Fisica Quantica e Espiritismo - Artigo
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ALGUNS_COMENT_SO_FIS_QUANT_ESPIR_AF.html
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Assim, é sobretudo nas teorias científicas que precisa haver muita prudência e
evitar dar precipitadamente como verdades sistemas por vezes mais sedutores
que reais e que, mais cedo ou mais tarde, podem receber um desmentido oficial.
(Grifos nossos).
Em seguida acrescenta:
Diz um provérbio: ‘Nada mais perigoso que um amigo imprudente.’ Ora, é o caso
dos que, no Espiritismo, se deixam levar por um zelo mais ardente que
refletido. (Grifos nossos).
Um zelo ardente pode ser entendido como uma defesa a um assunto de modo
apaixonado e emocional, por acreditar que isso pode ajudar ou validar aquilo que se
está defendendo. Um exemplo pode ser ilustrado da seguinte maneira. Suponha que
notícias nos chegam de que uma coisa, que é reconhecidamente importante dentro
de uma área do conhecimento humano (como a Ciência, por exemplo), está
ajudando a divulgar uma determinada doutrina ou teoria filosófica. Suponha que não
sabemos bem o que é essa coisa, mas que temos observado pessoas que detém
títulos universitários defenderem a ligação entre a coisa e alguma doutrina
espiritualista, como algo verdadeiro e seguro. Desejosos de ver o Espiritismo mais
*divulgado* e *valorizado* começamos a acreditar e a repetir em discursos no
movimento espírita, que essa coisa também demonstra a validade dos conceitos do
Espiritismo. Isso é um exemplo de zelo ardente. Por quê? Porque nós não
buscamos conhecer em profundidade o que é essa coisa e decidimos confiar na
opinião alheia dos que a defendem, acreditando que isso vai ajudar o Espiritismo.
Portanto, num zelo ardente, agimos apenas pela *emoção* relacionada ao desejo de
ver a nossa doutrina validada por um assunto considerado importante pela
sociedade humana.
Um zelo refletido é uma defesa à nossa doutrina com reflexão. Refletir envolve a
leitura dos conceitos, meditação, comparação de valores e significados, testes,
experimentos e uma conclusão obtida com toda a lógica que o bom senso científico
e filosófico permitem. O comentário acima citado de Kardec de que “... é sobretudo
nas teorias científicas que precisa haver muita prudência e evitar dar
precipitadamente como verdades sistemas por vezes mais sedutores que reais e
que, mais cedo ou mais tarde, podem receber um desmentido oficial” (grifos
nossos) é um exemplo de zelo refletido porque ele sabia que as Ciências se
desenvolvem através de muito rigor e a análise crítica de tudo o que os cientistas
criam e descobrem.
Um outro exemplo de zelo refletido encontramos nas palavras de André Luiz em seu
prefácio da obra Mecanismos da Mediunidade [2]: “Aliás, quanto aos apontamentos
científicos humanos, é preciso reconhecer-lhes o caráter passageiro, no que se
refere à definição e nomenclatura, atentos à circunstância de que a experimentação
constante induz os cientistas de um século a considerar, muitas vezes, como
superado o trabalho dos cientistas que os precederam.” (Grifos nossos). Adiante
ele acrescenta que: “Assim, as notas dessa natureza, neste volume, tomadas
naturalmente ao acervo de informações e deduções dos estudiosos da atualidade
terrestre, valem aqui por vestimenta necessária, mas transitória, da explicação
espírita da mediunidade, que é, no presente livro, o corpo de idéias a ser
apresentado.” (Grifos nossos). Ambos os comentários acima demonstram a reflexão
feita por André Luiz de que a Ciência está sempre evoluindo em seus conceitos e
que por isso não se deve tomar como absolutas as explicações para os mecanismos
da mediunidade contidas na obra. Em outras palavras, André Luiz não considera
que os conceitos da Ciência (nesta obra em particular, os conceitos da Física) estão
demonstrando cientificamente a mediunidade, mas sim utilizando seus conceitos
para tentar traduzir em uma linguagem já acessível a nós encarnados, os
mecanismos do fenômeno da mediunidade. Além disso, não se pode dizer que a
Ciência estaria comprovando o que André Luiz diz nessa obra pois ele foi claro ao
dizer que “...as notas dessa natureza, neste volume, tomadas naturalmente ao
acervo de informações e deduções dos estudiosos da atualidade terrestre...” e por
isso os conceitos que ele utilizou já foram comprovados pela Ciência.
Conforme discutido em artigos recentes [8,9], o fato da Física Quântica não estar
comprovando o Espiritismo não é motivo de preocupação. Isso pois ela não está,
por outro lado, contradizendo nenhum conceito da Doutrina Espírita. Aos que
acreditam que a Física Quântica está comprovando o Espiritismo, fica a nossa
compreensão respeitosa de que estão tendo um zelo mais ardente do que refletido,
convidando-os a um estudo mais aprofundado da teoria quântica. Uma sugestão é a
leitura da obra didática “Conceitos de Física Quântica” volumes I e II, do Prof.
