Modelo Contação de História TCC

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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA LICENCIATURA PLENA

EMANUELA INGRID DA SILVA

EDUCAÇÃO INFANTIL: A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA COMO PRÁTICA


PEDAGOGICA E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO PROCESSO DE
DESENVOLVIMENTO DA CRINÇA

MOSSORÓ-RN
2021
EMANUELA INGRID DA SILVA

EDUCAÇÃO INFANTIL: A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA COMO PRÁTICA


PEDAGOGICA E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO PROCESSO DE
DESENVOLVIMENTO DA CRINÇA

Monografia apresentada como requisito


obrigatório para obtenção do grau de
Licenciatura em Pedagogia pela Universidade
Estadual Vale do Acaraú (UVA).

Orientadora: Profª. Esp. Vitória Stephanie


Cavalcante de Melo.

MOSSORÓ-RN
2021
EMANUELA INGRID DA SILVA

EDUCAÇÃO INFANTIL: A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA COMO PRÁTICA


PEDAGOGICA E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO PROCESSO DE
DESENVOLVIMENTO DA CRINÇA

Monografia apresentada à Universidade


Estadual Vale do Acaraú (UVA), como requisito
parcial para obtenção do título de Licenciada
em Pedagogia.

Aprovada em ______ de 2021.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________
Profª. Esp. Vitória Stephanie Cavalcante de Melo
Universidade Estadual Vale do Acaraú – NATAL/RN

___________________________________________________________________
Profª. Convidado(a)
Universidade Estadual Vale do Acaraú – NATAL/RN

___________________________________________________________________
Profª. Convidado(a)
Universidade Estadual Vale do Acaraú – NATAL/RN

MOSSORÓ-RN
2021
AGRADECIMENTOS

A Deus, por me dar forças e ânimo para enfrentar cada desafio e dificuldades até
aqui;
Todo corpo docente da Universidade Estadual Vale do Acaraú, por terem
compartilhado tanto conhecimento, sabedoria e por terem sido exemplos de como é
ser um excelente educador; em especial ao grande mestre educador Mauro,
coordenadora Lindalva, professora orientadora Vitória Stephanie, professora Sheila
e demais profissionais;
A família e amigos pelo apoio e ao meu irmão por ter me ajudado financeiramente
em muitos momentos e ao meu namorado por ter tido paciência e me ajudar a
concluir;
As colegas e amigas Eliane, Larissa, Leila, Tatiane e demais alunas da turma 17.1
da universidade, na qual estiveram comigo em muitos momentos difíceis e que me
ajudaram quando precisei. Agradeço a turma 17.1 por terem me acolhido tão bem e
ás companheiras Karla Crissane, Ana Clara e Marcleide kelly que sempre estiveram
juntas comigo nas resoluções dos trabalhos;
A minha primeira professora de infância, Ana Carmem, que me ensinou a ler, a ter
amor pela leitura e que sempre agiu com paciência, amor e respeito para com seus
alunos, demonstrando como deve ser um educador, ademais, me inspirou a seguir a
carreira de pedagogo;
“Ah! Como é importante na formação de qualquer
criança ouvir muitas histórias... Escutar histórias é o
início da aprendizagem para ser um leitor e ser leitor é
ter todo um caminho de descobertas e de
compreensão do mundo, absolutamente infinito... ”

Fanny Abramovich
RESUMO

O presente trabalho foi feito com intuito de abordar sobre o tema da contação de
história na Educação Infantil como sendo uma atividade pedagógica que trazem
grandes contribuições para o desenvolvimento infantil. A temática corrobora de
maneira cientifica ao trazer relatos e estudo de grandes teóricos da educação que
abordam sobre a importância de tal para o desenvolvimento de forma integral da
criança, o trabalho trará um amplo repertório de informação em que amplia o
conhecimento de quem o ler e proporciona aprendizagem. Tendo como objetivo
refletir como a narração deve ser presente no cotidiano escolar infantil e identificar
as práticas que o educador pode trabalhar com essa atividade e analisar a
abordagem do assunto nas políticas públicas educacionais. Usou-se como
procedimentos metodológicos grandes teóricos sobre o assunto como Didonet
(2001); Abramovich, (2009); Bettelheim (1976); políticas públicas voltadas a infância
como o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI), Parâmetros
Nacionais de qualidade para a Educação Infantil (PNEI) entre outros. Foi feita uma
pesquisa na Unidade de Educação infantil Edna Moura Falcão (UEI), em que foi
aplicado um questionário a educadora do nível 2, com perguntas subjetivas, na qual
foi possível que a mesma expôs-se seu conhecimento acerca do tema. Assim,
concluindo que o processo de contação de história para crianças tem uma grande
importância na obtenção de aprendizagem e desenvolvimento, esperando que o
levantamento da pesquisa contribua significativamente na aprendizagem de quem o
ler.

Palavras-chave: Contação de história. Educação Infantil. Atividade pedagógica.


ABSTRACT

The present work was done with the purpose of approaching the theme of storytelling
in Children Education as a pedagogical activity that brings great contributions to
children development. The theme corroborates in a scientific way when it brings
reports and studies of great educational theorists who talk about the importance of
storytelling for the integral development of the child. The work will bring a wide
repertoire of information that expands the knowledge of those who read it and
provides learning. It aims to reflect on how storytelling should be present in children's
daily school life and to identify the practices that educators can work with this activity,
as well as to analyze the approach to the subject in public educational policies. It was
used as methodological procedures great theorists on the subject as Didonet (2001);
Abramovich, (2009); Bettelheim (1976); public policies aimed at childhood as the
National Curriculum for Early Childhood Education (RCNEI), National Parameters of
quality for Early Childhood Education (PNEI) among others. Research was carried
out at the Edna Moura Falcão Early Childhood Education Unit (UEI), where a
questionnaire was applied to the level 2 educator, with subjective questions, in which
it was possible for her to expose her knowledge about the theme. Thus, concluding
that the process of storytelling for children has a great importance in achieving
learning and development, hoping that the research survey contributes significantly
to the learning of those who read it.

Keywords: Storytelling. Early Childhood Education. Pedagogical activity


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................... 8
2 IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO
INFANTIL............................................................................................. 11
2.1 PROCESSO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL........................ 11
2.2 A CONAÇÃO DE HISTÓRIA COMO PRÁTICA PEDAGÓCIGO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL......................................................................... 14
2.3 IMPORTANCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA PARA O
DESENVOLVIMENTO INFNATIL......................................................... 17
3 CAMPO DE PESQUISA....................................................................... 20
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÃO ESCOLAR............................... 20
3.2 NATUREZA DO PROBLEMA............................................................... 21
3.3 ANÁLISE, DISCUSSÃO E INTEVENÃO.............................................. 24
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................. 27
REFERÊNCIAS...................................................................................... 29
ANEXOS................................................................................................
30

