Técnica de Coleta e Triagem Volume Único

ANLISES CLNICAS
TICA E LEGISLAO PROFISSIONAL
VOLUME NICO
Governador | Eduardo Campos Vice-Governador | Joo Soares Lyra Neto Secretrio de Educao | Anderson Stevens Lenidas Gomes Secretrio Executivo de Educao Profissional | Paulo Dutra Gerente Geral da Educao Profissional | Luciane Pula Gestor de Educao a Distncia | Marcos Paulo de Assis Castro Coordenador do Curso | Manoel Vanderley dos Santos Neto Professor Conteudista | Walmir Arajo Equipe Central de Educao a Distncia Andria Guerra | Augusto Andrade | Eber Gomes | George Bento | Jannine Moreno | Marcos Vincius Clemente Maria de Lourdes Cordeiro Marques | Maria Helena Cavalcanti Mauro de Pinho Vieira | Pedro Luna
Imagem da capa:
http://www.crfsp.org.br/joomla/index.php?option=com_content&view=article&id=956:liminar-legitima-examecitopatologico-assinado-por-farmaceutico&catid=40:noticias&Itemid=60
SUMRIO
CONTEDO PROGRAMTICO ...............................................................6 APRESENTAO DA DISCIPLINA .........................................................7 UNIDADE 1 ..............................................................................................8 1. COLETA E TRIAGEM SANGUNEA .....................................................8 2. SISTEMA CIRCULATORIO ................................................................ 12 3. MATERIAIS UTILIZADOS NA COLETA SANGUINEA ....................... 16 UNIDADE 2 ............................................................................................ 26 4. HIGIENIZAO DAS MOS .............................................................. 26 5. PUNO VENOSA: COLETA DE SANGUE A SERINGA E COLETA DE SANGUE A VCUO. .............................................................................. 27 6. PUNO ARTERIAL:......................................................................... 34 7. TRASPORTE DA AMOSTRA ............................................................. 38 UNIDADE 3 ............................................................................................ 41 8. O SISTEMA URINARIO ...................................................................... 41 9. DOSAGENS QUIMICAS NA URINA ................................................... 44 10. INSTRUO PARA COLETA DE URINA RECENTE (SUMARIO DE URINA/UROCULTURA) ......................................................................... 45 11. FARINGE; DEFINIO..................................................................... 53 12. INFORMAES SIMPLES E CLARAS AOS PROFISSIONAIS DA UNIDADE BSCIA EM RELAO A COLETA DE MATERIAL. ............ 56 UNIDADE 4 ............................................................................................ 59 13. SISTEMA TEGUMENTAR ................................................................ 59 14. FERIDAS SUPERFICIAIS, CULTURA .............................................. 65 15. O QUE VEM A SER UM EXAME DE CULTURA? ............................. 67 16. COLORAO DE GRAM ................................................................. 68 17. COLETA DA SERCREO VAGINAL PARA EXAME FRESCO ...... 69
Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico
18. URINA (JATO MDIO) ..................................................................... 70 UNIDADE 5 ............................................................................................ 72 19. SISTEMA ESQUELETICO ................................................................ 72 20. SISTEMA NERVOSO........................................................................ 73 21. NO CONFORMIDADES E AS INTERFERENCIAS NOS RESULTADOS DE EXAMES........................................................................................... 78 22. ORIENTAES BSICAS SOBRE OS CUIDADOS NECESSARIOS ANTES DA COLETA LABORATORIAL ................................................. 83 UNIDADE 6 .................................................... Erro! Indicador no definido. 23. SEGURANA DO TECNICO EM ANALISE CLINICAS E DO FLEBOTOMISTA.................................................................................... 87 24. CUIDADOS NA SALA DE COLETA ................................................. 89 25. BOAS PRTICAS NA SALA DE COLETA ....................................... 90 26. ACONDICONAMENTO E TRANSPORTE INTERNO ........................ 92 27. ARMAZENAMETO DOS RESIDUOS ................................................ 94 28. IDENTIFICAO E RATREABILIDADE ........................................... 96 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ....................................................... 97
CONTEDO PROGRAMTICO
Volume 2 UNIDADE 4
SISTEMA TEGUMENTAR FERIDAS SUPERFICIAIS, CULTURA O QUE VEM A SER UM EXAME DE CULTURA? COLORAO DE GRAM COLETA DA SERCREO VAGINAL PARA EXAME FRESCO BACTERIOSCOPIA PELO MTODO DE GRAM URINA (JATO MDIO)
UNIDADE 5
SISTEMA ESQUELETICO SISTEMA NERVOSO NO CONFORMIDADES E AS INTERFERENCIAS NOS RESULTADOS DE EXAMES RISCOS BIOLGICOS ORIENTAES BSICAS SOBRE OS CUIDADOS NECESSARIOS ANTES DA COLETA LABORATORIAL EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL
UNIDADE 6
SEGURANA DO TECNICO EM ANALISE CLINICAS E DO FLEBOTOMISTA CUIDADOS NA SALA DE COLETA BOAS PRTICAS NA SALA DE COLETA ACONDICONAMENTO E TRANSPORTE INTERNO ARMAZENAMETO DOS RESIDUOS IDENTIFICAO E RATREABILIDADE
APRESENTAO DA DISCIPLINA
Seja bem-vindo, prezado aluno! A disciplina TCNICAS DE COLETA E TRIAGEM que voc comea agora tm um significado especial na sua vida profissional. Os contedos foram especialmente selecionados, adotando uma linguagem que facilite seu estudo a distancia. Por falar em distancia, isso no significa que voc estar sozinho. Esse material vem dividido em trs captulos, tendo o primeiro voc ter conhecimento sobre coleta e triagem sangunea. A chave do segundo capitulo explicara os diversos procedimentos de coleta, armazenamento e transporte de material. J no terceiro capitulo voc estudara o procedimento de coleta de sumario de urina, culturas e parasitolgicos e formas de envio. Nos demais captulos vocs iro estudar os procedimentos de coleta e triagem micolgica, bacteriologia e noes de coleta do liquido cefalorraquidiano. Na oportunidade vocs estudaro as no conformidade e as interferncias nos resultados dos exames, as orientaes bsicas sobre os cuidados necessrios da coleta laboratorial, as diversas formas de descartes de material e a forma correta de identificao das amostras. O educador Miguelito convida vocs a embarcar em uma viagem atravs do conhecimento, e das descobertas que a disciplina poder lhe proporcionar, fique atendo as dicas e lembretes do educador Miguelito. Pois sua aprendizagem o principal objetivo desta viagem. Desejo a todos vocs muito sucesso nessa viagem!
Bons estudos!
UNIDADE 1 1. COLETA E TRIAGEM SANGUNEA

Caro aluno prepare suas malas e vamos comear nossa viajem. Agora nos iremos nos familiarizar com as diversas formas de coleta de materiais biolgicos. Boa viagem! O laboratrio esta distribudo em trs fases: Pr-analtica, Analtica e Ps Analtica.
A Fase Pr- Analtica

Compreende todos os processos anteriores a amostra ser
processada pelo equipamento, tais como: preparao do paciente, coleta do material, competncia do profissional de sade, avaliao dos testes, recebimento de amostra e preparao do material a ser transportado. O fluxograma abaixo mostra os erros ocorridos que afetam a qualidade no laboratrio.
Postura tica no Procedimento de Coleta

O bom profissional executa seu trabalho com confiana e em paz consigo e com outros porque conhece e respeita os seus deveres. Desta forma, ele mantm uma conduta integra e tica: No interpretar resultados de exames para os pacientes. Estar sempre pronto para explicar o procedimento a ser feito.
S o medico que solicitou o exame poder responder para qual finalidade ser o exame; esse tipo de pergunta geralmente feita pelos pacientes.
Registrar todos imprevistos que ocorrem no perodo da coleta. No desrespeita a autonomia do paciente. No fazer comentrio que possa interferir na relao mdicopaciente. Para o procedimento com menores de idade deve ter o consentimento prvio do responsvel. Respeitar o sigilo Nunca prometer ao paciente o que no possa cumprir. Sempre mostrar ao paciente que esta identificando as amostras coletadas No agir com impercia, imprudncia ou omisso .
Fase Analtica
Esta formada pelo controle de qualidade e realizao dos exames (todos os materiais recebidos passam pelo escaneamento para identificao dos exames em seguida e distribudos os devidos setores tcnicos a analise das amostras).
Fase Ps-Analtica
a fase final. Emite os relatrios (laudos dos exames) e armazenamento das informaes do paciente. VENOPUNO: o procedimento complexo, que exige conhecimento e habilidade do flebotomista ou tcnico em analises clinicas para uma colhida correta e seguindo as etapas. PARA COLETA SANGUNEA FAZ NECESSRIO O CONHECIMENTO E HABILIDADES. DEVENDO SEGUIR ALGUMAS ETAPAS PARA O
PROCEDIMENTO: 1. Verificao da solicitao medica e cadastramento correto do paciente conforme solicitao e identificao do mesmo. 2. Explicar sempre o procedimento dos exames; 3. Caso aja alguma intercorrncia antes de qualquer procedimento devemos retificar para termos uma coleta com segurana; 4. Quando o paciente estive internado verificar sempre o pronturio no posto mdico realizar o procedimento conforme o mesmo, caso o paciente estiver sonolento ou at mesmo dormindo temos com obrigatoriedade acord-los para a realizao do procedimento; 5. Verificar se o jejum do paciente esta adequado. 6. Argumentar se o paciente tem alergia a luva de ltex e bandagem (ban-deid).
10
11
2. SISTEMA CIRCULATORIO
Locais de Escolha para Venopuno:

