Resumos de Direito
Resumos de Direito
Resumos de Direito
Ordem jurídica: Conjunto de normas e regras que regulam as relações entre indivíduos, instituições e
Estado.
Também devem Ordem Social: Normas, regras e valores que regem o comportamento e as relações dos
ser levados em indivíduos numa sociedade.
consideração: Ordem Moral: Conjunto de valores, princípios e normas que orientam a conduta individual e
coletiva de uma sociedade.
O que é o Direito?
1ª possível definição:
O Direito é um conjunto de normas jurídicas que regula as relações entre os indivíduos e entre estes e o
Estado. Essas normas são criadas pelos poderes legislativo, executivo e judiciário de um país, e sua
finalidade é garantir a ordem social, a justiça e a paz.
Além disso, o Direito é uma ciência em constante evolução, que acompanha as mudanças da sociedade
e busca soluções para os problemas que surgem no quotidiano. Ele é fundamental para a manutenção da
ordem social e para a garantia dos direitos e deveres de cada indivíduo.
Batista Machado:
Punhado de Homens-> Sociedade, Poderio do Príncipe-> Autoridade
2ª possível definição:
Sistema de regras de conduta social, obrigatórias para todos os membros de uma certa comunidade, a
fim de garantir no seu seio a justiça, a segurança e os direitos humanos, sob a amaça das sanções
estabelecidas para quem violar tais regras.
Coercibilidade: é o aspeto distintivo do Direito. – Capacidade de impor o seu cumprimento mesmo contra
a vontade dos indivíduos. Eficácia e legitimidade.
- Almeja a justiça;
- Função pragmática;
Lei ≠ Direito Segurança (jurídica, individual, social, etc);
-Proteção dos direitos humanos.
(Não pode ser só
um conjunto de regras)
Ramo jurídico autónomo -> Direito Interno (Direito Derivado) prevalece sobre o Direito nacional.
Historicamente-> O Direito Público é o que protege os interesses públicos do Estado; o Direito Privado é o
que disciplina os interesses privados dos particulares. – Ulpiano (D.1,1,1,2.) (Direito Social)
O critério de interesse e qualidade do sujeito é uma forma de classificar os diferentes ramos do sistema
jurídico nacional português de acordo com a natureza e o interesse dos sujeitos envolvidos.
Critério de interesse→ é um princípio fundamental do direito que busca garantir que as normas jurídicas
sejam orientadas pelo interesse que está em jogo em cada caso específico, seja ele público ou privado.
(Nota: Não corresponde a todas as situações. Há normas de direito publico que protegem interesses do
direito privado e vice-versa.)
Fins que prosseguem-> Direito Público: o fim essencial é o interesse público ou coletivo. Regula
relações entre sujeitos que se encontram numa posição desigual/supremacia de um sujeito em relação a
outro.
Direito Privado: Os fins são de natureza particular. Regula relações entre sujeitos
que se encontram numa posição de igualdade/equivalência/paridade.
Meios à disposição para os fins-> Direito Público: confere à entidade pública poderes de autoridade
sobre os particulares, o que se traduz numa relação de supremacia.
Direito Privado: Coloca rodos os sujeitos em posição paritária, de igualdade.
Sujeitos-> Direito Público: os sujeitos titulares de direito e poderes sobre outrem são entidades públicas
(Estado, Regiões Autónomas, Autarquias, institutos e associações públicas, etc). (ex: entre municípios)
Direito Privado: Ambos os sujeitos são em regra particulares ou entidades privadas (associações,
fundações, sociedades civis ou comerciais, etc.), ou entidades públicas que tenham atuado despojadas de
poderes de autoridade, ao abrigo de normas de Direito Privado. (ex. contrato de trabalho; poder do
empregador em relação ao trabalhador.)
poderes a sujeição
Quanto aos podres jurídicos utilizáveis-> Direito Público: Há o sujeito ao princípio da legalidade*,
devendo sempre ser respeitada a lei e a CRP (Constituição da República Portuguesa), bem como ao
principio da competência, apenas podendo ser feito o que as normas jurídicas permitirem ou impuserem.
