Técnica Dietética
Técnica Dietética
Técnica Dietética
Dietética
Professora Esp. Vanuza Neres Pacheco Carluccio
EduFatecie
E D I T O R A
2022 by Editora Edufatecie
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ISBN 978-65-5433-020-6
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UNIDADE I....................................................................................................... 4
Técnica Dietética
UNIDADE II.................................................................................................... 20
Técnica de Preparo dos Alimentos
UNIDADE III................................................................................................... 37
Grupos Alimentares
UNIDADE IV................................................................................................... 63
Cardápios de Unidades de Alimentação e Nutrição
Plano de Estudo:
● Conceito básico em técnica dietética;
● Abordagem sobre os objetivos da técnica dietética;
● Classificação dos Alimentos;
● Laboratório de técnica Dietética.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender a sistematização dos procedimentos e das técnicas adequadas para
aquisição, seleção, pré-preparo, preparo, conservação e armazenamento de
alimentos visando à preservação dos nutrientes;
● Conhecer e identificar cada grupo alimentar e suas funções;
● Identificar a importância dos nutrientes e seu impacto na saúde do organismo.
4
INTRODUÇÃO
Ornelas (2011) basicamente nos direciona que são 06 os objetivos da técnica dieté-
tica, podendo ser diferenciados e definidos de acordo com suas principais características, a
seguir um breve resumo de cada um deles, fiquem atentos ao impacto que cada um pode
promover no aproveitamento de nutrientes.
Tendo como base Ornelas (2011) e Philippi (2006) uma breve afirmação para não es-
quecerem: “Além de nutritivos, higienicamente seguros e com boa digestibilidade, os alimentos
precisam estar sensorialmente atrativos, para assim ser bem aceitos ao consumo diário”.
alimentos que serão utilizados nas preparações da técnica dietética. Didaticamente segue
de “selo verde.”
lância Sanitária):
Todo alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas,
quando consumidos como parte da dieta usual, produz efeitos metabólicos
e /ou fisiológicos e /ou efeitos benéficos a saúde, devendo ser seguro para
consumo sem supervisão médica (BVSMS, 2009, online).
8. Alimento Light: aqueles em que são reduzidos 25% de dos componentes como
calorias, açúcar, sal, gorduras, carboidratos e colesterol.
PROCEDIMENTO PERIODICIDADE
Higienizar peias, bancadas e o piso Imediatamente após o uso
Higienizar geladeira e micro-ondas 1x no mês
Retirada de lixo Ao término de produção de cada refeição
Higienizar janelas e vidros 1x no mês
Higienizar fogões Quinzenalmente
Paredes 1x no mês
Higienizar armários (estoque, utensílios 1x no mês
e equipamentos)
Utensílios utilizados no preparo Imediatamente após uso.
Fonte: A autora (2022).
NOME DA RECEITA
INGREDIENTES UTILIZADOS
NUMEROS DE PORÇÕES
REFEIÇÃO INDICADA
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
OBSERVAÇÕES
Estudo dos procedimentos que tornam possível a utilização dos alimentos, visando à
preservação de suas qualidades sensoriais desejadas e seu valor nutricional.
SAIBA MAIS
REFLITA
Fonte: (WORLD CANCER RESEARCH FUND, 1997; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1998).
Chegamos ao final da nossa primeira unidade, até aqui aprendemos alguns concei-
tos que serão fundamentais para um bom profissional de nutrição. O conhecimento da área
dietética que acompanha e orienta as atividades de controle de qualidade, higiênico-sanitá-
rias e de segurança no trabalho, em todo o processo de produção de refeições e alimentos.
Sugiro fortemente que baseado neste material a mente de vocês se abram para
novas leituras e pesquisas nesta área a fim de aprimorar ainda mais este conhecimento.
Ter uma vida saudável depende muito do que o indivíduo consome durante sua
vida e consequentemente a forma de apresentação e preparo dos alimentos tem um papel
fundamental para esta conquista.
