Modelo Contação de História TCC
Modelo Contação de História TCC
Modelo Contação de História TCC
MOSSORÓ-RN
2021
EMANUELA INGRID DA SILVA
MOSSORÓ-RN
2021
EMANUELA INGRID DA SILVA
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________________
Profª. Esp. Vitória Stephanie Cavalcante de Melo
Universidade Estadual Vale do Acaraú – NATAL/RN
___________________________________________________________________
Profª. Convidado(a)
Universidade Estadual Vale do Acaraú – NATAL/RN
___________________________________________________________________
Profª. Convidado(a)
Universidade Estadual Vale do Acaraú – NATAL/RN
MOSSORÓ-RN
2021
AGRADECIMENTOS
A Deus, por me dar forças e ânimo para enfrentar cada desafio e dificuldades até
aqui;
Todo corpo docente da Universidade Estadual Vale do Acaraú, por terem
compartilhado tanto conhecimento, sabedoria e por terem sido exemplos de como é
ser um excelente educador; em especial ao grande mestre educador Mauro,
coordenadora Lindalva, professora orientadora Vitória Stephanie, professora Sheila
e demais profissionais;
A família e amigos pelo apoio e ao meu irmão por ter me ajudado financeiramente
em muitos momentos e ao meu namorado por ter tido paciência e me ajudar a
concluir;
As colegas e amigas Eliane, Larissa, Leila, Tatiane e demais alunas da turma 17.1
da universidade, na qual estiveram comigo em muitos momentos difíceis e que me
ajudaram quando precisei. Agradeço a turma 17.1 por terem me acolhido tão bem e
ás companheiras Karla Crissane, Ana Clara e Marcleide kelly que sempre estiveram
juntas comigo nas resoluções dos trabalhos;
A minha primeira professora de infância, Ana Carmem, que me ensinou a ler, a ter
amor pela leitura e que sempre agiu com paciência, amor e respeito para com seus
alunos, demonstrando como deve ser um educador, ademais, me inspirou a seguir a
carreira de pedagogo;
“Ah! Como é importante na formação de qualquer
criança ouvir muitas histórias... Escutar histórias é o
início da aprendizagem para ser um leitor e ser leitor é
ter todo um caminho de descobertas e de
compreensão do mundo, absolutamente infinito... ”
Fanny Abramovich
RESUMO
O presente trabalho foi feito com intuito de abordar sobre o tema da contação de
história na Educação Infantil como sendo uma atividade pedagógica que trazem
grandes contribuições para o desenvolvimento infantil. A temática corrobora de
maneira cientifica ao trazer relatos e estudo de grandes teóricos da educação que
abordam sobre a importância de tal para o desenvolvimento de forma integral da
criança, o trabalho trará um amplo repertório de informação em que amplia o
conhecimento de quem o ler e proporciona aprendizagem. Tendo como objetivo
refletir como a narração deve ser presente no cotidiano escolar infantil e identificar
as práticas que o educador pode trabalhar com essa atividade e analisar a
abordagem do assunto nas políticas públicas educacionais. Usou-se como
procedimentos metodológicos grandes teóricos sobre o assunto como Didonet
(2001); Abramovich, (2009); Bettelheim (1976); políticas públicas voltadas a infância
como o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI), Parâmetros
Nacionais de qualidade para a Educação Infantil (PNEI) entre outros. Foi feita uma
pesquisa na Unidade de Educação infantil Edna Moura Falcão (UEI), em que foi
aplicado um questionário a educadora do nível 2, com perguntas subjetivas, na qual
foi possível que a mesma expôs-se seu conhecimento acerca do tema. Assim,
concluindo que o processo de contação de história para crianças tem uma grande
importância na obtenção de aprendizagem e desenvolvimento, esperando que o
levantamento da pesquisa contribua significativamente na aprendizagem de quem o
ler.