1 INTRODUÇÃO

A educação infantil é a fase mais importante da vida humana, pois é aqui


que ela aprende e se desenvolve. Desse modo, entende-se por educação infantil,
segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, como sendo a primeira
etapa da educação básica, na qual atende crianças de 0 a 5 anos, buscando seu
desenvolvimento integral em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social e
que completa a ação da família e comunidade.
O estágio supervisionado do curso de pedagogia voltado à educação infantil,
serve como um momento de vivência para saber de perto como são aplicadas as
políticas públicas votadas a infância. Desse modo, surge a necessidade de abordar
sobre a contação de história na educação infantil, pois esse momento é cheio de
aprendizagens e toma a atenção da criança. Sabendo disso, ao observar que esses
momentos, muitas vezes, eram praticados com desdenho, veio o interesse de
detalhar sobre a ação. Foi perceptível notar muitos educadores fazendo desse
9

momento especial, um momento de puro tédio, onde as crianças ficavam na roda


por obrigação e não tinham nenhum prazer pelo que era lido.
A contação de História acontece a qualquer momento e em qualquer horário,
é prazeroso e estimula o desenvolvimento integral da criança. Contar história em
sala de aula é um momento em que a criança estará disponível em conhecer
diversas formas de viver, pensar agir, conhecer costumes e os comportamentos de
outras culturas e viaja para outros tempos e lugares em diferentes contextos
históricos, RCNEI (1998). Proporcionar ao educando uma boa leitura é ajudá-lo a
pensar, imaginar, é proporcionar interação social com outros colegas,
desenvolvendo nelas aspectos cognitivos ao passo que aprendem, desenvolve a
afetividade ao estimular suas emoções e assim proporcionam a formação do eu,
conforme demonstra a teoria de Wallon (1975).
Essa pesquisa se faz importante para orientar professores que estão
cursando ou que a concluíram seus cursos e pretendem atuar com a educação
infantil pois é rico em informações a respeito de um tema que contribui
significativamente para o desenvolvimento. Muitos educadores já fazem o uso da
leitura em sala de aula, porém não tem conhecimento de sua importância e muitas
vezes fazem de qualquer forma apenas para preencher espaço em sala de aula, ou
não sabendo de que formato podem realizar a contação aos pequenos.
Diante das informações propostas, o trabalho tem como objetivo principal
refletir como a narração deve ser presente no percurso da criança que está inserida
na primeira etapa da educação básica, para assim propor que a contação de história
faça parte do dia a dia transformando-a em um direito do educando e sendo parte da
rotina da educação infantil. A partir disso, os objetivos específicos a serem refletidos
são especificar o que vem a ser educação infantil e como essa fase é vista no
contexto educacional brasileiro; identificar os passos a serem dados pelo docente
para este atuar com êxito e fazer com que o educando venha a ter afeto pelo ato de
ouvir narrações; analisar como a criança se desenvolve em seus vários aspectos ao
ouvir histórias.
Este trabalho fundamenta-se em bases teóricas e cientificas, juntamente
com políticas públicas, e como a criança se desenvolve e reage diante da pratica. A
classificação da pesquisa utilizada no presente artigo foi descritiva, em que fez uso
de livros, artigos científicos, trabalhos acadêmicos, usando grandes teóricos do
assunto como Didonet (2001); Piaget (1982); Wallon (1975); Abramovich, 2009), na
10

qual grande parte foi selecionado de sua obra Literatura infantil: gostosuras e
bobices; Busatto (2006), Bettelheim (1976), entre outros.
Foi usado como apoio políticas públicas voltadas a infância como o
Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI), em seus volumes 1
e 2; LDB, que fala sobre a etapa da educação infantil; Parâmetros Nacionais de
qualidade para a Educação Infantil (PNEI), em seus volumes 1 e 2 na qual abordam
sobre o contexto histórico em que se discorreu essa etapa.
Fez ainda uso da pesquisa exploratória ao usar questionário em que foi
aplicado a professora Unidade de Educação Infantil Edna Moura Falcão, localizada
no bairro Bom jardim do município de Mossoró; o questionário tinha perguntas
subjetivas, onde o educador teve oportunidade de descrever com suas palavras o
seu ponto de vista e explanar sua opinião sobre temas relacionados a educação
infantil.
O atual trabalho é composto por introdução, em que apresenta o caminho na
qual o artigo vai seguir, fazendo uma abordagem sobre os principais autores que
deu sustento a pesquisa e especificando o objetivo desta pesquisa. O capitulo 2, na
qual aborda sobre a importância da contação de história para a educação infantil,
dividindo-se no subcapitulo em que contextualiza a história do ensino infantil
postulado como direito do cidadão e dever do estado, subcapitulo em que
caracteriza a narração de história como atividade pedagógica, descrevendo as
melhores formas de serem praticadas e sua importância e o subcapitulo em que
descreve como criança se desenvolve a partir da prática.
Ademais, traz ainda, o capitulo três em que se divide no primeiro subcapitulo
em que descreve a caracterização da instituição na qual foi feita a pesquisa,
subcapitulo dois, em que contextualiza o questionário aplicado à professora de
educação infantil e ainda explica como ocorre a docência compartilhada e autônoma,
baseada em grandes educadores como Paulo Freire, e o subcapitulo 3 na qual
descreve sobre a intervenção escolar e discussões acerca da temática. A parte final
consta a conclusão, na qual finaliza fazendo uma visão geral do trabalho.
Com esse documento é esperado que a aprendizagem aconteça para
aquele que o lê e que não apenas professores, como pais, familiares e qualquer um
que tenha contato com o pequeno utilize esse meio para auxiliar o desenvolvimento
da criança. Aos que pretendem atuar na educação infantil, a contação de história
não pode faltar na rotina podendo ser feita não apenas com o livro já acabado em si,
11

mas pode criar novas histórias, usando os pequenos como personagens, podem,
também, contar alguma situação que viveu ou ainda os colocar para contar alguma
história que tem maior apreço, que lhe aconteceu e enfim, esse momento pode ser
vivenciado de várias maneiras.

2 IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

2.1 O PROCESSO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Inicialmente, para aprofundar na temática da contação de História na


educação infantil, faz-se necessário caminhar sobre o processo histórico do que vem
a ser educação infantil.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN (1996), enfatiza
que educação infantil é a primeira etapa da educação básica e que tem como
intenção o desenvolvimento da criança em seus aspectos físicos, psicológico
intelectual e social; fase reconhecida como direito da criança e dever do Estado.
A educação infantil divide-se da seguinte forma: em creches, na qual atende
crianças de 0 aos 3 anos e prioriza atendimentos com cuidado em relação a saúde
higiene e alimentação, ademais, na pré-escola atende crianças de 4 aos 5 anos e
tem sido concebida como preparatória para o ensino fundamental, como garante a
12

Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis
anos à educação (2003).

