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Produção de Sabão - Processo de Saponificação

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

ENGENHARIA DE BIOPROCESSOS E BIOTECNOLOGIA

RELATÓRIO 9: AULA PRÁTICA 8 – PRODUÇÃO DE SABÃO

PALOTINA

2022
ANTHONY EDUARDO FONSECA MARÇAL

CAIO VINICIUS TABUTI SANTOS

DIMI FOGAÇA CANTELLI

JÚLIA ELIZABETE DA SILVA GULARTE

NATHÁLIA PIRES DE LIMA

VICTOR HUGO DA SILVA

RELATÓRIO 9: AULA PRÁTICA 8 – PRODUÇÃO DE SABÃO

Relatório técnico científico, apresentado à


disciplina de Química Orgânica Experimental,
do Departamento de Engenharias e Exatas da
Universidade Federal do Paraná, como
requisito parcial para aprovação na disciplina.
Professor: Drº. Luis Fernando Souza Gomes

PALOTINA

2022
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1 INTRODUÇÃO

A produção de sabão não é um artigo essencialmente industrial, pois há muito


tempo ele vem sendo fabricado de modo artesanal. Ele surge como uma solução para
realizar a reutilização de, principalmente, gorduras já utilizadas, principalmente porque
este item tem um difícil descarte – acarretando a diversos danos ao meio-ambiente.
Fundamentalmente, os sabões são misturas de sais de ácidos graxos,
sintetizadas a partir da junção de um ácido graxo (que são os óleos) com uma base
forte, a qual sofre hidrólise com aquecimento. Os mais comuns são os de sódio; os de
potássio são mais moles e, alguns, até líquidos; os de alumínio e os de cromo, obtidos
diretamente dos ácidos graxos, são usados no tingimento de tecidos.
A ação do sabão está ligada diretamente a suas propriedades químicas de
polaridade das moléculas, uma vez que é formado por uma cadeia carbônica longa,
apolar e, portanto, solúvel em gorduras e também por um grupo carboxila (–COO-)
polar e, portanto, solúvel em água.
A glicerina, também produzida por meio dessa reação, é usada em sabonetes
e cremes de beleza como umectante, ou seja, para manter a umidade da pele. Por
ser um produto de maior valor agregado acaba sendo, usualmente, separada do
sabão para produção de outros artefatos.
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2 OBJETIVOS

 Utilizar óleo residual para produção de sabão;


 Verificar a reação de saponificação;
 Compreender a influência do pH na viscosidade do sabão.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 MATERIAIS E REAGENTES

 Béquer 1 L;
 Béquer plástico (250 mL);
 Béquer (100 mL);
 Proveta (250 mL);
 Proveta (500 mL);
 Funil;
 Balança de precisão;
 Espátula;
 Bastão de vidro;
 Balde;
 Hidróxido de sódio - soda (80g);
 Água (115 mL);
 Óleo residual (300 mL);
 Etanol - álcool de posto (150 mL);
 Água sanitária (150 mL);
 Sabão em pó (150 g);
 Detergente de louças (150 mL);
 Água fervente (900 mL);
 Água (38 mL) + açúcar (38 g) (solução);
 Água em temperatura ambiente (10 L);
 Corante alimentício azul.
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3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Ao realizar o procedimento, um béquer de plástico de 250 mL foi utilizado para


a adição de 80g de hidróxido de sódio diluídas juntamente com 115 ml de água
destilada. Logo em seguida, em uma proveta, mediu-se 350 mL de óleo residual e 150
mL de etanol. Estes foram colocados dentro de um balde juntamente com a solução
de água com hidróxido de sódio e misturados com auxílio de um bastão de vidro até
apresentar a saponificação.
Após apresentar a saponificação, mediu-se 900 mL de água fervente em uma
proveta e adicionou-se no balde, sem interromper a agitação com o bastão de vidro,
até que houvesse a dissolução por completo. Posteriormente, mediu-se 150 ml de
água sanitária, 38 ml de água e 38 g de açúcar, 150 ml de detergente e 150 g de
sabão em pó para serem adicionados no balde.
Após incorporar todos os produtos, 8L de água em temperatura ambiente
foram adicionados com algumas gotas de corante alimentício azul para coloração.
Envasou-se o sabão em recipientes com tampa.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Do ponto de vista químico, sabão é qualquer sal de ácido graxo, mas do ponto
de vista comercial sabão é um produto obtido da reação de saponificação de matérias
graxas (óleos ou gorduras de origem vegetal ou animal), geralmente com hidróxido de
sódio formulado adequadamente para seu uso final. São agentes tensoativos
constituídos por uma mistura de sais de ácidos graxos que normalmente provém da
reação de hidrólise alcalina de triglicerídeos ou da neutralização de ácidos graxos
livres.
Os sabões de sódio são os mais comuns, não somente porquê o hidróxido de
sódio ser uma das bases mais baratas, mas também por outros motivos que o tornam
o mais utilizado. O NaOH é uma das bases mais fortes facilitando a reação,
apresentam consistência e solubilidade adequadas, é encontrado com facilidade no
mercado.
O sabão é um agente umectante que diminui a tensão superficial do solvente
(água), permitindo maior contato dos corpos com o líquido, que realmente limpa.
Portanto, o sabão atua ligando a sujeira e a água. O sabão pode se misturar com óleo,
gordura e água ao mesmo tempo, e é isso que ajuda a limpar a sujeira.
No experimento não foi diferente, com o uso de sabão residual e soda caustica
foi possível fazer a reação de saponificação dos triglicerídeos presentes no óleo, os
transformando em sal e também a formação de um álcool (glicerol). O processo para
transformação destas substancias se dá por um hidrolise alcalina, onde acontece a
quebra da molécula de triglicerídeos e posterior formação de um sal de sódio e um
álcool, o mecanismo reacional pode ser observado abaixo:
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Figura 1. Mecanismo da reação de saponificação.

Fonte: Autores com a ferramenta Chemsketch© (2022).

5 CONCLUSÃO

O resultado demonstrado durante a pratica apresentou-se satisfatório e com


as expectativas esperadas, podendo-se reutilizar materiais que poderiam ter sido
descartados de forma incorreta no ambiente e ainda gerar fonte de renda ou utilizar o
sabão para uso próprio. Além disso, em detrimento de que cada discente pôde levar
alguma amostra para casa do produto obtido, a maioria das pessoas que usaram o
sabão avaliaram na prática sua usabilidade e potencial de limpeza.
Durante a prática teve-se de tomar alguns cuidados extras devido a
periculosidade de alguns compostos químicos utilizados na composição, como o
hidróxido de sódio, composto extremamente básico e com altos riscos à saúde se
ingerido ou a exposição com a pele.
Em razão ao volume e os resultados práticos obtidos, pode-se observar que
a produção do sabão foi bem-sucedida, com uma chance mínima de ter ocorrido
algum erro durante a sua produção.

REFERÊNCIAS

SOLOMONS, W. G.; FRYHLE, C. B. QUÍMICA ORGÂNICA. Rio de Janeiro: LTC, v.


1, 10ª edição, p.104-108, 2015.
PAVIA, D. L.; LAMPMAN, G. M.; KRIZ, G. S.; ENGEL, R. G. Química Orgânica
Experimental: Técnicas de escala pequena. Porto Alegre: Bookman, 2009.

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