Ebook - Manual de Queimaduras Hu
Ebook - Manual de Queimaduras Hu
Ebook - Manual de Queimaduras Hu
de endimeo
básico ici
do paciente queimado
e materiais padronizados
para o tratamento
de feridas.
HOSPITAL UNIVERSITARIO
HU/UFSC
REALIZAÇÃO
FLORIANÓPOLIS
2018
MANUAL REALIZADO POR
PROFESSORES ORIENTADORES
SUPERVISÃO TÉCNICA:
APÊNDICES
1- Emergências por radiação..……………………………………………………………….........………….…71
2- Necrólise epidérmica tóxica…………………………………………….………………………….......…..75
3- Lesões por frio..…………………………………………………………...………………………………………….....76
4- Hipertermia..………………………………………………………………………………………………….....…….….78
5- Abuso infantil..………………………………………………………...…………………………………….......….….80
6- Paciente grávida queimada..………………………………………………………….....…………….…..81
ANEXO-ALGORITMO
1- Algoritmo de tratamento queimadura de primeiro grau.
2- Algoritmo de tratamento queimadura de segundo grau superficial e profundo.
3- Algoritmo de tratamento de queimadura de terceiro grau.
CAPITULO 1
Aviação e
cоduta ici
INTRODUÇÃO
A- Estrutura
A pele é composta por duas camadas: epiderme, a mais superficial, e
derme, a mais profunda.
1
Figura 1. Anatomia da pele. Descrição das camadas da pele, seus anexos e circulação.
[Figura] Fonte: http://www.adam.com.br
B- Funções
2
DETERMINAÇÃO DA GRAVIDADE DA QUEIMADURA
PROFUNDIDADE
3
- Queimaduras de 3° grau: comprometem todas as camadas da pele
(derme , epiderme e tecido celular subcutaneo) de forma completa.
Apresenta aspecto de couro, esbranquiçado ou marmóreo o aspecto
geralmente é branco ou marrom. Ocorre a destruição das terminações
nervosas sensoriais com consequente analgesia. A queimadura de
terceiro grau forma uma escara (tecido necrótico) que deverá ser
eliminada antes de cobrir com auto enxerto.
- Queimadura de 4°grau: descrito em varias classificações recentes.
Referese a comprometimento de músculos, tendões, ossos e nervos
subjacentes.
EXTENSÃO DA QUEIMADURA
4
INTERNAÇÃO EM CENTRO DE QUEIMADOS
5
AVALIAÇÃO INICIAL, MANIPULAÇÃO E ESTABILIZAÇÃO DE
QUEIMADOS GRAVES E CRÍTICOS.
Constando de:
a) Via aérea com controle de coluna cervical.
b) Ventilação.
c) Circulação.
d) Déficit neurológico.
e) Exposição.
f) Ressuscitação (aporte de fluidos).
B) Ventilação
Iniciar com alto fluxo de oxigênio, 15 litros a 100%, usando máscara aberta.
Se a queimadura torácica for profunda e circunferencial, escarotomia
imediata visando a melhora na expansão torácica.
6
C) Circulação
Avaliar a cor da pele, sensibilidade, estado de consciência, pulsos
periféricos e enchimento capilar, tanto nos membros superiores como
inferiores. Em caso de queimaduras circulares profundas, torna-se
necessário escarotomia precoce (antes de 3 horas).
D) Déficit neurológico
O paciente queimado se apresenta inicialmente alerta e orientado.
Quando isso não ocorre, pensar em lesão associada, dependência de
drogas, hipóxia ou alterações neurológicas pré-existentes. Determinamos
o grau de consciência com o seguinte teste:
E) Exposição
Remover todas roupas, joias, anéis, piercings e próteses. As roupas
aderidas à pele não devem ser retiradas.
F) Ressuscitação (Fluidoterapia).
Iniciar infusão intravenosa com Ringer Lactato.
7
2) Avaliação secundária:
Circunstâncias do acidente
- Causa das queimaduras.
- Se ocorreu em ambiente fechado.
- Se houve a possibilidade de inalação de fumaça.
- Presença de agentes químicos associados.
- Existência de trauma associado.
História clínica
Doenças pré-existentes ou associadas (cardiopatias, diabetes, doenças
respiratórias ou renais). Uso regular de medicação, etilismo, tabagismo,
uso de drogas. Alergias. Imunização antitetânica.
Conduta inicial
Interromper o processo de produção da queimadura de acordo com o
tipo, a extensão da lesão e o tempo de transporte. As seguintes medidas
serão tomadas no local do acidente:
- Remover as roupas das áreas afetadas; afastar as áreas comprometidas
do contato com o agente causador, seja químico, fonte de calor ou contato
- elétrico no caso de queimadura elétrica.
- Remover anéis, relógios próteses ou outros objetos dos membros
afetados de forma a evitar o estrangulamento causado pelo edema.
8
Precauções universais
Cuidados Circulatórios
O choque causado pela queimadura é causado pelo aumento transitório
da permeabilidade capilar, permitindo a saída de proteínas plasmáticas
para o espaço extra vascular.
9
- Diurese: de 50 a 100 ml/hora.
- PVC: de 5 a 10 cm de água.
- Frequência respiratória.
- Frequência cardíaca.
10
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS PARA QUEIMADURAS ESPECÍFICAS.
Queimaduras térmicas
Cobrir as áreas afetadas com um lençol limpo e seco. Assim, as
queimaduras são protegidos de correntes de ar que causam dor.
O gelo não deve ser aplicado diretamente sobre a lesão pois aprofunda a
queimadura. A água fria é aplicada apenas em queimaduras de pouca
extensão, se aplicado a superfícies maiores que 10%, há o risco de hipotermia.
Queimaduras elétricas
Alterações cardíacas (arritmias) podem ser causadas tanto por correntes
de alta como de baixa tensão. Monitoramento cardíaco contínuo deve ser
feito pelo menos 24 horas pósdescarga. A corrente elétrica de alta tensão,
na sua passagem através do corpo, produz danos internos. Embora as
lesões de entrada e saída possam ser reduzidas, a lesão interna pode ser
bem maior.