Osvaldo Pessoa Jr. [10,11].
Nossos comentários não significam de modo absoluto que a Física nunca poderá
contribuir com o Espiritismo. De fato, em estudos anteriores, mostramos que a
Física ajuda a entender alguns conceitos espíritas [12,13]. Porém, esses estudos
não significam que a Física esteja demonstrando cientificamente o Espiritismo.
Um outro aspecto interessante e importante de ser comentado foi percebido por mim
por ocasião de um seminário intitulado “O que é Física Quântica e Como Relacioná-
la ao Espiritismo?” que apresentamos no Centro Espírita Allan Kardec, de
Campinas, em Abril de 2011. O seminário é dividido em duas partes de 50 minutos,
em que na primeira parte apresentamos vários conceitos básicos da Física Quântica
em linguagem tão acessível quanto possível ao público leigo, e na outra parte,
apresentamos uma análise das possíveis relações entre Física Quântica e
Espiritismo, apresentando alguns dos equívocos comentados neste artigo. O que é
importante comentar é que várias pessoas comentaram comigo que acharam a
Física Quântica bastante difícil e que entenderam melhor a segunda parte, onde
predominantemente, falamos do Espiritismo. Isso mostra que ao contrário do que se
imagina, o estudo da Física Quântica é algo difícil e demanda tempo e dedicação
especiais, e que não é com leituras de obras de divulgação, que aprenderemos de
modo aprofundado essa teoria da Física. Por essa razão, fazemos nossas as
seguintes palavras de recomendação com relação à afirmativas de teor científico
que não podemos avaliar: “Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única
falsidade, uma só teoria errônea.” (Erasto, no ítem 230 do Cap. XX, de O Livro dos
Médiuns [14]).
Referências
[1] A. Kardec, “Observação Geral”, Revista Espírita, Jornal de Estudos Psicológicos
Julho, p. 229 (1860) Ed. Edicel.
[2] Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, Mecanismos da Mediunidade, pelo
Espírito de André Luiz, FEB, 11ª edição, Rio de Janeiro, 1990.
[3] http://analisesespiritas.blogspot.com/2011/07/vi-simespe-impressoes-gerais.html
[4] A. F. da Fonseca, “Um Ensaio sobre Matéria e Energia”, FidelidadESPÍRITA 91
(Abril), p. 6 (2010); e 92 (Maio), p. 20 (2010). Reproduzido em:
http://www.aeradoespirito.net/ArtigosAF/
UM_ENSAIO_SOBRE_MAT_E_ENER_AF.html
[5] H. Everet III, “Relative State Formulation of Quantum Mechanics”, Reviews of
Modern Physics 29, p. 454 (1957).
[6] A. Kardec, O Livro dos Espíritos, FEB, 1ª edição Comemorativa do
Sesquicentenário, Rio de Janeiro, 2006.
[7] A. F. da Fonseca, “A Obra “A Física da Alma” e o Espiritismo”, O Consolador
188, (2010),
http://www.oconsolador.com.br/ano4/188/especial.html
[8] A. F. da Fonseca, “O “Medo” da Ciência e a Atualização do Espiritismo: Parte I”,
Reformador 2188, Julho 2011, pag. 18, (2011).
[9] A. F. da Fonseca, “O “Medo” da Ciência e a Atualização do Espiritismo: Parte II”,
Reformador 2189, Agosto 2011, pag. 18, (2011).
[10] O. Pessoa Jr., Conceitos de Física Quântica Volume I, 1ª Edição, Editora
Livraria da Física, São Paulo (2003).
[11] O. Pessoa Jr., Conceitos de Física Quântica Volume II, 1ª Edição, Editora
Livraria da Física, São Paulo (2006).
[12] A. F. da Fonseca, “Caos, complexidade e a influência dos espíritos sobre os
fenômenos da natureza”, FidelidadESPÍRITA 12 (Setembro), p. 20 (2003).
[13] A. F. da Fonseca, “A Física Quântica e as questões 34 e 34-a de O Livro dos
Espíritos”, Reformador, Dezembro, p. 14 (2008).
[14] A. Kardec, O Livro dos Médiuns, Editora FEB, 62ª Edição, Rio de Janeiro
(1996).
[15] A. Kardec, Obras Póstumas, IDE, 1ª edição, Araras (1993).
