Orientações para Uma Escola Antirracista - 2024

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Alunos do CMEI Tarcílio Montanari - 2023

Fevereiro
2024
PREFEITURA MUNICIPAL DE CARIACICA

EUCLÉRIO DE AZEVEDO SAMPAIO JUNIOR


Prefeito

LUZIAN BELISARIO DOS SANTOS


Secretária Municipal de Educação

VANUSA STEFANON MARÓQUIO


Subsecretária para Assuntos Pedagógicos

VIVIAN RENATA DA SILVA DOS SANTOS


Coordenadora do Grupo de trabalho de Educação para as Relações Étnico-Raciais

Integrantes do GT-ERER

Aline Rosa Benedito Lucas

Ana Paula do Carmo Reis

Arlete Silva Gonçalves Seixas

Paula Pereira Machado Neves

Rosimere de Almeida da Silva Mendes

Thaynara Silva Oliveira

Fevereiro
2024
Sumário
Orientações para uma escola Antirracista. ....................................................................... 4
Introdução ........................................................................................................................ 4
Como agir em situações envolvendo Racismo/Discriminação no ambiente escolar. .... 7
Identifiquei o Racismo, e agora? .................................................................................... 8
Como saber se uma ação é racista? .............................................................................. 9
Expressões populares que refletem o racismo: ............................................................ 9
Racismo estrutural: breve contextualização ............................................................... 10
Como o racismo é tratado no Código Penal Brasileiro. .............................................. 11
Anexo I ............................................................................................................................... 14
Infográfico – Alunos ...................................................................................................... 14
Documento para ser colado nas agendas dos estudantes. .............................................. 14
Anexo II .............................................................................................................................. 15
Infográfico – Professores .............................................................................................. 15
Quadro de sínteses........................................................................................................ 16
Referências ........................................................................................................................ 17

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Orientações para uma escola Antirracista.

Vivian Renata da Silva dos Santos1

Introdução

O Brasil foi formado por diversas etnias ao longo de sua história. Assim, com advento
das Leis n.º 10.639/2003 e n.º 11.645/2008 que dispõe sobre o ensino de História e
Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena, que modificou o art. 26 – a da Lei n.º
9.394/1996 (Leis de Diretrizes e Bases da Educação), a Secretaria Municipal de
Educação de Cariacica considera de extrema importância abordar nas escolas da
Rede Municipal de Educação assuntos que sejam referentes às práticas de
enfrentamento ao racismo.

Desse modo, as referidas Leis estabelecem a obrigatoriedade do estudo de história e


de cultura afro-brasileira e indígena em todas as instituições de ensino do país, sendo
necessário desenvolver estudos e viabilizar ações sobre esses temas visando à sua
implementação concreta. Além disso, a Educação tem papel preponderante na
construção, na sociedade, de uma cultura que valorize a diversidade racial e étnica.
Com efeito, a sociedade brasileira é constituída essencialmente por uma população
miscigenada cultural e etnicamente. Vale pontuar ainda que mais de 50% da
população é composta por pessoas negras.

Este documento orientativo tem por finalidade subsidiar reflexões e práticas


educativas na perspectiva antirracista. Muitas crianças sofrem cotidianamente com
práticas racistas que acontecem no ambiente escolar, uma vez que o racismo em
nosso país não acontece de forma explícita, como foi com o apartheid Sul-Africano ou
com o nazismo na Alemanha. O racismo no Brasil acontece de forma silenciosa e
camuflada (MUNANGA, 1996), mas nem por isso deixa de ser danoso e violento. A
escola é um dos principais espaços de formação dos sujeitos, e quando ela não é
acolhedora e inclusiva pode constituir-se num espaço onde ocorre a reprodução de
uma ideologia racista, que vem do racismo estrutural presente na sociedade brasileira,

1
Coordenadora do Grupo de Estudos para a Relações Étnico Raciais da Secretaria Municipal de
Educação.

4
onde mesmo que não seja dito, a criança negra ou indígena acaba não recebendo a
mesma atenção e afeto das crianças brancas, o que já desperta nelas um sentimento
de inferioridade que mantém a estrutura racista na qual estamos inseridos (OLIVEIRA,
2012).

Certamente, desenvolver um ambiente seguro e inclusivo para todas as crianças


constitui um esforço fundamental nas escolas, desta forma, um protocolo de ações
para lidar com situações de racismo no cotidiano das escolas é necessário e precisa
indicar abordagens sensíveis que promovam a compreensão, empatia e respeito pela
diversidade.

