Motivação Pessoal
Motivação Pessoal
Motivação Pessoal
SAÚDE
MOTIVAÇÃO PESSOAL
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24p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-331-9
CDD 152.5
SUMÁRIO
1 O QUE É MOTIVAÇÃO?............................................................................................................3
2 MOTIVAÇÃO PESSOAL............................................................................................................6
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3 MOTIVAÇÃO PESSOAL X MOTIVAÇÃO PROFISSIONAL .....................................................13
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................22
1 O QUE É MOTIVAÇÃO?
Segundo Chiavenato (1998) é difícil definir exatamente o que é motivação, pois essa é
utilizada em diferentes sentidos. A motivação deve funcionar em termos de forças ativas e
impulsionadoras, ou seja, funciona como “desejo” e “receio”. As pessoas são diferentes no que
se refere à motivação, pois as necessidades variam de indivíduo para indivíduo, produzindo
diferentes padrões de comportamentos, valores sociais, e a capacidade para atingir objetivos.
Spector (2005) coloca que “a motivação é geralmente descrita como um estado interior
que induz uma pessoa a assumir determinados tipos de comportamento”. Refere-se a um desejo
de conquistar ou alcançar algum objetivo, ou seja, a motivação resulta dos desejos, das
necessidades ou das vontades.
FIGURA 01
O ciclo motivacional se inicia com o surgimento de uma necessidade que desencadeia
um comportamento, ou seja, toda vez que surge uma necessidade essa rompe com o estado de
equilíbrio do organismo, causando certo desconforto, tensão, insatisfação e desequilíbrio,
levando o indivíduo a um comportamento capaz de livrá-lo da tensão e
do desconforto. Se esse comportamento for eficaz, o indivíduo
encontrará a satisfação da necessidade descarregando todas as
tensões, fazendo com que o organismo atinja novamente seu estado
de equilíbrio.
Maslow (1943 apud SPECTOR, 2005) desenvolveu um estudo sobre a motivação que
tenta explicar o que vem em primeiro lugar em nossas vidas e esta teoria ganhou o nome de
Teoria da Hierarquia das Necessidades. Essa teoria afirma que a satisfação das necessidades
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humanas é essencial para a saúde física e mental das pessoas, pois elas são dispostas em uma
hierarquia que inclui necessidades físicas, sociais e psicológicas. O nível mais baixo inclui as
necessidades referentes à sobrevivência como ar, água e comida. O segundo nível consiste nas
necessidades de segurança quanto à proteção de riscos e perigos que a vida oferece, como
relacionadas a abrigo e proteção. No terceiro nível estão as necessidades sociais, que incluem
amor, afeto e relacionamentos com as outras pessoas. O quarto nível é da necessidade de
estima que engloba o respeito a si próprio e aos outros. E finalmente temos a autorrealização
que Maslow não definiu com muita precisão. Esse nível diz respeito à satisfação dos objetivos
pessoal e ao alcance pleno do potencial individual, ou como afirmou o teórico “o desejo de ser
tudo o que se é capaz de ser”.
Agora que já entendemos o que é motivação e sua importância, vamos falar sobre sua
motivação pessoal. Pare e pense:
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FIGURA 02
Essa pergunta nem sempre é muito fácil de ser respondida e nos remete há muitas
coisas que queremos e não temos força para buscar. Ou simplesmente não sabemos como nos
manter motivados para conquistá-las. Mas não basta somente querer, é preciso ação. Um
ingrediente essencial é acreditar sempre.
Segundo Marques (2002) motivação pessoal “é designar objetivos globais, é colocar na
mente a meta desejada, superar problemas e, sobretudo superar desafios”. Para praticar a
motivação pessoal, precisamos traçar metas dignas, honestas, e que para que todas as
conquistas sejam satisfatórias não poderá afetar ou atingir negativamente o próximo. Motivação
é estar preparado para superar todos e quaisquer obstáculos, acreditar que pode vencer e
acreditar que pode alcançar o seu maior desejo. 7
FIGURA 03
A motivação pessoal é uma das ferramentas mais poderosas que o ser humano detém
para buscar o poder, a realização e saber realizarem o seu próprio eu. Para começarmos a
buscar o que realmente queremos é necessário primeiramente traçar os objetivos. Colocar na
mente o desejo real do querer, do sentir, do ver, do acontecer e atingir o desejo materialmente.
Para traçar os objetivos é preciso enumerar metas para saber qual o caminho adequado a seguir
e atingir o real objetivo e o verdadeiro motivo de realizar o que está desenhado em sua mente
(MARQUES, 2002).
