Lei Orgânica de Manoel Viana - RS
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NOS VEREADORES DA CAMARA MUNICIPAL DE MANOEL VIANA, reuniões em assembleia, no uso das
prerrogativas conferidas pela Constituição Federal, afirmando a autonomia política e administrativa de
que é investido do Município como integrante da Federação Brasileira, invocando a proteção de Deus,
promulgamos a seguinte LEI ORGÂNICA MUNICIPAL.
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DO MUNICÍPIO
Art. 1ºO Município de Manoel Viana, parte integrante da República Federativa do Brasil, e do Estado do
Rio Grande do Sul, organizar-se-á automaticamente em tudo o que respeite a seu peculiar, interesse
regendo-se por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar, respeitados os princípios estabelecidos na
Constituições Federal e Estadual.
Art. 2º São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o executivo.
Art. 3º Os limites do território do Município só poderão ser alterados por Lei estadual, observados os
requisitos estabelecidos em Lei Complementar.
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CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
Seção I
Da Competência Privativa
II - decretar suas leis, expedir decretos e atos relativos aos assuntos de seu peculiar interesse;
III - administrar seus bens, adquiri-los e aliená-los, aceitá-los, aceitar doações, legados e heranças e
dispor de sua aplicação;
IV - desapropriar, por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, nos casos previstos
em lei.
VII - elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado e o Plano Diretor dos Distritos,
estabelecendo normas de edificações, loteamentos, zoneamentos, bem como diretrizes p urbanísticas,
visando à ordenação no território do Município.
XIV - legislar sobre os serviços funerais e cemitérios, encarregando-se da administração dos públicos e
fiscalizando os que pertencem a entidades particulares;
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XVII - legislar sobre a apreensão e depósito de semoventes, mercadorias e moveis em geral, no caso
de transgressão de lei e demais atos municipais, bem como sobre a forma e condições de venda das
coisas e bens apreendidos;
XIX - assistência pública, bem como de proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
XX - promover a criação de programas de prevenção das causas de deficiência física e mental, bem
como estabelecer programas de atendimento especializado para os mesmos;
XXIII - prover as instituições municipais de cunho cultural de condições necessárias para executarem
suas atividades;
XXIV - suplementar a legislação federal e estadual no que couber e naquilo que disser respeito ao seu
peculiar interesse.
XXVI - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem
prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei.
Art. 7ºO Município poderá celebrar convênios e consórcios públicos com a União, o Estado e outros
Municípios para a realização de obras ou serviços públicos de interesse comum, observando o disposto
em lei.
Parágrafo único. Assinado o convênio, será dada ciência do mesmo a Câmara Municipal.
Seção II
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Da Competência Comum
III - estimular o melhor aproveitamento da terra e defendê-la contra as formas de exaustão do solo;
VII - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e outros bens de valor
histórico, artístico e cultural, desde que considerados pelas entidades de direito;
X - proteger a juventude contra toda a exploração, bem como fatores que possam conduzi-la ao
abandono físico, moral e intelectual;
XI - tomar medidas necessárias para restringir a mortalidade e a morbidez infantil, bem como
medidas que impeçam a propagação de doenças transmissíveis;
XII - incentivar o comércio, a indústria, a agricultura, o turismo, e outras atividades que visem ao
desenvolvimento econômico;
XIV - exercer outras atribuições não vedadas pelas Constituições Federal e Estadual;
XVI - conservar e proteger as águas superficiais e subterrâneas, em ação conjunta com o Estado
devendo estar previsto no Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município o zoneamento de
áreas de preservação daqueles mananciais, utilizáveis para abastecimento às populações, sendo, no
aproveitamento das águas superficiais e subterrâneas, considerado prioritário o abastecimento às
populações, com programas permanentes de uso, conservação e proteção contra a poluição e super
exploração.
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Seção III
Dos Impedimentos
* Redação do art. 9º e dos incisos I, II e III alteradas e supressão dos incisos IV, V e parágrafo único pela
Emenda à Lei Orgânica nº 005/07.
TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
Disposições Gerais
Art. 10. A Câmara Municipal é composta de 09 (nove) Vereadores, eleitos na forma da lei.
a) a nacionalidade brasileira;
b) o pleno exercício dos direitos políticos;
c) o domicilio eleitoral na circunscrição;
d) a filiação partidária;
e) a idade mínima de dezoito anos;
* Acréscimo do inciso I e alíneas e inciso 1II pela Emenda à Lei Orgânica nº 005/07.
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Art. 12.No primeiro ano de cada legislatura, cuja duração coincide com a do mandato dos vereadores, a
Câmara reunir-se-á nº 1º dia de janeiro para dar posse aos vereadores, prefeito e vice-prefeito, bem como
eleger sua Mesa Diretora.
Art. 13.Ao presidente da Mesa, compete a Presidência da Câmara Municipal e, no seu exercício,
representá-la judicial e extrajudicialmente.
Art. 14. O mandato da Mesa Diretora é de 02 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na
eleição imediatamente subsequente.
Art. 15. A Câmara Municipal funcionará em sua sede própria ou em outro local eventualmente
designado, no caso de qualquer impedimento.
Parágrafo único. Por deliberação do plenário, as sessões da Câmara só poderão ser realizadas em
outro recinto, mediante requerimento de um terço dos vereadores, no mínimo 15 (quinze) dias antes, da
reunião solicitada, dando-se ampla divulgação do dia, horário e local.
A convocação extraordinária da Câmara cabe ao seu presidente, a 1/3 (um terço) de seus
Art. 16.
membros, à comissão representativa ou ao Prefeito.
§ 1º Nas sessões legislativas extraordinárias, a Câmara somente poderá deliberar sobre matéria da
convocação.
§ 2º Para reuniões extraordinárias, a convocação dos vereadores será pessoal e com antecedência
mínima de 48 (quarenta e oito) horas.
Parágrafo único. O Presidente da Câmara vota somente quando houver empate, quando a matéria
exigir 2/3 (dois terços) e nas votações secretas.
* Alterada a redação do art. 17, suprimidos os §§ 1º e 2º e acréscimo do parágrafo único pela Emenda à
Lei Orgânica nº 005/07.
Parágrafo único. O voto é secreto somente nos casos previstos nesta Lei Orgânica, ou por deliberação
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do plenário.
§ 1º Os convocados terão o prazo de 10 (dez) dias, prorrogáveis, justificadamente, por mais 05 (cinco)
dias, comunicando previamente através de oficio em qual sessão comparecerão para prestar as
informações solicitadas;
§ 2º Somente a maioria absoluta dos vereadores poderá deliberar sobre prorrogação de data que
somente será apreciada em caso de enfermidade ou por motivo de força maior.
Art. 20. A Câmara Municipal apreciará as contas do Município referentes a gestão financeira do ano
anterior, até 30 (trinta) dias após o recebimento do respectivo parecer, emitido pelo Tribunal de Contas
do Estado, o qual somente deixará de prevalecer por decisão de 2/3 (dois terços) dos membros da
Câmara.
