Biossegurança - Atualizado

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Biossegurança

Aplicada à Enfermagem
Competências 1

Aplicar normas de higiene e biossegurança na realização do trabalho para proteger a sua saúde e
a do paciente.
Prevenir e controlar a contaminação através da utilização de técnicas adequadas de transporte,
armazenamento, descarte de fluidos e resíduos, assim como de limpeza e/ou desinfecção de
ambientes e equipamentos, no intuito de proteger o paciente contra riscos biológicos.
Selecionar e utilizar técnicas de biossegurança adequadas à proteção de pacientes
imunodeprimidos. Registrar cuidados, procedimentos e observações realizadas dentro de padrões
éticos e científicos.
Identificar procedimentos e cuidados de enfermagem apropriados ao atendimento das
necessidades básicas do paciente portador de afecções clínicas.
Interpretar e aplicar as normas relativas à prevenção e controle de 2
infecção hospitalar na unidade de internação. Conhecer as fontes de
contaminação radioativa de forma a realizar ações eficazes de prevenção e
controle dos danos provocados pelas radiações ionizantes.
Caracterizar bactérias, fungos, vírus e protozoários, interpretando a ação
desses microrganismos no ambiente e no organismo humano.
Utilizar técnicas adequadas para a prevenção de acidentes no transporte,
armazenamento, contaminação radioativa e aplicar normas de higiene e
biossegurança na realização do trabalho para proteção do paciente.
Objetivo 3

Compreender os conceitos e ações focadas em prevenção, com o propósito


de eliminar ou minimizar os riscos que podem comprometer a saúde do
homem, animais e do meio em que estes vivam.
Conteúdo Programático 4

• Introdução a biossegurança
• Segurança nos serviços de saúde
• Riscos existentes
• Órgãos reguladores
• Controle de infecção hospitalar
• Educação em saúde
• Acidente de trabalho
• Gerenciamento de resíduos hospitalares
• NR 32
Metodologia 5

Aula expositiva oral do conteúdo programático, livro didático (unidade 7 –


pág. 445 à 471) com o auxílio de recursos multimídia e quadro branco.
Introdução 6

As principais estratégias para a redução das infecções adquiridas no ambiente de trabalho


são a prevenção da exposição a materiais biológicos potencialmente infecciosos, bem como a
proteção através da imunização. A combinação de procedimentos padrão, mudanças na prática
de trabalho, uso dos diversos recursos tecnológicos e educação continuada são as melhores
alternativas para reduzir exposições ocupacionais. Normas e procedimentos que facilitem
pronta comunicação, avaliação, aconselhamento, tratamento e acompanhamento dos acidentes
de trabalho com material biológico deve estar disponível para os profissionais de saúde. Essas
normas devem estar de acordo com as exigências federais, estaduais e municipais.
Assista a uma aula sobre a importância da biossegurança no controle de infecções
hospitalares.
7
O que é Biossegurança 8

A biossegurança é uma área de conhecimento


definida pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) como: “condição de segurança
alcançada por um conjunto de ações destinadas a
prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos
inerentes às atividades que possam comprometer a
saúde humana, animal e o meio ambiente”.

Fiocruz
A questão fundamental, portanto, é garantir que
9
qualquer procedimento científico seja seguro. Ele precisa
ser seguro para os profissionais que o realizam, para os
pacientes a quem são destinados (quando houver) e para
o ambiente e, ao mesmo tempo, ser capaz de gerar
resultados de qualidade.

Fiocruz
Riscos nos serviços de saúde 10
Em 1700, o médico italiano Benedito Ramazzini publicou o livro “As doenças dos
trabalhadores”, no qual foi descrita pela primeira vez a relação existente entre os problemas de
saúde e as profissões. “O ofício determina a causa das doenças” é uma das afirmações de
Ramazzini.
Por conta dessa relação existente entre as ocupações e as doenças às quais o indivíduo está
sujeito a desenvolver, a enfermagem possui seus próprios riscos e pontos de atenção que devem
ser observados. “A enfermagem é considerada uma profissão de risco, pois estamos expostos a
inúmeros fatores durante o desempenho de nossas atividades”, explica a enfermeira-fiscal do
Coren-SP, Sheila Tetamanti, especialista em Enfermagem do Trabalho.
Níveis de risco no método de descontaminação
Ler página 462.
O risco e perigo são terminologias utilizadas em biossegurança, portanto devem ser 11
compreendidas o seu significado, dessa forma, RISCO quer dizer como o perigo que é
mediado através do conhecimento que se possui da situação, ou seja, é aquele que se tem
como prevenir e deve ser sempre realizado. Já PERIGO é aquele que existe quando não se
conhece a situação. É aquele que é desconhecido ou ainda mal conhecido.

 Alto Risco – Radiações ionizantes: alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais,
acidentes do trabalho. Radiações não ionizantes: queimaduras, lesões na pele, nos olhos e em
outros órgãos.
 Risco Moderado -  Apresentam risco moderado para o manipulador e fraco para a comunidade e
há sempre um tratamento preventivo (ex.: herpes; fungos - Candida albicans; parasitas);
 Baixo Risco - Incluem os agentes que não possuem capacidade comprovada de causar doença em
pessoas ou animais sadios.
Classificação dos riscos ambientais 12
Abaixo listamos os principais riscos inerentes ao exercício da
enfermagem e as ações que devem ser realizadas para preveni-los: 13
Riscos Físicos – ruídos, vibrações, radiações, extremos
de temperatura, pressões anormais, umidade, iluminação
inadequada, falta de sinalização adequada, espaço físico
inapropriado.
Para prevenir os riscos físicos, é fundamental que o
ambiente de trabalho seja adequado, com boa ventilação
e iluminação, boa sinalização, espaço físico adequado
(entre leitos, por exemplo), limpo e com boas condições
como banheiros adequados.
COREN-SP 2018
Riscos Químicos – Gases, vapores anestésicos, 14
antissépticos, esterilizantes e poeiras.
Para prevenir esses riscos, é importante que a
instituição de saúde forneça Equipamentos de
Proteção Individual aos seus funcionários e forneça
orientação e treinamento para utilização dos
mesmos.

