Relatório SAS - Destilação - Projeto 02
Relatório SAS - Destilação - Projeto 02
Relatório SAS - Destilação - Projeto 02
Janeiro de 2023
i
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
Sumário
O projeto que se apresenta neste trabalho tem como objetivo a separação de uma mistura
ternária de etanol, propanol e butanol, por destilação convencional e a posteriori estudar a
influência da temperatura da alimentação na coluna onde se obtém o etanol.
Primeiramente, através do método heurístico de Nadger & Liu verificou-se que a sequência
direta das colunas de destilação garante a separação mais eficiente da mistura considerada,
onde se obtém no destilado da primeira coluna, etanol, e no resíduo, propanol e butanol; na
segunda coluna procede-se à separação final de propanol e butanol.
Como primeira abordagem, recorreu-se ao método de projeto aproximado de colunas de
destilação para separação de misturas multicomponente proposto por Fenske-Underwood-
Gilliland-Kirkbride (FUGK). A resolução das equações que compõe este método permite o
cálculo de parâmetros de projeto relevantes para serem introduzidos no simulador COCO, tais
como o número de andares de equilíbrio, a razão de refluxo e a localização ótima do andar de
alimentação. Para a coluna 1 aplicou-se o método FUGK tanto de forma analítica como através
do Programa_Destilação_Multicomponente em Excel. Analiticamente, obteve-se um número de
andares de equilíbrio igual a 29, uma razão de refluxo igual a 1,698 e o andar ótimo da
alimentação igual a 15. Estes resultados são idênticos aos obtidos pelo
Programa_Destilação_Multicomponente excetuando-se ligeiramente no que concerne ao valor
da razão de refluxo, tendo-se obtido neste caso um valor igual a 1,694. Para o projeto
aproximado da coluna 2 utilizou-se apenas o Programa_Destilação_Multicomponente, tendo-se
obtido para o número de andares de equilíbrio, para a razão de refluxo e para a localização
ótima do andar de alimentação, os valores de 32,1,274 e 23, respetivamente.
A introdução dos parâmetros de projeto aproximado no simulador COCO permitiu simular
a operação de destilação, em ambas as colunas, tendo-se obtido como resultados, derivados do
estabelecimento dos balanços de massa, os caudais e composições de todas as correntes
materiais presentes e, através dos balanços de energia, a potência térmica necessária trocar
nos condensadores (Coluna 1: -298 kW; Coluna 2: -115,7 kW) e reebulidores (Coluna 1: 361,8
kW; Coluna 2: 115,9 kW).
Por último, mas não menos importante, constatou-se que o aumento da temperatura de
alimentação da coluna 1 provoca a diminuição da pureza de etanol obtido na corrente de
destilado, sendo essa diminuição mais acentuada quanto maior a temperatura da alimentação
à coluna 1.
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SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
Índice
1 Introdução ....................................................................................... 1
1.1 Enquadramento teórico ................................................................. 1
1.2 Estratégia de resolução ................................................................. 3
2 Projeto Aproximado ........................................................................... 5
2.1 Desenvolvimento Analítico ............................................................. 6
2.2 Aplicação do método de Nadgir & Liu ................................................ 8
2.3 Cálculos das Correntes de Destilado e Resíduo – Coluna 1 ....................... 9
2.4 Cálculo do Nmin através da Equação de Fenske – Coluna 1 ..................... 10
2.5 Distribuição do Componente Não Chave ........................................... 11
2.6 Cálculo do Rmin através das Equações de Underwood – Coluna 1 .............. 12
2.7 Estimativa do Número de Andares, N – Coluna 1 ................................. 13
2.8 Estimativa do andar de Alimentação, NF – Coluna 1 ............................. 14
2.9 Desenvolvimento pelo Programa_Destilação_Multicomponente .............. 14
3 Simulação ...................................................................................... 17
3.1 Simulação - COCO ...................................................................... 17
3.2 Resultados e Discussão - Simulação................................................. 23
3.3 Estudo da influência da temperatura da alimentação na pureza de etanol –
Simulação – Coluna 1 ................................................................................. 29
4 Conclusões .................................................................................... 31
5 Referências.................................................................................... 32
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SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
1 Introdução
1
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
Tipicamente a distribuição dos componentes a separar ocorre em duas correntes que saem
da coluna: uma corrente de destilado, no topo, rica nos componentes mais voláteis que se pode
encontrar sob a forma líquida, de vapor ou ambas tendo em conta se o condensador instalado
for total ou parcial, respetivamente; uma corrente de resíduo na forma de líquido, pobre nos
componentes mais voláteis [1]. Por norma, o reebulidor vaporiza de forma parcial a corrente
líquida que lhe chega proveniente da base da coluna [1].
