Mesisedu Aulad12 Professor AVACED
Mesisedu Aulad12 Professor AVACED
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AULA D12
Observe!
#FicaAdica
Esta aula dialoga, principalmente, com as seguintes
habilidades da BNCC:
(EM13LP32) Selecionar informações e dados necessários
para uma dada pesquisa (sem excedê-los) em diferentes
fontes (orais, impressas, digitais etc.) e comparar
autonomamente esses conteúdos, levando em conta seus
contextos de produção, referências e índices de
confiabilidade, e percebendo coincidências,
complementaridades, contradições, erros ou imprecisões
conceituais e de dados, de forma a compreender e
posicionar-se criticamente sobre esses conteúdos e
estabelecer recortes precisos.
Observe!
#FicaAdica
Professor(a), considerando que o objetivo geral deste módulo
consiste em desenvolver no aluno a habilidade de comparar
textos, a fim de perceber diferentes ideias e posicionamentos
por eles veiculados, pretendemos dar início à discussão por
meio de um jogo dos erros. Com essa atividade lúdica, os
alunos realizarão uma breve comparação entre imagens,
para, em seguida, serem convidados a comparar textos
diversos, principalmente aqueles de natureza verbal.
Olá!
Você já ouviu falar sobre o jogo dos erros? Conhecido no mundo todo, esse jogo nos
ajuda a treinar nossa percepção de maneira desafiadora e divertida. O objetivo é encontrar
diferenças entre duas imagens quase idênticas. Será que você consegue?
Mona Lisa – ou La Gioconda – é uma das pinturas mais famosas do mundo.
Produzida no século XVI, é a mais importante obra de Leonardo Da Vinci e está exposta no
Museu do Louvre, na França. Vamos brincar com essa obra de arte? Há nela duas
pequenas diferenças. Você é capaz de identificá-las?
A técnica de composição da Mona Lisa faz dela uma das obras mais estudadas na história da
arte e pelos artistas aprendizes. É apreciada pelo seu enquadramento muito moderno como um
retrato que poderíamos fazer hoje em dia. Mais sutilmente, efeitos de ótica são criados pelo
posicionamento dos olhos da jovem mulher e seu sorriso discreto. Alguns dizem que temos a
impressão de sermos constantemente observados pela Mona Lisa, qualquer que seja a posição de
onde se olha. Essa brincadeira demonstra os conhecimentos científicos e anatômicos de Leonardo
da Vinci. Quanto ao famoso sorriso da Mona Lisa, as testemunhas contam que um grupo de músicos
tocava durante as horas de trabalho do pintor para que ela mantivesse esse ar feliz.
O fundo é também um caso a se estudar. A técnica do sfumato é utilizada para criar uma
perspectiva que se funde de maneira suave.
São, sem dúvida, os seus mistérios que permitiram à Mona Lisa adquirir tal fama. Mas é
realmente Lisa que é ali representada? Diz-se que quem encomendou o quadro de Leonardo da Vinci
era um nobre instalado em Florença. Duas vezes viúvo, Francesco del Giocondo casou em 1495 com
uma jovem mulher de nome Lisa. Foi esta história que deu o nome a este pequeno quadro de uma
dimensão de 77x53 cm. No entanto, uma outra teoria diz que a jovem mulher representada é
ninguém menos que a favorita de Giuliano di Medici, líder da República Florentina. Até agora o
mistério está sem solução.
A Mona Lisa ficou popular junto ao grande público quando se deu grande publicidade ao seu
roubo, em 1911. A imprensa se aproveitou do acontecimento, perguntando quem poderia ter roubado
a Mona Lisa, por que ela e sobretudo como? O quadro foi reencontrado, o culpado era um italiano
muito chauvinista de nome Vincenzo Peruggia. O seu ato tinha como intenção devolver a obra ao
seu país natal.
Em 1919, Marcel Duchamp não hesitou em fazer uma releitura do retrato de Mona Lisa para
criar sua própria versão. Escrevendo “LHOOQ” isto é, “look” em inglês, com as letras lidas uma a
uma, em francês, criando uma brincadeira licenciosa. Em 2003, a novela de Dan Brown vendeu mais
de 80 milhões de exemplares, dando uma nova dimensão à Mona Lisa. Ela é o centro de um dos
mistérios enunciados no Código Da Vinci, o polar esotérico de sucesso internacional.
