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Prevenção de Acidentes de Trabalho na

Enfermagem:

Exposição a Doenças de Diagnóstico Clínico


Não Confirmado
Autores:
Milla Keivy de Aquino Barros
Cristina Damaceno Alcoforado
Eva Gomes Pereira
Leynara Costa de Araújo
Kawan da Silva Soares

Resumo
A profissão de enfermagem é considerada de risco para acidentes de trabalho, devido à
exposição a diversos agentes físicos, químicos, biológicos e ergonômicos. Entre os riscos
ocupacionais, destaca-se a exposição a doenças de diagnóstico clínico não confirmado, que
podem gerar diversas consequências para a saúde do trabalhador, incluindo doenças
infecciosas, transtornos mentais e até mesmo a morte.

Esta sistematização tem como objetivo analisar a temática da exposição a doenças de


diagnóstico clínico não confirmado no contexto da enfermagem, abordando os principais
riscos, medidas de prevenção e controle, e os desafios para a promoção da saúde e
segurança no trabalho.

Palavras-Chave
Enfermagem
Acidentes de Trabalho
Doenças de Diagnóstico Clínico Não Confirmado
Prevenção e Controle de Infecção
Biossegurança
Introdução
A enfermagem é uma área da saúde que exige contato direto com pacientes, material biológico e
medicamentos, o que expõe os profissionais a diversos riscos ocupacionais. Entre esses riscos, destaca-se a
exposição a doenças de diagnóstico clínico não confirmado, que podem ser transmitidas através de contato
com sangue, fluidos corporais, objetos contaminados e até mesmo pelo ar.

Doenças como HIV/AIDS, hepatites B e C, tuberculose e outras infecções transmissíveis por via sanguínea
(ITVS) representam um risco significativo para os profissionais de enfermagem, que muitas vezes não
possuem as medidas de proteção adequadas ou não são treinados para lidar com essas situações de forma
segura.

Além dos riscos físicos e biológicos, a exposição a doenças de diagnóstico clínico não confirmado também
pode gerar impactos psicológicos e sociais para os trabalhadores, como ansiedade, depressão, estigma e
discriminação.

Principais Riscos
Os principais riscos de exposição a doenças de diagnóstico clínico não confirmado na enfermagem incluem:

Contato com sangue e fluidos corporais: O contato com sangue e fluidos corporais de pacientes com
doenças infecciosas pode ocorrer através de diversos procedimentos, como punções venosas, curativos,
administração de medicamentos e coleta de amostras.

Contato com objetos contaminados: Objetos como agulhas, seringas, cateteres e outros materiais
perfurocortantes contaminados com sangue ou fluidos corporais podem transmitir doenças infecciosas se
não forem manuseados e descartados de forma adequada.

Exposição ao ar: Doenças como a tuberculose podem ser transmitidas através da via aérea, quando o
paciente tosse ou espirra sem cobrir a boca e o nariz.

Estresse e sobrecarga de trabalho: As condições precárias de trabalho, como jornadas excessivas, falta
de pessoal e recursos inadequados, podem aumentar o risco de acidentes e exposição a doenças.
CONSIDERAÇÕES
CRIATIVAS
MEDIDAS DE PREVENÇÃO Engenharia de controle:
Desenvolvimento de novas Modificações no ambiente de
E CONTROLE tecnologias de proteção individual, trabalho
como luvas e máscaras inteligentes Ventilação adequada
Uso de Equipamentos de que alertam o profissional sobre a
Proteção Individual (EPIs): Ergonomia dos postos de trabalho
presença de agentes biológicos. Automação de tarefas
Luvas
Óculos de proteção Promoção da saúde mental:
Implementação de sistemas de Programas de apoio psicológico
Máscaras inteligência artificial para monitorar
Aventais Grupos de apoio
o ambiente de trabalho e identificar Terapia ocupacional
Protetores auriculares riscos ocupacionais.
Calçados de segurança Melhoria das condições de
Implementação de práticas trabalho:
**Criação de programas de Carga de trabalho adequada
seguras de trabalho: educação
Técnicas adequadas para levantar Jornadas de trabalho justas
e mover pacientes Recursos humanos e materiais
Manipulação de material biológico suficientes
Descarte de resíduos Ambiente de trabalho seguro e
Administração de medicamentos saudável

