Pentateuco Itesp-NED
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ESTUDO DA BIBLIA
1
© ITESP RABONI, 2014– Santa Gertrudes (SP)
Trabalho realizado pelo Instituto Teológico de Ensino Superior e Pesquisas de Santa
Gertrudes (SP)
Cursos: MÉDIO
Disciplina: Pentateuco
Versão: julho/2014
Diretor: Prof. Dr. Pr. Anaildo João da Silva
Diretor Administrativo: Prof. Th. Bel. Pr. Jose Flávio das Neves Januário Diretor
Superintendente: Prof. Th. Bel. Dc. Sinvaldo Teixeira Nunes Jornalista: Pr. Anaildo
João da Silva Mtb: nº 0075731/SP
Coordenador Geral de EaD: Prof. Th. Bel. Pb. Cicero Moreira da Costa Coordenador de
Material Didático Mediacional: Prof. Th. Bel. Celso Lopes da Silva Corpo Técnico
Editorial do Material Didático Mediacional:
Preparação Revisão
Aline Moreira da Silva Pr. Cicero Moreira da Costa
Debora Moreira da Costa Pr. Pedro Gaspar
Debora Yanne Miranda da Silva Pr. Nedson Bento de Santana
João Batista Lino Revisão Projeto Gráfico, Diagramação e Capa
Alanna Moreira da Silva
Nelson Medson Souza de Jesus Alanna Moreira da Silva
Manoel Pereira da Silva
Joseilde Andradde Tavares da Silva Anaildo João da Silva
2
ITESP – RABONI
Instituto Teológico de Ensino Superior e Pesquisa
Dê-me, Senhor, agudeza para entender, capacidade para reter, método e faculdade para aprender, sutileza para interpretar,
graça e abundancia para falar, acerto ao começar, direção ao progredir e perfeição ao concluir... 3
Dê-me, Senhor, agudeza para entender, capacidade para reter, método e faculdade para aprender, sutileza para interpretar,
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estrangeirismo) dos hebreus que residiam nas colônias gregas de Alexandre e outras
partes.
O termo BIBLIA não aparece, senão nas capas, não o vemos através do
volume Sagrado. Foi primeiramente usado por Crisóstomo, no século IV. É derivada
de “Bíblos”, uma palavra grega que significa livros, coleção de livros pequenos.
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17.14). Apartir de então, os homens de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo e
registram a palavra falada.
Davi, Lucas, João, Paulo, etc, escreveram inspirados por Deus. Entretanto,
havia homens santos aos quais Deus falou, como Noé, Abraão e José, dos quais não
lemos que algum deles foram inspirados para escrever a Palavra de Deus. Deus
revelou-lhes sua vontade oralmente, numa maneira direta e pessoal, como também a
Adão, Caim, Abimeleque, Isaque, Jacó e muitos outros. Apesar de não existir a
Palavra de Deus escrita, Deus nunca ficou sem testemunhas, a saber:
AS SUAS OBRAS:
A CONSCIÊNCIA DO HOMEM:
Lemos em (Sl. 40.07): “No Rolo do Livro está escrito de mim”. E mais: “E
disse-me: Oh, Filho do homem, dá de comer ao teu ventre, enche as tuas entranhas
deste Rolo que eu te dou. Então o comi, e era na minha boca doce como o mel...” (Ez.
3.3).
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A BÍBLIA FIGURATIVA
O próprio objeto da revelação é Deus, nas relações que podem existir entre
Ele e as Suas criaturas. A Bíblia é a história da Redenção: é a história do mundo de
Deus, destinado a ser mais tarde o Reino do filho (Igreja).
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O MANUSCRITO VATICANO:
Está escrito na língua grega e data do século IV. É o mais conhecido do mundo. Uma
obra de 04 volumes com 700 páginas está escrita em 3 colunas cada página. Contém
quase a Bíblia inteira.
O MANUSCRITO SINAÍTICO:
Descoberto em 1844 pelo sábio alemão Dr. Tischendorf. Está em forma de um livro e
cada página contém quatro colunas, exceto os livros poéticos do Velho Testamento,
os quais tem somente duas. Faz parte da Biblioteca imperial em Leningrado e é o mais
precioso tesouro da Igreja grega.
O MANUSCRITO ALEXANDRINO:
É assim chamado por ter feito parte da Biblioteca em Alexandria. Foi também escrito
em grego e data do século IV. É composto de quatro volumes e tem duas colunas em
cada página. Acha-se atualmente no Museu Britânico, em Londres. Contém a Bíblia
inteira, exceto os seguintes trechos: (Gn. 14; 14v7; 15v1a5, 16a19; 16v6a9; I Rs. 12v18;
14v9; Salmos 49v20; 70v11; Mt. 1v1; 25v6; Jo. 6v50; 8v52; II Co. 4v13; 12v7).
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As bíblias de edição católica têm sete (7) livros a mais os quais foram
aprovados pela mesma Igreja no ano 1546, no Concílio de TRENTO.
