Caso Clínico 2

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Caso Clínico

Anamnese aumento de prostata = comprime e gere retenção vrinstal


-

o
M
Paciente: Sr. José Alves
Idade: 78 anos ->
Afecção Urinár Mas Comun em Homens é
= MiPeeplse Prostatic ↑60 Anos
Sexo: Masculino
Ocupação: Aposentado
História pregressa: Hipertensão arterial leve, em uso de hidroclorotiazida. Histórico de duas infecções do trato urinário (ITUs)
no ano anterior, tratadas com ampicilina.
Queixa principal: Dificuldade para urinar e sensação de bexiga cheia há seis meses, piorando progressivamente.

História da Doença Atual Transbordamento HPB


Incontinênci
=
de

O paciente relata dificuldade para iniciar a micção, jato urinário fraco e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga. Relata
urgência miccional e polaciúria (aumento da frequência urinária). Nos últimos dias, os sintomas se intensificaram, e ele agora
apresenta retenção urinária aguda, sendo incapaz de urinar, acompanhado de dor suprapúbica, agitação e sudorese.

Exame Físico 5 suspeita :


retenção

• Estado geral: Agitado, sudoreico, desconforto visível.
• Sinais vitais: PA 140/85 mmHg, FC 100 bpm, Temp. 37.0°C, FR 18 irpm.
• Abdome: Distensão abdominal suprapúbica, dor à palpação suprapúbica.
• Geniturinário: Bexiga palpável e dolorosa.
L BEXICONS
Hipótese Diagnóstica

• Retenção urinária aguda secundária a hiperplasia prostática benigna (HPB) ou outra patologia prostática.

Conduta Imediata

1. Alívio da Retenção Urinária


• Sonda Vesical de Alívio:
• Inserir um cateter vesical para aliviar a retenção urinária e esvaziar a bexiga.
• Monitorar o volume urinário drenado e observar alívio dos sintomas.
PACIENTE FAZ USO DE HIDROCLOROTIAZIDA, SUSPENDER MEDICAÇÃO PORQUE ESSA MEDICAÇÃO FAZ DIURESE ENTÃO
AUTOMATICAMENTE ELE VAI RETER MAIS LÍQUIDO. AMPICILINA SUSPENDER TAMBÉM PQ NÃO SE PODE TOMAR ATB POR
LIVRE DEMANDA. SE CONTINUAR COM INFECÇÃO RECORRENTE SUSPEITAR DE HIPERPLASIA PROSTÁTICA.
2. Avaliação Diagnóstica
• História Clínica Detalhada:
• Explorar sintomas de longo prazo, como dificuldade de iniciar a micção, jato urinário fraco, frequência urinária,
noctúria e sensação de esvaziamento incompleto.
• Exame Físico: Palpação em região suprapúbica
• Exames Laboratoriais:
• Hemograma completo, função renal (ureia e creatinina), eletrólitos, PSA (antígeno prostático específico).
• Exames de Imagem:
• Ultrassonografia de vias urinárias e próstata para avaliar o volume prostático, resíduo pós-miccional e presença de
hidronefrose.
3. Tratamento da Condição Subjacente
• Medicação: OXIBUTININA
• Bloqueadores Alfa-Adrenérgicos (ex: tansulosina) para aliviar os sintomas urinários.
• Antibióticos: É.COLI. USAR NITROFUROTOÍNA, BACTRIN. SE FOSSE DIABÉTICO O ATB TEM QUE TOMAR
CIPROFLOXACINO.
4. Planejamento e Seguimento
• Avaliação Urológica:
• Encaminhamento para urologista para avaliação mais detalhada e discussão de opções terapêuticas de longo prazo,
incluindo possível intervenção cirúrgica (ex: ressecção transuretral da próstata - RTU).
• Monitoramento:
• Reavaliação dos sintomas e eficácia do tratamento medicamentoso após algumas semanas.
• Monitorar PSA e realizar ultrassonografia de controle conforme orientação urológica.
5. Educação e Orientação ao Paciente
• Orientação sobre a Condição:
• Explicar ao paciente e familiares sobre a condição de HPB, sintomas e opções de tratamento.
• Instruções Pós-Cateterismo:
• Orientar sobre cuidados com o cateter vesical, sinais de complicações e quando procurar atendimento médico.
Seguimento

• Consulta de Retorno: Agendar consulta de retorno em 1-2 semanas para reavaliação dos sintomas, revisão dos
exames laboratoriais e ajustes de tratamento conforme necessário.
• Acompanhamento Urológico: Continuar seguimento com urologista para monitoramento contínuo da HPB e
avaliação da necessidade de intervenção adicional.