Tudo o que não for permitido ou imposto é proibido.
* “Ninguém será obrigado a fazer alguma coisa senão em virtude da lei.”
Direito Privado: Vigora o princípio da Liberdade*: tudo o que for
proibido, é permitido.
* “O princípio da liberdade é o direito de agir segundo o livre arbítrio, de acordo com a própria vontade,
desde que não prejudique outra pessoa.”
Controlo jurisdicional-> Direito Público: A regra geral é que o controlo jurisdicional da atuaçao do
Estado e dos entes públicos menores pertence a tribunais diferentes dos chamados tribunais comuns.
Tribunais administrativos, fiscais, militares, Tribunal de Contas, Tribunal Constitucional.
Direito Privado: Tribunais judiciais de menores, família, trabalho, comércio, etc.
Direito Público-> Os seus sujeitos, em regra, só podem atuar no âmbito das tarefas que lhe são
incumbidas pela lei mediante um procedimento legalmente estabelecido, sejam procedimentos legislativos,
administrativos ou judiciais.
Direito Privado-> Os seus sujeitos podem atuar livremente nas suas decisões, excetuando os casos
previstos em normas imperativas ou de algumas limitações nos casos das pessoas coletivas privadas…
Direito Constitucional- 1
Estuda a Constituição, que é a lei fundamental do país. Ocupa-se da análise da Organização do Estado
e doas poderes políticos, bem como dos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos.
É através da Constituição que são estabelecidos os limites e as competências dos poderes executivo,
legislativo e judiciário, alem de garantir os direitos e deveres fundamentais dos cidadãos.
Direito Penal- 3
Trata da definição dos crimes e das infrações penais*, bem como das oenas e medidas de segurança
que devem ser aplicadas aos infratores (regulado pelo Código Penal Português- CPP e por outras leis e
regulamentos).
Busca-se, através do Direito Penal, assegurar a ordem pública e proteger os bens jurídicos
fundamentais, como a vida, a integridade física, a liberdade e o património.
*Sistema de Normas Jurídicas
Regula comportamentos sociais que não têm relevância penal, civil ou fiscal. (regulado pelo Código de
Processo penal e pelo Regime Jurídico das Contraordenações) – CPP e RJC
São normas jurídicas que visam disciplinar e proteger o bem-estar da sociedade, sem necessariamente
envolver questões de carater criminal, civil ou fiscal.
Este ramo de direito prevê a aplicação de sanções, mas estas são geralmente de natureza
administrativa.
Estuda as normas e princípios que regulam a atividade financeira do Estado (regulado pelo Código dos
Impostos e pelo Estatuto dos Benefícios Fiscais, além de outras leis e regulamentos). – CI e EBF
Tem como objetivo a gestão eficiente e transparente dos recursos financeiros do Estado, bem como a
promoção da justiça fiscal e o equilíbrio das finanças públicas.
Estuda as normas e princípios que regulam a arrecadação de impostos, taxas e contribuições, bem
como a fiscalização e controlo das atividades relacionadas com a arrecadação desses contributos.
(regulado por uma série de leis e regulamentos, incluindo o Código dos Impostos, o Código do IRS, o
Código do IVA, o Código do IMI, entre outros).
Tem como objetivo garantir a arrecadação justa e equitativa dos tributos, bem como a eficiente
fiscalização e controlo dessas atividades.
Regula as atividades económicas exercidas pelo Estado ou por empresas que prestam serviços públicos
essenciais, tais como energia, transporto, telecomunicações, entre outros. (regulado por uma série de leis
e regulamentos, incluindo o Código dos Contratos Públicos, a Lei das Concessões e o Regulamento da
Atividade de Telecomunicações.)
Direito Judicial- 8
Trata da organização e funcionamento do poder judiciário, bem como das normas e princípios que
regulam o processo judicial e a atividade dos tribunais. (regulado por diversas leis, tais como o Código de
Processo Civil, o Código do Processo Penal, a Lei de Organização do Sistema Judiciário, entre outros). –
CPC e CPP
(Esclarece: se deve haver unidade ou dualidade de jurisdição, o número de localização de tribunais, as
instâncias de recurso, fixação das alçadas (limites de competência), admissibilidade ou não de júri (…).)
