1.09.ET. Bases Sobre Nutri. Humana e Nutri. Esportiva
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competições. O suporte nutricional também precisa ser periodizado, levando em
consideração as necessidades diárias do atleta conforme cada etapa do treinamento e
os objetivos nutricionais gerais (THOMAS et al., 2016).
Neste contexto, área da nutrição esportiva visa estudar a relação dos nutrientes e dos
alimentos na prática do exercício físico e esporte, para busca da performance,
recuperação pós-exercício, além da saúde e bem-estar dos atletas.
Leia mais sobre o assunto acessando o link ao final do bloco, em “Saiba mais”.
Os alimentos são todas as substâncias sólidas e líquidas que, levadas ao tubo digestivo,
são degradadas e depois usadas para formar e/ou manter os tecidos do corpo, regular
processos orgânicos e fornecer energia (PRADO et al., 2011).
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Os alimentos podem ser caracterizados de acordo com sua origem, nível de
processamento e conforme a sua composição de nutrientes.
A classificação dos alimentos de acordo com a origem pode ser animal, vegetal ou
sintético. Este último se refere a alimentos sintetizados de forma industrial, como, por
exemplo, os adoçantes. De acordo com o Guia alimentar da população brasileira
(2014) os alimentos podem ser classificados de acordo com seu processamento em:
Com intuito de orientar a população a para obter uma alimentação mais saudável, o
guia alimentar da população brasileira ressalta a importância de uma alimentação
diversificada, respeitando a cultura de cada região, priorizando os alimentos in natura
e minimamente processado. Neste guia, são apresentados dez passos para uma
alimentação adequada e saudável.
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Tabela 1.1 – Dez passos para uma alimentação adequada e saudável
8º Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece
Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na
9º
hora
Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação
10º
veiculadas em propagandas comerciais
Reflita: Você tem se alimentado adequadamente? Você tem utilizado mais alimentos
in natura ou mais alimentos processados ou ultraprocessados? Como está a sua
alimentação?
Ao final do bloco, leia mais sobre esses pontos no link disponibilizado em “Saiba mais”.
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A classificação conforme a sua essencialidade é denominado nutriente essencial ou
não essencial. O conceito de nutriente essencial surgiu há mais de 100 anos, a partir da
observação em que a ausência de algum alimento no hábito alimentar do indivíduo,
principalmente em dietas pobres em alimentos, poderia ser o fator desencadeador de
doenças e, ao incluir este alimento a saúde, se reestabelecia (MELLO, 2018).
Os nutrientes essenciais são aqueles indispensáveis para o nosso organismo, pois não
são sintetizados em quantidades adequadas para suprir nossas necessidades
fisiológicas e precisam ser adquiridos a partir dos alimentos (proteínas, por exemplo).
Já os não essenciais são aqueles que são sintetizados pelo nosso organismo em
quantidades fisiológicas a partir de outro substrato, sem a necessidade de ser
adquirido a partir da alimentação (compostos bioativos).
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Tabela 1.2 – Diferenças entre macronutrientes e micronutrientes.
Micronutrientes Macronutrientes
Consumidos em pequenas quantidades Consumido em grandes quantidades
(<1g/dia) (muitos g/dias)
Absorvidos inalterados Degradados pela digestão
Essenciais – não sintetizando pelo Aminoácidos essenciais e ácidos graxos
organismo essenciais
Não fornecem energia Fornecem energia
Funções principais: coenzimas e
Enzimas são proteínas, energia
catalisadores
Fonte: Tirapegui e Mendes, 2013.
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Fonte: Nelson e Cox, 2014.
Certamente você já deve ter ouvido falar que durante o exercício estamos em
catabolismo, e após o exercício estamos em anabolismo. É importante ressaltar que,
em nosso organismo, ocorrem a todo tempo tanto reação anabólica quanto catabólica.
Portanto, quando estamos em anabolismo, acontecem mais reações de formação, e,
quando em catabolismo, estamos em mais reação de quebra.
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Reflita: Em qual momento estamos mais em catabolismo ou anabolismo? Qual a
importância dos processos anabólicos e catabólicos no contexto do exercício físico?
Qual a importância dos nutrientes para este processo?
1.3.1 – Carboidratos
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Figura 1.3 – estrutura química dos monossacarídeos.
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Os polissacarídeos contêm mais de 20 unidades de monossacarídeo, podendo alguns
ter centenas ou milhares de unidades. Os polissacarídeos podem ter estrutura linear,
como a celulose; ou ramificada, como amido e o glicogênio. Por haver maior número
de unidades de Mossacarídeos, eles também são chamados de açúcar complexo.