COREN-SP 2018
Riscos Biológicos – Micro-organismos,
15
material infectocontagioso, perfurocortantes.

Para prevenir esses riscos é necessário que


haja descartes adequados de materiais, uso de
EPIs como luvas e máscaras e que haja
protocolos de segurança para manipular esses
materiais e que esses protocolos sejam
seguidos por todos os profissionais.

COREN-SP 2018
Riscos Ergonômicos – Sobrecarga de peso, 16
postura inadequada. Para preveni-los, é
importante que haja equipamentos como
camas elétricas, por exemplo, que
reduzem o esforço físico que o profissional
deve fazer. Além disso, o
dimensionamento adequado de
profissionais reduz a quantidade de
esforço que cada trabalhador realiza
diariamente, pois haverá mais
profissionais para dividir as tarefas.

COREN-SP 2018
Riscos de Acidentes – Iluminação inadequada, risco
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de incêndio, piso escorregadio, máquinas
defeituosas e ferramentas inadequadas.
Os riscos de acidentes podem ser evitados com a
manutenção preventiva dos equipamentos e
ferramentas e com a adequação e sinalização do
ambiente físico de trabalho.

COREN-SP 2018
Riscos Psicossociais – Sobrecarga psicológica, jornada de
trabalho inadequada, ritmo acelerado, tarefas
repetitivas, ambiente conflituoso e competitivo,
relacionamento conturbado com pacientes e 18
acompanhantes, dentre outros.
Para prevenir essa categoria de riscos, é fundamental a
atuação das lideranças e do enfermeiro Responsável
Técnico, que devem se esforçar para mediar conflitos e
criar um ambiente de trabalho saudável, amistoso e que
seja cooperativo ao invés de competitivo. Além disso, é
fundamental que o profissional tenha uma vida saudável COREN-SP 2018
e equilibrada fora do ambiente de trabalho.
Órgãos reguladores 19

Em 24 de março de 2005, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, aprovou a lei
de nº 11.105, ou Lei da Biossegurança, que revoga a lei anterior sobre o tema, de 1995.
Estabelece também as normas de segurança e os mecanismos de fiscalização que envolvam os
organismos geneticamente modificados (OGMs) e a utilização de células-tronco para fins de
pesquisa e terapia.
Ao mesmo tempo, a lei criou também o Conselho Nacional de Biossegurança, formado por
alguns ministros de Estado, como o da Justiça, o da Saúde e o do Meio Ambiente, bem como
estabeleceu uma Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, composta por cientistas, e ainda
apresentou algumas disposições sobre a Política Nacional de Biossegurança.
Art. 16. Caberá aos órgãos e entidades de registro e fiscalização do
Ministério da Saúde, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e
20
do Ministério do Meio Ambiente, e da Secretaria Especial de Aquicultura e
Pesca da Presidência da República entre outras atribuições, no campo de suas
competências, observadas a decisão técnica da CTNBio, as deliberações do
CNBS e os mecanismos estabelecidos nesta Lei e na sua regulamentação.
Art. 19. Fica criado, no âmbito do Ministério da Ciência e Tecnologia, o
Sistema de Informações em Biossegurança – SIB, destinado à gestão das
informações decorrentes das atividades de análise, autorização, registro,
monitoramento e acompanhamento das atividades que envolvam OGM e seus
derivados.
CTNBio 21
A CTNBio é uma instância colegiada multidisciplinar, cuja finalidade é prestar apoio
técnico consultivo e assessoramento ao Governo Federal na formulação, atualização e
implementação da Política Nacional de Biossegurança relativa a OGM, bem como no
estabelecimento de normas técnicas de segurança e pareceres técnicos referentes à
proteção da saúde humana, dos organismos vivos e do meio ambiente, para atividades
que envolvam a construção, experimentação, cultivo, manipulação, transporte,
comercialização, consumo, armazenamento, liberação e descarte de OGM e derivados.
No âmbito do Ministério da Saúde (MS), a Biossegurança é tratada
pela Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS) que é coordenada 22
pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) e
composta pelas Secretarias de Vigilância em Saúde (SVS) e de Atenção
à Saúde (SAS), pela Assessoria de Assuntos Internacionais em Saúde
(AISA), pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), pela Fundação
Nacional de Saúde (FUNASA) e pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA). A CBS foi instituída pela Portaria GM/MS nº 1.683,
de 28 de agosto de 2003.
Funasa 23
A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) é uma fundação pública federal, vinculada ao Ministério da Saúde do

Brasil. Surgiu com o Decreto nº 100, de 16 de abril de 1991, autorizado pelo Art. 14, da Lei nº 8.029, de 12 de Abril

de 1990, como resultado da fusão de vários segmentos da área de saúde, entre os quais a Fundação Serviços de

Saúde Pública (Fsesp) e a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam). A Funasa atualmente é a

instituição do governo federal responsável em promover o fomento à soluções de saneamento para prevenção

e controle de doenças, bem como formular e implementar ações de promoção e proteção à saúde relacionadas

com as ações estabelecidas pelo Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental.

