Escherichia Coli

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Escherichia coli

Onde e como foi descoberta, sua origem primeiros casos e paciente zero SLIDE 2 - 3
Escherichia coli (E. coli) é uma bactéria que foi descoberta pelo bacteriologista alemão
Theodor Escherich em 1885. Ele isolou essa bactéria a partir de fezes de crianças, daí o nome
"Escherichia", o nome "coli" é derivado da palavra latina "colon", referindo-se ao intestino
grosso, onde a bactéria é frequentemente encontrada. Desde então, tornou-se uma das
bactérias mais estudadas devido à sua presença universal no trato gastrointestinal de
mamíferos, incluindo seres humanos, e seu papel em diversos processos biológicos, incluindo
processos digestivos. A indústria alimentícia também reconheceu a importância desta bactéria
desde o início do século XX é utilizada como organismo indicador de contaminação fecal em
água e em alimentos. CURIOSIDADE: taxa de balneabilidade de uma água é avaliada
com base na quantidade de Escherichia coli (ALÉM DISSO AVALIAM COLIFORMES
FECAIS E ENTEROCOCOS) presente nela. A presença de E. coli na água é um
indicador comum da contaminação fecal, o que pode representar um risco para a saúde
humana se a água for usada para recreação, como natação ou prática de esportes
aquáticos.Normalmente, os órgãos reguladores e de saúde pública realizam testes para
determinar a contagem de E. coli em amostras de água de praias, rios, lagos e outras
áreas de recreação aquática. Se a contagem de E. coli estiver acima de um determinado
limite considerado seguro para a saúde humana, a área pode ser considerada imprópria
para banho ou outras atividades recreativas. Essas avaliações são importantes para
garantir a segurança dos banhistas e evitar a propagação de doenças transmitidas pela
água.

Que tipo de bactéria é e sua classificação (gram positiva/negativa) SLIDE 4


E. coli é uma bactéria Gram-negativa, anaeróbia facultativa, em forma de bacilo, pertencente
à família Enterobacteriaceae. Encontrada no trato gastrointestinal de mamíferos, incluindo
seres humanos, onde desempenha funções importantes na digestão e na manutenção da saúde
intestinal. No entanto, algumas cepas de E. coli podem ser patogênicas e causar uma
variedade de doenças, como infecções do trato urinário, gastroenterite, infecções
generalizadas e síndrome hemolítico-urêmica (SHU)Existem seis categorias patogênicas de
principais categorias de E. coli diarreiogênicas são:
E. coli Enteropatogênica (EPEC): Causa diarreia em lactentes e crianças pequenas, pode
causar lesões na mucosa intestinal, está associada a surtos de diarreia em creches e áreas de
baixa higiene.
E. coli Enterotoxigênica (ETEC): É uma causa comum de diarreia do viajante e diarreia
infantil em países em desenvolvimento. Produz enterotoxinas que causam diarreia aquosa.

E. coli Enteroinvasora (EIEC): Provoca uma doença semelhante à disenteria, invadindo e


causando inflamação no revestimento do intestino grosso.

E. coli Enterohemorrágica (EHEC): Notória por causar surtos de doenças transmitidas por
alimentos. Produz toxinas Shiga que podem causar complicações graves, incluindo síndrome
hemolítico-urêmica (SHU).

E. coli Enteroagregativa (EAEC): Pode causar diarreia persistente, especialmente em


crianças e imunocomprometidos. Forma um agregado na superfície da mucosa intestinal.

E. coli Aderente Difusa (DAEC): Associada à diarreia aguda, especialmente em crianças.


Exibe uma aderência difusa à mucosa intestinal.

Essas diferentes categorias de E. coli diarreiogênicas são importantes para a compreensão das
diversas formas de diarreia bacteriana e para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e
tratamento

Como funciona sua fisiopatologia (seu processo de doença)


A fisiopatologia da E. coli varia dependendo da cepa e do tipo de infecção que causa

Infecções do trato gastrointestinal: Geralmente causam sintomas como diarreia, cólicas


abdominais, náuseas e vômitos.

Infecções do trato urinário (ITU): Podem causar infecções do trato urinário. ocorrem
quando a bactéria entra no trato urinário e se multiplica, causando sintomas como dor ao
urinar, urgência urinária, frequência urinária aumentada e, em casos graves, dor abdominal e
febre.

Infecções invasivas: Em casos mais graves, a cepa enterohemorrágica (EHEC), pode causar
infecções invasivas. A EHEC produz toxinas que podem levar a síndrome hemolítica e
urêmica (SHU), uma condição caracterizada pela destruição de glóbulos vermelhos,
insuficiência renal e baixa contagem de plaquetas.
Síndrome do cólon irritável (SCI): Algumas cepas de E. coli enteroagregativa foram
implicadas em casos de síndrome do cólon irritável, uma condição crônica do trato
gastrointestinal caracterizada por dor abdominal, alterações no hábito intestinal e distensão
abdominal.

Em média, a maioria das infecções por E. coli do trato gastrointestinal, como


aquelas associadas à intoxicação alimentar, tende a durar de alguns dias a uma
semana.