O local para realizao de punes representa de grande importncia para o diagnstico, podemos coletar em varias partes, onde verificaremos a seguir: As principais veias superficiais do membro superior so as: veias ceflicas (em direo cabea) e baslicas (em direo a base), as mesmas se originam no tecido subcutneo no dorso da mo a partir da rede venosa dorsal. As veias perfurantes formam comunicaes entre as veias superficiais e profundas. O local de maior utilizao e o ante cubital que esta localizada na rea anterior do brao e abaixo do cotovelo, localizado um grande nmero de veias e prxima a superfcie da pele.
12
13
Tcnicas para Evidenciao de Veia:

1. Observar sempre os ambos os membros (braos) e localizar o melhor vaso para realizao da puno. 2. Solicitar ao paciente para fechar a mo. 3. No faz necessrio abrir e fechar a mo para verificar o vaso a ser puncionado. 4. Caso no consiga encontrar o vaso, se faz necessrio massagear do punho para o cotovelo, com este procedimento haver um aumento do fluxo de sangue nos vasos. 5. Para realizar a palpao o flebotomista devera utilizar o dedo indicador. 6. No utilizar os demais dedos para palpao, motivo pelo qual os demais dedos possuem menos sensibilidade para puno. 7. Caso as veias sejam flexveis, fixar as mesmas com os dedos, com isto obtm uma boa puno.
14
15
3. MATERIAIS UTILIZADOS NA COLETA SANGUINEA

Voc j obteve informaes sobre as etapas para o procedimento de coleta, locais de escolha para venopuno e tcnicas para evidenciar as veias. A seguir voc ter conhecimentos dos diversos tipos de materiais utilizados para realizaes de coletas biolgicas e forma adequada do uso do torniquete. Para realizao dos diversos tipos de coleta preciso ter conhecimento dos seguintes materiais: Adaptadores; Agulhas utilizadas em coleta; lcool a 70%; Algodo; Bandagens; Caixa termica Descartex; Escalpes; Estante para suporte de tubos; Recipientes; Seringas; Swabs; Torniquetes (garrotes), Tubos para Coleta sangunea;
16
17
18
19
Caro aluno, para que voc possa ter uma compreenso mais contextualizada dos tipos de anticoagulantes e suas aes, apresento a seguir, uma tabela.
20
Uso adequado do torniquete (Garrote):

O torniquete utilizado para aumentar a presso dos vasos, com isto obtemos o maior fluxo para o preenchimento dos tubos ou seringas. Recomenda-se a utilizao de torniquetes em ltex, para facilitar a higienizao do mesmo, no e aconselhvel a utilizao de torniquetes em tecidos, emborrachados com fivelas ou grampos. Caso aja contaminao do torniquete com amostras biolgicas do paciente desprez-lo imediatamente. Evitar o garroteamento de materiais com ltex para pacientes alrgicos.
21
Precauses para aplicar o torniquete:

O garroteamento no pode ultrapassar 1 minuto, caso passe pode ocorrer hemoconcentrao e infiltrao de sangue para os tecidos, causando alteraes no volume celular elevando o nvel do potssio e clcio, ocasionando um falso resultado.
Aplicao do torniquete:
Para aplicao do torniquete recomenda-se que o membro superior (brao, antebrao e mo), esteja levimente estendido, e formado uma linha direta do ombro para o cotovelo. O torniquete dever ser colocado com o lao para cima para evitar contaminao no local da puno. Aplicar o torniquete acima de 7,0 a 10,0 cm acima do local da puno; Ao garrotear, solicitar ao paciente que feche a mo para melhor localizar o vaso para efetuar o procedimento.
22
No podemos realizar o procedimento de bater na veia no momento da seleo da mesma, este procedimento ocasiona hemlise e possveis alteraes nos resultados.
Com dificuldade de localizar a veia, faz necessrio da um repouso de aproximadamente 2 minutos para retornar o garroteamento. Aps a puno afrouxar o torniquete, porque no devemos ultrapassar 1 minuto com o brao garroteado. Existem alguns exames que no podemos garrotear. Ex: clcios lactatos entre outros.
Procedimentos de Coleta Ambulatorial:

Agora sero abordados os conceitos bsicos sobre os procedimentos de coleta ambulatria e hospitalar. Este estudo faz-se necessrio para que haja um entendimento sobre a diferena entre ambas. Alm disso, mostrar a importncia da higienizao das mos.
Solicitar ao paciente que se sente confortavelmente para efetuar a coleta do material;
23
Utilizar apoio adequado para o brao (braadeiras ou cadeira apropriadas para realizao de coletas);
Para realizao da coleta, recomenda-se que o membro superior

(brao, antebrao e mo), esteja levimente estendido, e formado uma linha direta do ombro para o cotovelo.
24
Procedimentos de Coleta em Pacientes Internos:

Faz-se necessrio colocar um apoio ao logo do membro superior para efetuar a coleta no paciente em Posio Decbito Dorsal e na Posio de Fowler e semi-sentando.
25
UNIDADE 2 4. HIGIENIZAO DAS MOS