Nessa linha, as ações contemporâneas desenvolvidas pela Fundação resultam em uma maior inclusão social e

contribuem para a melhoria das condições de vida das populações mais carentes, culminando em uma das

estratégias do governo federal para a erradicação da extrema pobreza. Desenvolve também ações estratégicas

preventivas de Saúde Ambiental para a redução dos riscos à saúde humana.


24
Fiocruz 25

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é uma instituição nacional de


pesquisa e desenvolvimento em ciências biológicas, localizada no
estado do Rio de Janeiro, Brasil, e vinculada ao Ministério da Saúde.

Promover a saúde e o desenvolvimento social, gerar e difundir


conhecimento científico e tecnológico, ser um agente da cidadania.
Estes são os conceitos que pautam a atuação da Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, a mais destacada
instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina.
26
ANVISA 27

Criada pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro 1999, a Agência Nacional de


Vigilância Sanitária (Anvisa) é uma autarquia sob regime especial, que tem sede e
foro no Distrito Federal, e está presente em todo o território nacional por meio
das coordenações de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.
Tem por finalidade institucional promover a proteção da saúde da população,
por intermédio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e
serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos,
dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de
portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.
28
Controle de Infecção Hospitalar 29

A infecção hospitalar, ou Infecção Relacionada à Assistência em Saúde (IRAS) é


definida como qualquer infecção adquirida enquanto a pessoa está internada no hospital,
podendo se manifestar ainda durante a internação, ou após a alta, desde que seja
relacionada com a internação ou a procedimentos realizados no hospital.
Segundo a ANVISA, as IRAS consistem em eventos adversos – EA ainda persistentes nos
serviços de saúde. Sabe-se que a infecção leva a considerável elevação dos custos no
cuidado do paciente, além de aumentar o tempo de internação, a morbidade e a
mortalidade nos serviços de saúde do país.
30
Observe quais são as principais leis, portarias e manuais que abordam a
IRAS, antes chamada de infecção hospitalar. 31
1. Lei Federal n. 9.431 de 1997 – Instituiu a obrigatoriedade da existência da
CCIH e de um Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH).
2. Portaria n. 2.616, de 12 de maio de 1998 – Institui as diretrizes e normas
para a prevenção e o controle das infecções hospitalares e o Programa de
Controle de Infecção Hospitalar.
3. Manual de Critérios Diagnósticos de Infecções Relacionadas à Assistência à
Saúde – (IRAS) ANVISA .
4. Caderno Básico de Controle de Infecção Hospitalar – ANVISA 2000.
5. Cartilha Higienização das Mãos – ANVISA.
6. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde.
ANVISA.
Tipos de infecção hospitalar 32
As infecções relacionadas com o ambiente de saúde podem ser classificadas em alguns tipos de acordo com o
microrganismo e forma de entrada no corpo. Assim, as IRAS podem ser classificadas em:
• Endógena, em que a infecção é causada pela proliferação de microrganismos da própria pessoa, sendo mais
frequente em pessoas com sistema imune mais comprometido;
• Exógena, em que a infecção é causada por um microrganismo que não faz parte da microbiota da pessoa, sendo
adquirido através das mãos dos profissionais de saúde ou como consequência de procedimentos, medicamentos ou
alimentos contaminados;
• Cruzada, que é comum quando existem vários pacientes na mesma UTI, favorecendo a transmissão de
microrganismos entre as pessoas internadas;
• Inter hospitalar, que são infecções levadas de um hospital a outro ou seja, a pessoa adquire infecção no
hospital em que teve alta, mas foi internada em outro.
Portaria n. 2.616/1998: Programa de
Controle de Infecção Hospitalar – PCIH 33
O Programa de controle de Infecção Hospitalar – PCIH foi instituído pela Portaria n. 2.616/1998.
Esse programa é um conjunto de ações que objetivam a redução da incidência e da gravidade das
infecções hospitalares. Hoje esse programa é chamado de Programa Nacional de Prevenção e
Controle de IRAS. Porém vamos utilizar o termo infecção hospitalar que ainda permanece na
Portaria n. 2.616/1998.
Para a adequada execução do PCIH, os hospitais devem constituir CCIH (Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar), órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de execução das
ações de controle de IH.
A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente
designados.
Lavagem das mãos 34
Lavar as mãos frequentemente é, isoladamente, a ação
mais importante para a prevenção do risco de transmissão
de microrganismos para clientes, pacientes e profissionais
de saúde. O método adequado para lavagem das mãos
depende do tipo de procedimento a ser realizado.
Cinco momentos de higienização das mãos

35
36

Lavagem das
mãos com água
Lavagem das
mãos com 37
álcool gel
Assista o passo a passo da higienização
simples das mãos segundo as normas da
ANVISA. 38

Assista o passo a passo da


higienização das mãos com solução
alcoólica segundo as normas da
ANVISA.
Equipamento de proteção individual - EPI 39

Os profissionais que trabalham na área da saúde devem conhecer seus locais de trabalho, bem
como os principais riscos inerentes a ele, uma vez que a exposição a fluídos corpóreos como sangue,
secreções e excreções pode levar a doenças infecto contagiosas agudas, crônicas ou até mesmo à
morte.

