EDUCA - CONECTA Learning Final - Resumo
EDUCA - CONECTA Learning Final - Resumo
EDUCA - CONECTA Learning Final - Resumo
RESUMO
O projeto Impacto do TECH Learning e Ecossistemas das TICs nas escolas rurais do
Distrito Federal - EDUCA.CONECTA Learning visa à integração da tecnologia digital ao
ensino por meio da construção de aplicativos de aperfeiçoamento dos estudos das disciplinas
de matemática, português e/ou outras disciplinas a serem empregados, inicialmente, nas escolas
rurais do Distrito Federal, onde a deficiência e analfabetismo digital são mais prementes. Isso
ajudará a adequar a aprendizagem aos novos desafios e tendências da vida privada e
profissional. A iniciativa será complementada com a viabilização do acesso à internet via sinal
de satélite e emprego de energia limpa fotovoltaica, bateria de grande porte, mini pc de última
geração e sinal de satélite, constituindo assim, um Laboratório de Inovação Tecnológico
Autossustentável (LITA). Desta forma, será possível a inclusão digital desses indivíduos e o
combate ao analfabetismo digital, adequando a aprendizagem aos novos desafios e tendências
da vida privada e profissional para as próximas gerações.
Finalmente, com o intuito de validar a efetividade da intervenção, propomos, inicialmente, o
desenho e execução de um projeto piloto em uma escola rural do Distrito Federal em um
ambiente “controlado” onde um grupo de alunos será contemplado (grupo de tratamento)
segundo critérios de elegibilidade. Outras escolas rurais similares também serão contempladas
no projeto e incluídas na análise de impacto como grupos de comparação (controle).
A avaliação de impacto contemplará os efeitos da intervenção em algumas dimensões como
inclusão digital, desempenho educacional e evasão escolar e servirá para aferir seus efeitos e,
possivelmente, legitimar sua expansão.
Palavras chaves: Tech learning, aplicativos, inclusão digital, escolas rurais, desempenho
educacional, avaliação de impacto
1
1. INTRODUÇÃO COM OS PRINCIPAIS OBJETIVOS E HIPÓTESES QUE
NORTEARÃO A PESQUISA
2
● Objetos digitais de aprendizagem (ODA): recursos digitais que auxiliam a
prática pedagógica, seja dentro ou fora da sala de aula. Podem ser utilizados
para trabalhar conteúdos e habilidades de maneira mais criativa.
1
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o
conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver
ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. Conforme definido na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), a Base deve nortear os currículos dos sistemas e redes
de ensino das Unidades Federativas, como também as propostas pedagógicas de todas as escolas
públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, em todo o Brasil.
3
serve para justificar os investimentos realizados na incorporação de ferramentas de TICs ao
ensino, assim como fundamentar uma possível expansão.
Nesse sentido, a medida proposta, dessa forma, fundamenta-se não apenas na melhoria da
infraestrutura escolar, mas também sustenta-se na facilidade de acesso e na possibilidade de
ganhos acadêmicos significativos, tornando-a desejável para políticas públicas diante de uma
relação custo-benefício favorável.
2. METODOLOGIA
4
7. Desenho do aplicativo educativo EducaTECH: Este aplicativo é focado em
subministrar material didático de matemática e língua portuguesa para alunos do Ensino
Fundamental I e II. Os materiais didáticos tem como objetivo conseguir garantir um maior
engajamento de alunos e professores no aprendizado. A ideia principal é aprender por meio
de jogos. O conteúdo do app EducaTECH será elaborado por mestres e doutores, a partir
da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), trazendo sempre temas atuais e relevantes
das duas áreas de interesse.
8. Treinar aos alunos e professores para um melhor uso do aplicativo EducaTECH.
As instalações das antenas serão feitas por equipes especializadas do ramo, bem como de todos
os equipamentos, computadores e afins para que se possa operacionalizar com este sistema e,
sendo o caso, pessoas serão capacitadas por via remota no intuito de atender as demandas
geográficas e climáticas em locais de difícil acesso.
A aquisição dos equipamentos será feita por uma empresa credenciada, que irá adquirir e
instalar as máquinas específicas para cada objeto deste projeto.
Salienta-se que esses equipamentos devem possuir uma alta economicidade de energia, boa
qualidade em seus componentes embarcados, resistência a impactos e intempéries da natureza
(tais como raios, poeira, calor, umidade, pancadas e afins), dado os contextos geográficos,
econômicos e sociais do público alvo.