Anualmente, até 60 (sessenta) dias a contar do início da sessão legislativa, a Câmara receberá em
Art. 21.
sessão especial o Prefeito, que informará, através de relatório, a situação em que se encontram os
assuntos municipais.
Parágrafo único. Sempre que o Prefeito manifestar proposito de expor assuntos de interesse público,
a Câmara o recebera em sessão previamente designada.
Art. 22.A Câmara pode criar comissão parlamentar de inquérito para apurar fato determinado, nos
termos do Regimento Interno a requerimento de, no mínimo, 1/3 (um terço) de seus membros.
Seção II
Dos Vereadores
Art. 23. Os vereadores eleitos na forma da Lei, gozam de garantias que a mesma lhe assegura, por
opiniões, palavras e votos, proferidos no exercício do mandato.
Parágrafo único. Os vereadores têm livre acesso aos órgãos da administração direta ou indireta do
Município, mesmo sem prévio aviso;
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquias, empresas públicas,
sociedades de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato
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II - desde a posse;
III - proceder de modo incompatível com a dignidade da Camara ou faltar com decoro na sua conduta
publica;
Parágrafo único. Nos casos do artigo 25, inciso I e III, a perda do mandato será decidida pela Câmara
Municipal, por voto de 2/3 (dois terços) de seus membros, em votação secreta, mediante provocação da
Mesa ou de partido político, representando na Casa, assegurada ampla defesa.
Parágrafo único. Verificados as hipóteses do artigo 25, inciso IV e V e artigo 26, incisos II, III e IV, a
perda do mandato será declarada pela Mesa da Câmara de oficio ou mediante provocação de qualquer de
seus membros ou de partido políticos representados na Casa, assegurada ampla defesa.
Art. 27.Nos casos de licença a vaga por morte, renúncia ou extinção automática de mandato, o vereador
será substituído pelo suplente, convocado nos termos da lei.
Art. 28. O Vereador licenciado para tratamento de saúde, recebera integralmente seus subsídios até o 15
(decimo quinto) dia, após sendo remuneração na forma da legislação própria.
Parágrafo único. Os subsídios inicias serão fixados pelo menos 60 (sessenta) dias antes do pleito de
casa legislação, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.
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Seção III
Das Atribuições da Câmara Municipal
I - legislar sobre todas as matérias atribuídas ao Município pelas constituições da União e do Estado e
por esta Lei Orgânica;
II - votar:
a) plano plurianual;
b) a lei de diretrizes orçamentárias;
c) os orçamentos anuais;
d) as metas prioritárias;
e) o plano de auxílio e subvenções.
IV - Revogado.
VIII - dispor sobre a divisão territorial do Município, respeitando a legislação Federal e Estadual;
X - Revogado.
XII - transferir, temporária ou definitivamente, a sede do Município quando o interesse público exigir;
XIII - cancelar, nos termos da lei, a dívida ativa do Município, autorizar a suspensão de sua cobrança e
a elevação de ônus e juros;
XIV - legislar sobre aquisição de bens imóveis, quando se tratar de doação com encargos;
XV - deliberar sobre o projeto de Lei do Executivo, que autoriza a mobilizar ou alienar os bens,
créditos e valores que pertençam ao ativo permanente do Município, bem como amortizar ou resgatar as
dívidas fundadas e outras, desde que compreendam o seu passivo permanente;
XVII - autorizar referendos e convocar plebiscito, desde que não contrariem leis federais e estaduais.
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I - eleger sua Mesa, elaborar seu Regimento interno e dispor sobre sua organização e política;
II - propor a criação e extinção dos cargos de seu quadro de pessoal e serviços, dispor sobre seu
provimento, bem como fixar e alterar seus vencimentos e outras vantagens.
III - representar pela maioria de seus membros, para efeito de intervenção no município;
VI - sustar atos do Poder Executivo que exorbitem da sua competência ou se mostrem contrários ao
interesse público;
VII - fixar mediante lei os subsídios do Prefeito, do Vice-prefeito e dos secretários municipais, nos
termos da Constituição Federal;
VIII - autorizar o Prefeito Municipal e o Vice-Prefeito a afastar-se do Município por mais de 15 (quinze)
dias;
IX - solicitar informações ao Prefeito Municipal c aos órgãos estaduais e federais, sobre assuntos
referentes ao município, nos termos e limites da legislação.
X - dar posse ao Prefeito, bem como declarar extinto seu mandato, nos casos previstos por lei;
XIII - propor ao Prefeito a execução de qualquer obra ou medida que interesse a coletividade ou ao
serviço público.
XIV - conceder título de cidadão honorário ou qualquer outra homenagem ou honraria a pessoas que
reconhecidamente tenham prestado serviços relevantes ao Município;
XV - deliberar, mediante resolução, sobre quaisquer assuntos de sua economia interna e, nos demais
casos de sua competência privada que tenham efeitos externos, por meio de decretos legislativos;
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Art. 33. A Câmara Municipal elaborará semestralmente, relatórios que deverão conter:
III - o resumo da folha de pagamento dos servidores, especificando as parcelas ativas, inativos e
pensionistas, os valores retidos a título de imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza e as
contribuições previdenciárias;
Parágrafo único. Os relatórios referidos neste artigo serão afixados na Câmara Municipal, em local de
acesso ao público.
Seção IV
Da Comissão Representativa
Art. 34. A Comissão Representativa, eleita na última Sessão Ordinária do período Legislativo ou na sessão
de posse, no caso do primeiro ano, regulamentada no Regimento Intemo da Câmara, reproduzirá em sua
composição, quanto possível, a proporcionalidade de representação partidária ou bloco parlamentar
existente na Casa.
Seção V
Das Leis e do Processo Legislativo
II - leis complementares;
IV - decretos legislativos;
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V - resoluções;
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das
leis.
II - do Prefeito Municipal;
III - Revogado.
§ 1º Em qualquer dos casos deste artigo, a proposta será discutida e votada pela Câmara em duas
sessões, com interstício mínimo de 10 (dez) dias, e aprovada por 2/3 (dois terços) dos membros da
Câmara Municipal em ambas as votações.
§ 2º A emenda será promulgada pela Mesa da Câmara na sessão seguinte àquela em que se der a
aprovação, com o respectivo número de ordem;
§ 3º Revogado.
§ 4º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não poderá ser
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Art. 36-A A iniciativa popular será exercida mediante projeto de lei subscrito, no mínimo, por 5% (cinco
por cento) do eleitorado dom Município, e versar sobre interesse específico do Município, da cidade ou
de bairro.