Conhecimentos enquanto profissional da área é essencial para manter a saúde
e o bem-estar das pessoas e já fiquem ligados porque na próxima unidade entenderemos
especificadamente todas as técnicas bem como transformações que o preparo todos ali-
mentos podem causar frente a conservação e aproveitamento de seus NUTRIENTES.
Espero que já estejam curiosos e na expectativa para nossa próxima unidade.
Um forte abraço!!!!!!
Especial Rev. Nutr. 23 (6), Dez 2010. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1415-52732010000600001. Acesso
LIVRO
Título: Nutrição e técnica Dietética
Autora: Sonia Tucunduva Philippi.
Editora: Manole.
Sinopse: Sonia Tucunduva Philippi aborda todos os princípios da
técnica dietética de forma simples a autora viaja pelo universo da
composição dos alimentos e suas respectivas funcionalidades.
FILME / DOCUMENTÁRIO
Título: Um Delicado Equilíbrio: A Verdade
(A Delicate Balance: The Truth)
Ano: 2008.
Sinopse: Este documentário, lançado em 2008, também aborda
a relação direta entre uma alimentação correta e a nossa saúde,
principalmente na disseminação de doenças como câncer, diabetes
e outras tantas. Além de trazer entrevistas com médicos e especia-
listas de diferentes universidades do mundo, o filme também faz
um alerta muito importante em relação ao impacto ambiental que a
pecuária e a pesca, dentre outras atividades, causam no planeta.
Plano de Estudo:
● Técnica de Preparo e operações de alimentos;
● Métodos de cocção;
● Indicadores no Preparo de Alimentos;
● Índice de reidratação, densidade, pesos e medidas para UAN.
Objetivos da Aprendizagem:
● Identificar o porquê preparar os alimentos e suas técnicas de preparo;
● Conhecer os fatores que influenciam na preservação dos nutrientes e custos;
● Saber quais técnicas utilizar para manter as características
organolépticas dos alimentos.
20
INTRODUÇÃO
Dica: a fervura em fogo lento e uma cocção de longa duração em calor úmido, com liqui-
do suficiente para cobrir o alimento, mantendo temperatura até 95 graus. Podendo ser
usada em carnes ou outros alimentos que necessitem de cocção prolongada. Como por
exemplo os doces e molhos. Quanto mais prolonga o cozimento mais saboroso ele fica.
Agora a fervura em ebulição também é uma cocção em calor úmido que consiste em
cozinhar os alimentos em bastante água e em temperaturas maiores de 100 graus e
assim conferir a textura desejável ao paladar destes alimentos. Ex: caldos, grãos se-
cos, massas e legumes.
Assar no forno
CALOR SECO Com ar Assar no espeto
Grelhados
Saltear
CALOR SECO Com gordura
Fritar
Água Ensopar
CALOR MISTO Vapor Refogar
Ar Brasear
Gordura
Cálculo do IPC:
PB=1000g IPC:1000/500=2 IPC=2
PL=500g
3.1.2 Importante:
O IPC pode variar de acordo com cada local Unidade de Alimentação e Nutrição
(UAN) pois alguns fatores influenciam: tipo (qualidade do alimento comprado), mão de obra
do serviço (se a equipe de manipuladores de alimentos é treinada para evitar desperdícios),
utensílios (faca afiada minimiza perda) e equipamentos utilizados (descascador sempre
tem que estar bem regulado).
● Aquisição superfaturada;
● Falta de alimentos;
● Aumento dos custos;
● Desperdícios com sobras de alimentos já preparados.
Importante: Fatores térmicos maior que 1,0 o alimento ganhou peso durante
a cocção, por conta do processo de hidratação. Caso o resultado seja menor que 1,0 o
alimento perdeu peso durante a cocção, devido à perda de água e à retração das fibras.