[16] A. Kardec, “Constituição Transitória do Espiritismo, III Dos Cismas”, Revista
Espírita, Jornal de Estudos Psicológicos Dezembro, p. 374 (1868) Ed. Edicel
Sobre MEDIUNIDADE Goswami afirma que (cap. 7, pág. 156) “... não existe
colapso das ondas de possibilidades quânticas de uma mônada quântica
desencarnada sem a ajuda de um corpo/cérebro físico correlacionado. Por
conseguinte, a mônada quântica desencarnada é desprovida de qualquer
experiência sujeito-objeto”. Ele, assim, confirma que a alma desencarnada
não tem vida, não tem pensamento, não tem consciência independentes de
um corpo físico material. Sendo uma função de onda com possibilidades, um
Espírito só pode “colapsar” em algum “lugar” material: o cérebro de um
médium. Quando um Espírito se manifesta e diz o que sente e o que pensa,
na verdade isso não seria uma manifestação consciente de pensamento e
sentimento, mas sim manifestações aleatórias das diferentes possibilidades
da função de onda (cada uma com uma probabilidade) e não o fruto de um
pensamento contínuo do Espírito. Num instante, o Espírito pode manifestar
uma dessas possibilidades, e em instantes seguintes outras que, inclusive,
podem ser opostas à primeira, já que o fenômeno ocorreria por leis
quânticas probabilísticas. Sem dúvida, isso é bem diferente do que o
Espiritismo ensina e que os companheiros das tarefas mediúnicas nas casas
espíritas vivenciam. Por exemplo, veja-se a questão 459 do Livro dos
Espíritos: “Os Espíritos influem em nossos pensamentos e em nossos atos?
Muito mais do que imaginais, pois frequentemente são eles que vos
dirigem”.
Referências:
[1] http://www.ccdpe.org.br
[2] http://www.espiritualidades.com.br/Liga/6_ENLIHPE_2010/liga_6_encontro.htm
[6] F. Capra, O Tao da Física, Editora Cultrix, 16ª edição, São Paulo (1995).
[9] A. Goswami, Física da Alma, Editora Aleph, 2ª reimpressão, São Paulo (2005).
[11] A. Kardec, O Livro dos Espíritos, FEB, 1ª. edição, Rio de Janeiro (2006).
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1. Introdução
O século findo é caracterizado pela consolidação da Ciência como detentora da verdade em vista
do bem estar, saúde e desenvolvimento que ela trouxe à sociedade. A Ciência muito contribuiu
para separar o que é essencial do que é acessório ou superstição com relação aos fenômenos
naturais, levando Kardec a dizer, no diálogo com o cético na obra O Que É O Espiritismo, que
“é precisamente o positivismo do nosso século que faz com que adotemos o Espiritismo...” já
que “O Espiritismo repudia, nos limites do que lhe pertence, todo efeito maravilhoso, isto é, fora
das Leis da Natureza; (...) Ele amplia, igualmente, o domínio da Ciência, e é nisto que ele
próprio se torna uma ciência; (...) e como sua teoria do futuro repousa sobre bases positivas e
racionais, ela agrada ao espírito positivo do nosso século.”
Porém, quando não se conhece como a Ciência trabalha e se desenvolve, a crença de que ela é
garantia única da verdade pode gerar confusão e fanatismo. Um exemplo recente de excesso
nesse aspecto foi recentemente relatado em uma carta publicada no número 328 da prestigiada
revista científica Science. Nela, mais de 240 cientistas, todos membros da Academia Nacional de
Ciências dos Estados Unidos, apresentaram um desabafo contra pressões que muitos colegas tem
sentido por causa de erros e controvérsias nas previsões associadas ao clima do nosso planeta. A
idéia de que a Ciência garante a verdade absoluta das coisas gerou, com relaçao ao problema do
clima, pensamentos do tipo “devemos esperar até que os cientistas tenham absoluta certeza antes
de tomar quaisquer providências”, o que é considerado pelos cientistas um equívoco muito
grande já que, pela própria natureza da Ciência, nunca ela terá certeza absoluta. Por causa disso,
alguns cientistas estão sendo processados na Justiça por terem fornecido relatórios incompletos
ou errados, o que demonstra ignorância sobre a Ciência. Alguém condenaria Isaac Newton à
prisão porque a sua mecânica não vale para átomos e partículas subatômicas? No caso do clima,
esperar certezas absolutas para tomar medidas preventivas para a ação do homem sobre a
natureza é que é um “perigoso risco para nosso planeta” em função do que já se sabe.
O deslumbramento pela Ciência teve contribuição forte da Física. Suas teorias modernas tem
atraído muito a atenção das pessoas em função delas tocarem em assuntos que estão no
imaginário das pessoas como se o Universo tem limites, do que é feita a matéria, como são os
mecanismos da vida, etc. A módia e a imprensa também tiveram papeis importantes na
divulgação da Ciência.