III - criem cargos ou funções públicas, fixem ou aumentem vencimentos ou vantagens dos servidores
públicos ou que, de qualquer modo, aumentem a despesa pública, ressalvada á competência privada,
expressamente atribuída à Câmara Municipal;
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Art. 38.No início ou em qualquer fase de tramitação de projeto de lei de iniciativa do Prefeito, este
poderá solicitar à Câmara Municipal que o aprecie no prazo dia 30 (trinta) dias, a contar do pedido.
§ 1º Se a Câmara Municipal não se manifestar sobre o projeto no prazo estabelecido no "caput" deste
artigo, será ele incluindo na ordem do dia, sobrestando-se a deliberação sobre os demais assuntos para
que se ultime a votação.
§ 2º Este prazo não decorrerá nos períodos de recesso da Câmara Municipal, e, quando necessitar de
complementação ou esclarecimentos do Poder Executivo;
Art. 39. A requerimento de qualquer Vereador, os projetos de lei, decorridos 15 (quinze) dias de seu
recebimento, serão incluídos na ordem do dia mesmo sem parecer.
Parágrafo único. O projeto de lei somente poderá ser retirado da ordem do dia a requerimento do
autor, aprovado em plenário.
Art. 40. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de nova
votação, na próxima sessão legislativa, ou por solicitação de maioria absoluta dos membros da Câmara.
Art. 41. Os projetos de lei aprovados pela Câmara Municipal, serão enviados ao Prefeito que,
aquiescendo, os sancionará.
§ 2º Vetado o projeto e devolvido à Câmara, será submetido, dentro de 30 (trinta) dias, contados da
data de seu recebimento, com ou sem parecer, a discussão única, considerando-se rejeitado se obtiver o
voto da maioria absoluta da Câmara, caso em que será enviado ao Prefeito para promulgação.
§ 3º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea.
§ 4º O silêncio do Prefeito decorrido prazo do § 1º, importa em sanção tácita, cabendo ao Presidente
da Câmara promulgá-lo.
§ 5º Se a lei não for promulgada dentro de 48 (quarenta e oito) horas pelo Prefeito Municipal, nos
casos dos §§ 2º e 4º deste artigo, o Presidente da Câmara promulgará, se este, não o fizer em igual prazo,
caberá ao Vice-Presidente da Câmara faze-lo.
Art. 42. As leis complementares somente serão aprovadas se obtiverem maioria absoluta dos votos da
Câmara Municipal.
I - o código tributário;
II - o código de obras;
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V - o código de posturas;
§ 2º A sugestão popular referida no § 1º deste artigo não pode versar sobre assunto com reserva de
competência.
Art. 44. A iniciativa popular, no processo legislativo, será exercida mediante apresentação de:
I - projeto de lei;
Parágrafo único. A tramitação dos projetos de lei de iniciativa popular obedecerá as normas relativas
ao processo legislativo estabelecidas no artigo 36 - A desta Lei Orgânica.
Art. 45. São ainda, objeto de deliberação da Câmara Municipal, na forma do Regimento Interno:
I - autorização;
II - indicação;
III - requerimento;
IV - moção.
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
Do Prefeito e do Vice-prefeito
Art. 46. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos secretários municipais.
Art. 47. P Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse na sessão solene de instalação da Câmara Municipal,
após a posse dos vereadores e prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir a Lei Orgânica,
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Art. 48. O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito em seus impedimentos e ausências e suceder-lhe-á no caso
de vago.
Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, realizar-se-á eleição para os cargos vagos no prazo
Art. 49.
de 90 (noventa) dias após a ocorrência da última vaga, sendo que eleitos completarão o mandato dos
sucedidos.
Parágrafo único. Ocorrendo a vacância de ambos os cargos, após cumpridos 3/4 (três quartos) do
mandato do Prefeito, o Presidente da Câmara de Vereadores, assumirá o cargo por todo o período
restante.
Art. 50.O Prefeito, desde a posse, e, o Vice-Prefeito, quando assumir a chefia do executivo Municipal,
deverão desincompatibilizar-se e ficam sujeitos aos impedimentos, proibições e responsabilidades
estabelecidas na Constituição da República e do Estado, nesta Lei Orgânica e na legislação federal
pertinente.
O Prefeito não poderá exercer outra função pública, nem cargo de administração de qualquer
Art. 51.
empresa comercial, ou industrial beneficiada com privilégios, isenções ou favores, em virtude de contrato
com a administração Municipal.
Por ocasião da posse e ao término do mandato, os Prefeitos Municipais, assim como seu cônjuge,
Art. 52.
farão declaração de bens, que será transcrita em livro próprio, constando de ata o seu resumo.
Art. 53. O Prefeito deverá solicitar licença a Câmara, sob pena de extinção de mandato nos casos de:
I - tratamento de saúde;
II - gozo de férias;
Art. 54. O Prefeito tem direito a gozar férias anuais de 30 (trinta) dias.
Art. 55. O Prefeito, regularmente licenciado pela Câmara terá o direito a remuneração quando:
I - em tratamento de saúde;
II - em gozo de férias;
Seção II
Das Atribuições do Prefeito
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III - iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos nesta lei,
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar leis, bem como, expedir, os decretos é regulamentos para
sua fiel execução;
VII - declarar a utilidade ou necessidade pública, ou o interesse social de bens para fins de
desapropriação ou servidão administrativa;
XII - prover os cargos públicos e expedir os demais atos referentes a situação funcional dos servidores;
XIII - enviar ao Poder Legislativo o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as
propostas de orçamento previstas nesta lei;
XIV - apresentar anualmente ao Poder Legislativo, dentro de 30 (trinta dias) abertura do ano
legislativo, as contas referentes ao exercício anterior e remetê-las ao tribunal de contas do Estado;
XVI - colocar à disposição da Câmara Municipal, na forma da Lei Complementar nº 101, de 04 (quatro)
de maio de 2000, e do artigo 29-A da Constituição Federal, os recursos correspondentes às dotações
orçamentárias que lhes são próprias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, até o dia 20
(vinte) de cada mês.
XVII - Revogado.
XVIII - oficializar, obedecidas às normas urbanísticas aplicáveis, as vias e logradouros públicos, sem
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XX - solicitar o auxílio da polícia do Estado para garantia do cumprimento de seus atos legais;
XXI - revogar atos administrativos, por razões de interesse público e anulá-los por vícios de legalidade,
observado o devido processo legal;
XXIV - aplicar multas e penalidades previstas em lei, regulamentos e contratos, quando de sua
exclusiva competência, e releva-las na forma e nos casos estabelecidos nestes provimentos;
Parágrafo único. O Prefeito poderá delegar a seus auxiliares por decreto, funções administrativas que
não sejam de sua exclusiva competência.
