11 Imunologia Periodontite Crônica
11 Imunologia Periodontite Crônica
11 Imunologia Periodontite Crônica
2, 28-36, 2012
Revista on-line http://www.scientia.ufam.edu.br
ISSN:2238.1910
Priscilla Farias Naiff2, Patrícia Puccinelli Orlandi3 e Maria Cristina dos Santos4
Resumo
A periodontite é uma doença infecciosa e inflamatória que acomete os tecidos de proteção e suporte dos
dentes. Origina-se de inflamação gengival e leva à reabsorção do osso que fica ao redor das raízes dentárias.
A evolução deste processo pode ocasionar a perda dentária, dependendo do nível de perda óssea atingido. O
fator etiológico primário é a infecção por bactérias periodontopatogênicas como Aggregatibacter
actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivalis, Tannerella forsythia, Treponema denticola,
Campylobacter rectus, Prevotella intermedia e Eikenella corrodens. Além destas, outras bactérias também
estão associadas à periodontite, porém em menor grau. O fator microbiológico pode ser agravado pela má
higiene bucal e hábitos nocivos à saúde como o tabagismo. Fatores e doenças sistêmicas, como o diabetes,
HIV, desordens imunológicas e gravidez também podem interferir na condição periodontal e vice-versa. As
bactérias periodontopatogênicas secretam produtos como enzimas, endo e exotoxinas que, dependendo da
susceptibilidade e resposta imunológica do hospedeiro, provocarão danos maiores ou menores ao periodonto.
Até o presente, o diagnóstico da periodontite é clínico, fato que permite apenas a avaliação pregressa da
doença. Estudos recentes sugerem o desenvolvimento de técnicas que permitam o diagnóstico das fases
ativas da periodontite além da identificação do risco ao seu desenvolvimento. O presente trabalho objetiva
revisar em banco de dados de pesquisa odontológica (1979-2012), aspectos imunológicos da periodontite
crônica associada ao seu perfil microbiológico, por se tratar de uma das doenças periodontais mais
prevalentes e causadoras de edentulismo em diversas civilizações.
Abstract
Periodontitis is an infectious and inflammatory disease that affects the protective and support tissue of the
teeth. It originates from gingival inflammation and leads to resorption of bone that surrounds the tooth roots.
The evolution of this process can lead to tooth loss, depending on the level of bone loss reached. The primary
etiologic factor is infection by periodontopathic bacteria as Aggregatibacter actinomycetemcomitans,
Porphyromonas gingivalis, Tannerella forsythia, Trepondema denticola, Campylobacter rectus, Prevotella
intermedia and Eikenella corrodens. Besides these, other bacteria are also associated with periodontitis, but
to a lesser degree. The microbiological factors may be aggravated by poor oral hygiene and habits harmful to
health as smoking. Factors and systemic diseases such as diabetes, HIV, immune disorders, and pregnancy
1
Parte da dissertação de Mestrado no Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada, Instituto de
Ciências Biológicas, Universidade Federal do Amazonas, Manaus, Amazonas, Brasil.
2
Professora do Curso de Odontologia - Escola Superior de Sáude, Universidade do Estado do Amazonas, UEA, Av.
Carvalho Leal, 1.777, Cachoeirinha, Manaus, Amazonas, Brasil.
3
Pesquisadora do Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane, FIOCRUZ Amazônia, Rua Teresina, 476, Adrianópolis,
Manaus, Amazonas, Brasil.
4
Professora Associada, Laboratório de Imunologia, Departamento de Parasitologia, Instituto de Ciências Biológicas,
Universidade Federal do Amazonas, UFAM, Av. Gal. Rodrigo Octávio, 3.000, Coroado II, Manaus, Amazonas, Brasil.
e-mail: mcsantos@ufam.edu.br.