Para lidar com situações de discriminação e racismo na educação são necessárias


práticas, políticas e diretrizes aprofundadas onde as escolas devem compreender que
em situações assim é importante acolher a vítima (criança ou estudante que sofreu o
ato) e instruir de forma acolhedora também a criança ou estudante que praticou o ato
(de racismo ou discriminação).

A equipe pedagógica precisa sempre observar se a lei está sendo cumprida nos
currículos escolares e se temas contendo a História da África, História Afro-Brasileira
e Indígena e Educação para as Relações Étnico-Raciais estão sendo, de fato,
abordados de forma que os estudantes consigam aprender essa temática durante o
ano letivo.

Papel do Corpo Técnico - Administrativo para a construção de uma escola


antirracista.

É importante que a gestão escolar seja potencializadora das práticas e ações


afirmativas na escola na busca de uma equiparação social e racial, no sentido mais
amplo da palavra. Desse modo, o corpo técnico-administrativo deve buscar sempre
valorizar a implementação da equidade social e racial fazendo valer a lei, e também
instrumentalizar-se conceitualmente quanto a essa temática.

É preciso que o diretor entenda que é o representante maior da atividade


meio (a gestão), ou seja, aquela que deve oferecer sustentação à atividade
fim (ensino e aprendizagem), sem a qual não seria possível garantir o acesso
de todos às aprendizagens na escola (LIMA, 2011, p. 3).

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Para tanto, partimos do pressuposto de que a equipe gestora compreende, valoriza e
apoia a implementação das leis na escola, e assim promove junto à equipe diversos
trabalhos durante todo o ano com consistência para a consolidação da Educação para
Relações Étnico-Raciais (ERER). Essas práticas perpassam todas as etapas
escolares, garantindo assim o direito à educação de todos os educandos. Para a
viabilização de uma educação antirracista é necessário promover a equidade racial
por meio de práticas contínuas no ambiente escolar. Mas como promover isso?

Para inserir a ERER nas escolas é necessário que a equipe técnica - pedagógica da
escola se disponha inicialmente a promover momentos de sensibilização com toda a
equipe para que esses profissionais conheçam o tema e vejam sua importância.
Esses momentos podem ser promovidos por meio de palestras, vídeos e falas durante
as formações em serviço.

A equipe gestora precisa fazer um levantamento de dados nas matrículas para


verificar o percentual de estudantes pretos e pardos, fazendo assim um diagnóstico
étnico. Após esses movimentos iniciais, que são muito importantes, é necessário
promover momentos de reflexão e discussão com fundamentação teórica sobre
ERER e estimular os professores a refletirem sobre esses temas, considerando a
realidade escolar que foi alimentada também, com a fundamentação teórica estudada
no ambiente escolar, e a partir disso, incluir propostas sobre como estimular e
fomentar estes conhecimentos com os estudantes no Plano de Ação (PA) e no Projeto
Político Pedagógico (PPP).

A Lei n. 10.639/2003 pode ser considerada um ponto de chegada de uma luta


histórica da população negra para se vir retratada com o mesmo valor dos
outros povos que para aqui vieram, e um ponto de partida para uma mudança
social. Na política educacional, a implementação da Lei n. 10.639/2003
significa ruptura profunda com um tipo de postura pedagógica que não
reconhece as diferenças resultantes do nosso processo de formação
nacional. Para além do impacto positivo junto à população negra, essa lei
deve ser encarada como desafio fundamental do conjunto das políticas que
visam à melhoria da qualidade da educação brasileira para todos e todas.
(BRASIL, 2008, p. 11).

Durante o ano escolar, a equipe gestora deve promover a consolidação das práticas
que foram projetadas, em articulação com o Plano de Ação, Projeto Político-
Pedagógico, o Regimento Escolar, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e
documentos municipais, estaduais, com vistas a construir um currículo e protocolos

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escolares para a ERER. Acompanhar os processos fazendo sempre avaliações sobre
o tema com os estudantes e a equipe escolar para identificar eventuais pontos a
serem melhorados. É parte desse esforço buscar promover na escola uma
comunicação aberta, para que funcionários e estudantes sintam-se à vontade para
falar sobre suas experiências e preocupações. E essa comunicação pode acontecer
de forma anônima, por meio de uma simples caixa, em um ambiente comum da
escola.