Esta conduta visa o alívio imediato dos sintomas de retenção urinária aguda e a abordagem da causa subjacente,
proporcionando ao paciente uma melhora na qualidade de vida e prevenção de complicações.
Caso Clínico Maurício, 2º dia

Anamnese

Paciente: H.E.R.
Idade: 14 anos
Sexo: Feminino
Raça: Branca
Ocupação: Estudante
História pregressa: Sem doenças crônicas conhecidas.
Queixa principal: Náuseas, vômitos, diaforese, palidez, letargia, e prostração após ingestão de 50 comprimidos de
paracetamol.

História da Doença Atual

A paciente foi trazida à emergência após a exposição voluntária a paracetamol, relatando a ingestão de 50 comprimidos após
uma briga com a mãe. Apresenta náuseas, vômitos, sudorese, palidez, letargia e prostração.

Exame Físico

• Estado geral: Letárgica, prostrada


• Pele e mucosas: Pálida, sudoreica
• Sinais vitais: PA 110/70 mmHg, FC 100 bpm, FR 18 irpm, Temp. 36.5°C
• Abdome: Levemente doloroso à palpação, sem sinais de peritonite
• Neurológico: Letárgica, mas responsiva a estímulos verbais, orientada no tempo e espaço.

Diagnóstico

• Intoxicação aguda por paracetamol.

Conduta Imediata

1. Avaliação e Estabilização Inicial


• Monitorização: Sinais vitais, oximetria de pulso, ECG contínuo.
• Acesso Venoso: Inserção de acesso venoso periférico.
2. Descontaminação Gastrointestinal
• Carvão Ativado:
• Administração de carvão ativado (1 g/kg, dose máxima de 50 g) se a ingestão ocorreu dentro de 1-2 horas e se a
paciente estiver consciente e sem risco de aspiração.
3. Antídoto Específico
• N-Acetilcisteína (NAC):
• Iniciar tratamento com N-acetilcisteína (NAC) o mais cedo possível.
• Regime intravenoso padrão:
• Dose de ataque: 150 mg/kg em 200 mL de solução glicosada 5% (SG 5%) administrada em 60 minutos.
• Dose de manutenção 1: 50 mg/kg em 500 mL de SG 5% administrada em 4 horas.
• Dose de manutenção 2: 100 mg/kg em 1 L de SG 5% administrada em 16 horas.
• Alternativamente, pode-se utilizar o regime oral se a via intravenosa não estiver disponível.
4. Exames Laboratoriais
• Função hepática: AST, ALT, bilirrubinas totais e frações.
• Função renal: Ureia, creatinina, eletrólitos.
• Coagulograma: Tempo de protrombina (TP), INR.
• Gasometria arterial: Avaliação de acidose metabólica.
• Paracetamol sérico: Determinação do nível plasmático de paracetamol (preferencialmente 4 horas após a ingestão).
5. Suporte Geral e Monitoramento
• Hidratação venosa: Administração de fluidos intravenosos para manter a perfusão adequada.
• Monitoramento contínuo: Avaliação clínica e laboratorial frequente para monitorar a evolução e possíveis
complicações hepáticas.
6. Apoio Psicológico e Psiquiátrico
• Avaliação psiquiátrica: Encaminhamento para avaliação psiquiátrica urgente devido à tentativa de suicídio.
• Apoio familiar: Orientação e suporte à família sobre a condição e necessidade de acompanhamento psicológico
contínuo.

Seguimento

• Internação: A paciente deve ser internada em unidade de cuidados intensivos ou semi-intensivos para monitorização
contínua, durante pelo menos 24 hrs.
• Reavaliação: Exames laboratoriais repetidos a cada 6-12 horas para monitorar a função hepática, renal e os níveis de
paracetamol.
• Acompanhamento Psiquiátrico: Iniciar seguimento psiquiátrico e planejamento de alta com suporte psicológico
adequado.

Esta conduta visa tratar a intoxicação aguda por paracetamol, prevenir lesões hepáticas graves e oferecer suporte psicológico
adequado para evitar futuras tentativas de autoagressão.
Caso Clínico Maurício, 2º dia

Anamnese

Paciente: Sra. Maria Silva


Idade: 76 anos
Sexo: Feminino
História pregressa: Depressão, osteoporose, incontinência urinária
Medicações: Terapia de reposição hormonal, paroxetina, alendronato de sódio, oxibutinina
História recente: Desenvolveu subitamente quadro de desorientação, agitação, alucinações e distúrbio de comportamento.
Diagnosticada com erisipela e tratada com penicilina, apresentando remissão do quadro infeccioso.

História da Doença Atual

A filha relata que a mãe vem se queixando de ardência ao urinar e urina de odor fétido, sugerindo uma possível infecção urinária.

Exame Físico

• Estado geral: Consciente, porém desorientada, agitada


• Pele e mucosas: Sem sinais de erisipela ativa, sem lesões cutâneas visíveis
• Abdome: Sem massas palpáveis, leve dor à palpação suprapúbica
• Geniturinário: Sem anormalidades visíveis, queixas de ardência ao urinar e odor fétido na urina

Hipótese Diagnóstica

• Infecção do trato urinário (ITU) possivelmente complicada por delirium devido a infecção e/ou medicações.