Queimaduras químicas
O agente químico deve ser removido tão rapidamente quanto possível,
com grande quantidade de agua. Se for pó, escovar, e em seguida, lavar
com água abundante. Tirar toda a roupa contaminada com o agente
químico. As lesões oculares são tratadas com irrigação contínua com
solução salina estéril.
11
EXAMES LABORATORIAIS INICIAIS
Exames especiais
- Glicemia.
- Gasometria arterial.
- Eletrocardiograma. (Obrigatório em lesões elétricas).
- Carboxihemoglobina. (quando houver intoxicação por CO).
12
CAPITULO 2
Manipulação
da via aérea
INTRODUÇÃO
FISIOPATOLOGÍA
14
Lesão por inalação acima da glote (supra glótica)
Exceto em raras ocasiões (ingestão de líquidos quentes ou explosões em
câmara hiperbárica), lesões térmicas, são sempre apenas das vias aéreas
superiores. A lesão térmica supra glótica pode causar obstrução em
qualquer momento da reanimação.
Em pacientes hipovolêmicos edema supra glótico geralmente só aparece
após o início da hidratação.
15
Qualquer paciente suspeito de lesão inalatória sub glótica requer ao
menos 24 horas de internação para observação. Embora a profilaxia com
antibióticos não seja justificada pacientes queimados, o diagnóstico
precoce de lesão inalatória e o tratamento de uma bronquite bacteriana
a indicam.
Conduta inicial
Qualquer paciente com suspeita de intoxicação e/ou lesão por inalação
deve receber imediatamente máscara de oxigênio a 100% umidificado. O
aparecimento de estridor ou sibilância, significa obstrução das vias aéreas
superiores e requer intubação orotraqueal imediata. Se possível, é
desejável a intubação nasotraqueal.
Após a comprovação do correto posicionamento do tubo, pela ausculta e
pelo RX, fixa-lo no local com sutura ou fita adesiva. Lembre-se que a
extubação espontânea requer uma traqueostomia, pois se houver edema
a reintubação se torna muito difícil.
História do acidente
- Houve perda de consciência?.
- Houve inalação de agentes químicos por combustão?.
- Foi em local fechado?.
16
Exame físico
- Catarro carbonáceo.
- Queimadura facial com destruição das vibrissas (pelos nasais).
- Agitação; ansiedade; estupor; taquipnéia; cianose ou outro sinal de hipoxemia.
- Rouquidão; tosse; estridor
- Roncos e/ou sibilos à ausculta.
- Eritema ou edema naso orofaringeo.
- Tratamento de cada tipo de lesão inalatória. Intoxicação por monóxido de
carbono: administrar oxigénio umidificado a 100% por máscara facial, até
valores inferiores a 15%. A oxigenoterapia hiperbárica é de grande utilidade.
17
Lesão inalatória em crianças
Como as crianças têm vias aéreas de menor calibre, o surgimento de
edema faz com que a obstrução ocorra de forma mais rápida que em
adultos. Sendo necessária a intubação, escolher criteriosamente o
tamanho do tubo, se for pequeno, a extubação ocorre mais facilmente.
A caixa torácica da criança é mais flexível que a do adulto, então, em
queimaduras torácicas circulares profundas, a escarotomia deve ser feita
muito precocemente.
18
CAPITULO 3
Choque
e hidração
INTRODUÇÃO
20
RESPOSTA CELULAR
Reposição hídrica
Nas primeiras 12 a 18 horas após a lesão, existe uma alteração da
permeabilidade capilar, com extravasamento do plasma dos pequenos
vasos para o interstício. O edema formado no tecido danificado e
necrosado atinge seu pico nas segundas 24 horas pós queimadura. Com
uma reposição hídrica adequada, se resolve pela evaporação de água
pela ferida e pela eliminação renal.
Reposição hídrica excessiva (hiperhidratação) leva a um aumento do
edema. Reposição hídrica insuficiente (hipohidratação) com a
consequente hipovolemia, pode levar ao choque e a insuficiência de
múltiplos órgãos (mais frequentemente insuficiência renal).
21
da extensão da lesão mediante acurado exame físico. Quando possível
providenciar acesso venoso periférico, preferencialmente em área não
lesada. Quando não for possível usar a via lemural.
FÓRMULA DE PARKLAND
Adultos: Ringer-Lactato de 2 a 4 ml x Kg de peso x % SCQT
Crianças: Ringer-Lactato de 3 a 4 ml x Kg de peso x % SCQT
22
Monitorização da ressuscitação
Cada paciente responde de forma diferente à ressuscitação, que tem que
ser adaptada conforme a pressão venosa central e a diurese.
Diurese horária
É fundamental a colocação de uma sonda de Foley. Parâmetros para
monitorização da diurese horária: adultos e crianças com mais de 30 kg:
30 a 50 ml por horaCrianças (peso inferior a 30 kg): 1 ml x quilo por hora.
Oligúria
Oligúria associada com aumento da resistência vascular periférica e
redução no débito cardíaco esta geralmente associada a reposição
hídrica. Nestes casos, os diuréticos não são indicados, e a oligúria
geralmente responde ao aumento na reposição hídrica.
Mioglobinúria e hemoglobinúria
Pacientes com queimaduras elétricas de alta voltagem (mais de 1000
volts) e pacientes com severas lesões por trauma mecânico, têm
frequentemente, quantidades significativas de mioglobina e
hemoglobina na urina, o que requer uma ressuscitação hídrica mais
agressiva, visando um débito urinário de 2ml/kg.
Se não for suficiente, adicionar 12,5g de manitol por litro de infusão.
Quando a diurese normal for restaurada, suspender os diuréticos.
23
Como os pigmentos hemáticos são solúveis em meio alcalino, adicionar
bicarbonato de sódio para manter a urina alcalinizada.
Pressão arterial
A medida da PA deve ser feita em membro não queimado, caso contrário o
crescente edema dificulta progressivamente a medida e fornece valores
inferiores da PA que podem ser mal interpretados, levando a uma
administração excessiva de líquidos e sobrecarga cardíaca. Em pacientes do
grupo IV (críticos) e com quatro membros afetados, colocar uma via arterial.
Ritmo cardíaco
Tem importância relativa no acompanhamento de reanimação. São
considerados valores normais entre 100 e 120 batimentos por minuto.
