Grid e Composição 3
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Grid e Composição 3
AULA 3
CONTEXTUALIZANDO
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Figura 2 – Exemplo de uso do grid retangular
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mais importantes do que os alinhamentos verticais (guiados pelas colunas).
Nesse sentido, o objetivo primário aqui é alcançarmos uma composição
harmoniosa e uniforme dos textos e das imagens na página.
Quanto à aplicação dos grids de linha de base, Peruyera (2018, p. 177)
nos lembra que “os programas de paginação têm configurações que fazem com
que as letras das caixas de texto fiquem alinhadas em sua linha de base
(baseline), fazendo com que os textos fiquem perfeitamente alinhados, até
mesmo os de boxes”.
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Figura 3 – Exemplo de grid de três colunas
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Figura 4 – Exemplo de uso do grid de três colunas
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células retangulares chamadas de módulos (Samara, 2011). Segundo Lupton
(2013, p. 191), “esses módulos governam o posicionamento e o enquadramento
de textos e imagens”.
De acordo com Samara (2011), o grid modular apresenta diversas áreas
(ou zonas espaciais) que podem ser ativadas individualmente ou em conjuntos,
na horizontal ou na vertical, de forma a acomodar da melhor maneira os
conteúdos na página, criando composições personalizadas para cada tipo de
necessidade. Isso faz com que eles sejam eficientes para coordenar grandes
sistemas de informação sem torná-los monótonos (Samara, 2011).
Haslam (2007), por sua vez, reafirma a flexibilidade para acomodar
conteúdos, característica dos grids modulares. De acordo com o autor:
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e, finalmente, do modernismo característico do Estilo Internacional, conforme
atesta a importante obra Grid Systems in Graphic Design, de Joseph Müller-
Brockmann (1961/2015). Por isso mesmo, é comum que os designers usem grids
modulares a fim de transmitir essas mesmas ideias, como coloca Samara (2011).
De qualquer modo, a seguir veremos como a flexibilidade da configuração
desse tipo de grid permite usos diversos além daqueles imaginados por seus
precursores.
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Figura 6 – Exemplo de uso do grid modular
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GRID - Atividade 5. Marco Mazzarotto, 3 jun. 2018. Disponível em:
<https://youtu.be/eNo_iwwa2wQ>. Acesso em; 27 abr. 2019.
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Figura 7 – Exemplo de grid hierárquico
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páginas em um relatório corporativo; ainda, as diversas capas de várias edições
da mesma revista.
Na Figura 8, podemos observar uma aplicação possível para grids
hierárquicos. Cabe ressaltar aqui, entretanto, que, por sua natureza “quase
orgânica”, essa não é a única configuração disponível para esse tipo de grid. As
possibilidades são muito mais numerosas do que o espaço de que dispomos
nesta aula para preencher com exemplos.
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Conforme vimos até este momento no presente tópico, pela sua fluidez e
grande capacidade de adaptação a diferentes contextos e conteúdos, o grid
hierárquico também é bastante recomendado para a aplicação em interfaces
digitais, por exemplo, em sites e aplicativos. A seguir, observaremos mais
especificamente esse uso dos grids tipográficos e veremos outras possibilidades
disponíveis para compor layouts no meio digital.
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Figura 9 – Exemplos de grids digitais com doze e dezesseis colunas
De modo geral, Tondreau (2009) nos aponta que “múltiplas colunas são
usadas em websites para gerenciar uma enorme quantidade de informações,
que incluem narrativas, vídeos e anúncios” (Tondreau, 2009, p. 12, grifos
nossos). Lupton (2015), por sua vez, coloca que “os grids de hoje em dia, para
sites ou publicações complexos, consistem em múltiplas colunas – não é
incomum o uso de dezesseis delas” (Lupton, 2015, p. 54, grifos nossos). Com
base nisso, concluímos que é prática comum em projetos digitais o uso
recorrente do grid de múltiplas colunas adaptáveis, dividido por linhas horizontais
quando necessário. Conforme coloca Lupton (2015, p. 54):
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A seguir, você pode conferir na Figura 10 como esses grids com múltiplas
colunas podem acomodar layouts em meios digitais de publicação.
Figura 10 – Exemplos de uso de grids digitais com doze e com dezesseis colunas
com o conteúdo aplicado
Para finalizar o último tema desta aula, ressaltamos aqui que existem
recomendações de design para inúmeros dispositivos e plataformas digitais.
Cabe ao projetista, mais uma vez, conhecer essas especificações existentes e
assim decidir o que é mais adequado para cada trabalho.
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aí que entra o chamado design responsivo (responsive design). Trata-se de uma
forma de pensar as estruturas visuais para que elas se adaptem às diferentes
situações de uso.
Um exemplo prático que podemos dar disso é a adoção de porcentagens
para determinar as larguras das colunas em vez de utilizar medidas fixas. Dessa
maneira, seja numa tela pequena ou numa tela grande, as proporções do layout
se manterão sempre constantes – por exemplo, a largura de uma coluna será
sempre de 25% da área total da largura da tela.
Também é possível programar os grids digitais para que, com base em
determinado tamanho de tela, o número de colunas aumente ou diminua: o
mesmo conteúdo em uma tela grande teria doze colunas, ao passo que em uma
tela pequena ele teria apenas quatro colunas.
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TROCANDO IDEIAS
Análise
Para realizar a análise conforme propõe Mazzarotto (2018),
primeiramente você deve procurar uma publicação que contenha oito ou mais
páginas. Pode ser uma revista, um jornal ou mesmo um livro. Escolhido o
material, tente identificar se ele possui o mesmo grid em todas as páginas e qual
é o tipo entre aqueles vistos nesta aula. Pegue folhas tamanho A3 em branco e
desenhe esse(s) grid(s) que você identificou. Escreva um texto de
aproximadamente 200 palavras analisando se, na sua opinião, os grids foram
bem empregados e por quê.
FINALIZANDO
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vimos o grid retangular (ou grid de uma coluna); em seguida, analisamos o grid
de duas ou mais colunas (ou grid de múltiplas colunas); após isso, observamos
o grid modular; na sequência, o grid hierárquico; e finalizamos discutindo
aspectos de apresentação dos grids em projetos digitais.
Concluímos assim esta aula, em que contribuímos para mostrar a
importância das estruturas visuais voltadas para a produção editorial,
destacando a sua relevância por proporcionar comunicações mais claras,
organizadas e concisas.
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REFERÊNCIAS
SAMARA, T. Grid: construção e desconstrução. São Paulo: Cosac & Naify, 2007.
960 Grid System. Disponível em: <https://960.gs/>. Acesso em: 27 abr. 2019.
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