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PENTATEUCO

ESTUDO DA BIBLIA

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© ITESP RABONI, 2014– Santa Gertrudes (SP)
Trabalho realizado pelo Instituto Teológico de Ensino Superior e Pesquisas de Santa
Gertrudes (SP)
Cursos: MÉDIO
Disciplina: Pentateuco
Versão: julho/2014
Diretor: Prof. Dr. Pr. Anaildo João da Silva
Diretor Administrativo: Prof. Th. Bel. Pr. Jose Flávio das Neves Januário Diretor
Superintendente: Prof. Th. Bel. Dc. Sinvaldo Teixeira Nunes Jornalista: Pr. Anaildo
João da Silva Mtb: nº 0075731/SP
Coordenador Geral de EaD: Prof. Th. Bel. Pb. Cicero Moreira da Costa Coordenador de
Material Didático Mediacional: Prof. Th. Bel. Celso Lopes da Silva Corpo Técnico
Editorial do Material Didático Mediacional:

Preparação Revisão
Aline Moreira da Silva Pr. Cicero Moreira da Costa
Debora Moreira da Costa Pr. Pedro Gaspar
Debora Yanne Miranda da Silva Pr. Nedson Bento de Santana
João Batista Lino Revisão Projeto Gráfico, Diagramação e Capa
Alanna Moreira da Silva
Nelson Medson Souza de Jesus Alanna Moreira da Silva
Manoel Pereira da Silva
Joseilde Andradde Tavares da Silva Anaildo João da Silva

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ITESP – RABONI
Instituto Teológico de Ensino Superior e Pesquisa

CURSO: MÉDIO EM TEOLOGIA


Pentateuco – Pr. Prof. Anaildo João da Silva

Meu nome é Anaildo João da Silva. Sou Bacharel e Mestre em


Teologia pela Faculdade Teológica de Campinas-SP; Sou Juiz de
Paz, Juiz Arbitral (Conciliador) e Capelão; Recebi a Honraria de Dr.
Honoris Causa em Ciência e Filosofia da Religião pelo Grupo
FATECAMP de Ensino, Campinas-SP; Sou Convalidado em
Teologia pela Faculdade Claretianos, Rio Claro-SP; Sou Jornalista
Profissional Mtb 0075731/SP; Atuo como Pastor na Igreja
Evangélica Assembleia de Deus em Rio Claro-SP e, como
Professor e Diretor do Instituto Teológico de Ensino Superior e
Pesquisas (ITESP); Na área secular atuo no Departamento
Técnico do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho
(SEESMT), em Rio Claro-SP. E-mail: anaildo36@gmail.com.br / itep-raboni@hotmail.com

Dê-me, Senhor, agudeza para entender, capacidade para reter, método e faculdade para aprender, sutileza para interpretar,
graça e abundancia para falar, acerto ao começar, direção ao progredir e perfeição ao concluir... 3

São Tomás de Aquino


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O CÂNONE DO ANTIGO TESTAMENTO

Vamos iniciar nosso estudo sobre a Bíblia investigando a origem e o


processo de formação de seu cânone. Para tanto, começaremos pela definição de
dois termos importantes par a nossa compreensão do tema deste assunto: “Bíblia” e
“Cânone”.

Vejamos como Harrington (2006, p. 9) define o primeiro termo:

A Bíblia pode ser descrita como a coleção de escritos que


a Igreja tem reconhecidos como inspirados;
frequentemente, essa coleção é chamada de Escrituras,
Escrituras Sagradas, os livros Sagrados e, especialmente,
o Testamento. A palavra “Bíblia” veio até nós do grego
através do latim. A expressão grega é ta bíblia (“os livros”)
[...].

Como se pode depreender da


citação de Harrington, a Bíblia é uma coleção
de escritos. E mais: são escritos de diferentes
autores, que viveram em momentos
diversificados da história da palestina.

As Sagradas Escrituras constituem


o livro mais notável e o mais lido no mundo.
Contém registros de acontecimentos do mais
profundo interesse. Deus ordenou a Moisés:
“Escreve isto para a memória num livro” (Ex
17.14). Esta mesma ordem foi depois repetida durante 1600 anos, a cerca de 40
homens de Deus e, surgiu assim. “O Livro de Deus” (Is 34.16), “a Palavra de Deus” (cf.
6.17; Mc 7.14), “as Santas Escrituras” (Rm. 1.2) que nós chamamos a Bíblia, vem do
grego “biblion” (Biblion) que significa “folha de papiro”.

As Escrituras originais foram escritas em rolos de papiro e assim apareceu


“biblions” como uma coleção de livros pequenos. A BIBLIA é um conjunto de 66 livros,
dos quais 39 estão no V.T. que foi escrito originalmente em hebraico, com exceção de
alguns trechos que foram escritos em aramaico.

Os outros 27, constituem o Novo Testamento que foi escrito originalmente


na língua Grega ou helênica (porque os gregos eram conhecidos como povo de
Helas). Depois da grande conquista de Alexandre Magno, rei da Macedônia, filho de
Felipe e Olímpias; a língua grega, numa forma helênica, espalhou-se em todas as
partes do Egito e do Oriente, tornou-se a língua vernácula (língua pura, sem

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estrangeirismo) dos hebreus que residiam nas colônias gregas de Alexandre e outras
partes.

A Bíblia é pois, humano-Divino, quer dizer: Contém os dois elementos,


sendo humana é sujeita às leis de linguagem e literatura e sendo Divina pode ser
compreendida somente por homens espirituais. Os autores humanos fornecem
variedades de estilo, matéria. O autor Divino garante unidade da revelação e ensino.
Os autores humanos referem-se à Bíblia em artes. O Divino como um só livro (ls.
11.10; 53.2; Jo. 15.1; Rm. 11.16; Ap. 22.16; 5.5). A Bíblia foi o primeiro livro a ser
impresso no mundo.

A ORIGEM DO NOME DA BÍBLIA

A palavra Bíblia, plural de “Biblion”, diminutivo de ”Biblos”, que significava


“livros” ou “livreto”, que a seu termo vem de “Biblos” que é propriamente a entrecasca
da planta do papiro (uma cana ou junco que cresce às margens do rio Nilo (África) e
outros rios do Oriente), vide (Ex. 2.3; Jó 8.11; Is. 18.2), e que cobre o material em que
se escrevia. Do papiro se extraiam tiras, as quais eram coladas unia às outras
formando um rolo de qualquer extensão. Outro material usado para a escrita era o
pergaminho, que vem dos tempos cristãos.

Bíblia, então, queria dizer “os livros“. O Antigo Testamento, no tempo de


Jesus, já era chamado “as Escrituras” (ai graphai). Cada livro era escrito
separadamente em seu rolo especial e, os das sinagogas, eram presos a duas hastes
de madeira, em cada banda, desenrolando-se de uma e enrolando-se na outra à
proporção em que era lido. Bíblia significa, hoje, (o Livro) - “o Livro por excelência”, “o
Livro Sagrado”.

Nem sempre a palavra inspirada de Deus foi escrita. O homem é falho à


prova de consciência e entrou por uma época debaixo da lei. Então começou a
necessidade da Palavra de Deus escrita.

A palavra de Deus é conhecida por diversos nomes, os quais são derivados


da Bíblia mesma e de origens externas.

O termo BIBLIA não aparece, senão nas capas, não o vemos através do
volume Sagrado. Foi primeiramente usado por Crisóstomo, no século IV. É derivada
de “Bíblos”, uma palavra grega que significa livros, coleção de livros pequenos.

Embora não seja um título inconveniente, além do mais usado: “Livro”


(porque é um volume apenas), seja um título mais correto.

Não há evidência de que o homem tivesse a palavra de Deus escrita antes


do dia em que Jeová disse a Moisés: “escreve isto para memorial num livro” (Ex.

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17.14). Apartir de então, os homens de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo e
registram a palavra falada.

Davi, Lucas, João, Paulo, etc, escreveram inspirados por Deus. Entretanto,
havia homens santos aos quais Deus falou, como Noé, Abraão e José, dos quais não
lemos que algum deles foram inspirados para escrever a Palavra de Deus. Deus
revelou-lhes sua vontade oralmente, numa maneira direta e pessoal, como também a
Adão, Caim, Abimeleque, Isaque, Jacó e muitos outros. Apesar de não existir a
Palavra de Deus escrita, Deus nunca ficou sem testemunhas, a saber:

AS SUAS OBRAS:

“Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de suas


mãos” (Sl. 19.01). “O que de Deus se pode conhecer neles está manifesto; porque
Deus Iho manifestou. Porque coisas invisíveis, desde a criação do mundo tanto o seu
eterno poder, como a Sua Divindade, se entende, e claramente se vê pelas coisas que
estão criadas para que eles fiquem inescusáveis” (Rm. 1.19,20).

A CONSCIÊNCIA DO HOMEM:

“Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando


juntamente a sua consciência” (Rm. 2.15). Assim, o homem possuía desde o princípio
um conhecimento de Deus sem as leis escritas: “escondeu-se adão... da presença do
Senhor Deus” (Gn. 3.8). Porque a sua consciência condenou-se quando ouviu a voz
do seu Criador. O mesmo aconteceu com Caim que, depois de matar o seu irmão foi
interrogado por Deus, e acusado pela consciência, replicou: “não sei; sou eu
guardador de meu irmão? ” (Gn. 4.9).

Entretanto, a consciência não serve como veículo da revelação divina,


porque pode ser cauterizada e fica quase inutilizada. A natureza nos ensina somente
que Deus é o criador, consequentemente, havia necessidade de uma revelação que
durasse para sempre. Tal é a palavra escrita, “que permanece para sempre” (1 Pe.
1.23).

Lemos em (Sl. 40.07): “No Rolo do Livro está escrito de mim”. E mais: “E
disse-me: Oh, Filho do homem, dá de comer ao teu ventre, enche as tuas entranhas
deste Rolo que eu te dou. Então o comi, e era na minha boca doce como o mel...” (Ez.
3.3).

OUTROS NOMES PARA A BÍBLIA

1) A Palavra de Deus Hb. 4.12


2) A Escritura de Deus Ex. 32.16

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3) As Sagradas Letras II Tm. 3.15


4) A Lei Mt. 12.5
5) A Escrituras da Verdade Dn. 10.21
6) As Palavras da Vida At. 7.38
7) A Lei e os Profetas Lc. 16.16; Mt. 7.12
8) As Escrituras Jo. 5.39
9) O Livro do Senhor Is. 34.16

A BÍBLIA FIGURATIVA

1) Uma Luz Sl. 119.10


2) Um Espelho Tg. 1.23
3) Uma Pia Ef. 5.26
4) Uma porção de Alimento Jó 23.12
5) Leite para as crianças I Co. 3.2
6) Pão para os famintos Dt. 8.3
7) Alimento Forte para os homens Hb. 5.12
8) Fogo Jr. 23.29a
9) Um Martelo Jr. 23.29b
10) Uma Espada Ef. 6.17

MÉTODO DE REVELAÇÃO NA BÍBLIA

A Bíblia é em primeiro lugar uma revelação da verdade religiosa. Isto acha-


se compreendido na definição dada.