Para isso, é necessário definir quais as consequências apropriadas para o


comportamento da violência, seja ela de racismo ou discriminação (LAZZARINE, 2018),
e abordar com seriedade situações de racismo que aconteçam e assim que forem
identificadas tais situações informar à Secretaria de Educação, oferecendo apoio às
vítimas e educadores para lidar com o impacto emocional.

A Secretaria de Educação precisa ser informada caso aconteçam práticas assim, e


de forma nenhuma isso deve ser tratado apenas como uma brincadeira ou como
bullying.

Como agir em situações envolvendo Racismo/Discriminação no


ambiente escolar.

É importante que a equipe gestora da escola saiba como agir em situações de


racismo/discriminação dentro do ambiente escolar. Por vezes os casos são ignorados
ou tratados como bullying. A invisibilização desses casos ou o tratamento incorreto
faz com que eles se perpetuem, muitas vezes por causa da não identificação correta,
acontece o silenciamento das vítimas.

O “silenciamento” é uma das ações, atitudes e estratégias adotadas pela


escola brasileira para o enfrentamento do racismo. Dessa forma, de um lado
professores não costumam intervir diante de conflitos que agridem crianças
negras, em virtude de sua raça/cor, de outro, recomendam aos alunos
negros, quando hostilizados por sua cor/raça, que ignorem, finjam que a
agressão não é dirigida a eles. Os referidos artigos ressaltam que há pouca
ou nenhuma intervenção das professoras em relação às situações de
rejeição e discriminação vividas pelas crianças. A pouca ou a ausência de
intervenção causa sofrimento junto às crianças negras, intensificando a baixa
autoestima, além de promover segregação e pouca convivência entre
crianças negras e não negras (SILVA, 2018, n.p).

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Ao se deparar com as situações de racismo envolvendo os estudantes é fundamental
que a escola saiba identificar se o caso é racismo, para que ocorra a tratativa correta.
Por isso a necessidade de se considerar a relação entre bullying e racismo. Existem
diferenças e sobreposições entre os dois. Ambas as ações têm a intenção de
prejudicar as vítimas, o que constitui um grave ato de violência, mas o bullying ocorre
necessariamente entre pares, é sistêmico, do mesmo agressor para com a mesma
vítima ou pequeno grupo, e muitas vezes ocorre fora da vista dos adultos.

[...] bullying é um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas


que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra
outro(s), causando dor, angústia e sofrimento. Insultos, intimidações,
apelidos cruéis, gozações que magoam profundamente, acusações injustas,
atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e infernizam a vida de outros
alunos levando-os à exclusão, além de danos físicos, morais e materiais, são
algumas das manifestações do “comportamento bullying”. (FANTE, 2005, p.
28 - 29 apud SILVA e ROSA, 2013, p.333).

O racismo, por outro lado, basta que aconteça uma única vez para ser configurado
como tal. Pode vir de adultos, e muitas vezes acontece na frente de outras pessoas.
Mesmo que seja dirigido a uma pessoa específica, atinge toda a população negra.

Identifiquei o Racismo, e agora?

O primeiro passo é acolher a vítima, explicar para a criança que entende que aquilo
que ela sofreu foi racismo e garantir que a situação será resolvida.

O(a) agressor(a) também precisa de acolhimento educativo, pois ele também é uma
vítima do racismo estrutural que constitui toda a nossa sociedade.

Após o acolhimento de ambas as crianças, o próximo passo é comunicar às famílias


sobre o ocorrido e garantir que haverá ações de conscientização durante todo o ano
letivo para que casos como esse não voltem a ocorrer.
Fazer o registro do caso como racismo também é muito importante e as escolas
devem sempre se respaldar registrando como aconteceu a situação, quem são os
envolvidos e quais ações foram tomadas mediante a situação.

8
Como saber se uma ação é racista?

Determinar se uma ação é racista pode ser complexo, pois envolve a análise das
intenções por trás da ação, bem como seu impacto sobre as pessoas envolvidas
(PALAZZI, 2023). Aqui estão alguns pontos a considerar ao avaliar se uma pessoa
está sendo racista ou não:

● Apelida negras e negros de acordo com as características físicas a partir de


elementos de cor e etnia da pessoa;
● Inferioriza as características estéticas de negras e negros;
● Considera uma negra ou um negro inferior intelectualmente, podendo até
negar-lhe determinados cargos, funções ou empregos;
● Ofende verbal e/ou fisicamente a pessoa negra;
● Despreza seus costumes, hábitos e tradições, como na ofensa a religiões de
matriz africana;
● Duvida da honestidade e competência da pessoa negra;
● Recusa-se a prestar serviços a negras e negros;
● Faz ou se diverte com piadas depreciativas da pessoa negra e, ao ser
confrontado, afirma que é exagero;
● Afirma que o cabelo natural de uma pessoa negra é feio, em razão de sua
textura ou volume;
● Identifica a profissão de uma pessoa negra a partir de sua vestimenta e de suas
preconcepções sobre os papéis sociais ou profissionais que crê ser adequados
a ela.

