GTR Aula4a 0506 AE RAMPAS

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Auto-estrada (rampas de acesso) - HCM 2000

RAMPAS DE ACESSO
AUTO-ESTRADAS

Análise da Capacidade e Nível de Serviço


com base na metodologia proposta pelo HCM 2000

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Auto-estradas - RAMPAS DE ACESSO
Análise da capacidade e Nível de Serviço - HCM 2000

Auto-estrada (rampas de acesso) - HCM 2000


Podem distinguir-se três tipos de troços numa auto-estrada:
• Troços de Secção Corrente – não afectados pelos movimentos de convergência ou divergência
• Rampas de Acesso – pontos em que as rampas de saída/entrada entroncam
na AE
• Zonas de Entrecruzamento – secções em que dois ou mais fluxos (no mesmo sentido) se têm
de cruzar, quando um ponto de convergência é logo seguido por outro de divergência

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Auto-estradas - RAMPAS DE ACESSO
Principais Conceitos:

Figura 3.12 – Rampas de Acesso a uma AE

Auto-estrada (rampas de acesso) - HCM 2000


As RAMPAS DE ACESSO podem ser
divididas em três componentes
distintas:
1.Intersecções da rampa com a AE:
geralmente são desenhadas de modo a
permitir a convergência ou divergência,
a velocidades elevadas, da corrente de
tráfego que circula na auto-estrada;
2.Secção central da rampa; e
3.Intersecções da rampa com a
outra infra-estrutura, a qual poderá
também ser uma auto estrada, havendo
nesse caso duas intersecções da rampa
com AE.

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Auto-estradas - RAMPAS DE ACESSO
Principais Conceitos:
Figura 3.12 – Rampas de Acesso a uma AE Quadro 3.11 - Capacidade de

Auto-estrada (rampas de acesso) - HCM 2000


Secções Centrais de Rampas

Capacidade (vl/h)
Velocidade
Livre da Rampa
Rampa com
Rampa com 2
1 pista
SFR (km/h) pistas

> 80 2200 4400


< 65 - 80 2100 4100
< 50 – 65 2000 3800
≥ 30 – 50 1900 3500
< 30 1800 3200
NOTA: valores aproximados da capacidade
da secção central da rampa e não da
intersecção da rampa com a AE

A secção central da rampa difere de uma secção de AE porque:


• Tem um comprimento e largura limitados (geralmente de uma só pista);

• A sua velocidade livre é geralmente mais baixa do que a das infra-estruturas que liga;
• Quando só tem uma pista, o efeito dos veículos pesados é maior; e
• Acomoda a fila que se pode formar na intersecção da rampa com a outra infra-estrutura.

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Auto-estradas - RAMPAS DE ACESSO
Principais Conceitos:
Figura 3.12 – Rampas de Acesso a uma AE

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Figura 3.13 - Convenção de numeração das pistas

Pista 3
Pista 2
Pista 1

Os parâmetros que influenciam o funcionamento da zona de intersecção da rampa


com a AE são os mesmos que influenciam as secções correntes: (largura das pistas,
desobstrução lateral, tipo de terreno, tipo de condutor e a percentagem de veículos
pesados) e ainda:
•comprimento das pistas de aceleração (LA) ou de desaceleração (LD)
•Velocidade livre da rampa (SFR) – a SFR é influenciada por vários factores, como o grau
de curvatura da rampa, o seu número de pistas, a sua inclinação, a sua visibilidade
•distribuição do tráfego na auto-estrada pelas pistas na aproximação à rampa

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Auto-estradas - RAMPAS DE ACESSO
Principais Conceitos:

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Auto-estradas - RAMPAS DE ACESSO
Principais Conceitos:

Auto-estrada (rampas de acesso) - HCM 2000


Quadro 3.13 - Nível de Serviço em Áreas de Influência de
Rampas de Acesso consoante a sua densidade

Densidade
Nível de Serviço
(vl/km/pista)
≤6 A
> 6 - 12 B
> 12 – 17 C
> 17 - 22 D
> 22 E
Procura > Capacidade F

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Auto-estradas - RAMPAS DE ACESSO
Metodologia:

Auto-estrada (rampas de acesso) - HCM 2000


A metodologia do HCM para avaliação do nível de serviço de rampas de
acesso divide-se em três partes:

1. Cálculo do fluxo equivalente de aproximação à rampa nas pistas 1 e 2 (v12)

2. Cálculo dos fluxos equivalentes e das capacidades (e respectiva comparação) de:


i. Fluxo total que se aproxima da área de influência (vF)
ii. Fluxo total que se afasta da área de influência (vFO)
iii. Fluxo de entrada na área de influência da rampa (vR12 nas rampas de entrada
e v12 nas rampas de saída)
iv. Fluxo na rampa (vR)

3. Cálculo da densidade na área de influência da rampa (DR) e respectivo nível de


serviço

NOTAS:
a) O fluxo equivalente calcula-se do mesmo modo que para as secções correntes e
usando-se os parâmetros - V, FPH, N, fHV e fp - adequados à rampa.
b) Nas AE de 2*3 pistas tem-se em conta o efeito de rampas vizinhas na distribuição
dos veículos pelas pistas da AE, => um passo adicional na metodologia
c) A metodologia difere para rampas de entrada ou de saída.

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Metodologia:

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RAMPA DE
ENTRADA

RAMPA DE
SAÍDA

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AE - RAMPAS DE ACESSO
Metodologia:

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Auto-estradas - RAMPAS DE ACESSO
Metodologia: RAMPAS DE ENTRADA
1) Cálculo do fluxo equivalente de
aproximação à rampa nas pistas 1 e

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2

v12 = vF × PFM
em que
v12 = fluxo nas pistas 1 e 2 [vl/h]
vF = fluxo total que se aproxima da área de
convergência [vl/h]
PFM = % do fluxo total que se aproxima da área de
convergência presente nas pistas 1 e 2
Quadro 3.14 - Factor de proporção do fluxo de aproximação nas pistas 1 e 2 em zonas de convergência

2×2 PFM = 1,000


pistas
PFM = 0,5775 + 0,000092 × LA (equação 1)
2×3
PFM = 0,7289 – 0,0000135 (vF + vR) – 0,002048 × SFR + 0,0002 × Lup (equação 2)
pistas
PFM = 0,5487 + 0,0801 × vD/Ldown (equação 3)
2×4
PFM = 0,2178 – 0,000125 × vR + 0,05887 × LA/SFR (equação 4)
pistas
em que:
vR = fluxo na rampa [vl/h] SFR = velocidade livre da rampa [km/h]
vD = fluxo na rampa adjacente a jusante [vl/h] Lup = distância à rampa adjacente a montante [m]
LA = comprimento da via de aceleração [m] Ldown = distância à rampa adjacente a jusante [m]

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Auto-estradas - RAMPAS DE ACESSO
Metodologia: RAMPAS DE ENTRADA
Quadro 3.15 - Equações usadas em rampas de entrada em AE 2×3 pistas

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Rampa a Rampa em Rampa a Equação(ões)
Montante Estudo Jusante utilizadas
- - 1
- Entrada 1
- Saída 3 ou 1
Entrada - 1
Saída Entrada - 2 ou 1
Entrada Entrada 1
Entrada Saída 3 ou 1
Saída Entrada 2 ou 1
Saída Saída 3, 2 ou 1

NOTAS:

As rampas de entrada adjacentes à rampa em estudo não influenciam o seu


funcionamento, usando-se por isso a equação 1.
As rampas de saída adjacentes já têm influência, diferindo o seu efeito consoante se
situem a montante ou a jusante da rampa em estudo, usando-se por isso as equações 2 ou
3, respectivamente (ver slide seguinte)

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Auto-estradas - RAMPAS DE ACESSO
Metodologia: RAMPAS DE ENTRADA

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Assim, para RAMPAS DE SAÍDA A MONTANTE:

equação 1 ou equação 2 ⇒

LEQ = 0,0675 × (vF + vR) + 0,46 × LA + 10,24 × SFR – 757 [m]

e se Lup ≥ LEQ utiliza-se a equação 1.

E para RAMPAS DE SAÍDA A JUSANTE:


v
D
equação 1 ou equação 3 ⇒ LEQ = [m]
0,3596 + 0,001149 × L
A
e se Ldown ≥ LEQ utiliza-se a equação 1.