Como calcular:
4.2 Densidade
Os tamanho e quantidade de equipamentos utilizados em uma cozinha industrial
sempre vão depender de algumas variáveis: tempos de cocção, fator de cocção, per capita,
número refeições e densidade. Para entendimento desta afirmação entenda o significado
da expressão abaixo.
Geralmente a mais utilizada é em gramas, por isso se faz essencial utilizar o equi-
pamento BALANÇA DE ALIMENTOS. Na ausência da mesma faz se a conversão através
de medidas em colheres, xicaras ou copos.
SAIBA MAIS
Ao final desta unidade deixo um ponto importante a ser questionado, estudado e aprimo-
rado com vocês. Dentro de uma unidade de alimentação e nutrição, os manipuladores
de alimentos são peças fundamentais. O trabalho por eles desenvolvidos é fundamental
para garantir a segurança alimentar protegendo a saúde dos consumidores deste ali-
mento. Então faz se necessário entender todos os cuidados higiênicos preconizados
na RDC 216/04, sobre serviços de alimentação e nutrição.
Deixo como material de apoio a vocês um resumo feito pela ANVISA-Agencia nacional
de Vigilância Sanitária. Trata-se de um resumo dos cuidados durante a manipulação de
alimentos nas unidades de alimentação e Nutrição.
Ao final de mais uma unidade, em que aprendemos o passo a passo das técnicas
e fatores que influenciam no valor nutricional, bem como nos custos para produção de
alimentos em unidades de alimentação e nutrição, afirmo que a necessidade em saber
adequar os espaços destinados a área de alimentação (cozinhas, depósitos e refeitórios)
de acordo com os padrões de segurança sanitária são fundamentais para diminuir riscos
microbiológicos envolvidos na manipulação.
Vale destacar também a importância frente a implantação de um sistema de lo-
gística eficaz com a equipe de manipuladores para atender ao objetivo primordial de toda
unidade de alimentação e nutrição que é “As necessidades alimentares em todas as suas
condições, seja num estado de saúde ou doença”.
Conhecer as modificações bem como o resultado que o alimento seguro traz tan-
to para consumidor, quanto para empresa que o fornece, fator este primordial dentro da
técnica dietética, que só através deste, o profissional desta área estará seguro e apto a
administrar uma unidade de alimentação e nutrição. Espero que tenham aproveitado ao
máximo os conhecimentos aqui apresentados e que usem este material com revisão em
todas as dúvidas na pratica desta função.
Na nossa próxima unidade conheceremos passo a passo cada grupo alimentar, cada
alimento, onde combinado as técnicas adequadas de seleção e preparo, vocês irão ver a
dinâmica transformadora que temos em nossas mãos com a produção correta dos alimentos.
Link de acesso:
http://revista.ugb.edu.br/ojs302/index.php/episteme/article/view/2439
Resenha: O presente estudo é uma análise de vários artigos brasileiros que avaliam
um dos principais desafios da técnica dietética, que é evitar o desperdício de alimentos.
Através de um bom planejamento e execução de cada etapa da seleção, preparo até o
consumo dos alimentos. Ver dados reais é um subsidio para que vocês entendam ainda
mais a importância do profissional de nutrição capacitado e habilitado para o planejamento
e controle de Unidades de Alimentação e Nutrição. Sugiro fortemente que usem este ma-
terial como apoio
nutrição. Episteme Transversalis, [S.l.], v. 12, n. 3, dez. 2021. ISSN 2236-2649. Disponível em: http://revista.
LIVRO
Título: Gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição: um modo
de fazer.
Autores: Edeli Simione de Abreu, Monica Gloria Neumann Spinelli
e Ana Maria de Souza Pinto.
Editora: Metha LTDA, 6° edição.
Sinopse: de uma forma simples e didática esta leitura vai contribuir
para ampliar a visão das estratégias que abordam a administração
de Unidades de Alimentação e Nutrição para uma administração
voltada ao planejamento, organização e avaliação respeitando
todas as normas que englobam a legalidade sanitária.
FILME / VÍDEO
Título: Ratatouille
Ano: 2007.