A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer


coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações á fizeram.
Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta
da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar,
verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe. (PIAGET, 1982, p. 246)

No que concerne à educação infantil nos dias atuais, a criança é vista como
sujeito com direitos, além disso, contam com diversas políticas públicas que
garantem a excelência desse atendimento, contudo essa realidade nem sempre foi
essa. A origem das creches e pré-escolas surgiu com o processo de urbanização do
país com a crescente revolução industrial, desse modo, houve maior participação da
mulher no mercado de trabalho e assim surgiram movimentos sociais que
reivindicavam atendimento escolar ás crianças.
Em decorrência da pressão dos movimentos sociais e dos pais veio a
urgência do atendimento voltado a infância e assim foram criadas apenas com intuito
assistencialista. A creche tinha prioridade de atender a população de baixo poder
econômico, devido seu horário integral e por serem mantidas por órgão de caráter
médico e assistencial; já a pré-escola atendia ao público de classe média e alta, em
que seu horário era meio período, vinculando-se ao sistema educacional.
Referente a esse assunto, DIDONET (2001) faz a seguinte afirmação:

Enquanto as famílias mais abastadas pagavam uma babá, as pobres se


viam na contingência de deixar os filhos sozinhos ou deixá-los numa
instituição que deles cuidassem. Para os filhos das mulheres trabalhadoras,
as creches tinham que ser de tempo integral; para os filhos de operários de
baixa renda tinha que ser gratuita ou cobrar muito pouco; ou para cuidar da
criança enquanto a mãe estava trabalhando fora de casa, tinha que zelar
pela saúde ensinar hábitos de higiene e alimentar a criança. Essa origem
determinou a associação creche, criança pobre e o caráter assistencial da
creche. (DIDONET, 2001, p. 13)

De igual modo, as organizações da educação infantil eram baseadas na


lógica da pobreza, pois não fazia parte de um direito da família e da criança, mas
sim uma doação um favor prestado, (Parâmetros Básicos de Infraestrutura para
instituições de Educação Infantil, 2006).
Paschoal e Machado (2009) relatam que foi necessário quase um século para
que as crianças tivessem seus direitos conquistados e foi na constituição Federal de
13

1988 que elas tiveram um espaço no ensino, que logo após o período de
redemocratização do país, a Carta Magna reconhece a educação infantil como dever
do Estado e direito da criança.
Em 1996 foi publicado a Lei de Diretrizes e Base da educação, na qual foi um
grande marco para a educação como um todo e que olhou para a criança como um
ser que tem vontades, direitos e que é completa em si, garantindo a essa fase a
articulação com o sistema educacional. O Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) confirma os mesmos direitos á criança e lhes assegura o seu pleno
desenvolvimento, preparação para exercer seu papel como cidadã.
Assim, a instituição tem direito de respeitar a diversidade cultural da criança,
valores históricos, seu contexto social, pluralismo de ideias, apreço a tolerância e
ainda, que tem liberdade de criar e acessar as várias culturas. É importante que todo
educador respeite o conhecimento extraescolar da criança.
Muitas Políticas públicas foram e estão sendo criadas com o intuito de
melhorar o acesso à educação infantil e o objetivo está sendo alcançado. A criança é
concebida como criatura e criadora, produz cultura e nela está inserido, que
recebem em seu atendimento educacional o educar e cuidar como indissociáveis,
superando a visão de adulto em miniatura que é concedida como “vir a ser”. (Política
Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à
educação, 2003).
Os Parâmetros de Qualidade para a Educação Infantil (2006, volume 1)
caracteriza a criança como um ser completo, sendo essa fase uma das que mais
estão em constante desenvolvimento; elas têm sua própria forma de agir, de pensar
e de sentir um ser que interage com o meio social e está em constante
transformação. São indivíduos únicos e singulares, pessoas humanas, que fazem
parte da natureza animal, vegetal e mineral.
A educação infantil conta com o tripé, que andam juntos, refere-se ao educar,
cuidar e brincar, sendo indispensáveis no processo de ensino aprendizagem. Assim
sendo, o educar significa:

Propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas


de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das
capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros
em uma atitude básica de aceitação respeito e confiança e ao acesso pelas
crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social. (Referencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil, v. 1, 1998, p. 23)
14

Do mesmo modo, o cuidar implica dizer que é ajudar o outro a se desenvolver


como pessoa, em que para cuidar é preciso estar comprometido com o outro e dar
atenção a criança como indivíduo que está em continuo desenvolvimento. O brincar
é uma linguem da criança e que ocorre no plano da imaginação, sendo uma das
atividades fundamentais para construção da identidade da criança.
A prática com atividades infantis deve acontecer de modo que as crianças
desenvolvam uma atitude de confiança, onde ela venha atuar de forma cada vez
mais independente e crítica, aprendam a expressar suas emoções, seus desejos e
pensamento; a função da educação infantil requer, ainda que ela aprenda a usar
suas diferentes linguagens e que essas linguagens estejam alinhadas com o fato de
compreenderem e serem compreendidas, que expressando suas ideias e
enriquecendo cada vez mais sua expressividade.

Esse é o nosso desafio: uma educação infantil que respeite o direito da


criança em um espaço adequado, rico em estímulos, agradável aos olhos
infantis, num tempo bem planeado, capaz de satisfazer suas necessidades
em busca da construção de novos saberes da descoberta do mundo a sua
volta, brincando e sendo feliz nesta fase da vida que merece toda nossa
atenção a infância. (MORENO, 2007, p. 55)

A LDBEN, institui que a primeira fase da educação deve seguir algumas


regras, dentre elas, está a questão de avaliação das crianças que deve acontecer
através de acompanhamento em que registra em relatórios, atividades, vídeos o
desenvolvimento do infantil, sabendo que jamais poderá reprovar dessa fase. As
propostas pedagógicas devem considerar a criança como centro do planejamento,
que através das interações constroem sua identidade, brincam, aprendem e constrói
sentido sobre as coisas que as rodeiam, de acordo com as Diretrizes Curriculares
Nacionais para Educação Infantil.
Ainda, de acordo com essa, a educação infantil deve respeitar princípios
éticos, caraterizado pela autonomia, responsabilidade, respeito ao bem comum,
solidariedade etc.; políticos, que são sobre os direitos de cidadania, criticidade e
respeito a ordem democráticas; estéticos que é sobre a sensibilidade, ludicidade e
outros.
15

2.1 A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA COMO SUPORTE PEDAGÓGICO NA


EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalhar na educação infantil com crianças requer que o educador tenha um


vasto repertório de conteúdos e conhecimentos específicos da educação e isso é ser
um professor polivalente, onde precisa ter uma formação ampla e pense
constantemente sobre sua prática em sala de aula, considerando que o mesmo
tenha diálogo constante com todos que estão envolvidos com a instituição na qual
atua. (BRASIL, 1998).
Com isso, cabe trazer aprendizagens e uma boa contribuição para que isso
aconteça é a contação de estória. Ao fazer a leitura, no momento escolhido e muito
bem planejado, o educador deve se atentar não apenas ao que ler, mas como o
pequeno reage ao ouvir, o que ele questiona, suas falas e como ele contribui.
“Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor e ser leitor é um caminho
absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo”. (Abramovich,
2009, p.16).
Proporcionar ao educando uma boa leitura é ajudá-lo a pensar, imaginar, é
proporcionar interação social com outros colegas, desenvolvendo nelas aspectos
cognitivos ao passo que aprendem, desenvolve a afetividade ao estimular suas
emoções e assim proporcionam a formação do eu, conforme a teoria de Wallon
(1975). Tudo isso acontece ao escolher uma boa história a ser narrada.
Cabe também ao profissional de educação que trabalhe com ferramentas que
irão contribuir com o desenvolvimentos e aprendizagem da criança, respeitando
seus direitos de aprendizagem. A Base Nacional Comum Curricular (BRASI, 2018),
traz seis direitos garantidos a criança, são eles conviver, brincar, explorar, participar,
expressar-se, conhecer-se e, dentro desses direitos, a criança se desenvolve de
maneira integral em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social conforme
garante a LDB em seu artigo 29.
Dentro desse contexto, a Contação de história garantirá ao aprendiz, por meio
da história escolhida, trabalhar com estes, e, claro, que isso só ocorrerá se o
planejamento for muito bem elaborado e planejado para eu aconteça uma aula com
participação e envolvimento de quem escuta.

