Projeto de Reúso Da Água

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI

Técnico em Química - Semipresencial

JULIANA SOARES MAIA CARVALHO DE PAULA

KAROLINE RODRIGUES DE OLIVEIRA

TRATAMENTO DE ÁGUA DA TORRE DE RESFRIAMENTO POR OSMOSE REVERSA

COLOMBO,2024.
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JULIANA SOARES MAIA CARVALHO DE PAULA

KAROLINE RODRIGUES DE OLIVEIRA

Trabalho da unidade curricular de desenvolvimento de


projetos, apresentado como trabalho de conclusão de
curso, do curso Técnico de química semipresencial, do
Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI.

Professor: M. Sc. William Rogoski

Colombo, 2024.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
2. OBJETIVO...................................................................................................................5
3. METODOLOGIA......................................................................................................… 6
4. DESENVOLVIMENTO..............................................................................................…. 7

TRATAMENTO DE ÁGUA TORRE DE RESFRIAMENTO POR OSMOSE REVERSA……...........……8

QUAL A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO DA ÁGUA?.............................................……….9

ANÁLISE DA ÁGUA DA TORRE DE RESFRIAMENTO: POR QUE É IMPORTANTE...........………9

LEGISLAÇÕES PARA A ANÁLISE DE EFLUENTES INDUSTRIAIS...................................….…….9

PARÂMETROS PARA O LANÇAMENTO DE EFLUENTES........................................……………10

ÁGUA UTILIZADA NAS ANÁLISES……...............................................................................10

CONSIDERAÇÕES SOBRE SEGURANÇA…….......................................................................10

DESCARTE DE RESÍDUOS........................................................................................……… 11

5. CONCLUSÃO.…………….........................................................................................……12

ANEXOS.…………….........................................................................................……………….12
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1. Introdução

Segundo as estatísticas, 70% da superfície do planeta é constituída de


água. Dessa água toda, de longe o maior volume é de água salgada e somente
2,5% são de água doce e, quase 98% estão na forma de água subterrânea. Isto
quer dizer que a maior parte da água facilmente disponível e própria para
consumo é mínima perto da quantidade total de água existente na Terra. Nas
sociedades modernas, a busca do conforto implica necessariamente em um
aumento considerável das necessidades diárias de água.

Estudiosos preveem que em breve a água será causa principal de


conflitos entre nações. Há sinais dessa tensão em áreas do planeta como
Oriente Médio e África. Mas também os brasileiros, que sempre se consideraram
dotados de fontes inesgotáveis, veem algumas de suas cidades sofrerem falta
de água. A distribuição desigual é causa maior de problemas. Entre os países, o
Brasil é privilegiado com 12% da água doce superficial no mundo.
A água limpa está cada vez mais rara na Zona Costeira e a água potável
cada vez mais cara. Essa situação resulta da forma como a água disponível vem
sendo usada: com desperdício - que chega entre 50% e 70% nas cidades -, e
sem muitos cuidados com a qualidade. Assim, parte da água no Brasil já perdeu
a característica de recurso natural renovável (principalmente nas áreas
densamente povoadas), em razão de processos de urbanização, industrialização
e produção agrícola, que são incentivados, mas pouco estruturados em termos
de preservação ambiental e da água.
A reutilização ou reuso de águas tem sido uma das melhores alternativas
para a prevenção deste líquido, que corre o risco de não estar presente no dia a
dia das futuras gerações. Apesar da disponibilidade de água potável, ou pura,
ainda ser considerável, em alguns processos em que a água serve como matéria
prima há a necessidade de torná-la ainda mais pura que seu estado natural. As
caracterizações físico-químicas da água e de soluções aquosas têm como
objetivo identificar e quantificar os elementos e espécies iônicas presentes
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nesses compostos e associar os efeitos de suas propriedades às questões


ambientais, permitindo a compreensão dos processos naturais ou alterações no
meio ambiente. O conhecimento das propriedades físicas e químicas de átomos
e moléculas, e de suas interações, permitem responder a questões como, quais
e em que níveis eles podem ser adversos aos ecossistemas e à saúde humana.

