2013 TatianaAzevedoTrindade

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UNB

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB


FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FE
CURSO DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA

TATIANA AZEVEDO TRINDADE

O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

CARINHANHA/BAHIA
2013
TATIANA AZEVEDO TRINDADE

O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho Monográfico apresentado como


requisito parcial para obtenção do título de
Licenciado em Pedagogia a Distância pela
Faculdade de Educação – FE da
Universidade de Brasília (UnB) -
Universidade Aberta do Brasil (UAB).

CARINHANHA/BAHIA
2013
Trindade, Tatiana Azevedo. O lúdico na Educação Infantil/ BA, Novembro de 2013. 55
páginas, Faculdade de Educação – FE, Universidade de Brasília – UnB.

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Pedagogia a Distancia.

FE/UnB-UAB
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

TATIANA AZEVEDO TRINDADE

Trabalho Monográfico apresentado como


requisito parcial para obtenção do título de
Licenciado em Pedagogia a Distância pela
Faculdade de Educação – FE, Universidade de
Brasília – UnB – Universidade Aberta do Brasil
(UAB).

BANCA EXAMINADORA:

Professor (Orientador): Rogério Andrade Córdova

Membros da Banca Examinadora

Professor Doutor: Rogério de Andrade Córdova - UAB – UnB

Professora Doutora: Ana América Magalhães Ávila Paz - UAB – UnB

Professora Mestre: Analva Aparecida Andrade Lucas Passos - UAB – UnB


DEDICATÓRIA

Dedico primeiramente a Deus, por ter sido meu porto seguro e ter
me concedido a entrada numa das melhores faculdades do Brasil.
Aos meus familiares e amigos pelo apoio nas horas difíceis.

Dedico também a minha tia Alezinda que me hospedou todos os


finais de semana na casa dela, nos períodos dos encontros
presenciais em Carinhanha Ba.
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradeço a Deus pelas inúmeras bênçãos derramadas ao


longo da minha vida. Aos meus pais pelo apoio e colaboração e por ter acreditado e
investido na minha formação acadêmica.

Aos meus irmãos Isael, Lucineia e Vera Lúcia pelo companheirismo e incentivo.
Ao pastor Silvio Martins, Sidinei Fogaça, Nadab Damasceno, Camila Fernandes, Sávio
Fernandes, Eduarda Rísia, agradeço pelas orações em prol da minha vida. Aos meus
colegas de turma pela amizade que foram construídas no decorrer do curso
principalmente Tais Santos, Vivian Flores, Venilcia Souza companheiras inseparáveis
no meu processo formativo, meu agradecimento pela companhia, parceria, ao longo
dessa formação.

As minhas tutoras presenciais Erica e Cresia que também contribuíram para


minha formação, que Deus continue abençoando vocês ricamente e retribua em dobro
o que fizeram por mim. À Tutora Analva Passos e ao Professor Rogério Córdova pela
paciência ajuda, colaboração e dedicação ao longo das orientações. Aos meus amigos
José Luís dos Santos, Edite Cardoso, meu tio Elton, Tia Maria, Cleria que também
contribuíram para a realização desse estudo.
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo investigar a importância de desenvolver a
aprendizagem por meio das atividades lúdicas na Educação Infantil através dos jogos e
brincadeiras que fazem parte da vida das crianças. Por serem atividades que
proporcionam à criança estabelecer relações sociais, desenvolver habilidades motoras,
exercitar a imaginação e criatividade e também, fomentar a curiosidade do professor no
sentido de promover metodologias de ensino que estimulem à criança o desejo de
aprender de uma forma lúdica e diferenciada, buscando incentivar o gosto pela leitura a
partir de jogos e brincadeiras e o desejo de aprender brincando e se divertindo. Este
trabalho teve como aporte principal a realização de um questionário, que visava
compreender como os professores desenvolviam o lúdico em sala de aula com os
alunos da Educação Infantil. Essa pesquisa foi fundamentada em autores como
Vygotsky, Piaget, Huizinga, Rau entre outros que deram subsídios para compreender
melhor a importância do lúdico no desenvolvimento do ensino aprendizagem para as
crianças na fase escolar inicial.

Palavras chave: Aprendizagem, Lúdico, Educação Infantil.


ABSTRACT
The present study aims to investigate the importance of developing learning through
play activities in kindergarten through games and activities that are part of children's
lives. Why are activities that provide children establish social relationships, develop
motor skills, exercise their imagination and creativity and also foster the curiosity of the
teacher in promoting teaching methodologies that encourage the child the desire to
learn in a fun and different way, seeking to encourage a love of reading from games
and play and the desire to learn while playing and having fun. This work had as main
contribution the completion of a questionnaire, which sought to understand how
teachers developed the play in class with students from Kindergarten. This research
was based on authors such as Vygotsky, Piaget, Huizinga, Rau and others who gave
grants. To better understand the importance of playfulness in the development of
teaching and learning for children in the early school years.

Keywords: Learning. Playful. Early Childhood Education.


SUMÁRIO

O INÍCIO ........................................................................................................................ 11

INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 16

REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................ 18

METODOLOGIA DA PESQUISA................................................................................... 30

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS ....................................................................... 32

CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 47

REFERENCIAL ............................................................................................................. 48

PESPECTIVA ............................................................................................................... 51

APÊNDICE .................................................................................................................... 52
1ª PARTE

MEMORIAL EDUCATIVO
11

O INÍCIO

Difícil iniciar essa narrativa falando de quem sou e de onde vim, tentarei expor
para o papel parte do que senti e do que vivi e principalmente as memórias escolares,
e de tudo que diz respeito a elas ao longo desses 27 anos de vida.

Hoje tenho 27 anos, me chamo Tatiana e sou Graduanda em Pedagogia. Venho


de uma família simples e sou a terceira filha de uma família evangélica, na qual os
valores cristãos estiveram sempre presentes. Em Provérbios capítulo (22:6-11)
principalmente o verso 6, que diz: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e
até quando envelhecer (quando crescer) não se desviará dele.” Educar indica a
primeira instrução que um pai e mãe devem dar a um filho, ou seja, sua primeira
educação. Recordo-me carinhosamente dos seus ensinamentos, tenho nos meus pais
um espelho de vida. Fui ensinada a obedecer e a respeitar os professores e
também os mais velhos.

Comecei a estudar com seis anos de idade. Tenho boas lembranças dessa
escola e das recordações que lá vivi. Fiquei nela por nove anos. Recordo-me que
interagia muito com os meus colegas, E quando terminava a aula eu ia logo para
casa, pois queria fazer logo a tarefa de casa, em seguida brincava com as minhas
amiguinhas, era muito divertido, as brincadeiras preferidas eram: Chicotinho queimado,
morto vivo, alô Brasil, ciranda cirandinha, eu quase não possuía brinquedos, mas era
feliz com o pouco que eu tinha.

Sempre fui uma menina responsável e dedicada, gostava das minhas


coisas tudo organizada para obter bom êxito nas tarefas realizadas.

Durante essa fase inicial do ensino fundamental tive professor competente que
foi seguro em ensinar tudo que precisávamos aprender e, outro muito exigente onde
era necessário saber tudo sobre adição, subtração e divisão. E ainda tínhamos que
decorar os textos para fazer provas. Antigamente, acreditava-se que as crianças
aprendiam apenas recebendo informações de um professor. O professor explicava,
ditava regras, mostrava figuras e a criança ouvia, copiava, decorava o que devia
aprender. Quando não aprendia, culpava-se a criança chamava de desatenta,
e irresponsável.
12

Lembro-me de um dos momentos marcantes em minha vida que foi em 2002


quando eu comecei a estudar no 1ª ano do Ensino Médio. Como na comunidade só
tinha até a 8º série, foi preciso ir para a Cidade de Carinhanha-Ba. Existe uma frase no
qual eu sempre me espelhei de Gandhi que diz assim: Nas grandes batalhas da vida, o
primeiro passa para a vitória é o desejo de vencer. Não foi fácil a caminhada, mas tinha
um objetivo era a vitória.

Na comunidade havia um ônibus que levava os alunos todos os dias, saíamos


daqui 05h00min da manhã pra chegar as 07h00min na escola. Tinha que fazer essa
trajetória todos os dias. Foi um dos momentos mais difíceis na minha vida. Na época
da chuva saíamos 04h00min horas da manhã, o ônibus atolava na estrada, e quando
achávamos carona, ainda chegávamos no horário certo na escola. Muitas das vezes
pegávamos carona nos caminhão sujo de carvão que até prejudicava nossos olhos,
mas não tinha alternativa para chegar até em casa. Sabia que a vida era cheia de
desafios e para conseguir vencer tinha que ter otimismo e motivação assim ficaria mais
fácil superar os problemas e achar boas soluções.

No ano de 2005 conclui o 4º ano, fiz a formatura, e foi tudo perfeito, onde
estavam todos familiares e amigos presentes. Assim que conclui o Ensino Médio quis
continuar meus estudos, meu sonho era cursar um curso superior. Aqui em Carinhanha
já existia a UNEB e a FACINTER. Para ingressar na FACINTER o aluno precisava
pagar uma mensalidade todo o mês. Recordo que os meus pais não tinham condições
de pagar, às vezes eu chorava, pois esse era um dos meus desejos, e a minha mãe
sempre do meu lado me dando palavra de ânimo, dizendo que há minha hora chegaria,
que o momento de Deus não era o meu. Já a UNEB, só professor da rede podia
prestar vestibular, não havia vagas para professores que não eram concursados da
Rede de Ensino do Município.

A UnB- Universidade de Brasília

No ano de 2009 chegou a UAB-UNB, em Carinhanha, com dois cursos letras e


pedagogia, fiz a inscrição para o vestibular, escolhi a área de pedagogia, pois um dos
meus sonhos era ser professora fiz a prova depois de um mês saiu o resultado,
quando uma colega me disse que meu nome estava no mural que eu tinha passado
13

nem acreditei, não sabia se sorria se chorava, ou se dava a notícia para os outros.
Então liguei em Carinhanha e realmente eles confirmaram que eu tinha passado me
deram apenas um dia apenas para eu providenciar toda a papelada

Entrei na UnB com 22 anos de idade no início tinha certeza que muito de mim
mudaria e mudou! Mas confesso que no início foi muito complicado. No 1° semestre,
Comecei toda entusiasmada por ter conseguido o ingresso numa das melhores
Universidades do Brasil, mesmo estando feliz sentia um pouco perdida, diante de
tantos textos complexos. Tive muita dificuldade de entender os textos, fazíamos grupo
de estudo, mesmo assim era difícil de compreender, pois estávamos no mesmo barco.