Quando existem rampas de saída a montante e a jusante e se se verificar que

Lup < LEQ e Ldown < LEQ, então utilizam-se as equações 2 e 3 e toma-se o maior valor
de PFM.

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Metodologia: RAMPAS DE ENTRADA

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2) Cálculo dos fluxos equivalentes e das capacidades (vR12 e vFO)
O fluxo total na área de influência da rampa de entrada (vR12) é composto pelo tráfego da
AE que entra nas pistas 1 e 2 e pelo da rampa:

vR12 = v12 + vR

O fluxo total na secção a jusante da área de influência (vFO) é composto pelo tráfego que já
circulava na auto-estrada (vF) e pelo que entrou na rampa (vR):

vFO = vF + vR

Para a metodologia poder ser aplicada é necessário que os fluxos na área de influência e a
jusante desta não excedam as respectivas capacidades, listadas no Quadro 3.16.

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Metodologia: RAMPAS DE ENTRADA
2) Cálculo dos fluxos equivalentes e das capacidades (vR12 e vFO)

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Quadro 3.16 - Valores da Capacidade da Área de Influência e da Secção a Jusante

Capacidade na Secção de Jusante da Rampa Capacidade na


Velocidade
Área de
Livre da AE Número de Pistas (numa direcção)
Influência da
[km/h]
2 3 4 >4 Rampa [vl/h]
120 4800 7200 9600 2400/pista 4600
110 4700 7050 9400 2350/pista 4600
100 4600 6900 9200 2300/pista 4600
90 4500 6750 9000 2250/pista 4600
Comparar
vFO vR12
com

Se o fluxo total na área de influência (vR12) exceder a sua capacidade mas o fluxo a
jusante (vFO) não, espera-se que haja densidades pontuais grandes mas sem
congestionamento na AE e mantendo a estabilidade.

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Auto-estradas - RAMPAS DE ACESSO
Metodologia: RAMPAS DE ENTRADA

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3) cálculo da densidade na área de influência da rampa (DR) e respectivo
nível de serviço

A densidade da zona de influência é calculada através da seguinte expressão:

DR = 3,402 + 0,00456 × vR + 0,0048 × v12 – 0,01278 × LA

Quadro 3.13 - Nível de Serviço em Áreas de Influência de


Rampas de Acesso consoante a sua densidade

Densidade (vl/km/pista) Nível de Serviço

≤6 A
> 6 - 12 B
> 12 – 17 C
> 17 - 22 D
> 22 E
Procura > Capacidade F

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Metodologia: RAMPAS DE SAÍDA

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1) Cálculo do fluxo equivalente de aproximação à rampa nas pistas 1 e 2

O fluxo de aproximação à rampa nas pistas 1 e 2 (v12) inclui o fluxo de saída na rampa
(vR), e é calculado na secção imediatamente a montante da pista de desaceleração.

Assim o fluxo v12 é composto pelos veículos que saem na rampa (vR) e por uma
percentagem dos que circulam na auto-estrada:

v12 = vR + (vF – vR) × PFD

em que
v12 = fluxo nas pistas 1 e 2 [vl/h]
vR = fluxo na rampa [vl/h]
vF = fluxo total que se aproxima da área de
divergência [vl/h]
PFD = proporção do fluxo total que se aproxima
da área de divergência presente nas pistas 1 e
2 (Quadro 3.17)

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Auto-estradas - RAMPAS DE ACESSO
Metodologia: RAMPAS DE SAÍDA

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1) Cálculo do fluxo equivalente de aproximação à rampa nas pistas 1 e 2

Quadro 3.17 - Factor de proporção do fluxo de aproximação nas pistas 1 e 2 em


zonas de divergência

PFD = 1,000
2×2 pistas
PFD = 0,760 – 0,000025 × vF – 0,000046 × vR (equação 5)
2×3 pistas PFD = 0,717 – 0,000039 × vF + 0,184 × vU/Lup (equação 6)
PFD = 0,616 + 0,000021 × vF + 0,038 × vD/Ldown (equação 7)
2×4 pistas PFD = 0,436 (equação 8)

em que:
PFD = proporção do fluxo total que se aproxima da área de divergência presente nas pistas 1 e 2
vF = fluxo total que se aproxima da área de divergência [vl/h]
vR = fluxo na rampa [vl/h]
vU = fluxo na rampa adjacente a montante [vl/h]
vD = fluxo na rampa adjacente a jusante [vl/h]
Lup = distância à rampa adjacente a montante [m]
Ldown = distância à rampa adjacente a jusante [m]

