Poder Politica e Estado

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COLÉGIO ESTADUAL DE PIRIPÁ - CEP Data: ____/_____/_____

Disciplina: Sociologia Turno: Turma:


Série: 2º Ano
Aluno (a): Nº
Professor (a): Joábia Castro

Poder, Política e Estado

Vamos falar sobre algo que é muito importante no nosso dia a dia: o poder político. Mas, o que isso significa?
É uma mistura de duas palavras - "poder" e "política" - que são tão entrelaçadas que, às vezes, parece que
estamos repetindo a mesma coisa. Mas não se engane, cada uma tem um significado próprio.

Comecemos com o "poder". Poder, na sua forma mais simples, é a habilidade de fazer algo acontecer.
Imagine que você está num grupo de amigos planejando uma viagem. Se você conseguir convencer todo
mundo a ir para a praia em vez da montanha, isso é exercer poder. Você conseguiu influenciar a decisão do
grupo. Mas o poder também pode ser mais pessoal, como quando sua mãe define a hora que você precisa
estar em casa depois de sair com os amigos. Isso é poder social, porque envolve as regras e ações dentro de
um grupo.

Então, se o "poder" é a capacidade de fazer algo acontecer ou influenciar alguém, o que é "política"? Bem, a
política está relacionada à maneira como usamos o poder para resolver conflitos e tomar decisões dentro de
um grupo ou uma sociedade.

Mas aqui vai um ponto importante: nem todo uso do poder é político. Por exemplo, se alguém usa violência
para forçar alguém a fazer algo, isso é exercício de poder, mas não é uma ação política. A política envolve
discussão, debate, negociação e consenso.

Então, quando combinamos "poder" e "política", temos "poder político". Isso envolve a maneira como as
pessoas e os grupos usam sua influência para moldar as decisões e as regras da sociedade. É um conceito
fundamental para entendermos como nossa sociedade funciona e como podemos participar dela de maneira
eficaz.

Poder Político
Vamos agora olhar para o termo "política". Quando falamos de política, estamos nos referindo a todas as
ações que os indivíduos realizam em uma sociedade para resolver conflitos e tomar decisões. Porém, nem
todos concordam com essa definição. Alguns autores acreditam que qualquer ação que resolva conflitos de
forma pacífica é política. Outros acham que política se refere apenas às atividades realizadas dentro do
governo ou do Estado. Há também quem defina a política como um constante "jogo" de amigo versus inimigo,
onde as partes estão sempre em conflito e se unem de acordo com seus objetivos. Em todos esses pontos de
vista, uma coisa é certa: a política sempre envolve a resolução de conflitos.

Agora que entendemos "política", podemos voltar ao termo "poder político". Ele se relaciona tanto com a ideia
de poder social - o poder que temos nas nossas relações do dia a dia - quanto com a política, que envolve a
resolução de conflitos. Mas há um detalhe muito importante aqui: o Estado moderno tem o monopólio do uso
da força. O que isso significa? Bem, basicamente significa que o Estado é o único que tem permissão para
usar a força de forma legítima.

Isso não quer dizer que o poder político é sobre o uso da violência. Muito pelo contrário, é sobre o controle do
uso da força. O Estado pode, se necessário, usar a força para manter a ordem, mas é a única entidade que
tem esse direito.

E de onde vem esse direito exclusivo? De todos nós! Nós delegamos ao Estado esse poder quando
concordamos em viver sob suas regras. É por isso que a política é uma luta pelo controle desse poder. Quem
controla o Estado, controla o uso legítimo da força.

Então, em resumo, poder político é a capacidade de influenciar ações e decisões em uma sociedade através
do controle das instituições políticas. É uma forma de entender a política, mas não a única. Existem muitas
outras interpretações e teorias sobre o que significa poder político.
Os Três Poderes
Durante o século XVIII, muitas pessoas começaram a
pensar que precisávamos de uma nova maneira de
governar que fosse diferente do absolutismo, onde um
único governante tinha todo o poder. Nesse cenário surge
Charles Montesquieu, um pensador francês, que propôs
um novo modelo, que chamamos de "Os Três Poderes".