Direitos Processuais- 9
São um conjunto de garantias fundamentais asseguradas às partes num processo judicial em Portugal.
Têm como objetivo garantir que o processo judicial seja realizado de forma justa e transparente,
garantindo a proteção dos direitos fundamentais dos cidadãos e a correta aplicação da lei. (direitos
previstos na Constituição e em diversas leis, como o Código de Processo Civil e o Código de Processo
Penal). – CPC e CPP
EX: Para aplicar o: Temos o:
Direito Fiscal -> Direito Processual Fiscal
Direito Administrativo -> Direito Processual Administrativo
Principais Direitos Processuais:
- Direito à Defesa: As partes envolvidas podem apresentar as suas defesas e argumentos, apresentar
provas e testemunhas para a sua defesa.
- Direito ao Contraditório: As partes envolvidas têm acesso a todas as informações relevantes e podem
contestar…
- Direito à Imparcialidade: Que o juiz ou o tribunal seja imparcial.
- Direito à Tutela Jurisdicional Efetiva: A decisão judicial seja tomada de forma justa, transparente e
dentro dos prazos legais.
- Direito à Ampla Defesa: Ter acesso a todas as informações relevantes e possa também apresentar as
suas para a sua defesa.
Trata das relações jurídicas entre particulares, bem como das regras e normas que regulam o exercício
dos direitos fundamentais da pessoa humana. (regulado pelo Código Civil e por outras leis
complementares). - CC
Define as regras e princípios que devem ser observados nas relações privadas, bem como as sanções
aplicáveis em caso de descumprimento.
Também conhecido como “Direito dos Conflitos”, é um ramo do direito que lida com as relações jurídicas
privadas que possuem um elemento estrangeiro.
Estabelece regras e princípios para determinar qual sistema jurídico será aplicado em casos envolvendo
diferentes países ou jurisdições.
Direito Comercial- 1
Também conhecido como direito empresarial ou direito comercial empresarial, é um ramo do direito que
regula as atividades comerciais e empresariais.
Abrange as leis e regulamentos que governam a criação, organização, operação e dissolução de
empresas, bem como as relações entre as partes envolvidas nessas atividades comerciais.
Tópicos abordados: - Direito das sociedades comerciais;
- Contratos comerciais;
- Direito cambial;
- Direito da propriedade intelectual;
- Direito da concorrência;
- Direito do consumidor;
- Direito falimentar;
- Entre outros…
Tem como objetivo fornecer um quadro jurídico para garantir a proteção dos interesses das empresas,
regulamentar as relações comerciais e promover a eficiência e a transparência nos negócios.
- Setor subjetivo ou estatuário: Trata dos aspetos internos e pessoais da empresa (estrutura,
organização, administração).
Direito do Trabalho- 2
É um ramo de direito que abrange as normas e os princípios que regulam as relações entre
empregadores e empregados.
Tem como objetivo estabelecer direitos e deveres para ambas as partes, visando garantir condições
justas de trabalho, proteção aos trabalhadores e harmonia nas relações laborais.
É um ramo do direito que trata da organização e regulamentação dos registos públicos e dos serviços
notariais.
Tem como objetivo garantir a segurança jurídica, autenticidade e publicidade dos atos e fatos jurídicos,
bem como facilitar a prova e a certificação desses eventos.
É um ramo do direito que tem como objetivo proteger e garantir o bem-estar social dos indivíduos por
meio de mecanismos de proteção social.
Abrange as normas, políticas e programas que visam fornecer benefícios e serviços sociais para a
população, com o objetivo de prevenir, mitigar ou superar situações de necessidade, vulnerabilidade e
risco social.
Direito do ambiente- 5
Também conhecido como Direito Ambiental ou Direito Ambiental Internacional, é um ramo do direito que
tem como objetivo proteger e preservar o meio ambiente, assegurando a utilização sustentável dos
recursos naturais e a garantia de um ambiente saudável para as presentes e futuras gerações.