Sinopse: O filme trata com leveza a arte de saber preparar os
alimentos de modo que impacte a visão, olfato e paladar dos consu-
midores de alimentos, o que vai muito de encontro com o assunto
tratado em nossa unidade. Um ratinho francês de gosto refinado e
muito ambicioso chamado Remy sonha em se tornar um grande chef
de cozinha. Para tanto decide mudar-se para Paris com a família,
onde uma série de eventos leva o pequenino ao restaurante do chef
Auguste Gusteau e assim se desenrola toda história.
Plano de Estudo:
● Ovos, Laticínios e Carnes;
● Leguminosas e Cereais;
● Vegetais folhosos e Legumes;
● Frutas, Óleos e Gorduras.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e aplicar as técnicas de preparo de cada alimento dos grupos alimentares;
● Compreender classificar cada alimento dos grupos alimentares e suas composições;
● Estabelecer e conhecer a importância da utilização de cada
alimento utilizando os conceitos da técnica dietética.
37
INTRODUÇÃO
E não menos importante que todo conteúdo trabalhado até aqui. Esta unidade
vem recheada de conhecimentos. Os artistas principais serão os alimentos, distribuídos em
grupos alimentares.
Vocês terão a grata satisfação e oportunidade de aprimorar, conhecer e entender
cada um deles, para muito brevemente usá-los como ingrediente na produção de refeições
em unidades de alimentação e nutrição.
Trilhando o mundo da variedade de componentes alimentares (gorduras, carboidra-
tos, proteínas e sais minerais, água e vitaminas). Nutrientes estes que, podem participar de
diversas transformações químicas durante o processo de produção de receitas.
Exemplificando para vocês que a alimentação de pessoas sadias ou doentes é inti-
mamente impactada com a escolha dos alimentos e tipo preparação utilizada na produção
dos mesmos de modo a conservar todas as suas propriedades nutricionais fundamentais
para a nutrição celular do corpo humano.
Então nobres alunos (as), papel e caneta na mão, olhos e ouvidos bem atentos a
esta unidade.
1.1 Ovos
O ovo é um corpo unicelular e são classificados quanto ao: peso, qualidade, estru-
tura e valor nutricional.
Sua classificação quanto ao peso: se dá pelo peso médio dos ovos de acordo com
o tipo, conforme descrito na tabela abaixo.
» Esfriar rapidamente após a cocção (para evitar a ação do sulfeto de ferro que
provoca a camada escurecida na gema);
» Não acrescentar ovos a misturas quentes, para não talhar. Espere esfriar ou vá
adicionando pequenas quantidades;
» Incorporar a clara em neve com outros ingredientes somente no último momen-
to, com movimentos suaves;
» Utilizar somente a clara em preparações à milanesa (pois a cobertura fica mais
crocante e a gordura espirra menos durante a fritura;
» Sempre verificar os ovos um a um, antes de acrescentá-los a preparações (po-
dem estar alterados e comprometer a receita). Nunca quebrar os ovos sobre os
outros ingredientes;
» Cortar ovos cozidos em rodelas fica mais fácil se a faca antes ser mergulhada
em água quente; isso impede que os ovos esfarelem;
» Acrescentar sal ao fritar um ovo, pois isso acelera a coagulação de proteínas;
Curiosidade:
Teste da luz: o ovo fresco ao ser colocado contra a luz, parece denso e escuro por
igual. Se apresentar uma parte oca, o ovo está estragado.
Teste da água: o ovo fresco ao ser colocado em um copo de água sal ficara parado no
fundo o ovo velho flutuará.
1.2 Laticínios
Segundo Silva e Mura (2011) o leite é o produto da obtido das glândulas mamarias
dos mamíferos, composto de proteína, gorduras, minerais, vitaminas. O valor nutricional vai
variar de acordo com a espécie do animal e alimentação do mesmo.