Segunda a ANVISA, higienizao das mos a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagao das infeces relacionadas assistncia sade. Recentemente, o termo lavagem das mos foi substitudo por higienizao das mos devido maior abrangncia deste procedimento. O termo engloba a higienizao simples, a higienizao anti-sptica, a frico anti-sptica e a anti-sepsia cirrgica das mos.
26
5. PUNO VENOSA: COLETA DE SANGUE A SERINGA E COLETA DE SANGUE A VCUO.
Como proceder quando q Tcnica de Coleta Sangue feita com seringa e agulha descartveis:
Colocar a agulha na seringa sem retirar a capa protetora; Movimentar o mbolo e pressione-o para sair o ar; Ajuste o garrote e escolha o vaso a ser puncionado; Faa a higienizao do local da puno com algodo umedecido em lcool a 70%;
27
Retire a capa da agulha e faa o puno, utilizando o bizel da agulha para cima Solte o garrote assim que o sangue comear a fluir na seringa; Descarte a agulha da seringa em local apropriado (Descartex com adaptador apropriado); Transfira o sangue coletado com cuidado para os tubos de ensaio especficos para todos os exames; Ao transferir o sangue para o tubo especfico colocar lentamente para que ele escorra delicadamente pela parede do tubo, assim evitaremos a hemlise da amostra.
Exercer a presso no local, em geral de 1 a 2 minutos, evitando a formao de hematomas e sangramentos; Caso o paciente estiver condies de faz-lo oriente adequadamente para que faa presso at o ofcio da puno para de sangrar.
Fazer curativo oclusivo (bandagem) no local da puno.
28
29
Como proceder quando a Tcnica de Coleta Sanguinea feita com um sistema a vcuo
Abrir o lacre da agulha e mostrar ao paciente; Rosquei a agulha no adaptador. No remova a capa protetora de plstico da agulha; Ajuste o garrote e escolha o vaso a ser puncionado; Faa a higienizao do local da puno com algodo umedecido em lcool a 70%; Retire a capa da agulha e faa o puno; Fazer a puno em uma angulao obliqua de 30 com bisel da agulha volta para cima; Introduza o tubo no adaptador, pressionando-o ate o limite;
30
Solte o garrote assim que o sangue comear a fluir no tubo; Realize as trocas dos sucessivamente; Homogeneizar imediatamente aps a retirada de cada tubo, invertendo-o suavemente de 5 a 10 vezes; Aps a retirada do ultimo tubo remover a agulha e fazer a compresso no local da puno com algodo e exercer a presso no local, em geral de 1 a 2 minutos, evitando a formao de hematomas e sangramentos;
Caso o paciente estiver condies de faz-lo oriente adequadamente para que faa presso at o ofcio da puno para de sangrar; Fazer curativo oclusivo (bandagem) no local da puno;
Descarte a agulha do suporte em local apropriado (Descartex com adaptador apropriado).
31
32
Caro aluno, como podemos ver existem dois tipos de procedimento para coleta de sangue, sendo um com seringa e agulha e outro a vcuo. A coleta de sangue com seringa e agulha uma tcnica usada h muitos anos e alm de causar vrios erros pr-analticos, um procedimento de risco para a vida do profissional de sade porque o mesmo ter que manusear o sangue para coloc-lo no tubo, assim aumentado a probabilidade de acidentes com o material perfurocortante. Com os avanos tecnolgicos permitiu um grande avano na automao, coleta e transporte. Esses avanos tm trazido uma grande economia, e melhoria no desempenho dos laboratrios. A coleta de sangue a vcuo e recomendado pelo Clinical and Laboratory Standards Institute CLSI (O CLSI uma organizao internacional, interdisciplinar, sem fins lucrativos, reconhecida mundialmente por promover o desenvolvimento e a utilizao de normas e diretrizes voluntrias no mbito dos cuidados de sade da comunidade). Seus documentos so ferramentas valorosas para que os servios de sade cumpram a sua responsabilidade com eficincia, efetividade e aceitao global. Motivo pelo qual, o material utilizado para este procedimento, trata-se de um adaptador de coleta com uma agulha distal acoplada para transferncia do sangue da seringa diretamente para o tubo, sem a necessidade de manuseio do sangue e abertura do tubo, desta forma minimiza a possibilidade de acidentes com o profissional de sade.
33
6. PUNO ARTERIAL: um procedimento invasivo realizado para obteno de amostras do sangue arterial, para realizao do exame de gasometria. Este exame tem a finalidade medir as
concentraes de oxignio, a ventilao e o estado cido-bsico. Os valores gasomtricos so obtidos quando o quadro clnico do paciente sugere uma anormalidade na oxigenao, na ventilao e no estado cido-bsico. O exame de gasometria tambm pode ser usado para amostras de substancias de qumica sricas, ou em pacientes que apresente complexidade na identificao dos vasos (veias).
34
.
Locais de escolha para da Coleta de Sangue Arterial
1. Artria dorsal do p 2. Artria Braquial, 3. Artria Ulnar 4. Artria Femoral 5. Artria radial (mais utilizada para este procedimento)
35
Riscos do procedimento
Contuso; Desmaio ou tontura; Sangramento excessivo; Infeco e formao de Pseudo-aneurisma Trombose arterial.
36
Para Coleta De Sangue Arterial faz necessrio o conhecimento e habilidades. Devendo seguir algumas etapas para o procedimento
1. Palpar para identificar o vaso (artria braquial ou radial pulsao) 2. Realizar o teste Allen antes da coleta 3. Fazer a anti-sepsia 4. Retirar uma pequena quantidade de heparina com seringa para revestir o mbolo e o lmen da agulha; 5. Tirar todas as bolhas de ar existentes na seringa; 6. Estabilizar a ateria, esticando a pele;
7. Inserir a agulha diretamente no pulso em um ngulo de 45 a 60 graus; 8. Retirar a agulha quando obtiver a amostra; 9. Aplicar algodo no local da puno e fazer presso sobre o local por 5 a 15 minutos; 10. Caso necessite aplique atadura de presso no local em foi coletado a amostra; 11. Identifica a amostra (na seringa), conforme o protocolo da empresa; 12. Proteger a seringa com um saco plstico limpo e coloc-la imediatamente no gelo; 13. Providenciar o transporte imediato da amostra ao laboratrio.
37
7. TRASPORTE DA AMOSTRA
Transportar as amostras em caixas trmicas, com clulas de gelo em baixa temperatura.
Material necessrio para separao do soro e armazenamento

Caneta Centrfuga Congelador Estante para tubos Etiquetas Geladeira Luvas descartveis Mscara Pipeta Pasteur ou pipeta automtica Recipiente plstico com boca larga, com parede rgida e tampa,contendo hipoclorito de sdio a 2% para desprezo das pipetas. Sacos plsticos Tubos de ensaio
Temos que ter cuidados na preparao destes materiais. Aps realizar a coleta separamos por setor e tipos de exames, tubos para serem centrifugado este tem que aguardar aproximadamente 4 a 5 minutos para a retrao do coagulo, aps este tempo centrifugamos na rotao de 3000 rpm por 10 minutos, com isto teremos a separao do soro, retire o tubo aps a parada da centrfuga. O tubo seco que contem gel separador tem o objetivo de
38
separar o soro dos glbulos vermelho hemcias, ficando isenta de hemlise. No aconselhvel re-centrifugar este material . H exames que utilizamos tubos secos com ativado de coagulo, sem gel separador onde centrifugamos e separamos o soro dos glbulos vermelhos com uma pipeta.
Transporte de material biologico

Ao terminar este processo deveremos armazenar o material em uma refrigerao com temperatura de 02 a 08c, em posio vertical utilizando estantes ate o transporte em caixas terminas, com clulas de gelo para manter a temperatura.
Fatores que podem afetar o material biolgico
1. No colocar os tubos de forma correta na caixa trmica 2. Exposio a luz solar e altas temperaturas 3. Respeitar o tempo correto
39
4. Alteraes mecnicas (evitar agitao das amostras no transporte, isso pode causar hemolise).
40
UNIDADE 3 8. O SISTEMA URINARIO

O sistema urinrio est constitudo por dois rins, dois ureteres, bexiga e a uretra, onde os mesmo esto localizados nas cavidades: abdominal, plvica e no perneo. Este conjunto de rgos desempenha duas importantes funes: urinria e genital. Os rgos urinrios tm o objetivo de eliminar, por meio da urina, substncias que se encontram na corrente sangunea resultante da catabolizao e que, se no fossem eliminadas, levariam o organismo a graves alteraes. URINA: A formao da urina uma das principais funes do sistema urinrio. Resulta de trs processos que acontecem nos nfrons: filtrao glomerular, reabsoro tubular e secreo tubular. A urina composta basicamente de gua, possui sais inorgnicos como fosfatos, cloretos e compostos orgnicos como uria, creatinina, acido rico entre outros.
41
Caractersticas da urina
Volume, Cor, Aspecto, Odor, Ph, Densidade. VOLUME O volume dirio de urina varia entre 800 a 1500ml, dependendo do volume de lquidos ingeridos, da temperatura corporal e ambiental e do esforo fsico. COR DA URINA Depende de seu contedo em pigmentos, tais como urocromos, urobilina, uroeritrina e bilirrubina, bem como de sua riqueza em materiais dissolvidos. A cor da urina normal pode variar desde incolor at amarelo mbar.
42
ODOR: O cheiro caracterstico da urina recentemente emitida (cheiro sui generis) tem sido atribudo a cidos orgnicos volteis que ela contm. Com o envelhecimento, o cheiro se torna amoniacal (devido ao desdobramento da uria). PH:
Varia entre 10 a 14 de acides.

DENSIDADE:
A densidade normal da urina: 115 a 120
43
9. DOSAGENS QUIMICAS NA URINA Albumina, Acetona, Lipdios, Bilirrubina, urobilinognios, glicose.
44
10. INSTRUO PARA COLETA DE URINA RECENTE (SUMARIO DE URINA/UROCULTURA)

Este material coletado preferencialmente na primeira urina da manha, sempre ser realizado o asseio para no haver contaminao neste material. Aps realizar a higienizao ser desprezado o primeiro jato e coletado o segundo jato, transporta imediatamente ao loo de entrega no Maximo com 2 horas aps coletado. Ao receber este material devemos armazenar em temperatura de 2 a 8 C ate o momento do envio para rea tcnica, onde ser centrifugado e verificado.
Sedimentoscopia
o exame microscpico de sedimento urinrio, onde realizado com urina recente no Maximo at 6 horas de coletado. O material e centrifugado na rotao de 1500 a 2000 rpm, aps a centrifugao decantamos o liquido sobrenadante e unitizamos o depositando no fundo do tubo de ensaio. Agitando o material e colocamos em lamina uma quantidade suficiente para observao em microscpio, para melhor visualizao utilizamos uma lamnula.
45
Urina de 24h:
A urina de 24 horas realizada vrios tipos de exames, cada um com seu procedimento, alguns necessita de dietas, hipossdicas, dietas alimentares peso altura entre outros, devemos segue corretamente os procedimentos:
46
Parasitologia
a cincia que estuda a morfologia e biologia dos parasitas, com os fundamentos para o conhecimento da patologia, do diagnostico, da teraputica, da epidemiologia e da profilaxia das doenas parasitarias.
Parasitolgico de fezes O exame parasitolgico de fezes utilizado para identificao de diversas infestaes parasitrias, ovos ou larvas de helmintos e de cistos de protozorios.
47
Procedimento bscio para coletar as fezes

Utilizar o kit (recipiente) fornecido gratuitamente pelo laboratrio com instrues especficas. Colher fezes em recipiente limpo de boca larga, tomando cuidado para no contaminar as fezes com a urina ou gua do vaso sanitrio. Aps a coleta, retirar uma pequena quantidade de fezes em diferentes partes do material (ex: inicio, meio e fim); .Se estiver nas fezes presena de muco ou sangue, colher tambm esta poro das fezes, sendo muito importante para anlise. Tampar bem o frasco e identificar com seu nome completo e encaminhar ao laboratrio.
Transporte do material
Transportar o material coletado no prazo Maximo de ate 1 hora aps sua coleta. Esta amostra deve ser acondicionada em uma caixa trmica com gelo.
48
Mtodos utilizados em pesquisa parasitolgica

