solo.

A capacidade de infiltração de um determinado solo,


é a taxa máxima de água que este solo pode
absorver através de sua superfície.
Ciclo Hidrológico
Ciclo Hidrológico
Água no Solo

- O solo é uma mistura


de materiais sólidos,
líquidos e gasosos.

- Na mistura também
encontram-se muitos
organismos vivos
(bactérias, fungos,
raízes, insetos,
vermes).
Água no Solo

As propriedades do solo  associadas ao


funcionamento hidrológico do solo;

Causa a destruição da estrutura do solo:


Excesso de umidade
Impacto de pisoteio excessivo
Compactação mecânica
Infiltração

Infiltração é a passagem de água da


superfície para o interior do solo;

Fenômeno de penetração da água nas


camadas de solo próximas à superfície do
terreno, movendo-se para baixo, através de
vazios, sob a ação da gravidade, até atingir
uma camada suporte que a retém, formando
então a água do solo;
Infiltração

É um fenômeno que depende:


da água disponível para infiltrar;
da natureza do solo;
do estado da superfície;
da quantidade de água e ar
presente no solo
Infiltração
Fases da Infiltração:
Intercâmbio  ocorre na camada superficial de
terreno, onde as partículas de água estão sujeitas a
retornar à atmosfera por aspiração capilar, provocada
pela ação da evaporação ou absorvida pelas raízes
das plantas;
Descida  dá-se o deslocamento vertical da água
quando o peso próprio supera a adesão e a
capilaridade;
Circulação  devido ao acúmulo da água, o solo
fica saturado formando-se os lençóis subterrâneos. A
água escoa devido à declividade das camadas
impermeáveis.
Infiltração

A região do solo, onde ocorre a infiltração pode


ser dividida em duas zonas:

Zona de Aeração: fases de intercâmbio e


descida; inclui a franja de ascensão por
capilaridade;

Zona de Saturação: onde se dá o movimento


da água do lençol subterrâneo (fase da
circulação)
Água no Solo
Água no Solo
Infiltração

Grandezas e Características:
Capacidade de infiltração;
Distribuição granulométrica;
Porosidade;
Velocidade de infiltração;
Coeficiente de permeabilidade;
Suprimento específico;
Retenção específica;
Níveis estáticos e dinâmicos;
Infiltração

Grandezas e Características:
Capacidade de infiltração  quantidade
máxima de água que um solo, sob uma dada
condição, pode absorver na unidade de tempo por
unidade de área horizontal (mm/h);

Distribuição granulométrica  é a distribuição


das partículas constituintes de um solo em função
das duas dimensões (curva granulométrica – em
função do tamanho dos grãos);
Infiltração

Grandezas e Características:
Porosidade  relação entre volume de vazios
de um solo e o seu volume total, expressa
geralmente em porcentagem;
Velocidade de infiltração  velocidade média
de escoamento da água através de um solo
saturado (m/s);
Coeficiente de permeabilidade  velocidade
de filtração de água em um solo saturado com a
perda de carga unitária; varia com a temperatura
 influi na viscosidade da água (m/s);
Infiltração

Grandezas e Características:
Suprimento Específico  é a quantidade
máxima de água que pode ser obtida de um solo
por drenagem natural sob a ação exclusiva da
gravidade, expresso em porcentagem de volume
de solo;
Retenção Específica  quantidade de água
que fica no solo por ação de adesão e
capilaridade, após a drenagem natural (%);
Suprimento + Retenção = Porosidade do solo
Infiltração

Grandezas e Características:

Níveis estáticos e Dinâmicos


Nível estático de um lençol subterrâneo em
um determinado ponto  nível piezométrico;

Nível dinâmico  é o nível em um ponto, em


um determinado instante, decorrente da
atuação de uma obra;
Infiltração

Fatores Intervenientes:
Tipo de solo;
Retenção superficial e espessura da camada saturada;
Umidade do solo;
Ação da precipitação sobre o solo;
Compactação;
Macroestrutura do terreno;
Cobertura vegetal;
Temperatura;
Presença do ar;
Inclinação do terreno.
Infiltração