Importante:
A albumina precipita –se quando o leite é fervido formando aquela crosta no fundo
da panela, para evitar isso é só aquecer o leite em banho-maria.
Quando leite é misturado a fruta que são alimentos ácidos, a proteína caseína se
coagula e confere a preparação a característica de maciez e cremosidade.
1.3 Carnes
Na pasteurização, o leite é aquecido de 72oC a 76oC, por 15 a 20 segundos e
resfriado em seguida.
Aves: são de pele clara coloração entre o amarelo e o branco, cor homogênea sem
manchas e de consistência elástica e úmida.
Peixes: deve apresentar consistência firme, não amolecida e nem pegajosa, co-
loração branca ou levemente rosada, brilhante. A carne deve estar úmida, firme,
elástica e lisa, olhos inteiros, úmidos, brilhantes e salientes.
2.1 Leguminosas
As leguminosas são grãos/sementes contidos em vagens e são riquíssimas em
tecido fibroso. Vale destacar que são produtos ricos em proteínas de origem vegetal, es-
tima-se 23% da sua composição, porem a limitação no aminoácido metionina. O feijão
é pobre em metionina e o arroz é pobre no aminoácido lisina, a combinação destes dois
alimentos ingeridos juntos corrigem esta deficiência de ambos os aminoácidos.
As leguminosas são ricas em minerais como ferro, zinco e potássio, bem como
vitaminas do complexo B, ácido fólico e tem na sua composição 50% de carboidrato.
Na tabela abaixo de forma resumida vamos conhecer cada um deles e suas princi-
pais características:
digestibilidade e a qualidade nutricional das proteínas. Faço destaque aos seguintes fatores
2.2 Cereais
Cereais são alimentos de origem vegetal tais como: arroz, trigo, milho, aveia, cen-
teio, cevada. São excelentes fontes de carboidratos cerca de 70% das suas composições,
10% de proteína e vitaminas como tiamina, riboflavina e niacina. Destaque aos cereais
integrais que além desses nutrientes, são ricos em fibras e minerais como o ferro.
É classificado com um cereal para subsistência, então vamos identificar e definir este cereal:
Glúten: proteína presente nos grãos de trigo e aveia, cevada e centeio, composta de
gliadina e gluteína que quando misturados a água forma um complexo elástico que
confere a liga para produções de pães.
Amido: é um polissacarídeo constituído de glicose, insolúvel em água, sem sabor e
que tem a característica de gelatinização, dextrinização e retrogradação.
4.1 Frutas
Definimos fruta como a parte pomposa que envolve as sementes das plantas.
Possuem aroma característico, são ricas em suco, normalmente de sabor doce e em sua
maioria são consumidas cruas. São ricas em açucares (monossacarídeos). Os teores de vi-
taminas e minerais variam de acordo com a espécie, grau de amadurecimento. Geralmente
as frutas maduras são ricas em vitamina C, e se conservadas de forma errada perdem até
50% desta vitamina. Basicamente classificamos as frutas em:
O pré-preparo deve passar pelas seguintes etapas: lavagem para remoção das
sujidades e descontaminação com hipoclorito.
Importante:
Para corar utiliza-se quantidade pequena de gordura aquecida de 130 a 150 graus.
SAIBA MAIS
Ao final desta unidade saliento a importância da intimidade e segurança com cada grupo
alimentar e sua importância frente a saúde humana; algo que é fundamental para este
aprendizado, é estar sempre atento as várias colocações e orientações que são preco-
nizadas pelos órgãos competentes por orientar a atuação dos profissionais de nutrição
nestas áreas. Deixo o material abaixo de apoio para pesquisa e fundamentação teórica/
pratica numa abordagem publicada pelo Ministério da Saúde.
“A comida é tudo o que somos. É uma extensão da nossa história pessoal, da nossa
região, do nosso bairro, do nosso país. A comida é inseparável dessas coisas desde o
princípio dos tempos”.