Caros alunos so inmeros os mtodos utilizados em pesquisa parasitologia. Descrevemos a seguir alguns dos mtodos utilizados de rotina em laboratrios para anlise. 1. EXAMES DIRETO: Utilizado para pesquisa de cistos de protozorios e ovos de helmintos. Mtodo pouco sensvel e s apresenta resultados positivos em infeces massivas. 2. MTODO DE HOFFMAN: (Sedimentao espontnea):
Utilizado principalmente na pesquisa de ovos de Schistosoma mansoni, servindo tambm para pesquisa de ovos de outros vermes. 3. MTODO DE WILLIS: Utilizado na pesquisa de ovos de helmintos. 4. MTODO DE FAUST (Centrfugo-flutuao): Utilizado na pesquisa de cistos de protozorios, ovos de helmintos e larvas estrongilides. 5. MTODO DE RITCHIE: Utilizado na pesquisa de cistos de protozorios. 6. MTODO DE BAERMANN-MORAES: Utilizado na pesquisa e isolamento de larvas de Strongyloides sp. de fezes e de larvas de nematides do solo. 7. MTODO DE GRAHAM (Mtodo da fita adesiva): Utilizado na pesquisa de ovos de Enterobius vermicularis, Taenia saginata e Taenia sollium. 8. MTODO DE KATO - KATZ:Utilizado principalmente na pesquisa de ovos de Schitosoma mansoni e outros helmintos.
49
Coleta de fezes para pesquisa de sangue oculto
um exame importante, porque ele um marcador tumoral para o cncer de clon, este procedimento recomendado para pacientes com mias de 50 anos de idade. O referido exame pesquisa nas amostras de fezes do paciente sinais de sangue, diante de fato os pacientes que estejam no perodo menstrual ou com hemorridas no podem realizar este procedimento.
Seguir as seguintes recomendaes:

1. Alimentar-se de: carne vermelha, beterraba, cenoura e abbora; 2. Alimentar-se de: feijo preto, brcolis, espinafre, agrio couve-flor, ervilha seca, lentilha seca, soja, gema de ovo, carne de peru, fgado de boi ou galinha, porque estes alimentos so ricos em ferro; 3. No ingerir Bebidas alcolicas, dois dias antes da coleta; 4. Caf; 5. No estar apresentando sangramentos (menstruao, hemorridas, outros) 6. Dois dias sem uso de Aspirina; 7. No coletar em recipientes com conservantes; 8. Transportar a amostra em ate 1 hora aps a coleta.
50
Instrues para coleta de fezes Coprocultura

1. Antes coletar as fezes, as necessrio, urinar no vaso plstico para evitar a contaminao do material. 2. Colher as fezes diretamente em recipiente plstico e seco, de boca larga. 3. NO coletar as fezes do vaso sanitrio. 4. NO usar laxante. 5. NO coletar em recipiente que no seja prprio para coleta. 6. Transportar preferencialmente a amostra no prazo Maximo de 1 hora aps a coleta.
51
52
11. FARINGE; DEFINIO

A faringe um conduto msculo-membranceo que se estende verticalmente desde a base do crnio at a margem inferior a cartilagem cricidea anteriormente e a margem inferior da vrtebra C6
posteriormente, onde se continua com o esfago. Est situada atrs das cavidades: nasal e bucal e da laringe, com as quais se comunica. A faringe pode ser dividida em trs partes, uma parte nasal, denominada nasofaringe que se comunica com as cavidades nasais por meio das coanas; uma parte bucal (oral), orofaringe que se comunica com a cavidade oral por meio do istmo da garganta; uma parte larngea, laringo-faringe que est relacionada com a face posterior da laringe.
53
Coleta de Secreo da Naso Faringe

AMOSTRA Secreo da nasofaringe. PREPARO DO PACIENTE Preferencialmente, no estar usando frmacos (antibiticos) POCEDIMENTO DE COLETA Introduzir um swab flexvel suave e profundamente pelo nariz, alcanando a nasofaringe. Gire o swab lentamente e delicadamente para absoro do material e em seguida introduza no meio de transporte STUART (Gel para conservao de material). Com swab um seco realizar a confeco de laminas de Gram (Preparo do esfregao).
FORMA DE ENVIO Enviar em meio de transporte Stuart em temperatura ambiente.
Secreo de Orofaringe
AMOSTRA Secreo de orofaringe, tonsila palatina (amgdala).
PREPARO DO PACIENTE Colher preferencialmente, antes do desjejum e da higiene oral e no estar em uso de antibiticos.
54
COLETA Com o auxilio de um abaixador de lngua, introduzir o swab com firmeza diretamente na rea a ser coletada, evitando tocar em outra partes da boca. Em seguida introduza o swab no meio de transporte Stuart. FORMA DE ENVIO Enviar meio de transporte Stuart em temperatura ambiente.
COLETA E TRIAGEM DE ESCARRO