O respeito pela Ciência não só é incentivado pelo Espiritismo como foi exemplificado por
Kardec na codificação. Porém, em geral, o espírita não conhece muita coisa a respeito do que
realmente a Ciência é, e de como o conhecimento científico se desenvolve. Uma consequência
disso no movimento espírita é a crença de que se algum conceito não tiver respaldo nas teorias
modernas da Ciência, o mesmo não tem valor científico [3]. Felizmente, temos no movimento
espírita alguns esforços no esclarecimento sobre o que é Ciência, Ciência Espírita, e o tríplice
aspecto do Espiritismo [4-6].
No caso da Física, alguns resultados das suas teorias mais modernas tem exercido uma atração
especial sobre os espiritualistas em geral. Questões como passagem do tempo diferente para
diferentes observadores, impossibilidade de medidas absolutamente precisas de posição e
velocidade de um móvel, a natureza probabilística das partículas subatômicas da matéria, dentre
outras, tem levado alguns espiritualistas a extrapolarem essas teorias modernas da Física, na
formulação de teorias que dêem suporte para conceitos como Deus, a alma, os fenômenos
ligados a ela, saúde e doença, etc. Existe uma literatura não-científica * relativamente vasta e
conhecida sobre o uso de conceitos da Física nessas questões e exemplos de autories conhecidos
são Fritjof Capra, com “O Tao da Física” [7], Jean E. Charon, com “O Espírito Este
Desconhecido” [8], Dr. Deepak Chopra, com “A Cura Quântica” [9], e Ken Wilber, com
“Quantum Questions” [10], este último tendo exposto o pensamento místico ou religioso dos
grandes físicos que fizeram as descobertas das teorias modernas da Física do século passado.
Além desses autores, destacamos mais um que é físico e espiritualista, e que, em particular, se
tornou muito conhecido no meio espírita pelos diversos livros em que emprega conceitos da
Física Quântica nas suas teses sobre reencarnação, alma e mediunidade: Dr. Amit Goswami,
professor de Física aposentado da Universidade de Óregon. Goswami é autor da obra “A Física
da Alma” [11] que será aqui analisada por nós com base no Espiritismo.
* aqui o termo “não-científico” aqui se refere ao fato do conteúdo dessas obras não serem fruto
de trabalho de pesquisa regular dentro da Física, com métodos e rigores usuais que os físicos
empregam em seus trabalhos de pesquisa na Física. Os autores dessas obras apenas utilizaram
conceitos da Física em suas teses e hipóteses, sem terem qualquer respaldo ou reconhecimento
da comunidade de físicos ou da Física.
Este artigo está organizado da seguinte maneira: na Seção 2, exporemos alguns pontos da obra
“A Física da Alma”, de Amit Goswami, em que a explicação apresentada para os conceitos de
alma, reencarnação e mediunidade estão claramente em desacordo com o Espiritismo. Na Seção
3, vamos analisar alguns pontos que formam a base da teoria de Goswami, mostrando que o uso
dos conceitos da Física não satisfez o rigor dessa Ciência. Na seção 4, por fim, resumiremos os
pontos principais deste trabalho e apresentaremos nossas conclusões.
(...)
(...)
(...)
2.2 Reencarnação
Segundo Goswami (cap.4, pag. 83) as “reecarnações de uma mesma vida (...) estão ligadas pelo
fio da não-localidade quântica ...”. O chamado fenômeno de não-localidade da Física Quântica é
a base para a explicação de Goswami para a reencarnação. Antes de prosseguir, vamos
brevemente entender o que seria não-localidade. Em matéria publicada no Jornal Espírita
[15,16], descrevemos um fenômeno de não-localidade entre duas ou mais partículas como aquele
em que são satisfeiras as seguintes condições:
Um fenômeno de ligação entre dois objetos será não-local se TODOS esses ítens forem
satisfeitos. Se um só deles não se verificar, o fenômeno não será não-local.
(...)
(...)
(...)
(...)
(...)
(...)
4. Conclusões
Neste artigo, revisamos a obra “Física da Alma” identificando como seu autor, Prof. Amit
Goswami, apresenta e explica conceitos como alma, reencarnação e mediunidade, em
comparação com os ensinamentos do Espiritismo. Verificamos a discrepância entre a teoria de
Goswami e a Doutrina Espírita e em vista da última ter caráter progressista e dever andar junto
com os progressos da Ciência, analisamos as bases científicas da primeira concluindo que ela
não possui bases verdadeiramente científicas apesar de citar conceitos da Física Quântica.
(...)
(...)
(...)
