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SÃO PAULO
2023
GABRIEL NASCIMENTO LEITE
SÃO PAULO
2023
Leite, Gabriel Nascimento.
Uma análise comparativa do valor de mercado das empresas do agronegócio
“cross country” / Gabriel Nascimento Leite. - 2023.
76 f.
CDU 631.1
Ficha Catalográfica elaborada por: Isabele Oliveira dos Santos Garcia CRB SP-010191/O
Biblioteca Karl A. Boedecker da Fundação Getulio Vargas - SP
GABRIEL NASCIMENTO LEITE
Banca examinadora:
1 INTRODUÇÃO
A avaliação (valuation) busca estimar o valor justo a ser pago por uma empresa, que
pode ser utilizado em processo de fusão e incorporação, assim como em processo de cisão. Os
métodos de avaliação de empresas são classificados em técnicas comparativas de mercado
(buscam aferir o valor da empresa comparando com empresas similares transacionadas no
mercado), técnicas baseadas em ativos e passivos contábeis ajustados (utilizam os valores de
mercado dos itens evidenciados nas demonstrações contábeis, ajustados ou não) e técnicas
baseadas no desconto de fluxos futuros de caixa (pressupõem que o valor da empresa decorre
da potencial geração de riqueza futura). Destacam-se também os métodos patrimoniais e suas
derivações, múltiplos de mercado, opções reais e fluxo de caixa descontado, ressaltando-se que
os métodos de avaliação não são excludentes, e sim complementares (NETO, 2005).
Nascimento et al. (2019) acrescentam que são aceitáveis o uso de diversos modelos para
o valuation, não existindo um modelo mais correto que o outro, entretanto existem métodos que
são considerados mais sólidos, devido às técnicas utilizadas e à qualidade das informações. Os
modelos de avaliação podem por exemplo ser baseados no balanço patrimonial, na
demonstração do resultado, baseados no fluxo de caixa e na criação de valor.
Breviário (2022) pondera a respeito da qualidade do valuation, em que quanto maior for
a qualidade de suas premissas, melhor será sua qualidade. Essa qualidade depende da
capacidade que o avaliador tem de ler o negócio, de entende-lo e projetá-lo.
A opção estratégica por um processo de fusão e aquisição, pode estar baseada em
diversos fatores, destacando-se a obtenção de sinergias operacionais e/ou financeiras, economia
de escala, melhoria dos resultados por meio de gestão aprimorada, melhoria da coordenação
das atividades da empresa por meio do controle de outros mercados, dentre outros (SILVA;
BATALHA, 2012).
A avaliação de empresas pode ser aplicada para toda a cadeia do agronegócio, com
destaque às prestadoras de serviço agrícola, como as indústrias fertilizantes, distribuidoras de
insumos e empresas de transporte e comércio de bens agropecuários. Entretanto, é importante
ressaltar que o valuation para o agronegócio requer um rigor técnico considerável, pois o
cálculo do valor econômico da empresa é baseado, principalmente, em seu potencial de geração
de caixa no futuro, em que requer grande conhecimento de quem está realizando a avaliação, já
que o setor agropecuário é muito variável e apresenta especificidades não encontradas em
outros setores (dependência climática, variações de oferta e demanda, dentre outros).
A sazonalidade de consumo é um fator que afeta diretamente o agronegócio, em que
determinadas indústrias do setor ficam sujeitas à grandes variações de consumo, por questões
de datas específicas ou por variações climáticas ao longo do ano. O impacto da citada variação
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1.1 Objetivos
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Fusões e aquisições no agronegócio
Uma transação de fusão e aquisição (merger and acquisition em inglês) pode abranger
as seguintes possibilidades: aquisição de participação controladora (maior que 50% do capital
da empresa adquirida); aquisição de participação não controladora (menor que 50% do capital);
joint venture (dois ou mais sócios criam uma empresa, mas os sócios continuam a existir como
operações independentes); fusão (duas empresas se juntam e deixam de existir isoladamente,
originando uma terceira empresa); incorporação (uma empresa absorve as operações da outra
que deixa de existir) e cisão (uma empresa é dividida para surgir outra) (LUZIO, 2014).
As fusões e aquisições (M&A) podem ser classificadas em quatro tipos distintos:
horizontal; vertical; congênere e conglomerada. Na fusão horizontal uma empresa se combina
com a outra de sua mesma linha de negócios. Já a fusão vertical acontece quando uma empresa
se combina com um de seus fornecedores ou clientes. Na fusão congênere (aliada em natureza
ou ação), existe o envolvimento de duas empresas do mesmo setor, mas não atuam na mesma
linha de negócios, nem como fornecedoras, nem como clientes. Finalmente, uma fusão
conglomerada ocorre quando empresas não relacionadas se unem (MOTTA et al. 2013).
Camargos e Barbosa (2009) acrescentam que os processos de M&A são inerentes à
concorrência capitalista e guardam relação próxima com as condições de mercado de capitais,
principalmente com as grandes corporações, de forma que sua origem teórica se fundamenta
nas diversas teorias que explicam a origem e o crescimento da firma. Os processos de M&A
integram a estratégia empresarial, e por meio delas as empresas conseguem expansão rápida,
permitem a conquista de novos mercados, maior racionalização produtiva, economias de escala,
ativos complementares etc. Observa-se nos últimos anos que a economia brasileira vem
apresentando volume considerável de M&A, necessitando de um melhor entendimento dos
desdobramentos teóricos e práticos para a realização da mesma.
Em um contexto mais específico, as M&A no agronegócio tendem ao crescimento nos
próximos anos. O contexto do agro a partir da pandemia e até um pouco antes da mesma era
favorável, em função da rentabilidade maiores das mesmas por conta do câmbio favorável e das
altas de preços das commodities. Na última década, o setor do agronegócio registrou entre 21 e
35 fusões e aquisições, sendo que em 2021, um período de alta nesse tipo de transação, registrou
49 transações de M&A (FORBES, 2022).
Grilli (2023) acrescenta que três anos seguidos de boas margens à agropecuária
contribuíram para que o mercado de fusões e aquisições no agronegócio superasse os patamares
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2.2 Valuation
considerado justo para uma empresa, alcançado por meio da valoração, representa seu valor
potencial em função de benefícios futuros esperados.