Seção II
Da Responsabilidade do Prefeito
Art. 57. Importam responsabilidades os atos do Prefeito ou do Vice-Prefeito, que atentem contra a
Constituição Federal, Estadual ou a Lei Orgânica Municipal e especialmente:
IV - a lei orçamentária;
Seção IV
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Art. 59. Além das atribuições fixadas em lei, compete aos secretários do Município;
III - comparecer à Câmara Municipal, nos casos previstos nesta Lei Orgânica;
IV - praticar os atos pertinentes as atribuições que lhe forem delegadas pelo prefeito.
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DAS NORMAS DE PLANEJAMENTO MUNICIPAL
Art. 61. O Município estabelecera, em lei, normas de zoneamentos urbano bem como normas de
edificação e loteamentos urbanos ou para fins de urbanização, estendidas as peculiaridades locais e a
legislação Estadual e Federal pertinentes, bem como prevendo as sanções pelo descumprimento das
normas nelas previstas.
Art. 62. Os poderes Executivo e Legislativo deverão consultar permanentemente a opinião pública, de
modo especial através dos Conselhos Municipais, das Associações de Classe e de Audiências públicas.
Art. 63. Ambos os poderes tomarão medidas para assegurar a claridade, a celeridade na tramitação e
solução dos expedientes administrativos, punindo disciplinarmente, nos termos da lei, servidores faltosos.
CAPÍTULO II
DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS
A execução das obras públicas municipais deverá ser sempre precedida de projeto, elaborado
Art. 64.
segundo as normas técnicas adequadas.
Parágrafo único. As obras públicas poderão ser executadas diretamente pela prefeitura, por suas
autarquias e entidades paraestatais, ou indiretamente, por terceiros, mediante licitação, nos termos da
legislação federal e estadual pertinentes.
Art. 65. As concessões a terceiros, para a execução de serviços públicos, serão feitas mediante contrato,
após prévia licitação, observadas as normas pertinentes estabelecidas na legislação Federal e Estadual.
Art. 66. As permissões a terceiros, para execução de serviços públicos, serão sempre outorgadas ao título
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Art. 67. O transporte coletivo é serviço público de competência do Município, que o executará
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, observada a licitação e a legislação pertinente,
garantindo uma tarifa justa, que atenda ao equilíbrio da equação financeira do serviço.
V - a política tarifária;
Art. 68. Serão nulas de pleno direito as concessões e permissões realizadas em desacordo com o
estabelecido nos artigos antecedentes.
§ 2º Nas licitações para concessão de serviços públicos, a publicidade deverá ser ampla.
Art. 69. São bens Municipais todos os imóveis e semoventes, bem como os direitos de ações, que, a
qualquer título, pertençam ao Município.
Art. 70.Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais respeitada a competência da Câmara
quanto àqueles utilizados em seu serviço.
Art. 71. Todos os bens municipais deverão ser tombados e os móveis e semoventes, cadastrados e
também numerados segundo o estabelecido em regulamento.
Art. 72.O uso por terceiros de bens municipais poderá ser efetuado mediante concessão, permissão ou
autorização, conforme o caso e o interesse público exigirem.
§ 1º Revogado.
§ 2º Revogado.
§ 3º Revogado.
§ 4º Revogado.
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Art. 73.A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Município obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
III - o prazo de validade do concurso público será de até 02 (dois) anos, prorrogáveis uma e vez, por
igual período;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidade
temporária de excepcional interesse público;
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder
Executivo;
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XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade
de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência
e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
* Acrescidos incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, XXI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII pela Emenda à Lei
Orgânica nº 005/07.
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverão ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes. Símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da
autoridade responsável, nos termos da lei;
§ 5º Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput
deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
Art. 74. Ao servidor público da administração direta, autárquica e funcional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distinta, ficará afastado de seu cargo, emprego
ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
optar peta remuneração;
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de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não ^ havendo
compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
Art. 75. O Município instituirá, no âmbito de sua competência regime jurídico único e planos de carreira
para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.
§ 2º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no artigo 7º, IV, VII, VIII, IX, XII,
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX da Constituição Federal podendo a lei estabelecer requisitos
diferenciados admissão quando a natureza do cargo o exigir.
§ 4º Lei do Município poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos
servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, O disposto no artigo 37, XI da Constituição Federal.
§ 6º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do
§ 3º
§§ 2º, 3º, 4º, 5º e 6º foram acrescentados peta Emenda à Lei Orgânica nº 005/07.
São estáveis após 03 (três) anos de efetivo exercício os servidores nomeados para o cargo de
Art. 76.
provimento efetivo em virtude de concurso público.
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§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de
serviço.
* Redação do art. 77 modificado e incisos I, II, III, IV e V suprimidos pela Emenda à Lei Orgânica nº 005/07.
Alt. 79 Revogado.
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* Artigo, incisos I, II, III, IV e parágrafo único revogados pela Emenda à Lei Orgânica nº 005/07.
Seção I
Da Forma
Seção II
Da Publicação
Art. 93. A publicação das leis e doa atos administrativos far-se-á sempre por afixação, na sede da
Prefeitura ou da Câmara, conforme o caos.
Seção
III - Do Registro
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Alt. 94 O Município terá os livros que forem necessários aos seus serviços e, obrigatoriamente os de;
II - declaração de bens;
IX - contrato de servidores;
X - contratos em geral;
XI - contabilidade e finanças;
XII - concessões, permissões e autorizações de serviços públicos e de uso de bens municipais por
terceiros;
§ 1º Os livros serão abertos e encenados e terão folhas rubricadas pela Prefeito ou pela Presidente da
Câmara, conforme o caso, ou por funcionamento regularmente designado para tal fim.
§ 2º Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos, conforme o caso, por outro sistema,
inclusive por fichas e arquivos de copias, devidamente numeradas e autenticadas, ou por sistema de
computadores.
Seção IV
Das Certidões
Parágrafo único. Nos requerimentos que objetivam a obtenção das certidões a que se refere esta lei,
deverão os interessados fazer constar esclarecimentos relativos aos fins e razões do pedido.
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* Redação do artigo e do parágrafo único alterados pela Emenda à Lei Orgânica nº 005/07.
TÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO
Seção I
Dos Princípios Gerais
Ar. 96 o Sistema Tributário do Município é regulado pelo disposto na Constituição federal, Estadual, na
Legislação pertinente e nesta Lei Orgânica.
Seção II
Dos Impostos Municipais
I - impostos;
II - taxa, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte, sendo facultado à administração tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei o
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Artigo, incisos e parágrafos com redações alteradas pela Emenda à Lei Orgânica nº 005/07.
Art. 98. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado ao Município.
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a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído
ou aumentados;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
§ 1º A vedação do inciso III, B, não se aplica aos impostos previstos nos artigos 153, I, II, IV e V, e 154,
II da Constituição Federal.
§ 3º As vedações do inciso VI, a, e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos
serviços relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados, ou em que haja contraprestações ou pagamento de preços ou tarifas pelo
usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem
imóvel.
Patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas.