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A estrutura dos carboidratos, principalmente o número de ligações glicosídica e tipo de
ligação (β ou α), influencia diretamente no processo de digestão e na absorção dos
carboidratos. Por exemplo, monossacarídeos e dissacarídeos são absorvidos mais
rápido quando comparados a polissacarídeos, devido ao maior número de ligação
glicosídica. A celulose, presente nos vegetais, não é digerida pelo organismo humano,
pois os monômeros de glicose são ligadas por ligação β, e o nosso organismo não é
capaz de quebrar este tipo de ligação.
1.3.2 – Lipídeos
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Figura 1.7 – Estrutura dos triglicerídeos saturados e insaturados.
Leia mais sobre lipídios no link disponibilizado ao final do bloco, em “Saiba mais”!
Para que você possa entender melhor sobre o assunto, pesquise sobre qual a
influência da saturação na qualidade dos lipídeos.
1.3.3 – Proteínas
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Na natureza existem mais de 300 aminoácidos diferentes, porém somente 20 são
assimilados pelo organismo dos mamíferos. Todos os aminoácidos são compostos por
um grupo amino, grupo carbóxilo e uma cadeia lateral R (Figura 1.8). O que diferencia
os aminoácidos é a composição dessa cadeia.
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Os aminoácidos são unidos a partir de ligações peptídicas: entre o grupo amino de um
aminoácido e o grupo carboxila de outro aminoácido. Quando há a junção de dois
aminoácidos, é formado um dipeptídeo; junção de três, tripeptídeo; até cinquenta,
polipeptídeo; e mais de cinquenta, uma proteína.
• Essenciais: são aqueles que o corpo humano não consegue sintetizar de forma
adequada, e devem ser adquiridos via alimentação.
Condicionalmente
Essenciais Não Essenciais
indispensáveis
Fenilalanina Ac. Aspártico Glicina
triptofano Ac. Glutâmico Prolina
Valina Asparagina Tirosina
Leucina Serina
Isoleucina Cisteína e Cistina
Metionina Taurina
Treonina Arginina
Lisina Histidina
Glutamina
As proteínas são encontradas nos alimentos tanto de origem animal quanto vegetal.
Sendo em maior quantidade nos de origem animal, como carne, leite e ovos.
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1.3.4 Vitaminas
1.3.5 Minerais
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Os minerais são classificados conforme a sua necessidade para organismo em
macrominerais e microminerais (ou minerais traço). Os macrominerais são necessários
em quantidades maiores em nosso organismo, com recomendações em mg, tais como:
sódio, potássio, cálcio e fósforo. Já os microminerias são necessários em menores
quantidade, tais como: selênio, zinco, cobre, iodo e flúor.
Nos alimentos os minerais são encontrados principalmente nos vegetais, nos cereais e
em alimentos de origem animal.
As fibras são os componentes dos vegetais que não digeridos pelo trato
gastrointestinal. São importantes para a boa manutenção do trânsito intestinal e
servem de substrato para a microbiota intestinal. Por definição, a fibra dietética
consiste em polissacarídeos e lignina, presentes em plantas que são resistentes à
hidrolise por enzimas digestivas humanas. As fibras podem ser classificadas em:
• Fibras Solúveis: são solúveis e tendem a formar um gel ao entrar contato com a
água, fermentadas pelas bactérias intestinais, como pectinas, inulina, gomas e
algumas hemiceluloses. Ex: Feijão, frutas, aveia e cevada.
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Diversos estudos têm associado o consumo de fibras com a menor propensão a
doenças crônicas, principalmente pelo seu papel probiótico, por servir de fonte
alimentar para a microbiota intestinal, além de atuarem na redução do LDL colesterol,
sendo um agente protetor para doenças cardiovasculares.
Saiba mais
Leia mais sobre nutrição esportiva pelo artigo “Alimentação e nutrição como campo
científico autônomo no Brasil: conceitos, domínios e projetos políticos”, de Prado et
al., disponível no link abaixo:
<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
52732011000600013>.
Leia mais sobre alimentação in natura, processada e ultraprocessada nos links abaixo:
<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
52732011000600013>.
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2e
d.pdf>.
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Conclusão
Você aprendeu que o alimento é composto de diversos nutrientes, que podem ser
classificados em macronutrientes, aquele que tem as necessidades diárias em maior
quantidade (g) diária e fornecem energia; e micronutrientes, que são necessários em
menor quantidade (mg ou ul) e não fornecem energia.
Você também estudou que os alimentos são classificados conforme o seu grau de
processamento. De acordo com o guia alimentar da população brasileira, os alimentos
podem ser classificados em in natura, minimamente processados, processados e
ultraprocessados. Este guia também apresenta os 10 passos para uma alimentação
saudável, priorizando uma alimentação variada com alimentos regionais e dando
preferência ao alimentos in natura.
Enfim, neste bloco você pode aprender um pouco de como é importante uma
alimentação variada, com preferência a alimentos in natura e minimamente
processados, para adquirir todos os nutrientes necessários ao organismo.
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REFERÊNCIAS
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