Miranda, Reis e Lemes (2006) acrescentam que a análise do processo de avaliação de
uma empresa envolve o entendimento do significado da palavra “valor”, pois possui vários
significados, utilizados em diversos campos do conhecimento (jurídico, ética etc). Mesmo
restringindo a análise para as empresas, existem diversas aplicações para a citada palavra (valor
econômico, valor contábil etc).
Deve-se considerar também que a qualidade dos dados (inputs) que alimenta uma
ferramenta de avaliação tem grande importância, de forma que se os dados não forem
confiáveis, os resultados não terão credibilidade (MIRANDA; REIS; LEMES, 2006).
De forma geral, valuation é o processo de conversão de uma projeção em uma estimativa
do valor de uma empresa ou de parte dela. Os analistas geralmente adaptam suas metodologias
de valuation de acordo com as características do setor da empresa que está sob análise. Entre
as técnicas de valuation mais comumente utilizadas, destacam-se os métodos de desconto do
fluxo de dividendos de uma empresa, os modelos de fluxo de caixa descontado, os de avaliação
por múltiplos de mercado e os modelos de lucros residuais (GALDI; TEIXEIRA; LOPES,
2008).
Ao se avaliar uma empresa, almeja-se buscar o valor justo da mesma, ou seja, aquele
que representa de maneira equilibrada o potencial econômico de determinado empreendimento.
Dessa forma, a construção de um instrumento de cálculo do valor de uma empresa deve ter
como finalidade auxiliar os agentes interessados, ou seja, utilizando um mesmo instrumento,
diferentes valores para uma empresa poderão aparecer, de acordo com os dados fornecidos
(inputs) por cada usuário (MIRANDA; REIS; LEMES, 2006).
A mensuração do valor das organizações é utilizada como instrumento de gestão, com
a função de aprimorar o processo decisório, ao calcular a criação de valor e a maximização da
riqueza dos acionistas permite analisar os resultados das estratégias corporativas e sua eficiência
em atingir o alvo principal de qualquer empreendimento, ou seja, sua maximização de valor
(JUNIOR; CORREIA; GIMENES, 2015).
As principais razões para se avaliar uma empresa são a necessidade do cálculo do preço
justo das ações, a busca da maximização do lucro e da riqueza dos acionistas, disseminação de
programas e estratégias de gestão baseadas em valores e o crescimento de fusões e aquisições,
com o objetivo de estimar uma faixa de referência que reflita o “valor justo” da empresa em
análise, ou seja, o potencial da empresa em gerar resultados futuros (LUCENA et al., 2013).
20
A literatura que aborda o tema de FCD destaca que o valor de uma empresa é o
somatório dos valores projetados do fluxo de caixa livre calculados a valor presente. A citada
metodologia tem como base o conceito de que o dinheiro tem valor diferente no tempo,
destacando que o valor de um ativo é o somatório dos valores presentes dos valores de seus
fluxos de caixa futuros (esperados), podendo inclusive ser aplicada de forma consistente em
empresas (GALDI; TEIXEIRA; LOPES, 2008).
23
O conceito básico da avaliação por fluxo de caixa descontado reside no cálculo do valor
presente dos fluxos de caixa livres que o ativo vai gerar durante sua vida útil e como são fluxos
futuros, faz-se necessário trazê-los a valor presente a uma taxa adequada. Sendo assim, a
implementação da metodologia de avaliação do FCD passa por dois processos de grande
importância, sendo eles: definição dos fluxos de caixa futuros e determinação da taxa de
desconto que transforma os fluxos de caixa em valor presente (GARRÁN, 2006).
Monte, Neto e Rêgo (2009) acrescentam que o FCD se baseia nos descontos futuros de
caixa a fim de se obter o valor justo de uma empresa, partindo do princípio de que o valor da
empresa deve ser obtido através de seu potencial em gerar caixas futuros, indicando a
capacidade de maximização de riqueza que determinada empresa pode gerar aos seus
proprietários e acionistas, ou seja, destaca a eficiência esperada por um negócio e revelando o
potencial econômico presente nos itens patrimoniais da empresa em questão.
Destaca-se que a metodologia FCD é a mais completa dos modelos existentes, pois é a
única abordagem de avaliação que exige informações detalhadas da empresa, de forma que sua
prática apresenta grande aceitação do mercado, sendo utilizada de forma ampla por bancos de
investimentos, consultorias e empresários, com importante utilização interna e externa
(JUNIOR; CORREIA; GIMENES, 2015).
Na metodologia FCD são considerados três princípios fundamentais para se estabelecer
um critério coerente para a decisão de investimento, sendo eles: a avaliação dos investimentos
é realizada baseando-se nos Fluxos de Caixa de natureza operacional; o risco é incorporado na
avaliação econômica de investimento, de forma independente às preferências do investidor com
relação ao conflito risco-retorno e a decisão identifica o valor presente do ativo baseado na taxa
de desconto apropriada para a remuneração dos provedores do capital. Deve-se salientar que o
ponto fraco da citada metodologia reside no fato de estar baseada em projeções, ou seja, os
resultados encontrados dependem das estimativas (SAURIN; JÚNIOR; ZILIO, 2007).
Saurin, Júnior e Zilio (2007) acrescentam que a metodologia clássica da teoria de
finanças com base no FCD é formada pelos seguintes fatores fundamentais: Fluxo de Caixa
projetado; taxa de desconto ou taxa requerida de retorno; período de tempo das projeções e
risco.
Leal e Santos (2017) destacam que o FCD é o mais completo dentre os modelos
existentes e desenvolve-se a partir da Equação 1 apresentada a seguir:
24
O P/VP (Preço atual/Valor Patrimonial por Ação) está associado ao preço de uma ação,
dividido pelo seu próprio valor patrimonial. Ele indica o quanto os investidores estão dispostos
a pagar pelo patrimônio líquido da empresa. Nesse sentido, ele se mostra como um indicador
fundamentalista, permitindo que o investidor conheça os fundamentos de um negócio
analisando principalmente sua situação financeira. A análise do P/VP é feita de forma técnica,
utilizando informações contábeis e de mercado como base, não existindo nenhum tipo de
arbitragem sobre o resultado do indicador por parte dos acionistas (JACINTHO, 2023).