O próprio objeto da revelação é Deus, nas relações que podem existir entre
Ele e as Suas criaturas. A Bíblia é a história da Redenção: é a história do mundo de
Deus, destinado a ser mais tarde o Reino do filho (Igreja).

MANUSCRITOS BIBLICOS E VERSÕES DA BIBLIA

Manuscrito é uma palavra de origem latina, ou seja: “Manus” = mão e


“scriptus” = escrito. Um documento manuscrito quer dizer: O que foi escrito à mão. No
passado, todos os documentos eram escritos ou copiados a mão; e os textos bíblicos
nos foram transmitidos através dos manuscritos.

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MATERIAIS USADOS PARA FAZER OS MANUSCRISTOS

PAPIRO: O papiro deu o nome ao papel. Da


casca dessa planta (que atingia de 2 a 4 mts.
de altura) se faziam as folhas para os
manuscritos, e estas eram de 15 a 27 cm. de
comprimento.
PERGAMINHO: Do latim pergamina, de
Pérgamo. “Segundo Plínio, o nome
pergaminho teve origem com o que
aconteceu ao rei de Pérgamo, Eumenis II,
em 160 aC. Este rei planejou formar uma
biblioteca maior que a de Alexandria, no
Egito”. O rei desse país, por inveja, proibiu a
exportação do papiro para Pérgamo, obrigando Eumenis II a recorrer ao processo de
preparar peles para escrita. Isto promoveu o surgimento de um novo método de
prepará-las tão aperfeiçoado que a cidade-estado deu nome ao pergaminho (II Tm.
4v13).

O MANUSCRITO VATICANO:

Está escrito na língua grega e data do século IV. É o mais conhecido do mundo. Uma
obra de 04 volumes com 700 páginas está escrita em 3 colunas cada página. Contém
quase a Bíblia inteira.

O MANUSCRITO SINAÍTICO:

Descoberto em 1844 pelo sábio alemão Dr. Tischendorf. Está em forma de um livro e
cada página contém quatro colunas, exceto os livros poéticos do Velho Testamento,
os quais tem somente duas. Faz parte da Biblioteca imperial em Leningrado e é o mais
precioso tesouro da Igreja grega.

O MANUSCRITO ALEXANDRINO:

É assim chamado por ter feito parte da Biblioteca em Alexandria. Foi também escrito
em grego e data do século IV. É composto de quatro volumes e tem duas colunas em
cada página. Acha-se atualmente no Museu Britânico, em Londres. Contém a Bíblia
inteira, exceto os seguintes trechos: (Gn. 14; 14v7; 15v1a5, 16a19; 16v6a9; I Rs. 12v18;
14v9; Salmos 49v20; 70v11; Mt. 1v1; 25v6; Jo. 6v50; 8v52; II Co. 4v13; 12v7).

O MANUSCRITO CÓDEX DE EFRAIN:

Está na Biblioteca de Paris. Data do século V. É descrito como o “CÓDEX RESCRIPTO”,


porque tem evidências de ter sido escrito duas vezes, uma por cima da outra.

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TRADUÇÕES

1) A LXX – SEPTUAGINTA - foi a primeira tradução da Bíblia. Local: Alexandria,


no Egito. Data do ano 285 a.C.
2) VULGATA - Tradutor, um notável erudito da Igreja que estava em Roma. Local:
Belém Palestina. Data do ano 405 AD.
3) A VERSÃO AUTORIZADA - (Versão do Rei Tiago). Local: Inglaterra. Tempo:
1611 (Predileta dos povos de língua inglesa).
4) ARC - (ALMEIDA REVISADA E CORRIGIDA). Publicada pela Imprensa Bíblica
Brasileira em 1951.
5) ARA - (ALMEIDA REVISADA E ATUALIZADA). O Novo Testamento foi
publicada em 1951, o Velho Testamento em 1958.
6) FIG - (ANTÔNIO PEREIRA DE FIGUEIREDO). Padre católico romano - editou o
Novo Testamento em 1778 e o Antigo em 1790 (em Portugal).
7) MATOS SOARES - Padre brasileiro. Traduziu da Vulgata. Foi publicada no
Brasil em 1946.
8) HUMBERTO RHODEN - Padre brasileiro. Traduziu da Vulgata. Foi publicada no
Brasil em 1946.
9) TRADUÇÃO BRASILEIRA - Traduzida por uma comissão de Teólogos
brasileiros e estrangeiros, publicado o Novo Testamento em 1910 e o Antigo
Testamento (1917).
10)IBB - (IMPRENSA BÍBLICA BRASILEIRA). Publicado em 1968.

As bíblias de edição católica têm sete (7) livros a mais os quais foram
aprovados pela mesma Igreja no ano 1546, no Concílio de TRENTO.
Os livros APÓCRIFOS são: Tobias. Judite, Sabedoria de Salomão,
Eclesiástico, Baruque e I e II Macabeus. Portanto, a Bíblia católica tem 73 livros, sendo
66 Sagrados (canonizados) + 07 apócrifos (isto é: NÃO canonizados).

CRITÉRIO DA CANONICIDADE DO VELHO TESTAMENTO

O porque dos livros apócrifos serem rejeitados pelos judeus, pela Igreja
Primitiva e ainda o são rejeitado pela Igreja Verdadeira, são os seguintes:

 Foram escritos originalmente em hebraico. Os apócrifos do Antigo


Testamento foram escritos em grego;
 Foram escritos em Moisés e Esdras. Os Apócrifos foram escritos entre o I e III
séc. a.C., quando as profecias já haviam sido encerradas, os oráculos
terminados e a revelação havia cessado;
 Foram reconhecidos pelos judeus como parte das Escrituras. Os Apócrifos
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nunca foram aceitos, pelos judeus, como inspirados;
 Foram citados por Jesus. Nenhum apócrifo foi citado por Jesus;
 Foram citados pelos personagens do Novo Testamento. Os apócrifos não o
foram;
 Foram aceitos pela Igreja Primitiva como possuidores de autoridade canônica e
inspirados por Deus. Os apócrifos não o foram;
 Razões textuais porque são rejeitados os apócrifos:
o O anjo Rafael engana e mente – Tobias 5vs4a18; 12v14;
o anjo Rafael ensina a feitiçaria – Tobias 6v17a19;
o Erros históricos na edição do livro de Ester – Et. 2v16a22 contradizendo
a data citada com o evento relatado (10º mês de Tebete – a data certa é:
sete anos do seu reinado. Data errada em 11v2. Ester só tem dez
capítulos inspirados);
o O autor pede desculpas se escreveu algo errado – 2 Macabeus
15v38e39;
o O autor de Macabeus faz elogio ao suicídio – 2 Macabeus 14v42a46;
 A maior prova de canocidade é a inspiração pelo Espírito Santo e a aceitação
pelo Espírito Santo;
 O cumprimento das profecias messiânicas e escatológicas.

A BÍBLIA E SUA ESCRITURA

A Bíblia é uma coleção de escritos inspirados pelo Espírito Santo, cujo autor
é o próprio Deus. A Bíblia toda tem 66 livros, com cerca de 40 escritores, por um
período de 14 séculos aproximadamente, os quais não se conheceram; pertenciam a
diversas categorias sociais, tais como: estadistas e legisladores, como Moisés e
Daniel. Davi, que exerceu variadas atividades, foi pastor de ovelhas, poeta, músico,
soldado e rei; profetas, como Isaías, Jeremias, Zacarias; pescadores, como foram
Pedro, Tiago e João; coletor de impostos, no caso de Mateus; médico, como Lucas,
autor do livro de Atos dos Apóstolos e do evangelho que leva seu nome; doutor da lei,
como ocorreu com Paulo, Habacuque e Elias, eram agricultores e muito mais, de
continentes diferentes, e o que é mais importante, nada sabia o que havia sido já
escrito. A perfeita unidade da Bíblia, quando a lemos, inspira-nos a glorificar a Deus
porque em meio à alegria e tristezas, o produto final apresenta uma só mensagem e
uma só salvação - JESUS.

Inicialmente, os escritos da Bíblia não eram divididos em capítulos e


versículos; a divisão em capítulos só veio a acontecer no ano 1250 AD, pelo Cardeal
Hugo de Sancto Caro, monge dominicano, que dele se serviu para a sua concordância
com a Vulgata. “As aplicações a esta concordância deram-lhe muito valor e

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estabeleceram a prática de citar os capítulos em vez de referir-se ao livro ou a alguns
fatos proeminentes nele contidos”.

Alguns pesquisadores atribuem essa divisão também a Stephen Langton,


falecido em 1228. No ano 1551, Robert Stephen fez a divisão em versículos,
publicando a primeira Bíblia, assim dividida em 1555, a Vulgata.

Em 1525, Jacob Ben Haim, na Bíblia Bomberg, em Veneza, também havia


dividido a Bíblia (Antigo Testamento) em versículos.

O Antigo Testamento encerra citando a palavra maldição. O Novo


Testamento encerra citando graça do Senhor Jesus Cristo.

 Há 8.000 vezes a palavra “Senhor”;


 A volta de Jesus é citada 1845 vezes;
 O Autor da Bíblia é Deus;
 O Intérprete da Bíblia é o Espírito Santo;
 O assunto central da Bíblia é Jesus Cristo;
 A Bíblia é o livro mais editado do mundo;
 A Bíblia é o livro mais lido do mundo;
 Não existem duas Bíblias: Ela é uma só.

Existem, aproximadamente, 2.800 línguas e 3.000 dialetos, mas a Bíblia já


foi vertida, em parte, em 1.500 línguas e dialetos. A Bíblia inteira só está traduzida em
cerca de 300 línguas.

A Bíblia foi escrita num período de 1.500 anos, por uns 40 autores, e contém
66 livros, 1.189 capítulos, 31.173 versículos e cerca de 3 milhões de letras.

 Está dividida em duas partes: ANTIGO e NOVO Testamento.


 Composição em livros: 66, sendo 39 no Antigo e 27 no Novo Testamento. O
maior livro é o de Salmos e o menor é III João.
 Divisão em capítulos: são 1.189 capítulos, sendo 929 no Antigo 260 no Novo
Testamento. Foi dividida em capítulos em 1.250 por HUGO DE SANCTO CARO
(Dominicano).
 Divisão em versículos: são 31.173 versículos, sendo 23.214 no Antigo e 7.959
no Novo Testamento. O maior versículo está em Ester 8v9 e o menor está em
Ex. 20v13 (ARC); em Lc. 20v30 (TRBR); em Jó 3v2 (ARA), isto depende da
versão.

A divisão em versículos se deu em duas etapas: O Antigo Testamento em


1.445 pelo RABI NATHAN; e o novo em 1.551, sendo esta a VULGATA LATINA.