POR QUE SE FAZ NECESSARIO OBTER UMA AMOSTRA DE ESCARRO? Seu escarro ser examinado para analisar se o mesmo contm o micro organismo denominado Mycobacterium tuberculosis, tambm denominado de bacilo de Koch (BK).
PREPARO DO PACIENTE Efetuar a higiene bucal com escovao e gargarejo somente com gua, sem usar creme dental (dentifrcios) ou anti-spticos bucais. Preferencialmente, no estar em uso de antibitico.
55
12. INFORMAES SIMPLES E CLARAS AOS PROFISSIONAIS DA UNIDADE BSCIA EM RELAO A COLETA DE MATERIAL.
1. Perguntar ao paciente se fez a ingesto de alimentos slidos ou lquidos. 2. Perguntar ao paciente se ele usa prtese dentria (dentadura), caso use,solicite que ele retire a antes de colher a amostra. 3. Verificar se a tampa do recipiente esta fechada; 4. Identificao do paciente deve ser feita no corpo do recipiente e nunca na tampa, utilizando fita gomada e caneta ou etiqueta; 5. Verificar se o recipiente est identificado (nome do paciente e a data da coleta no corpo do pote) 6. Entregar ao paciente o recipiente estril para coleta do escarro. 7. Informar ao paciente que o recipiente deve ser tampado e colocado em um saco plstico com a tampa para cima (cuidado para que permanea nessa posio); 8. Avisar ao paciente que tenha cuidado para evitar que o escarro escorra pela parede externa do recipiente; 9. Orientar ao paciente que ao terminar a coleta do material, o mesmo devera lavar as mos.
56
Local de coleta
As amostras devem ser coletadas em local aberto de preferncia ao ar livre ou em sala bem arejadas. COLETA Escarro expectorado: colher preferencialmente pela manh, ao se levantar e antes do desjejum (caf da manh). Lavar vrias vezes a boca somente com gua, gargarejando e bochechando. Qualquer secreo nasal ou saliva deve ser eliminada. Fazer varias inspiraes profundas e tossir varias vezes, procurando obter o material do fundo do peito. Escarro induzido: lavar rigorosamente toda boca com uma escova de dente e salina a 0,9% por a 10 minutos, no creme dental. Fazer nebulizao com salina hipertnica a 3%. A inalao profunda desta salina resultara na acumulao osmtica de fluido e na irritao da arvore brnquica, com subseqente tosse e expectorao do contedo broncoalveolar.
57
CONSERVAO E TRANSPORTE As amostras coletadas devem ser preferencialmente, enviadas e processadas no laboratrio imediatamente aps a coleta. Para transportar as amostras, devem-se ter os seguintes cuidados: proteo contra a luz solar em temperatura ambiente; acondicionamento adequado para que no haja risco de perca de material.
58
UNIDADE 4
Seja bem-vindo, prezado aluno! A disciplina TCNICAS DE
COLETA E TRIAGEM que voc retoma agora aps a primeira avaliao. Voc agora j est ambientado na disciplina de Tcnicas de Coleta e Triagem. Lembra de Miguelito? Ele continua conosco, fique atento s dicas dele. Bons estudos!
13. SISTEMA TEGUMENTAR
O sistema tegumentar o maior sistema corporal e inclui a pele ou ctis, ou tegumento, e seus anexos (plos, unhas e certas glndulas). Sob o ponto de vista a anatomia, o tegumento comum formado por dois planos, o mais superficial denominado ctis (pele) e o mais profundo tela subcutnea. O sistema tegumentar apresenta varias funes vitais, incluindo:
59
1. Proteo das estruturas corporais internas (contra infeces, doenas e agresses do ambiente, como a luz ultravioleta, vento, presena de poluentes atmosfricos, dentre outros.) 2. Sensibilidade (por ex, dor) atravs de nervos superficiais e suas terminaes nervosas. 3. Regulao da temperatura corporal (termorregulao) 4. Excreo de alguns lquidos corporais (as glndulas
sudorparas secretam suor, que contem gua, eletrlitos, uria e acido ltico). 5. Sntese e armazenamento de vitamina D. Como falamos anteriormente, as formaes consideradas como anexos pele so: Plos: so filamentos flexveis, formados por clulas
queratinizadas, o mesmo dividido em raiz e haste livre. Unhas: so estruturas achatadas, formadas por clulas queratinizadas, aplicadas sobre a superfcie dorsal das falanges distais, tanto na mo como nos ps, tendo com funo principal de proteg-las. Glndulas sebceas: so encontradas em toas as regies da ctis, exceto nas palmas das mos e na planta do p. Apresentam-se em maior quantidade sobre o couro cabelo, na face, na parte superior do trax e na genitlia. Glndulas sudorparas: so dois tipos: crinas e apcrinas.
60
AMOSTRA Leses de ctis, pelos e unhas. PREPARO DO PACIENTE No usar anti-micticos ou antibiticos Caso esteja em uso de usar anti-micticos ou antibiticos para e aguarda no prazo de 15 dias para efetivar o exame. No pode fazer a coleta de esta usando substancias gordurosas, tais como: hidratante, leo de banho, pois alm de formarem artefatos dificultando a deteco de estruturas fngicas, impede o isolamento dos fungos. Cremes e pomadas comuns: lavar com gua corrente, retirando toda a pomada ou creme para fazer a coleta normalmente Esmalte: se estiver com as unhas pintadas, retirar o mesmo e voltar no outro dia para fazer a coleta
61
Unhas higienizadas pela manicura e pedicura aguardar no perodo de 15 dias pra fazer a coleta. Orientar ao paciente que lave os ps antes dia ir fazer a coleta, seque-os bem. POCEDIMENTO DE COLETA 1. LESES SECAS E DESCAMATIVAS: Raspar delicadamente nas bordas das leses com um auxlio de um bisturi estril. Procurar obter o Maximo de material possvel No caso de leses com pouca descamao, aconselha-se coletar o material usando fita-durex (coloque a fita sobre a leso e pressione delicadamente, aps alguns segundos, retire e coloque sobre uma lamina) Coletar tambm salina estril com auxilio de uma swab / bisturi 2. LESES VESICULOS E PURULENTAS: Apanhar fragmentos das vesculas (bolhas/cavidades) e colocar em salina estril 3. ABSCESSOS: Procedimento mdico
62
4. PLOS: Colher com auxilio de uma pina estril, esta coleta de ser feita preferencialmente nas bordas da leso. Retirar os plos de morfologia alterada, fracos quebradios e sem brilho Raspar tambm as reas descamativas do couro cabeludo, principalmente nas bordas das leses 5. UNHAS: Deve-se retirar totalmente o esmalte pelo menos 2 (dois) dias antes da coleta. As regies de onde vo ser coletadas as amostras devem ser limpas com gaze ou algodo com lcool a 70%, para eliminar contaminantes bacterianos superficiais. E deixar secar espontaneamente. Em casos de leses subungueais, com auxilio de uma cureta (instrumento cirrgico utilizado para a limpeza da superfcie de um tecido por alguma enfermidade) apropriada faz um raspado da placa ungueal afeta, da poro distal a proximal, coletando as escamas. Raspar a regio limite entre a poro da unha saudvel da acometida. Em leses supra-ungueais, com presena de placas esbranquiadas superficial, raspar as reas claras com a lmina de bisturi.
63
As unhas com distrficas so cortadas com tesouras e no caso de paronquia ( uma infeco da pele que fica ao redor das unhas dos dedos das mos ou dos ps), colher as escamas da prega subungueal e se possvel pressionar as bordas ungueais, colhendo o material caseoso entre a prega subcutnea e a unha salina estril.
FORMA DE ENVIO Enviar em placas de Petri bem vedadas ou em salina estril. No enviar as amostras em tubos tampados com rolhas de algodo, pois o algodo pode reter o material.
64
14. FERIDAS SUPERFICIAIS, CULTURA

AMOSTRA Furnculos, ulceras, fistulas, abscesso drenados, mordidas e picadas de animais e ulceras de decbito.
PREPARO DO PACIENTE Preferencialmente no estar em uso de antibiticos
COLETA Remover as secrees superficiais com gaze estril e soro fisiolgico.
Secrees de drenagem espontanea

Coletar com swab, evitando a secreo recm-drenada. Separar delicadamente as bordas da ferida com o dedo indicador e o polegar, introduzir o swab na profundidade da leso. No tocar a pele adjacente.
Secrees de leses crnicas/lceras

Sempre que possvel remover as secrees superficiais com gaze estril e soro fisiolgico A coleta deve ser feita com swab ou, se possvel, prefervel que se realize aspirando com seringa
65
Secrees De Leses Bolhosas

Limpar delicadamente a superfcie das leses bolhosas com soro fisiolgico e gaze estril Com a seringa e agulha (ppd), tentar aspirar ao contedo, que possa ser enviado ao laboratrio de analise na prpria seringa.
FORMA DE ENVIO Meio de transporte Stuart ou seringa contendo material aspirado.
66
15. O QUE VEM A SER UM EXAME DE CULTURA?

O meio de cultura consiste em semear amostras biolgicas coletadas, onde normalmente h suspeitas de alguma infeco. Este processo feito em um meio prprio que permite a nutrio, crescimento e a multiplicao de microorganismos. Este tipo de procedimento e lento, por este motivo a
cultura no fica pronta no mesmo dia porque as bactrias, os fungos e os vrus precisam de tempo para crescer e serem identificadas. Por isso aplicase o nome de cultura, uma vez se faz necessrio semear a amostra colhida e aguardar o seu crescimento, este tempo varivel, porque depende do tipo de microorganismo.
67
16. COLORAO DE GRAM

Mtodo para colorao de bactrias desenvolvido pelo medico dinamarqus Hans Christhian Joachim Gram 1884. Este o princpio bsico da colorao diferencial. Ento, designa-se colorao diferencial o mtodo que permite distinguir tipos de bactrias. A colorao de Gram muito utilizada em bacteriologia permitindo a distino entre bactrias:. Gram-positivas: retem o corante cristal violeta aps o tratamento com lcool . Gram-negativas: no retem o corante cristal violeta aps o tratamento com lcool, e se coram pela fucisa.
EXAME BACTERIOLOGICO COLETA DA SERCREO URETRAL MASCULINA PARA EXAME FRESCO ORIENTAO AO PACIENTE Solicitar ao paciente para retrair o prepcio; limpar a secreo emergente com gaze estril; certificar-se de que a uretra esteja reta; PRODCEDIMENTO Introduzir o swab cerca de 2 centmetros no canal uretral; gire o swab delicadamente de 8 a 10 vezes para absorver a secreo; Retirar o swab, introduzir em um tubo com 1,0 ml de salina estril e encaminhar para rea tcnica.
68
17. COLETA DA SERCREO VAGINAL PARA EXAME FRESCO

Iintroduzir o espculo; Coletar a amostra do saco vaginal com auxlio de um swab; Retirar o swab e introduzir em tubo de ensaio contendo 1,0 ml de salina estril,previamente identificado; Encaminhar ao laboratotio imediatamente.
Bacterioscopia pelo mtodo de Gram
LESO GENITAL
Coleta de material de leso (cancro mole/cancride Haemophilus ducreyi)
As amostras so colhidas com swab estril, das bordas e centros das leses das regies genitais, obtendo-se maior quantidade possvel de secrees ou pus; Com o prprio swab da coleta, preparar dois esfregaos em 2 lminas e identific-las; Deixar secar a temperatura ambiente; encaminhar ao laboratrio em porta-lmina, at 8 horas aps a coleta.
69
18. URINA (JATO MDIO)

Sempre que possvel, as amostras de urina devem ser colhidas pela manh.
Como orientar pacientes do sexo feminino:

1. A paciente deve lavar bem as mos com gua e sabo neutro e sec-las com toalha de papel limpa e descartvel; 2. Deve despir-se, afastar os lbios vaginais e lavar bem a vulva e os lbios vaginais, usando chumaos de algodo e gazes estreis em gua morna com sabo,esfregando de frente para trs; 3. Deve enxaguar bem com gua morna e secar com gazes esterilizadas; 4. Durante todo este processo a paciente deve manter os lbios vaginais separados, e no tocar a rea limpa com os dedos; 5. Urinar, desprezando a primeira parte do jato urinrio; 6. Colher cerca de 30ml (aproximadamente a metade do frasco) de urina em um recipiente estril, fechando assim que a urina for colhida; em seguida, a amostra colhida contida no recipiente fechado, deve ser entregue ao profissional responsvel para ser encaminhada ao laboratrio.
Como orientar pacientes do sexo masculino: 70