Fatores Intervenientes:

Tipo de solo: a capacidade de infiltração varia


diretamente com a porosidade, o tamanho das
partículas do solo e o estado da fissuração das rochas;
Infiltração

Fatores Intervenientes:

Altura de retenção superficial e espessura da


camada saturada:
Início da precipitação  o solo não está saturado
 a água que penetra constitui uma camada de
solo saturado  camada (espessura) cresce com o
tempo;
Escoamento da água  f( Somatório das h de
retenção superficial e da espessura da camada
saturada H;
no início com o tempo
Infiltração

Fatores Intervenientes:

Umidade do solo: quando o solo já apresenta uma


certa umidade  menor capacidade de infiltração;
O solo no estado seco tem maior capacidade de
infiltração, pelo fato de que à ação gravitacional se
somam as forças capilares. De outro modo, quanto
maior for a umidade do solo, menor será a
capacidade de infiltração.
Infiltração

Fatores Intervenientes:

Ação da precipitação sobre o solo: águas das


chuvas  chocam-se com o solo e promovem a
compactação de sua superfície  diminuem a
capacidade de infiltração  > lixiviamento dos
materias finos  < porosidade da superfície;
Varia segundo a granulometria dos solos;
Presença da vegetação atenua ou elimina este
efeito;
Infiltração

Fatores Intervenientes:

Compactação devida aos animais: onde há tráfego de


veículos, homens e/ou animais  superfície compacta 
solo impermeável;

A compactação da superfície do solo o torna mais


impermeável, diminuindo a capacidade de infiltração.
Infiltração

Fatores Intervenientes:

Macroestrutura do terreno: infiltração aumentada


por alguns fenômenos naturais;
Escavações por animais e insetos;
Decomposição das raízes dos vegetais;
Ação da geada e do sol;
Cultivo da terra (aradura);
Infiltração

Fatores Intervenientes:

Cobertura Vegetal: > cobertura vegetal, < ação


compactação da água da chuva, > matéria orgânica
em decomposição, > atividade escavadora de insetos
e animais, > infiltração, < escoamento superficial;
Infiltração
Infiltração
Fatores Intervenientes:

Temperatura: influi na viscosidade da água;


A infiltração é um fenômeno de fluxo de água no
solo. Assim, sua medida (através da capacidade
de infiltração) depende da temperatura da água,
da qual depende a sua viscosidade. Menores
temperaturas provocam o aumento da
viscosidade, reduzindo a infiltração.

Presença do ar: o ar retido temporariamente nos


espaços intergranulares retarda a infiltração da água
no solo.
Infiltração

Fatores Intervenientes:

Inclinação do terreno: em declividades acentuadas


a água escoa mais rapidamente, diminuindo o tempo
de infiltração.
Natureza e Características do Solo

Constituintes do solo:

 Água:
– Volume (= Área x Altura);

 Ar:
– Volume (= Área x Altura);

 Partículas Sólidas:
– Volume (= Área x Altura);
Natureza e Características do Solo

• Análise do ponto de vista do diâmetro das


partículas que compõe o solo:

Classificação das Partículas do solo:


(Escala Granulométrica Internacional)

Classe Diâmetro (mm)


Argila < 0,002
Silte 0,002 – 0,02
Areia fina 0,02 – 0,2
Areia Grossa 0,2 – 2
Pedregulho >2
Parâmetros da relação
Água-Solo
 Porosidade ();

 Massa específica do solo (ρ);

 Grau de saturação (S);

 Relação de Vazios ou Índice de Vazios (e);

 Umidade ();

 Tensão de Umidade.
Parâmetros da relação
Água-Solo
 Porosidade
relação entre o volume de vazios (Vv) e o volume total (V)