The present work was done with the purpose of approaching the theme of storytelling
in Children Education as a pedagogical activity that brings great contributions to
children development. The theme corroborates in a scientific way when it brings
reports and studies of great educational theorists who talk about the importance of
storytelling for the integral development of the child. The work will bring a wide
repertoire of information that expands the knowledge of those who read it and
provides learning. It aims to reflect on how storytelling should be present in children's
daily school life and to identify the practices that educators can work with this activity,
as well as to analyze the approach to the subject in public educational policies. It was
used as methodological procedures great theorists on the subject as Didonet (2001);
Abramovich, (2009); Bettelheim (1976); public policies aimed at childhood as the
National Curriculum for Early Childhood Education (RCNEI), National Parameters of
quality for Early Childhood Education (PNEI) among others. Research was carried
out at the Edna Moura Falcão Early Childhood Education Unit (UEI), where a
questionnaire was applied to the level 2 educator, with subjective questions, in which
it was possible for her to expose her knowledge about the theme. Thus, concluding
that the process of storytelling for children has a great importance in achieving
learning and development, hoping that the research survey contributes significantly
to the learning of those who read it.
1 INTRODUÇÃO...................................................................................... 8
2 IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO
INFANTIL............................................................................................. 11
2.1 PROCESSO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL........................ 11
2.2 A CONAÇÃO DE HISTÓRIA COMO PRÁTICA PEDAGÓCIGO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL......................................................................... 14
2.3 IMPORTANCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA PARA O
DESENVOLVIMENTO INFNATIL......................................................... 17
3 CAMPO DE PESQUISA....................................................................... 20
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÃO ESCOLAR............................... 20
3.2 NATUREZA DO PROBLEMA............................................................... 21
3.3 ANÁLISE, DISCUSSÃO E INTEVENÃO.............................................. 24
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................. 27
REFERÊNCIAS...................................................................................... 29
ANEXOS................................................................................................
30
1 INTRODUÇÃO
qual grande parte foi selecionado de sua obra Literatura infantil: gostosuras e
bobices; Busatto (2006), Bettelheim (1976), entre outros.
Foi usado como apoio políticas públicas voltadas a infância como o
Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI), em seus volumes 1
e 2; LDB, que fala sobre a etapa da educação infantil; Parâmetros Nacionais de
qualidade para a Educação Infantil (PNEI), em seus volumes 1 e 2 na qual abordam
sobre o contexto histórico em que se discorreu essa etapa.
Fez ainda uso da pesquisa exploratória ao usar questionário em que foi
aplicado a professora Unidade de Educação Infantil Edna Moura Falcão, localizada
no bairro Bom jardim do município de Mossoró; o questionário tinha perguntas
subjetivas, onde o educador teve oportunidade de descrever com suas palavras o
seu ponto de vista e explanar sua opinião sobre temas relacionados a educação
infantil.
O atual trabalho é composto por introdução, em que apresenta o caminho na
qual o artigo vai seguir, fazendo uma abordagem sobre os principais autores que
deu sustento a pesquisa e especificando o objetivo desta pesquisa. O capitulo 2, na
qual aborda sobre a importância da contação de história para a educação infantil,
dividindo-se no subcapitulo em que contextualiza a história do ensino infantil
postulado como direito do cidadão e dever do estado, subcapitulo em que
caracteriza a narração de história como atividade pedagógica, descrevendo as
melhores formas de serem praticadas e sua importância e o subcapitulo em que
descreve como criança se desenvolve a partir da prática.
Ademais, traz ainda, o capitulo três em que se divide no primeiro subcapitulo
em que descreve a caracterização da instituição na qual foi feita a pesquisa,
subcapitulo dois, em que contextualiza o questionário aplicado à professora de
educação infantil e ainda explica como ocorre a docência compartilhada e autônoma,
baseada em grandes educadores como Paulo Freire, e o subcapitulo 3 na qual
descreve sobre a intervenção escolar e discussões acerca da temática. A parte final
consta a conclusão, na qual finaliza fazendo uma visão geral do trabalho.
Com esse documento é esperado que a aprendizagem aconteça para
aquele que o lê e que não apenas professores, como pais, familiares e qualquer um
que tenha contato com o pequeno utilize esse meio para auxiliar o desenvolvimento
da criança. Aos que pretendem atuar na educação infantil, a contação de história
não pode faltar na rotina podendo ser feita não apenas com o livro já acabado em si,
11
mas pode criar novas histórias, usando os pequenos como personagens, podem,
também, contar alguma situação que viveu ou ainda os colocar para contar alguma
história que tem maior apreço, que lhe aconteceu e enfim, esse momento pode ser
vivenciado de várias maneiras.
Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis
anos à educação (2003).