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O ANTIGO TESTAMENTO

Escrito em hebraico, com poucas exceções. Esta era a língua do povo de


Israel e é chamada “a língua judaica” (II Rs. 18v26).

Foi falada e escrita pelos hebreus até o cativeiro, quando adotaram a língua
aramaica ou siriaca, a qual, é um dialeto de hebraica.

O Antigo Testamento está dividido em 4 grupos:

LEI: São os cincos primeiros livros, também chamado de PENTATEUCO. Tratam da


criação da lei. Os livros são os seguintes:

GÊNESIS Princípio ou origem


ÊXODO Saída
LEVÍTICO Conjunto de leis
NÚMEROS Estatística
DEUTERONÔMIO Repetição das leis

Destacamos as CINCO FESTAS judaicas contidas no Pentateuco as quais,


tem significação toda especial hoje:

PÁSCOA Crucificação (I Co. 5v7)


PRIMÍCIAS Ressurreição (I Co. 15v20)
PENTECOSTES Batismo com o Esp. Santo (At. 2)
TROMBETAS Arrebatamento da Igreja (I Co. 15v51e52)
TABERNÁCULOS Eternas moradas com Cristo (Jo. 14v2)

HISTÓRICOS: 12 livros (Josué a Ester) contém a história do povo escolhido (ISRAEL).

JOSUÉ (Jeová é alvação) Capitão da nossa Salvação


JUÍZES (idem) Juiz Libertador
RUTE (vistosa) Nosso Resgatador
I SAMUEL (ovelha) Nosso Rei
II SAMUEL (idem) Nosso Rei
I REIS (rei) Nosso Rei
II REIS (idem) Nosso Rei
I CRÔNICAS (idem) Nosso Rei
II CRÔNICAS (idem) Nosso Rei
ESDRAS (auxílio) Nosso Restaurador
NEEMIAS (Jeová onsolou) Nosso Restaurador

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ESTER (estrela) Nosso Advogado

POÉTICOS: 05 livros (Jó a Cantares) são assim chamados devido ao gênero


literário.

JÓ (voltado para Deus) Meu Redentor


SALMOS Nosso Tudo em Todos
PROVÉRBIOS (a finalidade da vida) Nossa Sabedoria
ECLESIÁSTES (idem) Nosso Pregador
CANTARES DE SALOMÃO Quem ama nossa alma

PROFÉTICOS: 17 livros (de Isaías a Malaquias); estão subdivididos em dois grupos:

1. Profetas maiores (Isaias a Daniel) - 5 livros


2. Profetas menores (Oséias a Malaquias) - 12 livros

NOME DOS LIVROS JESUS REPRESENTADO SIGNIFICADO DA


PALAVRA
ISAÍAS O Messias Jeová salvou
JEREMIAS Renovo de Justiça Jeová estabelece
LAMENTAÇÕES Renovo de Justiça Jeová estabelece
EZEQUIEL Filho do Homem Deus é fortaleza
DANIEL Pedra que Esmiúça Deus é meu juiz
OSÉIAS Encaminha o Desviado Salvo
JOEL O Restaurador Jeová é Deus
AMÓS O divino Lavrador Fardo
OBADIAS Nosso Salvador Que adora Jeová
JONAS Nossa Ressurreição e Pomba
Vida
MIQUÉIAS Testemunhas Contra Quem é semelhante
Nações Rebeldes
NAUM Fortaleza na Angústia Compassivo
HABACUQUE Deus na Minha Salvação Abraço
SOFONIAS Senhor Zeloso Jeová escondeu
AGEU Desejado das Nações Festivo
ZACARIAS Renovo de Justiça Jeová se lembrou
MALAQUIAS Sol da Justiça Meu mensageiro

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PANORAMA DA HISTÓRIA BÍBLICA

PERÍODO BÍBLICO LIDERES


Da criação ao Cativeiro (1300
Adão, Noé, Abraão, Isaque, Jacó e o José
anos)
Êxodo e a conquista de Canaã
Moisés, Arão, Miriã, Josué e Calebe
(de 1300 a 1200)
Otoniel, Jair, Eúde, Tola, Sangar, Jefté, Débora, Ibzã,
Os Juizes (de 1200 à 1020) Gideão, Elom, Abimeleque, Eli, Abdom,
Sansão, Baraque e Samuel.
Saul - 1.060 (40 anos)
Reino Unido (de 1.060 à 980) Davi - 1.020 (40 anos)
Salomão - 980 (40 anos)

PROFETA
REI DE JUDÁ PROFETA DE JUDÁ REI DE ISRAEL DE
ISRAEL
Reoboão
Aias Jeroboão (922 – 901) Amós
(922 – 915)
Abião (915 – 913) Ido Nadabe (901 – 900)
Asa (913 – 873) Azarias, Hanani Bassa (900 – 877) Aías
Josafá (873 – 849) Jeú Ela (877 – 876)
Jeorão (849 – 842) Zinri (876 (7 dias))
Acazias
Elizeu Onri (876 – 869) Miquéias
(842 (1 ano))
Atalia (842 – 837) Acabe (869 – 850) Elias
Joás (837 – 800) Zacarias Acazias (850 – 849) Elias
Azarias (800 – 783) Jorão (849 – 942) Elizeu
Uzias (783 – 742) Isaías, Oséias, Amós Jeú (842 – 815) Elizeu
Jotão (742 – 735) Isaías, Oséias Jeoacaz (815 – 801) Jonas
Acaz (735 – 715) Miquéias, Isaías, Oséias Joaz (801 – 786) Elizeu
Ezequias
Miquéias, Isaías, Oséias Jeroboão II (786 – 746) Oséias
(715 – 689)
Manassés
Isaías Zacarias (746 – 745) Joel
(687 – 642)
Amom Salum (745 (1 mês))

Dê-me, Senhor, agudeza para entender, capacidade para reter, método e faculdade para aprender, sutileza para interpretar,
graça e abundancia para falar, acerto ao começar, direção ao progredir e perfeição ao concluir... 14

São Tomás de Aquino


ITESP – RABONI
Instituto Teológico de Ensino Superior e Pesquisa
(642 – 640)
Josias (640 –
Jeremias, Zacarias Menaém (745 – 738)
609)
Jeoacaz
Jeremias Pecaías (738 – 737)
(609 (13 meses))
Jeoiaquim
Habacuque Peca (737 – 732)
(609 – 598)
Jeoiaquim II
Jeremias Oséias (732 – 724
(609 – 598)
Zedequias
Jeremias
(597 – 587)

A BÍBLIA SAGRADA – O VELHOTESTAMENTO

PENTATEUCO
Gênesis
Êxodo
05 LIVROS
Levítico
Números
Deuteronômio

LIVROS HISTÓRICOS
Josué
Juizes
Rute
I e II Samuel
I e II Reis 12 LIVROS
I e II Crônicas
Esdras
Neemias
Ester

LIVROS
POÉTICOS

Salmos 05 LIVROS
Provérbios
Eclesiastes
Cantares de
Salomão
LIVROS
PROFÉTICOS
Isaías 17 LIVROS
Jeremias
Lamentações de
Jeremias

Dê-me, Senhor, agudeza para entender, capacidade para reter, método e faculdade para aprender, sutileza para interpretar,
graça e abundancia para falar, acerto ao começar, direção ao progredir e perfeição ao concluir... 15

São Tomás de Aquino


ITESP – RABONI
Instituto Teológico de Ensino Superior e Pesquisa

Ezequiel
Daniel
Oséias
Joel
Amós
Obadias
Jonas
Miquéias
Naum
Habacuque
Sofonias
Ageu
Zacarias
Malaquias

As línguas originais da Bíblia: O Aramaico era a língua do Povo, que foi


Dê-me, Senhor, agudeza para entender, capacidade para reter, método e faculdade para aprender, sutileza para interpretar,
graça e abundancia para falar, acerto ao começar, direção ao progredir e perfeição ao concluir... 16

São Tomás de Aquino


-LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO:
1. Genesis: Criação; Adão e Eva; queda; Abel e Caim; Ncé e dilúvio.

2. Genesis: Torre de Babel, AbrcÍÍo, lsaque, Jacó e Esaú, José do Egito.

3. Êxodo: Nascimento de Moi s.encontro na sarça ardente, as dez pragas

4. Êxodo: abertura do mar vermelho, Sinai e os 1O mandamentos, o Tabericulo

5. Levítico: o sistema de sacrifcios, sacerdotes e suas tarefas, leis da impureza

6. Levítico: código de santidade, ofertas para o Taberráculo

7. Números: instn.ções para a viagem do Sinai, os 12 espias

8. Números: Josué (Oséias) e Calebe, relato da viagem do Sinai.

9. Deuteronômio: relembrando o povo, os discursos de Moiés

10. Deuteronômio: palavras finais de Moi s. sua morte e seu sucessor

11. Josué: preparação da herarça, os dois espias, Raabe, possuindo a hera!!fa, o povo
obedece- queda da muralha de Jericó.

12. Josué: compartilhando a herarça (conquista e repartção das terras), discurso final
e morte de Josué.

13. Juízes: as condções em Canaã após a morte de Josu um governo descentralizado

14. Juízes: ciclo de queda, arrependimento e volta a submisão de Deus, a história dos
juízes (Débora e Baraque, Gideão, Jéfte, Sansão e outros), apostasia e situa;:ão
alarmante do tempo dos júzes).

15. Rute: uma famlia hebraica em Moabe, uma mulher humildade no campo da colheita.

16. Rute: um matrimmio planejado, parente e remidor (Boaz tipificando a Cristo)

17. 1 Samuel: renovação sob Samuel o ultima juiz, surge a monarquia

18. 1 Samuel: o reinado de Saul, a unific ão das tribos, vitórias de Saul, decínio de Saul e
sua rejeição, a ascensão de Davi, morte do rei Saul.

19. li Samuel: os triunfos de Davi (patices, espirituais e militares

20. li Samuel: as transgress:Ses de Davi, os problemas de Davi (na sua casa e em seu
reino)
21. I Crônicas: as raízes do povo de Deus, a genealogia de Israel

22. I Crônicas: o reinado do rei Davi, seus valentes, seus feitos e suas ultimas
declarações.

23. II Crônicas: o período do governo de Salomão, suas conquistas e seus escritos, sua
morte.

24. II Crônicas: o reino dividido, Roboão e Jeroboão, os reis de Judá, o cativeiro


babilônico e o retorno de Judá.

25. Esdras: O retorno sob a liderança de Zorobabel, o processo de reconstrução do


templo

26. Esdras: O retorno sob a liderança de Esdras, a reforma de Esdras

27. Neemias: do exílio à reconstrução das muralhas de Jerusalém, Esdras e Neemias


trabalham juntos para estabelecer o povo.