Os livros APÓCRIFOS são: Tobias. Judite, Sabedoria de Salomão,
Eclesiástico, Baruque e I e II Macabeus. Portanto, a Bíblia católica tem 73 livros, sendo
66 Sagrados (canonizados) + 07 apócrifos (isto é: NÃO canonizados).
O porque dos livros apócrifos serem rejeitados pelos judeus, pela Igreja
Primitiva e ainda o são rejeitado pela Igreja Verdadeira, são os seguintes:
A Bíblia é uma coleção de escritos inspirados pelo Espírito Santo, cujo autor
é o próprio Deus. A Bíblia toda tem 66 livros, com cerca de 40 escritores, por um
período de 14 séculos aproximadamente, os quais não se conheceram; pertenciam a
diversas categorias sociais, tais como: estadistas e legisladores, como Moisés e
Daniel. Davi, que exerceu variadas atividades, foi pastor de ovelhas, poeta, músico,
soldado e rei; profetas, como Isaías, Jeremias, Zacarias; pescadores, como foram
Pedro, Tiago e João; coletor de impostos, no caso de Mateus; médico, como Lucas,
autor do livro de Atos dos Apóstolos e do evangelho que leva seu nome; doutor da lei,
como ocorreu com Paulo, Habacuque e Elias, eram agricultores e muito mais, de
continentes diferentes, e o que é mais importante, nada sabia o que havia sido já
escrito. A perfeita unidade da Bíblia, quando a lemos, inspira-nos a glorificar a Deus
porque em meio à alegria e tristezas, o produto final apresenta uma só mensagem e
uma só salvação - JESUS.
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A Bíblia foi escrita num período de 1.500 anos, por uns 40 autores, e contém
66 livros, 1.189 capítulos, 31.173 versículos e cerca de 3 milhões de letras.
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Foi falada e escrita pelos hebreus até o cativeiro, quando adotaram a língua
aramaica ou siriaca, a qual, é um dialeto de hebraica.
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PROFETA
REI DE JUDÁ PROFETA DE JUDÁ REI DE ISRAEL DE
ISRAEL
Reoboão
Aias Jeroboão (922 – 901) Amós
(922 – 915)
Abião (915 – 913) Ido Nadabe (901 – 900)
Asa (913 – 873) Azarias, Hanani Bassa (900 – 877) Aías
Josafá (873 – 849) Jeú Ela (877 – 876)
Jeorão (849 – 842) Zinri (876 (7 dias))
Acazias
Elizeu Onri (876 – 869) Miquéias
(842 (1 ano))
Atalia (842 – 837) Acabe (869 – 850) Elias
Joás (837 – 800) Zacarias Acazias (850 – 849) Elias
Azarias (800 – 783) Jorão (849 – 942) Elizeu
Uzias (783 – 742) Isaías, Oséias, Amós Jeú (842 – 815) Elizeu
Jotão (742 – 735) Isaías, Oséias Jeoacaz (815 – 801) Jonas
Acaz (735 – 715) Miquéias, Isaías, Oséias Joaz (801 – 786) Elizeu
Ezequias
Miquéias, Isaías, Oséias Jeroboão II (786 – 746) Oséias
(715 – 689)
Manassés
Isaías Zacarias (746 – 745) Joel
(687 – 642)
Amom Salum (745 (1 mês))
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PENTATEUCO
Gênesis
Êxodo
05 LIVROS
Levítico
Números
Deuteronômio
LIVROS HISTÓRICOS
Josué
Juizes
Rute
I e II Samuel
I e II Reis 12 LIVROS
I e II Crônicas
Esdras
Neemias
Ester
LIVROS
POÉTICOS
Jó
Salmos 05 LIVROS
Provérbios
Eclesiastes
Cantares de
Salomão
LIVROS
PROFÉTICOS
Isaías 17 LIVROS
Jeremias
Lamentações de
Jeremias
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Ezequiel
Daniel
Oséias
Joel
Amós
Obadias
Jonas
Miquéias
Naum
Habacuque
Sofonias
Ageu
Zacarias
Malaquias
11. Josué: preparação da herarça, os dois espias, Raabe, possuindo a hera!!fa, o povo
obedece- queda da muralha de Jericó.
12. Josué: compartilhando a herarça (conquista e repartção das terras), discurso final
e morte de Josué.
14. Juízes: ciclo de queda, arrependimento e volta a submisão de Deus, a história dos
juízes (Débora e Baraque, Gideão, Jéfte, Sansão e outros), apostasia e situa;:ão
alarmante do tempo dos júzes).
15. Rute: uma famlia hebraica em Moabe, uma mulher humildade no campo da colheita.
18. 1 Samuel: o reinado de Saul, a unific ão das tribos, vitórias de Saul, decínio de Saul e
sua rejeição, a ascensão de Davi, morte do rei Saul.
20. li Samuel: as transgress:Ses de Davi, os problemas de Davi (na sua casa e em seu
reino)
21. I Crônicas: as raízes do povo de Deus, a genealogia de Israel
22. I Crônicas: o reinado do rei Davi, seus valentes, seus feitos e suas ultimas
declarações.
23. II Crônicas: o período do governo de Salomão, suas conquistas e seus escritos, sua
morte.
29. Ester: a rainha Vasti e o rei Assuero, uma nova rainha é escolhida, Ester e Mardoqueu, a
vida do rei é salva, o plano contra os judeus.
30. Ester: Mardoqueu é exaltado, Hamã é enforcado, os judeus são salvos, a festa de
Purim.
31. Jó: introdução de Jó, o desafio de Deus e Satanás, as desventuras de Jó, sua
condição miserável, sua esposa; dialogo com seus 3 amigos, desabafo final de Jó
32. Jó: Eliú desafia Jó, a resposta de Deus num redemoinho, a resposta de Jó, final
glorioso de Jó.
33. Salmos: separação dos livros de salmos (I a V), compositores (Davi, Asafe e outros),
Livros I e II.
37. Eclesiastes: Introdução do livro, Salomão o homem de grandes feitos, a vaidade das
coisas terrenas
39. Cantares: o amor entre a noiva e o noivo, contos e cenas de abertura, a busca por
uma abertura.
40. Cantares: a busca por mutualidade e unidade, cenas de resumos e realizações, meu
amado é único.