No que concerne à educação infantil nos dias atuais, a criança é vista como
sujeito com direitos, além disso, contam com diversas políticas públicas que
garantem a excelência desse atendimento, contudo essa realidade nem sempre foi
essa. A origem das creches e pré-escolas surgiu com o processo de urbanização do
país com a crescente revolução industrial, desse modo, houve maior participação da
mulher no mercado de trabalho e assim surgiram movimentos sociais que
reivindicavam atendimento escolar ás crianças.
Em decorrência da pressão dos movimentos sociais e dos pais veio a
urgência do atendimento voltado a infância e assim foram criadas apenas com intuito
assistencialista. A creche tinha prioridade de atender a população de baixo poder
econômico, devido seu horário integral e por serem mantidas por órgão de caráter
médico e assistencial; já a pré-escola atendia ao público de classe média e alta, em
que seu horário era meio período, vinculando-se ao sistema educacional.
Referente a esse assunto, DIDONET (2001) faz a seguinte afirmação:
1988 que elas tiveram um espaço no ensino, que logo após o período de
redemocratização do país, a Carta Magna reconhece a educação infantil como dever
do Estado e direito da criança.
Em 1996 foi publicado a Lei de Diretrizes e Base da educação, na qual foi um
grande marco para a educação como um todo e que olhou para a criança como um
ser que tem vontades, direitos e que é completa em si, garantindo a essa fase a
articulação com o sistema educacional. O Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) confirma os mesmos direitos á criança e lhes assegura o seu pleno
desenvolvimento, preparação para exercer seu papel como cidadã.
Assim, a instituição tem direito de respeitar a diversidade cultural da criança,
valores históricos, seu contexto social, pluralismo de ideias, apreço a tolerância e
ainda, que tem liberdade de criar e acessar as várias culturas. É importante que todo
educador respeite o conhecimento extraescolar da criança.
Muitas Políticas públicas foram e estão sendo criadas com o intuito de
melhorar o acesso à educação infantil e o objetivo está sendo alcançado. A criança é
concebida como criatura e criadora, produz cultura e nela está inserido, que
recebem em seu atendimento educacional o educar e cuidar como indissociáveis,
superando a visão de adulto em miniatura que é concedida como “vir a ser”. (Política
Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à
educação, 2003).
Os Parâmetros de Qualidade para a Educação Infantil (2006, volume 1)
caracteriza a criança como um ser completo, sendo essa fase uma das que mais
estão em constante desenvolvimento; elas têm sua própria forma de agir, de pensar
e de sentir um ser que interage com o meio social e está em constante
transformação. São indivíduos únicos e singulares, pessoas humanas, que fazem
parte da natureza animal, vegetal e mineral.
A educação infantil conta com o tripé, que andam juntos, refere-se ao educar,
cuidar e brincar, sendo indispensáveis no processo de ensino aprendizagem. Assim
sendo, o educar significa:
A criança que antes fora vista apenas como um adulto em miniatura, na qual
não contava com direitos e apenas iam ás escolas com intuito de serem apenas
cuidadas como afirma (DIDONET, 2001), hoje contam com leis que lhe cobrem de
direitos e que respeitam essa fase própria e cheia de descobertas, dentro desse
contexto, o estágio supervisionado do curso de pedagogia voltado a educação
18
infantil serve como um momento de vivencia para saber de perto como são
aplicadas essas políticas junto a criança e os que fazem parte do entorno da escola.
A contação de história contribui no desenvolvimento infantil quando estimula o
pensar do educando, quando ele se ver diante de uma situação, no enredo, e
imagina como ele dentro do contexto do personagem resolveria aquela situação; em
seu aspecto afetivo, acende seus sentimentos de raiva, de alegria, de curiosidade,
tristeza e outros que evolvam a narrativa. Aquele adulto que em prazer em ler, foi
uma criança que viveu em um contexto de contações de história. Desenvolvem a
compreensão e a escrita e amplia sua gramática.
É considerado um momento de bastante aprendizagem e ajuda no
desenvolvimento da criança. Para entender o porquê e como esse assunto implica
no desenvolvimento integral, é preciso entender como a infância, especialmente a
idade dos 2 aos 6 anos, aproximadamente, acontece e como o indivíduo
desenvolve-se biologicamente, partindo das ideias de grandes teóricos mestres
nesse assunto.