28. Neemias: o verdadeiro arrependimento e a justificação, a oração final de Neemias

29. Ester: a rainha Vasti e o rei Assuero, uma nova rainha é escolhida, Ester e Mardoqueu, a
vida do rei é salva, o plano contra os judeus.

30. Ester: Mardoqueu é exaltado, Hamã é enforcado, os judeus são salvos, a festa de
Purim.

31. Jó: introdução de Jó, o desafio de Deus e Satanás, as desventuras de Jó, sua
condição miserável, sua esposa; dialogo com seus 3 amigos, desabafo final de Jó

32. Jó: Eliú desafia Jó, a resposta de Deus num redemoinho, a resposta de Jó, final
glorioso de Jó.

33. Salmos: separação dos livros de salmos (I a V), compositores (Davi, Asafe e outros),
Livros I e II.

34. Salmos: livros III a V.

35. Provérbios: os contrastes dos tema de provérbios, a antítese como ferramenta,


introdução

36. Provérbios: avisos de um pai e conselhos sobre a sabedoria, sabedoria em oposição


a loucura, provérbios de Salomão, de Agur e do rei Lemuel.

37. Eclesiastes: Introdução do livro, Salomão o homem de grandes feitos, a vaidade das
coisas terrenas

38. Eclesiastes: o problema da vaidade, coisas inúteis do cotidiano humano, a sabedoria


e sua aplicação prática, o temor a Deus como resposta.

39. Cantares: o amor entre a noiva e o noivo, contos e cenas de abertura, a busca por
uma abertura.
40. Cantares: a busca por mutualidade e unidade, cenas de resumos e realizações, meu
amado é único.

41. Isaías: o profeta messiânico, profecia de denuncia e convite, morte de Uzias, o


templo o trono, a comissão de Isaías.

42. Isaías: profecias contra Israel e seus opressores, o procedimento de Deus com
Ezequias, as promessa de consolo e paz, o Emanuel, o servo sofredor.

43. Jeremias: o chamado de Jeremias, o profeta do juízo, discursos de Jeremias,


contexto histórico

44. Jeremias: julgamentos e sofrimentos de Jeremias (o profeta da lágrimas), oráculos


contra as nações estrangeiras, situação histórica do momento.

45. Lamentações: os sofrimentos e de Israel e seus motivos, lamentações em forma de


poemas

46. Lamentações: os poemas de Jeremias.

47. Ezequiel: um dos profetas do cativeiro, visão e chamada dele, profecias sobre a
destruição de Jerusalém

48. Ezequiel: profecias da ruína das nações estrangeiras, profecias de restauração de


Jerusalém

49. Daniel: as convicções religiosas de Deus, o primeiro sonho de Nabucodonosor, a


libertação da fornalha ardente, o segundo sonho de Nabucodonosor e seu exílio, a
festa blasfema de Belsazar

50. Daniel: o profeta na cova dos leões, a primeira visão de Daniel, a segunda visão de
Daniel e a interpretação de Gabriel, a profecia das 70 semanas, a visão final de Daniel;
Miguel e os principados da Pérsia e da Grécia.

51. Oséias: o profeta e sua esposa Gomer

52. Oséias: o Senhor de Israel

53. Joel: a mão do Senhor no presente

54. Joel: o dia do Senhor no futuro

55. Amós: julgamento sobre as nações, oráculos contra Israel

56. Amós: visões de julgamento, a restauração de Israel

57. Obadias: o decreto do Senhor, as condenações de Edom

58. Obadias: o dia do Senhor, as ações divinas a favor do seu povo

59. Jonas: a retirada ordenada, o retorno providencial

60. Jonas: a renovação bem sucedida, uma reação negativa


61. Miquéias: quem é como o Senhor? A dramática cinda do Senhor em julgamento, a
condenação dos lideres feita por Deus.

62. Miquéias: a vinda do reino universal do Senhor, apresentação da peleja do Senhor, a


salvação como esperança do povo

63. Naum: o veredicto de Deus

64. Naum: a vitória de Deus

65. Habacuque: as perguntas de um profeta revoltado, a reposta de Deus

66. Habacuque: o avivamento necessário, a oração e o cântico do profeta

67. Sofonias: o dia do julgamento contra Judá, o dia do Senhor, um chamado ao


arrependimento

68. Sofonias: o dia do julgamento das nações vizinhas, o dia do julgamento contra
Jerusalém, um remanescente fiel

69. Ageu: aplicai vosso coração aos vossos caminhos, esforçai e trabalhai

70. Ageu: Deus os abençoara, a glória da ultima casa.

71. Zacarias: um chamado ao arrependimento, as 8 visões, a coroação do sumo


sacerdote

72. Zacarias: arrependimento ou religiosidade? A restauração de Sião, o triunfo de Sião

73. Malaquias: o amor do Senhor por Israel, o fracasso dos sacerdotes, a infidelidade do
povo

74. Malaquias: o dia do julgamento, a benção no contribuir (a falta de mantimento na


casa do Senhor e o abandono das funções sacerdotais) destino do ímpio e do justo,
exortação e promessa.
Antigo testamento (AT) é o nome que os cristãos dão ao conjunto das Escrituras Sagradas do
povo de Israel. Esses livros, originalmente escrito em hebraico, fazem parte também da Bíblia
Sagrada dos cristãos. O Antigo Testamento fala sobre a antiga aliança de Deus, por meio dos
patriarcas e de Moisés, fez com o seu povo. Já o Novo Testamento trata da nova aliança que Deus,
por meio de Jesus Cristo, fez com o seu povo.

Os israelitas agrupam os livros do antigo Testamento em três divisões:

1- Lei: A Lei agrupa os primeiros cinco livros do AT.

2- Profetas: Os profetas têm duas divisões: Os Profetas Anteriores (de Josué a 2Reis), e os
Posteriores (Isaias a Malaquias). Os profetas de Oséias a Malaquias recebem dos israelitas o nome
de “O Livro dos Doze”.

3- Escritos: fazem parte desta divisão os seguintes livros: Salmos, Jó, Provérbios, Rute, Cântico dos
Cânticos, Eclesiastes, Lamentações, Ester, Daniel, Esdras, Neemias e Crônicas.

As três divisões correspondem à ordem histórica em que os seus livros foram aceitos
como autorizados a fazerem parte do cânon dos israelitas. “Cânon” é a coleção de livros aceitos
como Escrituras Sagradas.

As Igrejas Cristãs seguem, em geral, um arranjo diferente do dos israelitas, mas os livros são
os mesmos, em número de trinta e nove. Essa ordem se encontra nas antigas versões gregas e
latinas usadas pela igreja primitiva.

Os primeiros cinco livros do AT são chamados de “Pentateuco” ou “Os Livros da Lei”. A


palavra “Pentateuco” quer dizer “cinco volumes”. Eles falam sobre a criação do mundo e da
humanidade e contam a história dos hebreus, começando com a chamada de Abraão e continuando
até a morte de Moisés, que aconteceu quando o povo de Israel estava para entrar em Canaã, a Terra
Prometida.

Os doze livros seguintes, de Josué até Ester, são livros históricos, que narram os principais
acontecimentos da história de Israel desde a sua entrada na Terra Prometida até o tempo em que as
muralhas de Jerusalém foram reconstruídas, depois da volta dos israelitas do cativeiro. Isso
aconteceu uns quatrocentos e quarenta e cinco anos antes do nascimento de Cristo.

Os livros de Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos e Lamentações de


Jeremias são chamados de Livros Poéticos.

Os últimos dezessete livros do AT contêm mensagens de Deus anunciadas ao povo de Israel


pelos profetas. Esses mensageiros de Deus condenavam os pecados do povo, exigiam o
arrependimento e prometiam as bênçãos divinas para as pessoas que confiassem em Deus e
vivessem de acordo com a vontade dele. Es livros estão divididos em dois grupos: Profetas Maiores
(Isaias a Daniel) e Profetas Menores (Oséias a Malaquias).

Algumas versões antigas, tais como a Septuaginta, em grego, e a Vulgata, em latim, incluem
no AT alguns livros que não se encontram na Bíblia Hebraica de Israel. Esses livros foram escritos no
período intertestamentário. A Igreja Romana os aceita e os chama de “Deuterocanônicos”, isto é,
pertencem a um “segundo cânon”. São eles: Tobias, Judite, Ester Grego, 1 e 2 Macabeus, Sabedoria,
Eclesiástico, Baruque, Carta de Jeremias e os acréscimos a Daniel, que são a Oração de Azarias e as
histórias de Suzana, de Bel e do Dragão.
Os trinta e nove livros que compõem o AT foram escritos durante um período de mais de mil
anos. As histórias, os hinos, as mensagens dos profetas e as palavras de sabedoria foram agrupadas
em coleções, que, com o tempo foram juntadas e aceitas como escritura sagrada.

Alguns livros de história que são mencionados no AT se perderam. São eles: Livro do Justo
(Js 10.13), a História de Salomão (1Rs 11.41), a História dos Reis de Israel (1Rs 14.19) e a História
dos Reis de Judá (1Rs 14.29).

Os livros de Salmos e de Provérbios são obra de vários autores.

Para o povo de Israel conhecer o autor de determinado livro das Escrituras não era tão
importante como reconhecer que se tratava de livro que tinha sido escrito por inspiração divina e que
continha mensagem ou mensagens de valor permanente a respeito de Deus e de seus
relacionamentos com o povo de Israel em particular e com os povos do mundo em geral. São
variadas e divididas as opiniões dos estudiosos das Escrituras quanto à autoria de cada livro em
particular.

Prosa e Poesia no Antigo Testamento

Boa parte do AT está escrita em prosa. Estão escritos em prosa os relatos da vida de pessoas,
como se pode ver em Gênesis e Rute. Outros livros narram a história de Israel, por exemplo, Êxodo 1-
19, partes de Números, Josué, Juizes, Samuel, Reis, Crônicas, Esdras, Neemias e Ester. Estão em
prosa os registros das leis dadas por Deus a Israel, bem como os assuntos relacionados ao culto. O
Livro de Deuteronômio consta principalmente de discurso pronunciados por Moisés.

Há livros de profetas escritos em prosa, como, por exemplo, Jeremias (boa parte), Ezequiel,
Daniel e os profetas menores, menos Naum e Habacuque. Nos livros de Provérbios e Eclesiastes,
aparece uma forma especial de prosa apropriada à literatura de sabedoria.

Há vários livros e partes de livros que foram escritos em forma de poesia. A poesia hebraica
se expressa de uma forma especial chamada de paralelismo. As características desse tipo de poesia
são tratadas em Salmos, ela se chama litúrgica, porque os Salmos forma escritos para serem usados
no culto. O livro de Jó também é poético. Há livros proféticos que empregam a linguagem poética,
como Isaías, partes de Jeremias, Lamentações, Naum e Habacuque.