Diante desse cenário, a única forma de proteção é a utilização correta dos equipamentos de
proteção individual, como luvas, capote, toucas, máscara, óculos protetores e botas, conforme
estabelecido nas Normas Regulamentadoras. O uso desses equipamentos é uma exigência da legislação
trabalhista brasileira e são classificados conforme a RN6, como todo dispositivo ou produto de uso
individual, utilizado pelo trabalhador e destinado à proteção contra risco que ameaçam a segurança e a
saúde no trabalho (BRASIL, 2008).
40
Tipos de luva e indicações de uso
 Luvas de látex: 41
 Luvas de látex estéril:
 Luvas de vinil:
 Luvas de borracha:                                                 
 Luvas de borracha nitrílica:
 Luvas de vinil (PVC)

PRATIQUE

O uso de luvas estéreis é sempre necessário na


realização de procedimentos invasivos ou na
manipulação de tecidos estéreis ou com baixa carga
microbiana. As luvas devem ter as dimensões adequadas,
que permitam o ajuste perfeito para evitar prejuízo na
realização da técnica, além de reduzir o risco de
acidentes com material biológico.
 Luvas de látex:  Luvas de látex estéril:  Luvas de vinil:

42

 Luvas de borracha:   Luvas de borracha nitrílica:  Luvas de vinil (PVC)


Uso de máscaras
Ler página 456.
43

Tipos de máscara de indicações de uso
• Máscara de TNT (Tecido Não Tecido)
• Máscara N95
• Máscara para inalação

Óculos de segurança
44
Ler página 457.

Indicação de uso
• Óculos nitro de segurança:

Jaleco
45
Ler página 457.

• Jaleco de algodão ou material sintético:
• Jaleco de TNT:
• Avental plástico:

Gorro 46
Ler página 457.

• Gorro descartável sanfonado:
Calçados fechados 47
• Sapato fechado tipo tênis:

Ler página 457.

Propé
• Propé de TNT:

Ler página 457.


Imunização 48

Os benefícios da imunização incluem a proteção individual, a interrupção da disseminação de

doenças infecciosas e de alguns surtos intra e interambientais de cuidado à saúde, além da proteção

indireta de pessoas não vacinadas da comunidade para algumas doenças. Adicionalmente, há redução

de vários custos relacionados ao diagnóstico, tratamento e controle de infecções.

No caso dos profissionais da área da saúde, a adesão à vacinação é necessária, por isso tão

enfatizada por gestores e pesquisadores envolvidos nesta temática, já que com adesão a essa medida

preventiva os profissionais da área da saúde passam a apresentar um risco minimizado de infecção

por doenças passíveis de imunização, além de protegerem, também, outros profissionais e pacientes.
É imprescindível a imunização dos profissionais da área da saúde, já que 49
estão expostos, cotidianamente, indireta e/ou diretamente, a diferentes e

diversos microrganismos, que podem gerar quadros de infecção, ocasionando,

assim, consequências para as instituições, para esses profissionais e para os

clientes. Portanto, é de suma importância que os profissionais da área da saúde

recebam orientação e adiram à imunização, uma medida preventiva subsidiada

pela legislação que trata da saúde do trabalhador e que ainda apresenta baixa

adesão por parte desses profissionais.


No Brasil, o PNI, do Ministério da Saúde (MS), criado em 1973 e

regulamentado pela Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975, e pelo 50


Decreto nº 78.231, de 12 de agosto de 1976, atua hoje como o programa

vigente quanto às condutas e esquemas básicos relacionados à imunização

da população em geral na esfera nacional. Ele corresponde ao conjunto

de vacinas consideradas de interesse prioritário à saúde pública no País.


51
Educação em Saúde 52

Entendemos educação corporativa como além do


treinamento empresarial ou qualificação de mão de
obra. Trata-se de articular coerentemente as
competências individuais e organizacionais no contexto
mais amplo da Instituição. Nesse sentido, práticas de
educação corporativa estão intrinsecamente
relacionadas ao processo de inovação na Instituição e ao
aumento da qualidade e eficácia de seus serviços.
Nesse contexto, o programa de educação corporativa visa os seguintes
objetivos:
•Gerar oportunidades de aprendizagem que desenvolvam competências 53
para a melhoria do desempenho dos cuidadores e da Instituição;

•Apoiar a formação de lideranças propiciando uma evolução no processo


de sucessão;

•Consolidar a cultura de excelência nos processos e serviços;

•Proporcionar atualizações e reciclagens técnicas específicas para


seus cuidadores;

•Difundir as melhores práticas técnicas vigentes.


O programa de educação corporativa dispõe de diferentes ferramentas para o treinamento das suas
equipes, que podem ser utilizadas de acordo com critérios objetivos a serem atingidos como: público-
alvo, tempo, especificidade etc.
Podem ser:
54
•Treinamentos presenciais;
•Treinamentos à distância – EAD;
•EAD e treinamentos presenciais combinados.
 
Além disso, são classificados em:
•Treinamentos obrigatórios institucionais: abordam conteúdos destinados a todos os cuidadores;
•Treinamentos eventuais: contemplam conteúdo específico do setor (atualização de legislação,
incorporação tecnológica, novos processos de trabalho, entre outros), podendo acontecer mediante
demanda da liderança, admissões de novos cuidadores etc.
A periodicidade dos cursos e treinamentos pode acontecer de forma contínua ou de forma
esporádica, contemplando demandas específicas e pontuais. 
 