1. O paciente deve lavar bem as mos; 2. Afastar o prepcio e desprezar no vaso uma pequena quantidade de urina; 3. Sempre segurando para trs o prepcio colher cerca de 30ml de urina no frasco estril; 4. Em seguida, a amostra colhida contida no recipiente fechado, deve ser entregue Ao profissional responsvel para ser encaminhado ao laboratrio.
Crianas:
1. Dar gua para a criana beber; 2. Limpar a genitlia externa; 3. Aplicar o coletor, junto genitlia o qual dever ser trocado a cada trinta minutos para evitar contaminao no momento da coleta; 4. A criana pode sentar-se no colo da me ou da atendente que deve encorajar a criana a urinar colhendo todo o material possvel.
71
UNIDADE 5
19. SISTEMA ESQUELETICO
composto por ossos e cartilagens. Os ossos so rgos, assim como alavancas biolgicas, de cor branca, duros e resistentes, de nmero e forma variveis. O esqueleto axial compreende os ossos da CABEA, do PESCOO e do TRONCO, enquanto o esqueleto apendicular est formado pelos ossos dos MEMBROS SUPERIORES e INFERIORES. Os ossos proporcionam: proteo para estruturas vitais, sustentao para o corpo, uma base mecnica para o movimento. Embora possa parecer fcil contar os ossos do esqueleto, os anatomistas preferem ser explcitos sobre o total dos ossos, geralmente considerado como 206 ossos assim distribudos: Coluna Vertebral (26 ossos), Cabea (28 ossos), Osso Hiide (01 osso), Trax (25 ossos), Membros Superiores (64 ossos), Membros Inferiores (62 ossos), totalizando (206 ossos).
A Coluna vertebral
esta dividida em 5 regies que so:

Regio Cervical Regio Lombar Regio Sacral Regio Coccgica 12 Vrtebras 05 Vrtebras 05 Vrtebras 04 ou 05 Vrtebras
Caros alunos, para alm do que falamos agora vamos abordar sobre o liquido cefalorraquidiano e em seguida sobre sua forma de coleta.
72
20. SISTEMA NERVOSO

um sistema complexo, com diversas estruturas e rgo especializados, com a finalidade de coordenar, integrar, analisar as informaes recebidas, armazen-las para que possamos torn-las
conscientes ou no, integrando o indivduo s mais diversas formas de reao, comportamento, emoo e outros. Para uma finalidade descritiva o sistema nervoso pode ser dividido em duas partes: 1. Sistema nervoso central (SNC); 2. Sistema nervoso perifrico. O sistema nervos central inclui o crebro e a medula espinhal e est envolvido pelos ossos do crnio e pela coluna vertebral, sendo protegido pelo Liquido Cerebroespinhal e pelas meninges (dura-mater, aracnide, piamater,); fornecem proteo para o encfalo e a medula espinhal; enquanto o sistema nervo perifrico (SNP), consiste em nervos cranianos, nervos espinhais e sistema nervoso autnomo (SNA). A medula espinhal uma massa de tecido nervoso cilndrica encontrando-se situada dentro do canal vertebral, porm no ocupa totalmente, apresentando uma forma cilndrica e achata no sentido nteroposterior. Funcionam como meios de proteo mecnico e tambm biolgico da medula espinhal, os seguintes elementos: paredes do canal vertebral, coxim adiposo, o sistema de meninges e o LCR.
73
Lquido cefalorraquidiano (Lcr)