Jacintho (2023) e Reis (2017) acrescentam que o P/VP corresponde ao preço de uma
ação dividido pelo valor patrimonial correspondente a ela, sendo esse o indicador que diz o
quanto os investidores estão dispostos a pagar pelo patrimônio líquido da empresa, de forma
que o cálculo de P/VP é feito da seguinte forma: P/VP = Preço de Mercado/Valor Patrimonial.
O preço de mercado é o valor da ação praticado na bolsa de valores naquele momento, enquanto
que o valor patrimonial representa o valor total do patrimônio da empresa correspondente a
cada ação. Para obter VP, é necessário dividir o Patrimônio Líquido da empresa pela quantidade
de ações que a mesma emitiu. Destaca-se ainda que o Valor Patrimonial por Ação (VPA) pode
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ser calculado através da razão entre o Valor Patrimonial pela quantidade de ações que a empresa
emitiu.
O Valor Patrimonial por Ação (VPA) é um indicador financeiro que representa o valor
contábil de uma empresa dividido pelo número total de suas ações em circulação. É
frequentemente utilizado por investidores para avaliar se uma ação está sendo negociada por
um preço justo em relação ao seu valor contábil (GUEDES, 2023).
Carvalho (2022) acrescenta que o VPA é o valor do patrimônio líquido da empresa
dividido pela quantidade de ações que ela possui. Está entre os indicadores fundamentalistas
mais utilizados por quem deseja escolher ações para investir. Analisando o presente indicador,
tem-se uma ideia do quanto o mercado está disposto a pagar pelos títulos da companhia.
Também pode ser um indicativo sobre o melhor momento de comprar ou vender uma ação.
De forma isolada, o VPA não é um parâmetro que possa ser utilizado a fim de obter
resultados concretos. Para saber se o valor de um VPA está alto ou baixo, deve-se comparar
com o preço de uma ação. Neste caso, utiliza-se o indicador P/VPA (Preço/Valor Patrimonial
por Ação), com as seguintes interpretações: P/VPA < 1, indica que a ação está sendo negociada
abaixo do valor patrimonial da empresa; P/VPA > 1, indica ação negociada acima do valor
patrimonial da empresa e P/VPA = 1, indica preço da ação igual ao valor patrimonial da
empresa (THE CAPITAL ADVISOR, 2023).
Já a variável Lucro por Ação (LPA) representa o lucro resultante das operações da
entidade que poderia ser distribuído, sendo um importante sinalizador da rentabilidade
acionária. Pode ser entendido como a parcela do lucro da empresa que está alocado para cada
ação em circulação dessa companhia em bolsa de valores, de forma que se configura como uma
métrica importante para os gestores e para os investidores. Para o cálculo do LPA, devem ser
consultados o Demonstrativo de Resultados e o Balanço Patrimonial. As duas fontes servirão
para que seja possível encontrar o número total de ações em circulação e o lucro líquido no
período abordado (BASTOS; MATOS; MACEDO, 2019; REIS, 2018).
Carvalho (2023) acrescenta que o LPA é um indicador fundamentalista utilizado na
avaliação de ações e também de fundos imobiliários. Mostra basicamente a parcela do lucro
líquido obtido pela empresa que pertence a cada uma de suas ações. Desta forma, o LPA é o
resultado da razão entre o lucro líquido e o número de ações emitidas. Em suma, o LPA é uma
importante medida de rentabilidade para o acionista, entretanto não deve ser analisado de forma
isolada, já que o número de ações presentes no mercado também pode influenciar o resultado
do indicador.
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A Teoria das Opções Reais (TOR) utiliza os fundamentos das opções financeiras para
determinar o preço da empresa ao avaliar as flexibilidades das possíveis decisões existentes em
um projeto diante das incertezas que o cercam, ao mensurar os valores que envolvem as opções
de adiar, contrair, expandir ou abandonar determinado projeto (CARNIO; SANTOS, 2020).
Por definição, opção real é o direito, mas não a obrigação de empreender em uma ação,
a um custo predeterminado, denominado preço de exercício (vida da opção) (JOAQUIM et al.,
2015).
Joaquim et al. (2015) acrescentam que todas as técnicas existentes para a avaliação de
risco preconizam o risco de perdas e ignoram o componente da oportunidade do risco.
Entretanto, as opções reais são as únicas que dão lugar de destaque para o potencial das
oportunidades associado ao risco considerando a incerteza um valor adicional para aqueles que
se preparam para tirar vantagens dela.
Santos e Oliveira Pamplona (2005) acrescentam que a TOR vem ganhando a atenção de
pesquisadores e gerentes em todo mundo, já que a teoria é capaz de captar a flexibilidade
gerencial na tomada de decisões de investimentos. Neste contexto, as contribuições da TOR
são: auxiliar a administração a estruturar a oportunidade de investimento pela definição de
diferentes alternativas de investimento com suas incertezas subjacentes e opções inseridas e
apresenta a opção de trabalhar com a flexibilidade de um projeto mais facilmente do que o FCD.
Destaca-se o fato de que se considerar uma oportunidade de investimento como uma
sucessão de opções de crescimento pode representar a melhor maneira de verificar a viabilidade
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Securato, Carrete e Securato Júnior (2006) acrescentam que o modelo binomial visa
estimar o valor dos ativos da empresa, nos períodos seguintes, até o ano de vencimento do título
de dívida mais longo da empresa. Para a construção da árvore binomial de uma empresa, parte-
se do valor inicial dos ativos da mesma, na data que se quer precificar, como sendo o valor
contábil do passivo exigível somado ao valor de mercado do patrimônio líquido da empresa.
Os valores totais dos ativos da empresa dos demais períodos são calculados aplicando-se os
multiplicadores dos estados de alta e de baixa u e d, utilizando a volatilidade histórica das ações.
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Assaf Neto (2014) destaca que uma distribuição de probabilidades binomial descreve
uma sequência finita de tentativas, prevendo apenas dois resultados (sucesso ou fracasso).
Aplicando o conceito de distribuição binomial para o mercado de opções, constrói-se um
diagrama com diferentes alternativas que podem se verificar com relação ao comportamento do
preço de cada ativo (ação) na duração de uma opção.