Práticas de leitura para as crianças têm um grande valor em si mesmas, não


sendo sempre necessárias atividades subsequentes, como desenhos dos
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personagens, a resposta de pergunta sobre a leitura, dramatização das


histórias e etc. Tais atividades só devem se realizar quando fizerem sentido
e como parte de um projeto mais amplo. Caso contrário, pode-se oferecer
uma ideia distorcida do que é ler. (RCNEI, 1998, p. 141, v. 3)

Uma boa leitura já é por si só uma grande ferramenta de ensino. É importante


solicitar que algumas vezes façam, por meio de atividade, uma compreensão sobre
o entendimento do enredo contado, porém, isso não deve ser uma regra e nem ser
feita rotineiramente, como sendo uma regra, pois a leitura para educandos vai contar
com a atenção deles.

As histórias são verdadeiramente fontes de sabedoria que tem papel


formador da identidade. Há pouco tempo ela forma redescobertas como
fonte de conhecimento de vida torando-se um grande recurso para
educadores. (BUSATTO, 2006, p.21)

O professor necessita escolher historias variadas, que familiarizem as


crianças com diferentes culturas, etnias e ensinem sobre o respeito, diversidade
étnica, cultural e ensinem sore inclusão. Histórias que possibilitem conhecer os
diferentes gêneros textuais e aprendam a diferenciar uma carta, notícia, poema,
contos e etc. O pedagogo pode enriquecer esse momento como usar figuras
ilustrativas, fantoche como forma de interação com os pequenos, as expressões são
obrigatórias e não podem faltar, ligar o texto com a vida real e deixar que troquem
informações uns com os outros.
Contar histórias não é uma tarefa simples, onde é escolhido um livro qualquer
de forma aleatória e apenas o ler. Engana-se quem subestima a inteligência e
sabedoria de uma criança. Acaso o leitor não tem familiaridade com o livro o
pequeno logo vai perceber e pode perder o interesse em ouvir, isso porque ele nota
a voz tremula, gaguejando, a ausência de expressões como o sorriso, o medo,
euforia, o suspense e o clímax. Por isso é primordial que o ledor saiba a maneira
certa de contar a história e como prender a atenção de seus alunos.

Há, é bom saber começar o momento da contação, talvez sempre do melhor


jeito que as histórias sempre começaram, através da sena mágica “era uma
vez...” ou de qualquer outra forma que agrade ao contador e aos ouvintes...
há, e segurar o escutador desde o início, pois se ele se desinteressa de
cara, não vai ser na metade ou quase no finalzinho eu vai mergulhar...
(ABRAMOVICH,1989, p. 21).
17

São diversos os tipos de histórias e são eles os poemas, clássicas, as lendas,


àquelas de cunho educacional e muitas outras, porém, uma das que mais chamam a
atenção deles é o conto de fadas, onde transporta-os ao mundo de fantasia. Muitas
trazem ao final a moral da história, onde traz uma lição trazida narrativa. O
pedagogo deve ter a percepção se o conto está ou não agradando e, se ao decorrer
do conto, o ouvinte não interage e se mostra desinteressado é importante mudar a
tática ou a história narrada.

Enquanto diverte a criança, o conto de fadas a esclarece sobre si mesma, e


favorece o desenvolvimento de sua personalidade. Oferece significado em
tantos níveis diferentes, e enriquece a existência da criança de tantos
modos que nenhum livro pode fazer justiça à multidão e diversidade de
contribuições que esses contos dão à vida da criança. (BETTELHEIM, 1976,
p. 8)

Os contos de fadas ajuda na construção do “eu” da criança e tem poder de


toca-las. Ela ouve a história de super-herói e decide quem é ele na história, o de
conto de fadas e se imagina dentro de m papel e o que quer fazer igual ou diferente.
Por isso é tão importante que o educador haja com sabedoria e prudência e dê
importância devida a essa ação para que os estudantes aprendam e se
desenvolvam como pessoa que é e que virá a ser.
PIAGET (1982) descreve que o desígnio da educação infantil é criar homens
capazes de fazer coisas novas e não apenas repetir o que outras gerações fizeram.
Criar homens inventores, criadores, descobridores e forma-los em condições de
criticar verificar e não apenas aceitar tudo que lhe é proposto.

2.3 IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA PARA O DESENVOLVIMENTO


DA CRIANÇA

A criança que antes fora vista apenas como um adulto em miniatura, na qual
não contava com direitos e apenas iam ás escolas com intuito de serem apenas
cuidadas como afirma (DIDONET, 2001), hoje contam com leis que lhe cobrem de
direitos e que respeitam essa fase própria e cheia de descobertas, dentro desse
contexto, o estágio supervisionado do curso de pedagogia voltado a educação
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infantil serve como um momento de vivencia para saber de perto como são
aplicadas essas políticas junto a criança e os que fazem parte do entorno da escola.
A contação de história contribui no desenvolvimento infantil quando estimula o
pensar do educando, quando ele se ver diante de uma situação, no enredo, e
imagina como ele dentro do contexto do personagem resolveria aquela situação; em
seu aspecto afetivo, acende seus sentimentos de raiva, de alegria, de curiosidade,
tristeza e outros que evolvam a narrativa. Aquele adulto que em prazer em ler, foi
uma criança que viveu em um contexto de contações de história. Desenvolvem a
compreensão e a escrita e amplia sua gramática.
É considerado um momento de bastante aprendizagem e ajuda no
desenvolvimento da criança. Para entender o porquê e como esse assunto implica
no desenvolvimento integral, é preciso entender como a infância, especialmente a
idade dos 2 aos 6 anos, aproximadamente, acontece e como o indivíduo
desenvolve-se biologicamente, partindo das ideias de grandes teóricos mestres
nesse assunto.
Partindo do estudo das fases de desenvolvimento de Piaget e Wallon (1975),
onde suas ideais se completam, a idade de 2 aos 6 anos de idade é uma fase rica e
onde o educador pode trabalhar explorando as características que mais se afloram
aqui através da contação de histórias. Segundo Piaget (1999), neste estágio
denominado de pré-operatório, ocorre a obtenção da linguagem que é fundamental
no desenvolvimento da inteligência, sendo esta a mais importante na representação
dos signos; sabendo que a linguagem não se restringe apenas ao saber falar, mas
abrange a imaginação, ludicidade, simbolismo, representação e, estas permitem que
a criança tenha facilidade em compartilhar ideias imaginações, sentimentos, valores
e etc.
Wallon (1975), caracteriza essa como fase do personalismo, indo dos 3 aos 6
anos de idade, predominando o afetivo e é onde é desenvolvida a personalidade e
consciência; fase em que imita o adulto em que tem apreço e que também, ao passo
que o imita, o contraria para reafirmar a construção do eu, sabendo que ele começa
a diferenciar-se do outro e do mundo.
Conforme Abramovich (1989) ao ouvir contos a mente do infante viaja para
outros lugares, épocas e se aprofundam em muitas culturas, realidades, fantasias;
sonham com seu futuro e aprende sobre inclusão, respeito, diferenças; seus
sentimentos são aflorados e elas passam a sentir, raiva, tristeza, euforia, medo,
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alegria e tantas outras emoções que vão surgindo. Tudo isso acontece ao escolher
uma boa história a ser narrada. Vejamos o que a mesma autora aborda sobre a
temática:

Ouvir histórias não é uma questão que se restrinja a ser alfabetizado ou


não.... Afinal, adultos também adoram ouvir uma boa história, passar a noite
contando causos, horas contando histórias pelo telefone (verdadeiras,
fictícias, vontade do que aconteça...), por querer partilhar com outro algum
momento que não tenham vivido juntos... (ABRAMOVICH,1989, p. 22).

Contar história é uma arte, então requer atenção especial, não podendo ser
feita de qualquer forma e sim com maestria. Sabe-se que a criança se atenta a
coisas que chamam sua atenção, onde elas usam a imaginação como instrumento e
quanto mais criativo mais lhe proporcionara prazer e prende sua atenção.
Quando se ouve muitas histórias é aberto um novo caminho para ser um bom
leitor, tendo assim um bom conhecimento de descobertas e compreensão do mundo.
A criança se depara pela primeira vez com o texto através da oralidade dos pais,
irmãos, avós e amigos, ao contarem contos de fadas, histórias que aconteceram
com eles, repassando lendas, crenças e etc.
É ao ouvir histórias contadas que a criança vai aprendendo novas palavras,
desenvolvendo sua oralidade, se imaginando dentro do conto e se desenvolvendo.
Ao desenvolver a oralidade, o ouvinte entra em um mundo de linguagens e alarga
seu modo de se expressar. “Ouvir histórias é viver um momento de gostosura, de
prazer, de divertimento dos melhores...” (ABRAMOVICH,1989, p. 24)
A Base Nacional Comum Curricular garante a criança da educação infantil
alguns direitos assegurados a eles assim vão participar ativamente da história, ao
questionar, tirar dúvidas, reconta-las e das atividades na qual o educador planejou e
o docente pode ainda deixa-las livre para escolher a história que será contada,
assim estarão tomando decisões e se posicionando.
Ainda de acordo com a BNCC, ao ouvir histórias a criança irá expressar-se ao
quando ficam com medo, alegria, euforia e assim despertam outras emoções, o
sentimento que experimentou, as dúvidas que surgiram ao decorrer do conto,
opiniões e descobertas de personagens e lugares ; conhecer-se no momento em
que se ligam com personagens, notar coisas em comum com os papéis do enredo e
20

assim contribui na construção de sua identidade pessoal, social ao interagir com


seus colegas, cultural ao aprender sobre as diferentes tradições;
Do mesmo modo, as crianças exploram lugares, pessoas e ações, ao liga-las
com a narração contada, vão explorar ainda gestos de quem está narrando, sons
que cada personagem possui, cores através das imagens ilustradas, palavras
ampliando seu vocabulário, emoções ao atentar-se para cada momento da leitura,
ampliando dessa forma seus conhecimentos sobre diversas culturas, conhecimento
sobre as artes e etc.; Conviver com as outras crianças e adultos e ampliando o
conhecimento de si e do outro e ainda aprendem a respeitar as diferenças, culturas
e entre outras (BRASIL, 2018)

3 CAMPO DE PESQUISA

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR

A pesquisa em questão foi realizada na Unidade de Educação Infantil Edna


Moura Falcão, na qual atende ao público infantil dividindo-se em Creche com
crianças de 3 e a pré-escola com crianças de 4 e 5 anos. Fica localizada na rua
Marechal Hermes, no bairro Bom Jardim, com o telefone para contato (84) 3315-
5033. Atualmente está sob a gestão de dona Juliana Régia L. de Barros.
O local conta com grande acervo de livros disponíveis ás crianças, espelhos,
lápis de colorir, brinquedos de diversos tipos e ainda com uma tecnologia
considerável, na qual possui televisores, tabletes para que as crianças tenham
acesso ao ensino de maneira lúdica.
Possui 3 salas de aula, com ventiladores no teto e bastantes janelas,
possibilitando a iluminação natural e ar puro; há sala da coordenadora e a diretora e
um banheiro exclusivo para uso de funcionários; conta com 2 banheiros para os
alunos; 1 cozinha e um amplo refeitório que também é o local do intervalo e
socialização das crianças e tanto a iluminação e ventilação são naturais.
21

A área externa é bastante amplo, tendo muitas arvores aos redores e areia,
pouco é explorada não seguindo o recomendado pelo RCNEI
(1998) onde enfatiza que nessas áreas deve ser explorado de maneira lúdica,
disponíveis para que corram, brinquem, brinquem com agua e areia, escalem e etc.
O ambiente visitado possui valores e princípios que visam uma educação de
qualidade e tem como missão resgatar valores sociais e culturais, sendo referência
de ensino a toda comunidade em que todos trabalham juntos em regime de
colaboração. É notório a boa relação entre a gestora e os demais funcionários, na
qual consideram indispensáveis na instituição, mantendo uma boa relação de
comunicação e respeito com os pais e a comunidade escolar, sendo muito bem
elogiada.
O planejamento é realizado quinzenalmente através de extra regência. A
instituição possui seu Projeto Político Pedagógico (PPP) atualizado, na qual foi
elaborado junto aos funcionários e a comunidade escolar. O PPP é elaborado e
fundamentado de acordo com as leis como a Constituição Federal de 1998, Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA), Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN) e entre outras. A instituição utiliza as Diretrizes e Referências Curriculares
do Ensino, querendo que a criança amplie sua autoconfiança e se torne cada vez
mais independente, respeite as diferenças e os pontos de vista de cada um,
construir hábitos saudáveis, valorizando a higiene. A instituição utiliza recursos como
jogos, cartazes, livros, revistas, jornais, brinquedos e outros.