Os monitores, teclados e mouse, deverão atender as expectativas de resistência pleiteadas no
projeto. A aplicação do sistema ideal para cada situação, será concebida através dos estudos
das cartas de ventos e solar de cada região beneficiada com o projeto. Os sistemas de geração
e armazenamento de energia local, serão adquiridos e implantados por equipe especializada e
ou treinada por uma. A eficiência e o tratamento desta tecnologia serão monitorados por estas
equipes que instalaram e que fazem parte deste processo de forma presencial e/ou remota, caso
a caso. Contaremos com empresas nacionais e internacionais parceiras, para viabilizar a boa e
perfeita operação do sistema, que serão identificadas por convênio e ou aditivo.
O primeiro passo para mensurar os efeitos do projeto é criar critérios de seleção das escolas
potencialmente tratadas pelo programa. A escolha das escolas que entrarão no estudo será feita
com base em critérios objetivos catalogados por dados do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, o INEP. Para tanto, utilizaremos:
Com base nessas informações, define-se o grupo objetivo do projeto que será as escolas
públicas rurais do Distrito Federal com equipamentos específicos de infraestrutura, como não
possuir prédio compartilhado, nem laboratório de informática ou acesso à Internet para uso nos
processos de ensino e aprendizagem; possuir água potável; possuir abastecimento de energia
elétrica através da rede pública e possuir esgoto sanitário. Para maior validade externa do
estudo, também descartaremos da amostra escolas que aplicam exames de seleção para
ingresso, as que são exclusivas para alunos com necessidades especiais e as que não são de
ensino regular.
Posterior à identificação das escolas, se iniciará a coleta de dados e triagem das variáveis de
interesse suficientes para caracterizar a situação inicial dos alunos, suas condições
5
socioeconômicas, experiências prévias com algum aplicativo de educativo e desempenho
escolar (testes de matemática e português). A coleta de informações será executada com base
em fontes de dados primárias, via survey aplicado a alunos, pais, professores e educadores (ver
Tigre et al., 2017), e por fontes de dados secundárias, como o SAEB, do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Com base nessas informações,
construir-se-á o cenário base que servirá de comparação para os resultados. Isso porque a
literatura disponível assegura que ignorar diferenças na qualidade do ensino distorce
significativamente a relação entre as variáveis educacionais e econômicas (Hanushek e
Woessmann, 2010). Em virtude de analisar os efeitos dos aplicativos de educação sobre o
rendimento dos alunos, nessa fase, só se coletará informações dos estudantes matriculados nas
séries do ensino fundamental. O foco nesses anos iniciais de ensino é devido a que nesse ciclo
o aluno adquire as bases linguísticas e de lógica-matemática para lidar com os conteúdos
científicos tradicionais estudados nas fases avançadas do sistema educacional.
Logo depois da coleta de dados, pretende-se implementar a nova tecnologia e os sistemas
informacionais, bem como iniciar o treinamento dos alunos e instituições no uso do aplicativo.
Nessa etapa, deve-se colher novamente as informações para identificar os efeitos iniciais de
curto prazo. Por fim, o último passo refere-se à construção de um modelo estatístico para medir
o impacto da intervenção sobre a performance dos estudantes, que permita relacionar
características dos alunos, professores, familiares e infraestrutura da instituição de ensino com
o ganho de desempenho acadêmico dos alunos em função do uso do aplicativo educativo
provido pelo projeto.
Para obter a relação de causa e efeito de interesse, compararemos uma escola contemplada pelo
projeto (que chamaremos de “escola tratada”) com escolas da mesma região geográfica e com
condições similares de infraestrutura que não serão beneficiadas (que chamaremos “escolas
controle”). Tendo escolhido a escola a ser beneficiada com base em suas características prévias
e grau de aceitação e receptividade ao programa por parte dos seus gestores, buscaremos até
duas escolas controle para servir de comparação. Seguindo a estratégia de pareamento
implementada pelo MEC na avaliação do Programa de Ensino Médio em Tempo Integral, as
duas escolas controle serão escolhidas dentro da mesma rede distrital que a escola tratada e
terão níveis semelhantes ao da escolha tratada nas seguintes dimensões: pontuação no IDEB,
taxa de aprovação, INSE e número de alunos.