Para o cálculo de uma opção, utiliza-se as equações fornecidas por Cox, Ross e
Rubinstein em trabalho publicado em 1979. Os parâmetros u, d, p, r, dt e σ representam
respectivamente o fator multiplicador do movimento de alta, fator multiplicador do movimento
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de baixa, probabilidade de ocorrência do movimento de alta, taxa livre de risco por período,
prazo de vencimento da opção dividido pelo número de passos e volatilidade do preço da ação
(ARANTES, 2010).
As equações elaboradas pelos autores são detalhadas na Equação 3.
𝑢 = 𝑒 %√'(
𝑑 = 𝑒 #%√'(
𝑒 (*.'() − 𝑑
𝑝=
𝑢−𝑑
Fonte: Arantes (2010)
2.3.5 Custo de Capital Próprio (Ke) e o modelo Capital Asset Pricing Model (CAPM)
Uma empresa pode financiar seus investimentos por meio de recursos próprios, obtidos
através de emissões de novas ações e retenção de lucros e recursos de terceiros, identificados
em empréstimos e financiamentos. Uma empresa, mesmo que seja capaz de se financiar
completamente com seu recurso próprio, costuma utilizar recursos de terceiros para alavancar
seus negócios, muito em função de que as dívidas em sua estrutura de capital apresentam menor
custo financeiro, comparado ao capital próprio, que se apresenta mais oneroso. O cálculo do
custo de capital próprio é muito discutido na literatura, seja pela dificuldade em mensurar o
prêmio pelo risco, seja pela importância dessa métrica na alocação de capital. O custo de capital
próprio encontra-se vinculado a pressupostos restritivos, resultando em relativa subjetividade
em sua apuração (ASSAF NETO, 2014).
Alencar (2007) acrescenta que o custo de capital próprio é um custo por natureza ex
ante, ou seja, ele não é observável, precisa ser estimado. Dois enfoques têm sido utilizados
pelos pesquisadores para tal prática: considerar a média dos retornos ocorridos como uma
medida para os retornos futuros ou calcular a taxa de desconto implícita que equaliza o preço
de mercado das ações com os retornos projetados pelos analistas de mercado.
O conceito básico do custo de capital próprio apresenta características subjetivas, pois
ele é uma variável que não é diretamente observável. Em empresas com vários acionistas e
outros futuros potenciais acionistas, não é possível conhecer com exatidão qual o retorno
requerido por estes para os seus investimentos. Diante disso, foram desenvolvidos alguns
modelos com a finalidade de apurar, dentro de premissas de racionalidade econômica, qual é o
custo de capital próprio de determinada empresa (MARTINS et al., 2006).
Alencar (2007) destaca o conceito de custo de capital próprio e algumas características
importantes de Ke, sendo elas: é um custo dirigido pelo mercado, ou seja, é a taxa de retorno
esperada que o mercado requer para empatar o capital em um empreendimento; é função do
investimento e não do investidor, indicando que investimentos com riscos e retornos
semelhantes apresentam custos de capital semelhantes; é um custo estimado, refletindo
expectativas dos investidores quanto ao montante e data dos rendimentos proporcionados pelo
empreendimento, quanto ao rendimento efetivo dos investimentos livres de risco; baseia-se no
valor de mercado dos ativos e não em seu valor contábil; é usualmente medido em termos
nominais, incluindo a inflação esperada e apresenta-se como a ligação, chamada de taxa de
desconto, que equaciona os retornos futuros esperados para a vida do investimento com o valor
presente do mesmo em um dado momento.
35
Representado por Ke, o custo de capital próprio expressa a taxa mínima de retorno que
os investidores (acionistas) exigem ao aplicarem seus recursos próprios na empresa. Representa
o ganho mínimo que justifique a aceitação de um investimento, configurando-se como uma taxa
mínima de retorno de referência para as decisões financeiras (ASSAF NETO, 2014).
Mazer (2007) acrescenta que o capital próprio consiste nos recursos que a empresa
dispõe advindos dos proprietários da empresa (acionistas), sem data definida para ser devolvido,
ou seja, espera-se que esses recursos permaneçam por tempo indeterminado na empresa. As
duas fontes de capital próprio para uma companhia aberta são as ações preferenciais e
ordinárias. Entretanto, a determinação do custo de capital próprio não pode ser realizada de
forma direta. Não existe uma regra única e generalizada para se determinar de maneira exata o
custo do capital dos acionistas, sendo feito por modelos desenvolvidos ao longo de décadas por
modelos desenvolvidos por financistas, que buscam estimar o custo de oportunidade dos
recursos aplicados nas organizações pelas compras de ações.
O custo de capital próprio (Ke) é uma medida implícita que revela as expectativas dos
recursos próprios investidos na empresa, calculadas com base em taxas de juros de mercado e
no risco. Apesar de outras abordagens disponíveis na literatura para estimar o Ke, o modelo
Capital Asset Pricing Model (CAPM) é amplamente difundido no mercado e apresenta
fundamentação econômica, desenvolvido com maior profundidade em livros de finanças. O
modelo CAPM admite que os acionistas sejam investidores diversificados, convivendo apenas
com a parcela do risco sistemático (ASSAF NETO, 2014).
Dentre os modelos de cálculo do custo de capital próprio o mais utilizado é o CAPM,
em função de seus princípios metodológicos, que não foram superados por outro método ou
modelo até o momento. O CAPM destaca que tal custo de oportunidade seja igual ao retorno
sobre os títulos livres de risco mais o risco sistêmico da empresa multiplicado pelo ágio
(prêmio) pelo risco no mercado. O CAPM apresenta como premissas principais a eficiência do
mercado e a diversificação, na qual o investidor apresenta uma carteira diversificada no
mercado (CABRAL et al., 2014).
O modelo de precificação de ativos financeiros é um modelo econômico utilizado para
avaliar títulos de mercados de capitais, relacionando risco e retorno. Sua formulação é
decorrente da ideia inicial de Markowitz, em trabalho publicado em 1952 e preconiza que a
decisão de investimento se limita à combinação de aplicação ou captação de recursos à taxa
livre de risco mais o prêmio oferecido em carteira de mercado. O CAPM pode ser utilizado para
a mensuração do retorno esperado (custo de capital) de um ativo individualmente e para a
mensuração do retorno esperado de uma carteira de ativos. Em ambos os casos, o CAPM tem
36
como hipótese fundamental que o prêmio para o investidor seja determinado pelo risco
sistêmico (MARTINS et al., 2006).