28
Scientia Amazonia, v. 1, n.2, 28-36, 2012
Revista on-line http://www.scientia.ufam.edu.br
ISSN:2238.1910
can also affect the periodontal condition and vice versa. The periodontopathogenic bacterias secrete products
such as enzymes, endo-and exotoxins that depending on the susceptibility and host immune response will
cause major or minor damage to the periodontium. To date, diagnosis of periodontitis is clinical, a fact which
only allows the evaluation of previous disease. Recent studies suggest the development of techniques for the
diagnosis of active phases of periodontitis in addition to identifying the risk to their development. This paper
aims to review in the dental research database (1979-2012), the immunology of chronic periodontitis tying to
its microbiological profile, because it is one of the major prevalent periodontal diseases that lead to
edentulism in many civilizations
bucal (GIROLOMONI et. al., 2002). No seu suporte dos dentes (KANTARCI, OYAIZU e
estado imaturo, as células dendríticas são VAN-DYKE, 2003). O conhecimento e a
eficientes células capturadoras de antígenos, compreensão da atividade dos neutrófilos no
porém, quando migram para órgãos linfoides processo inflamatório e destruição tecidual na
secundários, tornam-se maduras e passam a periodontite é essencial no reconhecimento de
expressar moléculas coestimuladoras e de MHC pacientes que apresentam números aumentados de
de classe II as quais propiciam a apresentação de PMN, demonstrando a correlação deste perfil
peptídeos, oriundos desses antígenos, às células T- celular com a presença e gravidade de doença
naive (TH0) diferenciando-as em células efetoras periodontal ativa (BENDER, THANG e
(STEINMAN, PACK e INABA, 1997). GLOGAUER, 2006).
Jotwani e colaboradores (2001) A lesão periodontal precoce ou estável é
demonstraram que o número de células constituída, principalmente, por macrófagos e
dendríticas imaturas (CD1a+) ou células células T, sugerindo que as citocinas TH1
captadoras de antígenos aumenta (principalmente INF-γ) são importantes no
significativamente no epitélio com periodontite desenvolvimento dessa resposta, enquanto, a lesão
quando comparado ao epitélio sem inflamação e, periodontal avançada ou progressiva é
o número de células dendríticas maduras (CD83+) caracterizada por células B e plasmócitos e
ou células apresentadoras de antígenos aumenta dependentes de citocinas TH2 (principalmente IL-
na lâmina própria do tecido gengival, de pacientes 4). O IFN-γ produzido pelas células TH1 na lesão
com periodontite em relação à pacientes inicial pode participar da limitação da infecção,
periodontalmente saudáveis. aumentando a atividade fagocítica dos neutrófilos
e macrófagos. Quando há persistência do
O número de neutrófilos e a concentração de
patógeno ou de seus antígenos no biofilme dental,
mediadores da inflamação também são maiores
a lesão não é contida (GEMMELL e SEYMOUR,
em sítios de periodontite, quando comparado aos
1994).
sítios saudáveis. A relação entre o número de
neutrófilos no fluido crevicular gengival e o Os monócitos e macrófagos podem ser
diagnóstico de doença periodontal ativa foi ativados por bactérias como Aggregatibacter
reconhecida desde meados da década de 80 do actinomycetemcomitans e Porphyromonas
século XX (MILLER, LAMSTER e CHASENS, gingivalis, estimulando a secreção de mediadores
1984). No sulco gengival os neutrófilos formam pró-inflamatórios e de destruição tecidual
uma barreira entre o epitélio e o biofilme (ZADEH, NICHOLS e MIYASAKI, 1999). Ao
(ATTSTRÖM e SCHROEDER, 1979) protegendo mesmo tempo, outro estudo propõe que P.
da invasão bacteriana o epitélio e o tecido gingivalis pode afetar a quimiotaxia e ativação de
conjuntivo subjacente (HEMMERLE e FRANK, macrófagos pela inibição da proteína 1 (MCP-1,
1991). atualmente denominada de quimiocina CCL-2)
(GEMMELL, MARSHALL e SEYMOUR, 1997).
