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ESCOLA SECUNDÁRIA EDUARDO SILVA NIHIA

MALEMA

Trabalho de carácter avaliativo de Física


Classe: 9ª
Turma: A
Número: 77

Tema:
Óptica geométrica

Discente:
Vidância Adriano Armando
Docente
Isac Valentim

Malema, Outubro de 2023


Índice
Introdução..........................................................................................................................3

Óptica Geométrica.............................................................................................................4

RAIO E FEIXE LUMINOSO...........................................................................................5

PRINCIPIOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA....................................................................5

EXPERIÊNCIA.................................................................................................................6

CONSEQUÊNCIAS DA PROPAGAÇÃO RETILÍNEA DA LUZ.................................6

Formação dos eclipses.......................................................................................................7

Formação de imagens invertidas numa câmara escura......................................................7

LEIS DA REFLEXÃO DA LUZ......................................................................................9

A imagem de um objecto não pontual.............................................................................11

ASSOCIAÇÃO DE DOIS ESPELHOS PLANOS.........................................................11

ESPELHOS ESFÉRICOS...............................................................................................12

OBTENÇÃO EXPERIMENTAL DO FOCO DE UM ESPELHO CÔNCAVO............12

IMAGENS DADAS POR UM ESPELHO ESFÉRICO.................................................13

Conclusão........................................................................................................................15

Referência........................................................................................................................16
Introdução

A óptica é uma ciência muito antiga que sempre despertou interesse das pessoas. Platão
chegou a supor que os nossos olhos emitiam pequenas partículas que, ao atingirem os
objectos os tornavam visíveis. Como deve imaginar, isso é totalmente errado, se fosse
assim, nós poderíamos enxergar no escuro.
A luz é a grandeza que possui a maior velocidade, sendo algo em torno de 299.792.458
m/s. Geralmente, para facilitar os cálculos, aproxima-se esse valor para 300.000.000 m/s
(3.108 m/s) ou 300.000 km/s (3.105 km/s). A distância percorrida pela luz em um ano é
chamada de ano-luz, sendo que um ano-luz cobre uma distância de aproximadamente
9,46.10¹¹ km ou 9,46.1014 m.
Óptica Geométrica

Ao ramo da física que estuda os fenómenos relacionados com a luz, a sua natureza,
comportamento e propriedades dá-se o nome de óptica. A óptica geométrica estuda os
fenómenos que são explicados com base na propagação retilínea da luz, como por
exemplo, os eclipses, a imagem nos espelhos e nas lentes, entre outros.
Em óptica, os diversos corpos existentes na natureza classificam-se em:
Corpos luminosos ou fontes luminosas, que são os corpos que emitem luz própria, como
por exemplo, o sol, as estrelas, chama de uma vela, uma lâmpada acesa, o pirilampo,
entre outros.

Corpos iluminados são aqueles que não possuem luz própria, refletindo a luz que
recebem dos corpos luminosos, como por exemplo, planetas, como a terra, a lua, as
paginas de um livro, entre outros.
Corpos opacos são os corpos que impedem a passagem da luz, não permitindo a visão
dos objectos através deles. Quando esses corpos se interpõem no caminho da luz,
produzem sobras, como por exemplo, uma parede de cimento, uma esfera metálica, uma
placa de madeira, entre outros.

Corpos transparentes são aqueles que se deixam atravessar totalmente pela luz
permitindo uma visão nítida dos objectos através deles, exemplo, uma placa de vidro
liso, a película fina da água límpida, o ar, entre outros.
Corpos transcluidos são os corpos que apenas se deixam atravessar parcialmente pela
luz, sendo a visão dos objectos através deles, muito pouco nítida. Exemplo: Placa de
vidro nervurado, papel engordurado, entre outros corpos.

RAIO E FEIXE LUMINOSO

Para representar a propagação da luz num determinado meio, usa-se o raio luminoso,
que é uma idealização física representada geometricamente por meio de uma seta
luminosa.
Ao conjunto de raios luminosos, dá-se o nome de feixe luminoso. Existem vários tipos
de feixes luminosos: Paralelos, convergentes e divergentes.

PRINCIPIOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

 Princípios da propagação retilínea da luz


Num meio homogéneo e transparente, como o ar, a luz propaga-se em linha reta.
Outros dois princípios ópticos muito importantes que regem a propagação da luz são os
seguintes:
 Princípios da reversibilidade dos raios da luz
O caminho seguido pela luz não depende do sentido da propagação.

 Principio da independência dos raios da luz


Um raio de luz, ao cruzar com outro, não interfere na sua propagação.