Direito do Consumo- 6
Também conhecido como Direito do Consumidor, é um ramo do direito que tem como objetivo proteger
os direitos e interesses dos consumidores nas relações de consumo.
Estabelece um conjunto de normas e princípios que regulam as relações entre consumidores e
fornecedores de produtos e serviços, visando equilibrar o poder nas relações de consumo e assegurar a
segurança, a qualidade e a transparência nas transações comerciais.
Direito desportivo- 7
É um ramo do direito que abrange as normas e regulamentações que servem as atividades e relações
no âmbito do desporto
Ele engloba um conjunto de regras jurídicas específicas aplicáveis ao desporto.
António Baptista Machado é conhecido por suas contribuições significativas para o campo do Direito
Constitucional, com ênfase em Portugal. Alguns dos principais conceitos discutidos em sua obra incluem:
Sua abordagem considera tanto a interpretação textual quanto a interpretação conforme os princípios
constitucionais.
As contribuições de Baptista Machado para o campo do Direito são vastas. Ele oferece uma análise crítica
e profunda dos princípios fundamentais do Direito Constitucional, fornecendo insights sobre questões
teóricas e práticas que moldam o funcionamento dos sistemas jurídicos. Suas obras também contribuem
para o desenvolvimento da jurisprudência constitucional, influenciando a maneira como os tribunais
interpretam e aplicam as normas constitucionais.
Essas ideias podem ser aplicadas em situações práticas ou problemas jurídicos contemporâneos de várias
maneiras, incluindo:
Decisões Judiciais: Os tribunais podem se basear nos conceitos discutidos por Baptista Machado ao
interpretar disposições constitucionais e ao decidir casos que envolvem questões como direitos
fundamentais, separação de poderes e limites do poder estatal.
Legislação: Legisladores podem considerar as contribuições de Baptista Machado ao elaborar leis que
estejam em conformidade com os princípios constitucionais, garantindo assim a legalidade e a proteção
dos direitos individuais.
Advocacia e Doutrina: Advogados e acadêmicos podem aplicar os conceitos discutidos por Baptista
Machado em suas argumentações e análises jurídicas, fornecendo fundamentação teórica e prática para
suas posições em questões constitucionais.
Em suma, as ideias de Baptista Machado são fundamentais para compreender e aplicar o Direito
Constitucional em contextos contemporâneos, contribuindo para a consolidação do Estado de Direito e a
proteção dos direitos fundamentais.
A citação "Punhado de Homens -> Sociedade, Poderio do Príncipe -> Autoridade" parece ser uma
simplificação ou resumo de conceitos discutidos por António Baptista Machado em sua obra. Vou tentar
explicar o significado por trás dessa frase:
Punhado de Homens -> Sociedade: Aqui, "Punhado de Homens" refere-se à ideia de que a sociedade é
composta por indivíduos, um grupo de pessoas que se unem em comunidade. A expressão "Punhado de
Homens" sugere que a sociedade é formada por uma coleção de pessoas individuais. Isso pode ser
interpretado como uma referência à base da sociedade, que é composta por seus membros individuais.
Poderio do Príncipe -> Autoridade: "Poderio do Príncipe" pode ser interpretado como a capacidade ou
autoridade do governante, o príncipe, de exercer controle sobre a sociedade. O termo "Poderio" sugere a
capacidade de impor vontade ou influenciar eventos. "Autoridade", por outro lado, refere-se ao
reconhecimento legítimo desse poder e à obediência voluntária dos membros da sociedade. Isso implica
que o governante possui uma autoridade reconhecida pelos membros da sociedade, permitindo-lhe
exercer controle sobre eles.
Em resumo, a frase está relacionada à dinâmica entre os indivíduos na sociedade e a autoridade do
governante. Ela destaca a relação entre os cidadãos e o poder estatal, indicando que a sociedade é
formada por pessoas individuais e que a autoridade do governante depende do reconhecimento e
aceitação da sociedade. Esses conceitos são fundamentais para a compreensão das relações entre
governo e sociedade em contextos políticos e sociais.