Os neutrófilos são conhecidos como células
Isto sugere que os macrófagos promovem efeito
de proteção ao periodonto. Desordens genéticas
protetor na lesão estável que acaba na lesão
que levam a defeitos de adesão dos neutrófilos
destrutiva avançada. Porphyromonas gingivalis,
estão associadas à destruição periodontal
também demonstrou induzir a produção de IL-1β
localizada, rápida e progressiva (PAGE, 1992).
preferencialmente pelas células B que por
Segundo Nussbaum e Shapira (2011) a
monócitos de pacientes com doença periodontal,
neutropenia e deficiências relacionadas à
sugerindo que a maior parte de IL-1 produzida na
quimiotaxia e fagocitose por neutrófilos (PMN),
doença periodontal é de origem linfocítica e não
geralmente resultam em aumento no índice e
macrofágica (GEMMELL et al., 1998).
gravidade de destruição periodontal. Deficiências
quantitativas em geral são acompanhadas por
destruição periodontal generalizada, enquanto os
3.2 Participação das diferentes linhagens de
defeitos qualitativos frequentemente associam-se
células da Imunidade Adaptativa na Periodontite
a periodontite localizada. Por outro lado, os
neutrófilos também liberam produtos tóxicos Após o início da lesão periodontal, com o
(como colagenase ou citocinas pró-inflamatórias) predomínio de células da imunidade inata como
que contribuem para a destruição dos tecidos de neutrófilos e fagócitos mononucleares, a doença
31
Scientia Amazonia, v. 1, n.2, 28-36, 2012
Revista on-line http://www.scientia.ufam.edu.br
ISSN:2238.1910
torna-se caracterizada por lesões compostas por bactérias peridontopatogênicas. Estas bactérias
células da imunidade adaptativa como linfócitos B são capazes de ativar, em análises de fluido
e plasmócitos nos tecidos gengivais. Enquanto as crevicular gengival além de biópsias ósseas e
células T são normalmente consideradas células T gengivais, populações de células TH1, e
reguladoras na doença periodontal, está claro que principalmente, TH17, produzindo IL-17 (que
as células B são responsáveis por funções além da parece estar relacionada com o receptor ativador
produção de anticorpos. As células B também são de NFκB ligante, RANK-L, que promove a
células apresentadoras de antígenos que reabsorção óssea). As TH17 são populações
expressam antígenos em moléculas de MHC celulares com potencial extremamente
classe II e secretam uma variedade de citocinas inflamatório. A diferenciação das células TH17
(VAN DYKE, 2007). Berglundh, Donati e ainda gera dúvidas no meio científico, mas
Zitzmann (2007) demonstraram evidências que sugere-se que há presença de TGF-β, em
subtipos de células B, incluindo as células B-1a conjunção com citocinas inflamatórias como a IL-
(produtoras de imunoglobulinas naturais e ou 6, gerando este padrão celular. Além disso, as
autorreativas) e B-2 são encontradas na forma células TH17 expressam em suas superfícies o
funcional nas lesões periodontais. receptor para IL-23 (citocina produzida pelos
monócitos) que, ao se ligar a seu receptor,
As células T reguladoras (Treg) têm
também auxilia na proliferação, manutenção e
importante função imunorregulatória na
expansão das células TH17. Essas células podem
patogênese da doença periodontal. Gemmell,
ser estimuladas a produzir IL-17A, IL-17F, TNF,
Yamazaki e Seymour (2007) sugerem que essas
IL-6, dentre outras citocinas inflamatórias.
células possuem relevante papel na homeostasia
dos tecidos periodontais e estão envolvidas tanto Foi recentemente demonstrado que as células
nos processos de destruição quanto de reparo nos TH17 podem ser convertidas em células TH1 ou
tecidos gengivais durante a periodontite crônica. TH2 sob influência de IL-12 ou IL-4,
respectivamente (LEXBERG et al., 2008).
Alguns estudos indicam que a resposta
imunológica celular mediada por células T, As células Treg são capazes de regular a
também tem importante papel na progressão da resposta imunológica por produzirem e secretarem
doença periodontal e destruição tecidual. As IL-10 e TGF-β, citocinas anti-inflamatórias. Tais
células T e seus produtos têm demonstrado células podem controlar o aparecimento de
ocasionar perda do tecido de suporte dentário doenças inflamatórias e também a resposta
durante diferentes estágios da progressão do imunológica antipatógenos. As células Treg (CD4+,
processo inflamatório, em diversos estudos CD25+, Foxp3+) podem ser convertidas em células
utilizando animais (GEMMELL, YAMAZAKI e produtoras de IL-17 quando cocultivadas com
SEYMOUR, 2002; GAFFEN e células dendríticas seletivamente ativadas via
HAJISHENGALLIS, 2008). dectina-1 (OSORIO et al., 2008).
