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DESENHO URBANO - UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

PROFESSORA PRISCILA ZANON MONTEIRO

SEMINÁRIO E ANÁLISE URBANÍSTICA

TÓPICOS 6.6 À 7.3.1


GUIA GLOBAL DE DESENHO DE RUA
ESTUDO ACERCA DAS VISÕES GERAIS DOS DESENHOS PARA MOTORISTAS, OPERADORES DE CARGAS E COMÉRCIO, ALÉM DO
CONHECIMENTO DA INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS PÚBLICOS EXISTENTES NO PLANO VIÁRIO, TENDO COMO OBJETIVO
ALCANÇAR ENTENDIMENTO UNIVERSAL SOBRE O FUNCIONAMENTO DAS VIAS E FLUXOS URBANOS, NO QUE SE DIZ RESPEITO
AOS MOTORISTAS E PEDESTRES.

BEATRIZ MORESCO, CARILLY ALVES, GABRIEL SCHEFFER, MARCOS KARAS E NATHALIA RIVABEM

ARQUITETURA E URBANISMO - 4º PERÍODO


DESENHO URBANO - UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
PROFESSORA PRISCILA ZANON MONTEIRO
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TÓPICOS 6.6 À 6.6.7

DESENHANDO PARA
MOTORISTAS
REDES E FERRAMENTAS PARA OS MOTORISTA, VELOCIDADE DAS VIAS, FAIXAS DE TRÁFEGO, PONTOS DE PARADA E
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA VIÁRIO (RAIOS DE ESQUINA, VISIBILIDADE E DISTÂNCIA VISUAL)

GUIA GLOBAL DE DESENHO DE RUA - NACTO


ARQUITETURA E URBANISMO
VISÃO GERAL
DESENHANDO PARA MOTORISTAS

Desenho de rede – oferecer aos veículos acesso à cidade sem


prejudicar os outros meios de locomoção ou vida urbana;

Os motoristas utilizam automóveis ou motocicletas para se


locomover;

A segurança nas ruas se relaciona diretamente com a


velocidade dos veículos.

0 km/h VEÍCULOS ESTACIONADOS

10 - 15 km/h ESPAÇO COMPARTILHADO

30 km/h RUA DE BAIRRO

40 km/h AMBIENTE URBANO

50 km/h FAIXAS MÚLTIPLAS *

60 km/h VIAS EXPRESSAS E RURAIS

* Rua de faixas múltiplas com semáforos e separação para bicicletas


REDES DE MOTORISTAS
DESENHANDO PARA MOTORISTAS

Algumas das questões fundamentais relacionadas ao "A classificação estrita das ruas em
gerenciamento da rede urbana de veículos são: arteriais, coletoras e locais é equivocada,
pois considera apenas um usuário e pode
Determinar onde e como deve ser provido um acesso e
levar os projetistas a negligenciar as
para quais tipos de veículos ele será pertinente;
funções de não mobilidade e o acesso a
Criar conectividade básica de rede; todos os usuários".
Evitar que o tráfego de passagem sufoque as ruas das
cidades;
Limitar o acúmulo de automóveis em áreas densas.

Porto, Portugual. Copenhagen, Dinamarca. Bandung, Indonésia.


FERRAMENTAS PARA MOTORISTAS
DESENHANDO PARA MOTORISTAS

Faixas de tráfego Semáforos Sinalização Demarcações Faixas de retenção

Iluminação Estacionamento Parquímetros Acesso Balizadores

Estratégias de tráfego Carregamento elétrico Acessibilidade Rebaixamento Radares


FAIXAS DE TRÁFEGO E PONTOS DE PARADA
FAIXAS DE TRÁFEGO PONTOS DE PARADA E ESTACIONAMENTO

Faixas de tráfego Pontos de táxi


Podem ser utilizadas faixas com 2,7m Os pontos ou zonas de embarque de táxi
a 3m de largura em ruas com são faixas onde os veículos de aluguel se
velocidade de 30 km/h ou menos. enfileiram à espera de passageiros.