2. Objetivo

O serviço de tratamento de água de torre de resfriamento é realizado com o


objetivo de assegurar a máxima qualidade da água a fim de evitar possíveis
entupimentos com incrustações sólidas, lama, bactérias, algas, corrosões, para
que estas fiquem em condições adequadas para o melhor desempenho da torre
de resfriamento.
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3. Metodologia

Alguns processos fabris, como resfriamento industrial, lavagem de


tanques ou geração de vapor, produzem rejeitos com propriedades químicas e
físicas que precisam ser devidamente tratados antes de serem despejados na
natureza. Visando minimizar esses impactos no ecossistema, há algumas
décadas, o tratamento de efluentes industriais se tornou um processo necessário
e obrigatório por lei no país. Dessa forma, as indústrias precisam dar um destino
adequado aos rejeitos, evitando que sofram sanções legais, com impacto
negativo nos negócios.

O processo de Tratamento de Água por Osmose Reversa geralmente


começa com a pré-tratamento da água bruta para remover sólidos suspensos,
sedimentos e materiais orgânicos que possam obstruir ou danificar a membrana.
Em seguida, a água é pressurizada e forçada a atravessar a membrana
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semipermeável, onde os contaminantes são retidos, enquanto a água purificada


passa para o outro lado da membrana.

4. Desenvolvimento

O laboratório, é voltado para análises de efluentes, constituído por 1 sala


administrativa; 1 sala de preparação de amostra; 1 sala de pesagem; 1 sala de
arquivo; 1 sala de microbiologia; 1 sala de estufa e equipamentos e 1 sala de
análises químicas. Para isso, o laboratório conta com uma equipe profissional
composta de 2 sócios e 22 funcionários, dispostos da seguinte forma: 1
Engenheira Química, 1 Administrador Geral, 1 Gerente Financeiro, 2 Assistentes
Administrativos/Financeiro/Mkt, 2 Vendedores Internos, 1 Técnico Químico, 1
Técnico em Manutenção Elétrica, 1 Técnico em Segurança do Trabalho, 2
Faxineira(o) e 10 laboratoristas e 5 estagiários responsáveis pela preparação de
todos os procedimentos para realização das diversas atividades laboratoriais
desenvolvidas. Temos uma grade completa de equipamentos e vidrarias,
disponível no ANEXO I, também no anexo I é possível ver os maiores gastos
voltado para a constituição do laboratório.
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Após o tratamento empregando a Osmose Reversa

TRATAMENTO DE ÁGUA TORRE DE RESFRIAMENTO POR OSMOSE


REVERSA

O tratamento de água torre de resfriamento mais utilizado é o tratamento


químico, que utiliza insumos para combater o desenvolvimento microbiológico e
o aparecimento de incrustações. O laboratório, utiliza excelentes técnicas
químicas no tratamento de água torre de resfriamento, tais como o método
floculante, que aglutina as substâncias que devem ser removidas. As impurezas
tomam a forma de um floco que pode ser removido por sistemas de descargas
ou filtros. Outro método utilizado é o de osmose reversa, que devido à má
distribuição de água potável no país e a preocupante tendência de
escassez de água no mundo, o sistema de osmose reversa é uma opção viável
para a população. Com o sistema se pode obter água potável resultante do
tratamento de águas pluviais ou águas salobras, com a separação dos minerais
e poluentes presentes nessa água e com a obtenção de água pura, sendo
possível a mineração desta, com quantidade adequada de cálcio, flúor, cloro
entre outros minerais essenciais para o consumo humano desta água, tratando-a
para que seja insípida, inodora e incolor.
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O tratamento de água torre de resfriamento pode ser utilizado para


prevenir a formação de incrustações em torres de tratamento e também resolve
situações em que essas corrosões já estão em níveis avançados. O projeto terá
uma bomba d’água que estará interligada entre o reservatório e o
equipamento de osmose reversa. Atentando-se que a pressão da bomba que se
utilizará
no equipamento de osmose reversa terá que ser maior que a pressão osmótica
da água
captada que estará no reservatório. “Por enquanto, acredito que o reuso de água
a partir de sistemas de osmose reversa seja economicamente mais viável para
as indústrias”. (Rubens Francisco,2010).