A Mona Lisa não para de nos surpreender. O seu mistério atrai o público, até tornar-se quase
um ícone do Museu do Louvre. Para vê-la, é preciso ir ao de departamento de pinturas, edifício
Denon, sala 6.
Disponível em https://www.pariscityvision.com/pt/paris/museus-de-paris/museu-do-louvre/mona-lisa-historia-misterios
Acesso em 25/11/2019.
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E então? Conseguiu? Quais as diferenças entre as imagens?
#Gabarito
Professor(a), caso sua escola tenha Laboratório de Informática,
leve seus alunos para fazerem um passeio virtual pelo Museu do
Louvre. É uma ótima oportunidade para conhecê-lo, mesmo
virtualmente. Se não tiver, pode passar o link para os alunos
acessarem em casa.
https://ecolesaintpaul.com.br/faca-um-tour-virtual-pelo-louvre/
Gabarito das diferenças da imagem
Você sabia que, assim como comparou as duas imagens acima, você pode
comparar outros textos? Isso mesmo! Essa atividade pode ser realizada para atingir
diversos objetivos: conferir informações, ampliar nosso repertório sociocultural, tirar
dúvidas, conhecer diferentes pontos de vista, dentre outros. Aprender a comparar textos,
identificando semelhanças e/ou diferenças, é uma maneira de não nos limitarmos a uma
fonte de informação apenas. Além de desafiadora, é uma atividade importantíssima, já que
vivemos em uma sociedade na qual muitos textos com diferentes pontos de vista circulam e
devem, portanto, ser devidamente analisados. Vamos aprender mais sobre isso?
AULA D12
Conceituando
Todos os textos por meio dos quais interagimos são estruturados a partir de um
tema, que indica sobre o que falamos durante nossas comunicações. Qualquer tema pode
ser abordado de diversas maneiras, dependendo de diversos fatores: a época em que é
produzido, a ideologia, a intenção do autor, o público-alvo, dentro outros. Por isso, às
vezes, é necessário que, ao estudar sobre determinado tema, consultemos outros textos, a
fim de realizar uma comparação e identificar, por exemplo, qual deles pode atender melhor
às nossas expectativas.
Observe!
#FicaAdica
Professor(a), se julgar necessário, lembre aos alunos que os textos não
necessariamente se opõem, podendo, inclusive, complementarem-se.
Comparar textos é uma habilidade que nos ajuda a ter uma visão mais abrangente
acerca dos fatos, já que são vários os elementos que contribuem com as semelhanças e/ou
diferenças entre os textos. Veja os exemplos abaixo:
Texto I Texto II
Cinderela
Era uma vez uma princesa cujo nome era
Cinderela! Era filha de um comerciante rico,
porém quando seu pai morreu, a madrasta
malvada e as duas filhas fizeram Cinderela de
criada.
Um dia houve um baile, mas Cinderela não
poderia ir, pois tinha de limpar a casa e não tinha
um vestido bonito para usar na festa. Sua fada
madrinha apareceu e limpou toda a casa num
piscar de olhos e deu um vestido lindo para
Cinderela, porém, ele só duraria até meia noite. O
príncipe se apaixonou por Cinderela e, na volta
para casa, ela deixou cair na escada seu
sapatinho de cristal.
Querendo encontrá-la, o príncipe ordenou
que todas as moças do reino experimentassem o
sapato. Cinderela experimentou e o sapato serviu.
A jovem e o príncipe se casaram e viveram felizes
para sempre.
Disponível em:
http://historiasinfantismpc.blogspot.com/2011/06/resum Disponível em:
o-da-historia-da-cinderela.html. Acesso em: 22 nov. https://www.instagram.com/p/B5EYWWsFKcA/?ig
2019. shid=v0l41myjpy3u. Acesso em: 23 nov. 2019.
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Texto III
Observe!
#FicaAdica
Professor(a), se julgar necessário, comente com os alunos sobre
as relações de intertextualidade: relação intertextual e temática
(este é o foco desta aula).
Sobre esse assunto, você pode consultar o capítulo
Intertextualidade, do livro “Os sentidos do Texto” (CAVALCANTE,
2016).