Faixas para veículos grandes


As faixas de tráfego misto
compartilhado com caminhões e
ônibus devem ter entre 3m e 3,3m de Faixas de estacionamento paralelo
largura. As faixas de estacionamento típicas
devem ter entre 1,8m e 2,5m de
largura e 5,5m de comprimento.
Faixas de conversão
A largura recomendada para faixas
de conversão é de 3m ou menos, caso
o volume de caminhões seja baixo. Estacionamento de motocicletas
Recomenda-se que essas vagas
Faixas de tráfego bidirecionais tenham entre 2m e 2,5m de
comprimento, e ao menos 1m de
Recomenda-se que as faixas
largura.
bidirecionais tenham entre 4,75m e
5,5 m de largura. DESENHANDO PARA MOTORISTAS
RAIOS DE
ESQUINA
DESENHANDO PARA MOTORISTAS

Raios de esquina-padrão medem


entre 3m e 5m;
Em configurações urbanas é
preferível a adoção de raios
menores, de 1,5m, e aqueles que
excedam 5m, devem ser exceção.

RAIO = 3m
PARE
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TÓPICOS 6.7 À 6.7.5

DESENHANDO PARA
OPERADORES DE CARGAS E
SERVIÇOS
REDES E FERRAMENTAS DE TRANSPORTE DE CARGA E SEU GERENCIAMENTO E SEGURANÇA

GUIA GLOBAL DE DESENHO DE RUA - NACTO


ARQUITETURA E URBANISMO
DESENHANDO PARA OPERADORES DE CARGAS E SERVIÇOS
Veículos comerciais
e caminhões leves REDES DE TRANSPORTE
7-10m
DE CARGA
Caminhões grandes
15-18m

Caminhões de
serviço urbano
7-11m

0 km/h VEÍCULOS PARADOS

10 - 15 km/h ESPAÇO COMPARTILHADO

30 km/h RUA URBANA

40 km/h FORA DO HORÁRIO DE PICO*


FERRAMENTAS PARA TRANSPORTES DE CARGA
DESENHANDO PARA OPERADORES DE CARGAS E SERVIÇOS

SINALIZAÇÃO ESTACIONAMENTO EXCLUSIVO FAIXA DE CONVERSÃO

ALMOFADA REDUTORA MATERIAIS DE PAVIMENTAÇÃO HORÁRIOS RESTRITOS

*Balizadores e rebaixamento de meio fio também são ferramentas para transportes de carga, assim como para os automóveis.
GEOMETRIA
DESENHANDO PARA OPERADORES DE CARGAS E SERVIÇOS

3,3m 2,5m a 3m 10m

FAIXAS DE TRÁFEGO BAIAS DE CARGA FAIXAS SUPERDIMENSIONADAS


É recomendado que as faixas da via tenham São áreas especiais onde os caminhões podem Essas faixas são para caminhões grandes e
pelo menos 3,3m de largura. parar pra descarregar ou carregar mercadorias. que carregam materiais de construção ou
São indicativas. Longe de cruzamentos; grandes máquinas.
Tem horários certos para serem usadas. Usadas em horários fora de horário de pico;
As baias de carga devem ser Facilita carga e descarga;
estrategicamente posicionadas para Mais seguro;
complementar outras atividades de ruas Estímulo ao transporte de carga.
urbanas.
GERENCIAMENTO PARA TRANSPORTE DE CARGA
DESENHANDO PARA OPERADORES DE CARGAS E SERVIÇOS

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO CENTROS DE CONSOLIDAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO


Planos abrangentes para gerenciar o transporte de carga e Quando as mercadorias (tanto grandes, quanto pequenas)
aumentar sua eficiência, reduzindo ao mesmo tempo os são redistribuídas em veículos menores (exemplos:
impactos sobre áreas urbanas. Além disso gera uma área caminhonetes de pequena carga e bicicletas). Ocorre uma
de atratividade comercial e turística. redução no congestionamento.

Gestão de ruas e horários.