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Auto-estradas - RAMPAS DE ACESSO
Metodologia: RAMPAS DE SAÍDA

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1) Cálculo do fluxo equivalente de aproximação à rampa nas pistas 1 e 2

Em auto-estradas de 2×3 pistas a equação a utilizar (5, 6 ou 7) depende do efeito


de rampas adjacentes, como é referido no Quadro 3.18.
Quadro 3.18 - Equações usadas em rampas de saída em AE 2×3 pistas

Rampa a Rampa em Equação(ões)


Rampa a Jusante
Montante Estudo utilizadas
- - 5
- Entrada 5
- Saída 7 ou 5
Entrada - 6 ou 5
Saída Saída - 5
Entrada Entrada 6 ou 5
Entrada Saída 7, 6 ou 5
Saída Entrada 5
Saída Saída 7 ou 5

As rampas de saída a montante e as de entrada a jusante não influenciam o


comportamento da rampa em estudo, usando-se por isso a equação 5.
A influência de uma rampa de saída a jusante é dada pela equação 7 e a de uma rampa de
entrada a montante é dada pela equação 6.

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Auto-estradas - RAMPAS DE ACESSO
Metodologia: RAMPAS DE SAÍDA

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1) Cálculo do fluxo equivalente de aproximação à rampa nas pistas 1 e 2
Para avaliar se as rampas adjacentes ainda têm efeito sobre a rampa em estudo (e nesse caso
usar-se-ia as equações 6 ou 7) ou se já estão suficientemente afastadas para o seu efeito não
ser significativo (usar-se-ia a equação 5), calcula-se a distância de equilíbrio LEQ, ou seja, a
distância para a qual é indiferente a escolha de equações.

Quando a distância entre as rampas é superior ou igual a LEQ utiliza-se a equação 5; quando é
menor utiliza-se a equação 6 ou 7, consoante o caso.

Assim, para rampas de entrada a montante:


vD
equação 5 = equação 6 ⇒ LEQ = 3,79 − 0,00011 × v F − 0,00121 × v R [m]

e se Lup ≥ LEQ utiliza-se a equação 5.

E, para rampas de saída a jusante:


vU
equação 5 = equação 7 ⇒ LEQ = [m]
0,2337 + 0,000076 × vF − 0,00025 × vR

e se Ldown ≥ LEQ utiliza-se a equação 5.

Quando existem rampas de entrada a montante e de saída a jusante e se se verificar que Lup < LEQ e
Ldown < LEQ, então utilizam-se as equações 6 e 7 e toma-se o maior valor de PFM.

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Metodologia: RAMPAS DE SAÍDA
2) Cálculo dos fluxos equivalentes e das capacidades (v12 e vF)

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Para o tráfego numa zona de uma rampa de saída fluir
normalmente há três parâmetros cuja capacidade não
deve ser excedida:

• O fluxo que chega à zona de divergência (vF)

• O fluxo a jusante da rampa – na auto-estrada (vFO)


e na rampa (vR); e

• O fluxo de aproximação à rampa nas pistas 1 e 2 (v12).


Quadro 3.19 - Valores da Capacidade da AE e da área de influência da rampa

Capacidade da AE (a montante e jusante da


Capacidade na
Velocidade rampa)
Área de
Livre da AE
Número de Pistas (numa direcção) Influência da
[km/h]
Rampa [vl/h]
2 3 4 >4
120 4800 7200 9600 2400/pista 4400
110 4700 7050 9400 2350/pista 4400
100 4600 6900 9200 2300/pista 4400
90 4500 6750 9000 2250/pista 4400
Comparar com vF (e vFO se for necessário) v12

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Auto-estradas - RAMPAS DE ACESSO
Metodologia: RAMPAS DE SAÍDA

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3) Cálculo da densidade na área de influência da rampa (DR) e respectivo nível de
serviço

A densidade da zona de influência é calculada através da seguinte expressão:

DR = 2,642 + 0,0053 × v12 – 0,0183 × LD

O nível de serviço da zona de divergência relaciona-se com a densidade da zona


de influência como está no Quadro 3.13.