42. Isaías: profecias contra Israel e seus opressores, o procedimento de Deus com
Ezequias, as promessa de consolo e paz, o Emanuel, o servo sofredor.
47. Ezequiel: um dos profetas do cativeiro, visão e chamada dele, profecias sobre a
destruição de Jerusalém
50. Daniel: o profeta na cova dos leões, a primeira visão de Daniel, a segunda visão de
Daniel e a interpretação de Gabriel, a profecia das 70 semanas, a visão final de Daniel;
Miguel e os principados da Pérsia e da Grécia.
68. Sofonias: o dia do julgamento das nações vizinhas, o dia do julgamento contra
Jerusalém, um remanescente fiel
69. Ageu: aplicai vosso coração aos vossos caminhos, esforçai e trabalhai
73. Malaquias: o amor do Senhor por Israel, o fracasso dos sacerdotes, a infidelidade do
povo
2- Profetas: Os profetas têm duas divisões: Os Profetas Anteriores (de Josué a 2Reis), e os
Posteriores (Isaias a Malaquias). Os profetas de Oséias a Malaquias recebem dos israelitas o nome
de “O Livro dos Doze”.
3- Escritos: fazem parte desta divisão os seguintes livros: Salmos, Jó, Provérbios, Rute, Cântico dos
Cânticos, Eclesiastes, Lamentações, Ester, Daniel, Esdras, Neemias e Crônicas.
As três divisões correspondem à ordem histórica em que os seus livros foram aceitos
como autorizados a fazerem parte do cânon dos israelitas. “Cânon” é a coleção de livros aceitos
como Escrituras Sagradas.
As Igrejas Cristãs seguem, em geral, um arranjo diferente do dos israelitas, mas os livros são
os mesmos, em número de trinta e nove. Essa ordem se encontra nas antigas versões gregas e
latinas usadas pela igreja primitiva.
Os doze livros seguintes, de Josué até Ester, são livros históricos, que narram os principais
acontecimentos da história de Israel desde a sua entrada na Terra Prometida até o tempo em que as
muralhas de Jerusalém foram reconstruídas, depois da volta dos israelitas do cativeiro. Isso
aconteceu uns quatrocentos e quarenta e cinco anos antes do nascimento de Cristo.
Algumas versões antigas, tais como a Septuaginta, em grego, e a Vulgata, em latim, incluem
no AT alguns livros que não se encontram na Bíblia Hebraica de Israel. Esses livros foram escritos no
período intertestamentário. A Igreja Romana os aceita e os chama de “Deuterocanônicos”, isto é,
pertencem a um “segundo cânon”. São eles: Tobias, Judite, Ester Grego, 1 e 2 Macabeus, Sabedoria,
Eclesiástico, Baruque, Carta de Jeremias e os acréscimos a Daniel, que são a Oração de Azarias e as
histórias de Suzana, de Bel e do Dragão.
Os trinta e nove livros que compõem o AT foram escritos durante um período de mais de mil
anos. As histórias, os hinos, as mensagens dos profetas e as palavras de sabedoria foram agrupadas
em coleções, que, com o tempo foram juntadas e aceitas como escritura sagrada.
Alguns livros de história que são mencionados no AT se perderam. São eles: Livro do Justo
(Js 10.13), a História de Salomão (1Rs 11.41), a História dos Reis de Israel (1Rs 14.19) e a História
dos Reis de Judá (1Rs 14.29).
Para o povo de Israel conhecer o autor de determinado livro das Escrituras não era tão
importante como reconhecer que se tratava de livro que tinha sido escrito por inspiração divina e que
continha mensagem ou mensagens de valor permanente a respeito de Deus e de seus
relacionamentos com o povo de Israel em particular e com os povos do mundo em geral. São
variadas e divididas as opiniões dos estudiosos das Escrituras quanto à autoria de cada livro em
particular.
Boa parte do AT está escrita em prosa. Estão escritos em prosa os relatos da vida de pessoas,
como se pode ver em Gênesis e Rute. Outros livros narram a história de Israel, por exemplo, Êxodo 1-
19, partes de Números, Josué, Juizes, Samuel, Reis, Crônicas, Esdras, Neemias e Ester. Estão em
prosa os registros das leis dadas por Deus a Israel, bem como os assuntos relacionados ao culto. O
Livro de Deuteronômio consta principalmente de discurso pronunciados por Moisés.
Há livros de profetas escritos em prosa, como, por exemplo, Jeremias (boa parte), Ezequiel,
Daniel e os profetas menores, menos Naum e Habacuque. Nos livros de Provérbios e Eclesiastes,
aparece uma forma especial de prosa apropriada à literatura de sabedoria.
Há vários livros e partes de livros que foram escritos em forma de poesia. A poesia hebraica
se expressa de uma forma especial chamada de paralelismo. As características desse tipo de poesia
são tratadas em Salmos, ela se chama litúrgica, porque os Salmos forma escritos para serem usados
no culto. O livro de Jó também é poético. Há livros proféticos que empregam a linguagem poética,
como Isaías, partes de Jeremias, Lamentações, Naum e Habacuque.
Incluindo-se os territórios dos dois lados do rio Jordão, o Israel antigo ocupava uma área de
mais ou menos 16.000 km quadrados. De norte a sul, isto é, de Dã até Berseba, a distância era de 240
km. De leste a oeste, isto é, de Gaza até o mar Morto, a distância é de 86 km. Mas é impressionante o
fato de que um país tão pequeno tenha exercido uma influência religiosa tão poderosa que se estende
pelo mundo inteiro até hoje.
