Cap - 6 DXD
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acontecer. Novamente sente saudade de ter membros e correr por aí, sem
preocupações.
— Bem vindos! O que gostariam Ai...! São vocês...O que vieram trazer dessa vez? Esses
dias tem sido duros para mim, não vem vindo nada de bom esses dias. E...Eu ouvir
certo? C...Cabeça?
Dizia bem devagar como se estivesse sonolento, com grandes olheiras nos olhos.
Era um garoto, ele não pareceu muito velho mas parecia ser dono desse local.
Com um jaleco branco, óculos grossos na cabeça e uma blusa/bermuda preta, ele
aparecia. Um cabelo de tigela ruivo com um dente saliente, ele surgia com uma chave
inglesa em mãos.
— Algo incrível como sempre, haha...A cabeça que falamos é a pista disso. É algo muito
mais daorha do que o morcego da lagoa, mas você tem que olhar aqui de perto na
minha bolsa...Bem de perto...Aqui...
— Você quer fazer a mesma coisa que fez comigo é? — Sussurrava Helena para Victor,
que pegava em seu ouvido com descuidado.
— É claro, porque não... tô ansioso para ver a cara desse melancólico, hihi...
Os dois sussurravam entre si de forma muito suspeita, o garoto de jaleco via isso. Ele
ficava confuso. O garoto de jaleco então ficou pensativo sobre. Enquanto os dois
irmãos pareciam sorrir para ele de forma bem suspeita.
— Tá certo, me mostrem esse item! Irei averiguar imediatamente seu valor. Mas se
estiverem mentindo...Eu mesmo não deixo mais vocês venderem aqui, certo?
O irmão apenas acenava com a cabeça enquanto falava, abria levemente sua bolsa com
muito cuidado. Sua irmã ouviu o que o garoto de jaleco falou, e de imediato agarrou
sua mão, impedindo sua olhada a bolsa.
— O que está fazendo Helena? Ele tem que olhar a bolsa rápidão~.
— Dudu, na verdade encontramos algo que pode mudar nossa jogada contra o
império, por isso gostaria de propor uma reunião com o conselho.
— O q-que?! Contra o império? Você sabe melhor do que eu que algo assim não existe
— retrucava Dudu, com uma expressão surpresa.
— E se eu te dissesse que existe, você não acreditaria né? Pois que tal você ver com os
próprios olhos, é só abrir aquela bolsa e verá o inimaginável! Abra antes que eu mesmo
abra, se não abri-la eu mesma abro. Aquilo é algo sem igual e foi nós que acham-. —
Ela tentava dizer de forma majestosa, como se o garoto de jaleco não fosse abrir de
imediato a bolsa. Mas pelo contrário, Dudu a ignorou, e foi em direção da bolsa na
mesma hora com muita curiosidade sobre o que seria.
— O que vocês aprontaram para conseguir...Uma cabeça?! Por que vocês estão
guardando isso? Parece que já está podre a um bom tempo. — Dudu parecia calmo,
mesmo estando de frente com uma cabeça decepada.
Victor se assustou, pois Dudu estava segurando pelos cabelos aquele que antes tentou
reivindicar sua alma. Helena olhava aquilo com espanto da mesma forma que seu
irmão. O único que não entendia seu lugar naquele momento era Dudu.
— O que diabos pensa que está fazendo...Criança? — dizia a cabeça, apenas uma
cabeça, uma cabeça falante.
— É assim que você trata os mais velhos? Vejo que a educação se foi depois de tanto
tempo...Por acaso não vai me tirar do chão? Aqui é muu~ ito frio, viu!?
— Que monstro o que Dudu, ele tem um nome...Allicael! Ele diz ser de muito tempo
atrás e busca descobrir como está o mundo no seu tempo atual, pelo menos foi isso
que eu entendi — declarava Victor, enquanto pegava Allicael e botava sobre seus
braços para que visse a situação.
— Eu também fiquei assim Dudu, mas acho que essa cria-pessoa...Não; o Allicael pode
ajudar a gente contra o império.
— Como uma cabeça poderia emanar aura? Isso vem direto do coração concentrado
com a respiração.
— De certa forma sim, mas eu sentir a aura dele mais cedo, era tremenda, foi até difícil
de encarar ele quando ele a fez.
— Verdade, é...Eu não vi, mas sentir algo diferente vindo dele. É sério! — afirmava
Victor com convicção.
— Que baboseira essas crianças estão dizendo. Se quiser que eu te mostre esse
negócio de aura, só me diz como se faz. Eu sou praticamente um gênio meu garoto Du.
A cabeça falante sorria sem preocupação alguma. Isso fazia Dudu suar frio.
— Que meu garoto oque?! Você não conseguiria aprender só com eu te falando, é
muito mais compl-.
— A...Tá, vou te dizer então.— Dudu dizia enquanto arranjava uma cadeira para se
sentar em frente a cabeça falante.