EXPOSIÇÃO A DOENÇAS DE DIAGNÓSTICO


CLÍNICO NÃO CONFIRMADO NA ENFERMAGEM

RISCOS MECANISMOS DE
OCUPACIONAIS CONSIDERAÇÕES EXPOSIÇÃO
CRÍTICAS
Agentes Biológicos: A exposição a doenças de diagnóstico Contato direto:
Sangue clínico não confirmado é um problema Perfurações com agulhas e objetos
grave que afeta a saúde dos profissionais
Fluidos corporais de enfermagem em todo o mundo. As perfurocortantes
Tecidos e secreções medidas de prevenção e controle Cortes
Microrganismos (vírus, bactérias, existentes nem sempre são eficazes, e Picadas de insetos
fungos, parasitas) muitos trabalhadores ainda estão Contato com mucosas
expostos a riscos ocupacionais.
Fatores Ergonômicos: É necessário um maior investimento em Contato indireto:
pesquisa e desenvolvimento de novas
Posturas inadequadas tecnologias para prevenir a exposição a Objetos e superfícies contaminadas
Esforço físico excessivo doenças de diagnóstico clínico não Aerossóis
Movimentação manual de cargas confirmado. Respingos de sangue ou fluidos
Vibrações Os governos, as instituições de saúde e corporais
Iluminação inadequada os sindicatos dos trabalhadores de
enfermagem devem trabalhar juntos para
implementar medidas eficazes de
prevenção e controle.
Medidas de Prevenção e Controle
Para minimizar os riscos de exposição a doenças de diagnóstico clínico não confirmado, é fundamental
implementar medidas de prevenção e controle, como:

Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): Os EPIs, como luvas, óculos de proteção,
máscaras e aventais, devem ser utilizados sempre que houver risco de contato com sangue, fluidos
corporais ou objetos contaminados.

Práticas seguras de trabalho: As práticas seguras de trabalho, como a correta manipulação de materiais
perfurocortantes, a descarte adequado de resíduos biológicos e a higienização das mãos, são essenciais
para prevenir a transmissão de doenças.

Treinamento e capacitação: Os profissionais de enfermagem devem receber treinamento e capacitação


regulares sobre os riscos ocupacionais, as medidas de prevenção e controle de infecção e os
procedimentos seguros de trabalho.

Vacinação: A vacinação contra doenças como hepatite B e influenza é fundamental para proteger os
trabalhadores da enfermagem.

Promoção da saúde mental: A promoção da saúde mental dos trabalhadores da enfermagem é


fundamental para prevenir o estresse, a ansiedade e a depressão, que podem aumentar o risco de
acidentes e exposição a doenças.

Desafios
A implementação de medidas de prevenção e controle de doenças de diagnóstico clínico não confirmado na
enfermagem enfrenta diversos desafios, como:

Falta de recursos financeiros: As instituições de saúde muitas vezes não possuem recursos suficientes
para investir em EPIs, treinamento e capacitação dos profissionais e na implementação de medidas de
controle de infecção.

Falta de conscientização: A falta de conscientização dos trabalhadores sobre os riscos ocupacionais e a


importância das medidas de prevenção pode dificultar a implementação de um programa de segurança no
trabalho eficaz.

Carga de trabalho excessiva: A carga de trabalho excessiva e a falta de pessoal podem dificultar a
aplicação das medidas de prevenção e controle de infecção, aumentando o risco de acidentes e
exposição a doenças
Fundamentação Teórica

1. Riscos Ocupacionais na Enfermagem


1.1 Agentes Biológicos
Os profissionais de enfermagem estão expostos a diversos agentes biológicos, como sangue, fluidos
corporais, tecidos e secreções, que podem conter microrganismos causadores de doenças infecciosas, como:
Vírus: HIV, hepatites B e C, herpes, varicela-zoster, raiva;
Bactérias: tuberculose, MRSA, C. difficile, Staphylococcus aureus;
Fungos: Candida albicans, Aspergillus fumigatus;
Parasitas: malária, leishmaniose, toxoplasmose.

A exposição a esses agentes pode ocorrer através de diversos mecanismos, como:

Contato direto: através de perfurações com agulhas e outros objetos perfurocortantes, cortes, picadas de
insetos e contato com mucosas;
Contato indireto: através do contato com objetos e superfícies contaminadas, aerossóis e respingos de
sangue ou fluidos corporais.

1.2 Fatores Ergonômicos


Os profissionais de enfermagem também estão expostos a diversos fatores ergonômicos que podem causar
problemas de saúde, como:

Posturas inadequadas: levantar e mover pacientes, trabalhar em posições estáticas por longos períodos de
tempo;
Esforço físico excessivo: levantar e mover pacientes pesados, realizar tarefas repetitivas;
Movimentação manual de cargas: transportar pacientes, equipamentos e materiais;
Vibrações: uso de ferramentas vibratórias, como lixadeiras e serras;
Iluminação inadequada: trabalhar em ambientes com pouca luz ou luz excessiva.