Vv

V
Parâmetros da relação
Água-Solo
 Massa Específica do solo (ρ)
relação entre a massa dos sólidos (ms) e o volume total (V)

ms

V
Parâmetros da relação
Água-Solo
 Relação de Vazios ou Índice de Vazios (e)
relação entre o volume de vazios (Vv) e o volume de sólidos (Vs)

Vv
e
Vs
Parâmetros da relação
Água-Solo
 Grau de Saturação (S)
relação entre o volume de água (Va) e o volume de vazios (Vv)
de uma amostra

Va
S
Vv
Parâmetros da relação
Água-Solo
 Umidade Volumétrica ()
– relação entre o volume de água (Va) e o volume total (V)

Va

V
Parâmetros da relação
Água-Solo
 Umidade de Saturação (s)
– relação entre o volume de vazios (Vv) e o volume total (V)

Vv
 s  
V
CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO
(ou TAXA DE INFILTRAÇÃO)

 Capacidade de infiltração é a quantidade máxima


de água que um solo em determinadas condições
pode absorver. Varia no decorrer da precipitação.

 Se uma precipitação atinge o solo com a uma


intensidade menor que a capacidade de infiltração,
toda a água penetra no solo, provocando uma
progressiva diminuição da própria capacidade de
infiltração, já que o solo está se umedecendo.
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO

•Método de Horton

• Método da Curva Número (CN)


ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DE HORTON

f(mm/h)
K1 (arenoso)
k

f  fc   f0  fc  e
K2(argiloso)
F = fc . t + ((f0 - fc)/k).(1 – e-
 k t )
k*t

t(h)
Onde:
fo = é a capacidade de infiltração inicial (t = 0)
fc = é a capacidade de infiltração final (para um tempo
tendendo ao infinito)
k = é uma constante empírica para cada curva
f = é a capacidade de infiltração depois do tempo t.
t - tempo transcorrido desde o início da chuva.
e - base dos log. neperianos
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DE HORTON
f = é a capacidade de infiltração depois do tempo t. fc = é a capacidade de infiltração final

Escoamento

A medida que a precipitação continua , a capacidade de


infiltração do solo passa a decrescer ao ponto da
parcela que não é mais infiltrada, escoar
superficialmente.
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DE HORTON

fo, fc , k : varia com o grupo


hidrológico de SOLO F = fc . t + ((f0 - fc)/k).(1 – e -k*t)

SOLO A B C D
fo 250 200 125 75

fc 25 12 6 3

k 2 2 2 2
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DE HORTON

GRUPOS HIDROLÓGICOS DE SOLOS

Grupo A – Solos arenosos profundos; alta capacidade de


infiltração e geram pequenos escoamentos;
Grupo B – Solos franco arenosos, pouco profundos, tem menor
capacidade de infiltração e geram maiores escoamentos do que o
solo A;
Grupo C – Solos franco argilosos; tem menor capacidade de
infiltração e geram maiores escoamento do que em A e B;
Grupo D – Solos argilosos expansivos; tem baixa capacidade de
infiltraçào e geram grandes escoamentos.
VELOCIDADE DE INFILTRAÇÃO

 É a velocidade média do
escoamento da água através
de um solo saturado,
determinada pela relação entre
a quantidade de água que
atravessa a unidade de área
do material do solo e o tempo .
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DE HORTON
EXERCÍCIO 1
1) Em uma bacia hidrográfica, com a predominância de solo tipo B, ocorreu a
precipitação indicada a seguir.
Determinar a parcela infiltrada e a chuva excedente (chuva que escoa
superficialmente), utilizando o método de Horton.