Para concluir, deixamos dois alertas. O primeiro alerta é sobre o cuidado com o modismo atual
de utilizar conceitos de Ciência, mormente os de Física Quântica, muitos deles bem inacessíveis
à compreensão mais profunda do leigo, para propor teorias espiritualistas. Sempre que não
pudermos analisar com conhecimento de causa, um assunto qualquer que pretenda adentrar o
meio espírita, vale a recomendação de Erasto (considerada regra de ouro por J. Herculano Pires
na sua tradução do Livro dos Médiuns) contida no Livro dos Médiuns (2ª parte, cap. XX, ítem
230): “É melhor repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria
errônea.”
REFERÊNCIAS
[1] A. Kardec, O Que É O Espirtismo, 1ª edição de bolso, FEB, Rio de Janeiro (2008).
[2] P. H. Gleick et al. “Climate Change and the Integrity of Science”, Science 328, p. 689
(2010).
[3] A. L. Xavier Jr. “Algumas Considerações Oportunas Sobre a Relação Espiritismo- Ciência”,
Reformador Agosto, pp. 244-46 (2005).
[4] A. F. Da Fonseca, “Curso de Ciência e Espiritismo: Aulas 1 a 18”, Boletim do GEAE
números de 483 a 500 (2004 e 2005)
[5] A. Chagas, Introdução à Ciência Espírita, Publicações Lachâtre, 1ª edição, Bragança Paulista
(2004).
[6] S. S. Chibeni, “O Espiritismo em seu tríplice aspecto: científico, filosófico e religioso”
Reformador Agosto, pp. 37-40 (2003); Setembro, pp. 38-40 (2003); Outubro, pp. 39-40 (2003).
[7] F. Capra, O Tao da Física, Editora Cultrix, 16ª edição, São Paulo (1995).
[8] J. E. Charon, O Espírito Este Desconhecido, Editora Melhoramentos, 10ª edição, São Paulo
(1990).
[9] D. Chopra, A Cura Quântica, O Poder da Mente e da Consciência na Busca da Saúde
Integral, Editora Best Seller, 42ª edição, Rio de Janeiro (2004).
[10] K. Wilber, Quantum Questions, Mystical Writings of the World’s Greatest Physicists,
Editora Shambhala, 2ª edição, Boston (2001).
[11] A. Goswami, Física da Alma, Editora Aleph, 2ª reimpressão, São Paulo (2005).
[12] A. Kardec, A Gênese, FEB, 34ª edição, Rio de Janeiro (1991).
[13] A. Kardec, O Livro dos Médiuns, FEB, 1ª edição, Rio de Janeiro (2008).
[14] A. Kardec, O Livro dos Espíritos, FEB, 1ª. edição, Rio de Janeiro (2006).
[15] A. F. Da Fonseca, “O Pensamento é Matéria? É Quântico? Parte I”, Jornal Espírita 361, p. 9
(2005).
[16] A. F. Da Fonseca, “O Pensamento é Matéria? É Quântico? Parte II”, Jornal Espírita 362, p.
3 (2005).
[17] H. F. Saltmarsh, Evidence of Personal Survival from Cross Correspondences, Bell and
Sons, New York (1938).
[18] A. Goswami, O Universo Autoconsciente, Ed. Rosa dos Tempos, 4ª edição, Rio de Janeiro
(2001).
[19] A. Aspect, J. Dalibard e G. Roger, “Experimental test of Bell’s inequalities using time-
varying analysers”, Physical Review Letters 49, pp. 1804-06 (1982).
[20] F. C. Xavier e W. Vieira, pelos Espíritos de Emmanuel e André Luiz, Estude e Viva, 11ª
edição, FEB, Rio de Janeiro (2005).
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VÍDEOS
1a. parte
2a. parte
3a. parte
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10_Ademir_Xavier_desenvolvimentos_na_teoria_de_transportes.htm
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Autor(es):
GEAE
www.geae.inf.br
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Introdução e definições
A foto da Fig. 1 é um instantâneo do fenômeno que deu origem ao movimento espírita em escala
planetária: o famoso fenômeno das mesas girantes. Tomado como evento sobrenatural por
alguns, considerado como diversão por muitos, e, hoje em dia, um tanto esquecido, as mesas
girantes constituem um dos fenômenos mais extraordinários da Natureza.
A explicação para o movimento das mesas forneceram os próprios Espíritos: um fenômeno de
transporte realizado sob a influência de entidades desencarnadas (por eles controlados), sob a
ação promotora de um fluido produzido por um médium de efeitos físicos. A necessidade da
existência de um médium é considerada fato incontestável e um dos requisitos para a
funcionalidade da teoria das manifestações físicas proposta pelos Espíritos [1].
Fig. 1 Levantamento de uma mesa em uma sessão com a médium Eusápia Paladino.
Fluido. No sentido da teoria dos transportes do Livro dos Médiuns, é uma substância produzida
pelo médium e envolvida nos fenômenos de efeitos físicos. O fluido é manipulado ou
manipulável por entidades desencarnadas e pode dar origem ao movimento de objetos nas
manifestações físicas espontâneas.