Seção II
Das Isenções
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II - transmissão "Inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua
aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no artigo 155, II da Constituição Federal,
definidos em lei complementar;
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o artigo 182, § 4º, II da Constituição
Federal, o imposto previsto no inciso I poderá:
* Redação do § 1º alterada e acréscimo dos incisos I e II pela Emenda à Lei Orgânica nº 005/07.
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica
em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação
cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for
a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, caberá à lei complementar:
III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais concedidos e
revogados.
O Município poderá instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para custeio do serviço
Art. 100.
de iluminação pública.
* Redação do art. 100 alterada e acréscimo do parágrafo único pela Emenda à Lei Orgânica nº 005/07.
CAPÍTULO II
DO ORÇAMENTO
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VII - a utilização, de recursos do orçamento anual, para suprir necessidades ou cobrir déficit de
empresas, fundações ou fundos do Município.
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem
lei que autorize a inclusão no Plano Plurianual, se houver, sob pena de crime contra a administração;
CAPÍTULO III
DOS PRAZOS
Os projetos de lei sobre o plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamentos anuais serão
Art. 102.
enviados pelo prefeito ao Poder Legislativo nos seguintes prazos:
I - o projeto de lei do plano plurianual, até 30 (trinta) de abril do primeiro ano do mandato do
prefeito;
III - os projetos de lei dos orçamentos anuais, até 15 (quinze) de novembro de cada ano.
Art. 103. Os projetos de lei de que trata o artigo anterior, após a apreciação pelo Poder Legislativo,
deverão ser encaminhados para sanção nos seguintes prazos:
I - o projeto de lei do plano plurianual até 15 (quinze) de julho do primeiro ano de mandato do
Prefeito.
II - o projeto de lei das diretrizes orçamentárias, até 15 (quinze) de outubro de cada ano;
III - os projetos de leis orçamentárias anuais, até 15 (quinze) de dezembro de cada ano.
Parágrafo único. Enquanto não for vontade a lei orçamentaria a Câmara não poderá entrar em
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recesso.
Até 31 (trinta e um) de março de cada ano, o prefeito Municipal encaminhara ao Tribunal de
Art. 104.
Contas ou órgão equivalente as contas Municipais, que compor-se-ão de:
§ 1º As contas do Município ficarão a disposições dos cidadãos durante 60 (sessenta) dias, a partir de
seu recebimento, na Câmara Municipal em local de livre e fácil acesso ao público.
§ 2º A consulta só poderá ser feita no recinto da Câmara podendo ser fornecido cópias, as expensas
do requerente.
I - a primeira via deverá ser encaminhada á Comissão de Economia da Câmara que emitira parecer e
dará conhecimento ao controle interno que em 15 (quinze) dias encaminhara as justificativas do órgão
responsável, que se resolutivas serão arquivadas na Câmara Municipal, do contrário emitidas ao Tribunal
de Contas e/ou Ministério Público;
II - a segunda, constituirá em recibo do reclamante e deverá ser autenticada pelo servidor que a
receber no protocolo.
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Art. 105. A Câmara enviará à reclamante cópia do parecer conclusivo da Comissão de Economia que
avaliou a reclamação e as justificativas encaminhadas ao controle interno.
CAPÍTULO II
DO CONTROLE EXTERNO E CONTROLE INTERNO INTEGRADO
Seção I
Do Controle Externo
Art. 106.A fiscalização contábil, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e dos órgãos da
administração e, quaisquer entidades constituídas ou mantida pelo Município, quanto aos aspectos da
legalidade, economicidade, aplicação das subvenções e renuncias de receitas, será exercida pela Câmara
de Vereadores, mediante controle externo de cada um dos Poderes.
Parágrafo único. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato poderá e os funcionários
públicos deverão denunciar, perante o Tribunal de Contas do Estado, ou órgão equivalente, qualquer
irregularidade ou ilegalidade de que tenham conhecimento.
Seção II
Do Controle Interno Integrado
Art. 107. Os poderes Executivo e Legislativo manterão, de forma integrada, um sistema de controle
interno, apoiado nas informações contábeis com objetivo de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual e a execução dos programas do
Governo Municipal.
III - exercer o controle dos empréstimos e dos financiamentos, avais e garantias, como dos direitos e
haveres do Município.
CAPÍTULO III
DA PRESTAÇÃO E TOMADAS DE CONTAS
Art. 108. São sujeitos à tomada ou à prestação de contas os agentes da administração Municipal,
responsáveis por bens e valores pertencentes ou confiados á Fazenda Pública Municipal.
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§ 2º Os demais agentes municipais apresentarão as suas respectivas prestações de contas até o dia 15
(quinze) do mês subsequente em que o valor tenha sido recebido.
Art. 109. O Município garantirá, na sua circunscrição territorial e dentro dos Municípios da ordem
econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, existência digna, observados
os seguintes princípios:
I - autonomia Municipal;
II - propriedade privada;
III - promoção do bem estar do homem com fim essencial da produção e do desenvolvimento
econômico;
IV - defesa do consumidor;
V - livre concorrência;
XII - integração das ações do Município com as da União e do Estado, no sentido de garantir a
seguridade social, destinadas a tornar efeitos os direitos ao trabalho, a educação, a cultura ao desporto,
ao lazer, a saúde, a habitação e assistência social;
XIV - preferência aos projetos de cunho comunitário nos financiamentos públicos e incentivos fiscais;
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a) regime jurídico das empresas privadas, inclusive quanto as obrigações trabalhistas e tributárias;
b) subordinação a uma secretaria Municipal;
c) adequação da atividade ao plano diretor, ao plano plurianual e as diretrizes orçamentárias;
d) orçamento anual aprovado pelo Prefeito.
Art. 110. A intervenção do Município no domínio econômico dar-se-á pelos meios previstos em lei, para
orientar e estimular a produção, corrigir distorções da atividade econômica, e prevenir abusos do poder
econômico.
Parágrafo único. No caso de ameaça ou efetiva paralisação de serviço ou atividade essencial, por
decisão patronal, pode o Município intervir, tendo em vista o direito da população ao serviço ou atividade
respeitada a legislação federal e estadual e os direitos dos trabalhadores.
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA URBANA
Art. 114. A política de desenvolvimento urbano executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes fixados em lei, em por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções da cidade e seus
bairros, dos distritos e dos aglomerados urbanos e garantir o bem estar dos seus habitantes
§ 3º Os imóveis urbanos desapropriados pelo Município serão pagos com prévia e justa indenização
em dinheiro.
Art. 115.O Município promovera programas de interesse social destinados a facilitar o acesso da
população a habitação, priorizando;
I - a regularização fundiária;
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Parágrafo único. O Município apoiara a construção de moradas populares realizadas pelos próprios
interessado, por regime de mutirão, por cooperativas habitacionais e outras formas alternativas.
Art. 117.O parcelamento do solo para fins urbanos, deverá estar inserido em área urbana ou de
expansão urbana a ser definida em lei Municipal.