Através da análise da Figura 1, verifica-se que no topo da coluna parte da corrente
efluente do condensador é realimentada à coluna como refluxo. Homologamente na base da
coluna, reintroduz-se a corrente de vapor que sai do reebulidor. Desta forma permite-se
perpetuar o contacto entre as fases líquida e de vapor de forma contínua, conseguindo-se a
retificação das fases líquidas e de vapor de acordo com a separação pretendida.
Uma das especificações mais importantes na operação de uma coluna de destilação
designa-se por razão de refluxo (R), sendo definida como o quociente entre a corrente de
refluxo e a corrente de destilado.
A razão de refluxo está intimamente ligada à otimização da coluna de destilação,
influenciando, por exemplo, a pureza do destilado obtido e o calor removido no condensador
como também à performance económica da mesma, uma vez que afeta os custos operacionais
e capitais. Assim, a obtenção de uma razão de refluxo ótima deve ser obtida através da
minimização do custo total associado sem, no entanto, comprometer a separação e pureza
desejadas. Todavia, esta tarefa pode acarretar um grau de complexidade elevado, pelo que na
fase inicial do projeto de uma coluna de destilação é comum especificar-se o valor da razão de
refluxo de operação como sendo 1,05 a 1,3 vezes superior ao valor da razão de refluxo mínima.
Outra especificação fulcral no que toca ao ótimo funcionamento de uma coluna de
destilação concerne-se com a condição entálpica da corrente de alimentação. A condição
entálpica da alimentação impacta o número de andares de equilíbrio necessários para realizar
a separação pretendida. Sendo o número de andares de equilíbrio um parâmetro de projeto e
por isso o número de andares reais da coluna é um valor fixo, a condição entálpica da
alimentação afetará necessariamente a performance operacional da coluna de destilação,
como por exemplo, a pureza do(s) componente(s) mais volátil(eis) na corrente de destilado.
Considerando que a maioria das operações de destilação opera a pressão constante, pode-se
inferir que a condição entálpica da alimentação depende essencialmente da temperatura a que
a mesma se encontra.
Face ao exposto até este momento e apoiando-se no mesmo, o trabalho aqui apresentado
pretende projetar um sistema de colunas de destilação convencionais que permita efetuar a
separação nos seus componentes de uma mistura ternária constituída por etanol (C2H5OH),
propanol (C3H7OH) e butanol (C4H7OH) e posteriormente, na coluna onde se obtém o etanol,
estudar a influência da temperatura da alimentação na pureza deste.
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SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
Para a primeira coluna o método de projeto referido será desenvolvido de duas formas
distintas; primeiro desenvolver-se-á analiticamente as equações que compõe o dito método e
seguidamente comparar-se-á com os resultados obtidos pelo
Programa_Destilação_Multicomponente fornecido pelo Prof.Doutor Domingos Barbosa no
âmbito da unidade curricular onde se insere este trabalho. Para a segunda coluna apenas se
obterá os resultados relevantes a partir do referido programa.
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SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
4
Título da tese
2 Projeto Aproximado
O objetivo do projeto passa por separar, através de um sistema de colunas de destilação
convencional, os componentes etanol, propanol e butanol.
Um sistema de colunas de destilação pressupõe um corrente de alimentação (F) e duas
saídas, uma de destilado (D), pelo topo da coluna e uma de resíduo (B), pela base da coluna.
Um sistema ternário requer a utilização de duas colunas.
Os dados referentes à corrente de alimentação encontram-se na Tabela 1.