um fluido biolgico que est em ntima relao com o sistema nervoso central (SNC) e seus envoltrios (meninges), apresentar uma colorao incolor, com uma composio similar a da linfa. Consiste em gua com traos de protenas, glicose, linfcitos e mesmo alguns hormnios. A principal fonte secretora est nos plexos corides e est presente nos ventrculos cerebrais e no espao subaracnideo. Por isso, sua anlise laboratorial de grande importncia para o diagnstico e acompanhamento das doenas neurolgicas. No homem adulto normal o volume total esta em torno de 100 a 150ml; em recmnascidos e lactantes h cerca de 40 a 60ml e em crianas maiores aproximadamente 60 a 100ml. Por dia so formados cerca de 500ml, o que demonstra a considervel substituio do LCR. Em geral o volume
74
retirado e durante o procedimento de puno deve ser 10% de seu contedo (entre 10 a 15ml em adulto e6 a 10ml em crianas).
Funo do Lcr
Sua funo principal garantir proteo mecnica do SNC contra choques e presso. Tem importante papel imunitrio do SNC contra agentes infecciosos, de remover resduos e de circular nutrientes, mantendo, assim, o dinamismo dos elementos nele presentes.
Atualmente, a Associao Brasileira de Neurologia recomenda que a via preferencial e rotineira da coleta de LCR seja via lombar, to logo haja suspeita de meningite. , excepcionalmente, cabe o medico responsvel decidir a utilizao de outras vias. A puno ventricular utilizada apenas para o diagnostico de ventriculites em recm-nascidos e lactantes jovens; a
75
puno cervical lateral utilizada em situao em que o paciente politraumatizado ou em estado de coma, evitando mudanas de decbito; e a suboccipital realizada no diagnostico de processos enceflicos.
Procedimentos de coleta:
A puno lombar realizado com o paciente em decbito lateral ou inclinado para frente com o dorso fletido (ver figura x), a flexo da coluna vertebral facilita a introduo da agulha, afastando as laminas vertebrais e os processos espinhos, distendendo os ligamentos. Aps a assepsia, a pele que cobre as vrtebras lombares inferiores anestesiada e um agulha de puno lombar, com um estilete, inserida na linha mediana entre os processos espinhosos das vrtebras L3 ou L4 (ou L4 e L5). A agulha perfura a duramter e aracnide e entra na cisterna lombar. Quando o estile removido o LCR escapa na velocidade aproximadamente de uma gota por segundo, caso a presso a presso subaracnidea for elevada, o mesmo flui para fora na forma de jato.
76
Recomendaes
Prolongamento do repouso em sua residncia ou no hospital, de forma absoluta por 48 horas e ingesta de liquido, a fim de evitar a instalao da cefalia ps-puno.
77
21. NO CONFORMIDADES E AS INTERFERENCIAS NOS RESULTADOS DE EXAMES
Caros alunos no primeiro fascculo falamos que para realizao de um exame pelo laboratrio clinico temos que considerar as seguintes fases: 1. Fase Pr -Analtica 2. Fase Analtica 3. Fase Ps-Analtica Das fases citadas acima nenhuma fase a mais importante do que a fase pr-analtica, porque nesta fase o paciente atendido, orientado sobre as formas de procedimentos, a amostra colhida e realizado o transporte e triagem do material. Por isso, essa fase a que ira refletir no resultado do exame laboratorial e no grau de satisfao do cliente. Nessa fase podem ocorrer inmeras variaes que podem vir a prejudicar a qualidade do material coletado e o resultado final. de suma importncia eu os profissionais envolvidos no procedimento de coleta tenham conhecimentos das variveis: Idade: pode alterar alguns metablicos no sangue e na urina devido a diversos fatores: massa corporal, contedo hdrico e maturidade de rgos e sistemas. Gnero: assim como os padres hormonais especficos ao gnero, as diferenas entre eles tambm podem ser fundamentadas na bioqumica e na hematologia. A atividade ou concentrao srica
78
dependem da massa muscular, que geralmente mais pronunciada nos homens. Cronobiolgica: ciclo de variaes pode ser dirio, mensal, sazonal e anual, onde essas variaes devem ser analisadas de forma criteriosa; ex. A concentrao de potssio menor no perodo da tarde do que no perodo da manh, assim como a concentrao de cortisol aumenta no decorrer do dia diminui no perodo da noite. As alteraes hormonais devido ao ciclo menstrual tambm podem acompanhar alteraes de outras substancias, ex. aumento da aldosterona e diminuio do colesterol na ovulao. Jejum: Deve-se se evitar coletas de sangue aps perodos muito prolongados, acima de 16 horas, isso altera o resultado final do exame. Repouso: a atividade fsica pode alterar temporariamente alguns componentes sanguneos, principalmente relacionados qumica clinica do paciente. Ingesto de medicamento: pode causar variaes nos resultados de exames, seja pelo efeito fisiolgico do prprio organismo. Todo medicamento de uso dirio deve ser anotado na ficha do paciente. lcool e fumo: mesmo que o consumo seja esporadicamente, pode causar alteraes nas concentraes de glicose, lactato e
triglicrides, enquanto o fumo leva a inmeras variaes nas concentraes de substancias, como o aumento de aldosterona e cortisol, e no numero de leuccitos.
79
Estado emocional: pacientes que chegam para efetivar seu exame em um estado emocional alterado, principalmente com estresse, isso pode dificultar a puno, motivo este que causa vasoconstrico venosa, e tambm causar alteraes em alguns exames,
principalmente no hemograma e nas dosagens hormonais. Temperatura: caso o paciente apresente um quadro febril deve se anotar na ficha. Diversas alteraes podem ocorrer em pacientes neste estado (ex.: elevao em VHS, alteraes em hemogramas e protenas de fase aguda, etc.). Garroteamento: utilizado com ferramenta pelo flebotomista, para facilitar o acesso venoso, no qual o garroteamento no pode ultrapassar 1 minuto. O prolongamento no tempo de uso do torniquete pode levar a alteraes em concentraes de substancias (potssio) e hemoconcentrao. Infuso intravenosa: evitar coletas em uma veia prxima ao local que esteja recebendo infuso intravenosa. Recomenda-se realizar a coleta venosa somente aps 24 a 48 do termino da infuso. Hemlise: o aspecto avermelhado do soro/plasma um indicador de hemlise devido ruptura dos eritrcitos e conseqente liberao de hemoglobina. Transporte e armazenamento: normalmente o tempo de
transferncia de amostra aps a coleta ate a triagem e curto quando o laboratrio esta prximo ou na prpria rea tcnica, no representando problemas. Algumas vezes as amostras de materiais
80
biolgicos so transportadas para um local distante, isso for necessrio, todo o cuidado deve ser tomado para no alterar a integridade e a composio das amostras. A centrifugao deve ser realizada preferencialmente antes do transporte, o mais rpido o possvel, no excedendo 1 hora. Para uso de sangue total, realizar o esfregao sanguneo em ate 2 horas aps a coleta. O uso de gel separador uma forma de reduzir a interferncia do contato das clulas como o soro/ plasma durante o transporte. Entretanto, nunca se deve recentrifugar amostras com o gel separador. Evitar movimentos bruscos porqu pode causar hemlise, evitar o contato com a luz e com o ar por conta da fotossensibilidade e risco de evaporao. Manter o tubo na posio vertical durante o transporte. Vrios analticos so preservados quando a amostra e armazenada de forma correta (em refrigerador), porm, as amostras de sangue total so mais instveis neste aspecto. Caros alunos, antes de falarmos sobre as orientaes bsicas sobre os cuidados necessrios antes do procedimento de coleta laboratorial, vo falar de riscos biolgicos. A preocupao com riscos biolgicos surgiu a partir da verificao dos agravos sade dos profissionais que exerciam atividades em laboratrios onde manipulavam microrganismos e materiais biolgicos.
81
Riscos Biolgicos
Ocorrem por meio de microorganismos que, em contato com o homem, podem provocar inmeras doenas. Consideram-se risco biolgico as bactrias, fungos, parasitos, vrus entre outros. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. o caso das indstrias de alimentao, hospitais, limpeza pblica (coleta de lixo), laboratrios, etc. Os riscos biolgicos em laboratrios podem estar relacionados com a manipulao de: Agentes patognicos selvagens; Agentes patognicos atenuados; Agentes patognicos que sofreram processo de recombinao; Amostras biolgicas; Culturas e manipulaes celulares (transfeco, infeco); Animais.
82
22. ORIENTAES BSICAS SOBRE OS CUIDADOS NECESSARIOS ANTES DA COLETA LABORATORIAL
Os Equipamentos de Proteo Individual (EPI) so todos os dispositivos de uso individual utilizado pelo colaborador destinado proteo de riscos suscetveis de ameaar a segurana e a sade no trabalho. Cabe ao empregador o EPI Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; Exigir o seu uso; Fornecer ao empregado somente EPIs aprovados pelo rgo nacional competente em matria de segurana e sade no trabalho; Orientar e capacitar o empregado quanto ao uso adequado acondicionamento conservao; Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; Responsabilizar-se pela higienizao e manuteno peridica; Comunicar ao MTE (Ministrio do Trabalho e Emprego) qualquer irregularidade observada.
83
Cabe ao colaborador o EPI
Utilizar apenas para a finalidade a que se destina; Responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservao do material utilizado Comunicar ao Supervisor/ Coordenador qualquer alterao que o torne imprprio para uso; Cumprir as determinaes da empresa (laboratrio) sobre o uso adequado do (s) equipamento (s).
EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL Utilizar uniforme recomendado pelo laboratrio, na rea de coleta, cobrindo adequadamente as partes do corpo. Recomenda-se vestimenta um jaleco de tecido lavvel ou descartvel, longo e de mangas
compridas, que alcance o nvel do joelho. Recomenda-se que o jaleco deve ser retirado ao sair do setor de coleta, ou do setor tcnico do laboratrio No se recomenda o uso dos equipamentos de proteo individual fora do permetro onde seu uso esta indicado.
84
Recomenda-se sempre a utilizao de luvas pelo flebotomistas /tcnico de analise clinicas durante o procedimento de coleta. Sempre que necessrio, lavar as mos e, em seguida, colocar as luvas novas. No manusear objetos de uso comum, tais como: telefone. Celular, maanetas, copos, xcaras e outros; enquanto estiver de luvas; No descartar as luvas nas lixeiras de uso
administrativo; Usar mscaras e culos no procedimento de coleta de material biolgico que sugira risco de
contaminao pela forma de gotculas; Usar sapatos fechados e confortveis com solado antiderrapante e de saltos no muito altos, para diminuir o risco de acidentes na rea de trabalho. No recomendado o uso de sandlias, chinelos ou outros calados abertos. Na coleta de material biolgico de hansenase se faz necessrio utilizar luvas e viseira facial, na qual protege os olhos e o rosto contra respingos durante o procedimento.
85
86
UNIDADE 6
23. SEGURANA DO TECNICO EM ANALISE CLINICAS E DO FLEBOTOMISTA
A principal forma de transmisso de agentes infecciosos na coleta e na manipulao das amostras se d por contato, este contato pode ser direto por meio de respingos de materiais biolgicos que atingem a pele e mucosa e acidentes com perfurocortantes etc.; ou indireto, atravs do contato da pele com superfcies contaminadas, contato da mo contaminada com mucosas ou pele que no esteja contaminada. Alm contato direto e indireto, a contaminao pode ser de outra forma, atravs da inalao de aerossis na preparao das amostras biolgicas. A Norma Regulamentadora Brasileira n.32 ou NR-32 (Segurana e Sade do Trabalhado em Servios de Sade); de 11 de novembro de 2005, estabelece as diretrizes para as medidas de proteo e sade dos trabalhadores colaboradores dos servios de sade, bem como daqueles que exercem atividades de promoo e assistncia sade em geral. Em relao segurana do flebotomista, a norma descreve que so vedados o reencape e a desconexo manual de agulhas (item .32.2.4.15. Deve-se ser assegurado o uso de materiais perfurocortantes com dispositivo de segurana (item 32.2.4.16), conforme cronograma a ser estabelecido pela Comisso Tripartite Permanente Nacional da NR-32 (CTPN). DICA:
87
88
24. CUIDADOS NA SALA DE COLETA

Desinfetar imediatamente as reas contaminadas Caso acontea algum acidente com o material infectante comunicar imediatamente ao Supervisor ou Coordenador A sala de procedimento de coleta exclusiva para este fim, sendo que o paciente e o flebotomista so as nicas pessoas que devero permanecer no local.
89
25. BOAS PRTICAS NA SALA DE COLETA

Segundo a Sociedade Brasileira de Patologia Clinica Laboratorial a norma da ABTN NBR 14785:2001 trata dos Requisitos de Segurana no Laboratrio Clinico aplicveis a todo o territrio nacional. Com base nela, recomendam-se as seguintes precaues universais: proibido comer, beber, fumar ou mastigar gomas de mascar (chicletes) no laboratrio; Nunca armazenar alimentos ou bebidas alcolicas nos armrios, gavetas, refrigerantes e freezers para armazenamento de reagentes, amostras biolgicas, materiais e insumos para coleta; No levar boca canetas, lpis, etiquetas, selos e envelopes e demais objetos empregados no ambiente de trabalho; Jamais pipetar com boca, devendo-se empregar pipetas automticas, sempre que necessrio; No fazer a aplicao de cosmticos e maquiagens na rea de coleta; Evitar o manuseio de lentes de contato na rea de coleta do laboratrio Prender/proteger cabelos e barbas durante a jornada de trabalho no laboratrio, a fim de evitar contato com matrias e superfcies contaminadas. Estes devem ser mantidas distantes de equipamentos como centrfugas e/ou bico de Bunsen. Podem-se utilizar tocas descartveis com esta finalidade;
90
Limpar e aparar as unhas e caso sejam utilizados esmaltes, preferir os de cor clara; . Segundo a Sociedade Brasileira de Patologia Clinica Laboratorial,
recomenda-se identificar os sacos de acondicionamento, os recipientes de coleta inter e externa, os recipientes de transporte interno e externo e os locais de armazenamento. A identificao deve ser clara e de fcil visualizao, conforme a NBR 7500 ABNT, 2000,alm de atender as exigncias relacionadas identificao de contedo e ao risco especifico de cada grupo de resduos. O uso de adesivos permito desde que seja garantida a resistncia deste aos processos normais de manuseio dos sacos recipiente. Aps o procedimento de coleta, os materiais perfurocortantes (agulhas, lminas de vidro e outros) devem ser imediatamente desprezados em recipientes prprios para o descarte de perfurocortantes. Esses recipientes esto disponveis comercialmente e so produzidos segundo especificaes tcnicas da ANVISA, CONAMA, ABNT E NR32 (que trata sobre segurana e sade no trabalho em servios de sade), quanto ao material e identificao. O tratamento do resduo pelo prprio laboratrio pode ser realizado empregando-se os seguintes processos de esterilizao: Meios fsicos: calor e radiao ionizantes; Meios qumicos: gases (xido de etileno e formaldedo) ou liquido microbicidas (tais como glutaraldedo)
91
26. ACONDICONAMENTO E TRANSPORTE INTERNO

