Atividade 3 - Filosofia Da Educação

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

NÚCLEO DE TECNOLOGIA PARA EDUCAÇÃO – UEMANET


UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB
CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
DISCIPLINA: FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

ABEL FERREIRA MELO NETO


GUSTAVO CÉSAR DE SOUSA DIAS
ISABEL CRISTINA DE FIGUEREDO E SILVA
JEANE PEREIRA DE ARRUDA
LINDINAURA GOMES DA SILVA
MIGUEL ÂNGELO DA SILVA NORONHA DOS SANTOS

RESENHA DOS LIVROS: PEDAGOGIA DA AUTONOMIA - (1996) E EDUCAÇÃO


COMO PRÁTICA DA LIBERDADE (1967) DE PAULO FREIRE

Açailândia-MA
2023
ABEL FERREIRA MELO NETO
GUSTAVO CÉSAR DE SOUSA DIAS
ISABEL CRISTINA DE FIGUEREDO E SILVA
JEANE PEREIRA DE ARRUDA
LINDINAURA GOMES DA SILVA
MIGUEL ÂNGELO DA SILVA NORONHA DOS SANTOS

RESENHA DOS LIVROS: PEDAGOGIA DA AUTONOMIA - (1996) E EDUCAÇÃO


COMO PRÁTICA DA LIBERDADE (1967) DE PAULO FREIRE

Resenha (resumo) apresentado à Universidade


Estadual do Maranhão – UEMA, Núcleo de
Tecnologia para Educação – UEMANET do
componente curricular Filosofia da Educação do
Curso Licenciatura em Pedagogia EAD, como um
dos critérios de avaliação para obtenção de nota.

Profa. Elizete Santos


Tutora: Tathianne Rosa Nascimento

Açailândia-MA
2023
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RESENHA DOS LIVROS: PEDAGOGIA DA AUTONOMIA - (1996) E EDUCAÇÃO


COMO PRÁTICA DA LIBERDADE (1967) DE PAULO FREIRE

Conforme introdução da terceira atividade avaliativa da disciplina de


Filosofia da Educação, Paulo Freire foi um dos pensadores mais influentes do século
XX. Ele afirmava que: devo deixar claro que, embora seja meu interesse central
considerar neste texto saberes que me parecem indispensáveis à prática docente de
educadoras ou educadores críticos, progressistas, alguns deles são igualmente
necessários a educadores conservadores. São saberes demandados pela prática
educativa em si mesma, qualquer que seja a opção política do educador ou
educadora (FREIRE, 1996, p. 12).
Ainda conforme o autor, a visão da liberdade tem nesta pedagogia uma
posição de relevo. É a matriz que atribui sentido a uma prática educativa que só
pode alcançar efetividade e eficácia na medida da participação livre e crítica dos
educandos (FREIRE, 1967, p. 4).
A atividade busca o fortalecimento de uma prática educativa reflexiva,
dialogando com as obras Pedagogia da Autonomia (1996) e Educação como prática
da liberdade (1967) ambas de Paulo Freire, na perspectiva de construir um debate
proveitoso em sala.

PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA


EDUCATIVA - (1996)

A proposta do livro Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à


prática educativa, lançado em 1969, enfoca o papel do educador na formação de
indivíduos autônomos e críticos. O livro destaca a importância do diálogo, respeito
mútuo e ética na prática educativa. Freire defende a necessidade de uma educação
que valorize a curiosidade, a criatividade e o pensamento crítico dos alunos. O autor
enfatiza que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para
que os alunos construam seu próprio saber. A obra também aborda a importância da
consciência histórica, da escuta atenta aos educandos e do reconhecimento das
ideologias presentes na educação. Em suma, "Pedagogia da Autonomia" enfatiza o
compromisso do educador em promover uma educação libertadora e emancipatória,
capaz de formar cidadãos críticos, responsáveis e autônomos.
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Assim, no capítulo 1, intitulado Não há docência sem discência, uma