Durante o período da conquista dos Juízes, o país foi dividido pelas tribos de Israel. No
período do Reino unido, a capital era Jerusalém. Após a divisão a capital de Judá (Reino do Sul), era
Jerusalém e capital de Israel (Reino do Norte), era Samaria.
Na terra de Israel, observam-se quatro zonas paralelas, na direção norte-sul. A primeira zona é
a planície costeira. A segunda, no centro, é a região montanhosa. A terceira é o vale do Jordão, rio que
desemboca no mar Morto. E a quarta é o planalto onde hoje está a Jordânia.
Os Israelitas dividiam o ano em duas estações. No verão, fazia calor e se colhiam frutas; no inverno,
terminavam as colheitas, chovia e fazia frio.
A história do povo de Deus no AT divide-se em oito períodos.
1º Período: De mais ou menos 1900 a 1700 aC, e nele viveram os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.
2º Período: Escravidão no Egito e êxodo, mais ou menos de 1250 a 1030 aC. O líder nesse período é
Moisés.
3º Período: Conquista e posse de Canaã, mais ou menos de 1250 a 1030 aC. O povo é comandado
por Josué e pelos Juízes. O último juiz foi Samuel.
4º Período: O Reino unido, mais ou menos de 1030 a 932 aC. O povo é governado por três reis: Saul,
Davi e Salomão.
5º Período: O Reino dividido, de 931 a 586 aC. O Reino de Israel, ao norte, durou 200 anos. Samaria,
sua capital, caiu em 722 aC. Conquistada pelos assírios. O Reino de Judá, ao sul, durou 345 anos,
tendo chegado ao fim com a conquista de Jerusalém pelos babilônios em 587 ou 586 aC.
6º Período: O período do cativeiro, também chamado de exílio, começou em 722, com a conquista de
Samaria. Os moradores do Reino do norte foram levados como prisioneiros para a Assíria. 136 anos
depois, em 587 ou 586, Jerusalém foi conquistada, e os moradores do Reino do sul foram levados
para a Babilônia.
7º Período: A volta do povo de Deus à Terra Prometida começou em 538 aC, por ordem de Ciro, rei da
Pérsia, que havia dominado a Babilônia. Vários grupos de judeus voltaram para a terra de Israel,
ficaram morando nela e reconstruíram o templo (520 aC) e as muralhas de Jerusalém (445-443 aC).
8º Período: É o intertestamentário, isto é, o que fica entre o fim do Antigo Testamento e o começo do
Novo Testamento. Ele vai de Malaquias, o último profeta, que profetizou entre 500 e 450 aC, até o
nascimento de Cristo. Este período é chamado de helenístico por causa do domínio e da cultura grega.
O rei grego Alexandre, o Grande, começou a governar Israel em 333 aC.
O Antigo Testamento registra a experiência que os seus autores e o povo de Israel tiveram
com Javé, o verdadeiro Deus. As nações vizinhas tinham vários deuses e deusas, que eram adorados
na forma de imagens (ídolos). A crença de Israel era diferente. Javé era o único Deus de Israel, e dele
não se faziam imagens. Javé era o Deus único, Criador e Senhor do Universo. Ele era um Deus vivo e
salvador, sempre vivendo com o seu povo.
Esse Deus impunha aos seus adoradores leis e normas morais que tinha em vista um
procedimento correto nos relacionamentos da vida. E havia leis sociais que protegiam interesses das
outras pessoas, inclusive as marginalizadas, e do povo como um todo. Javé perdoava as pessoas que
quebravam suas leis. Mas o perdão era somente concedido na condição de as pessoas se
arrependerem, confessarem os seus erro e se disporem a corrigir-se. As pessoas que permaneciam
em pecado, eram julgadas por Deus e castigadas.
Javé fez com o povo de Israel uma aliança, pela qual ele prometeu ser o Deus de Israel; e o
povo, por sua vez, prometeu ser fiel a Deus, disposto a seguir e obedecer às suas leis. Essa doutrina
fundamental da crença do povo de Israel é complementada por estas palavras que Jesus pronunciou
na ocasião da instituição da Ceia: “Este cálice é a nova aliança feita por Deus com o seu povo, aliança
que é garantida pelo meu sangue, derramado em favor de vocês” (Lc 22.20).
Por meio de símbolos e de profecias, o AT preparou o povo de Deus para a vinda do Messias,
aquele que Deus iria enviar a fim de trazer a salvação completa para as pessoas.
Para se entender bem o Novo Testamento, é necessário recorrer ao AT, porque este forma a
base para os ensinamentos encontrados no Novo Testamento. Mas nem todo os ensinamentos
encontrados no AT têm validade para os cristãos. O cristão lê o AT com a luz que vem da maneira de
Jesus interpretá-lo e completá-lo. Jesus disse: “Não pensem que eu vim acabar com a Lei de Moisés
ou com os ensinamentos dos profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido
completo” (Mt 5.17). E, logo adiante Jesus afirmou algo que é totalmente novo: “Vocês sabem o que
foi dito: ‘Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos.’ Mas eu lhes digo: ‘Ame os seus inimigos e
amem os que perseguem vocês’” (Mt 5.43,44). Essas palavras de Jesus sobre inimigos vão muito
além dos ensinamentos do AT sobre o assunto.
Os ensinamentos do AT sobre a lei, o culto, a conduta das pessoas, a sua vida, a sua morte e a sua
vida após a morte são entendidos e vividos pelos cristãos à luz da revelação completa e final que se
encontra no Novo Testamento.