Como também aos seguintes links:
file:///C:/Users/S%C3%A2mia/Downloads/31250-
Texto%20do%20artigo-92455-1-10-20180212.pdf
http://www2.uefs.br/dla/graduando/n10/n010.p087-102.pdf
http://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/37358/4
0078
Você percebeu que os textos tratam sobre a mesma temática: as princesas dos
contos de fadas. Discuta com seus colegas e com seu professor as seguintes questões:
a) Como podemos descrever os textos lidos?
b) Percebemos, então, que os textos abordam o tema de maneiras diferentes, gerando,
algumas quebras de expectativas. Você pode identificá-las?
#Gabarito
Professor(a), é indispensável que a compreensão e discussão dos textos
contem com o protagonismo dos alunos. Por isso, esta seção, mesmo
sendo predominantemente teórica, conta com essas perguntas.
AULA D12
A) No texto I, temos o conto de fadas Cinderela, amplamente conhecido no mundo
infantil. No conto, a princesa é salva de uma vida de exploração através do casamento
com um príncipe encantado, que, ao resgatá-la, proporciona-lhe uma vida
eternamente feliz. No texto II, temos um meme que utiliza a imagem da Mona Lisa,
travestida de Branca de Neve, que se apresenta de uma maneira diferente: ela gosta de
“dar umas patadas” de vez em quando. Já no texto III, temos um conto de fadas
moderno em que, em vez de o príncipe pedir a mão da princesa em casamento e eles
viverem felizes para sempre, é ela quem faz o pedido, que é rejeitado. Isso leva a
princesa a conquistar sua felicidade, sem precisar de nenhum príncipe ao seu lado.
B) O texto I reflete uma cultura machista, já que a felicidade da princesa depende de
um bom casamento. Os textos II e III surpreendem ao mostrarem algo diferente do que
se espera de uma princesa de contos de fadas, já que, no texto II, a princesa nem
sempre é delicada em suas palavras e, no texto III, ela não depende de nenhum
casamento com um príncipe encantado para ter seu final feliz. Podemos relacionar isso
ao fato de que, nos últimos anos, os movimentos feministas ganharam força e a maneira
como a mulher é representada – até mesmo nos contos de fada – vem apresentando
algumas modificações.
Viu só? É dessa forma que a época, a ideologia e o público-alvo interferem no modo
como o tema é abordado.
Podemos comparar textos, considerando, ainda, os posicionamentos em relação aos
temas em questão. Isso é muito importante, já que temos a oportunidade de compreender o
ponto de vista de nosso interlocutor, o que nos leva a fortalecer ainda mais nossa
competência de argumentação.
Após essas observações, vamos colocar a mão na massa? Na seção seguinte, você
encontrará dois textos que devem ser analisados e comparados por você e por sua turma.
Vamos lá?
Observe!
#FicaAdica
Professor(a), provavelmente, será necessário um tempo maior para a
realização desta atividade devido à extensão dos textos. A leitura integral
dos textos é essencial para a resolução das questões e para o
desenvolvimento da habilidade enfatizada nesta aula.
AULA D12
Texto 01
Uma reflexão sobre o bullying
O bullying é um problema mundial e tem sido muito discutido, principalmente no ambiente
educacional, no qual infelizmente crianças e adolescentes ainda sofrem agressões físicas ou
psicológicas de seus colegas. Segundo dados do terceiro volume do Programa Internacional de
Avaliação de Estudantes (Pisa) 2015, no Brasil, aproximadamente, um em cada dez estudantes é
vítima frequente de bullying nas escolas.
Mesmo não sendo um dos países com mais casos de bullying no mundo, o Brasil precisa
investir em políticas que evitem novos casos desse tipo de violência. Em março deste ano, a
adolescente Marta Avelhaneda Gonçalves, de 14 anos, morreu estrangulada por uma adolescente
de 12 anos em uma escola do Rio Grande do Sul. A briga teria sido consequência de mais um caso
de bullying.
O tema é complexo e precisa ser abordado também na escola. Por isso, em 2009 foi
apresentado o Projeto de Lei 1239/2009, que institui o Programa de Combate ao Bullying nas
escolas públicas e privadas do Estado. Segundo o projeto, a escola deverá apurar a prática dos
atos discriminatórios e iniciar um processo administrativo sobre o caso. O processo terá início a
partir da reclamação do ofendido, de seu representante legal ou de qualquer pessoa que tenha
ciência do ato discriminatório ocorrido.