3.2 NATUREZA DO PROBLEMA

Através da experiência na Unidade de Educação Edna Moura Falcão, foi


possível entender como a prática é desenvolvida. Tendo em vista que a observação
não foi suficiente para obter maiores informações, foi aplicado a educadora um
questionário com 10 (dez) pergunta voltadas ao ensino na educação infantil.
(DADOS DO QUESTIONÁRIO, 2021)
A primeira foi sobre opinião da brincadeira para o aprendizado da criança,
respondendo que a brincadeira é fundamental no desenvolvimento do pequeno e
que aspectos lúdicos facilita na aprendizagem e desenvolvimento integral do
educando e que no indivíduo se desenvolve como um todo. Na segunda pergunta foi
indagado como o educador deve participar desse brincar e o retorno da profissional
22

foi que este deve favorecer e promover interação, planejar e organizar ambientes
para que o brincar possa acontecer e estimular a competitividade, criando na criança
vontade de aprender (DADOS DO QUESTIONÁRIO, 2021).
Ainda na mesma temática do brincar, a orientadora expressou que a
brincadeira é inerente ao universo infantil, linguagem conhecida da criança e ela
aprende brincando; disse ainda que contribui para a socialização e que brincando se
aprende a respeitar regras, respeitando a si mesma e o outro.
Sobre o retorno as aulas, a pedagoga relatou que só se sentira segura após
tomar as duas vacinas contra o COVID-19 e que quando acontecer o retorno ás
aulas, um dos maiores desafios será o emocional dos pequenos. Sobre o ato de ler
aos pequenos, confirmou que amplia horizontes, desenvolve o vocabulário e ajuda
no desenvolvimento como um todo e que faz uso da ação diariamente e que alguns
temas são determinados pela secretaria de educação municipal e a equipe
pedagógica os elabora e que outros são definidos pela escola de acordo com a
realidade na qual está inserida (DADOS DO QUESTIONÁRIO, 2021).
A docência compartilhada parte do princípio de que dois docentes, ou mais,
irão compartilhar seus trabalhos, trocam ideias e planejam juntos para, assim,
contribuir de forma eficaz no ensino aprendizagem do educando. Partindo da ideia
de Saviani (1991), onde defende a pedagogia critico social dos conteúdos, o papel
de professor é de mediador do conhecimento, na qual leva o aluno a ser um
indivíduo a autônomo e que busca a construção do seu próprio saber que investigue
e interaja com o outro e o seu meio (DADOS DO QUESTIONÁRIO, 2021).
. O educador é um facilitador da aprendizagem, tendo em vista que vai criar
condições necessárias para a apropriação da aprendizagem, que não somente
passa conhecimento como aprende com seus educandos.
O ensino deve ser pautado na vivencia do educando, da sua vida prática, não
deixando de lado a cultura e o contexto social em que está ao seu redor. Libânio
(1999) abordou sobre a teoria libertadora de Paulo Freire em que aborda que a
educação deve ser transformadora da sociedade e que, ainda, deve ser uma
educação política e jamais neutra. A relação professora aluno deve ser horizontal de
igual para igual, e não ser um educador autoritário, onde caminha junto ao seu
aluno, mas que também o deixe livre para pensar por si próprio, instigando a
criticidade de seu educando.
23

Para saber sobre o tema abordado, se faz importante saber o que é ser
docente e qual o seu papel frente a educação. Com isso, para o docente atuar em
sala de aula deve levar em consideração pontos bastantes relevantes a sua prática.
Os educadores podem ter pensamentos diferentes, pois o compartilhar docente não
implica em seu sentido literal, mas é partilhar ideias e saberes e experiências, na
qual vai contribuir no processo educativo.
Calderano, Pires e Pretti (2011) enfatizam que vivemos em um meio onde
prevalece o individualismo e, acrescentando nesse pensamento, competitividade
onde "vence" quem mais se destaca, criando, assim hierarquias e com isso vem
grande dificuldade de partilhar dúvidas e demonstrar dificuldades ao outro,
enraizando grandes interrogações e a troca com o par fica cada vez mais distante.

Compartilhar é escutar, examinar, ousar, imaginar, criar, criticar, e, dentro


das possibilidades (limites e potencialidades), desenhar cooperativamente o
caminho, a estrada, a rota e aonde se quer chegar. Compartilhar é também
realizar as ações decorrentes desse processo que se retroalimenta e se
fortalece, de forma colegiada (CALDERANO, 2016, p. 131)

A docência compartilhada, implica dizer que juntos irão construir um pilar


visando a excelência, contribuição e comunicação. Colaborando para que o que faz
parte do centro educativo, desenvolva ricamente suas competências, na qual
assegura a Base Nacional Comum Curricular quando traz as 10 competências gerais
para educação básica (BRASIL, 2018).
A docência compartilhada não é uma tarefa fácil, porém deve ser uma barreira
vencida com dialogo, convivência e cooperação entre ambos, em que um auxilia o
outro e no âmbito em que o educador 1 sente dificuldade em algo, o educador 2
intervém com sabedoria e o ajuda e isso é ser altruísta que, em linhas gerais,
significa amor ao próximo e que pensa não somente em si, mas no outro.
Dentro desse processo, vem a docência autônoma. Autonomia, destaca
Gadotti (1997), significa autogovernar-se e é a autoconstrução do indivíduo e escola
autônoma é aquela que governa a si mesma, porém isso não ocorre de forma
absoluta, pois a instituição tem sim uma certa autonomia, mas também são
governadas por políticas públicas educacionais.
Um grande pensador da pedagogia da autonomia que aborda esse tema com
grande maestria é Paulo Freire. Ele aborda, em sua obra de pedagogia da
24

autonomia (1996), que o indivíduo deve ter autonomia e isso é construído por meio
da educação, onde quem educa instiga o educando a pensar por si próprio, sendo
livre. O educador tem ainda fundamental papel ao servir como mediador do
conhecimento e ajudando a desenvolver a criticidade do sujeito, de maneira que não
somente pense, mas pense o certo e sejam emancipados, que este significa o ato de
ser livre e independente.

Um esforço sempre presente à prática da autoridade coerentemente


democrática é o que a torna quase escrava de um sonho fundamental: o de
persuadir ou convencer a liberdade de que vá construindo consigo mesma,
em si mesma, com materiais que, embora vindo de fora de si, sejam
reelaborados por ela, a sua autonomia. É com ela, a autonomia,
penosamente construindo-se, que a liberdade vai preenchendo o “espaço”
antes “habitado” por sua dependência. Sua autonomia que se funda na
responsabilidade que vai sendo assumida. (FREIRE, 1996, p. 48)

É importante enfatizar, que esse tema gera certa polemica, pois, muitos pais e
conservadores políticos defendem que uma criança não tem ciência total de pensar
e agir por si próprio, isso é verdade e Freire (1996) ainda faz referência a esse ponto
de vista ao afirmar em sua obra que ao trabalhar com crianças é importante que se
atente a sua passagem heteronômica para a sua autonomia como sendo um
educador auxiliador e não perturbador desse processo ou seja, respeite e vivencie
esse momento junto ao pequeno, indo processualmente incitando sua
independência.
O que está sendo abordado é que o estudante não vai, repentinamente,
contra seus pais contra política, princípios ou religião e contra tudo, mas que este vai
aprendendo, desde cedo, como desenvolver seu pensamento crítico, que o que é
dito por outro deve ser pensado e refletido e questionar o que foi dito.
A escola e seus membros inseridos ali tem liberdade para expressar sua
ideologia e expressar sua empatia política e isso é assegurado pela Lei de Diretrizes
e Bases quando, em seu princípio II, fala sobre a liberdade de divulgar cultura, o
pensamento a arte e o saber; merece também destaque a BNCC (2018) quando traz
em uma de suas competências da educação a argumentação, pois uma vez que ao
criticar determinado ponto de vista, é importante que isso seja feito com argumentos
embasados em fatos, dados e informações confiáveis para que defenda a sua ideia
e ponto de vista, com posicionamento ético, trazendo uma defesa logica.
25