EXPERIÊNCIA

Para a realização desta actividade, vai necessitar do seguinte material:


 3 placas opacas de cartão (30×30 cm)
 3 suportes para as placas de cartão
 Uma vela acesa
Com o prego, faça um orifício com aproximadamente 1cm de diâmetro no centro de
cada uma das 3 placas de cartão.
Coloque cada uma das placas sobre um suporte e distancie-as minimamente cerca de 40
cm umas das outras. Faça com que os 3 orifícios das placas estejam perfeitamente
alinhados.
Em frente do orifício da primeira placa (P1), coloque a vela acesa e espreite pelo
orifício da ultima placa (P3). A chama da vela é perfeitamente visível.
Desloque a placa 2 de modo que o orifício fique desalinhado com o orifício de outras
placas. A chama da vela deixa de ser visível.

CONSEQUÊNCIAS DA PROPAGAÇÃO RETILÍNEA DA LUZ

Formação da sombra e da penumbra


Quando entre uma fonte luminosa e um anteparo se coloca um objeto opaco, de modo a
que este se interponha no caminho da luz é possível observar, no anteparo, zonas de
sombras e de penumbra cujos contornos são os limites do corpo opaco.
Formação dos eclipses

Um eclipse é a ocultação, total ou parcial, de um astro devido a interposição de um


outro em direção da luz solar. Existem dois tipos de eclipse:
1) Eclipse do sol
Ocorre quando o sol, a lua e a terra se posicionam de tal forma que os seus centros
ficam em linha reta com a lua, na qualidade de corpo opaco a interpor-se no caminho da
luz solar, projectando um cone de sombra e de penumbra sobre o nosso planeta.

2) Eclipse da lua
Ocorre quando o sol, a lua e a terra se posicionam de tal forma que a Terra, como corpo
opaco, se interpõe no caminho da luz solar, projectando um cone de sombra e de
penumbra no nosso satélite.

Formação de imagens invertidas numa câmara escura

Uma câmara escura é uma caixa de paredes opacas com um pequeno orifício numa das
faces que permite a passagem de luz. Para conseguirmos ver a imagem, na parede
oposta ao orifício de entrada da luz colocamos um material translucido.
Pelo esquema, facilmente se percebe que a formação da imagem invertida é uma
consequência da propagação retilínea da luz.
Reflexão da luz
É o fenómeno que ocorre quando, no seu trajecto, os raios luminosos, ao encontrarem
um obstáculo, são desviados para o mesmo meio de onde são provenientes. Existem
dois tipos de reflexão:
Difusão ou reflexão irregular
Ocorre quando os raios luminosos encontraram uma superfície irregular, como por
exemplo as paredes de uma sala, uma folha de papel, um quadro, entre outros.
Nestes casos, os raios luminosos espalham-se em todas direcções, facto que nos permite
ver os objectos que nos rodeiam.

Reflexão regular ou reflexão


Ocorre quando os raios luminosos encontraram uma superfície lisa e polida, como, por
exemplo, um espelho, uma placa de vidro liso, a superfície límpida das águas de um
lago (ou do mar, num dia calmo, etc). Nestes casos, os raios luminosos são desviados
numa única direcção bem definida.

LEIS DA REFLEXÃO DA LUZ

Experiência
Para realizar esta actividade, vai necessitar do seguinte material:
 Espelho retangular (3cm × 8cm)
 Compasso
 Folha de papel
 Placa de isotermo(10cm×12cm)
 Tira de lata(8cm×0,3cm)
 Cola
 Dois alfinetes
 Esquadro
 Transferidor

Montagem e procedimentos
 Com a ponta metálica do compasso e régua, risque uma linha no meio da
parte de trás do espelho, no sentido da largura, de modo a tirar a tinta.
Olhando para a frente deverá aparecer um risco preto como mostra a figura.

 Trace um círculo com 8cm de diâmetro na folha de papel, desenhando nele


dois diâmetros perpendiculares.
 Dobre a tira da lata como mostra a figura, e coloque-a na extremidade do
espelho para segurá-lo em posição vertical.
 Coloque o papel em cima da placa de isotermo.
 Com ajuda da lata, coloque o espelho de modo a que a parte de trás do
mesmo coincida com um dos diâmetros (o mais exactamente possível) e o
risco central do espelho com o centro do círculo.
 Espete um alfinete perperdincularmente a linha da circunferência, no quarto
quadrante.
 Segure no outro alfinete e olhe onde indica a figura (terceiro quadrante), vá
correndo o alfinete pela circunferência no mesmo quadrante.
 No momento em que visualizar, em linha recta , a imagem do primeiro
alfinete (primeiro quadrante), o risco do espelho e o alfinete que tem na mão,
espete-o sobre a circunferência numa posição bem vertical.
 Tire os alfinetes, o papel e trace os dois raios que unem o centro com os
furos do alfinete tal como indica a figura.
 Meça os dois ângulos restantes
Imagem dada por um espelho plano
Quando olhamos a nossa imagem refletida num espelho plano, ela parece estar
situada atrás do espelho. Essa imagem formada no prolongamento dos raios
refletidos é denominada imagem virtual.
Vamos determinar as características da imagem fornecida por um espelho plano:
 Imagem do ponto O
Na figura abaixo, temos que:
 Θi: Ângulo de incidência
 Θr: Ângulo de reflexão
 p: Distância objecto, que é a distância do objeto ao espelho
 P‘: Distância imagem, que é a distância da imagem ao espelho