Tanto o hematócrito como a hemoglobina não são úteis durante as
primeiras 24 horas. Se ocorrer uma queda súbita do hematócrito nas
primeiras 24h deve haver uma lesão hemorrágica associada, neste caso,
administrar hemácias e manter hematócrito entre 30-35%.
24
Radiografias
Radiografias diárias durante a primeira semana de pacientes críticos
(grupo IV) ou com lesão por inalação
Eletrocardiograma
Pacientes com queimaduras elétricas de alta tensão, investigar a
existência de arritmias. Todos os pacientes com histórico cardíaco requer
monitorização permanente.
COMPLICAÇÕES DA FLUÍDOTERAPIA
Acidose
A causa mais comum de acidose no queimado, é o aumento teores de
ácido lático devido a perfusão inadequada dos tecidos. Esta situação
geralmente reverte com a correta reposição hídrica. Geralmente não é
necessário a utilização de bicarbonato, a não ser quando a acidose não
reverter com hidratação correta.
Hipercalemia.
Durante a ressuscitação só administrar Ringer Lactato contendo pouco
"K". Os glóbulos vermelhos lesados pelo calor liberam potássio elevando
sua concentração sérica. A manutenção da função renal geralmente é
suficiente para normalizar os valores séricos. Em alguns casos, com a
destruição maciça de tecidos, a excreção urinária pode não ser suficiente,
estando indicado o uso de bicarbonato de sódio, glicose e insulina.
25
Hiponatremia
26
CONSIDERAÇÕES SOBRE A HIDRATAÇÃO EM CRIANÇAS
27
CAPITULO 4
Queimuras
étricas
INTRODUÇÃO
FISIOPATOLOGIA
29
Tipos de lesão dos tecidos:
1) Queimadura cutânea sem lesão de tecidos profundos. Ocorre quando
há fogo nas roupas, sem passagem de corrente elétrica através do
paciente.
2) Queimadura cutânea mais lesão profunda de tecidos como camada
gordurosa; fáscia; músculo e osso. A lesão muscular está associada à
liberação de mioglobina, que deve ser excretar pelo rim Dependendo da
quantidade de pigmentos liberados, a urina pode ser rosa, vermelha ou
marrom.
É difícil e não é necessário diferenciar entre a mioglobina e hemoglobina.
Ambos são indicativos de danos nos tecidos e constituem um risco para o
rim.
Ação direta
A corrente gerada por um raio, com frequência passa pela superfície do
corpo e não através deste. As queimaduras cutâneas são superficiais,
apresentando um padrão convencionalmente chamado de padrão em
árvore.
EXPLOSÃO E CHAMA
O mecanismo de explosão e chama, ocorre quando a corrente não atinge
diretamente a vitima, mas pode causar fogo na atmosfera ao redor dela,
ou o calor liberado pela descarga atinge a vítima.
30
MANUSEIO DA QUEIMADURA ELÉTRICA
Exame físico
Identificar os pontos de contato: entradas e saídas.
1. Retirar todas as roupas e joias.
2. Examinar atentamente pés e mãos.
3. Raspar a cabeça se apresentar pontos de contato.
4. Estimar a extensão da queimadura.
5. Efetuar exame neurológico central e periférico.
6. Verificar presença de lesões medulares; fraturas de ossos longos e luxações.
7. Manter a via aérea permeável
8. Colocar tubo endotraqueal, quando indicado.
9. Ressuscitação.
10.Obter um ou mais acessos venosos profundos. O liquido de escolha é o
Ringer-lactato, administrado conforme as fórmulas já estabelecidas,
sabendo que em geral, a exigência é maior do que o previsto.
11. Instalação de sonda de Foley.
12.Exame da urina.
13.Em caso de pigmentos na urina, a diurese deve ser mantida entre 75 a
100 ml por hora, até que a cor da urina seja clara. Uma ampola de
bicarbonato de sódio (50 mEq) por litro de Ringer-lactato, pode ser
administrado por via intravenosa, para manter o pH do sangue dentro de
valores aceitáveis. Isto deve ser continuado até que a urina esteja clara. Se
a resposta ao tratamento não for adequada, iniciar infusão de manitol.
14.Monitorização eletrocardiográfica
31
15.Eletrocardiograma completo na admissão do paciente e monitorização
cardíaca durante as primeiras 24 horas.
16.Manutenção da circulação periférica
17.Qualquer membro comprometido deve ser monitorado de hora em hora
os pulsos periféricos; o enchimento capilar; a sensibilidade e a cor da pele.
Caso algum destes sinais denotam a presença de comprometimento
vascular, a descompressão é realizada imediatamente.
FASCIOTOMIA
1) Membro superior
As musculatura do antebraço é muito suscetível à isquemia. Em caso de
fasciotomia, cuidado para não lesar o nervo ulnar; pode-se utilizar
anestesia local. Se realiza com eletrocautério, incidindo a pele, o celular
subcutâneo e a fáscia. Atenção especial ao local onde estavam o relógio,
pulseiras e anéis. Muitas vezes, é necessária a liberação do túnel do carpo,
se a vascularização não melhorar com a fasciotomia.
2) Membro inferior
Os quatro compartimentos são susceptíveis a isquemia pelo edema. A
fasciotomia deve ser feita por duas incisões. A externa deve começar na
frente da cabeça fibular e seguir por de cerca de 25 cm sobre a diáfise do
mesmo. Abrir a fáscia tomando cuidado para não lesar o nervo ciático
poplíteo externo. A inserção interna começa na inserção da panturrilha e
continua distalmente, até a borda interior do tendão de Aquiles. Cuidado
32
para não atingir a veia safena. A perda de sangue pode ser considerável e
é controlada com electrocauterização. Quando a fasciotomia é realizada
precocemente, pode não haver sangramento devido à hipovolemia a
vasoconstrição periférica e ao choque, mas pode ocorrer quando o
paciente sair do choque.
33
CAPITULO 5
Queimuras
químicas
INTRODUÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
- Agente.
- Concentração.
- Volume.
- Tempo de contato.
35
TRATAMENTO
36
Caso absorvido de forma exagerada, estes hidrocarbonetos podem
causar insuficiência do órgão ou morte. Essa insuficiência se manifesta
entre 6 e 24 horas, com sinais de insuficiência respiratória, hepática e
finalmente renal.
