TCC Versão Corrigida
TCC Versão Corrigida
TCC Versão Corrigida
CAROLINE DANTAS
DENISE MASCENA
ELIANA SANTANA
MANUELA CAVALCANTI
Guarulhos
2014
CAROLINE DANTAS
DENISE MASCENA
ELIANA SANTANA
MANUELA CAVALCANTI
Trabalho de Conclusão de
Curso de Graduação em
Enfermagem, apresentado à
Universidade Guarulhos
como requisito para
obtenção do título de
Bacharel em Enfermagem.
Orientadora: Profª Dra.
Monica M. Trovo Araujo
Avaliadora: Profª Dra. Maria
De Belém Gomes
Cavalcante.
Guarulhos
2014
Agradecimento
Deus por ter nos dado sabedoria, força e saúde para superar as dificuldades e
realizar todas as etapas.
A nossa Família, nossos pais, nossos companheiros e nossos filhos pelo amor
incondicional, pelo incentivo, pela compreensão e pelo apoio de sempre.
1.INTRODUÇÃO ................................................................................... 4
2.OBJETIVO ......................................................................................... 7
3.MÉTODO ........................................................................................... 8
5.CONCLUSÃO .................................................................................. 19
6.REFERÊNCIAS .............................................................................. 21
1. INTRODUÇÃO
4
A transmissão indireta é causada por transfusões de sangue
contaminado, ocasionando 30% dos casos de pessoas contaminadas.
Também pode ocorrer pelo canal de parto e por via transplacentária em
recém-nascidos.3
5
Estar gestante é algo que deixa a grande maioria das mulheres
com um estado emocional frágil e muitas vezes com sentimento de
medo. A mulher que vivencia uma gravidez associada à descoberta de
uma infecção por HIV, convive com um período gestacional difícil e
conturbado vivenciando um turbilhão de pensamentos relacionados ao
preconceito familiar e populacional9.
6
2. OBJETIVO
Identificar na literatura necessidades de cuidado para a gestante
portadora do HIV.
7
3. MÉTODO
8
produção duplicada e aquelas que não atenderem os critérios de
inclusão.
9
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Médicos 20 50%
Enfermeiros 12 30%
Psicólogos 4 10%
Residentes de Medicina 2 5%
Farmacêutico 1 2,5%
Total 40 100%
*
Há mais de um autor por artigo analisado.
10
Verifica-se que a categoria profissional que mais pesquisou
sobre o tema foi a dos profissionais de medicina (50%), em segundo
lugar os profissionais da enfermagem (30%), em terceiro lugar os
psicólogos (10%), os residentes de medicina ficaram em quarto lugar
(5%), e os demais apenas dois (2,5%) cada, como vemos na tabela. É
preciso estimular os profissionais de enfermagem a investigar mais a
respeito do tema. O profissional que atua nesta área deve ser muito
bem preparado para realizar os cuidados no dia-a-dia, sejam eles
social, clínico ou biológico e estar atento a evoluções de novos estudos
e pesquisas relacionadas. Constatou-se que das dez publicações a
revista que mais publicou sobre o tema foi a Revista Brasileira de
Ginecologia e Obstetrícia com 2 (20%). A Revista Baiana de Saúde
Pública, o J Brás DST, a Interação em Psicologia, a Psicologia USP, o
Jornal da Sociedade Brasileira de Pediatria, o Artigo da Revista
Paulista de Enfermagem, a Revista Brasileira Saúde Maternidade
Infantil de Recife e a Revista Brasileira de Enfermagem apenas
publicaram 1 (10%) cada.
11
Observou-se que o numero de publicações relacionadas ao
tema tem aumentado no decorrer dos anos, uma vez que em 2005
houve publicação de apenas 1 trabalho, já em 2010 foram 4 publicados.
Principais
Necessidades de
Título Método Resultados e
Cuidados
Conclusões
O diagnostico de
HIV não é um
fator limitante
para que as
portadoras dessa
doença desistam
da maternidade.
Mesmo com a
A. Desejo de Suporte emocional;
falta de
maternidade Qualitativa Aconselhamento
informação, com
entre Entrevista com 10 pré-teste;
os preconceitos,
mulheres com mulheres Orientações e
com os efeitos
HIV/AIDS12 informações.
adversos dos
antirretrovirais, e
a falta de apoio
dos profissionais
de saúde essas
mulheres
cultivam o desejo
de ser mãe.
A gestante
portadora de HIV
possui
expectativas
durante e após a
B. Dilemas e gestação pela
conflitos de Qualitativo possibilidade do Necessidade de
ser mãe na Entrevista com 8 filho ter adquirido suporte emocional
vigência do mulheres a doença. Com e social.
13
HIV/AIDS isso a ansiedade
gerada pelas
duvidas e
incertezas as
tornam mães
super protetoras.