Victor e Helena também procuravam uma cadeira como Dudu para se sentarem, mas
sem sucesso. E se perguntavam: “de onde ele tirou essa cadeira?”.
— Primeiro você precisaria respirar fundo, mas você não tem pulmões, apenas imagine
que tem. Logo após, se concentre na lembrança mais impactante que você tem, uma
memória que te faz sentir sentimentos mistos — continuava Dudu a dizer.
Allicael fechava seus olhos, e procurava na sua cabeça a cena mais impactante em toda
sua vida. Nesse momento, sua cabeça ficou mil vezes mais bagunçada, mais do que
uma, mas diversas memórias das quais havia se “esquecido” retornavam para ele. É
difícil escolher dentre tantas lembranças a que mais impactou, seria injusto com as
outras.
Até que ele escolheu a memória, onde sua mestre o repreendia de ter comido de mais.
Até seu amigo Ricardo tirava sarro dele, aquele grandão rabugento. Esse dia foi o
“último antes de ter ficado assim”, então ele escolheu essa lembrança.
— Pensou? Agora inexista esses sentimentos mistos da lembrança, deixe ela em branco
e, os pinte com o que você é agora. De alma, sentido, lógica, força...Tudo o que você é,
deixe isso claro nessa lembrança. Você vai a usá-la para manifestar sua aura, então
para que não se repita isso, lembre-se dessa sensação.
Como que Allicael é? O que mais seria? Força...Apenas força, a maior força de todas.
Aquele que pode controlar todos como marionetes, dominava todas as artes de matar
do mundo, é simplesmente a destruição. Nada mais do que a “Calamidade”.
— Humm...Então é assim que se faz...Garoto Du? A aura, é assim que ela se parece? É
meio sombrio.
Dudu e Helena viram algo inexplicável. Uma aura que preenchia todo o cômodo, um
escuro ar de desespero a circulava, além de um pequeno brilhar branco azulado ao
redor da cabeça. Aquela escuridão era penetrante, dava para sentir um ódio que só
crescia. Era diferente da aura que Helena havia visto antes, totalmente desigual.
— Allicael! Suprima sua aura, ela está fazendo mal a aqueles dois, rápido! — exclamava
Victor com a cabeça de Allicael em mãos.
— Eh...S-Sim, eu sei, eu irei abaixar a minha aura agora mesmo como eu~ quero, tá
bom!
Allicael rapidamente por querer próprio, abaixava sua aura como se puxasse o ar para
dentro. Com um suspiro, ele reprimia toda aquele ar assassino que circulava.
Victor também via a cena, mas estava muito sério. Ele pegava um dispositivo do bolso.
Os dois o encaravam com a mesma aura que Allicael havia feito, muito menor
entretanto.
— Desculpa — dizia Victor, quando então apontava o objeto para a dupla, com um leve
sorriso nervoso no rosto. Era um quadrado de madeira, que se alongava para frente de
forma circular.
— Droga...! Se você deixar isso cair sobre mãos perigosas, eu nunca vou te perdoar
Victor, guarde minhas palavras — declarava Helena com um sorriso nervosa, enquanto
bufava de ódio.
— ...Tá bom...
Dudu saia de cima de Helena e a lhe emprestava a mão para ajudá-la, a mesma
aceitava a ajuda e se levantam juntos. Logo depois, a dupla então encarava Allicael,
entendera que aquilo aconteceu por causa dele.
Pelo acaso do destino; a aura não é só uma forma de intimidar seu oponente como
também, serve para o alvo vivenciar oque você quiser. E naquele momento só tinha
algo naquela aura...“Ódio”.
— interessante, então essa...Coisa, é uma cabeça que pode manifestar uma aura tão
poderosa que pode controlar até mesmo despertados inexperientes, e por mais,
aquela aura gigantesca cobria toda a minha loja, se não fosse essas paredes eu acho
que ela poderia até mesmo cercar uma parte de Roiam.
— Não é mesmo? Essa cabeça é fortona, tá maluco, e ainda pode ser comparado a um
dos quatro generais do império. Allicael não é pouca bosta, por isso vai ser meu
mestre! — declarava Victor, mesmo não tendo visto nada.
— Hey Vitor! vai deixar essa cabeça te dar ordens? Ela ainda nem não está em seu
auge. Tem mais um problema...Nós precisamos encontrar as outras partes da cabeça,
ela não pode fazer nada se continuar assim debilitada, mas ela não consegue
encontrar, quer dizer, não consegue sentir as partes do seu corpo. Então precisamos de
ajuda com isso, por isso, conto contigo, não é mesmo Dudu?
— A...Entendi, querem que eu crie algo capaz de sentir as partes desse monstro para
que assim ele destrua nosso mundo? Até parece...Eu prefiro comer as cinzas dos
mortais do que fazer parte disso! — exaltava Dudu incrédulo. Olhando seus amigos
fazendo algo nada limpo.