Saber reconhecer e entender gostos e preferencias alimentares da população traba-
lhada contribui para uma maior aceitação as preparações e alimentos oferecidos em
unidades de alimentação e nutrição. Segue o link para consulta e pesquisa na tabela de
composição nutricional dos alimentos mais consumidos no Brasil, elaborada pelo IBGE.
Encerramos aqui mais uma unidade, que ao iniciarmos ela foi elencada os seguintes
objetivos: Conceituar e aplicar as técnicas de preparo de cada alimento dos grupos alimentares;
compreender classificar cada alimento dos grupos alimentares e suas composições; estabele-
cer e conhecer a importância de cada alimento utilizando os conceitos da técnica dietética
Em unidades de alimentação e nutrição o profissional nutricionista apto a admi-
nistrar estas unidades, além dos conhecimentos teóricos e planejamento dos objetivos a
serem atingidos, deve antes de tudo saber executar e dimensionar a prática assertiva frente
a todas as necessidades deste local.
Concluo esta unidade afirmando que além de todas as técnicas de preparo e
cuidados higiênicos com os alimentos, se faz extremamente indispensável dominar o
conhecimento da composição nutricional de cada grupo alimentar a ser usado no preparo
de refeições equilibradas as necessidades humanas do local. ISSO é FUNDAMENTAL.
Espero e acredito que vocês estejam agora aptos a tratar o alimento como o NOS-
SO REMÉDIO diário., saber onde e porque aplicar aquele ingrediente / alimento levando
em consideração não somente a fome de CALORIAS, mas também a FOME DE MICRO-
NUTRIENTES.
E aí curiosos para saber o que abordaremos na nossa próxima unidade agora?
Apertem os cintos e embarque na aplicação de todos os conhecimentos até aqui
estudados.
LIVRO
Título: Pirâmide Dos Alimentos: Fundamentos Básicos da Nutrição
3ª Edição - Impresso
Autora: Sonia Tucunduva Philippi.
Editora: Manole.
Sinopse: Simples e didaticamente o livro aborda de forma prática
e aplicativa, a funcionalidade e a importância que os alimentos
exercem no organismo humano, destacando que a quantidade
adequada de nutrientes para cada estágio da vida, resulta em
grandes e imensuráveis benefícios para a saúde, prevenindo as
doenças crônicas de base. Aproveitem essa leitura!!!!!
DOCUMENTÁRIO
Título: Cooked
Ano: 2016.
Sinopse: O Documentário é baseado no livro “Cozinhar: Uma
História Natural da Transformação”, que aborda os elementos da
natureza fogo, água, ar, terra e a relação do homem com o ato de
cozinhar. Um ponto marcante no documentário e a exposição de
uma grande realidade atual, onde cada vez se tem menos tempo
para estar em casa e cozinhar nossa própria comida. De forma
leve nos faz refletir se o tempo não seria o ingrediente que anda
faltando à mesa nos tempos atuais, para uma melhor qualidade no
que comemos.
Plano de Estudo:
● Cardápios;
● Dietas hospitalares;
● Fichas técnicas de Preparo;
● Açúcares.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar cardápios e suas aplicações
em unidades de alimentação e nutrição;
● Compreender os tipos de fichas de técnica de preparo
dos alimentos e sua importância na rotina diária;
● Estabelecer dietas hospitalares e sua finalidade em
unidades de alimentação e nutrição hospitalares.
63
INTRODUÇÃO
O valor per capita possibilita que se adeque as necessidades nutricionais e evita des-
perdícios ou faltas de alimentos. O per capita é o princípio da ficha técnica e o do-
cumento orientador para a previsão e requisição de compras, produção e análise de
custo. Cada unidade de alimentação apresenta o seu per capita de acordo com sua
clientela e este pode variar dependendo da combinação oferecida no cardápio.
Formas: devem ser bem variadas os cortes: bastão, cubos, tiras, fatias, rodelas,
postas.
Tipos de preparo: variedade nas formas de preparo como preparações cruas, ou-
tra assada, outra ensopada etc.