Expressões populares que refletem o racismo:

Algumas expressões são reflexos da colonização escravista do Brasil e por esse


motivo são repletas de significados que remetem a escravização e preconceito contra
pessoas negras e indígenas, Palazzi (2023) apresenta alguns termos que devem ser
substituídos por respeito à diversidade e origem da nossa população, e apresentamos
aqui alguns termos que fazem parte do “racismo linguístico” (PALAZZI, 2023), logo,
por serem desrespeitosos não devem estar presentes nas falas cotidianas de
profissionais que buscam uma escola inclusiva e antirracista.

9
• A coisa está preta: uma situação desconfortável é o mesmo que uma situação
preta? Essa expressão é racista porque reflete uma associação entre “preto” e
uma situação desconfortável, desagradável, difícil, perigosa;
• Da cor do pecado: termo que reforça a objetificação e a sexualização do corpo
negro, especialmente das mulheres negras;
• Denegrir: sinônimo de difamar, tornar negro, obscurecer e clarear: sinônimo
de iluminar, tornar branco, esclarecer. São palavras que reforçam o negro
como algo ruim e o branco como algo bom;
• Inveja branca ou Alma branca: a cor branca é utilizada como adjetivo para
expressar algo positivo e suavizado;
• Mulata: termo derivado de mula (cruzamento entre uma espécie superior e
outra inferior), usado para designar mulheres negras de pele clara. A expressão
é ainda mais pejorativa quando seguida de “tipo exportação”, pois reitera a
visão do corpo da mulher negra como mercadoria;
• Morena: termo originalmente utilizado para caracterizar uma pessoa branca de
cabelos pretos, usado para afastar a negritude de uma pessoa. É palavra
utilizada para evitar a caracterização de uma pessoa como negra acreditando
que isso seria ofensivo.

Racismo estrutural: breve contextualização


Almeida (2019) argumenta que o racismo não é apenas um fenômeno individual ou
psicológico, mas também estrutural. Ele esclarece que as instituições somente são
racistas porque a sociedade também o é, ou seja, as estruturas que solidificam a
ordem jurídica, política e econômica validam a autopreservação entre brancos, bem
como a manutenção de privilégios. Como por exemplo:
● Violência policial: A violência policial que atinge principalmente os negros é um
exemplo trágico de racismo estrutural.
● Ausência de pessoas negras em cargos de liderança: Nas maiores empresas
e instituições do país, a ausência de pessoas negras em cargos de liderança é
um exemplo claro de racismo estrutural.

Esses são apenas alguns exemplos. O racismo estrutural está profundamente


enraizado em muitos aspectos da sociedade e se manifesta de várias maneiras,
muitas vezes sutis e normalizadas.

10
Como o racismo é tratado no Código Penal Brasileiro.
O primeiro instituto legal de combate ao racismo foi promulgado em 3 de julho de
1951, a Lei federal nº 1391, denominada Lei Afonso Arinos, a respeito da qual se lê:
“esta lei foi resultado de incidente internacional e não de um procedimento legislativo
propriamente brasileiro o que denota o pouco caso ou atenção ao crime de racismo
praticado contra negros no Brasil” (DE CASTRO; DE ALMEIDA, 2018, p. 36). A lei
inclui entre as contravenções penais a prática de atos resultantes de preconceitos de
raça ou de cor. E marca a história por ser o primeiro dispositivo legal a combater o
racismo, contudo não se mostrou efetiva, pois os crimes raciais eram enquadrados
como contravenções permitindo somente penas leves, brandas, que não chegavam a
um ano de prisão simples ou multa.

A Lei 7.716/89, conhecida como Lei do Racismo, pune todo tipo de discriminação ou
preconceito, seja de origem, raça, sexo, cor, idade (BRASILl, 1988). Em seu artigo 3º,
a lei prevê como conduta ilícita o ato de impedir ou dificultar que alguém tenha acesso
a cargo público ou seja promovido, tendo como motivação o preconceito ou
discriminação. Por exemplo, não deixar que uma pessoa assuma determinado cargo
por conta de raça ou gênero. A pena prevista é de dois a cinco anos de reclusão.