Segundo a propositura, caberá ainda à unidade escolar a criação de uma equipe
multidisciplinar com a participação de docentes, alunos, pais e voluntários para a promoção de
atividades informativas, de orientação, de prevenção e de sanção interna. A ideia não é apenas
punir tais atos, mas também discutir e refletir a problemática para que atos dessa natureza não
voltem a acontecer. É importante debater o assunto em sala de aula e discutir a maneira como a
escola pode atuar para evitar e superar essas questões. Os pais e professores precisam encontrar
formas de discutir o tema de maneira reflexiva.
O bullying tem sérias consequências, não apenas para a vítima, mas também para o
agressor e para as famílias dos envolvidos. O problema é que, geralmente, os casos de bullying são
sintomas e possuem raízes mais profundas, como uma sociedade violenta, egocêntrica e ambientes
com excesso de competição.
Cabe à escola e à sociedade discutirem essa questão não apenas do ponto de vista da
vítima, mas também do agressor. Os pais, professores e alunos precisam ficar atentos para
identificar possíveis agressores e dar apoio pedagógico e psicológico aos envolvidos em situações
desse tipo. É fundamental criar relações mais fortes entre educadores, famílias e estudantes.
Não podemos esquecer que é função da escola discutir as situações que envolvam bullying,
mas também mediar e responsabilizar os envolvidos. (...) Só conscientizando cada componente da
comunidade é que poderemos iniciar um combate efetivo ao bullying.
Disponível em: https://www.al.sp.gov.br/noticia/?16/08/2017/opiniao---uma-reflexao-sobre-o-bullying (Adaptado). Acesso
em: 23 nov. 2019.
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Texto 02
Há algum tempo, a história de um adolescente australiano rendeu muitas reflexões sobre um
tema que preocupa a todos – o bullying. Este fenômeno é caracterizado pela agressão intencional,
física ou psíquica, praticada por uma pessoa ou um grupo a uma outra, que geralmente apresenta
algum aspecto pessoal que a diferencia, como a obesidade ou timidez exacerbada. Esse é um
problema mais comum do que se pensa. Não dá para fazer de conta que ele não existe. Assim
como Heynes, está na hora de escolas e famílias despertarem e reagirem a isso. Sem pancadaria.
Às vezes, a vítima de bullying sofre anos de agressões calada, gerando outros problemas de
ordem mental e social. E foi o que aconteceu com o garoto Casey Heynes, de 15 anos. Em uma
entrevista a uma TV australiana, Heynes disse que, desde o ensino fundamental, sofria agressões.
Há três anos, foi deixado de lado por um grupo de oito amigos, quando então as investidas
iniciaram. Além de ataques verbais, quando diziam que ele era gordo e deveria perder peso, ele
também sofria agressões físicas, como rasteiras e tapas, chegando-se ao extremo de o amarrarem
em uma árvore com fita adesiva. Ele sofreu tudo calado, sem nunca revidar. O garoto relata que se
sentiu muito só e, cerca de um ano atrás, chegou a pensar em suicídio. Porém, cansado dessa
situação, ele revidou a provocação de um garoto mais novo e de menor porte físico. A cena foi
filmada por alguém, caiu na internet e milhões de pessoas a viram em poucas horas. A maioria dos
que viram o vídeo o considerou um herói e o apoia em sua atitude.
Ficou, no entanto, a dúvida sobre sua reação: se cada vez que uma pessoa sofrer um tipo
de agressão revidar com outra, o mundo se transformará em uma pancadaria. Não é o melhor
caminho. Como o garoto disse, foi o que pôde fazer. Mais uma vez vale lembrar que o melhor meio
de se trabalhar com a questão do bullying com crianças e adolescentes (vamos nos restringir a
eles, mas esse fenômeno não tem idade) no ambiente escolar e em casa, é através da prevenção.
Para isso, é necessário reconhecer sua existência e manter os olhos bem abertos. A escola
costuma ser o ambiente preferencial para que ele ocorra, não dá para não ver. Em casa, as vítimas
ou agressores tendem a mostrar, de alguma forma, que as coisas não andam bem, através de
algum sintoma físico ou comportamentos diferentes. A questão é séria e consequências graves
podem ocorrer, como aqueles tiroteios em escolas nos Estados Unidos. Não é à toa que Heynes diz
ter se sentido sozinho. Durante três anos, além de não dizer nada a ninguém, pessoa alguma
percebeu (ou não quis perceber) – família e escola. Geralmente uma vítima desse tipo tem
dificuldade em colocar as coisas para fora, elas sofrem caladas. Seja por ser uma característica
delas, seja por simplesmente nunca serem ouvidas. Isso leva a pensar o quanto sua atitude de não
buscar ajuda possa refletir um certo descaso para com ele. Como é possível ninguém tê-lo visto
amarrado numa árvore?