Incluindo-se os territórios dos dois lados do rio Jordão, o Israel antigo ocupava uma área de
mais ou menos 16.000 km quadrados. De norte a sul, isto é, de Dã até Berseba, a distância era de 240
km. De leste a oeste, isto é, de Gaza até o mar Morto, a distância é de 86 km. Mas é impressionante o
fato de que um país tão pequeno tenha exercido uma influência religiosa tão poderosa que se estende
pelo mundo inteiro até hoje.

Os vizinhos mais próximos de Israel eram, no litoral, os filisteus e os fenícios; ao norte,


estavam os heteus e os arameus (sírios); a leste do Jordão, habitavam os amonitas e os moabitas; e,
ao sul, os edomitas. Os vizinhos mais distantes eram o Egito e a Assíria.

Durante o período da conquista dos Juízes, o país foi dividido pelas tribos de Israel. No
período do Reino unido, a capital era Jerusalém. Após a divisão a capital de Judá (Reino do Sul), era
Jerusalém e capital de Israel (Reino do Norte), era Samaria.

Na terra de Israel, observam-se quatro zonas paralelas, na direção norte-sul. A primeira zona é
a planície costeira. A segunda, no centro, é a região montanhosa. A terceira é o vale do Jordão, rio que
desemboca no mar Morto. E a quarta é o planalto onde hoje está a Jordânia.

Os Israelitas dividiam o ano em duas estações. No verão, fazia calor e se colhiam frutas; no inverno,
terminavam as colheitas, chovia e fazia frio.
A história do povo de Deus no AT divide-se em oito períodos.

1º Período: De mais ou menos 1900 a 1700 aC, e nele viveram os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.

2º Período: Escravidão no Egito e êxodo, mais ou menos de 1250 a 1030 aC. O líder nesse período é
Moisés.

3º Período: Conquista e posse de Canaã, mais ou menos de 1250 a 1030 aC. O povo é comandado
por Josué e pelos Juízes. O último juiz foi Samuel.

4º Período: O Reino unido, mais ou menos de 1030 a 932 aC. O povo é governado por três reis: Saul,
Davi e Salomão.

5º Período: O Reino dividido, de 931 a 586 aC. O Reino de Israel, ao norte, durou 200 anos. Samaria,
sua capital, caiu em 722 aC. Conquistada pelos assírios. O Reino de Judá, ao sul, durou 345 anos,
tendo chegado ao fim com a conquista de Jerusalém pelos babilônios em 587 ou 586 aC.

6º Período: O período do cativeiro, também chamado de exílio, começou em 722, com a conquista de
Samaria. Os moradores do Reino do norte foram levados como prisioneiros para a Assíria. 136 anos
depois, em 587 ou 586, Jerusalém foi conquistada, e os moradores do Reino do sul foram levados
para a Babilônia.

7º Período: A volta do povo de Deus à Terra Prometida começou em 538 aC, por ordem de Ciro, rei da
Pérsia, que havia dominado a Babilônia. Vários grupos de judeus voltaram para a terra de Israel,
ficaram morando nela e reconstruíram o templo (520 aC) e as muralhas de Jerusalém (445-443 aC).

8º Período: É o intertestamentário, isto é, o que fica entre o fim do Antigo Testamento e o começo do
Novo Testamento. Ele vai de Malaquias, o último profeta, que profetizou entre 500 e 450 aC, até o
nascimento de Cristo. Este período é chamado de helenístico por causa do domínio e da cultura grega.
O rei grego Alexandre, o Grande, começou a governar Israel em 333 aC.

De 323 a 198, o governo foi exercido pelos ptolomeus, descendentes de um general de


Alexandre. De 198 a 166, o domínio foi dos selêucidas, descendentes de um general de Alexandre que
havia governado a Síria. De 166 a 63, Israel viveu 123 anos de independência, sendo o país governado
pelos asmoneus, que eram descendentes de Judas Macabeu, o líder da libertação de Israel. Em 63 aC,
Jerusalém caiu em poder dos romanos e passou a fazer parte do Império Romano. O governo em
Israel era exercido por reis nomeados pelo Imperador de Roma. Um desses reis foi Herodes, o Grande,
que governou de 37 a 4 aC.

O Antigo Testamento registra a experiência que os seus autores e o povo de Israel tiveram
com Javé, o verdadeiro Deus. As nações vizinhas tinham vários deuses e deusas, que eram adorados
na forma de imagens (ídolos). A crença de Israel era diferente. Javé era o único Deus de Israel, e dele
não se faziam imagens. Javé era o Deus único, Criador e Senhor do Universo. Ele era um Deus vivo e
salvador, sempre vivendo com o seu povo.

Esse Deus impunha aos seus adoradores leis e normas morais que tinha em vista um
procedimento correto nos relacionamentos da vida. E havia leis sociais que protegiam interesses das
outras pessoas, inclusive as marginalizadas, e do povo como um todo. Javé perdoava as pessoas que
quebravam suas leis. Mas o perdão era somente concedido na condição de as pessoas se
arrependerem, confessarem os seus erro e se disporem a corrigir-se. As pessoas que permaneciam
em pecado, eram julgadas por Deus e castigadas.

Javé fez com o povo de Israel uma aliança, pela qual ele prometeu ser o Deus de Israel; e o
povo, por sua vez, prometeu ser fiel a Deus, disposto a seguir e obedecer às suas leis. Essa doutrina
fundamental da crença do povo de Israel é complementada por estas palavras que Jesus pronunciou
na ocasião da instituição da Ceia: “Este cálice é a nova aliança feita por Deus com o seu povo, aliança
que é garantida pelo meu sangue, derramado em favor de vocês” (Lc 22.20).

Por meio de símbolos e de profecias, o AT preparou o povo de Deus para a vinda do Messias,
aquele que Deus iria enviar a fim de trazer a salvação completa para as pessoas.

Para se entender bem o Novo Testamento, é necessário recorrer ao AT, porque este forma a
base para os ensinamentos encontrados no Novo Testamento. Mas nem todo os ensinamentos
encontrados no AT têm validade para os cristãos. O cristão lê o AT com a luz que vem da maneira de
Jesus interpretá-lo e completá-lo. Jesus disse: “Não pensem que eu vim acabar com a Lei de Moisés
ou com os ensinamentos dos profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido
completo” (Mt 5.17). E, logo adiante Jesus afirmou algo que é totalmente novo: “Vocês sabem o que
foi dito: ‘Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos.’ Mas eu lhes digo: ‘Ame os seus inimigos e
amem os que perseguem vocês’” (Mt 5.43,44). Essas palavras de Jesus sobre inimigos vão muito
além dos ensinamentos do AT sobre o assunto.

Os ensinamentos do AT sobre a lei, o culto, a conduta das pessoas, a sua vida, a sua morte e a sua
vida após a morte são entendidos e vividos pelos cristãos à luz da revelação completa e final que se
encontra no Novo Testamento.
LIVROS DO PENTATEUCO

GtNESIS
Autor: Tradicionalmente Moi s

Data: Cerca de 1440 a.e.

Autor

A tradição judaica lista Moires como o autor do Gênesis e dos outros quatro livros que o seguem,
juntos, estes livros o denominados de Pentateuco. Jesus disse:"Se vós crêsseis em Moisés,
creríeis em mim, porque de mim escreveu ele"(Jo 5.46) O próprio Pentateuco descreve MoiS?s como
alguém que escreveu extensivamente. Ver Ex 17.14; 24.4; Dt 31.24; At 7.22 nos conta quttvloisés foi
instruído em toda cencia dos egípcios." Nas notas que acompanham o texto RÍ>s observamos que
Gênesis emprega um bom rúmero de termos emprestados dos e!Í)cio, sendo este um fato que
sugere que o autor original tenha as suas origens no Egito, como era o caso de Moél..

Data

A data tradicional doêxodo do Egito se encontra no meio do <icimo quinto século a.e. 1Rs 6.1 afirma
que Salomão começou a construir o templo "no ano quatrocentos e oitenta, depois de sá"em os
filhos de Israel do Egito Entende-se que Salorrão tenha iniciado a constn.ção em cerca de 960 a.e.,
datando assim o êxodo em 1440 a.e. Desta forma MoiS?s redigiu o Êxodo depois de 1440 a.e.,
durante os quarenta anos no deserto.

Conteúdo

Gênesis inicia com a forma;:ão do sistema solar, os preparativos da terra para sua habit1;1ão, e a
criação da vida sobre a terra. Todos os oito atos da crição foram executados em seis dias.

Os dez captulos seguintes explicam as origens de muitas qualidades misteriosas da vida: a


sexualidade humana, o matrirrônio, o pecado, a doen;:a, as dores do parto, a morte, a ira de Deus, a
inimizade do ser humano contra o próprio ser humano e as disperã::>das raças e línguas sobre toda
a terra.

Iniciando no cap. 12, G!nesis relata o chamado de Abrciío e a inauguração do concerto de Deus com
ele, um concerto glorioso e eterno que foi renovado com !saque e Jaít. Gênesis é impressionante
pela forma caractenstica da sua narrativa, real;:ada pelo relato inspirador de JoS? e pela multiplica;:ão
do povo de Deus no Egito. Trata-se de uma ijão na eleição divina, conforme encontrado por Paulo em
Rm9.

Gênesis antecipa o NT de muitas maneiras: o próprio Deus pessoal, a Trindade, a institçio do


matrimônio, a seriedade do pecado, o julgamento divino e a justific1;1ão pela fé. A Árvore da Vida,
perdida em Gênesis, é restaurada em Ap 22.

Gênesis conclui com a renção de Jacó sobre Judá, de cuja tribo viria o Messias:"O cetro não se
arredará de Judá, nem o legislador dentre seus s. até que venha Sio; e a ele se congregarã::> os
povos" (49.1O). Muitos reculos e muitas lutas seguir-seão antes que esta profecia encontre o seu
cumprimento em Jesus.

Esboço de Gênesis

1. A história primitiva do ser humano 1.1- 11.32

• As narrativas da cria;:ão 1.1-2.5

• Criação dos céus, da terra, e da vida sobre a terra 1.1-2.3


 Criação do ser humano 2.4-25

 A queda do ser humano 3.1-24

 O mundo anterior ao dilúvio 4.1-5.32

 Noé e o dilúvio 6.1-9.29

 A Tabela das nações 10.1-32

 A confusão das línguas 11.1-9

 Genealogia de Abraão 11.10-32

II. Os patriarcas escolhidos 12.1-50.26

Abrão (Abraão) 12.1-23.20

 O chamado de Abraão 12.1-23.20

 A batalha dos reis 14.1-24

 O concerto de Deus com Abraão 15.1-21.34

 O teste de Abraão 22.1-24

Isaque 24.1-26.35

 A noiva de Isaque vem da Mesopotâmia 24.1-67

 A morte de Abraão 25.1-11

 Ismael, Esaú e Jacó 25.12-34

 Deus confirma seu concerto com Isaque 26.1-35

Jacó 27.1-35,29

 Jacó engana o seu pai 27.1-46

 A fuga de Jacó para Harã 28.1-10

 Deus confirma o concerto com Jacó 28.11-22

 O casamento de Jacó em Harã 29.1– 30.43

 O retorno de Jacó para Canaã 31.1-35.29

Esaú 36.1-43 / José 37.1-50.26

 A venda de José 37.1-40.23

 A exaltação de José 41.1-57

 José e os seus irmãos 42.1-45.28

 Jacó muda para o Egito 46.1-48.22

 5) A benção de Jacó e o seu sepultamento 49.1-50.21

 6) Os últimos dias de José 50.22-26


Autor: Tradicionalmente Moi s

Data: Cerca de 1400 a.e.