QUAL A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO DA ÁGUA?

O tratamento de efluentes é importante porque ajuda a remover os


contaminantes presentes no líquido residual, tornando-o seguro para ser
descartado no meio ambiente ou reutilizado. Existem diferentes tipos de
tratamento de efluentes, que incluem processos físicos, químicos e biológicos.
Em resumo, o tratamento de efluentes garante, entre outros benefícios, uma
qualidade de vida melhor para a população, a promoção da saúde por meio da
redução da proliferação de doenças, além da preservação do meio ambiente.

ANÁLISE DA ÁGUA DA TORRE DE RESFRIAMENTO: POR QUE É


IMPORTANTE?

A análise de água de torre de resfriamento deve ser considerada uma


etapa fundamental no cronograma de manutenção da infraestrutura industrial.
As empresas precisam estar atentas à qualidade da água que circula pelos
equipamentos que precisam ser refrigerados, a fim de evitar problemas futuros.
A análise de água de torre de resfriamento indica se há alterações físico-
químicas que podem causar desde pequenas corrosões até danos irreversíveis
aos equipamentos, o que acarretaria prejuízos para a indústria.

Por isso é importante considerar que a contratação de um laboratório


especializado em análise de água de torre de resfriamento é um investimento,
não apenas um custo. Depois de coletar uma amostra e fazer a identificação da
qualidade da água, o laboratório de análise indica se o líquido está ou não
adequado para continuar realizando a refrigeração dos equipamentos. Se o
resultado for negativo, um tratamento será indicado para que a água volte às
condições propícias para o resfriamento seguro dos equipamentos.

LEGISLAÇÕES PARA A ANÁLISE DE EFLUENTES INDUSTRIAIS

A análise de efluentes indústrias segue uma série de legislações federais,


estaduais e municipais, entre elas os Artigos 18 e 19 do Decreto no 8.468 da
Companhia Ambiental Do Estado De São Paulo, CETESB e as Resoluções nº
430/2011 e nº 396/2008, do Conselho Nacional Do Meio Ambiente, CONAMA.
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O lançamento de efluentes industriais nos corpos receptores é um dos


principais agentes de contaminação dos recursos naturais e a análise de
efluentes industriais oferece dados para manter os padrões e parâmetros
definidos por lei. A falta de tratamento de efluentes, além de prejudicar os
ecossistemas, pode afetar a saúde da população.

O termo efluente é usado para definir os despejos líquidos originários de


todos os tipos de atividades, como processos industriais ou descartes sanitários.
O lançamento de efluentes pode ser feito de forma direta, quando ocorre despejo
direto no corpo receptor, ou de forma indireta, quando o efluente é conduzido por
meio de uma rede condutora antes de chegar ao corpo receptor.

PARÂMETROS PARA O LANÇAMENTO DE EFLUENTES

O empreendimento responsável pelo lançamento de efluentes


deve realizar por sua conta estudos ambientais obrigatórios pelas autoridades
competentes. O CONAMA define uma série de condições para o lançamento de
efluentes, entre elas:

• Temperatura máxima permitida de 40°C;


• pH entre 5 e 9;
• Nível máximo de materiais sedimentares;
• Número limitado de óleos e graxas;
• Ausência de flutuantes;
• Demanda de Oxigênio.
ÁGUA UTILIZADA NAS ANÁLISES
A água utilizada para preparo de soluções, limpeza e enxágue deve
possuir a mais alta qualidade, devendo ser deionizada ou passar por processo
de osmose reversa. Para o uso laboratorial, a classificação da água é tipo Il, com
condutividade menor que 1,30 uS cm'', pois isso garantirá que não irá ocorrer
interferência nas determinações dos íons analisados.