Acredito que no início foi frustrante, pelo fato de morar na Zona rural e não ter
internet em casa precisava deslocar para Carinhanha toda semana, ficava no mínimo
três dias para fazer os trabalhos propostos, algumas vezes precisava da ajuda de
algumas colegas para me auxiliarem na digitação, pois não tinha muita familiaridade
com o computador. Mesmo assim sempre fui comprometida com meus trabalhos,
entregava todos dentro do prazo. Todas as disciplinas foram de grande importância em
minha vida, mas algumas me marcaram e serviram como suporte no meu desempenho
como educadora, no 1º semestre foi a Antropologia da Educação, gostava muito dos
textos da disciplina apesar de ter achado um pouco complexo. Mesmo assim
pude enxergar o mundo de uma forma diferente foi uma disciplina maravilhosa que
investiga as origens, o desenvolvimento e as semelhanças das sociedades humanas
assim como as diferenças entre elas.

Outra foi Matemática onde fazíamos oficinas com diversos jogos, onde aprendi
por meio do lúdico. Amei estudar Introdução na classe hospitalar os textos eram de
fácil compreensão. E as outras disciplinas foram as de projetos. Por meios das
observações e estágio na sala de aula o possibilitou-me a escolher o tema do projeto
pesquisa TCC.

Sempre tive afinidade com a Educação Infantil, e tinha a curiosidade de saber


qual eram os métodos que os professores utilizavam para alfabetizar as crianças.
Então surgiu a oportunidade do estágio, claro optei pela Educação infantil. No período
das observações notei que o lúdico era pouco ensinado, e os alunos tinham muita
dificuldade de assimilar as vogais e os números. Então por essa razão na disciplina:
Projeto 4 - Fase 1, o meu tema escolhido foi: A importância de alfabetizar por meio de
jogos e brincadeiras na educação infantil. Utilizei jogos de bingo, boliche, utilizei música
14

com letrinhas das vogais, tampinhas, pescaria de números, jogo de memória, jogo de
comparação e quantias, brincadeira com fichas do nome etc.

Nota-se que as atividades lúdicas possibilitam a aprendizagem e o


desenvolvimento das crianças em suas várias habilidades. É visto que é por meio da
brincadeira que a criança desenvolve o seu senso de companheirismo. Aprende a
conviver, ganhando ou perdendo, compreende as regras e alcança uma participação
satisfatória.

No projeto 5 fase 1 TCC, continuei com a mesma investigação cujo tema era o
lúdico na educação e o problema: como as brincadeiras e jogos estão inseridos em
uma escola municipal do interior da Bahia. E de que forma essas aulas lúdicas
contribuem para o processo de ensino aprendizagem das crianças de cinco anos de
idade?

Ao finalizar o curso a minha perspectiva profissional é fazer uma especialização


voltada à educação infantil. Não estou atuando na sala de aula, mas sempre estou
substituindo professor, amo trabalhar com essa turminha, pretendo dar continuidade
aos meus estudos buscando assim melhorar meus conhecimentos.

O papel da Pedagogia na sociedade é de formar cidadãos críticos, aptos a


transformar a sociedade; trabalhar a educação a cultura da sociedade, educar em
hospitais, ou seja, na definição do papel da Pedagogia como uma prática social é
capaz de fazer a diferença independente do meio no qual está inserida.

Como pedagoga quero ter a honra de pode fazer a diferença, Por isso
quero tornar-me uma pedagoga, qualificada para ajudar todos que estão a minha volta,
podendo assim facilitar na aprendizagem, e nos valores necessários à socialização do
educando.
15

2ª PARTE

TRABALHO MONOGRÁFICO
16

INTRODUÇÃO

A presente pesquisa tem como tema “Lúdico na Educação Infantil” com o foco
nos jogos e brincadeiras. Numa Escola Rural do Interior da Bahia. Tendo como objetivo
compreender como os professores utilizam deste recurso no cotidiano escolar das
crianças de cinco anos de idade.

O brincar é uma necessidade que faz parte da vida de qualquer pessoa estando
presente desde a antiguidade em todas as etapas da vida do ser humano.

A utilização de jogos existia na Grécia antiga, na Idade Média como também


nos tempos atuais, e por muitos anos, a atividade lúdica foi vista apenas como um
divertimento, possuindo um caráter não sério. Por esta razão, muitos educadores não
dão muito valor ao jogo e o veem como algo sem muita importância.

Entende-se que, o brincar não pode ser visto apenas como algo inútil, ou usado
apenas para preencher o tempo da aula, mas sim como uma ferramenta que possa
favorecer o crescimento do aluno e ajudando a fortalecer a sua imaginação e
criatividade diante das atividades propostas em sala de aula.

Para Froebel apud Bueno (2008, p.47): “[...] as brincadeiras são o primeiro
recurso no caminho da aprendizagem”. Concordo com Froebel, pois as atividades
lúdicas como uma proposta pedagógica é um importante instrumento que auxilia o
professor na aprendizagem do aluno.

A escolha do tema nasceu a partir das observações vivenciadas nos estágios,


quando notei a dificuldade de aprendizagem das crianças em assimilar as vogais e os
números até dez.

Diante dessas dificuldades observadas acredito que os jogos e


brincadeiras podem ser de fundamental importância para a melhoria do desempenho
da criança.

Certamente o lúdico pode não ser o único suporte para a mudança do ensino-
aprendizagem, mas é uma ponte que auxilia na melhoria dos resultados, por partes dos
educadores que querem promover uma educação de qualidade.
17

Para o estudo foi necessário um levantamento bibliográfico com base nos


autores que defendem o lúdico e veem o brincar como fonte de aprendizagem na
Educação Infantil.

A pesquisa teve como principais teóricos: Vygotsky, Huizinga, Kishimoto, Piaget,


Rau, entre outros intelectuais que estudam a temática, a qual teve por finalidade
mostrar a importância do lúdico como recurso pedagógico na educação, de modo a
incentivar a prática de jogos e brincadeiras e promover a aprendizagem e o
desenvolvimento das crianças.
18

REFERENCIAL TEÓRICO

A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O lúdico proporciona diversão, prazer, e desenvolve a construção do


conhecimento. Nota-se que o brincar é extremamente importante para os alunos da
Educação Infantil, pois enquanto eles brincam ao mesmo tempo em que se divertem
também aprendem. Nesse sentido os jogos e as brincadeiras tornam-se fundamentais
para uma aprendizagem significativa, como descreve Rau:

Nessa perspectiva, utilizando em sala de aulas, o jogo torna-se então


um meio para a socialização dos objetos educacionais, e ao educando,
ao pratica-lo nesse contexto, deve ser garantida ação livre, iniciada e
mantida unicamente pelo prazer de jogar é atrelada aos objetivos
educacionais sistematizadas pelo educador. (Rau 2011, p.31)

Então os jogos com proposta pedagógica propiciam aos alunos uma


aprendizagem significativa onde eles aprendem brincando e desenvolvem seus
saberes e conhecimentos sobre o mundo que o cercam. É papel do educador traçar os
objetivos para que a criança possam aprender se divertindo. Rau discorre sobre o
assunto:

Assim ao utilizar jogos como recursos pedagógicos, na escola, o


educador deve considerar a organização do espaço físico, a escolha
dos objetos e dos brinquedos e o tempo que o jogo irá ocupar em suas
atividades diárias (Rau 2011, p.96).

Conforme a autora destaca ao utilizar os jogos como recurso pedagógico o


educador deve organizar o espaço e o tempo e as escolha dos brinquedos que irá
utilizar em suas atividades diárias. O educador deve proporcionar um ambiente
agradável onde os alunos se sintam confortável e possam explorar livremente os
brinquedos utilizados. Como destaca Kishimoto.

O uso do brinquedo, jogo educativo com fins pedagógicos remete-nos


para a relevância desse instrumento para situações de ensino
aprendizagem e de desenvolvimento infantil. Se considerarmos que a
criança pré-escolar aprende de modo intuitivo, adquire noções
espontânea, em processos interativos, envolvendo o ser humano inteiro
19

com suas cognições, afetividade corpo e interação sociais, o brinquedo


desempenha um papel de grande relevância. (Kishimoto 2011, p. 40).

As brincadeiras educativas promovem na criança o gosto pelo brincar. Existem


vários jogos que, além de estimular a habilidade necessária de uma criança, ainda
possibilita a aprendizagem do indivíduo, quando ela aprende de forma natural e
dinâmica, despertando o interesse na busca do conhecimento, além de oferecer uma
interação social entre os alunos, ensinando a compreender as regras, o respeito aos
colegas, como também consolidando a formação de conceitos éticos e da
solidariedade.

Portanto, para que as crianças aprenderem com os jogos é necessário que o


educador ao realizar seu planejamento observe quais são os objetivos de cada jogo e a
sua finalidade interacional.

Segundo Piaget (1998) e Vygotsky (1989) o lúdico é uma ferramenta necessária


para o desenvolvimento infantil.

Sobre isto Kishimoto apud Queiroz afirma que:

[...] é importante compreender o jogo, o brinquedo e a brincadeira como


atividade que promove mudanças significativas no desenvolvimento
infantil e não apenas como um elemento presente no cotidiano das
crianças. (Kishimoto 2003 apud Queiroz 2009, p.26).

Conforme retrata os autores o lúdico é um instrumento indispensável para o


desenvolvimento da criança. A partir dos jogos e brincadeira a criança encontra suporte
para superar suas dificuldades de aprendizagem, e promove o crescimento intelectual
e psicológico. Como afirma Piaget:

A maneira de a criança assimilar, transformar o meio para que esta se


adapte as suas necessidades e de acomodar (mudar a si mesmo para
adaptar-se ao meio) deverá ser sempre através do lúdico. Ao brincar a
criança se relaciona com outras crianças, sendo capaz de perceber-se
com um “ser” no mundo numa relação entre o que é pessoal e o que
permite o ingresso no mundo das regras. (Piaget 1989, p.135).