reflexão crítica da prática é essencial para a relação teoria/prática. Ensinar não é
apenas transferir conhecimentos, mas sim criar um ambiente onde o educador e o
educando são sujeitos ativos no processo de aprendizagem. O ensino exige
rigorosidade metodológica, sendo o educador um instigador e incentivador da
curiosidade e criticidade dos alunos. A pesquisa é indispensável ao ensino, e o
respeito aos saberes dos educandos é fundamental para uma prática autônoma.
Ensinar também exige ética, estética e a corporeificação da palavra pelo exemplo.
No capítulo 2, com título: Ensinar não é transferir conhecimento, o autor
discute que o ensino não se resume à transferência de conhecimento, mas sim à
criação de possibilidades para que o educando construa seu próprio conhecimento.
A prática educativa deve ser permeada pela consciência do inacabamento do ser
humano e pela valorização da autonomia do educando. O ensino requer bom senso,
humildade, tolerância e luta pelos direitos dos educadores. Uma reflexão crítica
sobre a prática é importante, assim como o reconhecimento e a assunção da
identidade cultural dos educandos.
No capítulo 3, intitulado Ensinar é uma especificidade humana, o autor
destaca que o ensino envolve segurança, competência profissional e generosidade
por parte do educador. A educação é uma forma de intervenção no mundo e exige a
tomada consciente de decisões. Escutar é fundamental para a comunicação
dialógica, e o reconhecimento da educação como ideológica é essencial para uma
prática crítica. A disponibilidade para o diálogo e o querer bem aos educandos são
características importantes para o processo educativo.
Ao otimizar o texto, é possível destacar alguns pontos-chave para resumir
os capítulos:
1. Ensinar requer reflexão crítica, metodologia rigorosa e respeito aos saberes
dos educandos.
2. O ensino não é mera transferência de conhecimento, mas a criação de
possibilidades para o educando construir seu saber.
3. O educador deve ser humilde, tolerante, ético e assumir sua identidade
cultural.
4. A educação é uma forma de intervenção no mundo, exige consciência
ideológica e disponibilidade para o diálogo.
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5. O querer bem aos educandos e a abertura à afetividade são fundamentais na


prática educativa.
Segundo Paulo Freire (1996), o conceito de autonomia é um tema central
na Educação e na Pedagogia. Ele defende que o papel do educador é facilitar a
autonomia do aluno, permitindo que este participe ativamente do seu próprio
processo de aprendizagem. Freire criticava a visão autoritária tradicional da
educação, na qual os estudantes são vistos como recipientes passivos do
conhecimento, por isso indica a prática pedagógica centrada na autonomia e no
empoderamento do educando.
O autor também enfatiza a importância do diálogo no processo de
aprendizagem, afirmando que o diálogo é necessário para a construção do
conhecimento, pois permite a troca de experiências e saberes entre o educador e o
educando, pois só através do diálogo, pode acontecer a verdadeira educação, onde
ambas as partes aprendem e ensinam simultaneamente.
Outro ponto destacado pelo autor, é o conceito de pensamento crítico. O
pensador defende que os alunos devem ser estimulados a questionar e a refletir
sobre a realidade que os rodeia, na busca do desenvolvimento da sua consciência
crítica. A educação não deve ser vista como mera transmissão de informações, mas
como um espaço para capacitar os indivíduos a compreender e transformar sua
própria realidade.
Paulo Freire também ressalta a importância da liberdade na pratica
educacional, ele deixa claro a necessidade de que os educadores criarem um
ambiente de aprendizagem inclusivo e democrático, onde os alunos se sintam livres
para expressar suas ideias, opiniões e experiências. Somente quando os alunos têm
a liberdade de se expressar é que a verdadeira autonomia pode ser alcançada.
Na concepção do autor do livro, a autonomia na educação está
intimamente ligada à ética. Sobre esse cenário, ele defende que a educação seja
pautada por valores como solidariedade, respeito e justiça social. Na visão de Paulo
Freire, o educador tem um papel crítico e engajado na construção de uma sociedade
mais justa e igualitária.
Ao longo da obra de Freire, vemos exemplos concretos de sua própria
experiência como educador para ilustrar seus argumentos. Ele demonstra que a
pedagogia da autonomia pode ser aplicada em diversos contextos educacionais,
mesmo em condições desfavoráveis. Aas histórias de Paulo Freire reforçam a
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crença no potencial transformador da educação e na capacidade dos alunos de


superar adversidades. O tom da obra é informativo e persuasivo, com apresentação
de ideias e conceitos de forma clara e objetiva, mas também procura convencer o
leitor da importância de relevância de suas ideias.
O uso de linguagem forte e positiva, como “tema central”, “crítica”,
“enfatizar” e “reforçar”, indica uma postura persuasiva. No contexto a análise fornece
uma boa visão geral, podendo se beneficiar ao fornece exemplos mais específicos
de linguagem técnica usadas. Além disso uma análise mais aprofundada pode incluir
a discussão do uso do autor de particularidades pessoais como ferramentas
persuasivas.
Em conclusão, o livro “Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à
prática educativa” de Paulo Freire permanece relevante até hoje, mesmo tendo sido
escrito no ´final do século passado. Freire nos lembra que a educação não deve ser
alienante e desconectada da realidade, mas libertadora e transformadora, a
autonomia dos alunos e a valorização de sua voz são fundamentais para a
construção de uma educação crítica e participativa. A obra de Freire serve de guia
inspirador para educadores e alunos interessados em uma educação mais justa e
emancipadora.

EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DA LIBERDADE (1967)

O livro "Educação como Prática da Liberdade", escrito por Paulo Freire,


propõe uma visão inovadora e libertadora da educação. O livro enfatiza que a
educação deve ir além da simples transmissão de conhecimentos e ser um processo
de conscientização e transformação social. Freire destaca a importância do diálogo
e do respeito mútuo entre educador e educando, onde ambos são sujeitos ativos no
processo educacional. O autor enfatiza a necessidade de estimular os saberes dos
educandos e sua experiência de vida, tornando-os coautores do conhecimento.
Freire critica a educação bancária, que trata os alunos como destinatários
vazios a serem preenchidos com informações. Em vez disso, ele defende uma
educação problematizadora, que estimula o pensamento crítico e a reflexão sobre a
realidade social, política e econômica. A obra também aborda a importância da
leitura do mundo antes da leitura da palavra, ou seja, compreender a realidade
concreta dos alunos para tornar o aprendizado significativo.
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O autor destaca que a educação deve ser um processo libertador,


capacitando os indivíduos a se tornarem cidadãos críticos e participativos, capazes
de transformar a sociedade e lutar por uma vida mais justa e igualitária. Em suma,
“Educação como Prática da Liberdade” propõe uma educação humanizadora,
comprometida com a emancipação dos educandos e a construção de uma
sociedade mais livre e democrática.
A obra “Educação como Prática da Liberdade” foi publicada pela primeira
vez em 1967, sendo uma das principais obras de Paulo Freire. O livro foi escrito por
Freire durante o seu exílio no Chile, pois devido ao seu posicionamento político
contrário ao regime militar no Brasil, teve que buscar refúgio no exterior. Em relação
ao livro, a obra possui quatro capítulos: 1) A Sociedade Brasileira em Transição; 2)
Sociedade Fechada e Inexperiência Democrática; 3) Educação versus Massificação;
4) Educação e Conscientização e por fim, apêndice.
O foco de Paulo Freire foi desenvolver a educação popular no Brasil, com
objetivo de promover maior liberdade de consciência das classes desfavorecidas.
Feire consta que o sistema educacional não se preocupava com a realidade
socioeconômica que afeta uma parcela significativa da população brasileira. Nesse
contexto, o modelo utilizado estava orientado para manter a visão das elites e
“domesticar” as massas, conforme as palavras de Freire: “em qualquer dos mundos
em que o mundo se divide, é o homem simples esmagado, diminuído e acomodado,
convertido em espectador, dirigido pelo poder dos mitos que forças sociais
poderosas criam para ele”.
Para compreender a realidade do presente, Freire busca entender a
construção histórica do Brasil. Dessa forma, o autor observa que desde o período
colonial, a sociedade negou a liberdade para uma parte do povo, principalmente na
tomada de decisões políticas, resultando num histórico de inexperiência
democrática. O filósofo defende que o diálogo é necessário na dinâmica de
integração do homem com o mundo, com a primícia de que cada um possui
consciência da sua própria história.
O autor denuncia a postura adotada pelas classes dominantes em realizar
manobras para preservar os seus privilégios, em detrimento da ascensão popular. O
escritor dedicou o seu trabalho para educação e conscientização, defendendo o
acesso da cultura, como forma de promover inclusão social. Freire, conforme já
citado, desenvolveu um método para alfabetizar jovens e adultos, no livro descreve
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exemplos do seu uso. Freire primeiro entendeu a realidade dos seus alunos, para
depois aplicar o seu método pedagógico, buscando estabelecer espaços de diálogo
entre o educador, com o educando.
REFERÊNCIAS

FERNANDES, Márcia. Paulo Freire: biografia. Toda Matéria © 2011 - 2023.


Disponível em: https://www.todamateria.com.br/paulo-freire/. Acesso em: 28 jul.
2023.

FREIRE, Paulo Reglus Neves. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra,
1996.

FREIRE, Paulo Reglus Neves. Educação como Prática da Liberdade. Rio de


Janeiro: Paz e Terra, 1967.

SANTOS, Elizete. (Nota 3) Avaliação – Filosofia da Educação. EAD Uemanet,


UEMA. Disponível em: https://ead.uemanet.uema.br/mod/assign/view.php?id=18525.
Acesso em: 27 jul. 2023
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