Autor

Moisés, cujo nome significa"tirado das águas", é a figura centra deÊxodo. Ele é o profeta hebreu que
liderou os israelitas em sua sáda do Egito. Êxodo é tradicionalmente atribúdo a ele. Quatro
passagens em Ex cão forte apoio à autoria mosaica de pelo menos boa parte do livro (17.14; 24.4,7;
34.27). Atrai.és de eventos variados e de encontros face a face com Deus, Moiss recebeu a
revelação daquelas coisas que Deus desejava que ele soubesse. Assim, atrcBS do processo de
inspiração do Espírito Santo, Moisés comunicou ao povo hebreu, tanto na forma oral como na escrita,
esta informação que lhe foi revelada.

Data

A Tradição conservadora data a morte de MoiS?s em algum temo ao redor de 1400 aC. Desta forma
provável que o Livro de Êxodo tenha sido compilado nos quarentas anos anteriores, durante a
caminhada pelo Deserto.

Contexto His1érico

Êxodo é a continuação do relato do Gênesis, mostrando o desenvolvimento dum pequeno grupo


familiar de setenta pessoas numa grande nção com milhões de pessoas. Os hebreus viveram no
Egito por 430 anos, sendo que a maior parte do tempo em regime de escravit:>. Êxodo registra o
desenvolvimento de Moi s , a libertação de Israel do seu cativeiro, a sua caminhada do Egito at o
monte Sinai para receber a lei de Deus e as instrções divinas a respeito da edifica;:ão do tabernáculo. O
livro termina com a constn.ção do tabernáculo como um lugar da habita;:ão de Deus.

Conteúdo

O Livro de Êxodo pode ser dividido em tês seções principais: a liberta;:ão miraculosa de Israel (1.1-
13.6), a jornada miraculosa a'é o Sinai (13.17-18.27) e as revel ões miraculosas junto ao Sinai (19.1-
40.38)

A primeira seçoo (1.1-13.6) inicia com os hebreus sendo oprimidos no Egito (1.10-14). Como qualquer
outro grupo sob presS3o, os hebreus reclamavam. A sua reclamai:ão chegou não somente diante dos
seus opressores, mas chegou aé o seu Deus (2.23-25). Deus ouviu o seu clamor e colocou em ão
um plano ora libera-los. Ele acompanhou esta libert ão através da seleção dum profeta chamado
Moisés (3.1-1O)

A libertação não ocorreu de forma instanánea; porém constituiu-se num processo. Um peíodo
considerável de tempo e dez pragas foram utilizadas pra ganha a liber ão dos hebreus das garras do
Faraó. As pragas realizaram duas coisas importantes: primeiro, elas demonstraram a superioridade
do Deus hebreu sobre os deuses e!Í)cios e, segundo, elas trouxeram liberdade aos hebreus.

A Segunda seçoo narra a jornada milagrosa a'é o Sinai (13.17-18.27). Quatro grandes eventos
ocorrem nesta seçoo. Primeiro, os hebreus testemunharam o poder miraculoso e libertador de Deus
(13.17-18.27). Quatro grandes eventos ocorrem nesta seçã. Primeiro, os hebreus testemunharam o
poder miraculoso e libertador de Deus (13.17-15.21). Segundo, eles experimentaram, de forma direta, a
capacidade que Deus tem de cuidar do seu povo (15.22-17.7). Terceiro, eles receberam proteçãem
vista dos seus inimigos, os amalequitas (17.8-16). Quatro, anGios com a tarefa de superviS3o foram
estabelecidos a fim de manter a paz entre o povo (18.1-27). Estes quatros grandes eventos ensinam
um conceito importante: a rrao de Deus es1á presente na vida do seu povo especial. Tendo
testemunhado a sua presença e conhecido a forma como Deus agiu em seu benefício, eles poderiam
ajustar as suas vidas ao seu jeito de ser a fim de continuar recebendo as suas bênçãos.

A última seção enfoca as revelações miraculosas junto ao Sinai (19.1-40.38). A libertação divina da
nação tem o objetivo especifico de edificar um povo pactual. Esta seção tem três
componentes principais. Primeiro, são dados os Dez mandamentos e todas aquelas instruções
que explicam em maiores detalhes como estes mandamentos devem transparecer na vida do
povo em aliança com Deus (19.1-23.19) Os resultados duma vida fora desta estrutura pactual
são demonstrados pelo incidente que envolveu o bezerro de ouro (32.1-35). Segundo, trata-se das
instruções referentes à edificação dum tabernáculo e do seu mobiliário (25.1-31.18). Terceiro, trata-
se da construção, de fato, do tabernáculo, do seu mobiliário, e da habitação da presença de
Deus no edifício após o encerramento da obra (35.4-40.33).

I. A libertação miraculosa de Israel 1.1-13.16

 A opressão dos israelitas no Egito 1.1-22

 O nascimento e a primeira parte da vida de Moisés 2.1-4.31

 O processo de libertação 5.1-11.10

 O episódio do êxodo 12.1-13.16

II. A jornada miraculosa até o Sinai 13.17-18.27

 A Libertação junto ao mar Vermelho 13.17-15.21

 A provisão para o povo 15.22-17.7

 A proteção contra os amalequitas 17.8-16

 O estabelecimento dos anciões supervisores 18.1-27

III. As revelações miraculosas junto ao Sinai 19.1– 40.38

 A chegada ao Sinai e a manifestação de Deus 19.1-25

 Os dez mandamentos 20.1-21

 O Livro da Aliança 20.22-23.19

 A proteção do Anjo de Deus 23.20-33

 Israel confirma o concerto 24.1-18

 Orientação a respeito do tabernáculo 25.1-31.18

 O bezerro de ouro 32.1-35

 Arrependimento e renovação do concerto 33.1-35.3

 A construção do tabernáculo 35.4-40.33


 A glória do Senhor enche o tabernáculo 40.34-38

Autor: Tradicionalmente Moisés

Data: Cerca de 1445 a.C.

O Livro de Levítico é o terceiro livro das Escrituras Hebraicas do AT atribuídos a Moisés. Em 1.1, o
texto se refere à palavra do Senhor, que foi proferida a Moisés do tabernáculo da assembléia; isso
forma a base de todo este livro das Escrituras. Os sacerdotes e levitas preservaram seu conteúdo.

Os sábios datam o Livro de Levítico da época das atividades de Moisés (datando mais antigamente
no séc. XV aC e a última alternativa no séc. XII aC) até a época de Esdras, durante o retorno (séc.VI
aC). A aceitação da autoria mosaica para Levítico dataria sua escrita por volta de 1445 aC. O livro
descreve o sistema de sacrifícios e louvor que precede a época de Esdras e relembra a instituição do
sistema de sacrifícios. O livro contém pouca informação histórica que forneceria uma data exata.

A teologia do Livro de Levítico liga a idéia de santidade à vida cotidiana. Ela vai além do assunto de
sacrifício, embora o cerimonial do sacrifício e a obra dos sacerdotes sejam explicados com grande
cuidado. O conceito de santidade afeta não somente o relacionamento que cada indivíduo tem com
Deus, mas também o relacionamento de amor e respeito que cada pessoa deve ter com o seu
próximo. O código de santidade permeia a obra porque cada indivíduo deve ser puro, pois Deus é puro
e porque a pureza de cada indivíduo é a base da santidade de toda a comunidade do concerto. O
ensinamento de Jesus Cristo—”Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho
também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12)- reflete o texto de Lv 19.18, “Amarás o teu
próximo como a ti mesmo”.

Em hebraico, o Livro de Levítico recebeu o nome de Vayikra, que significa “E ele chamou”. O título
hebraico é tirado da primeira palavra do livro, que era uma forma costumeira de dar nome às obras
antigas. O título “Levítico “ é derivado da versão grega da obra e significa “assuntos pertencentes aos
levitas”. O título é um pouco enganoso, uma vez que o livro lida com muito mais assuntos
relacionados à pureza, santidade, todo o sacerdócio, a santidade de Deus e a santidade na vida
cotidiana. A palavra “santo” aparece mais de oitenta vezes no livro.

Algumas vezes, o Livro de Levítico tem sido encarado como uma obra de difícil compreensão;
entretanto, de acordo com a tradição primitiva, foi o primeiro livro a ser ensinado para as crianças na
educação judaica. Ele lida com o caráter e a vontade de Deus especialmente em assuntos de
santidade, que os sábios judeus consideravam de importância primária. Eles sentiram que, antes de
proceder a outros texto bíblicos, as crianças deveriam, antes de mais nada, ser educadas sobre a
santidade de Deus e a responsabilidade de cada indivíduo pra viver uma vida santa. A Santidade (hebr.
Kedushah) é uma palavra-chave em Levítico, descrevendo a santidade da presença divina. A
santidade está sendo separada do profano, e santo é oposto do comum ou secular.

Outro tema principal do Livro de Levítico é o sistema sacrificial. Os holocaustos (hebr.olah) referem-
se ao único sacrifício que é totalmente consumido sobre o altar e, portanto, algumas vezes é
chamado de oferta queimada. As ofertas de manjares (hebr. Minchah) são uma oferta de tributo feita
a fim de garantir ou manter o favor divino, indicando que os frutos do trabalho de uma pessoa devem
ser dedicados a Deus. Os sacrifícios de paz ou das graças (hebr.shelamim) são designados para
fornecer expiação e permitem que a pessoa que faz a oferta como da carne do sacrifício. Isso
costumava acontecer em ocasiões de alegria. O sacrifício pelos erros (hebr.chatta’t) é empregado
para tirar a impureza do santuário. O sacrifício pelo sacrilégio (hebr. Asham), também conhecido
como oferta pela culpa ou oferta de compensação, é preparado para a violação da santidade da
propriedade de Deus ou de outras pessoas, normalmente pelo uso de um falso testemunho. Os erros
profanaram a santidade de Deus e é exigida uma oferta.

Além dos sacrifícios, o calendário litúrgico tem uma posição significativa no Livro de Levítico. O Ano
de Descanso refere-se à emancipação dos escravos israelitas e pessoa endividadas, bem como à
redenção da terra (ver também Ex 21.2-6; 23.10,11; Dt 15.1-18). O Ano de Jubileu refere-se ao fato de
que as terras de Israel, bem como o povo, pertencem a Deus e não a qualquer indivíduo. As terras,
portanto, devem ter um descanso depois de cada período de quarenta e nove anos (Lv 25.8-17), o que
ensina o domínio de Deus, a santidade de seu caráter e a necessidade de a congregação se aproximar
dele com pureza de coração e mente.