O Quadro 4 apresenta as variáveis necessárias para a formulação do Ke pelo método
CAPM.
Já a formulação básica da taxa de retorno esperada (Ke) de uma empresa pelo método
CAPM é representada através da Equação 4.
Em relação à taxa livre de risco (RF), destaca-se que um dos pressupostos do CAPM é
a existência de uma taxa que os investidores podem obter em investimentos livres de risco. O
modelo estima retornos esperados sobre investimentos arriscados por meio de sua relação com
essa taxa livre de risco. Além disso, um ativo é livre de risco quando tal ativo não possua risco
de inadimplência nem risco de reinvestimento (CABRAL et al., 2014).
A classificação, a princípio, pressupõe que esse tipo de investimento não deva embutir
nenhum tipo de perigo. É fácil identificar riscos em investimentos como imóveis, ações, dólar
etc, ou seja, certamente o ativo livre de risco pertence à família de renda fixa. Tecnicamente,
para que um ativo seja considerado livre de risco, deve apresentar três características básicas,
sendo elas: inexistência de risco de default (calote no pagamento), de risco de reinvestimento
(caso exista pagamento de juros e amortização durante a vida do título, teoricamente já não
serve) e de oscilação de taxa de juros. No Brasil, existem os seguintes títulos públicos livres de
riscos disponíveis: Letra Financeira do Tesouro (LFT); Letra do Tesouro Nacional (LTN); Nota
do Tesouro Nacional (NTN – F ou NTN – B) (PÓVOA, 2012).
Serra e Wickert (2015) acrescentam que o título livre de risco deve ter duas
características: apresentar probabilidade de default zero e ser capaz de garantir que o
37
reinvestimento dos juros ou amortizações pagos antes da data de vencimento seja feito ao
mesmo retorno. Como não existe um título com tais características, procura-se o que melhor se
aproxima. Uma alternativa comum diz respeito à utilização do título do governo americano
como título livre de risco e seu retorno até o vencimento (yeld to maturity) como parâmetro
para RF.
Assaf Neto (2014) destaca que a taxa de juros classificada como risk free (livre de risco)
revela o retorno de um ativo livre de risco, no qual o investidor tem a certeza de que receberá o
principal aplicado, acrescido de juros, exatamente na data prevista. Esses ativos pressupõem
um desvio-padrão da taxa de retorno igual a zero. Os juros livres de risco visam remunerar
somente a postergação do consumo, oferecendo um prêmio por esse adiamento.
Já a taxa (RM – RF), que representa o Prêmio pelo Risco de Mercado, também conhecida
como ágio pelo riso de mercado, obtida pela diferença entre a taxa de retorno esperada sobre a
carteira de mercado. Na prática, a carteira de mercado contempla o retorno médio das ações
negociadas (ativos com risco), sendo seu desempenho representado pelo índice de mercado de
bolsa de valores (CABRAL et al, 2014).
O retorno da carteira de mercado (RM) é obtido pela remuneração do índice de bolsa,
sendo o prêmio pelo risco de mercado calculado pela diferença entre o retorno da carteira de
mercado e a taxa de juro livre de risco da economia. O prêmio pelo risco de mercado pode ser
determinado a partir de dados históricos, média dos últimos dez anos ou por meio de estimativa
de comportamento futuro (ASSAF NETO, 2014).
Já o coeficiente Beta (β) mede o risco de uma empresa em relação ao risco sistemático
(não diversificável) de mercado. Para companhias com ações negociadas em bolsa, o beta pode
ser obtido pela inclinação da reta de regressão linear do retorno da ação com o retorno de
mercado. O beta de uma carteira bem diversificada, como a carteira de mercado, é igual a 1,0.
Ações com beta igual a 1,0 apresentam risco médio, enquanto que valores superiores a 1,0
representam maior risco sistemático de mercado e valores menores que 1,0 indicam baixo risco,
inferior ao risco médio de mercado (ASSAF NETO, 2014).
O beta é outro parâmetro da equação do CAPM que deve ser estimado para a
determinação do custo de capital próprio. O beta mensura a sensibilidade dos ativos em relação
aos movimentos do mercado, de forma que as ações com beta superior a 1,0 tendem a ampliar
os movimentos de mercado, enquanto que ações com beta inferior a 1,0 tendem a acompanhar
os movimentos de mercado, mas com menor amplitude. Matematicamente, o beta de um ativo
corresponde à covariância entre o retorno do ativo e o retorno da carteira de mercado, dividida
pela variância do retorno da carteira de mercado (ALENCAR, 2007).
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Para se calcular o beta é necessário definir três parâmetros, sendo eles: índice de
mercado (qual índice representa melhor o mercado, sendo que a prática brasileira é de usar o
índice local); histórico de retornos (geralmente entre dois e cinco anos) e periodicidade de
retornos (a discussão gira entre diário, semanal ou mensal) (SERRA; WICKERT, 2015).
Quando se pretende comparar o beta das empresas no mercado, deve-se estimar o beta
de uma empresa por meio de uma companhia similar no mercado ou identificar qual a
participação do risco que está associado à alavancagem financeira ou à operação, deve-se
desalavancar o beta e alavancá-lo novamente de acordo com a estrutura de capital da empresa
a qual deseja-se avaliar (CABRAL et al., 2014).
O Quadro 5 destaca as variáveis utilizadas para se calcular o beta alavancado.
Uma das fases mais difíceis na aplicação do FCD encontra-se justamente na estimação
das taxas de desconto. Quando se trata de utilizar o fluxo de caixa livre do acionista, utiliza-se
o custo do capital próprio (Ke) que deve expressar pelo menos o custo de oportunidade dos
donos desses fluxos (acionistas). Quando se trata de descontar fluxos de caixa livre da firma
utiliza-se um custo de capital que expresse não apenas o risco do acionista, mas também dos
outros detentores de capitais, sendo a mais indicada e aplicada por pesquisadores o Custo Médio
Ponderado de Capital (WACC) (CUNHA; CRUZ; RECH, 2013).