% em
relação
aos dias de
cardápios
Fonte: A autora (2022).
● Dieta Geral;
● Dieta Branda;
● Dieta Pastosa;
● Dieta Liquida Completa;
● Dieta Liquida Espessada;
● Dieta Liquida Restrita.
As dietas citadas acima são de acordo com sua consistência, quanto a restrição ou
aumento de algum nutriente vai depender das diversas patologias que precisam
ser tratadas, e a postura para proceder com o planejamento das mesmas, depende
muito do conhecimento profissional da composição dos alimentos, por isso nas uni-
dades anterior foi elucidado os grupos alimentares e suas composições. Caso não
se lembre, revise a unidade.
4.1 Definição
Baseado nas explicações de Mezono (2015) podemos entender que, açúcar é o
termo empregado para designar os carboidratos mais simples incluindo aos monossacarí-
deos e os dissacarídeos, sendo que na alimentação o mais comum é a sacarose. O açúcar
é fonte de energia, e ao melado e melaço atribui se a condição rica em ferro e pequenas
quantidades de cálcio e vitaminas do complexo B.
Ao longo desta apostila entendemos que o alimento é o sim nosso remédio e exerce
papel fundamental na proteção e prevenção de doenças. A alimentação através de ali-
mentos cardioprotetores cada vez mais vem ganhando espaço em referências para tra-
tamentos individuais e coletivos. O ministério da saúde desenvolveu um material onde
divide os alimentos que compõe essa alimentação em cores. Sugiro fortemente este
material como apoio de vocês nesta jornada.
“Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio”.
Esta frase foi ditada por Hipócrates há mais de 2400 anos e cada vez mais a ciência
comprova a relação estreita entre o hábito alimentar e a diminuição dos riscos de doen-
ças crônicas e também da sua importância no tratamento destas enfermidades. Deixo
abaixo para vocês um link para leitura, pesquisa e impressão de um manual e atuação
recomendado
manuais/ma-unc-001-manual-de-dietas-hospitalares.pdf
Ao terminar mais esta unidade temos a certeza que dieta ou regime alimentar é um
conjunto sistemático de normas de alimentação de um indivíduo, seja ele saudável ou enfermo.
A partir dessa conclusão, é possível perceber que existe diferenças entre uma
alimentação normal, em que está é caracterizada por uma alimentação balanceada em
nutrientes de fácil preparação, de apresentação agradável, adequada a indivíduos sadios e
que a alimentação especial apesar de seguir as mesmas normas de alimentação normal no
sentido de fornecer elementos adequados ao seu estado físico, nutricional e patológico é
aquela que também apresenta modificações nas suas características organolépticas físicas
e químicas, para melhor atender as necessidades do indivíduo enfermo.
Reafirmo que para prescrever ou elaborar adequadamente uma dieta, o profissional
deve conhecer o valor dos alimentos, sua composição química, o resultado das transforma-
ções culinárias a que devem ser submetidos e as suas ações sobre o organismo.
Entender que o alimento transformado pelas técnicas de cocção de forma correta
respeitando todos os padrões de segurança e qualidade conferindo ao mesmo a preserva-
ção de todos os nutrientes, esta tarefa só será executada brilhantemente por profissional
capacitado e apto a aplicar todos estes conceitos.
Espero que ao longo de todas estas unidades vocês tenham conseguido viajar nes-
te universo, para que tenhamos profissionais apaixonados por ensinar e aplicar a nutrição
com maestria em todas as suas esferas que englobam unidades de produção de alimentos.
Um forte abraço!!!!!!
Fonte: AKUTSU, Rita de Cássia et al. A ficha técnica de preparação como instrumento de qualidade
na produção de refeições. Revista de Nutrição [online]. 2005, v. 18, n. 2 p. 277-279. Disponível em: https://
LIVRO
Título: Analise Sensorial dos Alimentos 5 edições.
Autor: Silvia Deboni Dutcosky.
