Mauro e o Dinossauro
Mauro e o Dinossauro
Mauro e o Dinossauro
Coitado do menino...
Não sabia do perigo.
Não querendo ir dormir,
Acabaria de castigo.
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De tanto a mãe insistir
E ele não obedecer,
O castigo prometido
Não demorou para ter:
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Sem videogame e TV,
O quarto era um deserto.
Sem acessar a internet,
Só restava olhar o teto.
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E agora? E esse bicho?
Será que ele come gente?
Será filhote de dragão?
Mais parece de serpente.
E o bichinho ligeiro
Fugia com medo de Mauro.
O menino até pensou:
“Será filhote de dinossauro?”
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“Dinossauro,só podia ser!”
Mauro tinha certeza pura,
Só não sabia o que fazer
Com aquela criatura.
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O menino se preocupava:
“Onde o bicho vai parar?
E se ele ficar bem grande,
Vai querer me devorar?”
Na parede, escondido,
O menino viu um furo,
O bicho também viu
E correu para o escuro.
Um dinossauro no quarto...
Meu Deus, que aventura!
Se a sua mãe descobrisse
Seria encrenca pura!
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O menino assustado,
Não sabia o que fazer.
Queria ter aquele dinossauro...
Mas como sem a mãe saber?
E se o bicho crescesse?
O que ele faria?
Um dinossauro gigante,
Como se esconderia?
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Olhou o relógio, ligeiro.
O tempo estava passando.
Daqui a pouco a mãe viria
Ver o que ele estava aprontando.
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Estava ainda pensando,
Se teria vindo pela horta,
Quando tomou um susto
Ao ver a mãe abrir a porta.
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A mãe olhou o menino,
Assim meio desconfiada,
Achando que aquela história
Estava muito mal contada.
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“Tive medo, quis correr,
Mas olhei atentamente.
Foi quando vi o dinossauro
Daqueles de antigamente.”
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Contou que ele comia inseto
E corria muito rapidamente.
Mas que teve muito medo:
“Será que também come gente?”
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“Eles até existiram...
Mas há muito, muito tempo.”
E tudo que ela dizia,
Mauro escutava atento.
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“Um dia na Terra houve uma explosão
E os dinossauros desapareceram num instante.
Os cientistas dizem que tudo se deu
Quando chegou um meteoro gigante.”
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“Não precisa ter medo,
Nem tratar como inimigo.
O bichinho da parede
Não oferece perigo!”
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“Lagartixa? Que nome esquisito!
É mais estranho até que o dono.
Agora fiquei mais calmo, mamãe.
Estou até sentindo um sono...”
Suzana Paz
Olá, nasci em Fortaleza, Ceará. Além deste, ilustrei
vários livros para crianças, Diário do Sol e Vende-se
uma família, pelas Edições Demócrito Rocha, e Chuá,
Chuá, Buá, Buá, pelo Armazém da Cultura. Gosto
de desenhar, e desde que eu era criancinha, nunca
deixei de criar um mundo colorido de histórias e
personagens mágicos. Saiba mais de mim:
http://suzanapaz.blogspot.com.br/.
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