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O WACC também pode ser entendido como a remuneração recomendada para servir de
taxa de desconto nas avaliações de projetos para empresas que tem estrutura de capital
diversificada em fontes próprias e de terceiros, de forma que ao se utilizar esta taxa para
avaliação de um projeto de investimento e este apresentar VPL maior que zero, o projeto será
viável porque excede o custo de capital da empresa (BARROS; MATOS; COLAUTO, 2015).
Desta forma, verifica-se que o WACC apresenta-se como uma metodologia para cálculo
do custo total dos recursos investidos nas empresas, obtido por uma média das taxas de custos
das diversas modalidades, após o IR, ponderada pela participação relativa das várias
modalidades no total, denominada estrutura financeira da empresa (BARROS; MATOS;
COLAUTO, 2015).
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3 METODOLOGIA
3.1 Caracterização da pesquisa
Hormel
Agro - Estados
Foods HRL 17.749 20.370 1928 1990
Frigoríficos Unidos
Corporation
Agro -
Nutrien Ltd NTR Canadá 26.466 32.811 2018 2018
Serviços
Mosaic Agro - Estados
MOS 11.164 14.160 2004 2004
Company Serviços Unidos
Agro -
Deere & Estados
Indústria de DE 107.686 162.132 1958 1958
Company Unidos
Máquinas
Agro -
Bayer BAYN Alemanha 50.835 89.289 1863 2005
Serviços
Agro -
BASF BASF Alemanha 44.433 66.316 1865 1952
Serviços
Agro - Estados
Corveta Inc CTVA 33.530 36.027 2018 2019
Serviços Unidos
Archer
Daniels Agro - Estados
ADM 39.379 38.483 1923 1945
Midland Tradings Unidos
(ADM)
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Caracterização detalhada das empresas nacionais
A Minerva Foods S.A., mais conhecida como Minerva, é uma das principais empresas
do país no setor de consumo não cíclico, com destaque especial para a sua atuação no segmento
de produção de alimentos processados.
Criada nos anos 20, o grupo Minerva Foods se posicionou entre os principais negócios
do setor alimentício nacional, especialmente de carne, área que possui atuação tanto no mercado
nacional, quanto internacional.
45
A Marfrig Global Foods S.A., popularmente conhecida como Marfrig, é uma das
principais empresas do país no setor de consumo não cíclico, com destaque especial para sua
atuação na produção de alimentos processados.
Criada no ano de 2000, a Marfrig se tornou, ao longo das décadas, uma das principais
produtoras de alimentos derivados da proteína animal do mundo, de forma que o grupo possui
unidades espalhadas por mais de 10 países.
A BRF Brasil Foods S.A. é uma das principais empresas do país no setor de consumo
não cíclico, com destaque especial para a sua atuação no segmento de produção e
comercialização de produtos processados.
Criada no ano de 2009, a BRF surgiu após a fusão da Sadia com a Perdigão, dois dos
maiores negócios do setor alimentício nacional, com isso o grupo se posicionou com uma das
principais empresas do país.
A Camil Alimentos S.A. é uma das maiores empresas do Brasil no setor de consumo
cíclico, com destaque por seu trabalho no segmento de produção e comercialização de
alimentos.
Criada na década de 1960, a Camil se tornou uma das principais empresas no setor
alimentício do país, sendo mais reconhecida por sua atuação no setor de grãos. Dessa forma, a
companhia se posicionou entre as grandes exportadoras do Brasil.
A Raízen é uma empresa brasileira de capital aberto, que trabalha no setor de energia,
com sede na cidade de São Paulo e que foi fundada em 2011.
A companhia também atua nos setores de produção de açúcar, etanol e distribuição de
combustível, sendo a principal empresa do segmento sucroalcooleiro.
Isso porque, além de ser a maior fabricante de etanol de cana de açúcar do Brasil,
também é a maior exportadora individual de açúcar dentro do mercado internacional. A seguir,
as informações consolidadas da Raízen S/A.
A Jalles Machado S/A é uma empresa de produção agrícola com focos diversificados,
produzindo desde açúcar, etanol até produtos de limpeza à base de alcool.
Os dados a respeito do desempenho da Jalles Machado são detalhados através da Tabela
9.
A SLC Agrícola S/A é uma das maiores produtoras mundiais de grãos e fibras, com foco
na produção de algodão, soja e milho. Além disso, a empresa foi uma das primeiras do seu setor
a ter ações negociadas na Bolsa de Valores no mundo, tornando-se uma referência no seu
segmento. Seguindo com as informações detalhadas a respeito das empresas selecionadas para
a pesquisa, a Tabela 10 apresenta os dados referentes à empresa SLC Agrícola.
A empresa Corteva Inc tem seus dados detalhados por meio da Tabela 25.
