IN 102 - Transito Aduaneiro

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 8

Instrução Normativa SRF nº 102, de 20 de dezembro de 1994

DOU de 22/12/1994

Disciplina os procedimentos de controle aduaneiro de carga aérea procedente do


exterior e de carga em trânsito pelo território aduaneiro.
Alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.096, de 13 de dezembro de 2010.
Alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.133, de 2 de março de 2011.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, tendo em vista o disposto nos Decreto nºs 91.030, de 5 de
março de 1985 e 660, de 25 de setembro de 1992, resolve:

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º O controle de cargas aéreas procedentes do exterior e de cargas em trânsito pelo território
aduaneiro será processado através do Sistema Integrado de Gerência do Manifesto, do Trânsito e do
Armazenamento - MANTRA e terá por base os procedimentos estabelecidos por este Ato.

§ 1° O MANTRA constitui parte do Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX instituído pelo
Decreto nº 660, de 25 de setembro de 1992.

§ 2° A manifestação de carga referida no art. 6º, bem como o registro de armazenamento efetivado pelo
depositário e o correspondente visto dessa armazenagem realizado pela fiscalização aduaneira,
cumulativamente, desobrigam a utilização da Folha de Controle de Carga - FCC de que trata o item 1 da
Instrução Normativa SRF nº 63, de 22 de junho de 1984.

§ 3° Nos casos de inatividade do Sistema, o controle de cargas terá por base a citada FCC e será lavrado
termo de entrada no momento da chegada de veículo, quer esteja ou não transportando carga.

§ 4° As operações realizadas durante o período de inatividade do Sistema deverão ser nele registradas
imediatamente após o reinício de seu funcionamento, dispondo cada usuário, para tal, de até doze horas
contadas:

I - para o transportador, a partir do reinício do funcionamento do Sistema;

II - para o desconsolidador de carga, após a conclusão da operação do transportador;

III - para o depositário, após o término da operação do transportador e, quando houver, da operação do
desconsolidador de carga.

Art. 2º São usuários do MANTRA:

I - a SRF, através dos Auditores Fiscais do Tesouro Nacional - AFTN, Técnicos do Tesouro Nacional -
TTN, Supervisores e Chefes;

II - transportadores, desconsolidadores de carga, depositários, administradores de aeroportos e empresas


operadoras de remessas expressas, através de seus representantes legais credenciados pela Secretaria
da Receita Federal - SRF; e

III - outros, no interesse da SRF, a serem por ela definidos.

§ 1° Os usuários a que se refere o inciso II, para atuarem no MANTRA, deverão providenciar sua
habilitação nos termos estabelecidos pela Instrução Normativa SRF nº 135, de 16 de dezembro de 1992.

§ 2° Os usuários habilitados ao SISCOMEX - Exportação, para operarem no MANTRA, deverão, apenas,


manifestar expressamente sua intenção mediante simples juntada, em seu prontuário, de instrumento de
mandato, no setor de credenciamento da unidade local da SRF onde exerçam suas atividades.
Art. 3º Fica aprovado o anexo a esta Instrução Normativa, que define as possibilidades de acesso ao
MANTRA, conforme o perfil de cada usuário.

INFORMAÇÕES SOBRE CARGA

Art. 4º A carga procedente do exterior será informada, no MANTRA, pelo transportador ou


desconsolidador de carga, previamente à chegada do veículo transportador, mediante registro:

I - da identificação de cada carga e do veículo;

II - do tratamento imediato a ser dado à carga no aeroporto de chegada;

III - da localização da carga, quando for o caso, no aeroporto de chegada;

IV - do recinto alfandegado, no caso de armazenamento de carga; e

V - da indicação, quando for o caso, de que se trata de embarque total, parcial ou final.

§ 1º As informações sobre carga procedente do exterior serão apresentadas à unidade local da SRF que
jurisdiciona o local de desembarque da carga.

§ 2º As informações prestadas posteriormente à chegada efetiva de veículo transportador dependerão de


validação pelo AFTN, exceto nos casos de que tratam o parágrafo seguinte e o art. 8º.

§ 3º As informações sobre carga poderão ser complementadas através de terminal de computador ligado
ao Sistema:

I - até o registro de chegada do veículo transportador, nos casos em que tenham sido prestadas mediante
transferência direta de arquivos de dados; e

II - até duas horas após o registro de chegada do veículo, nos casos em que tenham sido prestadas
através de terminal de computador.

§ 4º Nos casos de embarque parcial, sua totalização deverá ocorrer dentro de quinze dias seguintes ao
da chegada do primeiro embarque.