A autonomia, enquanto amadurecimento do ser para si, é processo, é vir a


ser. Não ocorre em data marcada. É neste sentido que uma pedagogia da
autonomia tem de estar centrada em experiências estimuladoras da decisão
e da responsabilidade, vale dizer, em experiências respeitosas da liberdade.
(FREIRE, 1996, p. 55)

Freire (1996) aborda que uma das tarefas mais importantes da prática
educativa-crítica é que o educador propicie ao educando a tarefa de assumir-se
como um ser social e histórico, pensante e que é comunicativo, criador e
transformador visando o progresso, querendo mudar a realidade da sociedade na
qual está inserido. A escola tem como papel a função social a democratização onde
todos participam e que almeje formar cidadãos com valores e compromissado com o
contexto político na qual está inserido em determinado situação histórico.

3.3 ANÁLISE, DISCUSSÃO

Notou-se que a contação de história em sala de aula de fato acontece, porém


não de maneira devida, dando a importância que essa abordagem precisa. Haja
visto que, conforme discutido anteriormente, diversos teóricos e mestres no assunto,
concordam que a prática em sala de aula expande na criança o desenvolvimento
dos aspectos cognitivos, afetivos, amplitude da linguagem e entre outros.
Ao observar o que a educadora da instituição escolhida responde
acerca dos seus conhecimentos sobre como o ato de ler para os pequenos ajuda a
desenvolve-los, foi possível notar que a mesma não tem total ciência sobre o tema,
limitando-se apenas em responder que tal ação contribui na ampliação de horizontes
e vocabulário.
Conforme Abramovich (1989) o primeiro contato que a criança tem com o
texto é feito de maneira oral, em que os pais, familiares e professores dialogam com
o pequeno, conta-lhes narrativas, histórias bíblicas, fábulas e etc. ler para criança é
suscitar o imaginário, a curiosidade, solucionar questões levantadas na história e
ainda, incita o ato de desenhar, cantar, contracenar e brincar, pois tudo isso pode
acontecer através da escolha de um texto.
A escola tem grande papel na formação do cidadão, preparando-o para o
exercício da cidadania. O primeiro contato da criança longe do seio familiar é na
escola, com isso cabe ao professor trabalhar com mediações e com atividades
26

pedagógicas que promovam interações, desperte emoções e que o pequeno se


desenvolva como indivíduo.
Assim, se o docente não usa de maneira certa a atividade de contação de
história, em que não tem ciência da imensidão que essa proporciona, o momento se
tona monótono, sendo feito de qualquer forma e que não explora sistematicamente
as contribuições que a atividade pedagógica proporciona ao aluno.
O período da educação infantil é fundamental para construção de um adulto
que tem facilidade em ter boas relações sociais, leitor, pesquisador, que está sempre
buscando novas aprendizagens, um adulto que tem facilidade em solucionar
problemas, que respeita as diferenças. Por isso essa fase da infância tem que ser
vista com a devida importância e que, portanto, educadores, ao elaborarem seus
planos de aula, considerem em suas práticas pedagógicas atividades ricas em
pontos que explorem questões ligadas ao desenvolvimento geral da criança.
Desse modo, espera-se que o professor atue de forma efetiva na construção
de educação prazerosa e que desperte no educando o gosto pela leitura, instigue a
curiosidade, a investigação e resolução de problemas. Que o instrutor analise e
aproprie-se de currículos e propostas que abordam sobre o assunto, levando para a
sala de aula os pontos mais pertinentes e usando a criatividade para proporcionar
aprendizagem.
A educação, na fase da infância, é uma questão importante na construção do
ser humano, pois é a primeira experiência da criança com o mundo da
aprendizagem, com isso é necessário que o educador desenvolva uma metodologia
respeitando as especificidades do educando, sua singularidade, sabendo que essa
fase é marcada por descobertas que estão em constante aprendizagem.
A contação de histórias está presente diariamente em sala de aula, sendo
facilitadora no processo de ensino aprendizagem do professor. Como á foi informado
anteriormente o ato de contar histórias para as crianças serve como suporte
pedagógico ao usá-la como incentivo da leitura e desenvolvimento da escrita; para a
criança se formar homem, é importante passar por um caminho cheio de histórias, e
escuta-las é o início para ser um bom leitor, ressalta (Abramovich, 1989).
Por isso, na análise da pesquisa foi notório observar que a educadora se
preocupa em agregar novos métodos de ensino. A entrevistada descreve que a
atividade da brincadeira em sala de aula é fundamental, em que seu papel é de
facilitador da interação entre as crianças, organiza ambientes para que a brincadeira
27

aconteça. A contação de História faz parte do cotidiano das atividades escolares,


concretizando o que dela se espera: desenvolvimento integral da criança.
Portanto, foi possível entender como a prática acontece e como o educador
lida com as atividades inerentes à vida da criança e que busca sempre inovar as
aulas e desenvolver a aprendizagem de maneira prazerosa, sem fugir do mundo
próprio da criança.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho teve como objetivo levar quem o ler a refletir sobre a
importância da contação de história na educação infantil, sendo uma atividade
pedagógica na qual traz grandes benefícios ao desenvolvimento infantil que é uma
prática facilitador do processo de aprendizagem do aluno
Ademais, pretende-se com este tema expor como a atividade de contar
história é tão importante no processo de ensino-aprendizagem do educando e que
seu repertório vasto de conhecimento pode ser ampliado através do simples ato de
saber escolher uma história, que traz temas como inclusão, diferentes culturas e
outros. Diante disso, através da pesquisa e questionário aplicado a educadora da
Unidade de Educação Infantil, foi possível responder aos objetivos do trabalho.
Sabendo disso, foi possível descrever e fazer pesquisas a respeito da
educação infantil no contexto histórico brasileiro. Um dos objetivos que trouxe
dificuldades, tanto em sua pesquisa como descreve-la, foi sobre como se dá o
desenvolvimento infantil, visto que cada criança tem seu próprio processo de
28