1.3 Fatores Psicossociais


Os profissionais de enfermagem também estão expostos a diversos fatores psicossociais que podem afetar
sua saúde mental, como:

Estresse: alta carga de trabalho, jornadas longas e irregulares, falta de recursos e apoio, violência no
trabalho;
Sobrecarga de trabalho: excesso de tarefas, falta de tempo para realizar as atividades com qualidade;
Assédio moral e sexual: comportamentos abusivos por parte de colegas, superiores ou pacientes;
Violência no trabalho: agressões físicas ou verbais por parte de pacientes ou familiares;
Falta de reconhecimento: trabalho pouco valorizado pela sociedade e pelas instituições de saúde.
Análise Final
A profissão de enfermagem é de grande importância para a sociedade, mas também expõe os profissionais a
diversos riscos ocupacionais, incluindo a exposição a doenças de diagnóstico clínico não confirmado. Essa
exposição pode gerar graves consequências para a saúde do trabalhador, como doenças infecciosas,
transtornos mentais e até mesmo a morte.

A prevenção de acidentes de trabalho na enfermagem é um desafio constante que exige a implementação de


medidas eficazes de controle e a promoção de uma cultura de segurança no trabalho. As medidas de
prevenção devem incluir:

Uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs);


Implementação de práticas seguras de trabalho;
Treinamento e capacitação dos profissionais;
Vacinação;
Promoção da saúde mental;
Melhoria das condições de trabalho;
Cumprimento da legislação brasileira.

É fundamental que os profissionais de enfermagem estejam conscientes dos riscos a que estão expostos e
das medidas de prevenção que podem ser tomadas. As instituições de saúde também têm um papel
importante na promoção da saúde e segurança no trabalho, fornecendo os recursos necessários e investindo
em treinamento e capacitação dos profissionais.

A sociedade como um todo também deve se conscientizar da importância da prevenção de acidentes de


trabalho na enfermagem e cobrar das instituições de saúde medidas para garantir a segurança dos
profissionais.

Somente com a união de esforços de todos os envolvidos será possível garantir um ambiente de trabalho
seguro e saudável para os profissionais de enfermagem, que tanto contribuem para o bem-estar da população.
Fontes e Informações Adicionais
1. Legislação Brasileira:

Norma Regulamentadora nº 32 (NR 32): Esta norma estabelece as diretrizes básicas para a
implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde,
bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. A NR 32 aborda
os riscos biológicos, incluindo a exposição a doenças de diagnóstico clínico não confirmado, e define
medidas de prevenção e controle, como a utilização de EPIs, práticas seguras de trabalho e treinamento
dos trabalhadores.

2. Publicações Científicas:

"Exposição a doenças de diagnóstico clínico não confirmado em profissionais de enfermagem:


Este estudo de revisão sistemática analisa a literatura científica sobre a exposição a doenças de
diagnóstico clínico não confirmado em profissionais de enfermagem. O estudo identifica os principais riscos,
as medidas de prevenção e controle e os desafios para a promoção da saúde e segurança no trabalho.

"Prevalência de acidentes de trabalho com material biológico em profissionais de enfermagem":


Este estudo epidemiológico investiga a prevalência de acidentes de trabalho com material biológico em
profissionais de enfermagem. O estudo identifica os principais fatores de risco para acidentes, como a falta
de treinamento e a inadequação dos EPIs.

3. Sites de Organismos Governamentais e Internacionais:

Ministério da Saúde do Brasil: (https://www.gov.br/saude/pt-br) O Ministério da Saúde disponibiliza


informações sobre saúde do trabalhador, incluindo a prevenção de acidentes de trabalho na área da saúde.
O site oferece materiais informativos, cartilhas e cursos online sobre o tema.

Organização Mundial da Saúde (OMS): (https://www.who.int/about) A OMS fornece informações sobre


saúde ocupacional em todo o mundo, incluindo a prevenção de acidentes de trabalho na área da saúde. O
site oferece relatórios, estudos e diretrizes sobre o tema.

4. Livros e Manuais:

"Saúde do Trabalhador na Enfermagem" de Maria do Socorro de Oliveira Souza: Este livro aborda os
principais riscos ocupacionais na área da enfermagem, incluindo a exposição a doenças de diagnóstico
clínico não confirmado. O livro apresenta medidas de prevenção e controle, além de discussões sobre a
legislação brasileira e a importância da promoção da saúde do trabalhador.