Editora: Champagnat – Pucpress.
Sinopse: este livro retrata a importância da nossa percepção sen-
sorial dos alimentos e cheiros, visto que isso impacta totalmente
na aceitação de consumo dos alimentos. Um livro pequeno e curto
daqueles que dá para ler até três vezes e assim aprimorar ainda
mais a visão. Ótima leitura a vocês.
FILME / DOCUMENTÁRIO
Título: Fonte da Juventude
Ano: 2017.
Sinopse: Diante da epidemia global de obesidade, o filme faz um
mergulho no ambiente alimentar do Brasil, propondo um diálogo
entre a academia, o setor público, empresas, associações e famí-
lias sobre alimentação. Aproveitem!!!!!
BVSMS (Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde). 2009. Disponível em: https://
bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/220_alimentos_funcionais.html. Acesso em: 11 jul. 2022.
MAHAN, L. K.; RAYMOND, L. J. Krause: Alimentos, nutrição e dietoterapia. 14ª edição. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2018.
82
ORNELAS, L. H. Técnica dietética: seleção e preparo de alimentos. 8. ed. rev. e ampl. São
Paulo: Atheneu, 2007.
SILVA, Sandra M. Chemin S. Da; MURA, Joana D'arc Pereira. Tratado de Alimentação,
Nutrição e Dietoterapia. 2. ed. São Paulo. Editora Roca, 2011.
83
CONCLUSÃO GERAL
A término dos nossos estudos, vamos refletir nosso aprendizado. A questão finan-
ceira é o que mais dificulta a execução de dietas/cardápios adequados ao consumo diário
de acordo com as necessidades individuais de cada pessoa. E é notório que em unidades
de Alimentação e Nutrição ou em nossas próprias casas torna-se cada vez mais difícil esta
alimentação equilibrada.
A fome real, fome oculta e o desperdício de alimentos são os dois dos maiores pro-
blemas que o Brasil enfrenta, constitui um dos paradoxos de nosso país. Produzimos mais
de 140 milhões de toneladas de alimentos por ano, somos um dos maiores exportadores de
produtos agrícolas do mundo e, ao mesmo tempo, temos milhões de pessoas sem ingerir o
alimento em quantidade e/ ou qualidade necessária.
As frutas e vegetais são exemplos de importantes fontes de vitaminas e minerais
que desempenham uma função vital no peculiar desenvolvimento e boa saúde do corpo
humano. Sabemos que todas as partes dos alimentos, como frutas e vegetais contribuem
na promoção e adequação desta alimentação equilibrada. Geralmente justamente essas
partes importantes como casca, sementes, talos e folhas culturalmente são desprezadas
ou não utilizadas na totalidade. Saber aproveitar o alimento como um todo é uma ALTERNA-
TIVA para garantir nutrientes e conter gastos tornando possível a criação de novas receitas,
como por exemplo sucos, doces, geleias e farinhas com estas partes desprezadas.
Todo aprendizado em torno da técnica dietética é fundamental para o enfrentamen-
to destes desafios. Incentivar o aproveitamento total dos alimentos oferecendo assim uma
alternativa nutritiva e de baixo custo que minimiza os gastos das unidades de alimentação,
contribuindo para o lucro necessário, aprimorando as técnicas cocção para esta finalidade
A prática de utilizar todo o potencial nutritivo dos alimentos é uma realidade que
deve ser vivenciada nos dias de hoje. Devemos ensinar a usar os alimentos com sabedoria
para melhor aproveitar seus nutrientes resgatando a culinária local e evitando o consumo
excessivo de produtos industrializados garantindo assim uma qualidade de vida, como
consequência de uma alimentação saudável.
A partir de agora, acredito que vocês já estão preparados para seguir em frente
desenvolvendo ainda mais suas habilidades e direcionar a produção de alimentos em uma\
unidade de alimentação e nutrição. Parabéns por chegar até aqui.
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EduFatecie
E D I T O R A