Os três o encaravam com uma cara decepcionada, Dudu não os olhava de volta. Não
deveria sentir pena desses pobres coitados que se rastejam, mas de nada lhe traz se
não puder os ajudar. Pois um fogo acendeu em seu coração, ser incapaz de ajudá-los
seria um má conduta a sua alma.
Ele se move até seu balcão como se fosse embora, e de repente se volta a eles,
batendo contra a banca.
— Eu! Um grande cientista de renome vou criar o que desejam, só me deem o tempo
necessário. Eduardo Admin vai construir o que desejam, mas é melhor que tragam a
coisa mais de valor que tiverem em casa.
— Nem precisa Dudu, na minha bolsa aqui acho que tem o bastante. Olha aí! — dizia
Victor, jogando a bolsa dele no balcão.
Na bolsa havia itens de luxo como: copos, talheres e pratos que eram aparentemente
de ouro. Além de cristais mistos e ordinários, que tinham formatos diferentes e não
reluziam com importância.
— Pelo que vejo, conseguiram algo interessante hoje mas...Vão ter que trazer mais uma
bolsa como essa para conseguir me pagar o suficiente para criar algo, tão único. Como
conseguir partes de um demônio.
Dudu olhava com cautela aqueles objetivos e, usava uma habilidade semelhante a de
Victor. Porém diferente dele, a habilidade de Dudu era mais refinada.
— Não vejo problema, isso levará a queda do império no fim das contas; e a reunião
com o conselho? Você consegue providenciar? — indagava Helena com bastante
seriedade.
— ...Eu vou dar um jeito. Faz um tempo que não temos conversado sobre o império.
— Esse negócio aí de império não me parece boa coisa, por acaso eles operam de
forma ruim para vocês quererem ir contra?
— Você não entende...Eles...Não são alguém em quem podemos nos dar ao luxo de ir
contra sozinhos. Eles são fortes e governam nosso mundo, desde que me dou como
gente. Eles são reis que menosprezam quem está abaixo...Um bando de reis que não
servem para nada, além de serem um rosto bonito e transparecer para o mundo que
aqui é um lugar seguro e feliz; o que não é!
Helena falava com seriedade e também melancólica, uma dor invisível parecia que a
rasgava por dentro. Ninguém viu por dentro de suas palavras, mas Allicael viu, uma dor
insuportável, um dor que se estendia muito além de tristeza, e sim...Vingança.
— Eles são terríveis Allicael, só precisa saber disso! Eles ficam por aí fazendo coisas
doentes e horríveis, por isso que merecem receber uma lição bem mais do que severa,
e gostaríamos que ajudasse nisso.
— Ainda não chegamos na sua casa ainda né? Garoto Vi. Primeiro chegaremos lá,
vocês me falaram sobre o mundo e desse império, e assim...Eu vejo o que farei.
Allicael com um sorriso modesto dizia, fechando seus olhos com tranquilidade. De
repente alguém bate contra o balcão, Helena encarou a cabeça decepada com
irritação.
— Você acha que pode escolher nos ajudar ou não? Tem certeza que está pensando
nisso direito? Me parece que não....
Helena estava com sangue no olho, suspirando bem forte. Aquele bufar parecia de um
dragão enfurecido e com fome, mas de certa forma Allicael não se sentia subjugado
perante ela, era como se ela fosse um dragão bebê furioso.
— Acho que você não me entendeu bem...Eu quero conhecer mais do mundo atual, do
império...E etc...Para que que no fim, eu mesmo sozinho; destrua todos eles!
— Eu era o homem mais forte do mundo há tempos atrás. E agora retornei para
reivindicar o trono que era meu por direito! Não tem nada a ver com vocês, é apenas
meu objetivo próprio que no fim...Acabará por culminar em uma ajuda para vocês.
Eu realmente estava muito confuso, além de uma bagunça em minhas memórias. Mas
isso não fez de minhas palavras ditas, serem de fora uma verdade.
— Isso é...O que um verdadeiro mestre falaria, que emocionante...! — exaltava Victor,
maravilhado enquanto sorria.
— Não imaginei...Que você fosse assim Allicael, agora vou pensar duas vezes antes de
te chamar de “Demônio”. — Com um semblante infeliz dizia o Eduardo.
— E-Eh...Pelo menos você vai pensar né; enfim...Acho que os garotos devem ir para
casa, seus pais devem está preocupados, não é?
Allicael não havia dito nada infeliz, mas a cara dos garotos se provou o total contrário.
Suas palavras despertaram alguma tristeza nelas.
— Qual foi? Lembraram que amanhã é dia de treino pesado ou que seu brinquedo
favorito quebrou semana passada?
— Desculpa eh...Senhor Allicael, nós vamos para casa agora mesmo! — respondia
Victor, com uma expressão desnorteada.
Fiquei me perguntado nesse dia o que houve, mas claro que não pude encontrar as
respostas; por enquanto.