Art. 5º A carga procedente de trânsito aduaneiro será informada, no MANTRA, pelo transportador,
beneficiário ou desconsolidador de carga, mediante registro:

I - da identificação de cada carga, do veículo transportador e do correspondente documento de trânsito


aduaneiro;

II - da localização da carga no aeroporto de chegada do trânsito;

III - da indicação, quando for o caso, de que se trata de embarque total, parcial ou final, no exterior.

§ 1º As informações sobre carga procedente de trânsito aduaneiro serão apresentadas à unidade da SRF
que jurisdiciona o local de chegada da carga e registradas prévia ou posteriormente à chegada do
veículo.

§ 2° A carga de que trata o "caput" deste artigo será obrigatoriamente armazenada, exceto se for objeto
de remessa expressa prevista no artigo 18 da Instrução Normativa SRF nº 21, de 24 de março de 1994.

§ 3º O registro deverá ser encerrado no prazo máximo de duas horas após a chegada efetiva do veículo.

§ 4º Decorrido o prazo de que trata o parágrafo anterior, qualquer alteração ou inclusão de dados sobre a
carga somente será aceita após sua validação pelo AFTN.
§ 5º Tratando-se de comboio, o prazo de que trata o parágrafo anterior será contado a partir da data de
chegada do último veículo.

Art. 6º Para todos os efeitos legais, a carga será considerada manifestada junto à unidade local da SRF
quando ocorrer, no MANTRA:

I - o registro de chegada de veículo procedente do exterior, relativamente à carga previamente informada;

II - o encerramento do registro de informações sobre a carga pelo transportador, beneficiário ou


desconsolidador de carga, quando procedente de trânsito aduaneiro; e

II - a validação pelo AFTN de informações sobre carga procedente do exterior prestadas após a chegada
do veículo transportador e sobre carga procedente de trânsito aduaneiro incluída após o prazo para
encerramento de seu registro, bem como de descaracterização de remessa expressa.

Art. 7º Nos casos de bens chegados como bagagem acompanhada ou remessa expressa e como tal não
aceitos pela fiscalização aduaneira; de carga não manifestada, embora documentada; de carga sem
documento; ou de carga cujo tipo de documento ou identificação o Sistema não contemple, seu
armazenamento processar-se-á através de documento subsidiário de identificação de carga - DSIC.

§ 1º O DSIC instrui o armazenamento da carga no Sistema, sem prejuízo a quaisquer atos de ofício com
relação a essa carga.

§ 2º Caberá ao depositário a responsabilidade pela comunicação à fiscalização aduaneira e pela


formulação do correspondente DSIC no Sistema, quando, em operação de armazenamento, encontrar
carga não manifestada.

§ 3º O DSIC formulado pelo depositário na forma do parágrafo anterior deverá ser validado por AFTN.

Art. 8º As informações sobre carga consolidada procedente do exterior ou de trânsito aduaneiro serão
prestadas pelo desconsolidador de carga até duas horas após o registro de chegada do veículo
transportador.

Parágrafo único. A partir da chegada efetiva de veículo transportador, os conhecimentos agregados


(filhotes) informados no Sistema serão tratados como desmembrados do conhecimento genérico (master)
e a carga correspondente tratada como desconsolidada.

REGISTRO DE CHEGADA DE VEÍCULO E TERMO DE ENTRADA

Art. 9º O registro de chegada de veículo procedente do exterior ou portando carga sob regime de trânsito
aduaneiro deverá ser efetuado, conforme o caso, pelo transportador ou pelo beneficiário do regime de
trânsito, na unidade local da SRF, no momento de sua chegada, cabendo-lhe, simultaneamente, a
entrega à fiscalização aduaneira dos manifestos e dos respectivos conhecimentos de carga e, quando for
o caso, dos documentos de trânsito aduaneiro.

§ 1º A falta de informações sobre carga procedente do exterior previamente à chegada de veículo ou


sobre carga procedente de trânsito, associada à não entrega dos documentos de que trata o "caput"
deste artigo, implicará na configuração de declaração negativa de carga, nos moldes do previsto pelo
parágrafo único do art. 46 do Decreto n° 91.030, de 5 de março de 1985.

§ 2º Quando não atendido o disposto neste artigo, o AFTN deverá proceder ao respectivo registro da
chegada, sem prejuízo da aplicação das penalidades cabíveis.

§ 3° A chegada do veículo caracterizará, para efeitos fiscais, o fim da espontaneidade prevista no art. 138
da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966.

Art. 10. Quando do registro da chegada do veículo, ocorrerá, via Sistema, a abertura do termo de
entrada.
Parágrafo único. A abertura do termo de entrada, para efeitos legais, equivalerá à formalização de que
trata o parágrafo 1º "in fine" do art. 31 do Regulamento Aduaneiro aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5
de março de 1985.