Para entender o quão revolucionária essa ideia foi,


precisamos entender o contexto da época. De meados do
século XVI até o final do século XVIII, a Europa era
dominada por monarcas absolutistas. Você provavelmente
já ouviu a famosa frase do rei Luís XIV, o "Rei Sol": "O
Estado sou eu". Basicamente, isso significava que o rei
tinha todo o poder para fazer leis, julgá-las e executá-las. O povo era visto como súditos do rei, ou seja,
tinham que obedecer a tudo o que ele dizia.

No entanto, com o tempo, as pessoas começaram a questionar esse sistema. Eles não queriam ser apenas
súditos, queriam ser cidadãos, com direito a participar da política e ter seus direitos respeitados. Este
pensamento foi o que alimentou a Revolução Francesa.

Mas para que esse desejo de ser cidadão e não súdito se tornasse realidade, era necessário um novo modelo
político. Foi aí que Montesquieu propôs a ideia dos Três Poderes.

De acordo com Montesquieu, o poder não deveria estar todo concentrado em uma pessoa, como o rei, mas
sim no povo. E para que isso acontecesse, o poder deveria ser dividido em três partes: o Poder Executivo,
que administra o governo e executa as leis; o Poder Legislativo, que faz as leis; e o Poder Judiciário, que
julga as pessoas de acordo com as leis.

A ideia de Montesquieu era que esses três poderes funcionassem em equilíbrio, cada um fiscalizando o outro,
para que nenhum deles tivesse poder demais. E tudo isso seria baseado e protegido por uma Constituição
democrática, que é a fonte do poder do povo. Esse é o modelo que a maioria dos países ocidentais segue
hoje, sempre tentando melhorá-lo e adaptá-lo às novas realidades.

O Estado
O Estado é uma das principais instituições estudadas na sociologia e ciências políticas. Ele representa uma
estrutura política, social e jurídica que possui soberania reconhecida tanto internamente quanto pela
comunidade internacional. O Estado é responsável por manter a ordem e a lei, proteger o território e os
cidadãos, administrar serviços públicos e conduzir políticas que afetam a vida da população.

A concepção moderna de Estado originou-se na Europa durante a Idade Média e se desenvolveu ao longo
dos séculos, junto com a ascensão das nações-estado, a consolidação do capitalismo e a expansão do
sistema internacional.

O sociólogo alemão Max Weber definiu o Estado como "uma entidade que reivindica com sucesso o
monopólio do uso legítimo da força física dentro de um dado território". Essa definição destaca a autoridade
do Estado em manter a ordem e a lei, por meio de seu monopólio da violência legítima.
Agora, sobre o porquê de abrirmos mão de certas liberdades e seguir as leis, isso pode ser entendido por
meio do conceito de contrato social, proposto por filósofos como Thomas Hobbes, John Locke e Jean-
Jacques Rousseau. Eles argumentavam que os indivíduos concordam em ceder parte de sua liberdade ao
Estado em troca de proteção e acesso a direitos e benefícios.

Hobbes, por exemplo, acreditava que, no estado de natureza (um cenário hipotético antes do estabelecimento
do Estado), a vida dos humanos seria "solitária, pobre, desagradável, brutal e curta" devido à constante luta
por recursos. Para evitar isso, os humanos criaram o Estado por meio de um contrato social, concordando em
submeter-se à autoridade do soberano em troca de segurança e ordem.

Seguimos as leis e restrições do Estado porque isso nos garante uma convivência harmoniosa e segura. O
Estado, por sua vez, fornece uma série de serviços e benefícios que nos permitem levar uma vida melhor e
mais segura, como educação, saúde, segurança, infraestrutura, entre outros. Portanto, embora abrimos mão
de parte de nossa liberdade, ganhamos em troca um ambiente mais estável e seguro para viver, trabalhar e
prosperar.

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