Ácido fluorídrico
Trata-se do ácido inorgânico mais reativo nos tecidos e o que causa as
lesões mais profundas. Esta destruição tecidual ocorre quando os íons
flúor se combinam com as proteínas. Se o íon flúor se combina com íons
de cálcio ou magnésio se obtém o fluoreto de Ca ou Mg, que não são
agressivos.
O tratamento imediato é uma abundante lavagem com água ou água
com cloreto de benzalcônio. Aplicar gel de gluconato de cálcio e uma
solução de gluconato de cálcio a 10%, e injetada por via subcutânea e
intralesional. Isso alivia a dor de forma imediata.
Como estas lesões ocorrem frequentemente nas mãos e dedos. Ter
sempre em mente que uma lesão de 2% da superfície corporal não
tratada nas primeiras 3 horas, é geralmente fatal.
37
CAPITULO 6
Queimuras
térmicas
pediátricas
INTRODUÇÃO
SUPERFÍCIE CORPORAL
CONTROLE DA TEMPERATURA
Também relacionado com a maior superfície corporal; a criança perde
mais temperatura, e também por ter menos massa muscular, tem menor
geração de calor. Em crianças com idade inferior a 6 meses, é necessário
manter uma temperatura adequada de 36° a 37° C para evitar a perda de
calor. Em adultos, a exposição durante 30 segundos a 54° C produz
queimaduras. Em uma criança à mesma temperatura, basta apenas uma
exposição de 10 segundos. A 60° C, que é a temperatura usual de líquidos
quentes em ambiente doméstico, uma lesão infantil ocorre em apenas 5
segundos.
39
AVALIAÇÃO INICIAL
Extensão
Observar a diferença cefalopodálica em relação ao adulto; a regra dos nove
modificada ou a regra de Pulansky e Tennison, são muitas vezes úteis.
Via aérea
As crianças podem apresentar sinais de lesão por inalação mais cedo do
que os adultos. Intubação endotraqueal está indicada quando houver
suspeita de comprometimento supra glótico. A intubação deve ser
realizado por alguém com bom treinamento (anestesista pediátrico).
Laringe da criança fica mais proximal que a do adulto, o que exige um
maior ângulo de cânula. Esta diferença anatômica requer um especialista
infantil. O diâmetro das narinas pode ser usado para escolher o tubo a ser
colocado. Repetidas tentativas de intubação fracassadas produzem mais
edema nas vias aéreas superiores. A traqueostomia nunca esta indicada,
é preferível colocar uma agulha percutânea temporária de grosso calibre.
Qualquer criança com suspeita de lesão por inalação deve ser transferida
o mais rapidamente possível para uma unidade de tratamento de
queimados infantil.
Circulação
Toda criança com queimaduras maiores de 10% da superfície corporal,
não importando a profundidade, deve ser internada, pois requer acesso
venoso. Como s crianças engolem muito ar com o choro, colocar sempre
sonda nasogástrica.
40
Fórmula para hidratação nas primeiras 24 horas:
FÓRMULA DE PARKLAND
41
CUIDADOS COM A FERIDA INFANTIL
Escarotomia em crianças
O mesmo que no adulto, mas lembrando sempre que a criança fica
exausta, do ponto de vista respiratório, mais facilmente que o adulto, e
queimaduras profundas e circunferenciais do tórax sempre requerem
escarotomia.
Para determinar a circulação nos membros, é necessário dispor de um
Doppler. Um Doppler é necessário para determinar a circulação nos
membros.
42
CAPITULO 7
Eização
encamhameo
e transp te
INTRODUÇÃO
44
O Grupo Interdisciplinar treinado para tratamento de pacientes com
queimaduras (cirurgiões, clínicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas
e fisioterapeutas), apresentam melhores resultados, obtendo um menor
tempo de internação, menos sequelas estéticas e funcionais, e com uma
reintegração sociais mais rápida e eficaz.
45
PROCESSO DE TRANSFERÊNCIA
46
Data ___ /___ /___ Hora___ ___
Médico encaminhador
________________________________________________________________________
Telefone:_______________________________________________________________
Nome do paciente:_____________________________________________________
Idade:_____ Sexo:_________ Altura: __________Peso:________
Data e Hora do Etiologia:_______________________________________________
Acidente:_______________________________________________________________
Áreas comprometidas:_________________________________________________
Lesões concomitantes:_________________________________________________
Alergias:________________________________________________________________
Medicação:_____________________________________________________________
Medicação previa ao acidente:__________________________________________
Antecedentes patológicos:_____________________________________________
Tétano:_______________ (Vía/Dose/Horas)
Lesão inalatória: SIM NÃO _______________________
Lesão circunferencial: SM distal: SIM NÃO
Escarotomías:SIM NÃO SIM NÃO
Analgésicos:_____________________________ Intubação: SIM NÃO O2 NÃO
Onde___________________Pulso
Onde:________________________Pulsopost:
Via venosa N° 1: __________________________ Gotas x ____ Total desde
as____________
Via venosa N° 2: ________ Gotas x ____ Queimadura___________ ml
Diurese (Foley) desde a lesão: _______ ml
RX Tórax:_______________________________________________________________
Outras RX: _____________________________________________________________
Exame na saída: Pulso: ________________ x minuto
F. Resp.: ______________ x minuto T. Arterial: _____________ Max.
47
_______________ Min.
Resultados de Laboratório:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
_________________ _______________________________________________________
Modo de transporte: Ambulância: Avião: Helicóptero:
Assinatura e carimbo do Médico encaminhador;
________________________________________________________________________
_
48
CAPITULO 8
Manipulação
e cuido da
ferida
INTRODUÇÃO
DANO CELULAR
A pele humana pode tolerar sem danos temperaturas de até 44° C.
Temperaturas acima deste valor produzirão diferentes lesões. O grau da
lesão está diretamente relacionado com a temperatura e o tempo de
exposição. A área central da lesão, que teve um contato máximo com a
fonte de calor, esta coagulada com necrose celular, esta é a chamada
zona de coagulação.
Perifericamente à área necrosada, há uma área de células danificadas
que podem sobreviver sob condições ideais, mas em geral esta área se
torna necrótica após as primeiras 24 horas, é a chamada zona de estase.