De acordo com Deci e Ryan (2000 apud Guimarães, 2004) a motivação intrínseca
(aquela que vem de dentro do ser humano) é o fenômeno que representa o potencial positivo da
natureza humana, sendo considerada a base para o crescimento, integridade psicológica e
coesão social. É configurada como uma tendência natural para buscar coisas novas, desafios e
exercitar a própria capacidade. Refere-se ao envolvimento em alguma atividade por seu próprio
interesse o que vem gerar satisfação. Csikszentmihalyi (1992 apud Guimarães 2004) vem 8
completar essa afirmação dizendo que esse envolvimento é espontâneo, parte do interesse
particular e autotélico, isto é, uma atividade direcionada com fim em si mesmo.
Segundo Mileris (2006), para elaborar um plano de ação eficiente, é preciso levar em
consideração os princípios da motivação e concentrar a atenção nos quatro desejos básicos do
ser humano:
1. Segurança;
2. Satisfação do Eu;
3. Bens e Luxos Materiais;
4. Amor.
Ainda de acordo com este autor o sucesso do ser humano em qualquer projeto ou
ação é determinado pela intensidade com que são estabelecidas as metas e como é
esquematizado o plano de ação para atingi-las. Está provado que metas estabelecidas são um
dos mais poderosos e influentes campos de força que atuam na motivação pessoal. Qualquer
pessoa que queira dominar esse fundamento precisa fazer uma autoanálise para se conhecer e
saber definir as próprias metas. Deve compreender suas necessidades básicas, fisiológicas e
psicológicas – conscientes ou inconscientes – e compreender como essas necessidades afetam
ou incentivam seus comportamentos. Traduzir suas necessidades em metas, descobrindo os
caminhos da superação e estabelecendo um prazo limite para atingir os objetivos e metas que
foram traçados. Todos estes elementos combinados em um plano escrito, num esquema de
ação e controle, dirigirão e motivarão seus esforços para uma vida plena. Para compreendermos
melhor o estabelecimento de metas o autor coloca:
1. A pessoa precisa fixar metas;
2. As metas precisam ser realistas e tangíveis;
3. Quem fixar metas precisa ter uma demonstração periódica de seu progresso.
Portanto, devemos prestar atenção, pois as metas precisam ser reais e possíveis de
serem alcançadas e os resultados precisam vir com o tempo para termos a certeza de que
estamos no caminho certo.
Um fator muito importante que está envolvido diretamente com a automotivação e que
precisa ser lembrado é a autoestima. A autoestima é o sentimento positivo que temos com
relação a nós mesmos. Quando está em alta nos sentimos bem e temos motivação para seguir 9
em frente com nossas metas, mas quando está baixa surge o desânimo e a falta de vontade de
continuar. Para Marques (2002, p. 26) “a motivação pessoal caminha lado a lado com a
autoestima da pessoa, pois se faltar uma delas a pessoa não consegue atingir o desejo
almejado”. Sendo assim, o ser humano para motivar e manter sua autoestima basta acreditar em
si mesmo.
Quando falamos de autoestima surge um novo questionamento: Você se conhece bem?
Desenvolver o autoconhecimento é necessário. Quando não nos conhecemos é impossível
determinarmos o que queremos para nossa vida, que sonhos temos, que objetivos e metas
queremos realizar.
De acordo com Branco (2008) uma pessoa que não consegue se automotivar, não
acredita em si mesma e não tem autoestima, não terá nenhuma possibilidade de conseguir o que
quer que seja. Os principais componentes da autoestima são o entusiasmo e o otimismo. O
entusiasmo é uma força capaz de gerar motivação nas pessoas deixando-se contagiar pelo novo
e pelo inesperado. O otimismo torna você capaz de transformar sua vida.
Para combater o pessimismo e fortalecer o otimismo é preciso acreditar que você é uma
pessoa especial, com amor-próprio e sempre de bem com a vida, gostar de si mesmo
reconhecendo suas limitações, seu próprio valor e não ter dúvidas sobre sua capacidade de
transformar as ameaças em oportunidades (BRANCO 2008).
FIGURA 04
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Como pudemos observar a motivação pessoal é muito importante para que possamos
alcançar nossos objetivos e buscar nossos sonhos. A motivação em si exerce influências de
diversas maneiras nos diferentes aspectos de nossa vida. Uma das áreas que mais exigem a 13
motivação em alta é o trabalho. Agora entenderemos como a sua motivação pode interferir no
seu rendimento no trabalho e as influências que exerce sobre sua vida profissional.
FIGURA 05
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Levando isso em consideração Fenton (1999) afirma que “todos nós precisamos atingir
metas e ser vistos ao atingi-las por nossos maridos ou esposas, colegas e chefes. E precisamos
crescer para nossa própria realização”. Toda motivação vem de dentro e não de fora, às vezes,
nós podemos crescer lateralmente alargando nossas habilidades mais do que subindo e
atingindo objetivos.