Partindo do estudo das fases de desenvolvimento de Piaget e Wallon (1975),
onde suas ideais se completam, a idade de 2 aos 6 anos de idade é uma fase rica e
onde o educador pode trabalhar explorando as características que mais se afloram
aqui através da contação de histórias. Segundo Piaget (1999), neste estágio
denominado de pré-operatório, ocorre a obtenção da linguagem que é fundamental
no desenvolvimento da inteligência, sendo esta a mais importante na representação
dos signos; sabendo que a linguagem não se restringe apenas ao saber falar, mas
abrange a imaginação, ludicidade, simbolismo, representação e, estas permitem que
a criança tenha facilidade em compartilhar ideias imaginações, sentimentos, valores
e etc.
Wallon (1975), caracteriza essa como fase do personalismo, indo dos 3 aos 6
anos de idade, predominando o afetivo e é onde é desenvolvida a personalidade e
consciência; fase em que imita o adulto em que tem apreço e que também, ao passo
que o imita, o contraria para reafirmar a construção do eu, sabendo que ele começa
a diferenciar-se do outro e do mundo.
Conforme Abramovich (1989) ao ouvir contos a mente do infante viaja para
outros lugares, épocas e se aprofundam em muitas culturas, realidades, fantasias;
sonham com seu futuro e aprende sobre inclusão, respeito, diferenças; seus
sentimentos são aflorados e elas passam a sentir, raiva, tristeza, euforia, medo,
19
alegria e tantas outras emoções que vão surgindo. Tudo isso acontece ao escolher
uma boa história a ser narrada. Vejamos o que a mesma autora aborda sobre a
temática:
Contar história é uma arte, então requer atenção especial, não podendo ser
feita de qualquer forma e sim com maestria. Sabe-se que a criança se atenta a
coisas que chamam sua atenção, onde elas usam a imaginação como instrumento e
quanto mais criativo mais lhe proporcionara prazer e prende sua atenção.
Quando se ouve muitas histórias é aberto um novo caminho para ser um bom
leitor, tendo assim um bom conhecimento de descobertas e compreensão do mundo.
A criança se depara pela primeira vez com o texto através da oralidade dos pais,
irmãos, avós e amigos, ao contarem contos de fadas, histórias que aconteceram
com eles, repassando lendas, crenças e etc.
É ao ouvir histórias contadas que a criança vai aprendendo novas palavras,
desenvolvendo sua oralidade, se imaginando dentro do conto e se desenvolvendo.
Ao desenvolver a oralidade, o ouvinte entra em um mundo de linguagens e alarga
seu modo de se expressar. “Ouvir histórias é viver um momento de gostosura, de
prazer, de divertimento dos melhores...” (ABRAMOVICH,1989, p. 24)
A Base Nacional Comum Curricular garante a criança da educação infantil
alguns direitos assegurados a eles assim vão participar ativamente da história, ao
questionar, tirar dúvidas, reconta-las e das atividades na qual o educador planejou e
o docente pode ainda deixa-las livre para escolher a história que será contada,
assim estarão tomando decisões e se posicionando.
Ainda de acordo com a BNCC, ao ouvir histórias a criança irá expressar-se ao
quando ficam com medo, alegria, euforia e assim despertam outras emoções, o
sentimento que experimentou, as dúvidas que surgiram ao decorrer do conto,
opiniões e descobertas de personagens e lugares ; conhecer-se no momento em
que se ligam com personagens, notar coisas em comum com os papéis do enredo e
20
3 CAMPO DE PESQUISA
A área externa é bastante amplo, tendo muitas arvores aos redores e areia,
pouco é explorada não seguindo o recomendado pelo RCNEI
(1998) onde enfatiza que nessas áreas deve ser explorado de maneira lúdica,
disponíveis para que corram, brinquem, brinquem com agua e areia, escalem e etc.
O ambiente visitado possui valores e princípios que visam uma educação de
qualidade e tem como missão resgatar valores sociais e culturais, sendo referência
de ensino a toda comunidade em que todos trabalham juntos em regime de
colaboração. É notório a boa relação entre a gestora e os demais funcionários, na
qual consideram indispensáveis na instituição, mantendo uma boa relação de
comunicação e respeito com os pais e a comunidade escolar, sendo muito bem
elogiada.