Na periferia da zona de estase, há uma área com lesões mínimas que
tende a se recuperar em cerca de 7 a 10 dias, é a chamada zona de
hiperemia.
A profundidade da queimadura determina o tipo de tratamento, a
necessidade ou não do enxerto e, finalmente, os resultados funcionais e
estéticos.
50
PROFUNDIDADE
ACUMULO DE LÍQUIDOS
51
CUIDADOS INICIAIS
ESCAROTOMIA DO TÓRAX
52
ESCAROTOMIA DAS EXTREMIDADES
53
TRANSFERÊNCIA AO CENTRO DE REFERENCIA
Queimaduras na face
São sempre consideradas lesões graves, que requerem hospitalização, e
sempre deve ser considerada a possibilidade de lesão inalatória. Sempre
acompanhadas por um edema significativo. Devido à alta vascularização
da face, Para minimizar esse edema, e na ausência de choque, o paciente
deve ser sempre mantido com a cabeça elevada de 30° a 40° em relação
ao tronco.
O rosto sempre deve ser lavado com água destilada ou solução salina,
para evitar irritação das membranas mucosas (olhos, nariz ou boca) pelos
agentes antissépticos. Recomendamos o uso de máscara húmida
renovável a cada 2 horas .
54
Queimaduras oculares
O exame de olho deve ser rápido, pois quando ocorre o edema, torna- se
muito difícil. A fluorescência pode ser realizada para identificação da
lesão de córnea.
Queimaduras químicas devem ser continuamente lavadas com solução
salina. Colírios ou cremes com antibióticos podem ser utilizados quando
se detecta úlcera de córnea. Não utilizar colírios contendo
corticosteroides. A tarsorrafia (sutura das pálpebras) nunca é indicada na
fase aguda.
55
Queimaduras dos pés
Comprovar a circulação. Evitar curativos muito fechados, e manter os pés
elevados.
56
Manipulação
e cuido da
ferida soluções para
limpeza de ferida
SOLUÇÃO FISIOLÓGICA 0,9%
58
PRONTOSAN SOLUÇÃO
59
COBERTURAS INTERATIVAS E BIOATIVAS
1. Papaína
2. Placa Hidrocolóide
3. Hidrogel Amorfo com Alginato
4. Ácidos Graxos Essenciais (A.G.E.)
5. Cobertura de Hidrofibra com Prata
6. Cobertura de Espuma com Prata
7. Cobertura com Prata, Alginato e Carboximetilcelulose
8. Membranas Regeneradoras Porosas
9. Cobertura Não Aderente a Base de Petrolatum
10.Cobertura Absorvente Não Aderente com Filme de Poliéster
PAPAÍNA
Figura 7. Exemplo de embalagem de papina Fonte (Texto): (1) LEITE, A.P. et al . Uso e efetividade da papaína no processo de cicatrização de feridas: uma
revisão sistemática. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 33, n. 3, p. 198-207, 2012 . Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472012000300026&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 07 nov. 2015. (2) BAJAY, H.M.; JORGE,
S.A.; DANTAS, S.R.P.E. Curativos e Coberturas para o Tratamento de Feridas. IN: JORGE, S.A.; DANTAS, S.R.P.E. Abordagem Multiprofissional do
Tratamento de Feridas. São Paulo: Editora Atheneu, 2003. p. 81-99. Fonte (Imagem): Arquivo do autor. (manual de enfermagem
60
PLACA HIDROCOLÓIDE
61
HIDROGEL AMORFO COM ALGINATO
62
ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (A.G.E)
63
COBERTURA DE HIDROFIBRA COM PRATA
64
COBERTURA DE ESPUMA COM PRATA
65
COBERTURA COM PRATA, ALGINATO E CARBOXIMETILCELULOSE
66
MEMBRANA REGENERADORA POROSA
Ação: Trata-se de uma cobertura biológica para uso em feridas que atua
como substituto temporário da pele. São membranas constituídas por
celulose cristalina sintetizadas via fermentação bacteriana, que em contato
direto com o leito da lesão promove o crescimento acelerado do tecido de
granulação, o isolamento dos terminais nervosos expostos, resultando no
alívio da dor e a orientação tecidual guiada da epiderme quando a lesão
torna-se rasa, acelerando o processo de cicatrização.
Permitem a drenagem do exsudato e a absorção do mesmo pela cobertura
secundária colocada em contato com a sua superfície externa.
Apresentações: Em três tamanhos (com poros pequenos, médios e
grandes) sendo que a escolha da apresentação deverá ser realizada de
acordo com o tipo da lesão e exsudato.
Indicações: Em feridas muito ou pouco exsudativas. Na prevenção e
tratamento de lesões resultantes da perda de epitélio, especialmente as
com grande potencial de infecção, que sejam caracterizadas como
ferimento superficial ou profundo da pele, como: queimaduras,
dermo-abrasões, escoriações, áreas receptoras e doadoras de enxerto
cutâneo, leitos ungueais, úlceras varicosas de estase, úlceras arteriais, úlceras
de pressão, mal perfurantes plantares, feridas cirúrgicas infectadas, úlceras
de decúbito, epidermólise bolhosa.
Contraindicações: Hemorragias severas, lesões malignas e com suspeitas
de malignidade.
Uso: Limpar a ferida com solução apropriada; secar a pele circundante,
remover material necrótico, medicamentos/pomadas aplicados
anteriormente e exsudato; selecionar o tamanho e tipo de membrana a ser
aplicada; aplicar sobre a lesão, de forma a cobri-la, sobrepondo o mínimo de
1cm a partir da borda da lesão; assentar a membrana sobre a região
lesionada, pressionando-a suavemente com uma gaze; aguardar para que
ocorra a aderência da membrana na lesão e região periférica da lesão; caso
seja necessário, aplicar uma cobertura secundária conforme quantidade de
exsudato; realizar a fixação de forma apropriada. ATENÇÃO: A troca da
membrana porosa deve ser efetuada somente se a mesma estiver
danificada, sendo trocada somente a cobertura secundária sempre que
saturada.