LIVROS DO PENTATEUCO
GtNESIS
Autor: Tradicionalmente Moi s
Autor
A tradição judaica lista Moires como o autor do Gênesis e dos outros quatro livros que o seguem,
juntos, estes livros o denominados de Pentateuco. Jesus disse:"Se vós crêsseis em Moisés,
creríeis em mim, porque de mim escreveu ele"(Jo 5.46) O próprio Pentateuco descreve MoiS?s como
alguém que escreveu extensivamente. Ver Ex 17.14; 24.4; Dt 31.24; At 7.22 nos conta quttvloisés foi
instruído em toda cencia dos egípcios." Nas notas que acompanham o texto RÍ>s observamos que
Gênesis emprega um bom rúmero de termos emprestados dos e!Í)cio, sendo este um fato que
sugere que o autor original tenha as suas origens no Egito, como era o caso de Moél..
Data
A data tradicional doêxodo do Egito se encontra no meio do <icimo quinto século a.e. 1Rs 6.1 afirma
que Salomão começou a construir o templo "no ano quatrocentos e oitenta, depois de sá"em os
filhos de Israel do Egito Entende-se que Salorrão tenha iniciado a constn.ção em cerca de 960 a.e.,
datando assim o êxodo em 1440 a.e. Desta forma MoiS?s redigiu o Êxodo depois de 1440 a.e.,
durante os quarenta anos no deserto.
Conteúdo
Gênesis inicia com a forma;:ão do sistema solar, os preparativos da terra para sua habit1;1ão, e a
criação da vida sobre a terra. Todos os oito atos da crição foram executados em seis dias.
Iniciando no cap. 12, G!nesis relata o chamado de Abrciío e a inauguração do concerto de Deus com
ele, um concerto glorioso e eterno que foi renovado com !saque e Jaít. Gênesis é impressionante
pela forma caractenstica da sua narrativa, real;:ada pelo relato inspirador de JoS? e pela multiplica;:ão
do povo de Deus no Egito. Trata-se de uma ijão na eleição divina, conforme encontrado por Paulo em
Rm9.
Gênesis conclui com a renção de Jacó sobre Judá, de cuja tribo viria o Messias:"O cetro não se
arredará de Judá, nem o legislador dentre seus s. até que venha Sio; e a ele se congregarã::> os
povos" (49.1O). Muitos reculos e muitas lutas seguir-seão antes que esta profecia encontre o seu
cumprimento em Jesus.
Esboço de Gênesis
Isaque 24.1-26.35
Jacó 27.1-35,29
Autor
Moisés, cujo nome significa"tirado das águas", é a figura centra deÊxodo. Ele é o profeta hebreu que
liderou os israelitas em sua sáda do Egito. Êxodo é tradicionalmente atribúdo a ele. Quatro
passagens em Ex cão forte apoio à autoria mosaica de pelo menos boa parte do livro (17.14; 24.4,7;
34.27). Atrai.és de eventos variados e de encontros face a face com Deus, Moiss recebeu a
revelação daquelas coisas que Deus desejava que ele soubesse. Assim, atrcBS do processo de
inspiração do Espírito Santo, Moisés comunicou ao povo hebreu, tanto na forma oral como na escrita,
esta informação que lhe foi revelada.
Data
A Tradição conservadora data a morte de MoiS?s em algum temo ao redor de 1400 aC. Desta forma
provável que o Livro de Êxodo tenha sido compilado nos quarentas anos anteriores, durante a
caminhada pelo Deserto.
Contexto His1érico
Conteúdo
O Livro de Êxodo pode ser dividido em tês seções principais: a liberta;:ão miraculosa de Israel (1.1-
13.6), a jornada miraculosa a'é o Sinai (13.17-18.27) e as revel ões miraculosas junto ao Sinai (19.1-
40.38)
A primeira seçoo (1.1-13.6) inicia com os hebreus sendo oprimidos no Egito (1.10-14). Como qualquer
outro grupo sob presS3o, os hebreus reclamavam. A sua reclamai:ão chegou não somente diante dos
seus opressores, mas chegou aé o seu Deus (2.23-25). Deus ouviu o seu clamor e colocou em ão
um plano ora libera-los. Ele acompanhou esta libert ão através da seleção dum profeta chamado
Moisés (3.1-1O)
A libertação não ocorreu de forma instanánea; porém constituiu-se num processo. Um peíodo
considerável de tempo e dez pragas foram utilizadas pra ganha a liber ão dos hebreus das garras do
Faraó. As pragas realizaram duas coisas importantes: primeiro, elas demonstraram a superioridade
do Deus hebreu sobre os deuses e!Í)cios e, segundo, elas trouxeram liberdade aos hebreus.
A Segunda seçoo narra a jornada milagrosa a'é o Sinai (13.17-18.27). Quatro grandes eventos
ocorrem nesta seçoo. Primeiro, os hebreus testemunharam o poder miraculoso e libertador de Deus
(13.17-18.27). Quatro grandes eventos ocorrem nesta seçã. Primeiro, os hebreus testemunharam o
poder miraculoso e libertador de Deus (13.17-15.21). Segundo, eles experimentaram, de forma direta, a
capacidade que Deus tem de cuidar do seu povo (15.22-17.7). Terceiro, eles receberam proteçãem
vista dos seus inimigos, os amalequitas (17.8-16). Quatro, anGios com a tarefa de superviS3o foram
estabelecidos a fim de manter a paz entre o povo (18.1-27). Estes quatros grandes eventos ensinam
um conceito importante: a rrao de Deus es1á presente na vida do seu povo especial. Tendo
testemunhado a sua presença e conhecido a forma como Deus agiu em seu benefício, eles poderiam
ajustar as suas vidas ao seu jeito de ser a fim de continuar recebendo as suas bênçãos.