O planejamento é realizado quinzenalmente através de extra regência. A
instituição possui seu Projeto Político Pedagógico (PPP) atualizado, na qual foi
elaborado junto aos funcionários e a comunidade escolar. O PPP é elaborado e
fundamentado de acordo com as leis como a Constituição Federal de 1998, Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA), Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN) e entre outras. A instituição utiliza as Diretrizes e Referências Curriculares
do Ensino, querendo que a criança amplie sua autoconfiança e se torne cada vez
mais independente, respeite as diferenças e os pontos de vista de cada um,
construir hábitos saudáveis, valorizando a higiene. A instituição utiliza recursos como
jogos, cartazes, livros, revistas, jornais, brinquedos e outros.
foi que este deve favorecer e promover interação, planejar e organizar ambientes
para que o brincar possa acontecer e estimular a competitividade, criando na criança
vontade de aprender (DADOS DO QUESTIONÁRIO, 2021).
Ainda na mesma temática do brincar, a orientadora expressou que a
brincadeira é inerente ao universo infantil, linguagem conhecida da criança e ela
aprende brincando; disse ainda que contribui para a socialização e que brincando se
aprende a respeitar regras, respeitando a si mesma e o outro.
Sobre o retorno as aulas, a pedagoga relatou que só se sentira segura após
tomar as duas vacinas contra o COVID-19 e que quando acontecer o retorno ás
aulas, um dos maiores desafios será o emocional dos pequenos. Sobre o ato de ler
aos pequenos, confirmou que amplia horizontes, desenvolve o vocabulário e ajuda
no desenvolvimento como um todo e que faz uso da ação diariamente e que alguns
temas são determinados pela secretaria de educação municipal e a equipe
pedagógica os elabora e que outros são definidos pela escola de acordo com a
realidade na qual está inserida (DADOS DO QUESTIONÁRIO, 2021).
A docência compartilhada parte do princípio de que dois docentes, ou mais,
irão compartilhar seus trabalhos, trocam ideias e planejam juntos para, assim,
contribuir de forma eficaz no ensino aprendizagem do educando. Partindo da ideia
de Saviani (1991), onde defende a pedagogia critico social dos conteúdos, o papel
de professor é de mediador do conhecimento, na qual leva o aluno a ser um
indivíduo a autônomo e que busca a construção do seu próprio saber que investigue
e interaja com o outro e o seu meio (DADOS DO QUESTIONÁRIO, 2021).
. O educador é um facilitador da aprendizagem, tendo em vista que vai criar
condições necessárias para a apropriação da aprendizagem, que não somente
passa conhecimento como aprende com seus educandos.
O ensino deve ser pautado na vivencia do educando, da sua vida prática, não
deixando de lado a cultura e o contexto social em que está ao seu redor. Libânio
(1999) abordou sobre a teoria libertadora de Paulo Freire em que aborda que a
educação deve ser transformadora da sociedade e que, ainda, deve ser uma
educação política e jamais neutra. A relação professora aluno deve ser horizontal de
igual para igual, e não ser um educador autoritário, onde caminha junto ao seu
aluno, mas que também o deixe livre para pensar por si próprio, instigando a
criticidade de seu educando.
23
Para saber sobre o tema abordado, se faz importante saber o que é ser
docente e qual o seu papel frente a educação. Com isso, para o docente atuar em
sala de aula deve levar em consideração pontos bastantes relevantes a sua prática.
Os educadores podem ter pensamentos diferentes, pois o compartilhar docente não
implica em seu sentido literal, mas é partilhar ideias e saberes e experiências, na
qual vai contribuir no processo educativo.
Calderano, Pires e Pretti (2011) enfatizam que vivemos em um meio onde
prevalece o individualismo e, acrescentando nesse pensamento, competitividade
onde "vence" quem mais se destaca, criando, assim hierarquias e com isso vem
grande dificuldade de partilhar dúvidas e demonstrar dificuldades ao outro,
enraizando grandes interrogações e a troca com o par fica cada vez mais distante.
autonomia (1996), que o indivíduo deve ter autonomia e isso é construído por meio
da educação, onde quem educa instiga o educando a pensar por si próprio, sendo
livre. O educador tem ainda fundamental papel ao servir como mediador do
conhecimento e ajudando a desenvolver a criticidade do sujeito, de maneira que não
somente pense, mas pense o certo e sejam emancipados, que este significa o ato de
ser livre e independente.