67
Procedimento para troca da cobertura absorvente secundária: Remover a
cobertura secundária aplicada sobre a membrana com cuidado para não
danificá-la; umedecer a cobertura secundária com SF 0,9%, caso
encontre-se aderida a membrana, para facilitar seu descolamento;
efetuar limpeza da superfície da membrana com jato de solução para
limpeza e da região circunvizinha; caso a membrana apresente alguma
área não aderida ao leito da ferida, pressionar uma gaze embebida em
solução para limpeza sobre o local; aplicar nova cobertura secundária
absorvente estéril; realizar a fixação de forma apropriada.
Em áreas que já se apresentam epitelizadas a membrana se apresentará
descolada, se necessário, recortar o excesso de membrana.
Procedimentos para troca da membrana porosa (se a mesma estiver
danificada): Efetuar a limpeza da superfície da membrana e região
circunvizinha; umedecer a parte aderida com SF 0,9%; proceder o
descolamento pela borda da membrana, com suave fricção da gaze
embebida em SF 0,9% na direção periferia-centro da lesão, até a
completa remoção da membrana; aplicar nova membrana no local,
observando-se os procedimentos descritos no item modo de uso.
Observações: Ao utilizar em feridas que não é possível utilizar cobertura
secundária, evitar molhar a membrana aplicada até ocorrer o seu
descolamento natural, o que indicará a total cicatrização da ferida. Sua
troca é apenas necessária se a mesma estiver danificada.
Marcas disponíveis na instituição (Cód. 165059): Membracel (Membranas
regeneradoras porosas). Disponível na apresentação com poros médios.
68
COBERTURA NÃO ADERENTE A BASE DE PETROLATUM
69
COBERTURA ABSORVENTE NÃO ADERENTE COM FILME DE POLIÉSTER
70
APÊNDICE I
71
TIPOS DE RADIAÇÕES IONIZANTES
Podem ser de dois tipos: as de alta massa (alfa, beta e prótons) e aquelas que
são apenas energia (gama e raios-X). As que não tem massa não tem carga.
As partículas alfa tem alta carga mas pouca penetração nos tecidos (poucos
mícrons). São produzidas por elementos de alto número atômico As
partículas beta são de duas classes: positivo ou negativas, dependendo se a
carga é positiva ou negativa. Estas radiações penetrar cerca de 1 cm de
tecido. As partículas gama e os raios-X não têm massa nem carga, penetram
profundamente nos tecidos. Quando a vítima é retirada da fonte de
contaminação, a atividade cessa sem risco de contaminação secundária.
Prótons, nêutrons e mésons, são produzidos por aceleradores e outros
equipamentos de uso industrial ou médico. Reatores nucleares são os
principais produtores de nêutrons. Essas radiações penetrar muito
profundamente. Indivíduos expostos a altas doses de nêutrons, tornam-se
radioativos a equipe de socorro deve ser protegida.
72
DESENVOLVIMENTO DE UM PLANO EMERGENCIAL PARA VITIMAS POR
RADIAÇÃO PESSOAL
EQUIPAMENTO
SALAS DE DESCONTAMINAÇÃO
Se recebeu mais de 200 Rads, deve ser tratado por alterações na medula
óssea. O objetivo da descontaminação é prevenir os efeitos da radiação nos
tecidos e órgãos onde a mesma possa se acumular.
73
CONTAMINAÇÃO EXTERNA
74
APÊNDICE II
TRATAMENTO INICIAL
75
APÊNDICE III
CONGELAMENTO
FISIOPATOLOGIA
TRATAMENTO
76
HIPOTERMIA
FISIOPATOLOGIA
TRATAMENTO
77
APÊNDICE IV
HIPERTERMIA
SÍNDROMES CLÍNICOS
78
Desidratação grave: está associada com alta mortalidade em idosos. É
resultado do fracasso dos mecanismos fisiológicos de esfriamento. Ocorre
em pessoas idosas quando submetidas a temperatura de 40°C por mais de
48 horas. É mais comum em pacientes em uso de diuréticos.
79
APÊNDICE V
ABUSO INFANTIL
ANTECEDENTES
80
APÊNDICE VI
81
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO 1
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Moore EE, 2nda eds. Trauma, United States of America, McGraw-Hill,
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Sabiston Surgery Textbook. Philadelphia, Pennsylvania, W.B. Saunders
Company, 1997: 221-252p.
Warden GD: Liquid Resuscitation and Early Handling In: Herndon DN, ed.
Total Burns Care. WB Saunders Company Ltd, Philadelphia, Pennsylvania,
1996:53-60p.
CAPITULO 2
Herndon DN, Barrow RE, Linares HA, Rutan RL, Prien T, Traber LD,
Traber DL. Inhalation injury in burned patients: effects and treatment of
burns, 1988, 14: 249-56p
82
CAPÍTULO 3
Engrav LH, Colescott PL, Kemalyan N, Heimback DM, Gibran NS, Solem
LD, Dimick AR, Gamelli RL, Lentz CW. A biopsy of the use of Baxter's
formula to reanimate burns or do we do it like Charlie did? J Burn Care
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Graves TA, Cioffi WG, McManus WF, Mason AD, Pruitt BA.
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J Trauma 28: 1656-9, 1988p.
Navar PD, Saffle JR, Warden GD. Effects of Inhalation Injury on the
requirements after a thermal injury. Am J Surg 1985;150:716- 720p.
Warden GD. Liquid Resuscitation and Early Handling. In: Herndon DN,
ed. Total burn care. Third Ed. London: WB Saunders, 1997:53-60p.
CAPITULO 4
Hunt JL, Mason AD, Jr., Masterson TS, Pruitt BA, Jr. The pathophysiology
of acute electrical burn injuries.J. Trauma. 1976;16:335-40p.
Hunt JL, McManus WF, Haney WP, Pruitt BA, Jr. Vascular lesions in
acute electrical burns, J Trauma. 1974;14:461-73p.
CAPITULO 5
Kirkpatrick JJ, Enion DS, and Burd DA, Hydrofluoric acid burns: a review.
Burns, 1995. 21:483-493p.
Mazingo DW, Smith AA, McManus WF, Pruitt BA, Mason AD. Chemical
Burns. J. Trauma 1988; 28:642-47p.