4.3 Análise dos Indicadores Financeiros das empresas nacionais e estrangeiras referente
aos últimos 5 anos
Tabela 30 - Crescimento Médio Anualizado Receita Líquida (CAGR) das empresas brasileiras (valores em
milhões de dólares)
Empresa 2018 2019 2020 2021 2022 CAGR
Agrogalaxy 386 507 1.181 2.195 54,4%
-
Boa Safra 80 100 113 187 335 33,1%
Marfrig 7.680 12.099 13.002 15.330 24.741 26,4%
SLC 729 754 746 1.135 1.816 20,0%
Kepler Weber 149 145 129 221 345 18,3%
Raízen 25.047 17.228 29.494 46.280 16,6%
-
Brasilagro 141 141 155 248 244 11,6%
Camil 1.189 1.340 1.439 1.619 1.949 10,4%
JBS S/A 46.949 50.749 52.062 62.966 70.994 8,6%
Minerva 4.189 4.248 3.740 4.721 5.867 7,0%
3 Tentos 488 552 600 959 1.305 16,7%
BRF 7.801 8.300 7.605 6.677 10.191 5,5%
Jalles Machado 197 220 209 260 343 14,8%
63
Tabela 31 - Crescimento Médio Anualizado Lucro Líquido (CAGR) das empresas brasileiras (valores em milhões
de dólares)
Empresa 2018 2019 2020 2021 2022 CAGR
JBS S/A 54 1.586 896 3.686 2.936 122,1%
Kepler Weber 2 9 13 28 72 103,6%
Boa Safra - 7 13 23 36 52,6%
Jalles Machado 18 14 42 70 90 37,3%
3 Tentos 32 30 47 77 108 27,3%
Vittia 11 14 17 18 28 19,8%
SLC 105 78 98 203 254 19,3%
São Martinho 98 146 166 262 206 16,0%
Marfrig 556 392 873 1.194 788 7,2%
Camil 94 59 89 82 92 -0,4%
BRF -1.155 74 268 75 -595 -12,4%
M. Dias Branco 187 139 147 91 91 -13,3%
Brasilagro 59 25 21 100 27 -14,7%
Raízen - - - 609 30 -78,5%
Minerva -326 4 134 108 124 -182,7%
Agrogalaxy -1 7 5 21 5 -247,4%
Total Ano -264 2.585 2.830 6.646 4.292 13,5%
Fonte: RI (2023)
Tabela 32 - Crescimento Médio Anualizado EBITDA (CAGR) das empresas brasileiras (valores em milhões de
dólares)
Empresa 2018 2019 2020 2021 2022 CAGR
Kepler Weber 12 17 21 42 79 44,7%
Agrogalaxy - - 24 57 121 44,0%
Raízen - - - 2.022 3.598 33,4%
Jalles Machado 129 44 231 101 172 30,6%
SLC 199 165 178 302 483 19,4%
Minerva 232 429 405 427 538 18,4%
JBS S/A 3.096 4.911 5.451 7.399 6.521 16,1%
3 Tentos 43 40 67 68 108 26,3%
Marfrig 1.220 1.144 1.782 2.548 2.369 14,2%
Camil 142 127 150 139 203 7,4%
Vittia 19 18 21 27 37 16,5%
Brasilagro 82 40 54 161 75 -1,8%
São Martinho 398 402 566 684 756 5,1%
M. Dias Branco 241 192 189 125 170 -6,7%
Boa Safra - 11 20 26 19 -15,6%
BRF -413 878 840 835 301 -193,0%
Total ano 5.399 8.419 10.001 14.961 15.549 23,6%
Fonte: RI (2023)
Tabela 33 - Crescimento Médio Anualizado Receita Líquida (CAGR) das empresas estrangeiras (valores em
milhões de dólares)
Empresa País 2018 2019 2020 2021 2022 CAGR
Mosaic Company Estados Unidos 9.587 8.906 8.681 12.357 19.125 14,8%
Nutrien Ltd Canadá 18.772 19.316 20.053 26.861 37.012 14,5%
Pilgrims's Pride Estados Unidos 10.937 11.410 12.090 14.780 17.470 9,8%
Deere & Co Estados Unidos 37.318 39.233 35.514 43.983 52.563 7,1%
BASF Alemanha 69.988 66.535 72.256 89.458 93.507 6,0%
Tyson Foods Estados Unidos 40.052 42.405 43.185 47.049 53.282 5,9%
Hormel Foods Estados Unidos 9.545 9.497 9.608 11.386 12.458 5,5%
Bayer Alemanha 42.091 48.844 50.574 50.171 54.330 5,2%
Corteva Inc Estados Unidos 14.287 13.846 14.217 15.655 17.455 4,1%
CNH Industrial Itália 29.706 28.079 14.779 19.496 23.551 3,9%
ADM Estados Unidos 64.341 64.656 64.355 85.249 101.556 3,6%
FMC Corp Estados Unidos 4.285 4.609 4.642 5.045 5.802 2,8%
Bunge Limited Estados Unidos 45.743 41.140 41.404 59.152 67.232 2,6%
Total Ano 396.652 398.476 391.358 480.642 555.340 7,0%
65
Na tabela 34, é possível analisar a evolução do Lucro Líquido das empresas emergentes.
A média de crescimento anual foi de 17,4%. Destaque novamente para a empresa Mosaic que
cresceu o lucro líquido em 50%aa.
Tabela 34 - Crescimento Médio Anualizado Lucro Líquido (CAGR) das empresas estrangeiras (valores em
milhões de dólares)
Empresa País 2018 2019 2020 2021 2022 CAGR
Mosaic Company Estados Unidos 470 -1.067 666 1.630 3.582 50,1%
Bunge Limited Estados Unidos 267 -1.280 1.145 2.078 1.610 43,2%
Deere & Co Estados Unidos 2.368 3.253 2.751 5.963 7.131 24,7%
Pilgrims's Pride Estados Unidos 248 456 95 31 746 24,6%
ADM Estados Unidos 1.810 1.379 1.772 2.709 4.340 19,1%
Bayer Alemanha 1.941 4.588 -12.820 1.138 4.443 18,0%
Nutrien Ltd Canadá 3.573 992 459 3.153 7.660 16,5%
CNH Industrial Itália 1.068 1.422 -493 1.723 2.029 13,7%
FMC Corp Estados Unidos 502 477 552 739 736 8,0%
Tyson Foods Estados Unidos 2.970 1.980 2.061 3.047 3.238 1,7%
Hormel Foods Estados Unidos 1.012 978 908 908 1.000 -0,2%
BASF Alemanha 5.392 9.442 -1.294 6.286 -671 -165,9%
Corteva Inc Estados Unidos -5.065 -959 681 1.759 1.147 -174,3%
Total Ano 16.556 21.661 -3.517 31.164 36.991 17,4%
Fonte: Investidor 10 e Finbox (2023)
Tabela 35 - Crescimento Médio Anualizado EBTIDA (CAGR) das empresas estrangeiras (valores em milhões
de dólares)
Empresa País 2018 2019 2020 2021 2022 CAGR
Nutrien Ltd Canadá 3.763 3.606 3.232 6.490 11.513 25,1%
Mosaic Company Estados Unidos 1.923 1.328 1.249 3.545 5.863 25,0%
Pilgrims's Pride Estados Unidos 775 978 582 1.270 1.643 16,2%
Bunge Limited Estados Unidos 1.482 1.440 1.847 2.783 3.011 15,2%
Deere & Co Estados Unidos 5.941 5.198 5.450 8.864 10.804 12,7%
ADM Estados Unidos 2.865 2.580 2.737 3.901 5.197 12,6%
Bayer Alemanha 8.185 12.125 12.252 12.379 13.604 10,7%