Gerenciamento dos resíduos hospitalares 55

O manejo dos resíduos de serviços de


saúde é o conjunto de ações voltadas ao
gerenciamento dos resíduos gerados. Deve
focar os aspectos intra e extra-
estabelecimento, indo desde a geração até
a disposição final, incluindo as seguintes
etapas:

Fiocruz
1 – Segregação
Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com
as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos
envolvidos.
56
2 – Acondicionamento
Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem
vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de
acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.
Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em sacos resistentes à ruptura e
vazamento e impermeáveis, de acordo com a NBR 9191/2000 da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT). Deve ser respeitado o limite de peso de cada saco, além
de ser proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.
Colocar os sacos em coletores de material lavável, resistente ao processo de
descontaminação utilizado pelo laboratório, com tampa provida de sistema de abertura
sem contato manual, e possuir cantos arredondados.
Os resíduos perfuro cortantes devem ser acondicionados em recipientes resistentes à
punctura, ruptura e vazamento, e ao processo de descontaminação utilizado pelo
laboratório.
3 – Identificação
Esta etapa do manejo dos resíduos, permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e
recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS.
Os sacos de acondicionamento, os recipientes de coleta interna e externa, os recipientes de transporte
57
interno e externo, e os locais de armazenamento devem ser identificados de tal forma a permitir fácil
visualização, de forma indelével, utilizando-se símbolos, cores e frases, atendendo aos parâmetros
referendados na norma NBR 7.500 da ABNT, além de outras exigências relacionadas à identificação de
conteúdo e ao risco específico de cada grupo de resíduos.
O Grupo A de resíduos é identificado pelo símbolo internacional de risco biológico, com rótulos de
fundo branco, desenho e contornos pretos.
O Grupo B é identificado através do símbolo de risco associado, de acordo com a NBR 7500 da ABNT e
com discriminação de substância química e frases de risco.
O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor
magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão “Rejeito
Radioativo”.
O Grupo D é representado pelos resíduos comuns.
O Grupo E possui a inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta o resíduo
58
4 - Transporte Interno
Esta etapa consiste no translado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao

59
armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a
coleta.
O transporte interno de resíduos deve ser realizado atendendo roteiro previamente definido e em
horários não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de
visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades. Deve ser feito separadamente de acordo com
o grupo de resíduos e em recipientes específicos a cada grupo de resíduos.
Os carros para transporte interno devem ser constituídos de material rígido, lavável, impermeável,
resistente ao processo de descontaminação determinado pelo laboratório, provido de tampa
articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e bordas arredondados, e identificados com o
símbolo correspondente ao risco do resíduo neles contidos. Devem ser providos de rodas revestidas
de material que reduza o ruído. Os recipientes com mais de 400 L de capacidade devem possuir
válvula de dreno no fundo. O uso de recipientes desprovidos de rodas deve observar os limites de
carga permitidos para o transporte pelos trabalhadores, conforme normas reguladoras do Ministério
do Trabalho e Emprego.
6 – Tratamento
O tratamento preliminar consiste na descontaminação dos resíduos (desinfecção ou esterilização) por meios
físicos ou químicos, realizado em condições de segurança e eficácia comprovada, no local de geração, a fim
de modificar as características químicas, físicas ou biológicas dos resíduos e promover a redução, a 60
eliminação ou a neutralização dos agentes nocivos à saúde humana, animal e ao ambiente.
Os sistemas para tratamento de resíduos de serviços de saúde devem ser objeto de licenciamento ambiental,
de acordo com a Resolução CONAMA nº. 237/1997 e são passíveis de fiscalização e de controle pelos órgãos de
vigilância sanitária e de meio ambiente.
O processo de esterilização por vapor úmido, ou seja, autoclavação, não de licenciamento ambiental. A
eficácia do processo deve ser feita através de controles químicos e biológicos, periódicos, e devem ser
registrados.
Os sistemas de tratamento térmico por incineração devem obedecer ao estabelecido na Resolução CONAMA
nº. 316/2002.

7 - Armazenamento Externo
Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente
exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores. Neste local não é permitido a manutenção dos
sacos de resíduos fora dos recipientes ali estacionados.
61
8 – Coleta e Transporte Externos
Consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de
tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das
condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio
ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana.
A coleta e transporte externos dos resíduos de serviços de saúde devem ser realizados de
acordo com as normas NBR 12.810 e NBR 14652 da ABNT.

9 - Disposição Final
Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los, obedecendo
a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a
Resolução CONAMA nº.237/97.
NR 32 (Norma Regulamentadora) 62
É uma legislação do Ministério do Trabalho e Emprego que estabelece

medidas para proteger a segurança e a saúde dos trabalhadores de

saúde em qualquer serviço de saúde inclusive os que trabalham nas

escolas, ensinando ou pesquisando.

Seu objetivo é prevenir os acidentes e o adoecimento causado pelo

trabalho nos profissionais da saúde, eliminando ou controlando as

condições de risco presentes nos Serviços de Saúde. Ela recomenda para

cada situação de risco a adoção de medidas preventivas e a capacitação

dos trabalhadores para o trabalho seguro.


A quem a norma atinge? 63

Atinge não só os empregados próprios do Serviço de Saúde como


também os empregados das empresas terceirizadas, cooperativas,
prestadoras de serviço, enfim a todos os que trabalham na área de saúde.
64
Importante para a sua aplicação é a participação dos trabalhadores,
através das Comissões Institucionais de caráter legal e técnico, entre as
quais, a CIPA (instituições privadas); COMSAT’S (instituições públicas), SESMT
(Serviço Especializado em Engenharia e Segurança do Trabalho) e a CCIH
(Comissão de Controle e Infecção Hospitalar), além dos eventos específicos,
como as Semanas Internas de Prevenção de Acidentes de Trabalho – SIPAT’s
Sobre a rotina do trabalho da enfermagem, do
que a norma trata? 65
A NR-32 abrange as situações de exposição aos diversos agentes de risco presentes no ambiente
de trabalho, como os agentes de risco biológico; os agentes de risco químico; os agentes de risco
físico com destaque para as radiações ionizantes; os agentes de risco ergonômico.
Abrange ainda a questão da obrigatoriedade da vacinação do profissional de enfermagem, com
reforços e sorologia de controle pertinentes, conforme recomendação do Ministério da Saúde,
devidamente registrada em prontuário funcional com comprovante ao trabalhador.
Determina ainda algumas situações na questão de vestuário e vestiários, refeitórios, resíduos,
capacitação contínua e permanente na área específica de atuação, entre outras não menos
importantes.
Risco Biológico 66
O que a norma determina em relação ao risco biológico?