Quadro 3.13 - Nível de Serviço em Áreas de Influência de


Rampas de Acesso consoante a sua densidade

Densidade (vl/km/pista) Nível de Serviço

≤6 A
> 6 - 12 B
> 12 – 17 C
> 17 - 22 D
> 22 E
Procura > Capacidade F

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Auto-estradas - RAMPAS DE ACESSO
Metodologia: RAMPAS DE ENTRADA E DE SAÍDA
Determinação da Velocidade nas Áreas de Influência

Auto-estrada (rampas de acesso) - HCM 2000


A velocidade nas pistas 3 e 4 durante os 450 m da área de influência da rampa é geralmente
menor do que numa secção corrente de auto-estrada.
É possível estimar a velocidade nas pistas 1 e 2, através das equações apresentadas no
Quadro 3.20 e nas pistas 3 e 4 através do Quadro 3.21

Quadro 3.20 - Velocidades Médias na área de influência da rampa

Tipo de Velocidade Média nas Pistas 1 e 2


Parâmetro de Cálculo Intermédio
Rampa
SR [km/h]
v R12
Entrada L × SFR
ms = 0,321 + 0,0039 × e 1000 − 0,004 × A SR = SFF – (SFF – 67) × mS
1000
Saída dS = 0,883 + 0,00009 × vR – 0,008 × SFR SR = SFF – (SFF – 67) × dS

Quadro 3.21 - Velocidades médias nas pistas adjacentes à área de influência da rampa

Fluxo Médio nas Pistas 3 e 4 Velocidade Média nas Pistas 3 e 4


Tipo de Rampa
vOA [vl/h/pista] SO [km/h]

< 500 SO = SFF

Entrada 500 – 2300 SO = SFF – 0,0058 × (vOA – 500)

> 2300 SO = SFF – 10,52 – 0,0058 × (vOA – 500)

< 1000 SO = 1,06 × SFF


Saída
≥ 1000 SO = 1,06 × SFF – 0,0062 × (vOA – 1000)

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Auto-estradas - RAMPAS DE ACESSO
Metodologia: RAMPAS DE ENTRADA E DE SAÍDA
Determinação da Velocidade nas Áreas de Influência

Auto-estrada (rampas de acesso) - HCM 2000


vF − v12
v OA =
O valor do fluxo médio nas pistas 3 e 4 é calculado através de: NO
Em que SR = velocidade média dos veículos na área de influência da rampa [km/h]
SO = velocidade média dos veículos nas pistas adjacentes à área de influência da rampa [km/h]
SFF = velocidade livre da auto-estrada na proximidade da área da rampa [km/h]
SFR = velocidade livre da rampa [km/h]
LA = comprimento da pista de aceleração [m]
vR = fluxo na rampa [vl/h]
vR12 = nas zonas de convergência, fluxo na rampa + fluxo nas pistas 1 e 2 [vl/h]
vOA = fluxo médio por pista nas pistas 3 e 4 (quando estas existem) no início da área de influência da rampa [vl/h]
vF = fluxo total de aproximação na auto-estrada [vl/h]
v12 = fluxo de aproximação à área de influência [vl/h]
NO = número de pistas adjacentes à área de influência (não inclui as pistas 1 e 2 nem pistas de aceleração ou de
desaceleração)
mS = parâmetro de cálculo intermédio para a velocidade SR em zonas de convergência
dS = parâmetro de cálculo intermédio para a velocidade SR em zonas de divergência

Sabendo as velocidades nas pistas da área de influência da rampa e nas pistas adjacentes e esta é possível
encontrar a velocidade média (S) da secção de auto-estrada durante os 450 m:

Para áreas de convergência [km/h]: Para áreas de divergência [km/h]:


vR12 + v OA × NO v12 + v OA × NO
S= S=
 vR12   v OA × NO   v12   v OA × NO 
  +     +  
 
 SR   SO   SR   SO 

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