CONSIDERAÇÕES SOBRE SEGURANÇA


A maioria das atividades laboratoriais apresenta riscos de acidentes
associados a ela. Todavia, se observadas certas precauções, as chances de
acidentes ocorrerem serão mínimas.
No ambiente de laboratório convivem equipamentos, reagentes, soluções,
amostras, pessoas, papéis, entre outros. Essa miscelânea de agentes de risco
necessita de uma organização para que os resultados obtidos sejam confiáveis.
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A manipulação de certos materiais sem a observância das normas de segurança


é uma das causas que contribui efetivamente para a ocorrência de acidentes
(MULLER; MASTROENI, 2004). Por isso, são essenciais cuidados básicos como
a utilização de equipamentos de proteção para olhos, conhecer saídas de
emergência, usar luvas quando trabalhar com ácidos e bases fortes, quando
misturar ácidos concentrados com água, sempre acrescentar o ácido na água
para minimizar o calor gerado, trabalhar em capela de exaustão e utilizar
máscara de proteção para gases, nunca pipetar pela boca, nunca utilizar
refrigeradores de laboratório para armazenar alimentos, bebidas ou materiais
inflamáveis, nunca comer ou beber no laboratório, identificar os reagentes e
amostras, transportar materiais com segurança, sempre limpar a área de
trabalho após concluir os procedimentos e lavar as mãos para remover os traços
de substâncias químicas ao deixar o laboratório. Cuidados básicos como esses
reduzirão muito as chances de ocorrerem acidentes associados às atividades
laboratoriais.

DESCARTE DE RESÍDUOS
Um Programa de Gerenciamento de Resíduos Químicos (PGRQ) deve
contemplar dois tipos de resíduos: o ativo, gerado continuamente nas atividades
rotineiras dentro da unidade geradora, e o passivo, que compreende todo o
resíduo estocado, comumente não caracterizado, aguardando destinação final
(restos reacionais, resíduos sólidos, frascos de reagentes sem rótulos).
Independentemente da unidade geradora, é importante praticar a seguinte
hierarquia de atividades: 1) Prevenção na geração de resíduos (perigosos ou
não); 2) Minimizar a proporção de resíduos perigosos que são inevitavelmente
gerados; 3) Segregar e concentrar os resíduos de modo a tornar viável e
economicamente possível a atividade gerenciadora; viável e economicamente
possível a atividade gerenciadora; 4) Reuso interno e externo; 5) Reciclar o
componente material ou energético do resíduo; 6) Manter todo resíduo produzido
na sua forma mais passível de tratamento; 7) Tratar e dispor o resíduo de
maneira segura (JARDIM, 1998).
Mesmo sob um rígido PGRO, um laboratório pode descartar vários tipos
de resíduos na pia, contanto que este efluente esteja atendendo à Resolução
Conama 20 (ou qualquer outra Legislação Estadual mais restritiva, se houver).
As demais soluções podem ser enviadas para incineração, ou mesmo para
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alguma estação de tratamento de efluentes de indústrias de grande porte, uma


vez que estas foram concebidas para tratar cargas orgânicas altas e
normalmente tóxicas.

5. Conclusão

A implementação do processo do reúso de água industrial é uma


solução economicamente viável, com o tratamento adequado pode levar a uma
significativa redução de custos para a indústria.
Por ano a empresa utilizava 40 milhões de metros cúbicos de água no
processo. Todo esse volume era descartado no leito receptor (rios) causando
danos ambientais, com o processo de reutilização teve uma economia 38,7
milhões de metros cúbicos de água, com um total de 97% de reaproveitamento,
com isso gerando economia pela empresa e evitando danos ambientais.

Água utilizada no processo - 40 milhões m3 por ano


Após tratamento reduziu - 38,7 milhões m3
96% de reaproveitamento
3% de lodo
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ANEXO I

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