Intervalo de tempo (h) 0–1 1-2 2-3 3 -4 4-5

Precipitação (mm) 5 15 20 25 15

fo 200 mm/h
Para SOLOS tipo B
fc 12 mm/h
k 2 mm/ h
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
ESCOAMENTO
MÉTODO DE HORTON SUPERFICIAL

F = fc . t + ((f0 - fc)/k).(1 – e-k*t)


(1) (2) (3) (4) (5) (6)

Potencialidade
Intervalo de Total Potencialidade de Infiltração Quantidade Chuva
tempo Tempo Precipitado de Infiltração em cada Dt Infiltrada Excedente
(h) (h) (mm) F (mm) (mm) (mm) (mm)
0–1 1 5 93,3 93,3 5 0
1-2 2 15 116,3 23,0 15 0
2-3 3 20 129,8 13,5 13,5 6,5
3 -4 4 25 142,0 12,2 12,2 12,8
4-5 5 15 154,0 12,0 12,0 3,0
acumulado ∑=57,70 ∑=22,30
Procedimento de cálculo:
Coluna 3  Calcular com a equação de F;
Coluna 4  Fazer a diferença entre a potencialidade de infiltração (F) do instante atual e a do
instante anterior;
Coluna 5  Comparar os valores da coluna 2 com os da coluna 4 e preencher com o menor
deles;
Coluna 6  Fazer a diferença entre os valores da chuva (coluna 2) e os da potencialidade de
infiltração em cada intervalo de tempo (coluna 5).
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DE HORTON

Total Precipitado X Quantidade Infiltrada

30
ALTURA PLUVIOMÉTRICA

25

20
(mm)

15

10

0
1 2 3 4 5
TEMPO (h)
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DE HORTON
Potencialidade de Infiltração em cada Dt (mm) X Tempo

CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO

100,0

90,0

80,0

70,0

60,0

50,0

40,0

30,0

20,0

10,0

0,0
1 2 3 4 5
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DA CURVA NÚMERO (CN)

MÉTODO DO SOIL CONSERVATION SERVICE

Fórmula proposta pelo SCS:


CONDIÇÃO:
( P  0,2.S ) 2
Pe  Para: P  0,2.S
( P  0,8.S )

Onde:
Pe: escoamento superficial direto (mm)
P: precipitação acumulada (mm)
S: retenção potencial do solo (mm) – depende do tipo de solo

0,2. S: estimativa das perdas iniciais (interceptação e retenção)


ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DA CURVA NÚMERO (CN)

Relação entre S e CN (número da curva):

1000
CN  25400
 S  S  254
10    CN
 25,4 

CN depende de 3 fatores:
Umidade antecedente do solo
Tipo de solo
Ocupação do solo
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DA CURVA NÚMERO (CN)
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DA CURVA NÚMERO (CN)
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DA CURVA NÚMERO (CN)

Valores CN (condição II – 13 <P5dias < 53mm):


Uso do solo Superfície A B C D
Solo lavrado Com sulcos retilíneos 77 86 91 94
Em fileiras retas 70 80 87 90
Plantações Em curva de nível 67 77 83 87
regulares
Terraceado em nível 64 76 84 88
Em fileiras retas 64 76 84 88
Plantações de Em curva de nível 62 74 82 85
cereais
Terraceado em nível 60 71 79 82
Em fileiras retas 62 75 83 87
Plantações de Em curva de nível 60 72 81 84
legumes ou
Terraceado em nível 57 70 78 89
cultivados
Pobres 68 79 86 89
Normais 49 69 79 94
Boas 39 61 74 80
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DA CURVA NÚMERO (CN)

Valores CN (condição II – 13 <P5dias < 53mm):


Uso do solo Superfície A B C D
Pastagens Pobres, em curva de nível 47 67 81 88
Normais, em curva de nível 25 59 75 83
Boas, em curva de nível 6 35 70 79
Esparsas, de baixa transpiração 45 66 77 83
Normais 36 60 73 79
Densas, de alta transpiração 25 55 70 77
Chácaras Normais 56 75 86 91
Estradas de Terra Más 72 82 87 89
De superfície dura 74 84 90 92
Florestas Muito esparsas, baixa transpiração 56 75 86 91
Esparsas 46 68 78 84
Densas, alta transpiração 26 52 62 69
Normais 36 60 70 76
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DA CURVA NÚMERO (CN)

Valores do parâmetro CN para áreas de ocupação urbana (SCS, 1975).