Considera como risco biológico a probabilidade da exposição ocupacional a agentes biológicos (microrganismos,

geneticamente modificados ou não; as culturas de células; os parasitas; as toxinas e os príons).

Em relação aos acidentes perfuro cortantes os profissionais de enfermagem são os trabalhadores mais expostos, porque:

• é a maior categoria nos serviços de saúde;

• tem contato direto na assistência aos pacientes;

• pelo tipo e a frequência das tarefas realizadas.

A gravidade dos acidentes com perfuro cortante está em que ele pode ser a porta de entrada de doenças infecciosas

graves e letais como a Hepatite B e C e a AIDS.


32.2.4.15. São vedados o reencape e a desconexão manual de
agulhas. O objetivo deste item é o de diminuir a ocorrência dos
acidentes com agulhas. 67

A frequência de exposições é maior entre, auxiliares e


técnicos de enfermagem, quando comparados a
profissionais de nível superior

COREN-SP
Como a norma trata a questão do risco biológico? A NR-32 determina
(em seus artigos normatizadores) que:
68
32.2.4.5. O empregador deve vedar:

• a utilização de pias de trabalho para fins diversos dos previstos;


• o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos
postos de trabalho,
o consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho;
• a guarda de alimentos em locais não destinados para este fim;
• o uso de calçados abertos.

A proibição do uso de adornos deve ser observada para todo trabalhador do


serviço de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e
assistência à saúde exposto ao agente biológico, independente da sua função.
São exemplos de adornos: alianças e anéis, pulseiras, relógios de uso pessoal,
colares, brincos, broches, piercings expostos. Esta proibição estende-se a
crachás pendurados com cordão e gravatas
Entende-se por calçado aberto aquele que proporciona exposição da
região do calcâneo (calcanhar), do dorso (peito) ou das laterais do pé.
Esta proibição aplica-se aos trabalhadores do serviço de saúde, bem 69
como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à
saúde potencialmente expostos.
32.2.4.6. Todos os trabalhadores com possibilidade de exposição a agentes biológicos
devem utilizar vestimenta de trabalho adequada e em condições de conforto.
As vestimentas são os trajes de trabalho, que devem ser fornecidos pelo empregador, 70
podendo compreender o traje completo ou algumas peças, como aventais, jalecos e
capotes.

32.2.4.6.2. Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos


de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais.
32.2.4.6.4. A higienização das vestimentas utilizadas nos centros cirúrgicos e obstétricos,
serviços de tratamento intensivo, unidades de pacientes com doenças infecto-contagiosas
e quando houver contato direto da vestimenta com material orgânico, deve ser de
responsabilidade do empregador.
32.2.4.7. Os Equipamentos de Proteção Individual – EPI, descartáveis ou
não, deverão estar à disposição, em número suficiente, nos postos de
trabalho, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou
reposição.
71
Comunique qualquer acidente de trabalho exigindo a abertura da
comunicação de acidente de trabalho – CAT – por menor que seja o acidente,
mesmo não havendo afastamento do trabalho.
72
Risco Químico 73

E quanto aos riscos químicos? Como vai funcionar?

Esta situação compreende a exposição aos agentes químicos presentes no local de


trabalho. Consideram-se agentes químicos, substâncias, compostos ou produtos
químicos em suas diversas formas de apresentação: líquida, sólida, plasma,
vapor, poeira, névoa, neblina, gasosa e fumo. As vias de entrada do agente
químico no organismo são: digestiva, respiratória, mucosa, parenteral e cutânea.
A NR-32 aborda esta situação nos seguintes itens:
74
32.3.1. Deve ser mantida a rotulagem do fabricante na embalagem original dos
produtos químicos utilizados em serviços de saúde.

32.3.2. Todo recipiente contendo produto químico manipulado ou fracionado deve


ser identificado, de forma legível, por etiqueta com o nome do produto,
composição química, sua concentração, data de ênfase e de validade e nome do
responsável pela manipulação ou fracionamento.

32.3.3. É vedado o procedimento de reutilização das embalagens de produtos


químicos.
Risco Quimioterápico 75

No capítulo dos riscos químicos o destaque está na proteção ao trabalhador


que manuseia as substâncias quimioterápicas antineoplásicas.
32.3.9.4.9.1. Com relação aos quimioterápicos, entende-se por acidente:
ambiental: contaminação do ambiente devido à saída do medicamento do
ênfase no qual esteja acondicionado, seja por derramamento ou por
aerodispersóides sólidos ou líquidos;
pessoal: contaminação gerada por contato ou inalação dos medicamentos da
terapia quimioterápica antineoplásica em qualquer das etapas do processo.
32.3.9.4.6. Com relação aos quimioterápicos antineoplásicos, compete ao empregador:

• proibir fumar, comer ou beber, bem como portar adornos ou maquiar-se;

76
• afastar das atividades as trabalhadoras gestantes e nutrizes;
• proibir que os trabalhadores expostos realizem atividades com possibilidade de exposição aos
agentes ionizantes;
• fornecer aos trabalhadores avental confeccionado em material impermeável, com frente
resistente e fechado nas costas, manga comprida e punho justo, quando do seu preparo e
administração;
• fornecer aos trabalhadores dispositivos de segurança que minimizem a geração de aerossóis e a
ocorrência de acidentes durante a manipulação e administração;
• fornecer aos trabalhadores dispositivos de segurança para a prevenção de acidentes durante o
transporte.