Ele é produzido em abundância por médiuns de efeitos físicos. É relevante para o estudo aqui
desenvolvido o exposto no parágrafo 98, Capítulo V, página 112 do Livro dos Médiuns [1]:
(...) porque o sistema nervoso facilmente excitável de tais médiuns lhes permite, por meios de
certas vibrações, projetarem abundantemente em torno de si, o fluido animalizado que lhes é
próprio.
Segundo o Livro dos Médiuns, acresce ainda que, na maioria das pessoas, existe um “envoltório
refratário” que não permite a expansão do perispírito.
Fluido físico. Um fluido físico é definido como uma substância que se deforma continuamente
(flui) sob aplicação de uma tensão de cisalhamento, independentemente da amplitude da tensão
aplicada. É um subconjunto das fases da matéria que inclui líquidos, gases, plasmas e, até certo
ponto, sólidos plásticos. Fluidos também são divididos em líquidos e gases. Líquidos formam
uma superfície livre (isto é, que não se prende à superfície do vaso que o contém) enquanto que
gases não fazem isso. Fluidos guardam a propriedade de não resistir à deformação e de
possuírem habilidade de fluir (também descrita como a de se moldarem ao vaso). Essas
propriedades são advindas da incapacidade de suportar tensão de cisalhamento em equilíbrio
estático. [2]
Já a divisão entre sólidos e fluidos não é tão óbvia. A distinção é feita avaliando a viscosidade da
matéria.
É evidente que o conceito de energia, tal como utilizado pela física, também deve se aplicar aos
fenômenos físicos de natureza psíquica. De qualquer forma, energia aqui não tem outro significa
além do fornecido acima. Balizados nos conceitos de fluido e energia acima apresentados,
aventuramo-nos a ir um pouco além no desenvolvimento da teoria dos transportes de efeitos
físicos: os transportes ocorrem por transferência de energia do médium ao objeto. Mas, não se
trata de ação de um fluido? Não se está a propor uma modificação na explicação original. De
fato, o fenômeno ocorre por meio do fluido, mas há uma transferência de energia do médium
para o objeto, como exigência da lei de conservação de energia.
Para tornar claro esse tipo de afirmação, fazemos uso de um paralelo. Na Figura 2 (A)
representa-se um cilindro dotado de um êmbolo sobre o qual se deposita um peso. Um gás é
aquecido e provoca o movimento do êmbolo por meio de um processo termodinâmico de
expansão do gás. Esse gás, ao elevar o peso de uma distância h, realiza trabalho. Energia
proveniente de uma fonte de calor (Q) provoca a expansão do gás. Em (B) representa-se um
médium de efeitos físicos, e a elevação de um objeto de uma altura h. O peso do objeto
multiplicado pela altura fornece uma medida da energia associada ao fenômeno: essa energia é
proveniente do médium e, na ausência de maiores detalhes, trata-se de um fenômeno de
conversão de energia química (do organismo do médium) em energia mecânica. Podemos
imaginar que o organismo do médium – através de nutrientes contidos no alimento – é capaz de
gerar uma substância, o fluido, que é manipulada pelos Espíritos na produção da elevação da
mesa. O paralelo que existe entre (A) e (B) se justifica: tanto em um como em outro efeito, um
fluido não visível está associado na produção do fenômeno. Esse paralelo não passou
despercebido a Kardec [3]:
Quando se produz o vácuo na campânula da máquina pneumática, essa campânula adere com
força tal ao seu suporte, que impossível se torna suspendê-la, devido ao peso da coluna de ar que
sobre ela faz pressão. Deixe-se entrar o ar e a campânula pode ser levantada com a maior
facilidade, porque o ar que lhe fica por baixo contrabalança o ar que, pela parte exterior, a
comprime. Contudo, se ninguém lhe tocar, ela permanecerá assente no suporte, por efeito da lei
de gravidade. Agora, comprima-se-lhe o ar no interior, dê-se-lhe densidade maior que a do que
está por fora, e a campânula se erguerá, apesar da gravidade. Se a corrente de ar for violenta e
rápida, a mesma campânula se manterá suspensa no espaço, sem nenhum
ponto visível de apoio, à guisa desses bonecos que se fazem rodopiar em cima de um repuxo
dágua.
A massa dos fluidos combinados é proporcional à dos objetos. Numa palavra, a força deve estar
em proporção com a resistência; donde se segue que, se o Espírito apenas traz uma flor ou
objeto leve, é muitas vezes porque não encontra no médium, ou em si mesmo, os lementos
necessários para um esforço mais considerável.
(...)
(...)
(...)
- abaixo outros trechos da dissertação -
(...)
(...)
(...)