Acreditava-se que a resposta imunológica na Quando células Treg (in vitro) surgem antes
doença periodontal era controlada pelo efeito em da diferenciação das células TH0 em TH17, há
rede das células T auxiliares (TH1 e TH2). As inibição da diferenciação em TH17 frente às
citocinas TH1 (IL-2 e IFN-γ) promovem a bactérias da periodontite, sugerindo que o
imunidade mediada por células, enquanto, a momento de chegada das células Treg nos
citocina TH2 (IL-4) suprime as respostas mediadas diferentes estágios da doença periodontal pode
por células e aumenta a imunidade humoral. interferir na gravidade e controle da doença
Recentemente, um novo subtipo de célula T (ROSSOMANDO; KENNEDY et al., 1990;
auxiliar, a célula TH17, caracterizada pela WEAVER; HARRINGTON et al., 2006).
produção de IL-17 (IL-17A e IL-17F), foi
descrita. As células TH17 podem ter efeito
destrutivo ou protetor nos tecidos com doença 3.3 Citocinas na Periodontite
periodontal (FORD, GAMONAL e SEYMOUR, As citocinas são potentes mediadores locais
2010). Segundo Cardoso e colaboradores (2009) e de inflamação que são produzidas por diversas
Ford, Gamonal e Seymour (2010), a doença células. As citocinas encontradas no FCG como
periodontal é causada por uma resposta potenciais marcadores de diagnóstico incluem
imunológica exagerada do hospedeiro contra
32
Scientia Amazonia, v. 1, n.2, 28-36, 2012
Revista on-line http://www.scientia.ufam.edu.br
ISSN:2238.1910
fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) que atua na periodontite. Alguns autores observaram um
reabsorção óssea, interleucina-1 alfa (IL-1α), aumento nas concentrações de algumas citocinas
interleucina-1 beta (IL-1β) e interleucina-6 (IL-6) (IL-1β e MMP-8) (MILLER et al., 2006), na
que agem na destruição e reparo da matriz saliva de indivíduos com periodontite em relação
extracelular, e a quimiocina CXCL-8 a pacientes periodontalmente saudáveis, e também
(anteriormente IL-8) que promove o recrutamento a redução significativa nos níveis destas mesmas
de leucócitos (ROSSOMANDO, KENNEDY e citocinas em resposta à terapia periodontal, em
HADJIMICHAEL, 1990; STASHENKO, pacientes com periodontite crônica (SEXTON et
FUJIYOSHI e OBERNESSER, 1991; al., 2011). Teles e colaboradores (2009) não
NUSSBAUM e SHAPIRA, 2011). encontraram associação entre os níveis de
A evolução de uma lesão de periodontite citocinas salivares e os parâmetros clínicos de
estável para progressiva é caracterizada por doença periodontal.
mudança na natureza do infiltrado inflamatório e
no aumento do número de células B e
plasmócitos. Isto provavelmente se deve à 3.4 Imunoglobulinas na Periodontite
contínua presença dos patógenos e à resposta TH1 Em se tratando de imunidade humoral e
ineficiente. A produção de IL-4, possivelmente periodontia, as imunoglobulinas (Ig) são
como resultado da estimulação de mastócitos e importantes fatores de defesa presentes na saliva
liberação de IL-4, dá origem à resposta TH2, com e, consequentemente, promovem proteção ao
a ativação de células B e a produção de periodonto.
imunoglobulinas. Anticorpos protetores são
Das diferentes classes de imunoglobulinas,
efetivos em conter a infecção, mas anticorpos não
três influenciam na microbiota bucal interferindo
protetores ou autoanticorpos (anticolágeno)
na aderência microbiana ou inibindo o
secretados por B1a podem levar à persistência da
metabolismo celular do patógeno. Essas classes
doença e a altos níveis de IL-1 como resultado da
são as imunoglobulinas A, G e M (IgA, IgG e
destruição tecidual (GEMMELL e SEYMOUR,
IgM). A IgA secretora é a imunoglobulina mais
1994; GEMMELL, MARSHALL e SEYMOUR,
predominante na saliva. Os pacientes com
1997).