83
CAPITULO 6
CAPITULO 7
CAPITULO 8
84
Cuidados locais com as feridas das queimaduras ,Local treatment with burn
injuries. Lídia A. Rossi1 , Maria A. J. Menezez2 , Natália Gonçalves3 ,
Caroline L. Ciofi-Silva4 , Jayme Adriano Farina-Junior5 , Rosamary
Aparecida Garcia Stuchi6, Rev Bras Queimaduras. 2010;9(2):54-
85
Utilização de ácidos graxos essenciais no tratamento de feridas revista
brasileira de enfermagem, vol 61, num 5, septiembre-octubre, 2008, pp.
620-628
Wiewbelhaus, PA, Hansen, SL. What you should know about emergency
management in burns,Nursing 2001; 24(1): 45-51.
APENDICES
Amy BW, McManus WF, Goodwin CW, Mason A, Jr., Pruitt BA, Jr.
Thermal injury in the pregnant patient. Surg Gynecol Obstet.
1985;161:209-12p.
Heimbach DM, Engrav LH, Marvin JA, Harnar TJ, Grube BJ. Toxic
epidermal necrolysis. A step forward in treatment. JAMA. 1987;257:2171-
5p.
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DeMuth, W.E., Journal of Emergency Nursing, Vol. 9, No. 3, May/June,
pgs. 141-144, St. Louis, Missouri, 1983. (A review of radiation response.).
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Burn center care for patients with toxic epidermal necrolysis. Journal of the
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experience with toxic epidermal necrolysis. J Burn Care Rehabil 2000
May-Jun. 2000;21:199-204p.
Sheridan RL, Weber JM, Schulz JT, Ryan CM, Low HM, Tompkins RG.
Management of severe toxic epidermal necrolysis in children. J Burn Care
Rehabil 1999 Nov-Dec. 2000;20:497-500p.
87
ANEXOS
ALGORITMO Nº1
MANIFESTAÇÕES
DIAGNOSTICO
CLINICAS
1. https://www.uptodate.com/contents/sunburn?topicRef=349&source=see_link
Sunburn, Contributor Disclosures All topics are updated as new evidence becomes available and our peer review process is complete. Literature review current through: May 2018. | This topic last updated: Apr 10,
2018.
2. https://www.uptodate.com/contents/treatment-of-minor-thermal-burns?search=quemaduras&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1
Treatment of minor thermal burns
All topics are updated as new evidence becomes available and our peer review process is complete.Literature review current through: May 2018. | This topic last updated: Mar 15, 2018.
3. https://www.uptodate.com/contents/management-of-burn-wound-pain-and-
itching?sectionName=LOCAL%20TREATMENT%20OF%20PRURITUS&topicRef=114176&anchor=H1085423102&source=see_link#H1085423102
ͷ
ALGORITMO Nº2
SUPERFICIAL
Atinge derme papilar e reticular
QUANDO 1. São queimaduras de toda espessura
Atinge derme papilar INTERNAR? da derme que danificam os folículos
1. Formam bolhas dentro das primeiras pilosos
24 horas entre a epiderme e a derme 2. Lesões dolorosas
3. Formação de bolhas (flictenas)
2. Lesões dolorosas
3. Eritema
4. Pele de cor branca ou mancha
4. Cicatrizam em 7 a 21 dias, geralmente vermelha
sem alteração funcional ou cicatriz 5. Cizatrizam em três a nove semanas
hipertrófica 6. Causam cicatrizes hipertróficas
1. Queimadura de 2º grau em mais de 10%
da superficie corporal.
2. Queimaduras que comprometam regiões
nobres como: face, mãos, pès, genitália,
períneo e grandes articulações.
1. Eliminar a roupa
2. Esfriar à área queimada
3. Tratamento da dor TRATAMENTO
4. Antibióticos
ELIMINAR A ESFRIAMENTO E 5. Uso de curativos TRATAMENTO DA
LIMPEZA DOR ANTIBIÓTICO
ROUPA
1. Desbridante enzimático: PAPAINA 2% para uso em tecido de granulação;
Papaína 5% para uso em necrose de liquefação ou em feridas com
exsudato purulento; Papaína 10% para uso em necrose de coagulação. A
troca do curativo deve ser realizada no máximo a cada 24 horas.
2. PLACA HIDROCOLÓIDE: Coloplast® (Comfeel) : Placa fina: utilizar em
feridas superficiais com mínima exsudação. Placa grossa: utilizar em
feridas abertas, planas e com pouca exsudação. A troca desta cobertura
irá variar dependendo do volume de exsudação da ferida, podendo
permanecer por no máximo 7 dias ou conforme avaliação do profissional
de saúde.
SEGUIMENTO
1. Avaliação semanal até evidenciar epitelização da ferida
2. Inspecionar sinais de infecção
3. Avaliação da mudança de grau da queimadura
4. Tratar a contraturas ou retração cicatricial, quando houver
5. Após cicatrizar consultar a cada 4-6 semanas para medidas profiláticas e
terapêuticas de cicatriz hipertrófica ou queloide
10.
11.
12.
ALGORITMO Nº3
QUEIMADURA DE
TERCEIRO GRAU
1. Comprometem todas as camadas da pele (derme e
epiderme) e tecido celular subcutâneo
2. Aspecto de ¨couro¨ da pele, cor esbranquiçada ou
marmorácea e marrom
3. Destruição das terminações nervosas sensoriais com
consequente analgesia
4. A queimadura profunda da pele forma uma escara
(tecido necrótico)
5. Queimadura de quarto grau: quando atinge músculos,
ossos, nervos, vasos
TRATAMENTO
Eliminar a roupa
Esfriar e limpar a área queimada
Tratamento da dor
Antibióticos
Uso de curativos
ͺ
Se aderida à Esfriamento da área queimada com água não Opiódes TRAMADOL Tópico
pele, tirar com maior a 5 min. Evitar gelo ou água gelada. 50mg EV de 8/8hrs. (sulfadiazina de
soro fisiologico aumenta a dor e a profundidade. OU MORFINA 4 mg prata de
0-9%.
Usar gaze úmida de solução salina a temperatura
EV de 6/6hrs. 12/12hrs por 24
de 12ºc/55ºf, é um meio efetivo de esfriamento .