Importante: 32.3.9.4.9.3. Nas áreas de preparação, armazenamento e administração e para o


transporte, deve ser mantido um kit de derramamento identificado e disponível, que deve conter
no mínimo: luvas de procedimento, avental impermeável, compressas absorventes, proteção
respiratória, proteção ocular, sabão, recipiente identificado para recolhimento de resíduos e
descrição do procedimento.

O que fazer em caso de acidentes no manuseio de quimioterápicos antineoplásicos?


1.4.2.2. As áreas da pele atingidas devem ser lavadas com água e sabão.
1.4.2.3. Quando da contaminação dos olhos ou outras mucosas, lavar com água ou solução
isotônica em abundância, providenciar acompanhamento médico.
O que fazer em caso de acidentes no manuseio de quimioterápicos
antineoplásicos?

1.4.2.2. As áreas da pele atingidas devem ser lavadas com água e sabão.
1.4.2.3. Quando da contaminação dos olhos ou outras mucosas, lavar com água
77
ou solução isotônica em abundância, providenciar acompanhamento médico

1.4.4.1. O responsável pela descontaminação


deve paramentar-se antes de iniciar o
procedimento.
1.4.4.2. A área do derramamento, após
identificação e restrição de acesso, deve ser
limitada com compressas absorventes
1.4.4.3. Os pós devem ser recolhidos com
compressa absorvente umedecida.
1.4.4.4. Os líquidos devem ser recolhidos com
compressas absorventes secas.
1.4.4.5. A área deve ser limpa com água e sabão
em abundância.
Risco com Gases Medicinais 78
É proibida a utilização de equipamentos sem manutenção corretiva e preventiva, devendo existir a verificação programada
de cilindros de gases, conectores, conexões, mangueiras, balões, traquéias, válvulas, aparelho de anestesia e máscaras faciais
para ventilação pulmonar.
Locais com gases e vapores anestésicos devem ser providos de ventilação e exaustão adequados.
A enfermagem deve manusear cilindros de gases medicinais?
Não cabe ao profissional de Enfermagem o manuseio e/ou transporte de cilindros de gases medicinais, com exceção dos
portáteis, quando utilizados no transporte de pacientes ou reposição.
Observações:
• deve haver sinalização ampla, visível e haver placa de informações com o nome das pessoas autorizadas e treinadas para
operação e manutenção do sistema;
• procedimentos de emergência;
• número do telefone de emergência;
• sinalização de perigo.
Risco com Radiação 79

A radiação ionizante é um risco físico. Considera-se risco físico a probabilidade de exposição a agentes
físicos, que são as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como
ruído, vibração, pressão anormal, iluminação, temperatura extrema, radiações ionizantes e não-ionizantes.
Para os trabalhadores que executam suas atividades expostos à radiação ionizante, destacamos dentre
outros, os itens:
32.4.2. É obrigatório manter no local de trabalho e à disposição da inspeção do trabalho, o Plano de
Proteção Radiológica – PPR, aprovado pelo CNEN, e para os serviços de radiodiagnóstico aprovado pela
Vigilância Sanitária.
32.4.2.1. O Plano de Proteção Radiológica deve:
• estar dentro do prazo de vigência;
• identificar o profissional responsável e seu substituto eventual como membros efetivos da equipe
de trabalho do serviço.
Qual deve ser a postura de quem trabalha próximo às radiações?
80
32.4.3. O trabalhador que realiza atividades em áreas onde existam fontes de
radiações ionizantes deve:

• permanecer nestas áreas o menor tempo possível para a realização do


procedimento;
• ter conhecimento dos riscos radiológicos associados ao seu trabalho;
• estar capacitado inicialmente e de forma continuada em proteção radiológica;
• usar os EPIs adequados para a minimização dos riscos;
• estar sob monitoração individual de dose de radiação ionizante, nos casos
em que a exposição seja ocupacional.
E na situação de radioterapia?

Os serviços de radioterapia devem adotar, no mínimo, os


81
seguintes dispositivos de segurança:

• salas de tratamento possuindo portas com sistema de


intertravamento, que previnam o acesso indevido de
pessoas durante a operação do equipamento;

• indicadores luminosos de equipamento em operação,


localizados na sala de tratamento e em seu acesso
externo em posição visível.
Cuidados com Resíduos 82
A NR-32 dedicou especial atenção ao tratamento de resíduos, por suas implicações na biossegurança pessoal
e no meio ambiente.

Resíduos – O que é bom saber? Entre outros, podemos destacar:


32.5.2. Os sacos plásticos utilizados no acondicionamento dos resíduos de saúde devem atender ao disposto
na NBR 9191 e ainda ser:
• preenchidos até 2/3 de sua capacidade;
• fechados de tal forma que não se permita o seu derramamento, mesmo que virados com a abertura para
baixo;

• retirados imediatamente do local de geração após o preenchimento e fechamento;


• mantidos íntegros até o tratamento ou a disposição final do resíduo.
32.5.3. A segregação dos resíduos deve ser realizada no local onde são

83
gerados, devendo ser observado que:

• sejam utilizados recipientes que atendam às normas da ABNT, em


número suficiente para o armazenamento;
• os recipientes estejam localizados próximos da fonte geradora;
• os recipientes sejam constituídos de material lavável, resistente a
punctura, ruptura e vazamento, com tampa provida de sistema de
abertura sem contato manual, com cantos arredondados e que sejam
resistentes ao tombamento;
• os recipientes sejam identificados e sinalizados segundo as normas
da ABNT.