Podemos compreender que é brincando que a criança cria seu próprio mundo
do jeito que ela quer e gosta. Portanto, os brinquedos são instrumentos
20

importantíssimos que colaboram para esta construção, pois permitem à criança criar
fantasias de suas vivências e experiências cotidianas.

1.1 - Definição de jogos e brincadeiras

Embora existam vários tipos de jogos cada um tem sua exclusividade


para cada faixa etária. Enquanto as crianças jogam e brincam elas
melhoram a sua socialização com os demais colegas e passam a
compreender o mundo que o cerca. Os jogos e as brincadeiras podem
ser visto como um recurso facilitador da aprendizagem da criança
desde que seja inserido numa proposta pedagógica. Ao participar das
atividades lúdicas as crianças constroem estratégias, planeja utilizando
o raciocínio e o pensamento. Segundo (Kishimoto 2011, p. 28).

O jogo deve ser livre, de forma alguma pode ser exercido como tarefa
obrigatória. O brincar é de grande relevância é mais importante do que somente jogar,
pois o ato de jogar com o lado lúdico é prazeroso. A criança sem notar se desenvolve
integralmente, assim o educador deve estar atento observando sempre, todas as ações
e reações que elas possam apresentar no período dessas atividades.

Rau cita que:

No que diz a respeito à definição de jogos, os estudos feitos por


Kischimoto definem como uma forma ‘’voluntaria da criança, um fim em
se mesmo, não pode criar nada, não visa um resultado final. “O que
importa é o processo em se de brincar que a criança se impõe”. Já o
brinquedo definido por Kishimoto, é entendido sempre como um objeto
suporte da brincadeira ou do jogo, que no sentido concreto, quer no
biológico. A brincadeira por sua vez, encontra fundamento na fala de
Kishimoto quando é apontada como uma atividade espontânea da
criança, sozinha ou em grupo. Ela constrói fantasia e a realidade o que
leva a lidar com complexas dificuldades psicológicas, como a vivência
de papéis e de situações não bem compreendidas e aceitas no seu
universo infantil. A brincadeira na infância leva a criança a solucionar
conflitos e por meio da imitação, ampliando as suas possibilidades
linguísticas, psicomotoras, afetivas sociais e cognitivas. (Rau 2007,
p.41,42).

Conforme Kishimoto o jogo tem que ser livre e espontâneo não se pode criar
nada o que importa é o processo de brincar. Pois por meio da brincadeira a criança
constrói a fantasia, e enfrenta desafios como também organiza melhor suas ideias.
21

Segundo Kishimoto:

A boneca é brinquedo para uma criança que brinca de “filhinha”, mas


para certas tribos indígenas, conforme pesquisa etnográfica é símbolo
de divindade, objeto de adoração. Dessa forma fica difícil entender,
porque um mesmo comportamento pode ser visto, como jogo ou não.
Se para um observador externo ação da criança indígena que se diverte
atirando como o arco e flecha em pequenos animais é uma brincadeira,
para a comunidade indígena nada mais é que uma forma de preparo
para a arte da caça necessária a subsistência da tribo. (Kishimoto 2011,
p.17).

Então, se atirar com arco e flecha para alguns é apenas um divertimento,


para outros, é uma arte para o próprio sustento. Assim, percebemos que uma ação
diferente pode ser visto como jogo ou não dependendo da cultura e do significado a ela
concedido. Kichimoto descreve.

Por tais razões fica difícil elaborar uma definição de jogo que englobe a
multiplicidade e suas manifestações concretas. Todos os jogos
possuem peculiaridades que os aproximam ou distanciam. A imagem
sobre o jogo é construído de acordo os valores e o modo de vida do ser
humano, que se expressa por meio da linguagem. Alguns anos atrás o
jogo era visto como algo que não tinha valor, como coisa não séria
como diz a autora Kishimoto (2011 p.17): Já nos tempo do Romantismo,
o jogo aparece como algo sério e destinado a educar a criança.
(Kichimoto 2011, p.17).

No mundo atual o jogo, brinquedo e brincadeira ainda são iutilizados de forma


indistinta. Mesmo vivemos em uma época diferente, ainda é possível perceber que
alguns professores Utilizam o jogo só para preencher seu tempo, não o veem como
algo sério e educativo. Estes profissionais não sabem da real importância dos jogos e
dos seus significados para o desenvolvimento infantil. Quando há um objetivo
pedagógico voltado para os jogos e as brincadeiras, as aulas tornam-se mais alegres e
e prazerosa favorecendo o crescimento e habilidades de comunicação, nas suas varias
formas, fatores que facilitam a auto- expressão.

Kishimoto descreve:

Uma boneca permite a criança várias formas de brincadeira, desde a


manipulação até as realizações de brincadeiras. Como de ‘‘mamãe
filhinha’’ o brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens
que evocar os aspectos da realidade. Ao contrário o jogo como xadrez e
jogos de construção exigem de modo explicito ou implícito, o
22

desempenho de certas habilidades definidas por uma estrutura


preexistente no próprio objeto e suas regras. (Kishimoto 2011, p. 20).

O brinquedo é uma ferramenta fundamental que se constrói de acordo a


imaginação. O jogo também é fundamental ainda mais quando vai além do
pensamento da criança. De acordo Kishimoto (2011) Pode-se dizer que um dos
objetivos do brinquedo é dar à criança um dos seus substitutos dos objetos reais para
manipulá-los. Desta forma é possível perceber que o brinquedo não reproduz apenas
objetos, mas uma totalidade social.

Há um mundo imaginário, criados pelos desenhos animados, pelos contos


de fadas, pelas histórias e seriados televisivos. Nesse caso os brinquedos representam
as imagens em forma de bonecos. Diante de um trecho do seu trabalho Huizinga
confunde os leitores com algumas ideias, por exemplo ‘‘ o contrário de seriedade é
jogo; todavia o conceito de jogo vai além, podendo até incluir seriedade’’ HUIZINGA
(1999, p.51).

Com certeza o jogo pode incluir seriedade se não fosse assim teríamos que
dizer que as crianças ao brincar estariam apenas disfarçando. É claro que elas ficam
sérias, pelo fato de estarem dedicando a uma atividade vital no seu pensamento.
Kishimoto (2011, p.27) o caráter não “sério’’ apontado por Huizinga não implica que a
brincadeira infantil deixa de ser séria. Quando a criança brinca, ela o faz de modo
compenetrado. Concordo com a citação da Kishimoto o caráter não “sério’’ apontado
por Huizinga não implica que a brincadeira infantil deixa de ser séria. Quando as
crianças estão realizando uma brincadeira elas tem um foco, que é conseguir o alvo
desejado, então é preciso muita atenção, por essa razão elas ficam sérias.

A brincadeira não deixa de ser séria só porque em meio as atividades lúdicas as


crianças demonstram sorrisos. Muitos educadores na atualidade veem o jogo como
algo inútil e não sério e somente quando jogam é apenas para se divertirem ou para
passar o tempo, muitos não incluem os jogos como uma proposta educativa, e as
crianças vão crescendo com esse mesmo conceito, tornam adultos e professores com
esse mesmo pensamento.

O jogo é de fundamental importância para o desenvolvimento da criança, pois


o mesmo possibilita a construção do conhecimento de uma forma prazerosa e
23

dinâmica, tornando a criança mais criativa e ágil ao ponto de resolver os problemas


com facilidades.

Ao longo do tempo, os jogos tornaram-se significativos na educação, pois são


lembrados como fator fundamental para a solução dos problemas da prática
pedagógica.

O jogo venceu a barreira do tempo, da sociedade e dos valores que a ele foi
submetido, estando presente em diferentes momentos históricos. Kishimoto (2011) O
jogo visto como recreação, desde a antiguidade Greco Romana aparece como
relaxamento necessário à atividade que exige esforço físico e intelectual.

O jogo e as brincadeiras fizeram-se presentes em todas as civilizações,


todos os povos brincaram e praticaram esporte de acordo com sua cultura. Algumas
brincadeiras e jogos praticados na atualidade, já eram praticados há muitos anos atrás.
A escola tem um papel fundamental que é de resgatar as brincadeiras antigas, pois as
mesmas contribuem para o desenvolvimento da coordenação motora dos alunos, e
ainda ajuda a despertar o conhecimento dos saberes populares, o que promoverá uma
aprendizagem mais prazerosa.

Para VIGOTSKY:

Definir o brinquedo como uma atividade que dá prazer à criança é


incorreto por duas razões. Primeiras muitas atividades dão à criança
experiências de prazer muito mais intensas do que o brinquedo, como
por exemplo, chupar chupeta, mesmo que a criança não se sacie. E,
segundo, existem jogos nos quais a própria atividade não é agradável,
como por exemplo, predominantemente no fim da idade pré-escolar,
jogos que só dão prazer à criança se ela considera o resultado
interessante. Os jogos esportivos (não somente os esportes atléticos,
mas também outros jogos que podem ser ganhos ou perdidos) são,
com muita frequência, acompanhados de desprazer, quando o
resultado é desfavorável para a criança. (VIGOTSKY 2007, p. 108).