USO DO SOLO A B C D

Espaços abertos:
- Matos ou gramas cobrem 75% ou mais da área 39 61 74 80
- Matos cobrem 50 a 75% da área 49 69 79 77
Áreas comerciais (85% impermeáveis) 89 92 94 95
Distritos industriais (72% impermeáveis) 81 88 91 93
Áreas residenciais
tamanho do lote (m²) área impermeável (%)
< 500 65 77 85 90 92
1000 38 61 75 83 87
1300 30 57 72 81 86
2000 25 54 70 80 85
4000 20 51 68 79 84
Parques e estacionamentos, telhados e viadutos 98 98 98 98
Arruamentos e estradas
- Asfaltadas e com drenagem pluvial 98 98 98 98
- Paralelepípedos 76 85 89 91
- Terra 72 82 87 89
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DA CURVA NÚMERO (CN)

Valores do parâmetro CN para áreas agrícolas (SCS, 1975).


USO DO SOLO SUPERFÍCIE A B C D

Solo lavrado com sulcos retilíneos 77 86 91 94


em fileiras retas 70 80 87 90
Plantações regulares em curvas de nível 67 77 83 87
terraceado em nível 64 76 84 88
em fileiras retas 64 76 84 88
Pastagens em curvas pobres 47 67 81 88
de nível normais 25 59 75 83
boas 6 35 70 79
Campos permanentes normais 30 58 71 78
esparsas, de baixa transpiração 45 66 77 83
normais 36 60 73 79
densas, de alta transpiração 25 55 70 77
Florestas muito esparsas, baixa transpiração 56 75 86 91
esparsas 46 68 78 84
densas, de alta transpiração 26 52 62 69
normais 36 60 70 76
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DA CURVA NÚMERO (CN)
EXERCÍCIO 2
1) Em uma bacia hidrográfica ocorreu a precipitação indicada a seguir.
Determinar a parcela infiltrada e a chuva excedente (chuva que escoa
superficialmente), utilizando o método do SCS. Considere CN=70.

Intervalo de tempo (h) 0–1 1-2 2-3 3 -4 4-5

Precipitação (mm) 5 15 20 25 15
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DA CURVA NÚMERO (CN)
ESCOAMENTO
SUPERFICIAL INFILTRAÇÃO

(1) (2) (3) (4) (5) (6)


Intervalo de Chuva em Chuva Chuva Chuva excedente Quantidade
tempo (h) cada Dt acumulada excedente em cada Dt Infiltrada em cada
acumulada Dt
(mm)

(mm) (mm) (mm) (mm)


0–1 5 5 0 0 5,0

1–2 15 20 0 0 15,0
2–3 20 40 2,6 2,6 17,4

3–4 25 65 12,3 9,7 15,3

4–5 15 80 20,3 8,0 7,0


∑ 80
∑ 20,3 ∑ 59,7

Coluna 6 : Fazer a diferença entre a chuva em cada instante Dt e a chuva


excedente (escoamento superficial): Coluna 6= Col 2 – Col 5
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DA CURVA NÚMERO (CN)

PROCEDIMENTO DE CÁLCULO:
Coluna 3 : Acumular a chuva de cada intervalo de tempo;
Coluna 4 : Calcular a partir da chuva acumulada, conforme mostrado abaixo:

25400 25400
S  254 S  254 S  108,9mm
CN 70

( P  0 .2  S ) 2
Pe 
( P  0 .8  S )

CONDIÇÃO:

P  0,2.S
P  0,2  108,9
P  21,78mm p/ P (precipitação acumulada > 21,78mm)
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DA CURVA NÚMERO (CN)

Peac = 0 para Pac  0,2.S Pe01  0


Pe12  0

Para: P ≥ 0,2.S ( 40  0 , 2  108 , 9 ) 2


Pe 2  3   2 , 6 mm
40  0 ,8  108 , 9
( 65 , 0  0 , 2  108 ,9 ) 2
Pe 3  4   12 ,3 mm
65 ,0  0 ,8  108 ,9
( 80 , 0  0 , 2  108 , 9 ) 2
Pe 4  5   20 , 3 mm
80 , 0  0 ,8  108 , 9
ESTIMATIVA DA INFILTRAÇÃO
MÉTODO DA CURVA NÚMERO (CN)

Coluna 5 : Fazer a diferença entre a chuva excedente acumulada do


instante atual e a do instante anterior.