doenças periodontais demonstram altas
A expressão de IL-17 é maior na periodontite concentrações dessas imunoglobulinas quando
crônica do que em tecidos sem evidência de comparados a indivíduos com o periodonto
doença periodontal (OHYAMA et al., 2009) e, em saudável (SEEMANN et al., 2004). As
associação com a IL-1β e TNF-α, a IL-17 tem concentrações salivares de imunoglobulinas
induzido a produção das MMP 1 e 3 por reduzem consideravelmente após a terapia
fibroblastos gengivais (BEKLEN et al., 2007). periodontal (REIFF, 1984).
A IL-10 tem sido associada à patogênese da Como em outras doenças infecciosas, a
periodontite crônica. A função da IL-10 nas imunidade humoral no periodonto mediada por
infecções crônicas humanas é complexa e crítica. IgA, IgM e IgG é primariamente protetora
Presume-se que a IL-10 está associada ao (EBERSOLE e TAUBMAN, 1994; KINANE,
estímulo de células B e, ao mesmo tempo, à MOONEY e EBERSOLE, 1999; EBERSOLE,
supressão da imunidade inata e respostas de CAPPELLI e HOLT, 2001; EBERSOLE, 2003).
células T antígeno-específicas, em particular, as No entanto, nem todas as respostas imunes
respostas mediadas por células TH1. Além disso, a humorais geradas são protetoras e podem até
IL-10 pode ser crítica para o controle do balanço mesmo ter efeitos deletérios ao periodonto. Além
entre células TH1 e TH2 na periodontite crônica, do efeito clássico de ligação à toxina bacteriana
onde o excesso desta citocina pode levar à para neutralização, os anticorpos podem dar início
inibição da resposta TH1 o que pode favorecer o a atividades indiretas como internalização
desenvolvimento da resposta TH2 com menor mediada por FcR (opsonização) e ativação da via
destruição tecidual (FORD; GAMONAL e Clássica do Sistema Complemento (SAITO et al.,
SEYMOUR, 2010). 1999).
Os estudos a respeito das citocinas dosadas O sistema imunológico humoral, controlado
na saliva são contraditórios em relação à primariamente por plasmócitos, é considerado por
33
Scientia Amazonia, v. 1, n.2, 28-36, 2012
Revista on-line http://www.scientia.ufam.edu.br
ISSN:2238.1910
34
Scientia Amazonia, v. 1, n.2, 28-36, 2012
Revista on-line http://www.scientia.ufam.edu.br
ISSN:2238.1910
EBERSOLE, J.L. Humoral immune responses in Mature dendritic cells infiltrate the T cell-rich
gingival crevice fluid: local and systemic region of oral mucosa in chronic periodontitis: In
implications. Periodontology 2000. v. 31, p. 135-166, situ, in vivo and in vitro studies. J Immunol. v. 167,
2003. p. 4693–4700, 2001.
EBERSOLE, J.L; CAPPELLI, D; HOLT, S.C. KANTARCI, A; OYAIZU, K; VAN-DYKE, T.E.
Periodontal diseases: to protect or not to protect is Neutrophil-mediated tissue injury in periodontal
the question? Acta Odontol Scand. v. 59, p. 161-166, disease pathogenesis: findings from localized
2001. aggressive periodontitis. J Periodontol. v. 74, p. 66-
75, 2003.
EBERSOLE, J.L; TAUBMAN, M.A. The protective
nature of host responses in periodontal diseases. KINANE, D.F; MOONEY, J; EBERSOLE, J.L.
Periodontology 2000. v. 5, p. 112-141, 1994. Humoral immune response to Actinobacillus
actinomycetemcomitans and Porphyromonas
FORD, P.J; GAMONAL, J; SEYMOUR, G.
gingivalis in periodontal disease. Periodontology
Immunological differences and similarities between
2000. v. 20, p. 289-340, 1999.
chronic periodontitis and aggressive periodontitis.