Com base nessa citação é possível entender que o brinquedo não pode ser
definido totalmente como uma atividade que dá prazer a criança, pelo fato de muitas
outras atividades dá mais prazer do que o brinquedo, O autor ainda cita um exemplo:
chupar chupeta, mesmo que a criança não se sacie. Também o ato de chupar o dedo,
dormir agarrado uma fralda. Existem jogos que não são tão confortáveis e a criança
costumam valorizar mais os jogos quando os resultados são satisfatórios.
24

1.2- Fases de desenvolvimento segundo Piaget:

Para esse importante autor as pessoas passam por diferentes estágios desde o
nascimento até a idade adulta. É um período em que o pensamento e o
comportamento infantil são formados, do conhecimento ao raciocínio. Esses são os
quatro estágios de desenvolvimento proposto por Jean Piaget Segundo: Dalla Valle,
Luciana de Luca:

1ºEstágio-Sensório motor: (recém-nascido e o lactente 0 a 2 anos);A


criança conquista seu mundo através da percepção e dos movimentos,
de todo o Universo que a cerca.
2ºEstágio-Pré-operatório (a 1ªinfância dos 2 a 7 anos) o mais
importante é o aparecimento da linguagem, que irá acarretar as
modificações nos aspecto intelectual afetivo-social da criança interação
social.
3ºestágio-periodo das operações: (a infância propriamente dita dos 7
aos 11 ou 12 anos a criança apresenta a capacidade de reflexão, que é
exercida a partir de situações concretas no seu desenvolvimento
mental, ela adquire uma autonomia crescente em relação ao adulto,
passando a organizar seus próprios valores morais.
4ºEstágio períodos das operações formais (a adolescência-dos 12 em
diante) passagem do pensamento concreto para o pensamento formal,
abstrato; o indivíduo realiza as operações no plano das ideias, sem
precisar de manipulações concretos, é capaz de lidar com conceitos
como liberdade, justiça etc. Cria teoria sobre o mundo, principalmente
sobre os aspectos que gostaria de reformular. Capacidade esta de
reflexão espontânea, que descolada da realidade é capaz de tirar
conclusões de pura hipótese. (Dalla Valle, Luciana de Luca 2007, p.
30,31).

Esta fase do desenvolvimento sensório motor é extremamente rica na vida da


criança, no decorrer dos meses ela vai desenvolvendo aos poucos a inteligência, e
conquistando o mundo por meio da percepção e dos movimentos. Nessa fase o seu
desenvolvimento é muito rápido, ela começa tocar nos objetos, bater palminha, imitar
os adultos e logo começa andar. E assim vai desenvolvendo suas habilidades: como
pegar, andar e falar começa a mover de um lado para o outro. Ainda nessa fase a
criança entra no mundo da representação e da imitação e das brincadeiras de faz de
conta.

A criança nessa faixa etária é muito curiosa pra ela tanto faz pegar um copo
quanto um caneco, isso não faz diferença. No período pré-operatório a criança entra no
25

mundo da linguagem oral, por volta dos dois anos de idade, a criança melhora tanto a
linguagem oral quanto a imitação que já havia constituído no período sensório motor.

Nessa idade, a criança começa a distinguir o "certo" do "errado", diante do olhar


dos adultos e da postura que exerce diante deles. Assim ela tem a noção de algumas
ações terão determinadas consequências. Ela gosta de imitar o comportamento dos
outros, transformar os objetos, transforma uma boneca num bebê, pega um cabo de
vassoura e faze dele um cavalo. Portanto, o pensamento pré-operatório indica
inteligência seguida de ações.

O terceiro período das formações concretas, a criança consegue organizar suas


ideias e começa a compreender o mundo a sua volta. Começa a entender os cálculos
matemáticos, torna se mais independente ao realizar certas atividades, como andar de
bicicleta, montar a cavalo algo que só faziam com ajudas dos adultos.

O quarto período ela já é um adolescente e consegue formular ideias hipótese,


sem precisar ser manipulado por ninguém. Segundo Piaget estes estágios são
fundamentais na vida da criança para garantir um bom desenvolvimento motor e
cognitivo onde às crianças poderá realizar suas atividades com mais determinação.

1.3 - Kischimoto 2008 destaca quarto tipos de brincadeiras na ação lúdica da criança:

A primeira é das brincadeiras educativas (caracterizada pela ação lúdica com


fins pedagógicos). De acordo Kishimoto (2011, p.111): Os jogos educativos ou
didáticos estão orientados para estimular o desenvolvimento cognitivo e são
importantes para o desenvolvimento do conhecimento escolar elaborando, como
calcular, ler e escrever.

Então as brincadeiras e os jogos são ótimos instrumentos para aprendizagem do


aluno, pois o mesmo proporciona interação, estimula o interesse e possibilita a
construções do conhecimento.

A segunda é das brincadeiras tradicionais segundo Kishimoto (2011, p. 43)


podem ser entendidas pelo tradicionalismo e universalidade, pois se assentam no fato
de que povos distintos e antigos como os da Grécia e do Oriente, brincaram de
amarelinha, empinar papagaios, jogar pedrinhas e até hoje as crianças o fazem quase
26

da mesma forma. Tais brincadeiras foram transmitidas de geração em geração através


de conhecimentos empíricos e permanecem na memória infantil.

As brincadeiras sempre tiveram presentes em várias épocas na atualidade


não e diferente, várias brincadeiras do passado ainda estão presentes no período em
que vivemos hoje. Resgatar as brincadeiras tradicionais deve ser uma função de toda a
escola. Por meio delas os alunos vão poder entender os objetivos de cada brincadeira
e a importância dos mesmos no seu cotidiano. A Brincadeira de roda acompanhadas
por cantigas e movimentação do grupo, geralmente dispostos em círculo ciranda-
cirandinha, entrei na roda, pirulito que bate-bate, boca de forno, batata quente’’ alô
Brasil, guarda meu anelzinho , estátua , pique-esconde entre outros.

A terceira é as brincadeiras de faz de conta segundo Kishimoto (2011, p.15)


ainda aborda o imaginário despertando assim a criatividade da criança e demostrando
seu poder de criação. Geralmente as obras de criações das crianças são frutos do que
elas ouvem e veem, assim juntam as ideias para compor seu cenário de fantasia.
Desta forma elas aprendem a agir como se fossem adultos realizando simbolicamente
o que mais tarde farão na vida real.

Autora ainda ressalta que a brincadeira de faz de conta, também é conhecida


como símbolo de representação de papéis, o que deixa mais evidência a presença da
situação imaginária. Nessa atividade as crianças desempenham vários papéis sociais
ao representar diferentes personagens. Ela é a autora da sua própria criação, pois a
estuda e cria seus próprios significados. Essa brincadeira é excelente para o
desenvolvimento da criança, pois ela utiliza a imaginação, regras e gestos ela ainda
aprendem elaborar hipóteses para a resolução de seus problemas e tomam atitudes
como se fosse adulto.

Gostam se fantasiar colocar nome nos objetos, trazem para a brincadeira o que
vive e presencia dentro de casa. Elas vivem o personagem, pois a brincadeira é uma
realidade da mesma, onde demonstra o que realmente sente seus medos, suas
alegrias, suas angustias e conflitos. Exemplo de brincadeiras de faz de conta: são as
brincadeiras de casinha, escolinha, ônibus, vendinha, etc.

A quarta é as brincadeiras de construção sobre a qual kishimoto descreve:


27

Os jogos de construção ganha espaço na busca deste conhecimento


físico, porque desenvolvem as habilidades manuais, a criatividade
enriquece as experiência sensorial, além de favorecer a autonomia e a
sociabilidade. (kishimoto 2011, p. 112).

Os jogos ou brincadeiras de construção é uma ferramenta de grande relevância,


pois o mesmo tem a função de promover na criança a cooperação obediência e ainda
desenvolve a criatividade e a capacidade de elaboração e expressão. Exemplo de
jogos de construção: Ocorrem quando as crianças utilizam materiais como (blocos,
sucatas, garrafa pet, tampinhas e outros, para construir coisas novas como (pontes,
castelos, casa, igreja, bonecos, etc.). Vale ressaltar que a criança cria de acordo a sua
imaginação e o professor deve está atento e não interferindo muito nessas atividades,
mas auxiliando quando for necessário.

1.4- Piaget (1976) propõe quatro sucessivos sistemas de jogos

O primeiro é o jogo de exercício, o bebê nos seus primeiros meses de vida,


ainda não tem um domínio de sua visão, da coordenação e da apreensão de objetos,
portanto, nessa fase a criança exercita as habilidades motoras, através de atividades
básicas, tais como morder, chupar, sacudir, agarrar e lançar, repetindo várias vezes
estes movimentos, assim intuitivamente vai aperfeiçoando-os.

O segundo os jogos simbólicos conforme Rau:

O Jogo simbólico é uma atividade lúdica que manifesta se a forma de


imaginação e de imitação e ocorre para criança no período de 2 a 6
anos. É a fase em que ocorre a transformação de objetos, como cabo
de vassoura cavalo e a vivência de papéis, como brincar de papai
mamãe professor e aluno. Rau (2011, p. 155).

A autora demostra que o jogo simbólico é uma atividade lúdica que manifesta se
em forma de imaginação e de imitação é o jogo do faz de conta, que coopera para o
desenvolvimento humano. A criança utiliza a criatividade, usado qualquer objeto como
símbolo de acordo a sua imaginação. Como por exemplo: uma boneca se transforma
numa criança, um lápis num microfone, uma lata num carrinho, um cabo de vassoura
28

num cavalo, como também se transforma em papéis reais, como o da mãe, professor,
médico.

Nessas brincadeiras, as crianças se imaginam no papel dos adultos, e ainda por


meio deles expressa a sua convivência.

O terceiro jogos e de regras de segundo Rau:

Os jogos de regras tem sua prática como as crianças com a idade


próxima aos 5 anos, mas se desenvolvem na fase que vai dos sete aos
12 anos. São jogos de combinações sensórios- motoras ou intelectuais
que favorecem a socialização, pois a sua pratica possibilita a inserção
da criança no mundo social e cultura. As regras, no jogo, representam o
limite, o pódio e o não pódio, e nesse sentido regular, as relações entre
as pessoas. A folga nos jogos de regras, na perspectiva de MARCELO
(2000), Possibilitam que a criança tenha um espaço para adaptar se a
um ambiente social regrado; regula o comportamento estabelece limites
transforma as regras de acordo com as suas necessidades. (Rau 2011,
p. 155).

Conforme a autora os jogos de regras contribuem para o crescimento social


da criança, os jogos possibilita neles uma melhor adaptação às mudanças que ocorrem
no decorrer da sua vida. Pois as regras possibilitam o desempenho cognitivo diante de
diversas situações.