É necessário realizar a conversão dos dados da corrente de alimentação para ser possível
utilizar os mesmos nos cálculos relacionados com o processo de destilação. Então, será
necessário converter o caudal de alimentação e respetivas percentagens mássicas dos
componentes da mistura para uma base molar, Tabela 2.
Para o cálculo das frações molares dos três componentes da mistura foi utilizada a Equação
(1).
𝑊𝑖 / 𝑀𝑖
𝑥𝑖 = 𝑛𝑒 (1)
∑𝑗=1(𝑊𝑗 / 𝑀𝑗 )
Título do Anexo 5
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𝐵𝑖
ln(𝑃𝑖𝑠𝑎𝑡 ) = 𝐴𝑖 − (2)
𝐶𝑖 + 𝑇
𝐵
T= −𝐶 (3)
𝐴 − ln 𝑝
Para uma determinada temperatura de uma mistura quanto maior for a pressão de
saturação de cada componente que faz parte da mesma maior será a volatilidade desse mesmo
componente.
Nesse sentido, após serem determinadas as temperaturas de ebulição e pressões de
saturação dos três componentes que fazem parte da mistura, percebe-se que o componente
com maior pressão de saturação é o etanol o que fará com que este seja o primeiro a evaporar,
sendo a sua temperatura de ebulição a mais baixa também. Através deste prossuposto e como
Título do Anexo 6
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
𝑃𝑖𝑠𝑎𝑡
𝛼𝑖,𝑗 = (4)
𝑃𝑗𝑠𝑎𝑡
Título do Anexo 7
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
Como podemos verificar pela Tabela 4, a maior volatilidade relativa, como era óbvio de
deduzir será entre o etanol e o butanol, ou seja, sendo o etanol o componente mais volátil será
este a sair pelo topo da coluna como destilado e o butanol sendo o componente menos volátil
sairá na base e será resíduo, isto porque o etanol terá mais facilidade em evaporar do que o
butanol.
CFS = 𝑓 × ∆ (5)
Título do Anexo 8
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
bastante próximas, ou seja, neste caso específico, a discrepância entre as frações molares foi
o fator determinante para a determinação do melhor processo de separação.
Desta forma, sendo este um método que promove as separações mais fáceis e sendo uma
mistura ternária, a melhor separação na primeira coluna de destilação será o Etanol a ser o
primeiro componente a ser separado, sendo que o Propanol e o Butanol serão separados na
segunda coluna, Figura 2. É de notar que existe etanol de forma residual na corrente de
Resíduo.
Assim, a corrente de Resíduo (B) que sairá pela base na primeira coluna será o Propanol e
Butanol que vão alimentar a segunda coluna. Pelo topo, como Destilado (D), sairá o Etanol.
Título do Anexo 9
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
𝑑 𝑏
ln( 𝐶𝐿 × 𝐶𝑃 ) (9)
𝑏𝐶𝑃 𝑑𝐶𝑃
𝑁𝑚𝑖𝑛 =
ln(𝛼̅𝐶𝐿,𝐶𝑃 )
Título do Anexo 10
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
O número de andares mínimos obtido foi de 12,33, sendo que o número deve ser
arredondado por excesso, desta forma, serão assumidos 13 andares como mínimos na primeira
coluna.
Título do Anexo 11
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
𝑛𝑐
𝛼𝑖,𝐶𝑃 𝑍𝑖,𝐹 (11)
∑ =1−𝑞
𝛼𝑖,𝐶𝑃 − 𝜃
𝑖=1
𝑛𝑐
𝛼𝑖,𝐶𝑃 𝑋𝑖,𝐷 (12)
∑ = 1 + 𝑅𝑚𝑖𝑛
𝛼𝑖,𝐶𝑃 − 𝜃
𝑖=1
Título do Anexo 12
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
1−𝑋
Y= (13)
1,5006𝑋 0,3352 + 1
𝑅 − 𝑅𝑚𝑖𝑛
X= (14)
𝑅+1
𝑁 − 𝑁𝑚𝑖𝑛
Y= (15)
𝑁+1
O número de andares obtidos foi de 28,5, sendo que o número deve ser arredondado por
excesso, desta forma, serão assumidos 29 andares necessário na primeira coluna para a
realização da separação.