Observe que a imagem fornecida pelo espelho


 É virtual (formada no prolongamento dos raios refletidos)
 É do tamanho do objecto, isto é, a imagem é pontual, tal como o objecto.
 Fica situada à mesma distância do espelho
 Fica situada atrás do espelho

A imagem de um objecto não pontual

 É virtual (formada no prolongamento dos raios refletidos)


 O tamanho da imagem é igual ao do objecto
 Fica situada à mesma distância do espelho
 Fica situada atrás do espelho
ASSOCIAÇÃO DE DOIS ESPELHOS PLANOS

Para esta verificação, precisamos do seguinte:


 Dois espelhos planos
 Folha de papel milimétrico
 Um objecto real (um lápis)
 Fita adesiva
 Régua
 Transferidor

Procedimentos
 Una os espelhos de maneira a formar vários ângulos (30º, 45º, entre outros).
 Coloque-os sobre o papel milimétrico
 Meça os ângulos “α” entre eles
 Coloque um objecto na bissetriz do “α”
 Observe e registe o número N de imagens formadas
 Verifique se N está de acordo com a equação

ESPELHOS ESFÉRICOS

Espelhos esféricos é toda superfície refletora que faz parte de uma calote esférica.
Existem dois tipos de espelhos:
 Concavo: A parte refletora é a zona interna da calote
 Convexo: A parte refletora é a zona externa da calote
Elementos principais de um espelho esférico
 C: Centro da curvatura
 F: Foco principal
 V: Vértice do espelho
 R: Raio da curvatura
 f: Distância focal
 α: Ângulo da cobertura

OBTENÇÃO EXPERIMENTAL DO FOCO DE UM ESPELHO CÔNCAVO

 Vire para o sol, a zona refletora (interna) de um espelho esférico côncavo


 Em frente à zona espelhada, coloque uma folha de papel, de maneira que
não tape o caminho dos raios solares incidentes no espelho.

Verá surgir, na zona do eixo principal, um ponto luminoso muito forte. Esse ponto
luminoso é a imagem real do sol e recebe o nome de foco principal do espelho. O foco
(F) do espelho esférico côncavo divide ao meio o raio de curvatura (R).
Os raios do sol incidem paralelamente ao eixo principal, e, ao serem refletidos pelo
espelho, cruzam-se no foco. O ponto F é o ponto médio do segmento CV, isto é:
IMAGENS DADAS POR UM ESPELHO ESFÉRICO

Um espelho esférico pode fornecer dois tipos de imagem de um objecto real:


Imagem real
É produzida pelo cruzamento efectivo dos raios luminosos depois de terem sido
refletidos pelo espelho. Esta imagem pode ser projectada num anteparo colocado em
frente ao espelho e pode ser maior ou menor que o objecto, dependendo da posição
deste diante da superfície refletora. Em geral, é uma imagem invertida e só pode ser
fornecida pelo espelho côncavo.

Imagem virtual
É produzida pelo cruzamento dos prolongamentos dos raios luminosos refletidos pelo
espelho. Esta imagem não pode ser projectada num anteparo colocado em frente ao
espelho e é sempre maior do que o objecto no caso da reflexão ocorrer no espelho
côncavo. É menor que o objecto se a imagem for produzida pelo espelho convexo. É
sempre localizada atrás do espelho.
Para construirmos uma imagem de um objecto dadas por espelho esférico, devemos
obedecer a, pelo menos duas das três regras ilustradas pelas imagens que seguem:
O raio luminoso que incida no espelho paralelamente ao eixo principal, será refletido de
modo a passar pelo foco principal do espelho.

O raio luminoso que incida no espelho passando pelo foco principal, será refletido
paralelamente ao eixo principal.
O raio luminoso que incida no espelho passando pelo centro de curvatura será refletido
sobre si mesmo, isto é, volta para trás pelo mesmo caminho.
Conclusão

A óptica é uma ciência muito antiga que sempre despertou interesse das pessoas. Platão
chegou a supor que os nossos olhos emitiam pequenas partículas que, ao atingirem os
objectos os tornavam visíveis. Como deve imaginar, isso é totalmente errado, se fosse
assim, nós poderíamos enxergar no escuro.
Ao conjunto de raios luminosos, dá-se o nome de feixe luminoso. Existem vários tipos
de feixes luminosos: Paralelos, convergentes e divergentes.
Referência

Paul Tipler, FÍSICA–VOLUMES 1, 2, 3 e 4–3ª edição –1991, Livros técnicos e


científicos. Editora S. A, Rio de Janeiro, Brasil.

Anatoli Leuchin e José Lourenço Cindra, PROBLEMAS DE FÍSICA—PARTES I e II,


Faculdade de educação—Departamento de Matemática e Física, UEM—Maputo,
Moçambique.

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