32.5.3.1. Os recipientes existentes nas salas de cirurgia e de parto


não necessitam de tampa para vedação
32.5.3.2. Para os recipientes destinados a coleta de
material pérfuro-cortante, o limite máximo de enchimento
deve estar localizado 5cm abaixo do bocal.
84
32.5.3.2.1. O recipiente para acondicionamento dos
pérfuro-cortantes deve ser mantido em suporte exclusivo e
em altura que permita a visualização da abertura para
descarte.

32.5.4. O transporte manual do recipiente de segregação


deve ser realizado de forma que não exista o contato do
mesmo com outras partes do corpo, sendo vedado o arrasto.

32.5.5. Sempre que o transporte do recipiente de


segregação possa comprometer a segurança e a saúde do
trabalhador, devem ser utilizados meios técnicos
apropriados, de modo a preservar a sua saúde e integridade
física.
Cuidados com Refeições 85
A NR-32 reservou importante atenção ao trabalhador no quesito alimentação, em que determina que é proibido aos
trabalhadores ingerirem alimentos no local de trabalho e, para conforto destes, durante as refeições, devem ser observados
os seguintes itens:
32.6.1. Os refeitórios dos serviços de saúde devem atender ao disposto na NR-24.
32.6.2.Os estabelecimentos com até 300 trabalhadores devem ser dotados de locais para refeição que atendam aos seguintes
requisitos mínimos:
• localização fora da área do posto de trabalho;
• piso lavável;
• limpeza, arejamento e boa iluminação;
• mesas e assentos dimensionados de acordo com o número de trabalhadores por intervalo de descanso e refeição;
• lavatórios instalados nas proximidades ou no próprio local;
• fornecimento de água potável;
• possuir equipamento apropriado e seguro para aquecimento de refeições.
32.6.3. Os lavatórios para higiene das mãos devem ser providos de papel toalha, sabonete líquido e lixeira com tampa de
acionamento por pedal.
Capacitação 86

A diminuição ou eliminação dos agravos à saúde do


trabalhador está relacionada à sua capacidade de entender a
importância dos cuidados e medidas de proteção que devem
tomar no trabalho. Levar este saber ao trabalhador deve
fazer parte das medidas de proteção.
Além dos indicados na NR-32 outros temas de saúde
também devem ser objetos de programas educativos
baseados nos indicadores de saúde dos trabalhadores ou
sempre que indicados pelo Ministério do Trabalho e Emprego
e Ministério da Saúde.
Saúde do trabalhador   87
Comissão Interna de Prevenção de Acidente (CIPA)

É uma instituição dentro das empresas. Ela é composta tanto por


empregados como por empregadores.
Pela norma Regulamentadora 5, fica determinado que a quantidade de
integrantes da CIPA depende do número de empregados que a empresa tem em
funções consideradas de risco. Já para saber qual o risco da atividade, deve-se
consultar a Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE).
O principal objetivo da CIPA é prevenir acidentes de trabalho e promover a
saúde dos funcionários. Para isso, a comissão realiza diferentes atividades e
ações.
Comissão de Acidente de Trabalho (CAT)

O CAT, ou Formulário de Certificação de Acidente de Trabalho, é um


88
documento que sua empresa precisa preencher em casos de acidentes de
trabalho, de trajeto, doenças ocupacionais, equiparáveis ou óbito.
O prazo para emissão da CAT é até o primeiro dia útil seguinte ao da
ocorrência. Ou seja, supondo que o empregado tenha se acidentado em uma
terça-feira, o prazo para o setor de RH emitir a CAT será até a quarta-feira
seguinte.
Com a emissão de CAT, o empregado demonstra ter sofrido acidente de
trabalho ou submetido a doença profissional, com o direito de receber o auxílio
doença acidentário, ou seja, o benefício que após retorno do afastamento possui
direito à estabilidade no emprego pelo prazo de um ano, diferente do auxílio
doença comum.
Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort) 89
Ler páginas 466 e 467.
lesões por esforços repetitivos (LER) e os distúrbios osteomusculares relacionados ao
trabalho (DORT) abrangem quadros clínicos do sistema musculoesquelético adquiridos pelo
trabalhador submetido a determinadas condições de trabalho.
As queixas mais comuns são dor localizada, irradiada ou generalizada, desconforto,
fadiga e sensação de peso. Muitos pacientes relatam formigamento, dormência, sensação
de diminuição de força e fadiga, edema e enrijecimento muscular, choque e falta de
firmeza nas mãos.
O tratamento deve ser realizado com equipe multiprofissional composta por
fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, enfermeiro, assistente social, psicólogo, profissional
de terapias complementares e terapeuta corporal, com uso de técnicas diversificadas para
se obter efetividade no tratamento.
Ergonomia Ocupacional 90
• 32.10.9. Em todos os postos de trabalho devem ser previstos dispositivos
seguros e com estabilidade que permitam aos trabalhadores acessar locais altos,
sem esforço adicional.

• 32.10.10. Nos procedimentos de movimentação e transporte de pacientes


deve ser privilegiado o uso de dispositivos que minimizem o esforço realizado pelos
trabalhadores.

• 32.10.11. O transporte de materiais que possa comprometer a segurança e a


saúde do trabalhador deve ser efetuado com auxílio de meios mecânicos ou
eletromecânicos.
32.10.12. Os trabalhadores dos serviços de saúde devem ser:

• capacitados para adotar mecânica corporal correta, na movimentação de pacientes ou


de materiais, de forma a preservar a sua saúde e integridade física;
91
• orientados nas medidas a serem tomadas diante de pacientes com distúrbios de
comportamento.

32.10.13. O ambiente onde são realizados procedimentos que provoquem odores fétidos
devem ser providos de sistema de exaustão ou outro dispositivo que os minimizem.

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