Corteva Inc Estados Unidos 2.290 2.047 2.388 3.878 3.32 7,7%
Tyson Foods Estados Unidos 4.085 3.941 4.290 5.615 5.660 6,7%
FMC Corp Estados Unidos 1.091 1.220 1.245 1.313 1.406 5,2%
66
Hormel Foods Estados Unidos 1.300 1.305 1.270 1.346 1.548 3,6%
CNH Industrial Itália 2.953 2.445 792 2.408 3.224 1,8%
BASF Alemanha 10.283 8.350 8.567 12.057 10.953 1,3%
Total Ano 46.936 46.563 45.901 65.849 77.747 10,6%
Fonte: Investidor 10 e Finbox (2023)
Tabela 36 - Crescimento Médio Anualizado Valor de Mercado (CAGR) das empresas brasileiras (valores em
milhões de dólares)
Empresa 2018 2019 2020 2021 2022 CAGR
Kepler Weber 101 192 192 213 341 27,4%
Minerva 481 1.276 1.069 1.093 1.434 24,7%
Brasilagro 231 308 573 434 459 14,7%
SLC 1.016 1.146 991 1.534 1.834 12,5%
Marfrig 875 1.735 1.948 2.712 1.087 4,4%
JBS S/A 8.125 17.062 11.959 15.868 9.238 2,6%
Camil 751 777 740 595 533 -6,6%
3 Tentos - - - 863 877 0,8%
M. Dias Branco 3.723 3.209 2.218 1.545 2.281 -9,3%
Agrogalaxy - - - 321 313 -1,3%
Vittia - - - 370 350 -2,7%
São Martinho 1.649 2.053 1.826 2.189 1.790 -9,6%
BRF 4.597 7.090 3.430 3.268 1.691 -18,1%
Jalles Machado - - - 523 375 -15,3%
Boa Safra - - - 333 231 -16,8%
Raízen - - - 11.988 7.333 -21,8%
Total Ano 21.550 34.849 24.946 43.850 30.165 7,0%
Fonte: Investidor 10 e Finbox (2023)
Por fim, a tabela 37 analisa a evolução do Valor de Mercado das empresas estrangeiras.
A média anual de crescimento foi de 7,8%, e apenas as empresas Bayer e Basf, apresentaram
uma redução no Market Cap nos útlimos anos. Destaque para as empresas americanas Deere &
67
Co, Corteva, Bunge e ADM, além da italiana CHN Industrial, que apresentaram crescimentos
acima de dois dígitos no período.
Tabela 37 - Crescimento Médio Anualizado Valor de Mercado (CAGR) das empresas estrangeiras (valores em
milhões de dólares)
Empresa País 2018 2019 2020 2021 2022 CAGR
Deere & Co Estados Unidos 43.567 54.832 70.794 106.137 119.466 22,4%
Corteva Inc Estados Unidos - 22.122 28.847 34.462 41.997 17,4%
Bunge Limited Estados Unidos 7.539 8.152 9.158 13.119 14.945 14,7%
CNH Industrial Itália 12.468 14.851 17.351 26.314 21.580 11,6%
ADM Estados Unidos 29.969 25.802 28.047 37.812 51.005 11,2%
FMC Corp Estados Unidos 9.959 12.938 14.913 13.928 15.608 9,4%
Pilgrims's Pride Estados Unidos 3.861 8.164 4.776 6.871 5.611 7,8%
Mosaic Company Estados Unidos 11.259 8.196 8.722 14.889 14.936 5,8%
Nutrien Ltd Canadá 28.779 27.429 27.392 42.917 37.977 5,7%
Hormel Foods Estados Unidos 23.265 21.834 26.873 22.961 25.370 1,7%
Tyson Foods Estados Unidos 21.783 31.414 21.666 28.799 23.710 1,7%
Bayer Alemanha 64.698 80.235 57.792 52.554 50.835 -4,7%
BASF Alemanha 63.553 69.388 72.616 64.584 44.433 -6,9%
Total Ano 320.700 385.357 388.947 465.347 467.473 7,8%
Fonte: Investidor 10 e Finbox (2023)
4.5 Análise Comparativa dos Múltiplos de Mercado (EV/Ebtida, P/L, P/VP, VPA, LPA)
A tabela 39, analisa o comportamento dos múltiplos das empresas estrangeiras e tem como data-
base, as informações financeiras de 31/12/2022. Em relação ao indicador EV/Ebtida, destaque
para as empresas americanas Deere & Co, Corteva, FMC e ADM, além da italiana CNH
Industrial, que apresentaram os maiores múltiplos da análise. Em relação do indicador Dividend
Yield (DY), percebe-se que as empresas estrangeiras pagam em média menos dividendos que as
empresas brasileiras.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ebtida, com as empresas nacionais crescendo em média 14% a.a., e os seus pares internacionais
crescendo em média de 10%aa.
Por fim, considerando a análise relativa por múltiplos de mercado, destaca-se o fato que
as empresas brasileiras negociam em média com múltiplos inferiores em relação as empresas
estrangeiras. A relação EV/Ebtida para as empresas brasileiras ficou em 7x no fim de 2022,
enquanto que a média das empresas estrangeiras para este mesmo indicador ficou 9,2x. Já em
relação ao Dividend Yield, as empresas nacionais se mostraram melhores pagadoras de
dividendos, distribuindo em média 6,22% versus 2,33% das empresas estrangeiras.
Diante desse contexto, conclui-se que a avaliação de empresas no agronegócio é uma
ferramenta essencial para orientar estratégias de crescimento, fusões, aquisições e decisões de
investimento. A qualidade das premissas utilizadas na avaliação é fundamental, considerando
a natureza variável e específica do setor agropecuário. A pesquisa e análise contínua desses
indicadores são cruciais para a tomada de decisões informadas em um ambiente empresarial
dinâmico e competitivo.
Assim, este trabalho proporciona uma visão abrangente do cenário do agronegócio
brasileiro, destacando a importância do valuation como uma ferramenta estratégica e abrindo
espaço para futuras pesquisas que aprofundem ainda mais a compreensão desse setor vital para
a economia do país.
Como sugestão para futuras pesquisas relacionadas a este tema, sugere-se uma
ampliação da pesquisa, considerando a utilização de outras alternativas para realização do
valuation, como o Fluxo de Caixa Descontado, até mesmo uma abordagem intra-setorial,
comparando o comportamento do Valor de Mercado com players de outros setores da
economia.
71
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