A última seção enfoca as revelações miraculosas junto ao Sinai (19.1-40.38). A libertação divina da
nação tem o objetivo especifico de edificar um povo pactual. Esta seção tem três
componentes principais. Primeiro, são dados os Dez mandamentos e todas aquelas instruções
que explicam em maiores detalhes como estes mandamentos devem transparecer na vida do
povo em aliança com Deus (19.1-23.19) Os resultados duma vida fora desta estrutura pactual
são demonstrados pelo incidente que envolveu o bezerro de ouro (32.1-35). Segundo, trata-se das
instruções referentes à edificação dum tabernáculo e do seu mobiliário (25.1-31.18). Terceiro, trata-
se da construção, de fato, do tabernáculo, do seu mobiliário, e da habitação da presença de
Deus no edifício após o encerramento da obra (35.4-40.33).
O Livro de Levítico é o terceiro livro das Escrituras Hebraicas do AT atribuídos a Moisés. Em 1.1, o
texto se refere à palavra do Senhor, que foi proferida a Moisés do tabernáculo da assembléia; isso
forma a base de todo este livro das Escrituras. Os sacerdotes e levitas preservaram seu conteúdo.
Os sábios datam o Livro de Levítico da época das atividades de Moisés (datando mais antigamente
no séc. XV aC e a última alternativa no séc. XII aC) até a época de Esdras, durante o retorno (séc.VI
aC). A aceitação da autoria mosaica para Levítico dataria sua escrita por volta de 1445 aC. O livro
descreve o sistema de sacrifícios e louvor que precede a época de Esdras e relembra a instituição do
sistema de sacrifícios. O livro contém pouca informação histórica que forneceria uma data exata.
A teologia do Livro de Levítico liga a idéia de santidade à vida cotidiana. Ela vai além do assunto de
sacrifício, embora o cerimonial do sacrifício e a obra dos sacerdotes sejam explicados com grande
cuidado. O conceito de santidade afeta não somente o relacionamento que cada indivíduo tem com
Deus, mas também o relacionamento de amor e respeito que cada pessoa deve ter com o seu
próximo. O código de santidade permeia a obra porque cada indivíduo deve ser puro, pois Deus é puro
e porque a pureza de cada indivíduo é a base da santidade de toda a comunidade do concerto. O
ensinamento de Jesus Cristo—”Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho
também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12)- reflete o texto de Lv 19.18, “Amarás o teu
próximo como a ti mesmo”.
Em hebraico, o Livro de Levítico recebeu o nome de Vayikra, que significa “E ele chamou”. O título
hebraico é tirado da primeira palavra do livro, que era uma forma costumeira de dar nome às obras
antigas. O título “Levítico “ é derivado da versão grega da obra e significa “assuntos pertencentes aos
levitas”. O título é um pouco enganoso, uma vez que o livro lida com muito mais assuntos
relacionados à pureza, santidade, todo o sacerdócio, a santidade de Deus e a santidade na vida
cotidiana. A palavra “santo” aparece mais de oitenta vezes no livro.
Algumas vezes, o Livro de Levítico tem sido encarado como uma obra de difícil compreensão;
entretanto, de acordo com a tradição primitiva, foi o primeiro livro a ser ensinado para as crianças na
educação judaica. Ele lida com o caráter e a vontade de Deus especialmente em assuntos de
santidade, que os sábios judeus consideravam de importância primária. Eles sentiram que, antes de
proceder a outros texto bíblicos, as crianças deveriam, antes de mais nada, ser educadas sobre a
santidade de Deus e a responsabilidade de cada indivíduo pra viver uma vida santa. A Santidade (hebr.
Kedushah) é uma palavra-chave em Levítico, descrevendo a santidade da presença divina. A
santidade está sendo separada do profano, e santo é oposto do comum ou secular.
Outro tema principal do Livro de Levítico é o sistema sacrificial. Os holocaustos (hebr.olah) referem-
se ao único sacrifício que é totalmente consumido sobre o altar e, portanto, algumas vezes é
chamado de oferta queimada. As ofertas de manjares (hebr. Minchah) são uma oferta de tributo feita
a fim de garantir ou manter o favor divino, indicando que os frutos do trabalho de uma pessoa devem
ser dedicados a Deus. Os sacrifícios de paz ou das graças (hebr.shelamim) são designados para
fornecer expiação e permitem que a pessoa que faz a oferta como da carne do sacrifício. Isso
costumava acontecer em ocasiões de alegria. O sacrifício pelos erros (hebr.chatta’t) é empregado
para tirar a impureza do santuário. O sacrifício pelo sacrilégio (hebr. Asham), também conhecido
como oferta pela culpa ou oferta de compensação, é preparado para a violação da santidade da
propriedade de Deus ou de outras pessoas, normalmente pelo uso de um falso testemunho. Os erros
profanaram a santidade de Deus e é exigida uma oferta.
Além dos sacrifícios, o calendário litúrgico tem uma posição significativa no Livro de Levítico. O Ano
de Descanso refere-se à emancipação dos escravos israelitas e pessoa endividadas, bem como à
redenção da terra (ver também Ex 21.2-6; 23.10,11; Dt 15.1-18). O Ano de Jubileu refere-se ao fato de
que as terras de Israel, bem como o povo, pertencem a Deus e não a qualquer indivíduo. As terras,
portanto, devem ter um descanso depois de cada período de quarenta e nove anos (Lv 25.8-17), o que
ensina o domínio de Deus, a santidade de seu caráter e a necessidade de a congregação se aproximar
dele com pureza de coração e mente.
