Prova Ciência Política
Prova Ciência Política
Prova Ciência Política
0,5 pontos
PERGUNTA 2
1. Se vale mais ser amado que temido ou temido que amado.
Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é
difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando
haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer,
duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores,
covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são
inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos,
quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele
chega, revoltam-se (O Príncipe-Maquiavel).
A partir da análise histórica do comportamento humano em suas
relações sociais e políticas, Maquiavel define o homem como um
ser:
sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares, mas as
vezes oportunista.
possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política.
guiado por interesses, egoísmos, de modo que suas ações são imprevisíveis
e inconstantes.
munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros
em seu entorno.
0,5 pontos
PERGUNTA 3
1. Existem várias formas de conhecer o mundo, eu posso conhecer o
mundo através de um “conhecimento que não é subjetivo, mas
objetivo, ou seja, não é o que eu penso, o que eu sinto, o que minha
família vive, porém o que os dados da realidade objetiva, apontam.
Ele também é sistemático, organizado, cujo critério de verdade é a
verificação e a demonstração e ele é sempre uma verdade
provisória”. Contudo, eu também posso conhecer o mundo de
outra forma, usando um conhecimento do dia a dia, das minhas
experiências pessoais e familirares. Este conhecimento trabalha
com a ideia de que a verdade é subjetiva, "minha opinião".
Estes dois conhecimento acima referem-se ao:
Conhecimento científico e conhecimento do senso comum.
Conhecimento científico e conhecimentos filosófico.
Conhecimento científico e conhecimento religioso.
Conhecimento filosófico e conhecimento religioso.
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PERGUNTA 4
1. É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer;
mas a liberdade política não consiste nisso. Deve-se ter sempre
presente em mente o que é independência e o que é liberdade. A
liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um
cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais
liberdade, porque os outros também teriam tal poder.
MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora Nova
Cultural, 1997 (adaptado).
A característica de democracia ressaltada por Montesquieu diz
respeito
ao status de cidadania que o indivíduo adquire ao tomar as
decisões por si mesmo.
à possibilidade de o cidadão participar no poder e, nesse
caso, livre da submissão às leis.
ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é
proibido, desde que ciente das consequências.
ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à
conformidade às leis.
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PERGUNTA 5
1. Marx e Engels, formularam uma teoria que previa a superação da
sociedade capitalista para uma sociedade do tipo socialista e
posteriormente comunista.
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PERGUNTA 6
1. John Locke justificou a existência do Estado com estas palavras:
O motivo que leva os homens a entrarem em sociedade é a preservação da
propriedade; e o objetivo para o qual escolhem e autorizam um poder legislativo é
tornar possível a existência de leis e regras estabelecidas como guarda e proteção às
propriedades de todos os membros da sociedade, a fim de limitar o poder e moderar o
domínio de cada parte e de cada membro da comunidade; pois não se poderá nunca
supor seja vontade da sociedade que o legislativo possua o poder de destruir o que
todos intentam assegurar-se, entrando em sociedade e para o que o povo se submeteu
a legisladores por ele mesmo criado.(LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo.)
Analise as assertivas em conformidade com a citação acima.
I . A propriedade privada é contratual, isto é, ela é subsequente ao nascimento do
Estado, que institui o direito à propriedade, distribuindo a cada um aquilo que era
propriedade comunal no estado de natureza.
II . A propriedade privada surge com o aparecimento da sociedade civil, a geradora do
Estado, que é a instituição suprema que tem, inclusive, a prerrogativa de suprimir a
propriedade em benefício da segurança do Estado.
III . A propriedade privada é parte do estado de natureza, pois o homem possui a
propriedade de si mesmo e, com isso, tem o direito de tornar como sua propriedade
aquilo que está vinculado com seu trabalho.
IV . A propriedade privada é anterior à sociedade civil, portanto, a propriedade
antecedeu ao Estado, cuja existência resultou do contrato social e teve a finalidade de
preservar e proteger a propriedade privada de cada um.
Assinale a alternativa que tem as assertivas corretas.
Apenas III e IV estão corretas.
Apenas I e II estão corretas.
Apenas II e III estão corretas.
Apenas II, III e IV estão corretas
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PERGUNTA 7
1. Montesquieu em seu livro “O Espírito das Leis” argumenta que “As
leis, em seu significado mais amplo, são as relações necessárias
que derivam da natureza das coisas” ... assim “Aqueles que
disseram que uma fatalidade cega produziu todos os efeitos que
vemos no mundo, disseram um grande absurdo”. As leis derivam
da constituição de nosso ser”.
Com esta frase Montesquieu quis dizer que:
As leis são uma expressão de autoridade e finalidade divina.
As leis não tem origem divina, mas provém das coisas deste mundo.
As leis tem origem na autoridade dos reis, abençoados por Deus.
As leis tem origem divina.