Os materiais perfurocortantes e escarificantes so acondicionados em recipientes rgidos resistentes perfurao,ruptura e vazamento, provido com tampa, devidamente identificados com a inscrio de perfurocortante, atendendo aos parmetros referenciados na NBR 13853ABNT. As agulhas descartveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas,quando descartveis, sendo proibido reencap-las ou proceder a sua retirada manualmente.
Os resduos com possvel presena de agentes biolgicos que, por suas caractersticas, podem apresentar riscos de infeco, ou seja, aqueles com resqucios de amostras de laboratrio contendo sangue ou lquidos corpreos, recipientes e materiais resultantes do processo de assistncia sade, com sangue ou lquidos corpreos na forma livre, devem ser submetidos a tratamento antes da disposio final. Utiliza-se o processo fsico
92
ou outro tipo de processo que sejam validos par a obteno de reduo ou eliminao da carga microbiana, em equipamento compatvel. Caso no final, no houver descaracterizao fsica, ou seja, manuteno das estruturas dos resduos tratados, eles devem ser acondicionados em saco branco leitoso, que deve ser identificado e substitudo quando atingir 2/3 de sua capacidade ou, pelo menos uma vez a cada 24 horas.
Transporte interno
a remoo dos resduos dos pontos em que so gerados ate o local destinado ao armazenamento temporrio ou armazenamento externo com a finalidade de apresentao de coleta externa por uma empresa especializada neste tipo de servio. O translado interno desses resduos devem ser realizados atendendo o roteiro previamente definido e em horrios no coincidentes com o maior fluxo de pessoas ou de atividades. Os recipientes pra o transporte interno devem ser constitudos de material rgido, lavvel, impermevel, provido de tampa articuladas ao prprio corpo do equipamento, cantos e bordas arredondadas, e identificadas com o smbolo correspondente ao risco do resduo neles contidos
93
27. ARMAZENAMETO DOS RESIDUOS

De acordo com a Resoluo da Diretoria Colegiada RDC ANVISA n. 306/2004, o armazenamento externo dos resduos slidos de sade, necessitam ser construdo em ambiente exclusivo e segregado, possuindo no mnimo, um ambiente separado para armazenamento de recipientes contendo resduos com possveis presenas de agentes biolgicos que por sua caractersticas, podem apresentar risco de infeco e materiais
perfurocortante, alm de ambiente para resduos que no apresentem riscos biolgico, qumico ou radiolgico sade ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resduos domiciliares.
Abrigo deve ser identificado e de acesso restrito aos funcionrios responsveis pela manipulao de resduos, terem fcil acesso para os recipientes de transporte e pra os veculos coletadores especficos para esse fim, onde os recipientes de transporte interno no podem transitar pela via publica externa edificao. Ainda de acordo com essa norma, o abrigo de resduos deve ser dimensionado de acordo com o volume de resduos gerados, com a capacidade de armazenamento compatvel com a periodicidade de coleta do sistema de coleta local. O piso deve ser de material liso, impermevel, lavvel e de fcil higienizao, com aberturas para ventilao de dimenses equivalentes a, no mnimo, um vigsimo da rea do piso, e tela de proteo consta inseto. A porta ou tampa do abrigo necessita apresentar uma largura superior as dimenses dos recipientes de coleta. Ao se falar dos pontos de iluminao, gua e energia eltrica pode ser estalados de acordo com as convenincias e necessidade do abrigo. O
94
escoamento de gua deve ser direcionado para a rede de esgoto do estabelecimento e o ralo sifonado deve possuir uma tampa que permita a vedao. Recomenda-se que a localizao no abra diretamente para a rea de permanncia de pessoas e circulao de transeuntes, dando-se preferncia aos locais de fcil acesso a coleta externa e prxima as reas de guarda de material de limpeza ou expurgo.
95
28. IDENTIFICAO E RATREABILIDADE

A Identificao da amostra comea na identificao do paciente ambulatorial ou hospitalar. 1. Aps o recebimento do cliente na recepo feito o cadastramento do mesmo, juntamente com seus exames. 2. Dependendo da normatizao do laboratrio, os tubos para o procedimento de coleta devem ter: nome completo do paciente, cdigo de identificao (idade do paciente, tubo a ser coletado, mnemnico, volume necessrio do material a ser coletado), cdigo de barra com a finalidade de escaneamento das amostras para serem enviadas as reas tcnicas. 3. Aps o escaneamento fica registrado no sistema da unidade horrio da coleta do material, ou recebida a amostra, visando assegurar a sua integridade estabelecida. 4. Com estes procedimentos se tem um controle da entrada do material na unidade ate o seu destino final, setor tcnico 5. Tem-se o controle da liberao dos resultados do sistema, no qual se faz a impresso do resultado final e entrega do mesmo.
96
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ANGELO, Jos Geraldo; FATTINI, Carlo Amrico. Anatomia Humana Sistmica e Segmentar. 2ed. So Paulo: Atheneu, 2001. GRAY, Henry. Anatomia. 29ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 1988. Hinrichsen, Sylvia Lemos. DIP - Doenas Infecciosas e Parasitrias. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2005 JACOB, S. W.; FRANCONE, C. A.; LOSSOW, W. J. Anatomia e fisiologia humana. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1982. LIMA, A. O. et all, Mtodos de Laboratrio Aplicados Clnica, 7a.edio, Livraria Atheneu Editora, Rio de Janeiro, 1988. MENDONA, C. Boas Prticas em Laboratrio Clnico Ed. Eventos. MOURA, R. de A., WADA, C. S., PURCHIO, A. & ALMEIDA, T. V. de. Tcnicas de Laboratrio. Editora Atheneu. MOURA, R. A. de A. Colheita de Material para Exames de Laboratrio - Ed. Atheneu RAVEL, RICHARD, Laboratrio Clnico, 6a.ed., Editora Guanabara Koogan, So Paulo, 1997. Manual de Coleta de Secrees 2007/2008 Instituto H. Pardini Manual de Exames e servios 2006/2207 Instituto H. Pardini Pequeno Guia para Coleta de Sangue- SISTEMA VACUTAINER
97
Recomendaes da Sociedade Brasileira de Patologia Clnica/Medicina Laboratorial Coleta de sangue venoso. 1a edio, So Paulo, 2005. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLNICA/MEDICINA LABORATORIAL. SUSSMAN, G.L, BEEZHOLD, D.H Allergy to ltex rubber, Annals of Internal Medicie.1996 SUSSMAN, G.L.; BEEZHOLD, D.H. Allergy to latex rubber. Annals of Internal Medicine. 122 : 1 (1996) 43-6. http://www.saude.df.gov.br/sites/100/163/00007580.pdf
98

Técnica de Coleta e Triagem Volume Único

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Técnica de Coleta e Triagem Volume Único

Enviado por

Dados do documento

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Técnica de Coleta e Triagem Volume Único

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

ANLISES CLNICAS

TICA E LEGISLAO PROFISSIONAL

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

UNIDADE 1 1. COLETA E TRIAGEM SANGUNEA

A Fase Pr- Analtica

Postura tica no Procedimento de Coleta

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Locais de Escolha para Venopuno:

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Tcnicas para Evidenciao de Veia:

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

3. MATERIAIS UTILIZADOS NA COLETA SANGUINEA

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Uso adequado do torniquete (Garrote):

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Precauses para aplicar o torniquete:

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Procedimentos de Coleta Ambulatorial:

Solicitar ao paciente que se sente confortavelmente para efetuar a coleta do material;

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Para realizao da coleta, recomenda-se que o membro superior

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Procedimentos de Coleta em Pacientes Internos:

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

UNIDADE 2 4. HIGIENIZAO DAS MOS

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

5. PUNO VENOSA: COLETA DE SANGUE A SERINGA E COLETA DE SANGUE A VCUO.

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Fazer curativo oclusivo (bandagem) no local da puno.

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Descarte a agulha do suporte em local apropriado (Descartex com adaptador apropriado).

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Material necessrio para separao do soro e armazenamento

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Transporte de material biologico

Fatores que podem afetar o material biolgico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

UNIDADE 3 8. O SISTEMA URINARIO

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico

Anlises Clnicas | Tcnica de Coleta e Triagem | Volume nico