evolução e que vários teóricos, embora compartilhem ideias semelhantes, trazem


pontos de vista bem diferentes a respeito do assunto.
Sobre os pontos positivos, com o questionário aplicado foi importante para
que tomasse conhecimento de como a professora da Unidade pensa a respeito de
temas tão relevantes a educação infantil. O questionário ajudou significativamente a
reter informações que não foram possíveis de serem totalmente percebidas na
observação de sala de aula e também de ligar as respostas á pratica.
Em segunda análise, outro ponto positivo com a observação foi poder
presenciar que, nesse momento de atividade pedagógica de ler, as crianças
mostram-se interessadas sendo um dos momentos em que mais gostam e que até
fazem escolhem qual história será narrada.
É importante destacar que, para que a criança se desenvolva de maneira
plena, é imprescindível que o professor saiba como contar histórias, enriquecendo
esse momento com meios lúdicos para atrair a atenção do pequeno. Assim, nota-se
que a prática ainda precisa ser melhorada ao analisar ausência de clímax, fantoches
ou bonecos, interação com as crianças e elaboração de atividades ou roda de
conversas sobre o que foi lido.
Com a aplicação do questionário, analisou-se a forma que a teoria casa com a
prática, uma vez que a leitura de obras dos grandes teóricos do assunto é
confirmada nas respostas e práticas de uma educadora que está diariamente em
sala de aula inserida no contexto infantil, confirmando-se pela curiosidade
apresentada do aluno ao questionar particularidades da história.
Foi possível notar, como ponto negativo, muitas crianças somente vivenciam
essa experiência de ouvir contos na instituição, pois, segundo a professora
entrevistada, a maioria dos pais ou responsáveis pela criança não leem para elas
por não serem alfabetizados, ou por falta de tempo, tornando o processo de
aprendizagem através da leitura lento.
Portanto, nota-se que a fase da infância é cheia de particularidades e que
essa fase somente foi vista como importante no contexto educativo brasileiro poucos
anos atrás, sabendo que há muito o que se evoluir para garantir que o pequeno se
desenvolva em seus vários aspectos. A contação de história como atividade
pedagógica é um dos instrumentos mais importantes para a garantia desse
desenvolvimento pleno do educando, pois essa relação do infantil com os livros
instiga a curiosidade, o prazer pela leitura, o respeito a diversidade e outros.
29

Sabendo disso, é necessário que aquele que trabalha com a criança tenha
esse olhar mais sensível para o momento da leitura enriquecendo esse tempo com
meios que sejam atrativos aos olhares e atenção das crianças.
Por fim espera-se que o trabalho, construído considerando vários autores
renomados no assunto, currículos oficiais infantis e políticas públicas, venha a servir
como fonte de aprendizagem a quem o ler e que essa prática pedagógica faça parte
do cotidiano das instituições escolares.

REFERÊNCIAS

ABRAMOVICH, F. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. São Paulo, SP:


Scipione, 2003.

BUSATTO, C. A arte de contar história no século XXI. Petrópolis, RJ:2006

BETTELHEIM, B. A psicanálise dos contos de fada. 14. ed. São Paulo: Paz e
Terra, 2000.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação


Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil /Ministério
da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília:
MEC/SEF, 1998.

BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018

______. Capítulo I da Definição, Classificação e Relações de Estágio, Lei nº


11.788 de 25 de setembro de 2008

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Política Nacional


de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à
educação. Brasília, 2006.
30

______ Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros


Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil. Brasília, 2006.

COELHO, B. Contar história:uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 1996.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia.25ª Edição. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

LDB – Leis de Diretrizes e Bases. Lei nº 9.394. 1996. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em agosto de 2021.

LUCINEIDE, S. & SHIRLENE, N. A importância do ato de contar história na educação


infantil. Orientadora: Sônia Maria Fernandes dos Santos. 2015. 40 f. Trabalho de conclusão
de Curso (graduação) – Curso de Pedagogia, Universidade Federal do Amazonas,
Capanema, 2015.

PASCHOAL, J. D. & MACHADO, M. C. G. A história da educação infantil no Brasil: avanços,


retrocessos e desafios dessa modalidade educacional. Revista HISTEDBR On-line,
Campinas, n.33, p.78-95, mar.2009. Disponível em
<http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/33/index.html> acessado em 08 de
agosto de 2021.

WALLON, H. Psicologia e Educação na Infância. São Paulo: Loyola, 2000

ANEXOS
31

ANEXO A- INSTRUMENTO DE PESQUISA

ATIVIDADE AVALIATIVA
Disciplina: Estágio Supervisionado IV
Professora Esp. Vitória Stephanie Cavalcante de Melo
Aluna (o) : Emanuela Ingrid

QUESTIONÁRIO

1- Qual o objetivo da brincadeira para o aprendizado da criança?


Brincar é fundamental para o desenvolvimento infantil. Assim, o aspecto lúdico
facilita a aprendizagem e o desenvolvimento integral nos aspectos físico, social, cultural, afetivo e
32

cognitivo. Enfim, desenvolve o indivíduo como um todo. Portanto, o brincar pode ser um
importante aliado no processo de aprendizagem, pois ao brincar a criança desenvolve sua
capacidade criadora, a qual contempla a imaginação, a fantasia e a realidade na formação de
novas possibilidades de interpretar, expressar e agir, além de permitir a construção de relações
sociais com outros sujeitos, adultos ou crianças.

2- Como o professor deve participar desse brincar?

O professor deve favorecer e promover a interação, planejar e organizar


ambientes para que o brincar possa acontecer, estimular a
competitividade e as atitudes cooperativas, criar na criança a vontade
de brincar, facilitando a aprendizagem. O professor, portanto, nesse
processo participa como um mediador entre a criança e a
aprendizagem, utilizando o brincar como um aliado indispensável.

3- Na sua visão, qual é o maior desafio pedagógico a ser enfrentado ao


retornar as aulas presenciais?
Serão muitos os desafios, porém acho que o maior vai ser lidar com o
emocional das crianças nessa retomada das aulas presenciais.

4- Caso seja autorizado o retorno gradativo das aulas presenciais, respeitando os


protocolos sanitários, você se sentiria seguro no ambiente escolar? Justifique.
Só me sentirei mais segura depois de tomar a segunda dose da vacina.

4- Qual a sua opinião sobre a brincadeira no processo de ensino


aprendizagem na Educação Infantil?
A brincadeira é inerente ao universo infantil, é uma linguagem conhecida
da criança, então se torna um recurso muito importante para facilitar
a aprendizagem, pois ela aprende brincando.

5- Para você, a brincadeira contribui para o processo de socialização da


criança?
A brincadeira contribui muito para o processo de socialização da
criança, pois brincando a criança aprende a respeitar regras, a
ampliar o seu relacionamento social e a respeitar a si mesma e ao
outro. Através da brincadeira a criança começa a expressar-se com
maior facilidade, ouvir, respeitar e discordar de opiniões.

6- Acredita que o ato de ler para crianças contribui em seu desenvolvimento?

O ato de ler amplia os horizontes da criança, desenvolve seu


vocabulário e ajuda no seu desenvolvimento como um todo.
33

7- Em suas aulas, faz uso da contação de histórias?


Sim, diariamente.

8- A instituição atualmente, utiliza a metodologia de projetos na educação


infantil?
Sim.

9- Se sim, como são definidos e organizados o trabalho com esses projetos?


Alguns temas de projetos são determinados pela Secretaria de
Educação do município e elaborados pelas equipes pedagógica e
docente da instituição, outros são definidos pela escola de acordo
com a realidade e necessidades da nossa comunidade escolar.

Adélia Maria da Cunha.


Professora do Infantil I, da Unidade de Educação Infantil - Edna Lima Moura
Falcão.

ANEXO B- CARTA DE ENCAMNHAMENTO


34

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