A lei também veda que empresas privadas neguem emprego por razão de
preconceito. Esse crime está previsto no artigo 4º da mesma lei, com mesma previsão
de pena.

No ano de 2023 acontece a maior mudança em nosso Código Penal, a Lei


14.532/2023 que equipara a injúria racial ao crime de racismo. Com isso a pena
tornou-se mais severa com reclusão de dois a cinco anos, além de multa, não cabe
mais fiança e o crime é imprescritível.

Segundo a legislação, deve ser considerada como discriminatória qualquer atitude ou


tratamento dado a pessoa ou a grupos minoritários que cause constrangimento,
humilhação, vergonha, medo ou exposição indevida e que usualmente não
dispensaria a outros grupos em razão da cor, etnia ou procedência.

A pena será aumentada quando o crime for cometido por funcionário público no
exercício das suas funções, bem como quando ocorrer em contexto de descontração,
diversão ou recreação.
11
Se o crime for cometido no contexto de atividades esportivas, religiosas, artísticas ou
culturais, a lei prevê, além da pena de reclusão, a proibição da pessoa frequentar por
três anos os locais destinados a essas práticas.

Em um processo de reeducação das relações entre os grupos étnicos-raciais em


nosso município, compreender a legislação vigente é essencial para aprofundamento
do conhecimento do assunto na luta antirracista.

É munir-se de instrumentos para que as conversas venham com embasamento legal.

Segue abaixo Infográfico a ser exposto na sala do Corpo técnico administrativo


(Diretor/a, Coordenador/a, Pedagogo/a):

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13
Anexo I

Infográfico – Alunos

Documento para ser colado nas agendas dos estudantes.

14
Anexo II

Infográfico – Professores

Documento para ser disponibilizado para o corpo docente.

15
Anexo III

Quadro de sínteses

Documento que sintetiza os principais conceitos abordados no documento e deverá estar à disposição do CTA.

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Referências

ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. Pólen Produção Editorial LTDA, 2019.

AZEVEDO, Eliane S. Sobrenomes no Nordeste e suas relações com a heterogeneidade


étnica. Estudos Econômicos (São Paulo), v. 13, n. 1, p. 103-116, 1983.

BRASIL. Constituição de1988. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para


assuntos jurídicos. Brasília, DF, 5 out. 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Acesso em: 13 set.2023.

BRASIL. MEC, Contribuições para Implementação da Lei 10.639/2003, 2008.

DE CASTRO, Alexandre; DE ALMEIDA, Jémerson Quirino. Da contravenção penal ao


crime de racismo: uma história de impunidade. Mosaico, v. 9, n. 15, p. 30-47, 2018.

DE OLIVEIRA, Leticia Coelho. O racismo na sala de aula: uma intervenção com


professoras da RME/BH. 2012.

FERNANDES, Mauro. O Lugar do negro: o negro no seu lugar. Anais do XVII Encontro de
História da Anpuh, 2016.

KABENGELE, Munanga. As facetas de um racismo silenciado. In: SCHWARCZ, Lilia Moritz;


QUEIROZ, Renato da Silva. Raça e diversidade. São Paulo, Editora da Universidade de
São Paulo: Estação Ciência: Edusp,1996, p. 13-229.

LAZZARINE, Roseane dos Santos et al. O desmentido no ensino fundamental público:


facetas de um racismo clivado e mascarado. 2018.

LIMA, Erisevelton Silva. O Diretor e as avaliações praticadas na escola. Editora Kiron,


Brasília-DF, 2011. (p. 51 – 55)

SCHWARCZ, Lilia Moritz; QUEIROZ, Renato da Silva. Raça e diversidade. 1996.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial
no Brasil. São Paulo: companhia das Letras, p. 99-133, 1993.

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bullying?: um tema para a formação docente. Revista Semestral da Associação Brasileira
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SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e. Educação das Relações Étnico-Raciais nas


instituições escolares. Educar em Revista, [S.L.], v. 34, n. 69, p. 123-150, jun. 2018.
FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/0104-4060.58097.

17
PALAZZI, Thatyana Flávia Ferreira. Cartilha: Para Não Continuar Usando Termos
Racistas. 2023. Disponível em: <https://monografias.ufop.br/handle/35400000/5722>
Acesso em 25 de set. 2023.

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