12
A experiência
vivida em
gestação anterior
evidenciou
sentimentos e
conflitos gerados
C. Suporte emocional;
com o
Experiências Aconselhamento
diagnóstico de
Referentes à pré-teste;
HIV, porem não
Contracepção Qualitativo Monitorização com
foi suficiente para
por Mulheres Entrevista com 20 os valores de carga
que essas
Sabidamente mulheres viral e contagem de
mulheres
Infectadas linfócitos T CD4+;
assumissem
pelo HIV que Orientações e
condutas para
Engravidam14 informações.
uma
contracepção
eficaz, já que a
maioria não
planejou um novo
filho.
As mulheres que
já sabiam ser
soropositivas e
que se negava
ao tratamento, a
partir da
descoberta da
gravidez se
sentiram
obrigadas a fazer
D. o tratamento;
Maternidade A gestação
Orientação
em situação dessas mulheres
Profilaxia para
de infecção Qualitativo tende a ser uma
prevenção da
pelo HIV: um Entrevista com 6 experiência de
transmissão do HIV
estudo sobre mulheres tensão,
ao bebê;
os insegurança, e
Apoio emocional.
sentimentos de sofrimento;
de gestantes15 Essas mães têm
dificuldades em
lidar com os
sentimentos de
ser mãe, os
preconceitos dos
próprios
familiares e a
instabilidade no
relacionamento
com os parceiros
13
por causa do
diagnostico.
Há uma
sobrecarga
psicológica das
mães portadoras
de HIV, pois elas
experimentam
E. Aspectos
fortes sentimentos
psicológicos
de culpa e medo Suporte emocional
da gestação e
relacionados à para gestante e
da
Revisão de literatura possibilidade de seus familiares;
maternidade
infectar o filho, Orientações e
no contexto da
além dos informações.
infecção pelo
preconceitos e
HIV/AIDS16
discriminações,
estigma
social, e inúmeros
fatores familiares,
sociais e
econômicos.
F. Desafios
Conscientização
operacionais
sobre a
persistentes Orientações e
Estudo observacional, importância da
determinam a informações sobre
prospectivo, infecção no inicio
não redução a doença,
longitudinal, analítico da gestação para
da tratamento, e as
de coorte, com 3.962 que medidas
transmissão possíveis formas
gestantes. profiláticas
materno- de transmissão.
possam ser
infantil do
realizadas.
HIV17
14
Recomenda evitar
G. Estratégias exposição
que reduzem a repetida ao vírus
transmissão durante relação Orientação para a
vertical do vírus sexual, controlar e mãe, ensinar o
Revisão Teórica.
da prevenir infecções auto-cuidado e
imunodeficiênci vaginais e amamentação.
a humana tipo procedimentos
118 invasivos. Optar
parto via cesárea.
H. Prevalência
Orientação
e fatores de
Falta de profissional sobre a
risco associado
Estudo descritivo, aconselhamento e importância da
à infecção pelo
transversal, com 873 adesão ao exame aderência ao pré-
vírus da
mulheres. de pré-teste e natal e as possíveis
imunodeficiênci
anti-HIV. formas de
a humana em
transmissão.
parturientes19
I. Perfil das
gestantes O baixo grau de
infectadas pelo escolaridade e a Orientações e
HIV atendidas habitação de informações sobre
Quantitativo,
em um pré- regiões precárias a doença,
transversal com 90
natal de alto esta relacionado tratamento, e as
gestantes.
risco de ao número de possíveis formas
referência de gestantes de transmissão.
Belo infectadas.
Horizonte20
Observou-se que
quanto mais baixo
o grau de
escolaridade,
J. Perfil Clínico mais tardio era a
e procura pelo
epidemiológico
Retrospectivo, análise serviço Orientação
de gestantes
de prontuários de 139 ginecológico e a adequada para o
infectadas pelo
gestantes. iniciação do pré- tratamento
HIV em um
serviço do Sul natal, com isso
do Brasil21 contribuiu para o
aumento da
prevalência do
HIV na gestação.
15
A maioria dos artigos analisados tinha foco na prevalência do
HIV na gestante e o perfil sorológico. Constituindo quatro deles em
estudos qualitativos, dois em estudos de revisão de literatura/teórica,
um estudo observacional, um estudo transversal, um estudo
quantitativo e um retrospectivo. Isto representa e reforça a necessidade
de mais pesquisas feitas por enfermeiros, que evidenciem
necessidades de cuidado específicas desta população.
Nos artigos A, B, C, D, E, F, G, H, I, e J, ou seja, nove de dez
estudos analisados apontam a necessidade de orientação. Essas
orientações devem abordar: HIV e outras DST, formas de prevenção,
uso de preservativos, transmissão, importância do diagnostico precoce,
teste anti-HIV, importância da aderência ao pré-natal, o uso de
antirretrovirais, o tratamento, a escolha da via de parto e a não
amamentação. As orientações podem ser realizadas de diversas
maneiras como, palestras com esclarecimento de dúvidas,
aconselhamento coletivo, demonstração do uso do preservativo e
exibição de vídeos educativos seguidos de debates. Estas são
estratégias eficientes para abordagem de temas associados à
prevenção das DST/HIV/AIDS podendo ser em grupo, consultas ou
individual.