Ainda desenvolve aspectos cognitivos; como: a atenção, o senso de


responsabilidade e adquirem noções de sociedade e de regras, torna-se mais interativa
na sociedade, estimulando a responsabilidade, a disciplina, entre outros valores
Vygotsky, (2007 p. 110) “a situação imaginária de qualquer forma de brinquedo já
contém regras de comportamento, embora não possa ser um jogo com regras formais
estabelecidas”. Vygotsky (2007, p. 110) cita que a criança “imagina se como mãe e a
boneca como criança e dessa forma deve obedecer às regras do comportamento
maternal”.

Tendo como base as informações de Vygotsky a brincadeira é apontada como


um fator muito importante para as crianças da Educação Infantil. Embora as crianças
não percebam as brincadeiras contém regras, que ajudam elas a organizar seus
pensamentos, pois por meio delas aprendem a tomar decisões, compreendendo os
limites e desenvolvendo a socialização e a integração com o grupo a qual ela está
inserida.
29

Segundo Huizinga (2007, p. 33), o jogo “... é uma atividade ou ocupação


voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço,
segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um
fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma
consciência de ser diferente da vida cotidiana”.

Os jogos têm limites, espaços e regras que deve propiciar a criança o prazer, e
a alegria, e não o constrangimento. O jogo pode ser visto como uma atividade tanto
lúdica como competitiva. No entanto, deixa de ser jogo a partir do momento em que a
atividade se torna obrigatório. Na concepção do autor o jogo, é uma atividade
voluntária direcionada para a busca do prazer.

O quarto jogo é o de construção que para Kischimoto pode ser entendido da


seguinte forma.

Os jogos de construção tem uma estreita relação com o de faz de


conta. Não se trata de manipular livremente os tijolinhos de construir de
construção, más de construir casas, móveis ou senários para as
brincadeiras simbólicas. As construções se transformam em temas de
brincadeiras e evoluem em complexibilidade conforme o
desenvolvimento da criança. (Kischimoto 2011, p.44).

Nessa fase a criança inventa a sua regra e sua pratica individualmente, pois a
mesma adquire noções fundamentais para o desenvolvimento motor e intelectual. As
crianças usam, transformam e criam novos objetos que serão usados nas suas
brincadeiras.
30

METODOLOGIA DA PESQUISA

A Metodologia da pesquisa é um instrumento que nos faz refletir e ter um novo


olhar investigador e criativo sobre o mundo. O presente estudo insere-se numa
abordagem qualitativa uma vez que ocorreu no ambiente natural, da Educação Infantil,
numa escola rural no interior da Bahia.

Vale ressaltar que a pesquisa qualitativa possibilita o contato direto, e de longa


duração do pesquisador com o ambiente e a situação que está sendo investigada.

Sendo também uma pesquisa descritiva, porque visa observar, registrar, analisar
e estabelecer os fatos ou fenômenos, além de possibilitar ao pesquisador a devida
interpretação sem precisar forjar o contexto. Cabe ressaltar que a pesquisa descritiva,
trabalha sobre dados ou fatos colhidos da própria realidade.

O tipo de pesquisa utilizada foi à pesquisa de campo, segundo Ruiz (1991), a


pesquisa de campo consiste na observação dos fatos tal como ocorrem
espontaneamente, na coleta de dados e no registro de variáveis informações
relevantes para análise dos fatores.

Com a finalidade de alcançar os objetivos propostos nesta pesquisa, foi


realizado um levantamento bibliográfico, apoiando-se nos autores que veem o lúdico
como um instrumento de grande relevância na Educação Infantil, tais como: Vygotsky,
Huizinga, Kishimoto, Piaget, Rau entre outros intelectuais que estudam a temática.

Diante das características desta pesquisa, a metodologia que foi utilizada é


totalmente qualitativa, que para Minayo (1994, p. 21 - 22) pode ser entendida da
seguinte forma:

A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares [...] ela


trabalha com o universo dos significados, motivos, aspirações, crenças,
valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das
relações, dos processos e dos fenômenos [...]. (Minayo 1994, p. 21 -
22).

Com base nas informações desses autores percebemos que a pesquisa


qualitativa é a mais indicada para poder investigar, analisar e interpretar a realidade
31

social dos sujeitos, pois segundo os autores ela trabalha com o universo dos
significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitude.

Instrumentos de coleta de dados

Ao realizar o trabalho de natureza cientifica é fundamental que se faça um bom


planejamento, pois o mesmo deve ser elaborado de forma clara e suscita, observando
os instrumentos e estratégias que serão utilizados. Assim o pesquisador desenvolverá
sua pesquisa de uma forma segura e eficaz, sem se preocupar com o nível de
aprofundamento da pesquisa. Segundo Gil:

Pode ser definido “como a técnica de investigação composta por um


número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito
às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças,
sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc.” (Gil
1999, p.128).

Já para os autores Melo e Urbanetz:

O questionário é definido pelos autores Chizzotti (1995) e Pádua (2005)


como um conjunto de questões formuladas pelo pesquisador
diretamente respondidas pelos informantes. Por ter essa característica
de não ser o pesquisador o responsável por responder o questionário é
importante que algumas sugestões sejam levadas em conta. ( Melo e
Urbanetz (2009, p.95).

Ao elaborar o questionário, temos que tomar algumas precauções, pois deve ser
construído em tamanho moderado, que proporcione ao informante agilidade em suas
respostas, não ultrapassando 30 minutos. Outro cuidado é que as perguntas propostas
sejam claras para os informantes, sendo assim o pesquisador encontrará
possibilidades para alcançar as respostas confiáveis e desejadas.

Para tentar responder aos questionamentos, os instrumentos escolhidos para a


coleta de dados foi um questionário com 13 questões com perguntas fechadas e
semiabertas, direcionado para duas professoras da Educação Infantil de uma escola do
Interior da Bahia.

A observação é o instrumento que mais fornece detalhes ao pesquisador, pois


possibilita um contato direto do pesquisador com o sujeito. Por meio da observação fica
fácil acompanhar as experiências diárias do fenômeno estudado e investigar um
determinado problema.
32

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

Para realizar a análise, esta pesquisa embasou-se nos dados coletados por
meio de um questionário com perguntas fechadas e semiabertas realizada com três
professoras de uma Escola do Interior da Bahia, que trabalham com a com a Educação
Infantil.

Embora trabalhem há pouco tempo na educação infantil, os dados nos levaram


a crer que elas sabem da real importância da ludicidade nesta fase da escolarização,
como também demonstram comprometimento com o processo educacional dessa faixa
etária de cinco anos de idade.

Com a finalidade de alcançar os objetivos propostos nesta pesquisa, foi


realizado um levantamento bibliográfico, apoiando-se nos autores que veem o lúdico
como um instrumento de grande relevância na Educação Infantil como: Piaget,
Kischimoto, Vygotsky, Huizinga, Rau, entre outros intelectuais que estudam a temática.

A observação ocorreu durante o estágio, foi observado a relação do


professor/aluno, como os professores veem os jogos e brincadeiras no cotidiano
escolar das crianças, e quantas vezes o lúdico é trabalhado durante a semana e se há
um estabelecimento de objetivos voltados para os jogos.

A escola funciona nos turnos, matutino e vespertino com o Ensino


Fundamental do 1° ao 9° ano, e no noturno com Educação de Jovens e Adultos e com
o Ensino Médio. A escola recebe alunos do povoado e de vários assentamentos que
ficam localizados no entorno da comunidade. A pesquisa foi realizada com três
professoras da Educação Infantil.

A escola possui 18 professores, dentre estes 16 estão cursando faculdade,


somente duas professora ainda não estão cursando o nível superior. Desses
professores cinco são graduadas em pedagogia.

Treze professores moram na mesma comunidade onde a escola se localiza, e


os outros cinco moram em Carinhanha, se descolam na segunda feira pela manhã para
a comunidade e retornando na sexta-feira a noite. A estrutura física da escola e a
seguinte: contêm 10 salas de aula, uma biblioteca, uma cantina, uma secretária, três
banheiros um para os meninos, um para as meninas e outro para os professores, uma
33

sala de informática contendo 15 computadores, que ainda não tem acesso internet. A
realização das atividades lúdicas acontece na sala de aula, pois não existe espaço
especifico para a realização dessas atividades.

A escola também possui uma quadra poliesportiva para a prática de esportes,


e um pátio aberto ao sol, onde as crianças só podem brincar se o sol não estiver muito
quente.

Com a pesquisa buscou-se compreender como os professores utilizam o lúdico


no cotidiano escolar das crianças de cinco anos em uma escola rural do interior da
Bahia.

Questionário de Pesquisa

Quadro 1

Formação profissional e tempo de atuação dos educadores

Docente Formação Tempo de atuação

Professora 1 Pedagogia 5 anos

Professora 2 Pedagogia 5 anos

Professora 3 Geografia 5 anos

Com base no quadro acima apresentado podemos perceber que todos


educadores possuem nível superior e atuam há cinco anos como docentes da
Educação Infantil. Duas são graduadas em Pedagogia e uma em Geografia e
acreditam que o lúdico é a ponte para aprendizagem dos alunos, segundo o
Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil:

A LDB dispõe, no título VI art. 62 que: “A formação de docentes para


atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de
licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos
superiores de educação, admitida, como formação mínima para o
exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras
34

séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na


modalidade Normal”. Nessa perspectiva, faz-se necessário que estes
profissionais, nas instituições de educação infantil, tenham ou venham a
ter uma formação inicial sólida e consistente acompanhada de
adequada e permanente atualização em serviço. (1998, p. 39,41).

Conforme essa citação é visto que o professor para atuar na Educação infantil
deve ter o magistério e possuir o nível superior completo no curso de pedagogia, e
também é preciso que os professores sejam qualificados e comprometidos com a
prática educacional, capazes de responder aos questionamentos das crianças, assim
como às demandas relacionadas aos cuidados e aprendizagens infantis.

Quadro 2

Docente Idade Sexo


Professora 01 31-35 Feminino
Professora 02 35-35 Feminino
Professora 03 36-40 Feminino

Conforme as análises de dados observa-se que todas as professoras são do


sexo feminino. Visto que o acesso das mulheres ao magistério se deu a partir do
aumento do número de escolas e de alunos ligados ao discurso da “melhor
qualificação” feminina devido ao seu instinto maternal e aos cuidados e sensibilidade
com as crianças.