Um fator importante e que precisa ser levado em consideração é que quando estamos
desmotivados no trabalho acabamos por comprometer nosso rendimento e produtividade o que
pode trazer consequências não muito boas para a vida profissional. A imagem profissional
decorrente dessa desmotivação pode deixar marcas na sua carreira que sofrerá influências
negativas do período em que não estava se desenvolvendo de acordo com o ideal. Spector
(2005) aborda que a satisfação e o desempenho no trabalho são dois fatores que estão
intimamente relacionados. A satisfação deve resultar de um desempenho, ou seja, as pessoas
que gostam de seu trabalho se empenharão mais e consequentemente terão melhor
produtividade e desenvolvimento profissional.
A falta de motivação no trabalho faz você parar no tempo, não se desenvolver e se
tornar um mero cumpridor de tarefas, isso tende afetar também a empresa que não terá a
produtividade esperada para aquele profissional a quem confiou seus serviços. Pesando nisso
Navarro (2007) aborda uma questão importante que é o diferencial do ser humano. O seu 16
diferencial pode ser aquilo que só você sabe fazer ou faz de forma especial e isso está ligado às
suas experiências de vida e as habilidades que desenvolveu. É facilmente reconhecido pelas
pessoas, pois se trata de algo diferente que elas não possuem. Mas será que você reconhece
seus diferenciais? Comece a prestar atenção nos elogios que recebe e naquilo que você sabe
fazer de melhor. O reconhecimento de seu diferencial é essencial para uma carreira de sucesso.
Para refletir sobre isso a autora conta a seguinte história:
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Segundo Felippe (2001), o real valor do trabalho vem passando por muitas
transformações e quebrando paradigmas ao longo dos anos. Antigamente era possível ter
reconhecimento e satisfação pessoal no trabalho. Observamos, porém, que nos dias atuais o
trabalho é somente considerado meio de sobrevivência e de segurança, já que podemos
encontrar um grande número de pessoas insatisfeitas no trabalho que desempenha. Pode-se
dizer ainda que o envolvimento das pessoas com o trabalho vem diminuindo, assim como a
motivação para o mesmo.
Uma questão que precisa ser discutida, é que no mundo em que vivemos somos
cobrados a todo o momento para obter resultados no trabalho, ter boa comunicação, se
relacionar bem com as outras pessoas e manter um bom nível de desempenho em todos os
aspectos. Essas cobranças podem servir de incentivo para a carreira profissional. Por meio dos
erros e acertos provenientes da carreira profissional podemos tirar aprendizados que sejam
positivos para manter a motivação e proporcionar maior desenvolvimento pessoal e profissional.
Sabe-se que atualmente as empresas investem e trabalham constantemente para
manter seus colaboradores motivados, o que vem sendo um diferencial competitivo entre elas 18
que oferecem planos de benefícios, incentivos, planos de carreiras, participação nos resultados
entre outros itens que influenciam diretamente na motivação do trabalhador no que se refere à
eficiência no trabalho, produtividade e resultados lucrativos e satisfatórios para a organização.
Observamos ainda que alguns funcionários conseguem manter-se mais motivados que outros, e
isto tem relação direta com os objetivos e metas, ou seja, ele está no caminho certo, está
atingindo suas metas e por isso mantêm-se motivado.
Os seres humanos formam uma organização, porque esperam que a sua participação
satisfaça algumas de suas necessidades individuais e para obter essa satisfação, as pessoas
fazem certos esforços pessoais na organização, pois esperam que a satisfação de suas
necessidades sejam maiores do que o custo, e avaliam esses fatores por meio de seu sistema
de valores. Sempre existe um relacionamento de intercâmbio entre os indivíduos e a
organização; a maneira como os objetivos de cada um são satisfeitos, determina sua percepção
do relacionamento, que poderá ser analisado como satisfatório para que os indivíduos percebam
que suas recompensas superaram as demandas feitas sobre ela. (CHIAVENATO, 1998, p. 114 -
115).
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FIGURA 09
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REFERÊNCIAS
BRANCO, Castelo V. R. Rumo ao Sucesso: Aprenda como transformar sua vida profissional em
uma carreira de sucesso. Rio de Janeiro: E-papers, 2008.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos: Edição Compacta. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998. 22
FENTON, John. 101 Maneiras para Aperfeiçoar seu Desempenho Profissional: Um guia para
o gerente que quer crescer. São Paulo: Nobel, 1999.
MILERIS, Wilson. O Click do Êxito: Uma vida melhor com metas definidas. São Paulo:
Prestígio, 2006.
NAJJAR, Eduardo et al. Urgente: O que você precisa saber sobre sua carreira. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2004.
SPECTOR, Paul E. Psicologia nas Organizações. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
WAGNER III, John A; HOLLENBECK, John R. Comportamento Organizacional: Criando
Vantagem Competitiva. São Paulo: Saraiva, 2003.
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