A Figura 1 abaixo ilustra cada etapa da avaliação. No Estágio 1, serão mapeadas todas as
escolas de potencial interesse para a intervenção, dentro do contexto de escolas em áreas rurais
(como definido anteriormente). A partir desse grupo, serão escolhidas, por razão de orçamento
do projeto, uma escola para figurar como receptora da intervenção e duas escolas pareadas e
altamente comparáveis com a escola tratada para figurar como escolas controle. No Estágio 2,
serão aplicados, nessas três escolas, questionários com perguntas de cunho socioeconômico e
educacional para alunos, pais, professores e diretores. O intuito do questionário é mostrar a
realidade socioeconômica e tecnológica dessas pessoas e entidades antes da introdução da
intervenção proposta pelo projeto. Também será coordenada com as escolas a aplicação de uma
prova padronizada para aferir o nível de conhecimento dos alunos, objetivando aferir seus
níveis de proficiência na linha de base dessa intervenção (Tigre et al., 2017). Ao final desse
estágio, após a coleta das informações supracitadas, será implementado o programa, como
descrito no início desta seção.
6
No Estágio 3, etapa final da avaliação, serão aplicados novos questionários para avaliar os
impactos subjetivos da intervenção, junto com uma segunda onda de testes padronizados,
objetivando aferir os ganhos em desempenho escolar em função da intervenção na escola
tratadas, quando comparada às escolas controle. Especificamente, essa aferição do efeito da
intervenção é feita através da implementação de métodos econométricos como o modelo de
diferença em diferenças (Bertrand et al., 2004) e o estimador de variáveis instrumentais, para
corrigir eventuais problemas de adesão ao programa por parte de alguns alunos (Imbens &
Angrist, 1994; Meyer & Van Klaveren, 2013).
O modelo de diferença em diferenças é simplesmente a mudança esperada no resultado dos
testes de conhecimento (definido como 𝑦 ) entre o período posterior e o período anterior à
implementação do tratamento no grupo de tratamento, subtraído da diferença esperada em no
grupo de controle durante o mesmo período. Matematicamente, o modelo é estimado pelo
método de mínimos quadrados ordinários. Seja a mudança no valor do teste para o
indivíduo i ( ) durante o experimento, o efeito do programa seria o coeficiente da seguinte
regressão populacional:
3. RESULTADOS ESPERADOS
Para os alunos
● Melhora da relação de ensino-aprendizagem nas escolas;
7
● Melhora do desempenho educacional dos alunos;
● Possibilitar aos alunos a terem acesso a novas oportunidades em seu
desenvolvimento educacional e econômico;
● Combate ao analfabetismo digital;
● Acesso a novas tecnologias;
● Transformação do ambiente social no qual os educandos estão inseridos;
● Possibilitar aos alunos a terem acesso a novas oportunidades em seu
desenvolvimento educacional e econômico; e
● Melhoria do desempenho escolar;
● Aprendizado do uso correto da internet;
● Implementação de um novo sistema com o foco de auxiliar o desenvolvimento
cognitivo.
Para a escola
● Ganhos de infraestrutura escolar;
● Redução do custo de energia;
● Modernização da rede elétrica escolar;
● Implementação de energia renovável e sustentável;
● Modernização do processo de ensino;
● Transformação Digital;
● Sustentabilidade do projeto.
Para a família
● Integração digital;
● Contato com novas ferramentas digitais;
● Atualização das habilidades tecnológicas.
Para a região
● Possibilidade de integração social na região;
● Modificação de perspectivas de crescimento pessoal;
● Uso compartilhado de sinal de internet com outros programas governamentais,
segurança, saúde e outros.
8
● Melhora na percepção dos alunos sobre a escola que frequentam: indicador mostrando
o percentual de alunos que gostam e os que passaram a gostar de frequentar a escola,
bem como a construção de uma medida que mostra o número de vezes que o aluno vai
à escola em uma semana letiva;
● Melhora no conhecimento sobre tecnologias digitais: considera melhoras na percepção
dos alunos sobre o seu conhecimento sobre tecnologia, computadores e internet;
● Ganhos na confiança para trabalhar com tecnologias: incremento das notas dadas para
a autoavaliação do aluno sobre a sua confiança para trabalhar com computadores
quando saírem da escola.
Dessa forma, o projeto é capaz de suscitar ganhos e benefícios qualitativos e quantitativos para
todos os agentes envolvidos no processo.
Nesse sentido, definimos metas para o cumprimento e descritivo da forma de execução das
atividades propostas conforme detalhado abaixo:
9
● Descritivo: Desmembramento da meta em etapas de coleta, análise, avaliação e
elaboração de relatório com os principais resultados do processamento dos dados.
A conclusão de cada etapa irá representar a execução de 25% da meta.
A implementação desse projeto está em consonância com os objetivos das políticas públicas
ao constituir-se numa ação que visa assegurar o direito à educação de qualidade a população
brasiliense, bem como o seu bem-estar. Ademais, a iniciativa trará contribuições de diferentes
pontos de vista, abrangendo aspectos que permeiam as dimensões científicas, tecnológicas e
de inovação para o Distrito Federal.