Nos dias atuais não é muito diferente, o docente para exercer esse cargo de
educador realmente tem que gostar dessa profissão. Não trabalhar apenas pelo salário
e sim com amor e dedicação. Sabemos que aos poucos as mulheres conquistaram seu
espaço no mercado de trabalho e as mesmas oportunidades educacionais que os
homens. Ainda nos dias atuais os docentes na educação infantil são
predominantemente do sexo feminino.

Percebe-se que grande parte dos docentes é composto por mulheres como
ressaltam os autores citados acima, o que demostra que a carreira do magistério ainda
é entendida como uma fonte de trabalho direcionado às mulheres.
35

Quadro 3

Quantos cursos preparatórios ou específicos na área lúdico você participou?


Docente Um Nenhum Dois a três Vários
Professora 01 X
Professora 02 X
Professora 03 X

Conforme o quadro, apenas a professora 01 professora participou de vários


cursos, a professora 02 nenhum curso e a professora 03 um curso. Nota-se que duas
dessas professoras sabem da importância do lúdico na educação infantil, a importância
de se capacitarem para melhorar sua prática, pois o professor que trabalha na
educação Infantil precisa sempre está atualizado, participando de cursos e formações
específicas, podendo assim melhorar sua prática pedagógica e atender às crianças de
acordo com as suas necessidades.

Sabemos que a educação é a ponte certa para o desenvolvimento de um país, e


dentro dela a capacitação de educadores como fator fundamental para a preparação
de cidadãos conscientes.

É visto que a formação continuada facilita ao docente adquirir conhecimentos


relacionados à profissão, se tornando assim seres mais dotados de inteligência capaz
de atender as demandas determinada pela sociedade. Pois, conforme, Sousa:

Ser professor, hoje, significa não somente ensinar determinados


conteúdos, mas, sobretudo um ser educador comprometido com as
transformações da sociedade, oportunizando aos alunos o exercício dos
direitos básicos à cidadania. (Sousa 2008, p.42).

Nessa perspectiva o educador é o responsável por formar cidadãos conscientes


dos seus direitos e deveres, proporcionando oportunidades de seus alunos
desenvolverem seu próprio conhecimento.

É por meio dos cursos e formação específicos que os professores melhorarão


seus conhecimentos e desenvolverão as habilidades necessárias para atender as
dificuldades encontradas no cotidiano escolar.
36

Quadro 4

Com que frequência os jogos e/ou brincadeiras são trabalhados durante as


aulas:
Docentes Diariamente Quando surge Para trabalhar
oportunidade apenas alguns
conceitos
Professora 01 X
Professora 02 X
Professora 03 X

Para as duas professoras o lúdico é trabalhado diariamente na sala de aula e


apenas uma utiliza para trabalhar alguns conceitos. De acordo com o Referencial
Curricular nacional da Educação Infantil:

Na instituição de educação infantil, pode-se oferecer às crianças


condições para as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e
aquelas advindas de situações pedagógicas intencionais ou
aprendizagens orientadas pelos adultos. É importante ressaltar, porém,
que essas aprendizagens, de natureza diversa, ocorrem de maneira
integrada no processo de desenvolvimento infantil. (1998, p.23).

Neste sentido, Santos argumenta que:

Para a criança o brincar é viver. Esta é uma afirmativa bastante usada,


certamente aceita. Poderíamos dizer que todos os adultos, com maior
ou menor intensidade, acredita que as crianças não vivem sem seus
brinquedos. A própria história da humanidade nos mostra que todas as
crianças do mundo sempre brincaram, brincam hoje e, certamente
continuaram brincando. (2008, p.111).

Com base no posicionamento dos autores os professores devem inserir no


planejamento brincadeiras que promovam a aprendizagem do educando. O brincar é
algo natural da criança, ela está o tempo todo brincando, quando isso não acontece
alguma coisa não está bem. Algumas pessoas dizem que as crianças brincam para se
divertir e outros dizem que elas brincam para diminuir o sentimento de angústia e
agressividade. Sabemos que quando elas brincam em grupo melhora a afetividade
dentro da turma. Desta forma, realizando atividades lúdicas diariamente as professoras
37

proporcionam uma interação entre os alunos, melhorando a convivência e a


participação em sala de aula.

Quadro 05

Costuma brincar junto com as crianças?


Docentes Sempre As vezes Apenas observo
Professora 01 X
Professora 02 X
Professora 03 X

Tendo como base as informações do quadro percebe-se que duas professoras


costumam brincar sempre com as crianças e apenas a professora 02 não brinca com
muita frequência com seus alunos.

Para que esta prática seja realmente construtiva é necessário organizar a sala
com os brinquedos, e deixar o ambiente atrativo para estimular a atenção e a
imaginação da criança. Vale ressaltar que a mediação deve estar sempre presente
mesmo que o aluno não peça ajuda do professor.

Observar o aluno nessas atividades é fundamental, pois é por meio do lúdico,


que as crianças mostram suas potencialidades.

Quadro 06
Acredita que além de ser desencadeador da aprendizagem, o jogo e a
brincadeira oferecidos às crianças geram interesse e prazer? Por quê?
Docente Resposta

Professora 01 Sim, porque desenvolve o raciocínio lógico e estimula a criança a


aprender brincando.
Professora 02 Sim, porque através do jogo a criança tem mais interesse,
aprendem de uma forma divertida.
Professora 03 Sim, porque é brincando que as crianças aprendem desenvolvem
suas habilidades motoras e o raciocínio lógico.
38

Diante das informações percebe-se que os professores acreditam que a lúdico é


um instrumento fundamental para o desenvolvimento infantil, pois segundo elas os jogos
desenvolvem o raciocínio lógico, estimulam a criança a aprender brincando.

O Lúdico é muito significativo e de grande relevância, pois ao brincar a criança


começa desenvolver capacidades importantes como: a motivação, atenção, imitação,
imaginação e outras habilidades que serão fundamentais para a sua participação na
sociedade, fato que podemos perceber nas palavras de Kishimoto:

Ao Utilizar jogos na educação infantil significa transportar para o campo


de ensino a aprendizagem condições para maximizar a construção do
conhecimento, introduzindo as propriedades do lúdico, do prazer da
capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora. (Kishimoto 2011,
p.41).

O educador ao utilizar os jogos e brincadeiras em sala de aula precisa acreditar


que o brincar faz a diferença, sendo fundamental para a socialização da criança. O
educador deve deixar todos os jogos e brinquedos à disposição do aluno, deixando que
brinquem livremente e descubram qual é a sua função, aguçando também a
curiosidade de saber como se joga ou se brinca. As atividades lúdicas além de serem
desencadeadoras da aprendizagem, permitem a liberdade de ação, companheirismo e
diversão, ainda promovem o prazer que dificilmente são encontradas em outras
atividades escolares. Tendo como base as palavras de Rau:

Assim, é preciso garantir a criança um espaço que possibilite a ação


lúdica, ou seja, em que tenha a oportunidade de escolher os jogos, os
materiais e o modo de explorar e criar suas brincadeiras. “Ela ainda cita
que para Santos ‘‘a ludicidade é uma necessidade do ser humano em
qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão”. (Rau,
2007, p.39).

Sendo assim, é preciso que a organização do espaço físico seja feito de forma
adequada, para que a criança possa brincar livremente, fazer seus movimentos,
explorar os objetos, desenvolver sua imitação. Vale ressaltar que diante das atividades
lúdicas, o professor deve estar observando as crianças desde o início das brincadeiras
até o final. Pois nesse momento elas apresentam várias habilidades e até mesmo
algumas dificuldades e o professor como mediador, deve estar atento para orienta-la
quando for necessário.
39

Quadro 07

Acredita ser possível promover o desenvolvimento intelectual, motor e emocional


do aluno por meio das atividades lúdicas? Por quê?

Docente Resposta
Professora 1 Sim, porque as atividades lúdicas desenvolvem
a criatividade e a imaginação da criança.
Professora 2 Sim, porque assim surge mais interesse em
aprender.
Professora 3 Sim, porque cada aluno possui seu tempo e
forma de aprendizagem.

De acordo com as professoras o lúdico pode promover desenvolvimento


intelectual, motor e emocional dos alunos e ainda proporcionar satisfação. Nota-se que
elas sabem da real importância das atividades lúdicas para a aprendizagem. Segundo
Piers e Landau apud Moyles (1980, p. 43) chegam ao ponto de dizer que o brincar
“desenvolve, a competência intelectual, a força e a estabilidade emocionais, e
sentimento de alegria e prazer: o hábito de ser feliz”.

Diante dessa citação percebemos que brincar é um instrumento indispensável


para o crescimento e a estabilidade emocional e intelectual da criança. Pois além do
divertimento que o brincar promove, ele também propicia o desenvolvimento pessoal,
social psicológico facilitando a aprendizagem, expressão e construção do
conhecimento. Através do brincar a criança, inventa e reinventa, compara e cria.
Organiza seus pensamentos, aprende a tomar decisões, pois o brinquedo é uma
oportunidade de desenvolvimento.
40

Quadro 08

Em sua Escola a realização das atividades lúdicas acontece em um espaço


adequado ou improvisado? Por quê?

Docentes Espaço improvisado, por Espaço adequado,


quê? por quê?
Porque não existe espaço
Professora 01 específico para a realização
dessas atividades lúdicas na
sala de aula.
Professora 0 2 Porque as vezes a sala de aula
não é o espaço adequado para
a realização de certas
brincadeiras é preciso
improvisar o lugar.

Professora 03 Espaço improvisado, porque a


escola não possui espaço
suficiente para trabalhar o
lúdico.

Conforme as professoras o espaço para a realização das atividades lúdicas é


improvisado, duas docentes afirmaram que essas atividades são realizadas na própria
sala de aula. Apenas uma professora disse que nem todas as atividades lúdicas são
adequadas para esse ambiente e que também é preciso improvisar o lugar.