Usar dose de resgate hrs). após usar
Tirar jóias,
ou ( misturar solução salina ambiente + uma
solução salina gelada fica a essa temperatura. antes da troca dos curativo com
prata.
anéis e restos, curativos.
aderentes Limpar a ferida com solução salina ou água e usar Endovenoso
pasados pela um sabão neutro.
usar só nos
paciente .
Pode usar clorexidina sem álcool (prontosan casos de
efetivo para lavar as feridas). sobreinfecção
associada
Não usar iodo povidona (RIFOCINA) inibe o (cefazolina ).
processo de cicatrização.
Celulite
Desbridar a pele necrótica inclusive as bolhas associada usar
formadas pela queimadura . (evitar drenagem ou
clindamicina +
aspiração com agulha das bolhas intactas.)
(sempre desbridar). oxacilina) EV.
Desbridar antes de usar um curativo.
USO DE ENXERTO E
USO DE
RETALHOS CURATIVO.
* Retalhos: quando possível, é a 18. Desbridante enzimático: PAPAINA 2% para uso em tecido de granulação; Papaína 5% para uso em necrose de liquefação ou em feridas com exsudato
preferência. purulento; Papaína 10% para uso em necrose de coagulação. A troca do curativo deve ser realizada no máximo a cada 24 horas.
* Enxerto de pele parcial para
defeitos do corpo em geral 19. PLACA HIDROCOLÓIDE: Coloplast® (Comfeel) : Placa fina: utilizar em feridas superficiais com mínima exsudação. Placa grossa: utilizar em feridas
* Enxerto de pele total para defeitos abertas, planas e com pouca exsudação. A troca desta cobertura irá variar dependendo do volume de exsudação da ferida, podendo permanecer por no
máximo 7 dias ou conforme avaliação do profissional de saúde.
da face, preferencialmente
20. HIDROGEL AMORFO COM ALGINATO: Casex® (AllyGel) :usado em queimaduras de 1° e 2° graus; para tratamento de áreas necróticas secas, tecido
desvitalizado mole e feridas em fase de granulação. na presença de necrose usar por no máximo 72 horas; na presença de sangramento por no máximo
48 horas; e na presença de infecção por no máximo 24 horas.
21. ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (A.G.E) : usar para Hidratação da pele íntegra , feridas causadas por queimaduras, feridas cirúrgicas, aplicar o produto
diretamente no leito da ferida ou embeber a gaze e aplicar no leito da ferida, pode associar a outro tipo de cobertura (se necessário). Em ferida aberta
utilizar coberturas secundárias de baixa aderência (Ex: Rayon, Gaze Alva ou Melolin) .
22. COBERTURA DE HIDROFIBRA COM PRATA:(Aquacel Ag+®): usar em Feridas infeccionadas e exsudativas; queimaduras de profundidade parcial (2o
grau); feridas cirúrgicas com cicatrização por 2a intenção; feridas que sangram facilmente. Pode permanecer no leito da ferida por no máximo 7 dias,
devendo ser trocada quando apresentar saturação e conforme avaliação profissional.
23. COBERTURA DE ESPUMA COM PRATA : (Biatain Ag®). Usar em Feridas com exsudato, queimaduras de 2° grau, áreas doadoras, feridas pós-
operatórias e abrasões na pele, onde haja risco de infecção. Manter a cobertura por no máximo 7 dias, dependendo da quantidade de exsudato e
condições do curativo (saturação). ATENÇÃO: A cobertura deve ser removida ao encaminhar o paciente para exames com radiação ou raios-X.
24.
MEMBRANA REGENERADORA POROSA : (Membracel®) usar em feridas muito ou pouco exsudativas. Na prevenção e tratamento de lesões
resultantes da perda de epitélio, especialmente as com grande potencial de infecção, que sejam caracterizadas como ferimento superficial ou profundo da
pele, como: queimaduras, dermo-abrasões, escoriações, áreas receptoras e doadoras de enxerto cutâneo . ATENÇÃO: A troca da membrana porosa
deve ser efetuada somente se a mesma estiver danificada, sendo trocada somente a cobertura secundária sempre que saturada após uma semana. NÃO
ASSOCIAR COM AGE.
25.
COBERTURA NÃO ADERENTE A BASE DE PETROLATUM (Adaptic®)curativo não aderente Desde feridas secas a altamente exsudativas, na qual se
pretenda evitar a aderência do curativo e o acúmulo de exsudato Pode ser deixado no leito da lesão por no máximo 07 dias.
26. COBERTURA ABSORVENTE NÃO ADERENTE COM FILME DE POLIÉSTER (Melolin®) Para a proteção de lesões de pele, limpas ou contaminadas,
com níveis de exsudato e/ou secreção moderada ou elevada.
ͻ
1. https://www.uptodate.com/contents/classification-of-burn-
injury?search=quemadura%20de%20segundo%20grado&source=search_result&selectedTitle=2~49&usage_type=defa
ult&display_rank=2#H10.
2. https://www.uptodate.com/contents/treatment-of-minor-thermal-burns?topicRef=819&source=see_link.
3. https://www.uptodate.com/contents/burn-wound-infection-and-sepsis?topicRef=13509&source=see_link.
4. https://www.uptodate.com/contents/topical-agents-and-dressings-for-local-burn-wound-
care?sectionName=TEMPORARY%20BURN%20WOUND%20COVERAGE&topicRef=349&anchor=H321700557&sour
ce=see_link#H321700557.
5. https://www.uptodate.com/contents/classification-of-burn-
injury?search=quemadura%20de%20segundo%20grado&source=search_result&selectedTitle=2~49&usage_type=defa
ult&display_rank=2#H10.
6. https://www.uptodate.com/contents/treatment-of-minor-thermal-burns?topicRef=819&source=see_link.
7. https://www.uptodate.com/contents/burn-wound-infection-and-sepsis?topicRef=13509&source=see_link.
8. https://www.uptodate.com/contents/topical-agents-and-dressings-for-local-burn-wound-
care?sectionName=TEMPORARY%20BURN%20WOUND%20COVERAGE&topicRef=349&anchor=H321700557&sour
ce=see_link#H321700557.
9. https://www.uptodate.com/contents/skin-grafting-and-skin-substitutes?search=Full-
thickness&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1.
ͺͲ
Manu de endimeo
básico ici
do paciente queimado e materiais padronizados
para o tratamento de feridas.