Conduta

1. Avaliação Diagnóstica
• Exames Laboratoriais:
• Hemograma completo
• Urina tipo 1 (EAS)
• Urocultura com antibiograma
• Função renal (ureia, creatinina)
• Eletrólitos séricos (sódio, potássio)
• Exames de Imagem:
• Ultrassonografia de vias urinárias, se houver suspeita de complicação (como hidronefrose ou abscesso).
2. Tratamento da Infecção Urinária
• Antibioticoterapia Empírica:
• Iniciar antibioticoterapia empírica de amplo espectro até os resultados da urocultura e antibiograma estarem
disponíveis. Uma opção inicial pode ser ceftriaxona intravenosa.
• Ajuste do Antibiótico:
• Ajustar o antibiótico conforme resultados da urocultura e antibiograma.
3. Tratamento Sintomático e Suporte
• Hidratação Adequada:
• Manter a paciente bem hidratada com líquidos orais ou intravenosos, conforme necessário.
• Controle da Dor e Sintomas Urinários:
• Analgésicos e antiespasmódicos, se necessário, para alívio dos sintomas urinários.
• Monitoramento e Suporte para Delirium:
• Avaliação e manejo de possíveis causas de delirium, como infecção, desidratação e efeitos medicamentosos.
4. Revisão das Medicações
• Avaliação dos Efeitos Adversos:
• Revisar o uso de oxibutinina e paroxetina, que podem contribuir para a confusão e delírio, especialmente em idosos.
• Considerar ajuste das doses ou substituição por alternativas menos anticolinérgicas, se apropriado.
5. Suporte Psicossocial e Educação
• Educação do Cuidador:
• Orientar a filha sobre os sinais de infecção urinária e a importância de manter a hidratação e higiene adequadas.
• Acompanhamento Psiquiátrico:
• Avaliação contínua da depressão e possíveis ajustes na terapia de reposição hormonal e antidepressivos.

Seguimento

• Reavaliação Clínica:
• Reavaliar a paciente regularmente durante o tratamento antibiótico para monitorar a resposta e ajustar o tratamento
conforme necessário.
• Exames de Controle:
• Realizar nova urocultura após o término do tratamento para confirmar a erradicação da infecção.
• Acompanhamento Geriátrico:
• Avaliação periódica por um geriatra para manejo otimizado das condições crônicas e prevenção de novas infecções e
delirium.
CASOS MAURÍCIO, 2º DIA

• Paciente: Homem, 50 anos.


• Etilismo crônico desde os 13 anos.
• Queixa: Aumento do volume abdominal (1 ano, piora há 6 meses), diarreia aquosa intermitente, perda de peso de
12 kg.
• Sintomas adicionais: Piora expressiva do volume abdominal nas últimas 2 semanas, dor abdominal difusa,
dispneia, sem febre.

Exame Físico:

• Inspeção: Distensão abdominal, icterícia (se presente), circulação colateral.


• Palpação: Hepatomegalia, esplenomegalia, dor à palpação difusa.
• Percussão: Macicez nos flancos, macicez móvel.
• Ausculta: Redução de murmúrios vesiculares na base pulmonar (se há derrame pleural associado).

Hipóteses Diagnósticas:

• Ascite secundária à cirrose hepática.

Exames Complementares:

1. Laboratoriais:
• Hemograma completo.
• Função hepática: AST, ALT, bilirrubinas, fosfatase alcalina, GGT, albumina.
• Função renal: Ureia, creatinina, eletrólitos.

2. Imagem:
• Ultrassonografia Abdominal:

3. Paracentese Diagnóstica:
• Aspecto Macroscópico do Líquido Ascítico: Claro, turvo, hemático.
• Análise Bioquímica:
• Proteínas totais.
• Albumina.
• Glicose.

Resultados Esperados e Diagnóstico:

• Ascite: Líquido ascítico com GASA > 1,1 g/dL sugere hipertensão portal, compatível com cirrose.

1. Ascite:
• Restrição de Sódio: Dieta com baixo teor de sódio (<2 g/dia).
• Diuréticos: Espironolactona (100-400 mg/dia) e furosemida (40-160 mg/dia), ajustados conforme resposta.
• Paracentese Terapêutica: Se ascite tensa ou refratária.
• Paracentese de Grande Volume: Remoção de grandes volumes de líquido, com reposição de albumina (8 g de
albumina por litro de ascite removida).

Monitoramento e Seguimento:

• Avaliação Regular:
• Função hepática e renal.
• Resposta ao tratamento diurético.
• Necessidade de paracentese repetida.
• Acompanhamento com Gastroenterologista ou Hepatologista:
• Avaliação contínua para considerar transplante hepático.
• Monitoramento para sinais de complicações adicionais.

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