Tradicionalmente, a autoria é atribuída a Moisés, a personalidade central do livro. Nm 33.2 faz uma
referência especifica a Moisés, registrando pontos sobre a viagem no deserto.
Assumindo a autoria mosaica, provavelmente o livro tenha sido escrito por volta de 1400 aC., pouco
antes de sua morte. Os acontecimentos deste livro ocorrem durante cerca de 40 anos, começando
logo após o Êxodo, em 1400 aC.
O Livro de Número continua o relato do período mosaico, que se inicia com o Êxodo. Começa com
Israel ainda no Sinai. A entrada dos israelitas no deserto do Sinai é registrada em Ex 19.1. Israel deixa
o Sinai em Nm 10.11.
Número tem duas divisões principais: 1) a seção contendo instruções enquanto ainda no Sinai (1.1-
10.10); 2) a viagem no deserto que cobre o itinerário do Sinai até as planícies de Moabe através do
Jordão da Terra Prometida (10.11-36-13). As instruções no Sinai lidam com a preparação para a
viagem, e o resto do livro conta a viagem em si.
As instruções no Sinai (1.1-10.10) cobrem uma variedade de tópicos, mas aqueles que lidam com o
preparo da viagem dominam. Os caps. 1-4 lidam com uma série de instruções para numerar (fazer o
censo de) vários grupos, seguido de um relatório de concordância com o mandamento. Os caps. 5-6
lidam com a imundície ritual, a infidelidade marital, e os nazireus. No cap. 7, os líderes do povo trazem
ofertas para o tabernáculo. O cap. 8 fala da consagração dos levitas. O cap.9 lida com a Páscoa e a
nuvem e o fogo; o motivo do preparo é reconsiderado em 10.1-10, onde são dadas instruções para
que sejam feitos sinais com as trombetas.
A seção de Nm que lida com a viagem (10.11-36.13) tem duas partes principais. Em primeiro lugar,
10.11-25.18 descreve a destruição de geração que vivenciou a libertação do Egito por meio do Senhor.
Os pontos-chave nesta parte são os relatos das queixas, rebeliões e desobediência da primeira
geração, que levou à morte deles.
A segunda subseção (26-36) narra a preparação da segunda geração para a entrada na Terra
Prometida. Começa com um novo censo (comparar com o cap. 1), observando que toda a primeira
geração, exceto Josué, Calebe e Moisés, morreu no deserto. Essa seção termina com a distribuição
da terra entre as tribos depois de elas terem entrado na Terra Prometida.
Deuteronômio identifica o conteúdo do livro com Moisés: “Estas são as palavras que Moisés falou a
todo o Israel” (1.1). “Moisés escreveu esta Lei, e a deu aos sacerdotes” (31.9) também pode ser
indício de que tenha escrito todo o livro. O nome de Moisés aparece quase quarenta vezes, e o livro
reflete claramente a personalidade de Moisés. O uso corrente da primeira pessoa do singular em todo
o livro apóia ainda mais a autoria mosaica.
Tanto a tradição judaica quanto a samaritana são unânimes em identificar Moisés como o autor.
Assim como Cristo, Pedro e Estevão também reconhecem Moisés como o autor do livro (mt 19.7,9;
Mc 10.3,4; At 3.22; 7.37)
O último capítulo, que contém o relato da morte de Moisés, foi escrito, provavelmente, por seu amigo
íntimo, Josué.
Moisés e os israelitas iniciaram o Êxodo do Egito por volta de 1440 aC. Chegaram à planícies de
Moabe, onde Deuteronômio provavelmente tenha sido escrito, em cerca de 1400 aC, na ocasião do
discurso do conteúdo do livro ao povo, “no mês undécimo, no primeiro dia do mês”, no ano
quadragésimo de sua peregrinação pelo deserto (1.3). Isso foi um pouco antes da morte de Moisés e
do início da liderança de Josué em guiar os israelitas a Canaã. Portanto, Dt cobre um período inferior
a dois meses, incluindo os trinta dias de lamento pela morte de Moisés
Moisés tinha então 120 anos, e a Terra Prometida estava a sua frente. Ele tirou os israelitas da
escravidão no Egito e os guiou pelo deserto para receber a lei de Deus no monte Sinai. Por causa da
desobediência de Israel em se recusar a entrar na terra de Canaã, a Terra Prometida, os israelitas
perambularam sem destino no deserto por trinta e oito anos. Agora se achavam acampados na
fronteira oriental de Canaã, no vale defronte de Bete-Peor, na região montanhosa do Moabe, de vista
para Jericó e a planície do Jordão. Quando os israelitas se preparavam para entrar na Terra
Prometida, depararam-se com um momento crucial em sua história - novos inimigos, novas tentações
e nova liderança. Moisés reuniu o grupo para lembrá-los da fidelidade do Senhor e para encorajá-los a
serem fiéis e obedientes ao seu Deus quando possuíssem a Terra Prometida.
Dt é uma série de recomendações de Moisés aos israelitas enquanto ele se prepara para morrer e
eles se aprontam para entrar na Terra Prometida. Embora Deus o tivesse proibido de entrar em Canaã,
Moisés experimenta um forte sentimento de antecipação pelo povo. O que Deus havia prometido a
Abraão, Isaque e Jacó séculos antes está prestes a se tornar realidade. Dt é proclamação de uma
segunda chance para Israel. A falta de fé e a infidelidade de Israel tinham impedido a conquista de
Canaã anteriormente. A maioria do povo junto de Moisés à entrada da Terra Prometida não tinha
testemunhado as cenas no Sinai; eles eram nascido e criados no deserto. Sendo assim, Moisés os
exorta trinta e cinco vezes para “entrar e possuir” a terra. Ele os recorda trinta e quatro vezes de que
essa é a terra que Deus lhes está dando.