Pois é. Apesar de todo o sofrimento, Heynes mostrou ter uma grande força de vida.
Demorou, mas aconteceu. Em vez de desistir, agredindo-se mais ainda, pondo um fim a sua vida,
ele deu um basta com o que foi possível naquele momento – usou de sua força física contra seu
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agressor. Mesmo assim, não foi tomado pela raiva. Não espantaria nada se ele ficasse espancando
o menino por um tempo maior sem conseguir parar.
Se pensarmos do ponto de vista social, sua atitude não é adequada. Porém, ao
considerarmos o aspecto da saúde mental, Heynes deu um passo à frente para manter sua
sanidade. Ele é o herói de si mesmo e deu voz a todos que já sofreram agressões do tipo (a maioria
de nós, como bem lembrou o jovem australiano). O outro garoto se defendeu – o que é natural.
Nem os pais dele, no entanto, pareceram engolir muito isso. E a escola resolveu, depois de tanta
repercussão, suspender os dois alunos, pois sua tolerância a agressões é zero. Parece que ela
dormiu durante três anos e não viu nada.
Disponível em: https://www.psicologia.pt/artigos/ver_opiniao.php?o-bullying-sempre-existiu&codigo=AOP0284.
(Adaptado). Acesso em: 23 nov. 2019.
01. Ao ler os dois textos, você deve ter percebido que eles tratam do mesmo assunto.
Sobre o que os textos tratam?
Observe!
#FicaAdica
Professor(a), nesta questão, o aluno pode testar a habilidade referente
ao descritor 05: Identificar o tema ou o assunto de um texto.
#Gabarito
Professor(a), com essa questão, damos início, de forma elementar, ao
trabalho de comparar ideias e posicionamentos presentes nos textos.
Você vai perceber que, com o passar das questões, haverá uma
prática mais minuciosa com a habilidade.
AULA D12
Apenas o texto 02 considera, de maneira evidente, que não somente crianças e jovens
são vítimas/agressores em caso de bullying. Isso pode ser comprovado com o trecho:
“(...) (vamos nos restringir a eles, mas esse fenômeno não tem idade).”
O que acontece é o inverso: o texto 02 é predominantemente argumentativo, enquanto
o texto 01 é essencialmente dissertativo.
Os textos são complementares, uma vez que o texto 02 apresenta mais casos de
bullying, reforçando a ideia expressa no texto 01. Além disso, percebemos o mesmo
posicionamento nos dois textos.
03. Imagine que você vai redigir uma redação sobre bullying. Como material para consulta,
você terá dois textos, os quais estamos estudando nesta atividade. Utilizando os números 1
e 2 para identificá-los, indique em qual deles você encontraria as seguintes informações:
(1e2) Definição de bullying.
(1e2) Exemplos de casos de bullying.
( 1 ) Projetos de leis que combatem o bullying nas escolas.
( 2 ) Exemplo(s) de caso(s) em que a escola se omitiu diante do bullying.
(1e2) Exemplos concretos de reação de crianças que sofrem com o bullying.
(1e2) Propostas de intervenção para atenuar o problema do bullying nas escolas.
( 2 ) Percepção do bullying ou de suas consequências do ponto de vista da
Psicologia.
#Gabarito
Professor(a), com essa questão, pretendemos mostrar para os alunos a
possibilidade de encontrar informações diferentes em textos também
distintos. Se julgar necessário, use este momento para falar sobre a
importância de se consultarem várias fontes, a fim de que a informação
seja encontrada de maneira integral.
04. Embora os textos falem sobre o mesmo assunto, podemos perceber que existem entre
eles algumas diferenças. Assinale a alternativa que apresenta a principal diferença entre os
textos.
A) No texto I, encontramos a tese de que, em casos de bullying, apenas as vítimas devem
receber atenção. Já no texto II, a ênfase recai tanto sobre a vítima, quanto sobre o
agressor.
B) Ao ler o texto I, percebemos uma preocupação com o bullying considerando vários
AULA D12
países do mundo, enquanto no texto II, a preocupação maior se relaciona aos problemas
nas escolas brasileiras.