Art. 118. Para assegurar as funções sociais da cidade, o Poder Executivo deverá utilizar os instrumentos
jurídicos, tributários, financeiros e de controle urbanístico existentes e à disposição do Município.
I - os planos diretores;
VI - código de obras;
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IX - os conselhos municipais;
X - o solo criado;
I - tributários e financeiros:
II - jurídicos:
III - administrativos:
IV - políticos:
a) planejamento urbano;
b) participação popular.
CAPÍTULO III
DA AGROPECUARIA, COOPERATIVISMO E MEIO RURAL
Art. 119. Nos limites de sua competência o Município definira sua política agrícola, plano anual de
desenvolvimento.
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V - incentivo a agroindústria;
VI - o fomento, através de convenio, com a iniciativa privada para a criação de programas de analises
de solos, rações, silagens, sementes e outros compatíveis, voltados principalmente ao mini e pequeno
produtor;
X - promover e propiciar e aquisição de semem para a inseminação artificial, em especial para o gado
leiteiro na forma da lei;
Art. 120. No planejamento e execução desta política, que incluem as atividades agroindustriais,
agropecuárias e florestais participarão nos limites e na forma da lei, os produtores e trabalhadores rurais,
cooperativas agrícolas e outras.
Art. 121.O Município manterá convenio com o Estado e a União para a manutenção da extensão rural, de
assistência técnica e de pesquisa.
Art. 122. O Município estimulara a criação de centrais de centrais de compras para abastecimento de
micros empresas rurais e empresas de pequeno porte, com vista a diminuição do preço final das
mercadorias e produtos nas vendas ao consumidor.
O Município promovera a criação de uma feira livre com infraestrutura básica, afim de que os
Art. 123.
pequenos e mini produtores rurais possam expor e vender seus produtos hortigranjeiros, artesanais e
compatíveis.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 124. A ordem social tem por base o primado do trabalho e como objetivo, o bem estar e a justiça
social.
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Parágrafo único. Para efeitos deste artigo, considera-se promoção pessoal, toda ^ divulgação que
veicule, nomes, símbolos ou imagens de autoridades ou servidores públicos.
CAPÍTULO
DA EDUCAÇÃO
Art. 126. A Educação, direito de todos e dever da União, do Estado do Município e da família, baseado na
justiça social, na democracia e no respeito aos direitos humanos, ao meio e aos valores culturais, será
promovida e incentivada com, a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento do
indivíduo e seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
I - garantir o ensino fundamental público e a pré-escola, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a
ele não tiveram acesso na idade própria.
Art. 129. A Lei estabelecerá o plano plurianual de educação em consonância com o Plano Nacional e
Estadual de Educação, visando a articulação e ao desenvolvimento do ensino nos diversos níveis e, a
articulação das ações desenvolvidas pelo poder Público que conduzam a:
I - erradicação do analfabetismo.
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Art. 130. É vedada, ás escolas públicas a cobrança de taxas ou contribuições a qualquer título.
Art. 131.O Município publicará, anualmente, relatórios da execução financeira das despesas em
educação, por fonte de recursos, discriminando os gastos mensais.
§ 2º A autoridade competente será responsabilizada pelo não cumprimento no disposto neste artigo.
Art. 132.Compete ao Município, articulado com a União e o Estado recensear as crianças em idade de
creche e pré-escola e os educandos do ensino fundamental e zelar pela sua frequência à escola, evitando
ao máximo a evasão escolar.
Parágrafo único. Transcorrido os 10 (dez) dias úteis do pedido de vaga, incorrerá em responsabilidade
administrativa a autoridade Municipal competente que não garantir ao interessado devidamente
habilitado o acesso à escola fundamental.
Art. 133. As escolas públicas contarão com conselhos escolares constituídos pela Direção da Escola e
representantes dos segmentos da comunidade escolar, na forma da lei.
Art. 134. Os currículos do ensino fundamental deverão seguir uma base nacional comum, a ser
complementada por uma parte diversificada onde deverão constar fundamentos de folclore, história do
município e estado, saúde, ecologia, educação sexual e educação para o trânsito.
Art. 135.É assegurado ao professor municipal o plano de carreira do Magistério Municipal, garantindo a
valorização de qualidade e de titulação profissional do magistério, na forma da lei.
Art. 136. É obrigatória a inclusão de uni docência ao professor de pré-escola e séries iniciais.
Art. 137. É dever do Município, na forma da lei, assegurar gratificações especiais nos seguintes casos:
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Art. 138.A disciplina de educação física é obrigatória em todas as séries do Ensino Fundamental, nas
escolas da rede pública municipal da zona rural e urbana.
Art. 139. Todas as disciplinas deverão ser ministradas por professor habilitado na área.
Art. 140. O Município incentivará a presença do serviço de orientação educacional em todas as Escolas
Municipais da rede urbana e rural, centralizada na Secretaria de Educação.
Art. 141. É assegurado aos pais, professores, alunos e funcionários, organizarem-se em todos os
estabelecimentos municipais de ensino, através de associações, sindicatos, grêmios e outras formas.
I - política de formação profissional nas áreas em que houver carência de professores para
atendimento de sua clientela;
II - cursos de atualização e aperfeiçoamento aos seus professores e especialistas nas áreas em que
estes atuarem e em que houver necessidade.
III - política especial para formação a nível médio na modalidade normal e/ou superior, aos
professores das séries iniciais de ensino fundamental.
Parágrafo único. Para a consecução do previsto nos incisos 1 e II, o Município poderá celebrar
convênios com instituições.
Art. 144. Poderão ser criados, em convênio com a União e o Estado, colégios agrícolas de ensino
fundamental completo, destinados à formação técnico profissional dos filhos dos trabalhadores rurais.
Art. 145.O Poder Público Municipal manterá transporte escolar gratuito, para os estudantes do ensino
fundamental e pré-escola, e, contribuirá nas despesas de transporte para grupos universitários e técnico-
profissionalizantes que frequentem cursos em cidades vizinhas, na forma da lei.
Art. 146. O Município promovera uma política voltada ao atendimento aos deficientes físicos e mentais,
com destinação de recursos; financeiros, técnicos e de pessoal especializado.
Art. 147. O cargo de diretor das escolas municipais ocorrera por indicação do Prefeito Municipal, sendo
de sua livre nomeação e exoneração.
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Art. 148. No currículo escolar das escolas municipais, rurais, obrigatoriamente deverá ser ministrada a
disciplina de técnicas agrícolas, priorizando as culturas da região.
A equipe pedagógica da secretaria municipal de educação será formada, com recursos humanos
Art. 149.
pertencentes à rede Municipal de ensino e cedidos do Estado.
Art. 150. É vedada a cedência ou permuta de professores em estágio probatório, para instituições de
qualquer natureza, devendo estes desenvolverem suas atividades em sala de aula durante este período.