MANIFESTO INFORMATIZADO DE CARGA

Art. 11. Compreende-se como manifesto informatizado de carga, o conjunto de registros de documentos
de carga relacionados a um determinado veículo chegado no território aduaneiro.

§ 1° Compõe o manifesto informatizado de carga, o conjunto de informações sobre carga manifestada a


que se refere o art. 6º desta Instrução Normativa.

§ 2° Para efeito de gestão do manifesto, o DSIC equipara-se ao manifesto informatizado.

CONTROLE DE CARGA DESEMBARCADA DESTINADA A ARMAZENAMENTO

Art. 12. O transportador ou o desconsolidador de carga deverá entregar a carga ao depositário, que a
recolherá para armazenamento sob sua custódia.

§ 1° O registro de armazenamento, no Sistema, será processado pelo depositário, à vista da carga.

§ 2° Consideram-se cargas de armazenamento prioritário:

I - animais vivos;

II - restos mortais;

III - periódicos, no máximo, semanais;

IV - perecíveis;

V - explosivos; e

VI - outras, a critério do Chefe da unidade local da SRF.

V - explosivos; (Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.096, de 13 de dezembro de 2010)

VI - materiais radioativos, inclusive os destinados à medicina nuclear; e (Redação dada pela Instrução
Normativa RFB nº 1.096, de 13 de dezembro de 2010)

VII - outras, a critério do Chefe da unidade local da RFB. (Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.096,
de 13 de dezembro de 2010)

VI - materiais radioativos, inclusive os destinados à medicina nuclear; (Redação dada pela Instrução
Normativa RFB nº 1.133, de 2 de março de 2011).

VII - máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, bem como suas partes e peças de reposição,
acessórios, matérias-primas e produtos intermediários destinados à pesquisa científica e tecnológica,
quando importados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, por
cientistas, pesquisadores e entidades sem fins lucrativos ativas no fomento, na coordenação ou na
execução de programas de pesquisa científica e tecnológica ou de ensino, devidamente credenciados
pelo CNPq; e (Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.133, de 2 de março de 2011)

VIII - outras, a critério do Chefe da unidade local da RFB. (Renumerado pela Instrução Normativa RFB nº
1.133, de 2 de março de 2011)

Art. 13. O AFTN visará, no Sistema, o armazenamento de todas as cargas recebidas pelo depositário.
Parágrafo único. Quando não houver divergências entre os registros de armazenamento e os contidos no
manifesto informatizado, o visto de que trata o "caput" deste artigo se dará automaticamente pelo
Sistema, salvaguardado o direito da fiscalização de, a qualquer momento, questionar a correção dos
referidos registros e, quando couber, adotar as medidas pertinentes.

Art. 14. O armazenamento de carga e o seu correspondente registro no Sistema deverão estar
concluídos no prazo de doze horas após a chegada do veículo transportador.

§ 1º O prazo a que se refere este artigo poderá ser alterado, em casos excepcionais, a critério do Chefe
da unidade local da SRF, não podendo exceder a vinte e quatro horas.

§ 2º Na hipótese de armazenamento de carga procedente de trânsito em veículo terrestre, por comboio, o


prazo de conclusão do armazenamento será contado a partir da chegada do último veículo.

Art. 15. Para todos os efeitos legais, a indicação de avaria pelo depositário, no MANTRA, equivalerá ao
Termo de Avaria, cabendo ao transportador ou ao beneficiário de trânsito proceder, no Sistema, com ou
sem ressalvas, ao aval do armazenamento por ele encerrado.

Parágrafo único - A não avalização prevista no caput deste artigo configura aval tácito, uma vez procedido
o visto de armazenamento, no Sistema, pela fiscalização aduaneira.

CONTROLE DE CARGA DESEMBARCADA NÃO DESTINADA A ARMAZENAMENTO

Art. 16. A carga cujo tratamento imediato não implique destinação para armazenamento deverá
permanecer sob controle aduaneiro, em área própria, previamente designada pelo chefe da unidade local
da SRF, sob a responsabilidade do transportador ou do desconsolidador de carga.

§ 1º A permanência dessa carga nesse local não poderá exceder vinte e quatro horas da chegada do
veículo.

§ 2º Nos casos em que o tratamento indicado seja pátio-conexão imediata, o não cumprimento do prazo
previsto no parágrafo anterior deste artigo obrigará o transportador ou o desconsolidador de carga a
entregá-la ao depositário, para armazenamento, sem prejuízo da sanção prevista no inciso I do art. 24
deste Ato.