I. A descrição do sistema de sacrifícios 1.1-7.38

 As ofertas de manjares 2.1-6

 Os sacrifícios de paz ou das graças 3.1.17

 A Expiação do pecado 4.1-5.13

 O sacrifício pelo sacrilégio 5.14-6.7

 Outras instruções 6.8-7.38

II. O serviço dos sacerdotes no santuário 8.1-10.20

 A ordenação de Arão e seus filhos 8.1-36

 Os sacerdotes tomam posse 9.1-24

 O pecado de Nadabe e Abiú 10.1-11

 O pecado de Eleazar e Itamar 10.12-20

III. As leis das impurezas 11.1-16.34

 Imundícias dos animais 11.1-47

 Imundícias do parto 12.1-8

 Imundícias da pele 13.1-14.57

 Imundícias de emissão 15.1-33

 Imundícias morais 16.1-34

IV. O código de Santidade 17.1-26.46

 Matando por alimento 17.1-16

 Sobre ser sagrado 18.1-20.27

 Leis para sacerdotes e sacrifícios 21.1– 22.33

 Dias santos e festas religiosas 23.1-44


 Leis para elementos sagrados de louvor 24.1-9

 Punição para blasfêmia 24.10-23

 Os Anos do Descanso e do Jubileu 25.1-55

 Bênçãos por obediência e punição por desobediência 26.1-46

V. Ofertas para o santuário 27.1-34

Autor: Tradicionalmente Moisés

Data: Cerca de 1400 a.C.

Tradicionalmente, a autoria é atribuída a Moisés, a personalidade central do livro. Nm 33.2 faz uma
referência especifica a Moisés, registrando pontos sobre a viagem no deserto.

O título em português Números é tirado de seu título (arithmoi) na tradução grega do AT (a


septuaginta), seguido pela Vulgata (numeri). No texto hebraico, o nome do livro é No Deserto , tirado
da linha de abertura. “Falou mais o senhor a Moisés, no deserto do Sinai”.

Assumindo a autoria mosaica, provavelmente o livro tenha sido escrito por volta de 1400 aC., pouco
antes de sua morte. Os acontecimentos deste livro ocorrem durante cerca de 40 anos, começando
logo após o Êxodo, em 1400 aC.

A divisão dos livros de abertura do AT em cinco livros ou pergaminhos (chamado “o Pentateuco”,


significa “Cinco pergaminhos”) não deve obscurecer o fato de que cada um dos cinco livros é uma
continuação do precedente. Moisés, cujo nascimento é contato no Ex 2 e cuja morte é narrada em Dt
34, é a figura que une a história do Êxodo até Deuteronômio.

O Livro de Número continua o relato do período mosaico, que se inicia com o Êxodo. Começa com
Israel ainda no Sinai. A entrada dos israelitas no deserto do Sinai é registrada em Ex 19.1. Israel deixa
o Sinai em Nm 10.11.

Número tem duas divisões principais: 1) a seção contendo instruções enquanto ainda no Sinai (1.1-
10.10); 2) a viagem no deserto que cobre o itinerário do Sinai até as planícies de Moabe através do
Jordão da Terra Prometida (10.11-36-13). As instruções no Sinai lidam com a preparação para a
viagem, e o resto do livro conta a viagem em si.

As instruções no Sinai (1.1-10.10) cobrem uma variedade de tópicos, mas aqueles que lidam com o
preparo da viagem dominam. Os caps. 1-4 lidam com uma série de instruções para numerar (fazer o
censo de) vários grupos, seguido de um relatório de concordância com o mandamento. Os caps. 5-6
lidam com a imundície ritual, a infidelidade marital, e os nazireus. No cap. 7, os líderes do povo trazem
ofertas para o tabernáculo. O cap. 8 fala da consagração dos levitas. O cap.9 lida com a Páscoa e a
nuvem e o fogo; o motivo do preparo é reconsiderado em 10.1-10, onde são dadas instruções para
que sejam feitos sinais com as trombetas.

A seção de Nm que lida com a viagem (10.11-36.13) tem duas partes principais. Em primeiro lugar,
10.11-25.18 descreve a destruição de geração que vivenciou a libertação do Egito por meio do Senhor.
Os pontos-chave nesta parte são os relatos das queixas, rebeliões e desobediência da primeira
geração, que levou à morte deles.

A segunda subseção (26-36) narra a preparação da segunda geração para a entrada na Terra
Prometida. Começa com um novo censo (comparar com o cap. 1), observando que toda a primeira
geração, exceto Josué, Calebe e Moisés, morreu no deserto. Essa seção termina com a distribuição
da terra entre as tribos depois de elas terem entrado na Terra Prometida.

I. Instruções para a viagem do Sinai 1.1-10.10

 Relato sobre a tomada do censo 1.1-4.9

 Censo militar 1.1-2.34

 Censo não militar: levitas 3.1-4.49

 Instruções e relatos adicionais 5.1-10.10

 Cinco instruções 5.1-6.27

 Ofertas dos líderes 7.1-89

 Levitas dedicados 8.1-26

 Segunda Páscoa 9.1-14

 Direção pela nuvem e fogo 9.15-23

 As trombetas de prata 10.1-10

II. Relato da viagem do Sinai 10.11-36.13

 Rebelião e punição da primeira geração 10.11-25.18

 Relato da primeira marcha do Sinai 10.11-36

 Queixas do povo 11.1-3

 Ansiando por carne 11.4-35

 Desafio para Moisés 12.1-16

 Recusa a entrar na Terra Prometida 13.1-14.45

 Instruções relacionadas às ofertas 15.1-41

 Desafios à autoridade de Arão 16.1-18.32

 Leis da purificação 19.1-22

 A morte de Miriã e Arão 20.1-29

 Do monte Hor às planícies do Moabe 21.1-35

 Balaque e Balaão 22.1-25.18

 Preparo da nova geração 26.1-36.13

 Um novo censo 26.1-65


 Instruções relacionadas à herança, ofertas e votos 27.1-30.16

 Vingança sobre os midianitas 31.1-54

 As tribos da Transjordânia 32.1-42

 Itinerário do Egito até Moabe 33.1-49

 Instruções para a ocupação de Canaã 33.50-36.13

Autor: Tradicionalmente Moisés

Data: Cerca de 1400 a.C.

Deuteronômio identifica o conteúdo do livro com Moisés: “Estas são as palavras que Moisés falou a
todo o Israel” (1.1). “Moisés escreveu esta Lei, e a deu aos sacerdotes” (31.9) também pode ser
indício de que tenha escrito todo o livro. O nome de Moisés aparece quase quarenta vezes, e o livro
reflete claramente a personalidade de Moisés. O uso corrente da primeira pessoa do singular em todo
o livro apóia ainda mais a autoria mosaica.

Tanto a tradição judaica quanto a samaritana são unânimes em identificar Moisés como o autor.
Assim como Cristo, Pedro e Estevão também reconhecem Moisés como o autor do livro (mt 19.7,9;
Mc 10.3,4; At 3.22; 7.37)

O último capítulo, que contém o relato da morte de Moisés, foi escrito, provavelmente, por seu amigo
íntimo, Josué.

Moisés e os israelitas iniciaram o Êxodo do Egito por volta de 1440 aC. Chegaram à planícies de
Moabe, onde Deuteronômio provavelmente tenha sido escrito, em cerca de 1400 aC, na ocasião do
discurso do conteúdo do livro ao povo, “no mês undécimo, no primeiro dia do mês”, no ano
quadragésimo de sua peregrinação pelo deserto (1.3). Isso foi um pouco antes da morte de Moisés e
do início da liderança de Josué em guiar os israelitas a Canaã. Portanto, Dt cobre um período inferior
a dois meses, incluindo os trinta dias de lamento pela morte de Moisés

Moisés tinha então 120 anos, e a Terra Prometida estava a sua frente. Ele tirou os israelitas da
escravidão no Egito e os guiou pelo deserto para receber a lei de Deus no monte Sinai. Por causa da
desobediência de Israel em se recusar a entrar na terra de Canaã, a Terra Prometida, os israelitas
perambularam sem destino no deserto por trinta e oito anos. Agora se achavam acampados na
fronteira oriental de Canaã, no vale defronte de Bete-Peor, na região montanhosa do Moabe, de vista
para Jericó e a planície do Jordão. Quando os israelitas se preparavam para entrar na Terra
Prometida, depararam-se com um momento crucial em sua história - novos inimigos, novas tentações
e nova liderança. Moisés reuniu o grupo para lembrá-los da fidelidade do Senhor e para encorajá-los a
serem fiéis e obedientes ao seu Deus quando possuíssem a Terra Prometida.

Dt é uma série de recomendações de Moisés aos israelitas enquanto ele se prepara para morrer e
eles se aprontam para entrar na Terra Prometida. Embora Deus o tivesse proibido de entrar em Canaã,
Moisés experimenta um forte sentimento de antecipação pelo povo. O que Deus havia prometido a
Abraão, Isaque e Jacó séculos antes está prestes a se tornar realidade. Dt é proclamação de uma
segunda chance para Israel. A falta de fé e a infidelidade de Israel tinham impedido a conquista de
Canaã anteriormente. A maioria do povo junto de Moisés à entrada da Terra Prometida não tinha
testemunhado as cenas no Sinai; eles eram nascido e criados no deserto. Sendo assim, Moisés os
exorta trinta e cinco vezes para “entrar e possuir” a terra. Ele os recorda trinta e quatro vezes de que
essa é a terra que Deus lhes está dando.

Enquanto essa nova geração de israelitas se prepara para entrar na Terra Prometida, Moisés lhes
recorda com vivacidade a fidelidade de Deus por toda a história e os relembra de seu relacionamento
singular de concerto com o Senhor. Moisés percebe que a maior tentação dos israelitas na nova terra
será abandonar a Deus e cair na idolatria dos ídolos cananeus. Por conseguinte, Moisés está
preocupado com a perpetuação do concerto. Para preparar a nação para vida na nova terra, Moisés
expõe os mandamentos e os estatutos que Deus deu em seu concerto. A Obediência a Deus equivale a
vida, bênção, saúde e prosperidade. A desobediência equivale a morte, maldição, doença e pobreza. O
concerto mostrou aos filhos de Deus o caminho para viver em comunhão com ele e uns com os
outros. A mensagem de Dt é tão poderosa que é citada mais de oitenta vezes no NT.