Art. 151. E vedada a cedência de professores da rede municipal para órgãos privados e instituições
públicas mesmo que Municipal não ligadas a educação, salvo se o órgão requisitante se comprometer a
pagar os salários do requisitado e, nos casos de convênios com contrapartida.
Art. 152. O titular da Secretaria Municipal de Educação, deverá ter formação na área da Educação.
Art. 153. Fica criada a nível Municipal a uni docência a partir da pré-escola.
Parágrafo único. Os professores que atuarem nas classes de uni docência terão uma gratificação
equivalente a 50% (cinquenta por cento por cento) do salário básico do magistério.
Art. 154.O Município aplicará, anualmente, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento), da receita
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino.
Art. 155.Terá por obrigação o Município, somando forças com a União e o Estado, de criar e manter uma
biblioteca pública na sede, de livre acesso a todos os cidadãos da comunidade.
Art. 156. É dever do Município manter o professorado municipal em nível econômico, social e moral a
altura de suas funções e qualificações.
Art. 157. É assegurando o plano de carreira do magistério público Municipal, garantida a valorização da
qualidade e da titularidade profissional do magistério, sem prejuízo a competência, independentemente
do nível escolar em que atua, a mais de cinco anos, inclusive mediante a fixação do piso salarial.
Parágrafo único. Na organização do sistema Municipal de ensino, serão considerados profissionais dos
magistérios público Municipal os Professores e especialistas de educação.
Art. 158. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios;
III - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, cabendo ao Município a adoção
de medidas e mecanismos capazes de torná-las efetiva.
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VII - valorização dos profissionais de educação, garantindo, na forma da Lei, planos de carreira para o
magistério público e demais profissionais envolvidos no processo educacional, com piso salarial
profissional compatível com a responsabilidade pela instrução e formação educacional da criança e do
adolescente e ingresso exclusivamente por concursos públicos de provas e títulos;
VIII - gestão democrática do ensino público, em todos os níveis da administração na forma da lei;
Art. 159.O Município garantirá, assistência médica à criança e ao adolescente inscrito na rede pública de
ensino através da criação do cartão de visita médico-odontológico, atualizado a cada semestre.
Art. 160. Anualmente o Poder Executivo publicará relatório da execução financeira da despesa em
educação, por fonte de recurso, discriminando os gastos mensais.
Art. 161. A Educação, direito de todos, dever do Poder Público e da sociedade, tem como objetivo o
pleno desenvolvimento do cidadão, tomando-o capaz de refletir sobre a realidade e visando a
qualificação para o trabalho.
II - acesso aos níveis mais elevados de ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um;
III - atendimento a criança por meio de programas suplementares de material didático - escolar, de
assistência a saúde e de alimentação, inclusive, para carente, nos períodos não letivos, quando tratarem-
se de creches;
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VI - Revogado.
Art. 163. Fica assegurado a cada unidade do sistema Municipal de ensino, inclusive as creches, a
destinação de recursos necessários a sua conservação, manutenção e vigilância e a aquisição de
equipamentos e materiais didáticos pedagógicos, conforme dispuser a lei orçamentária.
Art. 164. As escolas Municipais deverão contar, entre outras instalações e equipamentos, com
laboratórios, bibliotecas, auditoria, sanitários, vestiários, quadra de esportes e espaço não cimentado
para a recreação.
Art. 165.O quadro de pessoal necessário ao funcionamento das unidades Municipais de ensino, será
estabelecido em lei, de acordo com o número de turmas, turnos e séries existentes na escola.
Art. 166. É assegurado às escolas municipalizadas a obedecerem as normas estabelecidas nos seus
regimentos escolares.
O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Município, ou sua oferta irregular, importa
Art. 167.
responsabilidade da autoridade competente.
Art. 168. Será criado, na forma da lei, o Conselho Municipal de Educação e Cultura, órgão colegiado, de
caráter consultivo e normativo.
Art. 169. O Município poderá ceder áreas de suas reservas para criação de parques escoteiros,
proporcionando condições para o seu bom funcionamento.
Art. 170.É obrigatório nas escolas públicas e particulares do Município o basicamente solene das
bandeiras nacional, Estadual, Municipal e Escolar, durante o ano letivo, pelo menos uma vez por semana,
assim como ensinar corretamente o hino nacional e demais hinos pátrios, hino da cidade e d escola.
Art. 171. As escolas públicas e particulares do Município terão que adotar em seu currículo escolar,
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obrigatoriamente, o ensino e incentivo ao "culto" das tradições e civismo rio-grandense, bem como a
história e geografia do Município e nossos vultos históricos.
CAPÍTULO III
DA CULTURA
Art. 172. O Município estimulará a cultura em suas múltiplas manifestações, garantindo o efetivo dos
direitos culturais e o acesso às formas de cultura, bem como a valorização e a difusão das, manifestações
culturais.
Art. 173. O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio
cultural, por meio de inventários, vigilância, tombamento, desapropriação e de acautelamento e
preservação, de 04 (quatro) em 04 (quatro) anos, mantendo a boa aparência dos mesmos.
III - acesso ao patrimônio cultural do Município, entendendo-se como tal o patrimônio natural de
bens de natureza material e imaterial, portadores de referências a identidade a ação e a memória dos
diferentes grupos formadores da sociedade Vianense.
Art. 176. O Município desenvolverá programas de combate a todo tipo de preconceito e discriminação.
Parágrafo único. Ninguém poderá sofrer qualquer manifestação ou impedimento que se constitua em
prática racista ou discriminatória.
Art. 177. A consulta aos arquivos da documentação oficial do Município é livre e gratuita.
Art. 178. O Município estimulará a cultura em suas múltiplas manifestações, garantindo o pleno e efetivo
exercício dos respectivos direitos, bem como o acesso ás fontes em nível Nacional, Regional e Municipal,
apoiando e incentivando a produção, a valorização e a difusão das manifestações culturais, devendo
manter, no mínimo, uma biblioteca Municipal.
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Art. 180. O Município destinará recursos financeiros para a realização de congressos, jogos estudantis,
palestras e seminários ou quando alguma entidade for representar o Município na sede ou em alguma
outra localidade.
CAPÍTULO IV
DO DESPORTO
Art. 181. É dever do Município fomentar e amparar o desporto, o lazer e a recreação, como direito de
todos, mediante:
III - a garantia de condições para prática de educação física, do lazer e do esporte ao deficiente físico,
sensorial e mentol;
Art. 182. O Município poderá, mediante convênio ou autorização, conceder a clubes ou agremiações
esportivas locais, regularmente constituídos, a utilização temporária, com ou sem exclusividade de praças
de esportes, estádios ou centros esportivos sob sua responsabilidade.
Art. 183. Os serviços Municipais de esporte, recreação e lazer, articular-se-ão entre si, visando a
potencializar as atividades que contribuam para o bem estar da maioria da população.