C) Enquanto no texto I, a ênfase é dada a possíveis propostas de solução para o problema,
o texto II busca analisar de maneira mais detalhada a responsabilidade da escola e da
família em relação ao bullying.
D) Considerando a variedade linguística empregada, embora predomine a linguagem
formal nos dois textos, podemos afirmar que o texto I apresenta traços de informalidade,
enquanto o texto II é totalmente formal.
E) O texto I tem como objetivo divulgar um projeto de lei criado para assegurar a prevenção
ao bullying nas escolas. Já o texto II tem como objetivo realizar um levantamento de casos
de bullying no Brasil e no mundo.
#Gabarito
Item correto: “C”.
05. Usando informações do texto I, complete o quadro abaixo, indicando de que forma as
instituições listadas podem contribuir com a diminuição dos casos de bullying enfrentados
por diversos jovens no Brasil e no mundo.
Observe!
#FicaAdica
Os alunos podem citar a criação de campanhas nas escolas, o que também fica sob a
responsabilidade do estado, que pode, ainda, utilizar a mídia para divulgar as ideias.
Desafie-se!
Observe!
#FicaAdica
Professor(a), é importante ressaltar que há diferentes maneiras
para a resolução dos itens da seção Desafie-se e que a
estratégia deve ser escolhida de acordo com a necessidade da
turma e o objetivo que se pretende alcançar. Listamos algumas
sugestões, lembrando que a correção comentada dos itens é
essencial para que o aluno compreenda as estratégias
cognitivas necessárias a cada um deles.
AULA D12
Nem Tchum
Maiara & Maraisa
Oi, me responde
'Cê 'tá aí?
O que que 'tá acontecendo?
Soneto de Separação
Vinicius de Moraes
De repente não mais que de repente
De repente do riso fez-se o pranto Fez-se de triste o que se fez amante
Silencioso e branco como a bruma E de sozinho o que se fez contente
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente da calma fez-se o vento De repente, não mais que de repente
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento Disponível em:
E do momento imóvel fez-se o drama https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/literatura/viniciu
s-moraes.htm. Acesso em: 07 nov. 2019.
01. O primeiro texto é uma música da dupla sertaneja Maiara e Maraísa, sucesso no ano de
2019, e o segundo é um poema de Vinicius de Moraes, escrito em 1938. Apesar da
distância temporal, ambos os textos falam sobre
A) a felicidade de encontrar um grande amor.
B) a tristeza de amar e não ser correspondido.
C) o alívio de terminar um relacionamento abusivo.
D) a decepção causada pela separação de um casal.
E) a liberdade de não se relacionar amorosamente com ninguém.
#Gabarito
Gabarito: D. Questão fácil: Reconhecer aspecto comum na comparação
de letras de música e poemas.
AULA D12
Continue a realização da atividade, lendo atentamente os textos a seguir e respondendo às
questões propostas.
Texto 1
Disponível em:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=592891290735516&set=a.302397109784937.77671.29297404072
7244&type=1&theater. Acesso em: 07 nov. 2019.
Observe!
#FicaAdica
Professor(a), peça que os alunos observem atentamente a figura e
pergunte que crítica eles conseguem perceber na charge. O que o
homem das cavernas tem em comum com os símbolos
característicos do meio virtual?
Texto 2
“Com os emojis voltamos à comunicação da Idade da Pedra”
Ex-diretor da empresa pioneira em tecnologias de voz, Elon Ganor destaca como voltamos a
interagir de maneira visual
“Uma questão de habilidades humanas”
[...] Se antes estávamos acostumados a usar as palavras como principal meio de interação,
progressivamente estamos dando cada vez mais espaço aos ícones, observa. “O papel dos emojis
quando conversamos, por exemplo, é parecido ao das figuras pintadas pelos humanos primitivos”,
diz.
“É interessante”, continua, “porque isso acontecia há milhares de anos, mas se olharmos os
AULA D12
emojis, vemos algo parecido a essas imagens da Idade da Pedra. É como se estivéssemos
fechando um círculo, para voltar a interagir entre nós de uma maneira visual e não necessariamente
vocal”.
