Filosofia e Etica - SEMANA 1 Ad2
Filosofia e Etica - SEMANA 1 Ad2
Filosofia e Etica - SEMANA 1 Ad2
Estudar: Ramos, Flamarion Caldeira et alii. Manual de Filosofia Política. SP: Saraiva,
2015, cap. 5, págs. 119 a 142.
Responder às questões:
Para Hobbes o homem no seu estado de natureza é mal, cruel e egoísta e por
conseguinte o seu estado de natureza seria um estado de guerra e conflito. Diante dessa
situação as pessoas começaram a refletir que mais valia a pena viver sob um governo ou
domínio de alguém à viver uma vida “insegura”. Desta forma, estas pessoas celebrariam
um pacto ou contrato social e abririam mão de suas liberdades em troca de ter uma
“vida segura”. Essa segurança somente seria possível com um governo absolutista, em
que todo poder ficaria na mão de um único indivíduo, que teria a obrigação de gerir
toda essa segurança e proteção. Hobbes acreditava que a igualdade natural que todos
possuem no seu estado de natureza é oque provoca os conflitos entre as pessoas, logo a
igualdade entre todos não era algo tão positivo. Por isso se fazia necessário trazer uma
desigualdade através de um governo absoluto e com isso seria possível trazer a paz, pois
quando houvesse alguém com muita concentração de poder, as pessoas passariam a
obedecer essa pessoa, abrindo mão do seu estado de natureza e dando origem ao
estado civil, através do contrato social.
Locke acreditava que o ser humano possui naturalmente direitos naturais, ou seja, coisas
que já nascem e são geradas com o indivíduo, como por exemplo, o direito à vida, a
liberdade e a propriedade. Desta forma, para Locke os seres humanos já possuíam esses
direitos e foi isso que fez as pessoas se organizarem em Estado e formarem um contrato
social, para proteger esses direitos que elas naturalmente já possuíam, portanto se todos
nascem iguais perante a lei a única função do Estado seria de proteger e servir os
indivíduos. Enquanto Hobbes traz uma concepção em que é necessário a concentração
de poder em uma só pessoa, defendendo uma sociedade mais autoritária funcionando
através da obediência, Locke traz uma ideia de uma sociedade mais autônoma, pois para
ele o indivíduo já possui sua própria liberdade. Desta forma, podemos ver que para
Hobbes o contrato social veio para acabar com a situação de conflito em que vive os
seres humanos, enquanto para Locke o contrato social veio para preservar os direitos
naturais.
No que diz ao trabalho, Locke propôs que o homem modifica a natureza por meio de
seu trabalho, fazendo com que o resultado de seu esforço se torne sua propriedade.
Embora comum a todos, o trabalho transforma o que é coletivo em propriedade
particular. Essa solução está, ainda, em ressonância com a lei natural, uma vez que o
objetivo do trabalho não seria a acumulação mesquinha, mas o benefício para a
humanidade.
No que diz respeito a tolerância religiosa, Locke argumentou que todas as crenças
religiosas que não atentassem contra o Estado deveriam ser toleradas. Desta forma,
todas as religiões, não somente a Cristã, deveriam ser toleradas, visto que a função da
religião se resume apenas a salvação da alma.
3. Qual a paixão essencial à sociedade, segundo Hume? E para Adam Smith? O que é a
mão invisível?
Para Hume, a razão na verdade é uma escrava das paixões, desta forma a razão
por si só não nos leva a lugar nenhum. Inicialmente nossas sentimentos e paixões
decidem o que nós queremos acreditar e só depois a razão tenta encontrar uma
justificativa do que nossas paixões já decidiram de anteriormente.
Já para Adam Smith, as paixões são motivos pelos quais distorcemos as nossas
éticas, morais, além de condutas, e por isso, de forma alguma podem ser vistas
como elementos saudáveis aos indivíduos, entretanto, estas são responsáveis pelas
tomadas de decisões e escolhas.
A teoria da mão invisível, resumidamente uma teoria de Adam Smith que acredita
que o mercado age de forma racional e que naturalmente, de uma forma ou de
outra, se ajeitaria (entraria em equilíbrio).
O utilitarismo foi fundada por Jeremy Bentham e tinha como principio básico o fato
que o ser humano foge da dor e se aproxima do prazer. O Utilitarismo, como toda
doutrina ética, é uma teoria sobre os fundamentos da conduta moral e sobre o
critério que, em última análise, permite-nos avaliar e julgar as ações que praticamos,
as condutas que devemos seguir e as normas que devemos adotar no curso de
nossa vida. E a tese fundamental do Utilitarismo é que o procedimento
recomendado para tais avaliações é o de determinar em que medida o que fazemos
contribui, não para a felicidade individual, mas para a felicidade global de todos os
seres vivos do mundo em que vivemos. Desta forma, podemos definir utilitarismo
como sendo uma doutrina que avalia a moral e sobre tudo as consequências dos
atos humanos.
Referência bibliográfica: Ramos, Flamarion Caldeira et alii. Manual de Filosofia Política.
SP: Saraiva, 2015, cap. 5, págs. 119 a 142