II - sobre a demarcação dos locais destinados ao repouso, em geral nas praias e rios.
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Art. 186. Compete ao Município legislar, sobre a utilização das áreas de recreação e lazer, sobre a
demarcação dos locais destinados ao repouso, a pesca profissional ou amadora e ao desporto, em geral,
nas praias, lagoas e rios.
Art. 187.Poderá ser criado, nos termos da lei, o Conselho de Justiça Desportiva Municipal, destinado a
apurar e julgar fetos no âmbito esportivo oficial do Município.
CAPÍTULO V
DO TURISMO
Art. 189. O Município instituirá política Municipal de turismo e definira as diretrizes a observar nas ações
públicas e privadas com vistas a promoves e incentivar o turismo como fator de desenvolvimento social e
econômico.
Parágrafo único. Para o cumprimento ao disposto neste artigo, saber ao Município promover.
III - implantação de ações que visem ao permanente controle de qualidade dos bens e
V - elaboração sistemática de pesquisas sobre oferta e demanda turística, com análise dos fatores de
oscilação do mercado;
VI - fomento do intercambio permanente com outros Municípios, Estado e Federação e com Exterior,
em especial com os Municípios que integram a região da fronteira, visando ao fortalecimento do espirito
de fraternidade e aumento de fluxo turístico nos dois sentidos, bem como a elevação da média de
permanência do turista em território do Município.
CAPÍTULO VI
DA SAÚDE
Art. 190. A saúde é direito de todos os cidadãos e dever do poder público, garantida mediante políticas
sociais com recursos da seguridade social, visando à sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 192. A saúde no Município orientar-se-á por políticas e planejamento de suas ações, respeitadas as
diretrizes federais e estaduais, visando seu desenvolvimento, vedada a destinação de recursos públicos a
entidades privadas com fins lucrativos.
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Art. 193. O saneamento básico é sempre vital e essencial ao interesse público e, como atividade
preventiva das ações da saúde e meio ambiente, tem abrangência municipal, podendo sua execução ser
concebida ou permitida na forma da lei.
§ 2º A lei disporá sobre serviço de saneamento básico com o controle, a destinação e a fiscalização do
processo do lixo e dos resíduos urbanos agrotóxicos, industriais, hospitalares e laboratoriais de pesquisa,
análises clínicas e outros.
I - formação de ciência sanitária individual nas primeiras idades, através do ensino primário;
II - serviços hospitalares e dispensários, cooperando com a união e o estado, bem como as iniciativas
particulares e filantrópicas;
Art. 195. A inspeção médica nos estabelecimentos de ensino municipal terá caráter obrigatório.
Art. 196. O Município cuidará do desenvolvimento das obras e serviços relativos ao saneamento e
urbanísticos, com a assistência da união e do estado, sob condições estabelecidas em lei maior.
Art. 197. O montante das despesas em saúde não será inferior a 10% (dez por cento) das despesas
globais do orçamento anual do Município, computados as transferências constitucionais.
Art. 198. É vedado aos serviços públicos de saúde cobrar pela assistência ao usuário.
Art. 200. A Secretaria Municipal de Saúde e Ação Social, coordenará a política desta área:
§ 2º O Município poderá criar conselhos de saúde e ação social, nos distritos e bairros;
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Art. 203.Fica criado no âmbito do Município o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, que
reger-se-á por lei própria, formado com representação paritária e impar do Poder Público e da
comunidade.
O Meio Ambiente é bem de uso comum e a manutenção de seu equilíbrio é essencial à sadia
Art. 204.
qualidade de vida, impondo-se a todos e em especial ao poder público, através de seus órgãos o dever de
defendê-lo e preservá-lo, para benefício das gerações atuais e futuras.
Art. 205. Para assegurar a efetividade do direito previsto no artigo anterior, incumbe ao poder público;
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies
e ecossistemas;
VII - proteger a flora, a fauna e a paisagem natural, sendo vedadas as práticas que coloquem em
riscos sua função ecológica e paisagística, provoquem extinção de espécies ou submetam os animais e
crueldade;
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VIII - definir critérios ecológicos em todos os níveis de planejamento político, social e econômico;
X - promover o manejo ecológico dos solos, respeitando sua natureza quanto a capacidade de uso;
XII - estimular a pesquisa, o desenvolvimento e a utilização das fontes de energias alternativas não
poluentes e poupadoras de energia;
XIII - garantir o amplo acesso aos interessados a informação sobre as fontes e as causas de poluição e
degradação ambiental e, em particular, os resultados de monitorares e auditorias.
O causador de poluição ou dano ambiental será responsabilizado nos termos da lei e deverá
Art. 206.
assumir ou ressarcir ao Município, se for o caso, todos os custos financeiros, imediatos ou futuros do
saneamento do dano.
Art. 207. É criado o Conselho Municipal do Meio Ambiente, para formular a política ambiental do
Município.
Aquele que utilizar recursos ambientais fica obrigado, na forma da lei a realizar programas de
Art. 208.
monitorarem estabelecidos pelos órgãos competentes.
Art. 210. O Município deve criar normas legais, visando a preservação de todas as fontes de água,
naturais ou oriundas de represamento.
I - os banhados naturais;
V - as paisagens notáveis;
Art. 212. É vedado cortar, podar, derrubar, remover ou danificar por qualquer modo ou meio, a
arborização pública ou existente em propriedades privadas alheias bem como as árvores nativas, nos
termos da Lei Ambiental, Federal, Estadual e Municipal.
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O Município deve estruturar na forma da lei a administração integrada dos recursos ambientais
Art. 213.
podendo participar da gestão da bacia hidrográfica com outros municípios e representantes dos usuários
das mesmas.
Parágrafo único. A lei criará incentivos especiais para a preservação das áreas de interesse ecológico
em propriedades privadas.
Art. 214.A implantação de distritos ou polos industriais de indústrias cabo ou petroquímicas, bem como
de empreendimentos definidos por lei que possam alterar significativa ou irreversivelmente uma região
ou a vida de uma comunidade dependerá de aprovação da Câmara Municipal.
Art. 216. Devem ser estabelecidas normas com o fim de promover a reciclagem, o tratamento e a
destinação dos resíduos industriais, dos agrotóxicos e dos dejetos domésticos de clínicas, de hospitais e
assemelhados.
Art. 217. Aquele que explorar recursos minerais, inclusive extração de areia, cascalho, pedreiras e barro,
fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado de acordo com a solução técnica exigida pelo órgão
competente, na forma da lei.
Art. 218. O Município auxiliará e fiscalizará a conservação da mata ciliar dos rios, riachos
TÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 219. Esta Lei Orgânica votada e aprovada pela Câmara Municipal, nos termos da Constituição
Federal, assinados pelos vereadores presentes e devidamente publicada, entra em vigor nesta data,
revogadas as disposições em contrário.
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