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PERGUNTA 8
1. “A passagem do estado de natureza para o estado civil determina
no homem uma mudança muito notável, substituindo na sua
conduta o instinto pela justiça dando às suas ações a moralidade
que antes lhes faltava. É só então que, tomando a voz do dever o
lugar do impulso físico, e o direito o lugar do apetite, o homem, até
aí levando em consideração apenas sua pessoa, vê-se forçado a
agir baseado em outros princípios e a consultar e ouvir a razão
antes de ouvir suas inclinações. Embora nesse estado se prive de
muitas vantagens que frui da natureza, ganha outras de igual
monta: suas faculdades se exercem e se desenvolvem, suas ideias
se alargam, seus sentimentos se enobrecem, toda sua alma se
eleva a tal ponto que (...) deveria sem cessar bendizer o instante
feliz que dela o arrancou para sempre e fez, de um animal estúpido
e limitado, um ser inteligente e um homem”.(Rousseau).
1 pontos
PERGUNTA 9
1. Sobre o conhecimento: Descartes, o filósofo, disse uma frase
famosa que você já deve ter ouvido: “penso, logo existo”,
referindo-se ao fato daquilo que nos define como humanos, o
pensamento. Contudo, Antônio Damásio em seu livro “O Erro de
Descartes”, reformulou o postulado para “sinto, logo penso”. Em
outras palavras, a gente não usa o pensamento para compreender
as coisas, mas os sentimentos, daí ouso da razão ser tão difícil
para analisar a política desapaixonadamente.
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PERGUNTA 10
1. A importância do argumento de Hobbes está em parte no fato de
que ele se ampara em suposições bastante plausíveis sobre as
condições normais da vida humana. Para exemplificar: o
argumento não supõe que todos sejam de fato movidos por
orgulho e vaidade para buscar o domínio sobre os outros; essa
seria uma suposição discutível que possibilitaria a conclusão
pretendida por Hobbes, mas de modo fácil demais. O que torna o
argumento assustador e lhe atribui importância e força dramática é
que ele acredita que pessoas normais, até mesmo as mais
agradáveis, podem ser inadvertidamente lançadas nesse tipo de
situação, que resvalará, então, em um estado de guerra. RAWLS,
J. Conferências sobre a história da filosofia política. São
Paulo:WMF, 2012 (adaptado).
O texto apresenta uma concepção de filosofia política conhecida
como:
vontade geral.
estado de natureza.
ideologia política.
estado de guerra.
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PERGUNTA 11
1. É a condição material dos indivíduos que determinaria os
demais aspectos de sua vida. A importância dada por
Marx a esse quesito de nossas vidas é justificada,
segundo sua teoria, em razão do impacto que a situação
econômica de um sujeito tem em sua trajetória de
formação. Assim, segundo ele, a própria concepção de
Estado parte do pressuposto de que:
o Estado surge a partir de contrato social, de um pacto
entre os homens livres.
o Estado surge a partir do contrato social, de um pacto
entre os homens e visa o bem comum.
o Estado surge como um reflexo da sociedade, da produção
de excedente, de suas desigualdades sociais
o Estado surge com a propriedade privada para resgatar o
direito dos excluídos.
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PERGUNTA 12
1. A análise política está fora deste mundo, está fora da caverna para
usar uma expressão de Platão. A análise é aquela que nos
interessa, o “tabuleiro de baixo da política”. Então, sempre que sua
opinião coincidir com uma opinião de qualquer que seja o político,
por exemplo, você provavelmente está fazendo política e não
análise política. Sempre que o seu desejo coincidir com sua opinião
de como as coisas vão acontecer, você provavelmente está
novamente fazendo política e não análise política. Exemplo, é muito
comum uma pessoa achar que seu partido ou candidato é o melhor
e vai ganhar as eleições.
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PERGUNTA 15
1. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira
que o poder seja contido pelo poder. Tudo estaria perdido se o
mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres,
ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de
executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as
divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, atuando de forma independente
para a efetivação da liberdade, sendo que esta não existe se uma
mesma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes
concomitantemente. MONTESQUIEU, B. Do espírito das leis. São
Paulo Abril Cultural, 1979 (adaptado).
A divisão e a independência entre os poderes são condições
necessárias para que possa haver liberdade em um Estado. Isso
pode ocorrer apenas sob um modelo político em que haja:
exercício de tutela militar sobre atividades jurídicas e
políticas.
consagração do poder político pela autoridade religiosa.
estabelecimento de limites aos atores públicos e às
instituições do governo.
reunião das funções de legislar, julgar e executar nas mãos
de um governante eleito.
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PERGUNTA 16
1. O princípio de toda ação está na vontade de um ser livre, não
poderíamos remontar além disso. [...] não há verdadeira vontade
sem liberdade. O homem, portanto, é livre em suas ações [...]. Se o
homem é ativo e livre, ele age por si mesmo. Tudo o que faz
livremente não entra no sistema ordenado da Providência e não lhe
pode ser imputado. [...] .A consciência é a voz da alma, as paixões
são a voz do corpo. [...] [A consciência] é o verdadeiro guia do
homem; ela está para a alma assim como o instinto está para o
corpo: quem a segue obedece à natureza e não tem medo de se
perder. [...] Existe, pois, no fundo das almas um princípio inato de
justiça e de virtude a partir do qual, apesar de nossas próprias
máximas, julgamos nossas ações e as de outrem como boas ou
más, e é a esse princípio que dou o nome de consciência.
(ROUSSEAU, J. J. Emílio ou da Educação. São Paulo: Martins
Fontes, 2004. p. 396; 405; 409.).