"Manual de Biossegurança em Serviços de Saúde" da Agência Nacional de Vigilância Sanitária


(ANVISA): Este manual fornece orientações sobre biossegurança em serviços de saúde, incluindo a
prevenção de acidentes de trabalho com material biológico. O manual aborda temas como a utilização de
EPIs, práticas seguras de trabalho e o descarte adequado de resíduos biológicos.
5. Congressos e Eventos:

Congresso Brasileiro de Saúde do Trabalhador: (https://andt.org.br/) O Congresso Brasileiro de Saúde


do Trabalhador é um evento anual que reúne profissionais da área da saúde do trabalhador para discutir os
principais desafios e avanços na área. O congresso oferece palestras, workshops e apresentações de
pesquisas sobre diversos temas relacionados à saúde do trabalhador, incluindo a prevenção de acidentes
de trabalho na área da saúde.

Jornadas de Enfermagem: (https://abennacional.org.br/) As Jornadas de Enfermagem são eventos


organizados pela Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) que reúnem profissionais de enfermagem
para discutir os principais temas da área. As Jornadas oferecem palestras, workshops e apresentações de
pesquisas sobre diversos temas relacionados à enfermagem, incluindo a saúde do trabalhador.
ROTEIRO
1. Definição do Objetivo e Escopo do Estudo:

Objetivo Geral: Compreender as estratégias mais eficazes para prevenir acidentes de trabalho na enfermagem
relacionados à exposição a doenças de diagnóstico clínico não confirmado.
Objetivos Específicos: Identificar os principais riscos ocupacionais a que os profissionais de enfermagem estão
expostos.
Analisar as medidas de prevenção e controle existentes para cada tipo de risco.
Avaliar a efetividade das medidas de prevenção e controle implementadas em diferentes contextos.
Investigar os desafios e as barreiras para a implementação das medidas de prevenção e controle.
Formular propostas para melhorar a prevenção de acidentes de trabalho na enfermagem.
Escopo do Estudo: Abrangerá a literatura científica sobre o tema, incluindo artigos publicados em periódicos
nacionais e internacionais, livros, teses e dissertações.
Também serão considerados dados de pesquisas epidemiológicas, estatísticas oficiais e relatos de casos.
O estudo se concentrará nos profissionais de enfermagem que atuam em diferentes áreas, como hospitais, clínicas,
unidades de pronto atendimento e serviços de saúde pública.

2. Revisão Bibliográfica:
Seleção de Fontes de Informação: Bases de dados bibliográficas: PubMed, BVS, CINAHL, Scopus, Web of
Science.
Repositórios de pesquisa: SciELO, Google Scholar, Biblioteca Virtual da Enfermagem (COREn).
Sites de instituições oficiais: Ministério da Saúde, OMS, ANVISA.
Revistas especializadas em saúde do trabalhador e enfermagem.
Critérios de Seleção de Fontes: Relevância para o tema do estudo.
Qualidade metodológica da pesquisa.
Atualidade das informações.
Credibilidade da fonte.
Organização da Informação: Utilização de ferramentas de gerenciamento de referências, como Zotero ou
Mendeley.
Criação de um banco de dados com as informações coletadas.
Análise crítica das informações coletadas.

3. Análise dos Dados:

Identificação dos principais riscos ocupacionais.


Classificação dos riscos por tipo (físicos, químicos, biológicos, ergonômicos, psicossociais).
Análise das medidas de prevenção e controle para cada tipo de risco.
Avaliação da efetividade das medidas de prevenção e controle.
Identificação dos desafios e barreiras para a implementação das medidas de prevenção e controle.
Formulação de propostas para melhorar a prevenção de acidentes de trabalho na enfermagem.

4. Apresentação dos Resultados:

Elaboração de um relatório final com os resultados do estudo.


Apresentação dos resultados em congressos, seminários e eventos científicos.
Publicação dos resultados em artigos científicos em revistas especializadas.
Divulgação dos resultados para a comunidade de enfermagem e para os profissionais de saúde.

5. Cronograma:
Etapa 1: Definição do objetivo e escopo do estudo.
Etapa 2: Revisão bibliográfica.
Etapa 3: Análise dos dados.
Etapa 4: Apresentação dos resultados.

7. Recursos Materiais:
Computador com acesso à internet.
Software de gerenciamento de referências.
Acesso a bases de dados bibliográficas.
Material de escritório.

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