Ao final, resume, é tudo uma questão de instrumentos. “Posso usar minha boca, minhas
cordas vocais e meu ouvido, ou posso usar os olhos. É como para os computadores, que podem
receber ordens de um mouse e de um teclado”. Por isso, acha que a evolução dos serviços de
comunicação não depende tanto do desenvolvimento tecnológico em si, e sim de nossas
capacidades de nos adaptar a ele. “O limite é a interface humana. É uma questão de habilidades”,
afirma, mas acha que nossa fluidez no entendimento recíproco através de chats e outras novas
ferramentas está melhorando com o tempo. […]
Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/08/05/tecnologia/1565001131_758505.html. Acesso em:
07 nov. 2019.
Observe!
#FicaAdica
Professor(a), caso ache interessante, pergunte aos alunos se eles utilizam
muito os emojis em suas conversas por meio de aplicativos. Pergunte se
eles costumam utilizar também o recurso das figurinhas no WhatsApp, se
também criam figurinhas com as suas fotos e as de seus amigos. Que
efeito eles acham que o uso dos emojis e das figurinhas traz às conversas
nos aplicativos?
#Gabarito
Gabarito: D. Questão fácil: Determinar informação comum entre textos
jornalísticos e charges.
#Gabarito
Gabarito: E. Questão fácil: Determinar informação complementar entre
texto jornalístico e charge.
04. Sobre as ideias expressas em ambos os textos, podemos afirmar que são
A) erradas.
B) incomuns.
C) incoerentes.
D) contraditórias.
E) complementares.
#Gabarito
Gabarito: E. Questão fácil: Determinar informação complementar entre
texto jornalístico e charge.
A seguir você lerá dois fragmentos de textos para responder às questões propostas.
Trecho 01
“É difícil em tempos como estes: ideais, sonhos e esperanças permanecerem dentro de nós,
sendo esmagados pela dura realidade. É um milagre eu não ter abandonado todos os meus ideais,
eles parecem tão absurdos e impraticáveis. No entanto, eu me apego a eles, porque eu ainda
acredito, apesar de tudo, que as pessoas são realmente boas de coração.”
Fonte: FRANK, Anne. O diário de Anne Frank. 54 ed. Rio de Janeiro: Record, 2015.p 180-181.
Trecho 02
“Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto
mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz.”
Fonte: SAINT-EXUPÉRY, Antoine de. O pequeno príncipe. Rio de Janeiro, Editora Agir, 2009.p 55.
AULA D12
Observe!
#FicaAdica
Professor(a), caso ache interessante, pergunte aos alunos se eles
compartilham dos mesmos sentimentos dos autores e peça que
justifiquem seus pontos de vista.
05. Em relação às ideias presentes nos trechos I e II, pode-se afirmar que ambos se
assemelham pelo fato de abordarem sobre
A) a felicidade promovida pelas amizades.
B) os valores humanos como a fé e a amizade.
C) a temporalidade e a efemeridade das emoções.
D) a existência de pessoas amigas de bom coração.
E) a sensação gerada pelos sentimentos humanos.
#Gabarito
Gabarito: E. Questão média. Reconhecer ideia comum e opiniões
divergentes sobre o mesmo tema na comparação entre diferentes textos.
#Gabarito
Gabarito: A. Questão média. Reconhecer ideia comum e opiniões
divergentes sobre o mesmo tema na comparação entre diferentes textos.
Observe!
#FicaAdica
Professor(a), caso ache interessante, pergunte aos alunos como eles
imaginam o Brasil daqui a 25 anos e por que eles imaginam nosso
país dessa forma. Aqui, você também pode aproveitar para falar
sobre o gênero crônica e seu objetivo.
Texto2
O Brasil cansou de ser o “país do futuro”?
JUAN ARIAS
13 MAY 2014 – 18:32 BRT
O Brasil, o gigante americano, está numa encruzilhada. Para alguns com risco de derrapar
na próxima curva. Neste momento, todos estão crispados e quase incrédulos. “O Brasil está um
caos”, é a frase que mais se escuta na rua.
O fato é que o Brasil luta para sair de uma situação que começou a incomodá-lo: cansou-se
de ser “o país do futuro” e quer ser o do presente, do agora. Não lhe bastam promessas, e menos
ainda as descumpridas. E quer um hoje com qualidade de vida. Entre os brasileiros, 73% desejam
“mudanças”, inclusive radicais. [...]