Conclusão
Embora nossa tentativa de formulação de uma previsão sobre como se daria o fenômeno possa
parecer estranha, pois mistura elementos matemáticos (alguns diriam „redundante?), não
estamos a dizer que essa descrição é necessária. Nosso objetivo aqui foi tão só a clareza na
compreensão das idéias, tendo como ponto de partida construções teóricas elementares da Física
Estatística. De qualquer forma, inexistem quaisquer garantias de que nossa proposta esteja
correta. Nossa previsão é o resultado da aplicação de algum raciocínio teórico em torno de
conhecidas dessas leis e as descrições típicas dos fenômenos de transporte, mas ela pode muito
bem estar equivocada.
(...)
(...)
(...)
REFERÊNCIAS
1 A. Kardec, O Livro dos Médiuns, Cap. IV, 74, questão XIV, 58ª Edição, FEB (1944).
2 http://pt.wikipedia.org/wiki/Fluido
3 Opus cit [1], Capítulo V, parágrafo 79.
4 Opus cit [1], Capítulo V, parágrafo 99, 14ª questão.
5 R. Reif, Fundamentals of Statistical and Thermal Physics, McGraw-Hill (1985)
6 Opus cit [1], Capítulo V, parágrafo 81.
7 A. J. Smits (Editor), T. T. Lim (Editor), Flow Visualization: Techniques and Examples, World
Scientific Publishing Company (2000)
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VÍDEOS
1a. parte
2a. parte
Ademir Xavier
http://www.espiritualidades.com.br/Liga/6_ENLIHPE_2010/trabalhos/
11_Ademir_Xavier_deteccao_movimentos_de_fluidos_mediuns_efeitos_fisicos.htm
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Resumo:
A palavra “Espírito” deriva do latim “spiritus” que significa sopro. Não seria a origem dessa
palavra ligada a constatações antiqüíssimas de movimento de objetos, provocados por médiuns
de efeitos físicos, sob influências de Espíritos, mas por analogia com a ação intempestiva dos
ventos?
Temos aqui um paralelo que não pode ser meramente acidental. Em princípio, o comportamento
dos fluidos físicos e suas propriedades dinâmicas é objeto de estudo da fluidodinâmica. Neste
trabalho reunimos argumentos físicos a fim de propor um arranjo experimental capaz de
evidenciar modificações no estado termodinâmico do ar que cerca um médium de efeitos físicos.
Introdução
Nossa compreensão acerca da existência dos Espíritos teve como origem a ocorrência de
fenômenos de natureza essencialmente material. Ruídos e movimento de objetos sem causa
física ordinária formaram a base para o movimento espiritualista em países anglo-saxões que
culminou com a edição de O Livro dos Espíritos de A. Kardec na França em 1857. Descobriu-se
que a causa desses fenômenos se deve a integração de dois agentes fundamentais: a existência de
um médium de efeitos físicos e ao controle exercido por agentes inteligentes, capazes de
controlar os movimentos. O papel do médium é o de fornecer um fluido (de natureza e
composição ainda desconhecidos) que serve como meio de transporte de energia que, fluindo do
médium, é capaz de se manifestar como energia cinética de movimento ou da realização de
outros tipos de ocorrências tangíveis.
Espera-se, assim, que a ocorrência das manifestações físicas seja acompanhada por variações
nas propriedades termodinâmicas do ar que cerca o médium. É objetivo deste trabalho sugerir
como seria possível observar e mensurar essas variações de forma não invasiva, sem prejuízo à
ocorrência do fenômeno. Para isso, iniciamos o trabalho colhendo alguns informes a cerca de
fenômenos de ectoplasmias e citando fontes de experimentos realizados por Metapsiquistas.
Embora saibamos que manifestações físicas tenham se dado de forma espontânea, o fenômeno
pode ser controlado, de certa forma, com médiuns bem treinados. Assim, é viável a realização de
experiências com o objetivo de medir as propriedades termodinâmicas da atmosfera que envolve
o fenômeno. Para isso, sugerimos um arranjo experimental, que torna possível a visualização de
variações pequenas no índice de refração do ar. Finalmente, na conclusão, chamamos a atenção
para a importância de se implementarem projetos com o objetivo de se estudar as manifestações
físicas.
Charles Richet criou o termo “Ectoplasma” para designar a substância que se observou ser
produzida por médiuns de efeitos físicos na realização de vários fenômenos cinéticos, além de
materializações. Mais recentemente, André Luiz em “Mecanismos da Mediunidade”
[1] afirma sobre essa substância:
O ectoplasma está situado entre a matéria densa e a matéria perispirítica, assim como um
produto de emanações da alma pelo filtro do corpo, e é recurso peculiar não somente ao homem,
mas a todas as formas da Natureza.