Periodontology 2000. v. 53, p.111-123, 2010. KINNEY, J; RAMSEIER, C; GIANNOBILE, W. Oral
fluid-based biomarkers of alveolar bone loss in
GAFFEN, S.L; HAJISHENGALLIS, G. A new
periodontitis. Annals of New York Academy of
inflammatory cytokine on the block: re-thinking
Sciences. v. 1098, p. 230–251, 2007.
periodontal disease and the Th1/Th2 paradigm in
the context of Th17 cells and IL-17. J Dent Res. v. LEXBERG, M.H; TAUBNER, A; FORSTER, A;
87, p. 817–828, 2008. ALBRECHT, I; RICHTER, A; KAMRADT, T. et al.
Th memory for interleukin-17 expression is stable
GEMMELL, E; WINNING, T.A; BIRD, P.S;
in vivo. Eur J Immunol. v. 38, p. 2654–2664, 2008.
SEYMOUR, G.J. Cytokine profiles of lesional and
splenic T cells in Porphyromonas gingivalis infection MILLER, C.S; KING, C.P; JR, LANGUB, M.C;
in a murine model. J Periodontol. v. 69, p. 1131-1138, KRYSCIO, R.J; THOMAS, M.V. Salivary
1998. biomarkers of existing periodontal disease: a cross-
sectional study. J Am Dent Assoc. v. 137, p. 322–329,
GEMMELL, E; MARSHALL, R; SEYMOUR, G.J.
2006.
Cytokines and prostaglandins in immune
homeostasis and tissue destruction. Periodontology MILLER, D.R; LAMSTER, I.B; CHASENS, A.I. Role
2000. v. 14, p. 112–143, 1997. of the polymorphonuclear leukocyte in periodontal
health and disease. J Clin Periodontol. v. 11, p. 1–15,
GEMMELL, E; SEYMOUR, G.J. Modulation of
1984.
immune responses to periodontal bacteria. Curr
Opin Periodont. v. 94, p. 28–38, 1994. MOMBELLI, A; CASAGNI, F; MADIANOS, P.N.
Can presence or absence of periodontal pathogens
GEMMELL, E; YAMAZAKI, K; SEYMOUR, G.J.
distinguish between subjects with chronic and
Destructive periodontitis lesions are determined by
aggressive periodontitis? A systematic review. J Clin
the nature of the lymphocytic response. Crit Rev
Periodontol. v. 29, p. 10-21, 2002.
Oral Biol Med. v. 13, p. 17–34, 2002.
NUSSBAUM, G; SHAPIRA, L. How has neutrophil
GEMMELL, E; YAMAZAKI, K; SEYMOUR, G.J.
research improved our understandig of periodontal
The role of T cells in periodontal disease: pathogenesis. J. Clin. Periodontol., v. 38, p. 49-59,
homeostasis and autoimmunity. Periodontology
2011.
2000. v. 43, p. 14–40, 2007.
OFFENBACHER, S; BARROS, S.P; SINGER, R.E;
GIROLOMONI, G; CAUX, C; LEBECQUE, S;
MOSS, K; WILLIAMS, R.C; BECK, J.D. Periodontal
DEZUTTER-DAMBUYANT, C; RICCIARDI-
disease at the biofilm-gingival interface. J
CASTAGNOLI, P. Langerhans cells: still a
Periodontol. v. 78, p. 1911–1925, 2007.
fundamental paradigm for studying the
immunobiology of dendritic cells. Trends Immunol. OHYAMA, H; KATO-KOGOE, N; KUHARA, A;
v. 23, p. 6–8, 2002. NISHIMURA, F; AKASHI, K; YAMANEGI, K. et al.
The involvement of IL-23 and the Th17 pathway in
HEMMERLE, J; FRANK, R.M. Bacterial invasion of
periodontitis. J Dent Res. v. 88, p. 633–638, 2009.
periodontal tissues after experimental
immunosuppression in rats. J Biol Buccale. v. 19, p. OSORIO, F; LEIBUNDGUT-LANDMANN, S;
271-282, 1991. LOCHNER, M; LAHL, K; SPARWASSER, T;
EBERL, G. et al. DC activated via dectin-1 convert
JOTWANI R; PALUCKA, A.K, AL-QUOTUB, M;
Treg into IL-17 producers. Eur J Immunol. v. 38, p.