Qualificar o Brasil como país do futuro acarretava implicitamente que ele ainda não era um
país adulto, e sim um adolescente. Embalados por esse mantra, os brasileiros se sentiram
esperançados, mesmo sofrendo as garras da realidade presente, cheia de injustiça social,
desigualdades dramáticas e serviços públicos de Terceiro Mundo.
Agora, os brasileiros querem ser adultos, sem esperar esse futuro incerto, porque além do
mais o relógio da História se acelerou, e seus filhos e netos – que serão, esses sim, o futuro do
Brasil – nascem já com o pé no acelerador e a mão no smartphone.
Sob essa óptica é preciso analisar esse ardor, esse desencanto e até esses surtos de
violência repentina e de desassossego generalizado de pessoas que já não se sentem satisfeitas e
querem mudar tudo, embora sem saber ainda como fazer isso. […]
Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2014/05/13/opinion/1400006669_073402.html. Acesso
em: 12 nov. 2019.
AULA D12
Observe!
#FicaAdica
Professor(a), caso ache interessante, explique para os
alunos a origem do slogan "Brasil: o país do futuro". A
origem dessa expressão vem de um livro publicado por
Stefan Zweig. Em 1941, o Brasil tinha pouco mais de 40
milhões de habitantes – e 56% deles eram analfabetos.
07. O primeiro texto é um trecho de uma crônica de Clarice Lispector, publicada no Jornal
do Brasil em 1967; o segundo é uma reportagem publicada no site do jornal El País no
Brasil. Podemos afirmar que ambos abordam o mesmo tema, ou seja,
A) o desejo de transformação da realidade brasileira.
B) os problemas enfrentados pelos adolescentes brasileiros.
C) a evolução do Brasil em relação às desigualdades sociais.
D) a corrupção do governo brasileiro, que não cumpre suas promessas.
E) a falta de atitude dos brasileiros, que não lutam pela transformação do país.
#Gabarito
Gabarito: A. Questão difícil: Reconhecer o tema comum entre textos de
gêneros distintos.
08. Após a leitura atenta dos dois textos, podemos afirmar que
A) não dá para saber se o Brasil melhorou, como era esperado pela cronista no texto 1.
B) o texto 2 contradiz o texto 1 ao afirmar que os brasileiros já nascem com o pé no
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acelerador e a mão no smartphone.
C) as expectativas da autora do texto 1 foram frustradas, pois o texto 2 afirma que os
brasileiros ainda esperam por transformações.
D) o desejo da autora do texto 1 se realizou, já que o texto 2 mostra que a situação
econômica do Brasil hoje é bem melhor do que há 62 anos atrás.
E) os dois textos mostram os brasileiros como um povo sem desejo de mudar sua
realidade.
#Gabarito
Gabarito: C. Questão difícil: Reconhecer opiniões distintas sobre o
mesmo tema, na comparação entre diferentes textos.
#Gabarito
Gabarito: C. Questão difícil: Reconhecer o tema comum entre
textos de gêneros distintos.
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Enem
Observe!
#FicaAdica
Professor(a), as questões apresentadas na seção são referentes ao
Enem. Peça aos alunos para resolverem-na em, no máximo, 5
minutos e espere para poder corrigi-la. Faça a questão, se possível,
estabelecendo uma conexão com o que foi visto na resolução das
demais questões que seguem o modelo Spaece e a questão
proposta pelo Enem, que mantém relação com a habilidade dos
descritores explorados na aula.
#Gabarito
Gabarito: D.
Encerrando o assunto
Para concluir nossas atividades, que tal uma dica de filme? Um assunto muito
importante foi debatido durante esta aula: o bullying. Para aprender mais sobre o assunto e
perceber as consequências que isso pode trazer, assista ao filme A classe.
Joosep é um adolescente muito tímido que vira o alvo principal de
alguns agressores de sua escola. Todos os dias, Joosep é
submetido a longas sessões de tortura física e psicológica. Tudo
piora quando Kaspar, um dos moleques que marcava posição
contra Joosep, muda sua conduta e passa a protegê-lo. Ao se
sentir ameaçado, Anders decide perseguir Kaspar também,
cometendo as mesmas atrocidades.
Caro(a) aluno(a), de acordo com os objetivos traçados para esta aula e com os
conhecimentos construídos, marque as opções que melhor representam a avaliação
referente ao seu aprendizado.
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp
http://www.releituras.com
http://www.academia.org.br/
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GABARITO