§ 3º Nos casos em que o tratamento indicado seja pátio, o não cumprimento do prazo previsto no
parágrafo 1º deste artigo pelo importador com vistas ao desembaraço implicará na aplicação da
penalidade prevista no parágrafo único do art. 24 deste Ato.

§ 4º O disposto neste artigo não impede que, a qualquer tempo, a fiscalização aduaneira determine o
armazenamento da carga ou proceda à verificação de seu conteúdo.

§ 1º A permanência dessa carga nesse local, sem vinculação no sistema de documento liberatório, não
poderá exceder 24 (vinte e quatro) horas da chegada do veículo. (Redação dada pela Instrução
Normativa RFB nº 1.096, de 13 de dezembro de 2010)

§ 2º Nos casos em que o tratamento indicado seja pátio-conexão imediata ou carga pátio, o não
cumprimento do prazo previsto no § 1º obrigará o transportador ou o desconsolidador de carga a entregá-
la ao depositário, para armazenamento. (Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.096, de 13 de
dezembro de 2010)

§ 3º O disposto neste artigo não impede que, a qualquer tempo, a fiscalização aduaneira determine o
armazenamento da carga ou proceda à verificação de seu conteúdo. (Redação dada pela Instrução
Normativa RFB nº 1.096, de 13 de dezembro de 2010)

Art. 17. Para os efeitos desta Instrução Normativa, entende-se por:

I - carga pátio-conexão imediata aquela que, procedente do exterior, permanecerá em local próprio, sem
armazenamento, sob controle aduaneiro, no aguardo de movimentação para trânsito por conexão
imediata, nos moldes do disposto na Instrução Normativa SRF nº 84, de 18 de agosto de 1989; e
II - carga pátio aquela que, procedente do exterior e estando no aeroporto de destino final, permanecerá
em local próprio, sob controle aduaneiro, sem armazenamento, no aguardo de desembaraço aduaneiro.

ABANDONO DE CARGA

Art. 18. Será considerada abandonada e passível de aplicação da pena de perdimento por decurso de
prazo a carga assim identificada pelo MANTRA.

LIBERAÇÃO E SAÍDA DE CARGA

Art. 19. A um documento de carga deverá corresponder um único despacho aduaneiro de importação
registrado no Sistema, salvo casos excepcionais devidamente autorizados pelo Chefe da unidade local da
SRF.

Art. 20. A autorização para saída de carga de local ou recinto alfandegado, sua entrega pelo depositário e
seu recebimento pelo interessado serão registrados no MANTRA pelos respectivos usuários.

§ 1º A saída de carga ficará condicionada à autorização de servidor da unidade local da SRF.

§ 2º A autorização de entrega, no Sistema, dar-se-á, automaticamente:

I - no caso de despacho de trânsito por conexão imediata, quando do registro do desembaraço;

II - no caso de carga armazenada destinada a trânsito, quando da vinculação do documento de despacho


ao documento de carga, posteriormente à concessão do regime;

III - no caso de carga armazenada destinada a depósito de loja franca, quando da autorização da entrega
para seu pré-depósito;

IV - no caso de carga destinada ao Sistema de Mercadorias Apreendidas, quando do vencimento do


prazo caracterizador do abandono; e

V - nos demais casos, quando do registro do desembaraço.

CONFERÊNCIA FINAL DE MANIFESTO INFORMATIZADO

Art. 21. A conferência final de manifesto informatizado será realizada com base no processamento
automático pelo Sistema dos dados relativos à carga, após visto de armazenamento pelo AFTN.

§ 1º Na ocorrência de falta ou acréscimo de volume ou mercadoria, o responsável pela ocorrência estará


sujeito ao competente procedimento fiscal.

§ 2º Para efeitos fiscais, na hipótese de divergências entre o manifesto informatizado e o manifesto


emitido no exterior, prevalecerá este, observado o disposto no art. 50 do Regulamento Aduaneiro,
aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985.

BAIXA NO MANIFESTO INFORMATIZADO

Art. 22. A baixa no manifesto informatizado processar-se-á mediante registro de:

I - desembaraço, no caso de carga cujo tratamento indicado tenha sido pátio-conexão imediata;

II - destinação final de carga mantida no Sistema de Mercadorias Apreendidas;

III - desembaraço de carga armazenada em pré-depósito de loja franca;

IV - desembaraço de carga em estabelecimento de importador; e

V - entrega de carga, nos demais casos.


BAIXA DO MANIFESTO INFORMATIZADO

Art. 23. A baixa do manifesto informatizado ocorrerá após verificação da correção das baixas nele
processadas, cabendo ao AFTN adotar as providências decorrentes da apuração das divergências
encontradas.