I. O primeiro discurso de Moisés 1.1-4.43

 Introdução 1.1-5

 O passado recordado 1.6-3.29

 Um chamado à obediência 4.1-40

 Cidades de refúgio nomeadas 4.41-43

II. O segundo discurso de Moisés 4.44-26.19

 Exposição dos Dez Mandamentos 4.44– 11.32

 Exposição das leis cerimoniais 12.1-16.17

 Exposição da lei civil 16.18-18.22

 Exposição das leis criminais 19.1-21.9

 Exposição das leis sociais 21.10– 26.19

III. O terceiro discurso de Moisés 27.1– 30.20

 Cerimônia de retificação 27.1-26

 Sanções do concerto 28.1-68

 O juramento do concerto 29.1-30.20

IV. As palavras finais e a morte de Moisés 31.1– 34.12

 Perpetuação do concerto 31.1-29

 O cântico do testemunho 31.30-32.47

 A bênção de Moisés sobre Israel 32.48—33.29

 A Morte e a sucessão de Moisés 34.1-12


era sua maior aspiração; sofrer por ele era um privilégio. Seu principal desejo para seus leitores era de
que eles pudessem ter a mente de Cristo. Para sustentar sua exortação de humildade, o apóstolo
descreve a atitude de Cristo, que renuncia à glória dos céus para sofrer e morrer por nossa salvação
(2.5-11). Ao fazê-lo, ele apresenta a declaração mais concisa do NT em relação à pré-existência, à
encarnação e à exaltação de Cristo. São realçadas tanto a divindade quanto a humanidade de Cristo.

A obra do Espírito em três áreas é mencionada na carta. Primeiro, Paulo declara que o Espírito de
Jesus direcionará a realização do propósito de Deus em sus própria experiência (1.19). O Espírito
Santo também promove unidade comunicação com o corpo de Cristo (2.1). A participação
comum nele cria uma unidade de propósito e mantém uma comunidade de amor. Então, em contraste
com a observância ritual inerte dos formalistas, o Espírito Santo inspira e direciona o louvor dos
verdadeiros crente (3.3)

Introdução 1.1-11

Salvação 1.1-2

Ação de graças 1.3-8

Oração 1.9-11

I. Circunstância da prisão de Paulo 1.12-26

 Avançaram o evangelho 1.12-18

 Garantiram a bênçãos 1.19-21

 Criaram um dilema para Paulo 1.22-26

II. Exortações 1.27-2.18

 Vida digna do evangelho 1.27-2.4

 Reproduzir a mente de Cristo 2.5-11

 Cultivar a vida espiritual 2.12-13

 Cessar com murmúrios e questionamentos 2.14-18

III. Recomendações e planos pra os companheiros de Paulo 2.19-30

 Timóteo 2.19-24

 Epafrodito 2.25-30

IV. Advertências contra o erro 3.1-21

 Contra os judaizantes 3.1-6

 Contra o sensualismo 3.17-21

 Conclusão 4.1-23

 Apelos finais 4.1-9

 Reconhecimento das dádivas dos filipenses 4.10-20

 Saudações 4.21-22
As festas judaicas e os dias sagrados eram períodos de festividades e
observância religiosa que representavam importante significado na religião hebraica,
isso porque no Antigo Testamento, estes dias e períodos sagrados, foram
decretados por Deus ao povo de Israel. A maioria desses períodos sagrados eram
baseados em algum evento histórico significativo de Israel.

Essas festas, do hebraico hag (Lv 23:6; Dt 16:16), também eram chamadas de
“festas do Senhor” ou “solenidades do Senhor“, em hebraico mo’ade Yahweh (Lv
23:2,4; Nm 15:3). Sabemos que algumas dessas festas judaicas coincidiam com as
estações do ano, porém eram completamente diferentes das festas pagãs do Antigo
Oriente celebradas nas estações. Enquanto os rituais pagãos eram fundamentados
na ideia de que os deuses do panteão se banqueteavam com os homens, as festas
bíblicas enfatizavam que as estações eram obra do Criador, como manifestação de
sua benignidade para com o homem. Portanto, em tais festas judaicas do Antigo
Testamento, o intuito era reconhecer os benefícios concedidos por Deus como o
grande provedor de seu povo, além de relembrar o grande favor do Senhor nos atos
que Ele mesmo realizou em prol da libertação de seu povo escolhido. Isso fica claro
quando entendemos o significado que cada festividade possuía.

-Quais são as festas judaicas da Bíblia?

É importante conhecermos as festas judaicas citadas na Bíblia para que possamos


compreender da melhor maneira muitas passagens bíblicas que fazem referência a
elas. Abaixo, apresentaremos as principais festas judaicas e dias sagrados citados
Celebrada em 14 de Nisã (entre Março e Abril), com o propósito de lembrar a
libertação do povo de Israel do Egito. Na ocasião um cordeiro era morto e comido e
servido com ervas amargas e pães sem fermento (Êx 12:1-14; Lv 23:5; Jo 2:13).

No mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a páscoa do Senhor.(Levítico 23:5)

Celebrada entre 15 e 21 de Nisã (entre Março e Abril), com o propósito de


lembrar como os israelitas foram tirados por Deus às pressas do Egito. Eram
preparados pães sem fermento e reuniões de adoração eram realizadas (Êx 12:15-20;
13:3-10; Lv 23:6-8; Mc 14:1,12).

E aos quinze dias deste mês é a festa dos pães ázimos do Senhor; sete dias
comereis pães ázimos.(Levítico 23:6)

Celebrada em 16 de Nisã (entre Março e Abril), com o propósito de reconhecer


que os frutos da terra vinham de Deus e a colheita era fruto de sua benignidade. Na
ocasião os primeiros frutos das colheitas eram ofertados (Lv 23:9-14).

Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra, que vos hei
de dar, e fizerdes a sua colheita, então trareis um molho das primícias da vossa sega
ao sacerdote.(Levítico 23:10)

Celebrada em 6 de Sivã (entre Maio e Junho), com o propósito de mostrar


alegria e gratidão a Deus pela colheita obtida. Era realizada cinquenta dias depois da
oferta das primícias, e celebrava a colheita do trigo (Êx 23:16; Lv 23:15-21; At 2:1).

Até ao dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinquenta dias; então oferecereis
nova oferta de alimentos ao Senhor.(Levítico 23:16)

Celebrado em 1 de Tisri (entre Setembro e Outubro), com o propósito de


comemorar o início do ano civil. Esse era um dia de descanso e de fazer ofertas,
onde as trombetas e os chifres eram tocados o dia inteiro (Lv 23:23-25; Nm 29:1-6).

Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis
descanso, memorial com sonido de trombetas, santa convocação.(Levítico 23:24)

Celebrado em 10 Tisri (entre Setembro e Outubro), com o propósito de


oferecer sacrifícios pelos pecados dos sacerdotes e do povo e purificar o santuário.
Era um dia de descanso e jejum, onde sacrifícios eram oferecidos (Lv 16; 23:26-32; Hb
9:7).

Mas aos dez dias desse sétimo mês será o dia da expiação; tereis santa convocação,
e afligireis as vossas almas; e oferecereis oferta queimada ao Senhor.(Levítico 23:27)

Celebrado entre 15 e 21 de Tisri (entre Setembro e Outubro), com o propósito


de lembrar a peregrinação do povo de Israel pelo deserto. Consistia numa semana
de festa por causa da colheita dos frutos, o povo habitava em cabanas e oferecia
sacrifícios (Lv 23:33-36,39-43; Jo 7:2,37).

Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo será a festa dos
tabernáculos ao Senhor por sete dias. (Levítico 23:34)

Celebrado em 22 de Tisri (entre Setembro e Outubro), com o propósito de


comemorar o encerramento do ciclo de festividades. Era um dia de convocação,
descanso e oferta de sacrifícios (Lv 23:36; Nm 29:35-38).

Sete dias oferecereis ofertas queimadas ao Senhor; ao oitavo dia tereis santa
convocação, e oferecereis ofertas queimadas ao Senhor; dia de proibição é, nenhum
trabalho servil fareis.(Levítico 23:36)

Celebrada em 14 e 15 de Adar (entre Fevereiro e Março), com o propósito de


comemorar a libertação dos judeus no Tempo de Ester. Era um momento de grande
alegria e festividades, e o livro de Ester era lido (Et 9:18-32).

Também os judeus, que se achavam em Susã se ajuntaram nos dias treze e catorze
do mesmo; e descansaram no dia quinze, e fizeram, daquele dia, dia de banquetes e
de alegria. (Ester 9:18)

Celebrado a cada sete dias com o propósito de dar descanso para as pessoas
e os animais, afim de que o homem fosse renovado tanto física quanto
espiritualmente. Era um dia de descanso a qual ninguém poderia trabalhar (Êx 20:8-
11; Lv 23:3; Mt 12:1-14; Hb 4:1-11).

Seis dias trabalho se fará, mas o sétimo dia será o sábado do descanso, santa
convocação; nenhum trabalho fareis; sábado do Senhor é em todas as vossas
habitações. (Levítico 23:3)

Celebrado no primeiro dia do mês lunar com o propósito de celebrar o início


do mês lunar com festas religiosas. As atividades comerciais também eram
suspensas (Nm 10:10; 28:11-15; 1Sm 20:5-20; 2Rs 4:23; Am 8:5).

Semelhantemente, no dia da vossa alegria e nas vossas solenidades, e nos


princípios de vossos meses, também tocareis as trombetas sobre os vossos
holocaustos, sobre os vossos sacrifícios pacíficos, e vos serão por memorial perante
vosso Deus: Eu sou o Senhor vosso Deus. (Números 10:10)

Celebrado a cada sete anos com o propósito de dar descanso para a terra.
Durante o Ano Sabático as terras não eram cultivadas (Êx 23:10-11; Lv 25:1-22; Dt
15:1-18).

Também seis anos semearás tua terra, e recolherás os seus frutos; mas ao sétimo a
dispensarás e deixarás descansar, para que possam comer os pobres do teu povo, e
da sobra comam os animais do campo. Assim farás com a tua vinha e com o teu
olival. (Êxodo 23:10,11)

Celebrado a cada cinquenta anos com o propósito de ajudar os pobres e


preservar a ordem social. Ocorria a libertação dos escravos e a devolução das terras
aos donos originais (Lv 25:8-11; 27:17-24; Nm 36:4).

E santificareis o ano quinquagésimo, e apregoareis liberdade na terra a todos os


seus moradores; ano de jubileu vos será, e tornareis, cada um à sua possessão, e
cada um à sua família. (Levítico 25:10)

Além dessas festividades judaicas citadas no Antigo Testamento, vale


lembrar que também havia a festa extrabíblica de Hanukah, conhecida como “Festa
das Luzes” ou “Festa da Dedicação” (gr. enkainia) conforme João 10:22. Essa é uma
celebração em referência a recuperação e purificação do Templo de Jerusalém por
Judas Macabeu, em 164 a.C., após a profanação efetuada por Antíoco IV Epifânio.

E em Jerusalém havia a festa da dedicação, e era inverno. (João 10:22)

Apostila de Bibliologia – Médio em Teologia; ITESP RABONI, 2014 – Santa Gertrudes (SP)
Prof. Dr. Pr Anaildo João da Silva.

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