André Luiz também confirma que o ectoplasma está sujeito “invariavelmente ao pensamento e à
vontade do médium que o exterioriza ou dos Espíritos desencarnados ou não”. Essa substância
está associada à produção de fenômeno de transporte, sendo produzida por todos os seres vivos.
Em um interessante livro “Um fluido vital chamado Ectoplasma” [2], Mattieu Tubino descreve
experiências de vários anos em torno da tese de que o ectoplasma não precisa necessariamente
ser visível para que possa causar vários sintomas ao organismo de quem o produz. O ectoplasma
de Tubino, Richet e André Luiz corresponde ao fluido magnético animal de que falam os
Espíritos no Livro dos Médiums [3] e são a mesma coisa, em estados diferentes de densidade ou
concentração. A tese principal do livro de Tubino, entretanto, defende a idéia de que o
ectoplasma é produzido continuamente pelo organismo humano e liberado de forma normal em
grande parte dos indivíduos. O acúmulo desse fluido pode provocar, entretanto, manifestações
físicas, conforme narrado no livro através de vários casos. Ainda segundo Tubino, em algumas
pessoas, a liberação é interrompida e, de seu acúmulo, surgem moléstias ou alterações de saúde
(a maior parte delas considerada de natureza 'psicosomática') com sintomas facilmente
identificáveis. Não deixa de ser interessante também a correlação que esse autor faz entre os
sintomas da histeria (que vem do grego 'histerion' ou útero, uma possível alusão ao inchaço
abdominal causado pelo acúmulo do fluido) com aqueles identificados com o 'acúmulo de
ectoplasma'.
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O objetivo deste trabalho foi apresentar um projeto viável para futuras pesquisas na área de
ectoplasmias ou estudo de movimentação de fluidos em torno de médiuns de efeitos físicos.
Embora tenhamos frequentemente frisado a necessidade de médiuns dessa categoria, outros
tipos de modalidade mediúnica também podem ser estudados com a mesma técnica. A idéia de
Dalziel, Hughes e Sutherland [9] tornou bastante simples a construção e operação de uma
câmera Schlieren. Esse sistema é capaz de registrar variações sutis na densidade do ar e, por
meio de uma equação, variações térmicas ou de pressão no ar circundante, podem ser
visualmente observadas e medidas. Discutimos a possibilidade, baseado em argumentos
termodinâmicos, de que o ambiente onde se encontre um médium de efeitos físico em transe seja
modificado de forma a se observarem, por meio da técnica sugerida, variações pequenas na
densidade do ar. Em particular, nosso interesse maior é observar variações de densidade
produzidas por meio da emissão de fluidos por parte do médium, o que coincidiria com
observações realizadas por E. Osty durante a década de 30.
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REFERÊNCIAS
1 - A. Luiz, Mecanismos da Mediunidade, p. 271, 22ª Edição, FEB (1955).
2 - M. Tubino, Um „Fluido Vital? chamado Ectoplasma, 1ª Edição, Lachâtre (1997).
3 - A. Kardec, O Livro dos Médiuns, Cap. IV, 74, questão XIV, 58ª Edição, FEB (1944).
4 - R. C. Johnson, Materialisations, Psycho-Kinesis and Poltergeist Phenomena. Em
www.survivalafterdeath.org.uk/articles/johnson/materialisations.htm.
5 - Em www.survivalafterdeath.org.uk/mediums/schneider.htm. Esse texto tem como referência:
E. Osty: Les Pouvoirs inconnus de l'esprit sur la matiere (1932).
6 - G. S. Settles, Schlieren and Shadowgraph Techniques, Springer (2001).
7 - B. H. Pandya, G. S. Settles e J. D. Miller, Schlieren imaging of shock waves from a trumpet,
J. Acoust. Soc. Am. 114 (6).
8 - N. Kudo, H Ouchi, K Yamamoto e H Sekimizu, A simple Schlieren system for visualizing a
sound field of pulsed ultrasound, Journal of Physics: Conference Series 1 (2004) p. 146–149.
9 - S. B. Dalziel G. O. Hughes and B. R. Sutherland, Method and apparatus for obtaining images
and measurements of density fluctuations in transparent media, U.S. Provisional Patent
Application (No. 60/170,928).
10 - S. B. Dalziel, G. O. Hughes, B. R. Sutherland, Whole-field density measurements by
'synthetic schlieren', Experiments in Fluids 28 (2000) p. 322-335. Springer-Verlag (2000).
11 - S. Décamp, C. Kozack and B. R. Sutherland, Three-dimensional schlieren measurements
using inverse tomography, Experiments in Fluids, 44, 5 (2008).
12 - I. Ihrke e M. Magnor, Image-Based Tomographic Reconstruction of Flames, R. Boulic, D.
K. Pai (Editors), Eurographics/ACM SIGGRAPH Symposium on Computer Animation (2004).
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