Os sintomas geralmente começam dentro de 1 a 3 dias após a exposição à bactéria


e podem incluir diarréia, cólicas abdominais, náuseas e vômitos. A maioria dos
casos de infecção por E. coli do trato gastrointestinal é autolimitada e melhora sem
tratamento específico

Tratamento e tipo de medicação que é utilizada


O tratamento para infecções por E. coli pode variar dependendo do tipo de infecção, da
gravidade dos sintomas e de outros fatores individuais, como a saúde geral do paciente e a
susceptibilidade a antibióticos. Aqui estão algumas abordagens comuns de tratamento e os
tipos de medicamentos que podem ser usados:

Hidratação: Em casos de infecções gastrointestinais, onde a principal preocupação é a perda


de líquidos devido à diarreia e vômitos, a hidratação adequada é fundamental. Isso pode ser
feito com o consumo de líquidos claros, como água, caldos e bebidas esportivas, ou por via
intravenosa, se necessário.

Antibióticos: Em algumas situações, especialmente em infecções do trato urinário (ITU) ou


em infecções graves, podem ser prescritos antibióticos para tratar a infecção por E. coli. O
tipo específico de antibiótico prescrito dependerá da susceptibilidade do paciente a
determinados medicamentos e da cepa específica de E. coli. Exemplos: ciprofloxacino,
levofloxacino, sulfametoxazol-trimetoprim (Bactrim), nitrofurantoína e cefalosporinas.

Antidiarreicos: Em casos de diarreia leve a moderada, podem ser usados medicamentos


antidiarreicos de venda livre, como loperamida (Imodium);

Analgésicos: Medicamentos analgésicos, como paracetamol ou ibuprofeno, podem ser


usados para aliviar a febre e a dor..

Consequências no âmbito hospitalar ( coletivo, funcionários, pacientes)


A presença da E. coli no ambiente hospitalar pode ter várias consequências para o coletivo,
funcionários e pacientes, especialmente se a bactéria estiver associada a cepas resistentes a
antibióticos ou se disseminar como resultado de práticas inadequadas de controle de infecção.
Aqui estão algumas das consequências possíveis:

Infecções hospitalares (ou infecções nosocomiais): A E. coli pode se espalhar dentro de um


ambiente hospitalar, especialmente em unidades de saúde intensiva, onde pacientes com
sistemas imunológicos comprometidos estão presentes. Infecções hospitalares por E. coli
podem levar a complicações adicionais e aumentar a morbidade e a mortalidade entre os
pacientes.

Aumento da resistência a antibióticos: O uso frequente de antibióticos em ambientes


hospitalares pode selecionar cepas de E. coli resistentes a esses medicamentos. Isso pode
tornar o tratamento de infecções por E. coli mais difícil e aumentar os custos associados ao
tratamento, além de potencialmente prolongar o tempo de internação dos pacientes.

Impacto na saúde dos funcionários: Funcionários hospitalares, como enfermeiros, médicos


e técnicos de saúde, podem estar em risco aumentado de exposição à E. coli durante o
cuidado de pacientes infectados. Isso pode aumentar o risco de infecções entre os
profissionais de saúde e, consequentemente, levar a ausências do trabalho, redução da
produtividade e preocupações com a segurança no local de trabalho.

Prevenção
Envolve uma combinação de medidas de higiene pessoal, práticas de segurança alimentar e

controle de infecções.

Lavar as mãos: Lave as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente após usar o
banheiro, trocar fraldas, antes de preparar alimentos e antes de comer. Isso ajuda a evitar a
propagação de bactérias, incluindo E. coli.

Manuseio seguro de alimentos: Lave bem as frutas e vegetais antes de consumi-los, cozinhe
carnes e ovos completamente, evite o consumo de carne mal passada ou crua, e evite cruzar
contaminação entre alimentos crus e cozidos.

Armazenamento adequado de alimentos: Armazene alimentos perecíveis refrigerados


abaixo de 4°C (40°F) e congele-os a -18°C (0°F) ou menos. Mantenha alimentos prontos e
crus separados e armazene-os em recipientes herméticos para evitar a contaminação cruzada.
Evite água contaminada: Evite beber água não tratada ou não filtrada de fontes
desconhecidas, especialmente ao viajar para áreas onde a água pode estar contaminada.
Certifique-se de que a água potável seja tratada adequadamente e que o esgoto seja tratado
para evitar a contaminação ambiental e a propagação de bactérias patogênicas.

Segurança alimentar em restaurantes: Certifique-se de que os alimentos sejam preparados


e manuseados adequadamente em restaurantes e estabelecimentos de alimentos, verificando a
limpeza das instalações, a higiene dos funcionários e a temperatura dos alimentos servidos.

Amamentação: Para bebês, o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de
vida pode reduzir o risco de infecções gastrointestinais, incluindo aquelas causadas por E.
coli. Cuidados em creches Garanta que as instalações estejam limpas e que as mãos das
crianças sejam lavadas regularmente, especialmente antes das refeições e após a troca de
fraldas.

Ao seguir essas práticas de prevenção, é possível reduzir significativamente o risco de

infecções por E. coli e outras doenças transmitidas por alimentos e água contaminados.

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