RUAS DE SERVIÇO E VIELAS PROJETO DE VEÍCULO SEGURO


Ruas estreitas e que tem acessos destinados a serviços. Os veículos de grande porte precisam ter dispositivos que
Podem ter passagens elevadas nas entradas das vielas. servem para a segurança tanto do condutor, quanto dos
Melhores condições de acesso e menor tráfego. demais condutores da via.
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TÓPICOS 6.6 À 6.6.7

DESENHANDO PARA O
COMÉRCIO FERRAMENTAS PARA O COMÉRCIO, GEOMETRIA E RECOMENDAÇÕES DE LOCALIZAÇÃO

GUIA GLOBAL DE DESENHO DE RUA - NACTO


ARQUITETURA E URBANISMO
VISÃO GERAL E VARIAÇÕES
DESENHANDO PARA O COMÉRCIO

VARIAÇÕES DE USO COMERCIAL


O comércio desempenha um papel essencial na formação Cafés em calçadas
de ruas vibrantes e dinâmicas. Sendo assim, ele deve A utilização do mobiliário para demarcação.
promover um ambiente de rua seguro, além de ser
inclusivo (atender o desenho universal).

Podem ser móveis ou fixos e atendem a uma demanda


muito específica por mercadorias e serviços, que varia de
acordo com a localização e período. Extensões de vitrines e bancas
Deve preservar faixa livre da calçada.

Vendedores de rua e quiosques

Café de rua em Paris, França.


FERRAMENTAS PARA O COMÉRCIO
DESENHANDO PARA O COMÉRCIO

LOCALIZAÇÃO E ESPAÇOS INSTALAÇÕES ELETRICAS E


DEDICADOS AOS COMERCIANTES HIDROSANITÁRIAS

A localização e espaços devem garantir: Estabelecer condições e padrões mínimos de saúde e


Segurança; higiene aos consumidores.

Demanda potencial devido as suas mercadorias e serviços;


Espaços de estoques de mercadoria.

MOBILIÁRIO
URBANO

Está relacionado à iluminação, assentos e lixeiras em áreas


com grande concentração de vendedores. Deve garantir
conforto aos consumidores e um espaço limpo e
organizado. Além disso, a faixa livre de calçada deve ser
mantida sem obstáculos.
DESENHANDO PARA O COMÉRCIO

GEOMETRIA E LOCALIZAÇÃO

EXTENSÃO DO USO COMERCIAL VENDEDORES NAS CALÇADAS VENDEDORES NA ZONA DE


Papel essencial na ativação das paisagens Posicionados na zona de mobiliário urbano,
CALÇADA ESTENDIDA
urbanas: proporcionando um amortecimento entre os Trechos das faixas de estacionamento junto ao
Acréscimo de área valiosa para o comércio pedestres e veículos em movimento. meio fio para atividades de vendas. Lembre-se
local; da proteção vertical.
Ruas vibrantes e dinâmicas.

*Localização: sistemas de concessão de alvarás – identificar e mapear áreas apropriadas para o comércio.
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TÓPICOS 7.0 À 7.3.1

SERVIÇOS E
INFRAESTRUTURA
INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE OS SERVIÇOS BÁSICOS PÚBLICOS E RECOMENDAÇÕES DE POSICIONAMENTO
SUBTERRÂNEO, BEM COMO ESTUDO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ADOÇÃO DA INFRAESTRUTURA VERDE E BOAS
CONDIÇÕES DE ILUMINAÇÃO PARA AS CIDADES

GUIA GLOBAL DE DESENHO DE RUA - NACTO


ARQUITETURA E URBANISMO
OS SERVIÇOS PRIORITÁRIOS
SERVIÇOS E INFRAESTRUTURA

Posicionamento dos serviços devem


Os serviços proporcionam atendimento às necessidades ocorrer em áreas mais acessíveis e sua
básicas que melhoram a qualidade de vida de uma prioridade de acesso se dá aos serviços:
comunidade, além de que impulsiona, também o 1. Comunicação
desenvolvimento econômico e social de uma cidade.* 2. Resfriamento urbano;
3. Gás;
4. Águas residuais;
5. Águas pluviais.

A maioria desses serviços são instalados no subterrâneo do


sistema viário, cuja instalação deve ser totalmente planejada,
levando sempre em consideração as características do terreno,
a manutenção dessas atividades e seus reparos.