Título do Anexo 13
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
0,206
𝑁𝑅 𝑍𝐶𝑃,𝐹 𝑋𝐶𝐿,𝐵 2 𝐵
= [( )( ) ( )] (16)
𝑁𝑆 𝑍𝐶𝐿,𝐹 𝑋𝐶𝑃,𝐷 𝐷
𝑁 = 𝑁𝑅 + 𝑁𝑆 (17)
Os valores obtidos através do sistema resultante da aplicação das Equações (16) e (17)
encontram-se na Tabela 13.
Título do Anexo 14
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
Coluna 1 – FUGK
Parâmetro Projeto Coluna 1 Coluna 2
analítico
Nmin 13 13 14
N 29 29 32
NF 15 15 23
Título do Anexo 15
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
Título do Anexo 16
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
3 Simulação
𝑦𝑖 𝑃 = 𝑥𝑖 𝛾𝑖 𝑃𝑖𝑠𝑎𝑡 (18)
Título do Anexo 17
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
Título do Anexo 18
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
Título do Anexo 19
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
Título do Anexo 20
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
Título do Anexo 21
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
Título do Anexo 22
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
Finalmente foi possível correr a simulação das colunas 1 e 2 com o respetivo diagrama
de fluxo representado na Figura 10.
Título do Anexo 23
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
Pela análise da Tabela 16 constata-se que os resultados obtidos pela simulação podem ser
considerados válidos, uma vez que os erros de fecho de balanço de massa (BM) e de balanço de
energia (BE) possuem valores bastante reduzidos sendo por isso considerados como
aproximadamente nulos.
Obtiveram-se igualmente os perfis de composição e caudais molares das fases líquida e de
vapor como também os perfis de temperatura para ambas as colunas. Nas Figuras 11 a 14
encontram-se representados os perfis relativos à coluna 1 e nas Figuras 15 a 18 os perfis
relativos à coluna 2.
Título do Anexo 24
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
1,000
0,900
1,000
0,900
0,800
Composições Vapor / mol
0,700 Etanol
0,600
0,500 Propanol
0,400
0,300 Butanol
0,200
0,100
0,000
0 5 10 15 20 25 30 35
Andares
400
395
Temperatura / K
390
385
380
375
0 5 10 15 20 25 30
Andares
Título do Anexo 25
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
0,012
0,010
Caudal / kmols-1
0,008
0,006 Líquido
0,004
Vapor
0,002
0,000
0 5 10 15 20 25 30
Andares
Através da análise das Figuras 11 e 12, a fração molar do etanol (componente chave leve)
aumenta, em sentido lato, de forma ascendente na coluna 1, isto é, da base para o topo. Após
a introdução da corrente de alimentação, a quantidade de etanol aumenta desde o prato de
alimentação (N=15) até ao prato do topo (N=1) e diminui até ao reebulidor (N=30). De facto,
para andares acima da introdução da alimentação existe a retificação da corrente de vapor em
etanol uma vez que este se trata do componente mais volátil da mistura a destilar.
De forma antagónica, a fração molar de propanol e butanol aumenta, em sentido lato, do
topo para a base da coluna. Mais concretamente, a fração molar destes componentes diminui
desde o andar da alimentação em direção ao topo da coluna uma vez que se tratando dos
componentes menos voláteis permanecem preferencialmente na fase líquida.
A temperatura da coluna 1 (Figura 13), tal como seria expectável, diminui na direção
ascendente da coluna. A diminuição da temperatura no sentido da base para o topo da coluna
ocorre pelos fenómenos de retificação/empobrecimento das correntes de vapor e líquido,
respetivamente, relativamente ao componente mais volátil, porque as sucessivas etapas de
vaporização/condensação em cada andar induzem a transferência de massa deste
preferencialmente para a fase de vapor.