Enquanto essa nova geração de israelitas se prepara para entrar na Terra Prometida, Moisés lhes
recorda com vivacidade a fidelidade de Deus por toda a história e os relembra de seu relacionamento
singular de concerto com o Senhor. Moisés percebe que a maior tentação dos israelitas na nova terra
será abandonar a Deus e cair na idolatria dos ídolos cananeus. Por conseguinte, Moisés está
preocupado com a perpetuação do concerto. Para preparar a nação para vida na nova terra, Moisés
expõe os mandamentos e os estatutos que Deus deu em seu concerto. A Obediência a Deus equivale a
vida, bênção, saúde e prosperidade. A desobediência equivale a morte, maldição, doença e pobreza. O
concerto mostrou aos filhos de Deus o caminho para viver em comunhão com ele e uns com os
outros. A mensagem de Dt é tão poderosa que é citada mais de oitenta vezes no NT.
Introdução 1.1-5
A obra do Espírito em três áreas é mencionada na carta. Primeiro, Paulo declara que o Espírito de
Jesus direcionará a realização do propósito de Deus em sus própria experiência (1.19). O Espírito
Santo também promove unidade comunicação com o corpo de Cristo (2.1). A participação
comum nele cria uma unidade de propósito e mantém uma comunidade de amor. Então, em contraste
com a observância ritual inerte dos formalistas, o Espírito Santo inspira e direciona o louvor dos
verdadeiros crente (3.3)
Introdução 1.1-11
Salvação 1.1-2
Oração 1.9-11
Timóteo 2.19-24
Epafrodito 2.25-30
Conclusão 4.1-23
Saudações 4.21-22
As festas judaicas e os dias sagrados eram períodos de festividades e
observância religiosa que representavam importante significado na religião hebraica,
isso porque no Antigo Testamento, estes dias e períodos sagrados, foram
decretados por Deus ao povo de Israel. A maioria desses períodos sagrados eram
baseados em algum evento histórico significativo de Israel.
Essas festas, do hebraico hag (Lv 23:6; Dt 16:16), também eram chamadas de
“festas do Senhor” ou “solenidades do Senhor“, em hebraico mo’ade Yahweh (Lv
23:2,4; Nm 15:3). Sabemos que algumas dessas festas judaicas coincidiam com as
estações do ano, porém eram completamente diferentes das festas pagãs do Antigo
Oriente celebradas nas estações. Enquanto os rituais pagãos eram fundamentados
na ideia de que os deuses do panteão se banqueteavam com os homens, as festas
bíblicas enfatizavam que as estações eram obra do Criador, como manifestação de
sua benignidade para com o homem. Portanto, em tais festas judaicas do Antigo
Testamento, o intuito era reconhecer os benefícios concedidos por Deus como o
grande provedor de seu povo, além de relembrar o grande favor do Senhor nos atos
que Ele mesmo realizou em prol da libertação de seu povo escolhido. Isso fica claro
quando entendemos o significado que cada festividade possuía.
No mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a páscoa do Senhor.(Levítico 23:5)
E aos quinze dias deste mês é a festa dos pães ázimos do Senhor; sete dias
comereis pães ázimos.(Levítico 23:6)
Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra, que vos hei
de dar, e fizerdes a sua colheita, então trareis um molho das primícias da vossa sega
ao sacerdote.(Levítico 23:10)
Até ao dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinquenta dias; então oferecereis
nova oferta de alimentos ao Senhor.(Levítico 23:16)
Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis
descanso, memorial com sonido de trombetas, santa convocação.(Levítico 23:24)
Mas aos dez dias desse sétimo mês será o dia da expiação; tereis santa convocação,
e afligireis as vossas almas; e oferecereis oferta queimada ao Senhor.(Levítico 23:27)
Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo será a festa dos
tabernáculos ao Senhor por sete dias. (Levítico 23:34)
Sete dias oferecereis ofertas queimadas ao Senhor; ao oitavo dia tereis santa
convocação, e oferecereis ofertas queimadas ao Senhor; dia de proibição é, nenhum
trabalho servil fareis.(Levítico 23:36)
Também os judeus, que se achavam em Susã se ajuntaram nos dias treze e catorze
do mesmo; e descansaram no dia quinze, e fizeram, daquele dia, dia de banquetes e
de alegria. (Ester 9:18)
Celebrado a cada sete dias com o propósito de dar descanso para as pessoas
e os animais, afim de que o homem fosse renovado tanto física quanto
espiritualmente. Era um dia de descanso a qual ninguém poderia trabalhar (Êx 20:8-
11; Lv 23:3; Mt 12:1-14; Hb 4:1-11).
Seis dias trabalho se fará, mas o sétimo dia será o sábado do descanso, santa
convocação; nenhum trabalho fareis; sábado do Senhor é em todas as vossas
habitações. (Levítico 23:3)
Celebrado a cada sete anos com o propósito de dar descanso para a terra.
Durante o Ano Sabático as terras não eram cultivadas (Êx 23:10-11; Lv 25:1-22; Dt
15:1-18).
Também seis anos semearás tua terra, e recolherás os seus frutos; mas ao sétimo a
dispensarás e deixarás descansar, para que possam comer os pobres do teu povo, e
da sobra comam os animais do campo. Assim farás com a tua vinha e com o teu
olival. (Êxodo 23:10,11)
Apostila de Bibliologia – Médio em Teologia; ITESP RABONI, 2014 – Santa Gertrudes (SP)
Prof. Dr. Pr Anaildo João da Silva.