A maioria reclama da falta de espaço que na escola para as atividades lúdicas,


por essa razão muitas atividades deixam de ser trabalhadas. A escola deve oferecer a
criança um ambiente de qualidade, adaptado e enriquecedor da imaginação infantil,
onde possa despertar na criança o gosto de aprender brincando. Nesse sentido, Rau
aborda que:

A passagem da atividade espontânea a atividade planejada ocorre


graças a existência de um ambiente adequado, no qual a criança possa
atender a sua necessidade de movimento, bem como investir na
atividade de exploração o objeto, brinquedo e espaços. As brincadeiras
41

permitem a criança na forma de exploração mais centrada nas


qualidades do objeto. Essa forma de atenção acontece, inicialmente
definindo se melhor as condições exteriores do espaço em que se
desenvolve a ação. (Rau 2011, p.99).

Com base na citação dessa autora nota-se que é necessário a criação de


espaços, onde as crianças possam ter mais liberdade e brincar livremente. Desta
forma, a criança aprenderá com mais facilidade e de maneira alguma esquecerá o
conteúdo que foi transmitido.

Quadro 09

Sua escola disponibiliza materiais para se trabalhar o lúdico?

Docentes Sim, tais como: Não As vezes, quando?

Professora 01 As vezes, quando o professor


precisa de mais recursos, a
escola não disponibiliza o
suficiente, então esse papel cabe
ao professor providencia-lo.
Professora 02 Quebra cabeça,
jogos alfabéticos,
fantoches, Boliche
e outros jogos
educativos.
Professora 03 Quebra cabeça,
jogo alfabéticos,
alfabeto móvel.

De acordo as professoras 1 e 2 os materiais lúdicos disponibilizados pela a


escola são Quebra-cabeça, jogos alfabéticos, fantoches, Boliche, e alfabeto móvel.
Segundo a professora 3 quando o professor precisa de mais recursos, a escola não
disponibiliza o suficiente, então esse papel cabe ao professor providenciá-lo.
42

Ao observar as três respostas das educadoras percebe-se que a escola quase


não fornece materiais suficientes para trabalhar com as atividades lúdicas, o professor
tem que confeccionar ou comprar com o seu próprio dinheiro. Sabemos que os jogos e
brincadeiras são importantíssimos na prática pedagógica, pois eles estimulam a
concentração, compreensão e ainda pode ajudá-la a aprender a conviver com os
colegas e aumentar seus conhecimentos.

De acordo com Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil:

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras


e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir
para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação
interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de
aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos
conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste
processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das
capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades
corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de
contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. (1998 p.
23/24).

Segundo o MEC é fundamental que o planejamento de jogos e brincadeiras,


deva atender a todas as crianças e contribuir para o seu crescimento. Pois as
atividades lúdicas podem ser um eficiente recurso para o desenvolvimento da
inteligência da criança. Cabe ao professor despertar nos alunos o gosto pelas
atividades propostas. O Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil demostra
importância deste tipo de atividade:

Os brinquedos constituem-se, entre outros, em objetos privilegiados da


educação das crianças. São objetos que dão suporte ao brincar e
podem ser das mais diversas origens materiais, formas, texturas,
tamanho e cor. Podem ser comprados ou fabricados pelos professores
e pelas próprias crianças; podem também ter vida curta, quando
inventados confeccionados pelas crianças em determinada brincadeira
e durar várias gerações, quando transmitidos de pai para filho. Nessa
perspectiva, as instituições deve integrá-los ao acervo de materiais
existentes nas salas, prevendo critérios de escolha, seleção e aquisição
de acordo com a faixa etária atendida e os diferentes projetos
desenvolvidos na instituição. (1998, p.71).

Os brinquedos constituem um instrumento privilegiado da educação das


crianças, pode ser qualquer tamanho ou cor, podem ser comprados ou fabricados, se a
escola não possui recurso como: jogos ou brincadeiras suficientes, o professor deve
43

confeccionar junto aos educandos, sendo uma forma deles aprenderem e a


desenvolver a coordenação motora.

QUADRO 10

Cite, por favor quatro jogos ou brincadeiras que seus alunos mais gostam:

Docentes Jogos ou brincadeiras


Professora Jogo da memória, quebra-cabeça, cantiga de roda,
01 boliche e imitação.

Professora Jogos de boliche jogo de dominó, morto e vivo e


02 brincadeira de roda.
Professora Dança da cadeira, bambolê, boliche, jogo da memória,
03 mímicas.

De acordo as professoras os jogos que os alunos mais gostam são: Jogo da


memória, quebra-cabeça, cantiga de roda, boliche, jogo de dominó, morto e vivo e
brincadeira de roda dança da cadeira, bambolê, jogo da memória, mímicas. Apesar da
Escola não ter espaços físicos apropriados para a realização das atividades lúdicas, as
professoras as desenvolvem na sala de aula ou no pátio da escola, enquanto o sol não
está muito aquecido. Como descreve Rau:

Nessa perspectiva a brincadeira infantil possibilita à criança a imitação


de diferentes papéis, comumente de seu cotidiano, ação que facilita a
expressão de sentimentos e relações que estabelece com pessoa do
seu meio. A imitação também é um elemento que garante a criança
experimentar atitudes que, que se fosse realizada de forma verdadeira,
muitas vezes poderia coloca-la em situações de riscos, como nas
brincadeiras de cozinhar, dirigir, consertar móveis e aparelho eletrônico.
Quando brinca ela faz de conta, a criança age enfrenta desafios
organiza o pensamento e elaboram suas regras, o que facilita a
transposição do mundo adulto para o seu universo. (Rau 2011, p.50)

Então, enquanto as crianças brincam elas podem representar diferentes papéis,


utilizam a imaginação e entram no mundo do faz de conta, imitam a professora, a mãe,
44

o pai, transformam um cabo de vassoura em cavalo, uma boneca num bebê. A criança
costuma trazer para a brincadeira o que ela vê e ouve em casa.

QUADRO 11

Quais brincadeiras poderiam contribuir para um melhor desempenho motor dos


educando?

Docentes Brincadeiras
Professora 01 Brincadeiras de amarelinha, Futsal, Esconde-
esconde, boliche.
Professora 02 Morto vivo, estátua, futebol, dança da cadeira.
Professora 03 Basquete, pega pega, mímicas, alô Brasil.

Ao analisar quais brincadeiras poderiam contribuir para um melhor desempenho


motor dos educandos, as educadoras selecionaram as que levam os alunos a se
movimentarem bastante, correndo, agachando, dançando e pulando, o que desenvolve
suas habilidades e a coordenação motora. Segundo Rolim Apud Alencar:

O brincar desenvolve várias áreas do comportamento humano. Cooperam para


o desenvolvimento da personalidade, das motivações, emoções, e da interação
tudo isso associado a este ato.
O brincar esteve presente na vida das crianças, contribuindo para o seu
processo de desenvolvimento. O Brincar tem um fim em si mesmo quando se
caracteriza pelas espontaneidades, e é um meio de ensino quando busca
alguns resultados [...] os educadores reconhecem que brincar seja parte
integrante do dia-a-dia da criança. Mas por uma formação tradicional, as
brincadeiras e o estudo acabam por ocupar lugares distintos dentro da sala de
aula. [... i] O brincar faz parte do conjunto do crescimento acumulados
historicamente, a que damos o nome de cultura, tendo, um compromisso com a
tradição, esse caracteriza como um recurso metodológico capaz de permitir
uma aprendizagem espontânea e natural. (Rolim Apud Alencar 2012, p. 23)

Segundo o autor o brincar é um dom natural na vida das crianças. Trabalhar


com essa prática contribui para um aprendizado significativo garantindo um melhor
desempenho dos alunos. Vale ressaltar que o brincar é um recurso que podemos
utilizar para desenvolver a coordenação motora, é por meio dos jogos e das
brincadeiras que os educandos participam de maneira mais ativa na sociedade.
45

QUADRO 12

Há um planejamento educacional com estabelecimentos de objetivos voltados


para os jogos e brincadeiras?

Docentes Sim Não

Professora 01 X
Professora 02 X
Professora 03 X

De acordo as professoras elas inserem os jogos e brincadeiras no seu


planejamento pedagógico e acreditam que o lúdico, nos anos iniciais, pode ser
explorado com muita frequência, pois é uma prática que possibilita um melhor
desenvolvimento integral nos aspectos físico, afetivo e cognitivo. Segundo Referencial
Curricular Nacional da Educação Infantil:

A organização dos espaços e dos materiais se constitui em um


instrumento fundamental para a prática educativa com crianças
pequenas. Isso implica que, para cada trabalho realizado com as
crianças, deve-se planejar a forma mais adequada de organizar o
mobiliário dentro da sala, assim como introduzir materiais específicos
para a montagem de ambientes novos, ligado aos projetos em curso.
Além disso, a aprendizagem transcende o espaço da sala, toma conta
da área externa e de outros espaços da instituição e fora dela. A
pracinha, o supermercado, a feira, o circo, o zoológico, a biblioteca, a
padaria etc. são mais do que locais para simples passeio, podendo
enriquecer e potencializar as aprendizagens. (1998, p.58).

Com base nessa citação podemos perceber que tanto a organização dos
espaços como a organização dos materiais é de suma importância para o ensino das
crianças. Além disso, a aprendizagem não ocorre somente na sala de aula também
ocorre em cenários novos, como na pracinha, embaixo de uma árvore no pátio da
Escola. Talvez os professores dessa Escola, buscam novas estratégias de ensino que
atendam adequadamente à necessidade da formação do aluno. Penso que o
professor, como transmissor de aprendizagem deve fazer uso de novas metodologias,
procurando sempre incluir na sua prática as brincadeiras, pois seu objetivo é formar
46

cidadãos, atuantes, reflexivos, participativos, críticos e dinâmicos. Como demostra o


Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil:

O educador não precisa ensinar a criança a brincar, pois este é um


ato que acontece espontaneamente, mas sim planejar e organizar
situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada,
propiciando às crianças a possibilidade de escolher os temas, papéis,
objetos e companheiros com quem brincar. Dessa maneira, poderão
elaborar de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos,
conhecimentos e regras sociais. (1998, p. 29).