Os caudais molares de líquido e vapor são aproximadamente constantes em cada secção da
coluna, excetuando-se os caudais molares envolvidos no andar onde a alimentação entra na
coluna. O facto de a alimentação entrar na coluna 1 sob a forma de líquido subarrefecido (q<1)
provoca a condensação parcial da corrente de vapor que sai do andar da alimentação, pelo que
na Figura 14 se observa a diminuição do caudal molar da corrente de vapor face à corrente
homóloga que chega a esse mesmo andar. A corrente de líquido que sai do andar da alimentação
será, tanto pela junção da corrente da alimentação com a corrente de líquido do prato
imediatamente por cima como também pelo fenómeno de condensação parcial da corrente de
Título do Anexo 26
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
vapor que sai do andar da alimentação, necessariamente maior que a corrente de líquido que
chega a esse andar.
1,000
Composições Liquido / mol 0,900
0,800
0,700 Etanol
0,600
0,500 Propanol
0,400 Butanol
0,300
0,200
0,100
0,000
0 5 10 15 20 25 30 35
Andares
1,000
0,900
0,800
Composições Vapor / mol
0,700
Etanol
0,600
Propanol
0,500
Butanol
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
0 5 10 15 20 25 30 35
Andares
420
415
Temperatura / K
410
405
400
395
0 5 10 15 20 25 30 35
Andares
Título do Anexo 27
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
0,0035
0,003
0,002
0,0015
Líquido
0,001 Vapor
0,0005
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Andares
Título do Anexo 28
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
Título do Anexo 29
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
99,05%
99,00%
98,95%
Pureza Etanol / % mol
98,90%
98,85%
98,80%
98,75%
98,70%
Temperatura inicial
98,65%
98,60%
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0
Temperatura / oC
Título do Anexo 30
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
4 Conclusões
O trabalho aqui desenvolvido teve como objetivo o projeto de duas colunas de destilação
convencionais para efetuar a separação de uma mistura ternária de etanol, propanol e butanol.
Pelo método de Nadger & Liu constatou-se que a separação mais fácil da mistura
mencionada provém de um arranjo em sequência direta das colunas de destilação, onde na
coluna 1 se separa o etanol (componente chave leve) do propanol (componente chave pesado)
e butanol e na coluna 2 separou-se o propanol do butanol.
Inicialmente, aplicou-se o método aproximado de projeto de colunas de destilação
convencionais para a separação de misturas multicomponente – Método FUGK. Para o efeito
utilizou-se o Programa_Destilação_Multicomponente em Excel para determinação dos
parâmetros relevantes de projeto (N, R e NF). Para a coluna 1 o método FUGK foi igualmente
desenvolvido de forma analítica.
Posteriormente, recorreu-se ao simulador COCO através do programa ChemSep para
simular a operação das colunas 1 e 2 tendo como “inputs” os parâmetros de projeto obtidos
pelo método FUGK. De forma a dar início à simulação selecionou-se previamente o modelo
termodinâmico UNIFAC VLE para o cálculo dos coeficientes de atividade da fase líquida para
definição do equilíbrio líquido-vapor que ocorre em ambas as colunas. A simulação efetuada
permitiu o estabelecimento dos balanços de massa e energia, em cada coluna, de modo a
outorgar validade à simulação realizada. Permitiu ainda a obtenção dos perfis de composições
e de caudais, tanto para a fase líquida como para a fase de vapor, assim como o perfil de
temperaturas estabelecidas em cada coluna.
Estudou-se a influência da temperatura da alimentação à coluna 1 na pureza de etanol
obtida na corrente de destilado. Conclui-se que o aumento da temperatura da alimentação
provoca a diminuição da pureza de etanol na corrente de destilado, sendo essa diminuição mais
acentuado quanto maior for o valor da temperatura da alimentação.
Título do Anexo 31
SAS – Módulo Destilação – Projeto 02
5 Referências
[1] Gomes de Azevedo, E.; Alves, A.M.; “Engenharia de Processos de Separação”, 3ª edição,
IST Press, Lisboa, 2017.
[2] Portal Laboratórios Virtuais de Processos Químicos - Universidade de
Coimbra,”Destilação”.http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?option=com_content
&task=view&id=33&Itemid=142. Consultado em 27/12/2023
Título do Anexo 32