Coluna 6 : Fazer a diferença entre a chuva em cada instante Dt e a chuva


excedente (escoamento superficial): Coluna 6= Col 2 – Col 5
Métodos de Medição da Capacidade
de Infiltração

 MEDIÇÃO DIRETA DA CAPACIDADE DE


INFILTRAÇÃO;

 MÉTODO DO INFILTRÔMETRO DE DUPLO-


ANEL;
– Método do Infiltrômetro de sulco;
– Método do balanço de entrada e saída de água
no sulco;
– Método de irrigação por aspersão em uma
pequena área de teste;
Infiltrômetro de Duplo Anel

 Consiste de dois anel concêntrico, o de menor com 25


cm de diâmetro e o maior com diâmetro de 50 cm.
Ambos com 30cm de altura.
 Os anéis devem ser
instalados no solo
com o auxilio de
uma marreta.
 Coloca-se água, ao
mesmo tempo nos
dois anéis.
 Geralmente a lâmina de água no cilindro interno é maior
externo, devido a função do cilindro externo que é
apenas a orientação das linhas de corrente.
Infiltrômetro de Duplo Anel

 E com uma régua graduada acompanha-se a infiltração


vertical no cilindro interno para vários intervalos de
tempo.
 A capacidade de infiltração instantânea é calculada por:

h
It 
t
Onde:
It é a capacidade de Infiltração instantânea (mm/h) ;
∆h é a variação da lâmina d’água (mm);
∆t é o intervalo de tempo (h);
 O gráfico da capacidade de infiltração é do tipo t x I
(Capacidade de Infiltração em função do tempo).

Capacidade de Infiltração

60,00
50,00
40,00
I (mm/h)

30,00
20,00
10,00
0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
t (h)

It é a capacidade de Infiltração (mm/h) ;


t é o tempo (h);
A capacidade de infiltração é calculada por:

V 60h
V  h.a h f 
a Transforma mm/h
t

Onde:
V é o volume infiltrado;
a é area do cilindro interno (cm);
h é altura de água infiltrada (cm);
f é a capacidade de Infiltração instantânea
(mm/h);
MÉTODO DO
INFILTRÔMETRO
DE DUPLO-ANEL

 Consiste em dois anéis concêntricos


 Os anéis devem ser instalados no solo com o auxilio
de uma marreta.
 Coloca-se água, ao mesmo tempo nos dois anéis.
 E com uma régua graduada acompanha-se a
infiltração vertical no cilindro interno para vários
intervalos de tempo.
PERMEAMETRO

INFILTROMETRO
DE DISCO

MICROSIMULADOR

MINISIMULADOR
PRECIPITAÇÃO

GERAÇÃO DO
ESCOAMENTO

Escoa Evaporação,
Superficialmente captação nas
depressões
sobre as encostas

INFILTRAÇÃO atinge a Rede de


Drenagem
Evaporação,
Transpiração
Armazenamento
no solo
Escoamento Sub-
Superficial
atinge a Rede de ESCOA NOS RIOS
Escoamento Drenagem ATÉ O EXUTÓRIO
Subterrâneo
EXEMPLOS

1) Dada a chuva abaixo, determine a parcela infiltrada e excedente, utilizando os


métodos de:
•Horton, considerando que predomina o solo tipo A na bacia;
•Horton, considerando que predomina o solo tipo C na bacia;
•Soil Conservation Service, adotando CN = 85.
OBS: observe que o tempo está em minutos.

Intervalo de tempo (min) 0 – 12 12 - 24 24 - 36 36 - 48 48 - 60


Precipitação (mm) 6,4 9,6 8,8 8,0 4,0

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