Então o professor precisa priorizar o lúdico em sua prática pedagógica, pois


assim o educando aprenderá de forma mais simples e eficiente. Para atingir os
objetivos por meio das brincadeiras o professor deve realizar estudos e pesquisas e
buscar novas estratégias de ensino, assim como usar a criatividade fazer com que a
criança interaja, crie e recrie possibilidades e novas aprendizagens. Pois os jogos e os
brinquedos constituem-se em objetos valiosos da Educação Infantil, desde que
inserimos numa proposta pedagógica.
47

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho com o lúdico na Educação Infantil não deve se distanciar dos jogos e
brincadeiras que fazem parte do contexto infantil, visto que ao utilizar situações reais o
professor poderá explorar situações concretas vivenciadas pelas crianças no contexto
que estão inseridos. Estimulando-as a desenvolver a criatividade, estabelecer relações
sociais, desenvolver habilidades motoras e exercitar sua imaginação, pois brincando a
criança terá mais facilidade de aprender de forma descontraída, a partir de textos que
faça sentido a sua realidade.

Entretanto, para promover este tipo de aprendizagem é importante repensar na


qualificação do profissional de Educação Infantil, visto que os profissionais que
trabalham nesta área precisam ter aptidão para lidar com criança e gostar de brincar.

Contudo é fundamental que o professor desenvolva estratégias de ensino que


estimule a criança a aprender brincando, promovendo uma aprendizagem significativa
que valorize tanto o conhecimento prévio da criança, quanto à capacidade de
inferência que ela traz da sua vivencia de mundo.

Concluo tendo em mente que ainda a muito a ser feito no sentido de melhorar a
prática escolar relacionada ao lúdico, pois certamente isso perpassa pela qualificação
do profissional da educação infantil, como também pela estruturação da Unidade
Escolar.

Sendo assim, considero que os caminhos a serem percorridos devem estar


pautados na visão em que a educação é concebida como um caminho de mão dupla, e
tanto professor como aluno tem participação ativa. Os docentes devem compreender
que o lúdico é mais que uma ferramenta de distração, e sim um facilitador no trabalho
pedagógico nas fases iniciais da educação básica.
48

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO:

Alencar, Maria Souza, Lúdico e sua importância para a coordenação motora no 1º


ano da series iniciais, Universidade de Brasília, 2012.

Bueno, Elizangela. Jogos e brincadeira na Educação Infantil. Universidade Estadual


de Lodrina, 2010.
http://www.uel.br/ceca/pedagogia/pages/arquivos/ELIZANGELA%20BUENO.pdf.
Acessado dia 30/11/2013

Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.


Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e
do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998.
Volume 1.

Dalla Valle, Luciana de Luca Metodologia da alfabetização, Luciana De Luca Dalla


Valle. Curitiba: IBPX, 2007. 162.:il. 20.ed.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas,
1999.

Jogos, brinquedo, brincadeira e a educação/ Tizuko M. Kishimoto (org); -14. ed.-São


Paulo: Cortez, 2011.

Ludke, Menga. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas/Menga Ludke, Marli


E.D. A. André. -São Paulo: EPU,1986.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade.


Suely Ferreira Delantes, Otávio Cruz Neto, Romeu Gomes; Maria Cecília de Souza
Minayo (organizadora). – Petrópolis: Vozes, 1994.

Moyles, Janet R. Só brincar? Na Educação infantil? Janet R. Moyles: tradução Maria


Adriana Veronese - Porto Alegre: Artmed, 2002.

PIAGET, J. INHELDER, B. A psicologia da Criança. 10ºed. Rio de Janeiro: Bertrand


Brasil, 1989. p. 135.

PIAGET, Jean. A Psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

PIAGET, Jean. A Formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: ZAHAR, 1998.


49

Rau Maria Cristina Trois Dorneles. A ludicidade na educação: uma atitude


pedagógica/Maria Cristina TROIS Dorneles Rau-2 edição. reve ampl.-
Curitiba:Ibpex,2011.-(série dimensões da educação).

Rau, Maria Cristina Trois Dorneles A ludicidade na educação: Uma atitude


pedagógica/Maria Cristina Trois Dorneles Rau - Curitiva: Ibpex,2007.164p.20.ed.

ROLIM, (2007, p. 300-301)”Desenvolvimento Motor ... Kleiton Marcelo Ferreira de


Arruda. Eduardo Adrião Araujo Silva

RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos.
3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.

SOUSA, Maria Goreti da Silva. A formação continuada e suas contribuições para a


profissionalização de professores dos anos iniciais do ensino fundamental de
Teresina- PI: revelações a partir de histórias de vida. 2008, 130 f. Dissertação
(Mestrado em Educação – UFPI).

Trabalho de conclusão de curso em pedagogia/ Alessandro de Melo, Sandra


Terezinha Urbanetz – Curitiba, IBPEX, 2009.

VYGOTSKY, L. S. A FORMAÇÃO SOCIAL DA MENTE. RIO DE JANEIRO: MARTINS


FONTES, 2007.
50

PARTE III

PERSPECTIVA PROFOFISSIONAL
51

Aproximamos da reta final do curso, ainda não findamos a pesquisa estamos


apenas começando. Durante a realização do curso tive algumas dificuldades, mesmo
assim, não desisti porque tinha um foco era chegar até a vitória, sempre fui
responsável com o prazo das atividades, quando eu não entendia a tarefa pedia ajuda
aos colegas e professores que me orientaram ao longo do curso.

A experiência adquirida no curso de Pedagogia pela UaB-UnB nos proporcionou


um conhecimento enorme possibilitando entendimentos e exigindo uma postura crítica
e reflexiva frente às diversas realidades vistas nas disciplinas que foram apresentadas.

O curso de pedagogia vem abrindo, novos espaços de trabalho para os


profissionais da área que vão além do universo escolar, que favorece o crescimento
tanto profissional como pessoal, a pedagogia em si é o alicerce para a construção de
uma sociedade mais justa e igualitária.

Quero continuar os estudos, não quero parar por aqui, pois tenho a certeza que
tenho um novo caminho a trilhar. as minhas perspectivas profissionais, ao finalizar o
curso, são de fazer uma especialização voltada à educação infantil e assumir a
regência de uma turma da Educação Infantil e me realizar como professora.

Hoje estou no 9º semestre chegar à conclusão dessa fase é uma vitória pessoal
e acadêmica, sou grata a Deus por estar sendo meu porto seguro e por ter me
concedido essa grande benção, nunca imaginei realizar um curso pela UAB, UNB.
Chegamos na fase final e posso dizer que até aqui nos ajudou o Senhor Deus e sem
sombra de dúvida continuará nos ajudando.
52

APÊNDICE

Roteiro de entrevista usado para obtenção dos dados com os professores

Prezado (a) professor (a), para desenvolver meu Trabalho de Conclusão de Curso de
Pedagogia, UAB/UnB, solicito a Sua colaboração respondendo às questões abaixo,
assinalando com X a resposta e completando quando necessário.

Questão 1 Nível de escolaridade;

( ) Ensino médio/ magistério.

( ) Superior incompleto.

( ) Superior completo. Área:_____________________

( ) Pós-graduação. Área:________________________

Questão 2 - Dados de identificação:

1- Idade: sexo ( ) masculino( ) Feminino

( ) De 20 a 25 anos.

( ) De 26 a 30 anos.

( ) De 31 a 35 anos

( ) De 36 a 40 anos.

( ) Acima de 40 anos.

Questão 3– Quantos cursos preparatórios ou específicos na área lúdica você


participou?

( ) Um.
53

( ) Nenhum.

( ) De dois a três.

( ) Vários.

Questão 4- Com que frequência os jogos e/ou brincadeiras são trabalhados durante
as aulas:

( ) Diariamente.

( ) Quando surge oportunidade.

( ) Para trabalhar apenas alguns conceitos.

Questão 5-Costuma brincar junto com as crianças?

( ) Sempre.

( ) Às vezes.

( ) Apenas observo.

Questão 6 - Acredita que além de serem desencadeadores da aprendizagem, o jogo e


a brincadeira oferecidos às crianças geram interesse e prazer?

( ) Sim. ( ) Não.

Por quê? ________________________________________________

7 – Acredita ser possível promover o desenvolvimento intelectual, motor e emocional


do aluno por meio de atividades lúdicas?

( ) Sim. ( ) Não.

( ) Às vezes. ( ) Não pensei sobre isso.

Por quê? ____________________________________________

8 – Em sua escola a realização das atividades lúdicas acontece em um

( ) espaço adequado, porque_______________________________ .


54

( ) espaço improvisado, porque____________________________ .

( ) espaço inexistente, porque_______________________________ .

10 - A escola disponibiliza materiais para se trabalhar o lúdico?

( ) Sim, tais como:________________________________________ .

( ) Não.

( ) Às vezes, quando______________________________________.

11 - Costuma brincar junto com as crianças?

( ) Sempre.

( ) Às vezes.

( ) Apenas observo.

7 – Acredita ser possível promover o desenvolvimento intelectual, motor e emocional


do aluno por meio de atividades lúdicas?

( ) Sim. ( ) Não.

( ) Às vezes. ( ) Não pensei sobre isso.

Por quê? ____________________________________________

Questão 8 – Em sua escola a realização das atividades lúdicas acontece em um:

( ) espaço adequado, porque_______________________________ .

( ) espaço improvisado, porque____________________________ .

( ) espaço inexistente, porque_______________________________ .

Questão 9- A escola disponibiliza materiais para se trabalhar o lúdico?

( ) Sim, tais como:________________________________________ .

( ) Não.

( ) Às vezes, quando______________________________________.
55

Questão 10 – Cite, por favor, quatro jogos e/ou brincadeiras que seus alunos mais
gostam:

1. ____________________________________
_____________

2. ____________________________________
_____________

3. ____________________________________
_____________

4. ____________________________________
_____________

Questão 11 Quais brincadeiras poderiam contribuir para um melhor desempenho motor


dos educando?

Questão 12-Há um planejamento educacional com estabelecimentos de objetivos


voltados para os jogos e brincadeiras?

( ) Sim ( ) Não

Muito obrigada por sua valiosa colaboração!

Tatiana Azevedo Trindade

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