Os estudos A, B, C, D, E apontam a necessidade de suporte
emocional. Ou seja, 5 de 10 artigos informam que o apoio emocional
implica no estabelecimento de uma relação de confiança com a usuária
para que esta se sinta acolhida. Por esse motivo o enfermeiro deve
treinar sua equipe para prestar o melhor atendimento às gestantes.
Elas apresentam sentimentos de ansiedade, incertezas, medo e sofrem
preconceitos por parte da sociedade. Essas gestantes devem sentir-se
acolhidas pela equipe de saúde, principalmente pela enfermagem,
devido ao tempo e atenção que os profissionais da área podem propor
para minimizar o sofrimento. O enfermeiro também deve encaminhar a
paciente para outros serviços quando necessário, incluindo
atendimento psicoterápico e/ou grupos comunitários de apoio.
16
Os estudos A e C, isto é, 2 de 10 artigos analisados mostram a
necessidade do aconselhamento do pré-teste. Para esse
aconselhamento o enfermeiro deve reafirmar o caráter confidencial e o
sigilo das informações. Identificar com clareza as necessidades da
paciente, facilitar a expressão de sentimentos e prestar apoio
emocional. Trocar informações sobre o significado dos possíveis
resultados do teste e o impacto na vida de cada gestante, considerar
as possíveis reações emocionais que venham a ocorrer durante o
período de espera do resultado do teste e reforçar medidas de
prevenção neste período. Ressaltar a relação entre DST e HIV,
identificar a rede de apoio disponível para família, parceiros, amigos e
outros. Amparar e ajudar a reconhecer suas responsabilidades e
dificuldades para a adoção de práticas seguras, reforçando sua auto-
estima e autoconfiança.
Oferecer o teste anti-HIV e solicitá-lo com o consentimento da
gestante, informar sobre a disponibilização de insumos de prevenção
no serviço e em outros locais e explicar os benefícios do diagnóstico
precoce na gravidez.
Em 1 de 10 estudos, isto é, no artigo C foi identificada a
necessidade de monitorização com os valores de carga viral e
contagem de linfócitos T CD4+. Essa monitorização deve ser realizada
logo após o diagnostico HIV + ou se a gestante já conhece o
diagnostico na primeira consulta de pré-natal. É através desse exame
que pode se definir o melhor tratamento. O exame é repetido com 24 e
28 semanas, e com 34 semanas para a definição de via de parto.
No estudo D, ou seja, 1 de 10 artigos identifica a necessidade de
profilaxia para prevenção da transmissão do HIV ao bebê. Essa
profilaxia deve ser realizada desde a primeira consulta de pré-natal até
os 12 meses de vida da criança se for considerada não infectada, e se
for considerada infectada permanecerá em acompanhamento na
unidade especializada. A transmissão vertical pode ocorrer durante a
gestação, o trabalho de parto, no parto e pela amamentação. Com a
aplicação de medidas profiláticas a probabilidade de transmissão
17
diminui, por isso é muito importante a adesão do pré-natal, da terapia
antirretroviral, da realização dos exames laboratoriais, da escolha da
via de parto, da não amamentação e do acompanhamento do bebê
após o nascimento.
18
5. CONCLUSÃO
19
contribuição que a enfermagem pode oferecer é ampla, é um
profissional que o paciente confia e busca respostas e apoio. Devido a
seu conhecimento técnico, prático e científico o enfermeiro consegue
desenvolver um plano de cuidado a todos os seus pacientes visando à
segurança e a boa assistência. Porém, notamos que o grande
diferencial no tratamento e em um profissional da enfermagem é somar
a todas as competências com sua atenção, sensibilidade e
humanização para realizar um atendimento de qualidade.
20
REFERÊNCIAS
10. POMPEO DA, ROSSI LA, GALVÃO CM. Revisão integrativa: etapa
inicial do processo de validação de diagnóstico de enfermagem. Acta
Paul Enferm [online]. 2009; 22(4) [capturado em 22 maio 2014]; 434-
438. Disponível em: URL:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-
21002009000400014&script=sci_arttext
22
15. CARVALHO FT, PICCININI CA. Maternidade em situação de
infecção pelo HIV: um estudo sobre os sentimentos de gestantes.
Interação em Psicologia [online]. 2006. 10(2) [capturado em 22 abr.
2014]; 345-355. Disponível em:
URL:http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/psicologia/article/viewFile/7693/
5485
20. ROMANELLI RMC, et al. Perfil das gestantes infectadas pelo HIV
atendidas em um pré-natal de alto risco de referência de Belo
Horizonte. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant [online]. 2006. 6(3)
[capturado em 24 abr. 2014]; 329-334. Disponível em:
URL:http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v6n3/31904.pdf
23
21. KONOPKA CK, et al. Perfil Clínico e epidemiológico de gestantes
infectadas pelo HIV em um serviço do Sul do Brasil. Rev Bras Ginecol
Obstet [online]. 2010. 32(4) [capturado em 24 abr. 2014]; 184-90.
Disponível em: URL: http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v32n4/v32n4a06
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