Assim, seu impacto se dá em termos de i) formação de capital humano, ao permitir o
desenvolvimento de práticas de pesquisa para profissionais formados e qualificados e ao
viabilizar a participação de alunos (graduandos, mestres e doutorandos) em pesquisas e estudos
de casos reais, incrementando suas habilidades e soft-skills; ii) aproximação da universidade e
comunidade, o que permite que alunos de escolas públicas e membros da sociedade local
vislumbrem um futuro no qual eles ingressem no ensino superior, vencendo barreiras sócio-
econômicas e rompendo com o ciclo de reprodução da pobreza; iii) introdução de novas
tecnologias que podem ser usadas como benchmark no desenvolvimento de aplicativos e na
implementação de internet em diferentes escolas rurais dos alunos até hoje nunca assistidos;
iv) modernização do processo de ensino; etc.
A relevância da iniciativa, então, é vista mediante o seu caráter inovador e potenciais impactos
para as políticas públicas locais, regionais e nacionais voltadas à utilização de inclusão social
na promoção do desenvolvimento econômico brasileiro.
Já em termos de produtos, o projeto prevê a elaboração de relatórios técnicos que permitam o
acompanhamento do processo de implementação da ação e, consequentemente, identifique
seus fracassos e sucessos a ponto de permitir que os benefícios sejam reproduzidos em outros
10
contextos sociais e em outras escolas do DF. Isso traz transparência para o projeto quanto aos
indicadores de execução física e financeira, bem como garante a sua capacidade de
replicabilidade.
Por conseguinte, o projeto torna-se de extrema relevância para o Distrito Federal ao atuar para
melhorar a qualidade do ensino público, bem como por criar intervenções que diminuam, e até
eliminem, as disparidades existentes entre as zonas rurais e urbanas no que se refere à
alfabetização e letramento digital. Com isso, é possível, também, conseguir condições mais
equitativas dos alunos egressos no mercado de trabalho. Dessa forma, o projeto, por interferir
no conhecimento, impacta positivamente não apenas a fase escolar do indivíduo, mas toda a
sua vida social, familiar e profissional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bertrand, M.; Duflo, E.; Mullainathan, S. How much should we trust differences-in-differences
estimates?. Quarterly Journal of Economics. V. 119, N 1, pp. 249-75, 2004
Carmo, P.E.R. e Ramos, F.A. As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICS) no
contexto escolar. 2020. Disponível em: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/
educacao/as-tecnologias-informacao-comunicacao-tics-no-contexto-escolar.htm. Acesso em:
21 dez de 2022.
Haßler, BJOERN; MAJOR, LOUIS; HENNESSY, SARA. Tablet use in schools: A critical
review of the evidence for learning outcomes. Journal of Computer Assisted Learning, v. 32,
n. 2, p. 139-156, 2016.
Hirsh-Pasek, K., Zosh, J. M., Golinkoff, R. M., Gray, J. H., Robb, M. B., & Kaufman, J..
Putting education in “educational” apps: Lessons from the science of learning. Psychological
Science in the Public Interest, 16(1), 3-34. 2015
Imbens, G.W.; Angrist, J.D. Identification and Estimation of Local Average Treatment Effects.
Econometrica, V. 62, N. 2, pp. 467–475. 1994
Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 20 dez de 2022.
Meyer, E.; Van Klaveren, C. The effectiveness of extended day programs: Evidence from a
randomized field experiment in the Netherlands. Economics of Education Review, V. 36, pp.
1–11. 2013
Neumann, M. M., Finger, G., & Neumann, D. L.. A conceptual framework for emergent digital
literacy. Early Childhood Education Journal, 45(4), 471-479. 2017
Nachira, F.; Dini, P. e Nicolai, A. A Network of Digital Business Ecosystems for Europe:
Roots, Processes and Perspectives. 2007. Disponível em: http://temp.
uefiscdi.ro/EDIGIREGION/DigitalBusinessEcosystems-2007.pdf. Acesso em: 21 dez de 2022.
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). TIC na
educação do Brasil. 2022. Disponível em: https://pt.unesco.org/fieldoffice/
brasilia/expertise/ict-education-brazil. Acesso em: 19 dez de 2022.
Saraiva Educação. O que são, para que servem e como aplicar as TICs na educação. 2021.
Disponível em: https://blog.saraivaeducacao.com.br/tics-na-educacao/. Acesso em: 20 dez de
2022.
Tigre R., Sampaio B., Menezes T. The impact of commuting time on youth's school
performance. Journal of Regional Science. Vol 57, Nº1, pp. 28-47, 2017
11