*Necessidade um planejamento abrangente: infraestrutura verde – abordagem natural.


SERVIÇOS E INFRAESTRUTURA

POSICIONAMENTO PARA OS SERVIÇOS


SUBTERRÂNEOS

SERVIÇOS NO LEITO VIÁRIO SERVIÇOS ADJACENTES AO LEITO SERVIÇOS EM UMA GALERIA


Redução do tempo de obra; VIÁRIO SUBTERRÂNEA
Economia em aquisição de terrenos;
Previne a interdição de faixas de tráfego Facilidade de acesso para manutenção;
Criação de ruas compactas e favoráveis a
durante obras e reparos; Não causa impactos ao tráfego durante as
caminhadas.
Requer menos proteção por conta do manutenções;
volume de tráfego mais baixo; Custos mais baixos de manutenção.
Reduz a necessidade de aquisição de terras
para futuras expansões da via
INFRAESTRUTURA VERDE
Complementa os sistemas tradicionais de drenagem de água
pluvial por meio do processo de captação e infiltração,
utilizando a própria vegetação, solo e processos naturais.
Assim, a água não ingressa diretamente nas galerias,
reduzindo seu enchimento precoce.

Reduz inundações e poluição hídrica, além de melhorar a


estética da cidade. Ambiental Social Econômico

Taxa de infiltração
mínima de 1,5 cm/h

Implantação da infraestrutura verde:

Nível do lençol freático;


Topografia;
Clima e solo da região;
Preservar circulação.
SERVIÇOS E INFRAESTRURA

EXEMPLOS DE INFRAESTRUTURA VERDE

chuva

Vala de infiltração / Jardim de chuva


Purificação, detenção e infiltração.

Pisos drenavéis. Canteiros pluviais.


Purificação, detenção e infiltração. Purificação, detenção e infiltração.

* Outros exemplos: ruas verdes, lagoas secas, lagoas pluviais, hortas urbanas, biovaletas, Exemplo de falta de infraestrutura verde.
alagado construído. Enchente e deslizamento no município de São Carlos, São Paulo.
SERVIÇOS E INFRAESTRURA

ILUMINAÇÃO E TECNOLOGIA
RECOMENDAÇÕES DE DESENHO PARA ILUMINAÇÃO
Um bom projeto de iluminação em uma
cidade, acaba criando ruas convidativas, Iluminação uniforme e para a segurança;
seguras e efervescentes para os pedestres Identificar pontos de obstrução - vegetação e
e motoristas. anúncios publicitários.

A tecnologia surge como um papel Estratégias:


importante na operação e administração
da rua - novos softwares e materiais -
radares e fontes de energia.

SINALIZAÇÃO ORIENTATIVA E VIÁRIA

Iluminação por sensores. Tecnologias de informações.


Alemanha - tecnologia para ciclistas. Estimular as atividades de rua. Eficiência energética. Luzes de emergência.
SERVIÇOS E INFRAESTRURA

ILUMINAÇÃO E TECNOLOGIA

Fontes variadas de iluminação. Exemplo: por vitrines. Cuidado com a poluição luminosa.
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REFERÊNCIAS
Guia Global de Desenho de Ruas;

LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando. Eficiência energética na arquitetura. 3. Ed.
2014;

MARTINS, J. R. S. Gestão da drenagem urbana: só tecnologia é suficiente? Escola Politécnica, Universidade


de São Paulo, São Paulo, 2012;

Cormier, N. S., & Pellegrino, P. R. M. (2008). Infraestrutura verde: uma estratégia paisagística para a água
urbana;

Sites:
www.sinaldetransito.com.br/normas/norma_guia_rebaixada.pdf;
Jornal da USP - Infraestrutura verde pode reduzir enchentes em bacias que passam por urbanização
acelerada. Acesso: https://jornal.usp.br/ciencias/infraestrutura-verde-pode-ajudar-a-reduzir-enchentes-
em-areas-urbanas-localizadas-em-bacias-hidrograficas/;
Archdaily - https://www.archdaily.com.br/br/tag/infraestrutura-verde.

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