É importante enfatizar, que esse tema gera certa polemica, pois, muitos pais e
conservadores políticos defendem que uma criança não tem ciência total de pensar
e agir por si próprio, isso é verdade e Freire (1996) ainda faz referência a esse ponto
de vista ao afirmar em sua obra que ao trabalhar com crianças é importante que se
atente a sua passagem heteronômica para a sua autonomia como sendo um
educador auxiliador e não perturbador desse processo ou seja, respeite e vivencie
esse momento junto ao pequeno, indo processualmente incitando sua
independência.
O que está sendo abordado é que o estudante não vai, repentinamente,
contra seus pais contra política, princípios ou religião e contra tudo, mas que este vai
aprendendo, desde cedo, como desenvolver seu pensamento crítico, que o que é
dito por outro deve ser pensado e refletido e questionar o que foi dito.
A escola e seus membros inseridos ali tem liberdade para expressar sua
ideologia e expressar sua empatia política e isso é assegurado pela Lei de Diretrizes
e Bases quando, em seu princípio II, fala sobre a liberdade de divulgar cultura, o
pensamento a arte e o saber; merece também destaque a BNCC (2018) quando traz
em uma de suas competências da educação a argumentação, pois uma vez que ao
criticar determinado ponto de vista, é importante que isso seja feito com argumentos
embasados em fatos, dados e informações confiáveis para que defenda a sua ideia
e ponto de vista, com posicionamento ético, trazendo uma defesa logica.
25
Freire (1996) aborda que uma das tarefas mais importantes da prática
educativa-crítica é que o educador propicie ao educando a tarefa de assumir-se
como um ser social e histórico, pensante e que é comunicativo, criador e
transformador visando o progresso, querendo mudar a realidade da sociedade na
qual está inserido. A escola tem como papel a função social a democratização onde
todos participam e que almeje formar cidadãos com valores e compromissado com o
contexto político na qual está inserido em determinado situação histórico.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve como objetivo levar quem o ler a refletir sobre a
importância da contação de história na educação infantil, sendo uma atividade
pedagógica na qual traz grandes benefícios ao desenvolvimento infantil que é uma
prática facilitador do processo de aprendizagem do aluno
Ademais, pretende-se com este tema expor como a atividade de contar
história é tão importante no processo de ensino-aprendizagem do educando e que
seu repertório vasto de conhecimento pode ser ampliado através do simples ato de
saber escolher uma história, que traz temas como inclusão, diferentes culturas e
outros. Diante disso, através da pesquisa e questionário aplicado a educadora da
Unidade de Educação Infantil, foi possível responder aos objetivos do trabalho.
Sabendo disso, foi possível descrever e fazer pesquisas a respeito da
educação infantil no contexto histórico brasileiro. Um dos objetivos que trouxe
dificuldades, tanto em sua pesquisa como descreve-la, foi sobre como se dá o
desenvolvimento infantil, visto que cada criança tem seu próprio processo de
28
Sabendo disso, é necessário que aquele que trabalha com a criança tenha
esse olhar mais sensível para o momento da leitura enriquecendo esse tempo com
meios que sejam atrativos aos olhares e atenção das crianças.
Por fim espera-se que o trabalho, construído considerando vários autores
renomados no assunto, currículos oficiais infantis e políticas públicas, venha a servir
como fonte de aprendizagem a quem o ler e que essa prática pedagógica faça parte
do cotidiano das instituições escolares.
REFERÊNCIAS
BETTELHEIM, B. A psicanálise dos contos de fada. 14. ed. São Paulo: Paz e
Terra, 2000.
COELHO, B. Contar história:uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 1996.
ANEXOS
31
ATIVIDADE AVALIATIVA
Disciplina: Estágio Supervisionado IV
Professora Esp. Vitória Stephanie Cavalcante de Melo
Aluna (o) : Emanuela Ingrid
QUESTIONÁRIO
cognitivo. Enfim, desenvolve o indivíduo como um todo. Portanto, o brincar pode ser um
importante aliado no processo de aprendizagem, pois ao brincar a criança desenvolve sua
capacidade criadora, a qual contempla a imaginação, a fantasia e a realidade na formação de
novas possibilidades de interpretar, expressar e agir, além de permitir a construção de relações
sociais com outros sujeitos, adultos ou crianças.