SANÇÕES

Art. 24. São aplicáveis aos usuários do MANTRA ou aos seus mandatários: (Revogado pela Instrução
Normativa RFB nº 1.096, de 13 de dezembro de 2010)

I - o impedimento automático de operar o transporte de cargas no regime de trânsito por conexão


imediata, pelo prazo de dez dias, em caso de inobservância do disposto no parágrafo 2º do art. 16 desta
Instrução Normativa.

II - o disposto no art. 522, inciso I do Regulamento Aduaneiro aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de
março de 1985, aos responsáveis pelo não cumprimento dos prazos estabelecidos no art. 1º, § 4º e no
art. 14 desta Instrução Normativa.

III - o disposto no art. 521, inciso II, alínea "d" do Regulamento Aduaneiro aprovado pelo Decreto nº
91.030, de 5 de março de 1985, ao transportador, pelo descumprimento do prazo estabelecido no
parágrafo 4º do art. 4º desta Instrução Normativa.

Parágrafo único. Aplica-se, ainda, à mercadoria o disposto no art. 514, inciso I do Regulamento Aduaneiro
aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985, pelo descumprimento do prazo referenciado no
parágrafo 3º do art. 16 desta Instrução Normativa.

RETIFICAÇÃO DE DADOS

Art. 25. Ficam sujeitas à validação pelo AFTN as retificações de dados promovidas pelos respectivos
responsáveis, quando processadas após:

I - a chegada efetiva de veículo, relativamente aos dados sobre carga procedente do exterior;

II - o encerramento do registro da informações sobre carga procedente de trânsito aduaneiro ou expirado


o prazo de que trata o parágrafo 3º do art. 6° desta Instrução Normativa;

III - o encerramento do registro de armazenamento ou expirado o prazo de que trata o art. 14 deste Ato; e

IV - o registro da entrega física da carga, relativamente às cargas desembaraçadas ou entregues para


trânsito.

Parágrafo único. As solicitações de retificação de dados pelo transportador, desconsolidador de carga ou


depositário e sua validação pelo AFTN serão formuladas mediante registro no Sistema.

Art. 26. A retificação de dados de informação de carga promovida antes da chegada do veículo
transportador só poderá se processar na mesma modalidade de transmissão ou de inserção de dados
inicialmente utilizada no Sistema.

GERÊNCIA DE DISPONIBILIDADE DE CARGA

Art. 27. O AFTN poderá tornar indisponível ou disponível uma carga, mediante registro dessa operação,
no Sistema, sempre que ocorrerem situações previstas nas normas operacionais.

GERÊNCIA DE PARÂMETROS DE CONTROLE

Art. 28. O Chefe da unidade local da SRF poderá utilizar parâmetros para controle e gerência de prazos
ou fixar margens de tolerância para divergências de peso ou quantidade, dentro dos limites estabelecidos
por normas específicas.
TABELAS

Art. 29. As empresas de transporte aéreo deverão fornecer às unidades locais da SRF onde exerçam
suas atividades, para constituição de tabela específica, a relação de vôos nos moldes previstos no
Horário de Transportes - HOTRAN pelo Departamento de Aviação Civil.

Art. 30. Todas as alterações ocorridas no HOTRAN deverão ser, imediatamente e em tempo hábil,
registradas no Sistema pela própria empresa de transporte aéreo.

Art. 31. Para efeito de registro de informação no MANTRA, considera-se vôo regular o deslocamento de
aeronave - identificado por um número - entre duas ou mais localidades, no qual é executado serviço
regular de transporte aéreo, de acordo com horário, itinerário e freqüência previamente fornecidos pela
empresa aérea operadora.

Art. 32. Quando da vinculação de documento de despacho para trânsito aduaneiro a documento de
carga, deverão ser obrigatoriamente informados, no Sistema, os códigos das unidades da SRF de origem
e de destino, bem como, quando houver, os códigos dos respectivos recintos alfandegados.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 33. A Coordenação-Geral do Sistema de Controle Aduaneiro orientará sobre outros procedimentos
decorrentes da aplicação deste Ato, a serem observados no controle de carga aérea.

Art. 34. O disposto nesta Instrução Normativa aplica-se à todas as unidades locais da SRF a partir da
data de implantação do MANTRA em cada uma delas mediante Ato Declaratório do Coordenador-Geral
do Sistema de Controle Aduaneiro.

Art. 35. Esta Instrução Normativa entrará em vigor na data de sua publicação.

SÁLVIO MEDEIROS COSTA

Você também pode gostar