NOURI-SHIRAZI, M; KIM, J; BELL, D. et al.
3274–3281, 2008.
35
Scientia Amazonia, v. 1, n.2, 28-36, 2012
Revista on-line http://www.scientia.ufam.edu.br
ISSN:2238.1910
PAGE, R.C: Host response tests for diagnosing SHELBURNE, C.E; COULTER, W.A; OLGUIN, D;
periodontal diseases. J Periodontol. p. 356-366, 1992. LANTZ, M.S; LOPATIN, D.E. Induction of {beta} -
defensin resistance in the oral anaerobe
PRESHAW, P; TAYLOR, J. How has research into
Porphyromonas gingivalis. Antimicrob Agents
cytokine interactions and their role in driving
Chemother. v. 49, p. 183-187, 2005.
immune responses impacted our understanding of
periodontitis? J Clin Periodontol. v. 38, p. 60–84, SOCRANSKY, S.S.; HAFFAJEE, A.D.; CUGINI,
2011. M.A.; SMITH, C.; KENT JR, R.L. Microbial complex
in sugengival plaque. J. Clin. Periodontol., v. 25, p.
REIFF, R.L. Serum and salivary IgG and IgA
134-144, 1998.
response to initial preparation therapy. J
Periodontol. v. 55, p. 299–305, 1984. STASHENKO, P; FUJIYOSHI, P; OBERNESSER,
M.S. Levels of interleukin 1 beta in tissues from
ROSSOMANDO, E.F; KENNEDY, J.E;
sites of active periodontal disease. J Clin Periodontol.
HADJIMICHAEL, J. Tumor necrosis factor alpha in
v. 18, p. 548-554, 1991.
gingingival crevicular fluid as a possible indicator of
periodontal disease in humans. Arch Oral Biol. v. 35, STEINMAN, R.M; PACK, M; INABA, K. Dendritic
p. 431-434, 1990. cells in the T-cell areas of lymphoid organs.
Immunol Rev. v. 156, p. 25–37, 1997.
SAITO, S; HAYAKAWA, M; TAKIGUCHI, H;
ABIKO, Y. Opsonophagocytic effect of antibody TELES, R.P; LIKHARI, V; SOCRANSKY, S.S;
against recombinant conserved 40-kDa outer HAFFAJEE, A.D. Salivary Cytokine Levels in
membrane protein of Porphyromonas gingivalis. J Chronic Periodontitis and Periodontally Healthy
Periodontol. v. 70, p. 610- 617, 1999. Subjects. A cross-sectional Study. J Periodontal Res.
v. 44(3), p. 411–417, 2009.
SCHLEIMER, R.P; KATO, A; KERN, R;
KUPERMAN, D; AVILA, P.C. Epithelium: at the VAN DYKE, T.E. Cellular and molecular
interface of innate and adaptive immune responses. susceptibility determinants for periodontitis.
J Allergy Clin Immunol. v. 120, p.1279-1284, 2007. Periodontology 2000. v. 45, p. 10–13, 2007.
SEEMANN, R; HAGEWALD, S.J; SZTANKAY, V; WEAVER, C.T; HARRINGTON, L.E; MANGAN,
DREWS, J; BIZHANG, M; KAGE, A. Levels of P.R; GAVRIELI, M; MURPHY, K.M. Th17: an
parotid and submandibular ⁄ sublingual salivary effector CD4 T cell lineage with regulatory T cell
immunoglobulin A in response to experimental ties. Immunity. v. 24, p. 677–688, 2006.
gingivitis in humans. Clin Oral Investig. v. 8, p. 233–
ZADEH, H.H; NICHOLS, F.C; MIYASAKI, K.T. The
237, 2004.
role of the cellmediated immune response to
SEXTON, W.M; LIN, Y; KRYSCIO, R.J; DAWSON, Actinobacillus actinomycetemcomitans and
III D.R; EBERSOLE, J.L; MILLER, C.S. Salivary Porphyromonas gingivalis in periodontitis.
biomarkers of periodontal disease in response to Periodontology 2000. v. 20, p. 239-288, 1999.
treatment. J Clin Periodontol. v. 38, p. 434–441, 2011.
36